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TESTES PROJETIVOS
As técnicas projetivas representam mais uma forma de estudar a personalidade e os testes de personalidade projetivos são instrumentos bem aceitos pelos psicólogos clínicos na investigação de aspectos da personalidade.
Nestes testes de personalidade, a pessoa deve realizar uma tarefa “não estruturada” que permite uma grande amplitude em suas soluções.
Nos testes de personalidade projetivos, a suposição que se faz é de que a pessoa irá projetar nessa tarefa suas formas e características de personalidade sobre forma de respostas.
Na interpretação de um teste de personalidade por meio de um desenho ou de outro tipo de teste de personalidade utilizando técnica projetiva, o objetivo utilizado pelo examinador está disfarçado e a pessoa que executa a tarefa não sabe quais são os detalhes que serão examinados e nem o que eles representam em termos de personalidade. Dessa forma, reduz a possibilidade do examinando apresentar deliberadamente uma impressão intencional para “enganar” o examinador.
Um dos primeiros testes de personalidade utilizando a técnica projetiva foi o teste de associações livres, na qual o sujeito recebe palavras como estímulos e deve responder a cada uma com a primeira palavra que lhe ocorre em pensamento.
Outros tipos de testes de personalidade com técnicas projetivas incluem: o desenho, brincadeiras lúdicas, organização de brinquedos, organização de fotos, interpretação de quadros, interpretação de pranchas temáticas, representação de cenas, dramatização de situações, borrões de tintas, etc.
Segundo Van Kolck (1984, p.02), “no ato de desenhar, estão presentes e juntas a adaptação, a expressão e a projeção”. Isso ocorre no HTP, por exemplo.
Para Wolf e Precker (1974):
O comportamento adaptativo, é aquele que é determinado pelo material com que se trabalha, ou pela situação que se apresenta.
O comportamento projetivo se refere à atribuição de suas próprias necessidades e qualidades aos outros, sem ter consciência desse processo.
O comportamento expressivo consiste no estilo da resposta, ou seja, diante de uma mesma tarefa, cada pessoa analisa a situação de maneira característica e individual, e emprega o material ou organiza a situação de modo diferente.
Para aplicação, análise e interpretação de quaisquer testes de personalidade, é necessário um forte embasamento teórico, conhecimento da técnica, prática na interpretação e avaliação dos resultados e, principalmente, conhecer as vantagens e desvantagens do uso destas técnicas como instrumento de avaliação e diagnóstico.
HTP – House, Tree and Person (Teste do Desenho: Um Espelho da Alma)
O teste do desenho é mais um dos recursos ao qual o psicológico recorre como auxiliar da sua praxe seja na empresa, indústria, clínica ou escola. Em suas variadas formas, ele está presente nas atividades de seleção, avaliação e ajuda psicológica. Mas, afinal, o que se busca avaliar por meio do desenho nessas situações? Este artigo pretende esclarecer e contextualizar o teste do desenho, na tentativa de dissipar dúvidas que, quase sempre, angustia os candidatos quando submetidos, em particular, a esse tipo de instrumento nos processos seletivos. Campos (1999) destaca que o primeiro trabalho sobre o desenho como fenômeno expressivo, digno de menção, foi realizado em 1887, por Ricci, em Bolonha. O H-T-P (House - casa, Tree - árvore, Person - pessoa), é o teste projetivo mais usado em exame psicotécnico/seleção de pessoal, avaliação clínica, etc. Outros testes, mas apenas por meio da figura humana, a exemplo do Goodenough e do Machover, estão voltados para mensuração da inteligência infantil.
Nesse momento, se faz necessário uma breve descrição do H-T-P. Este teste é administrado à criança acima de 8 anos de idade, adolescente e adulto, cuja aplicação pode ser em nível individual ou em grupo. Seu tempo de realização é livre, mas, geralmente, não ultrapassa a média de 30 a 90 minutos. O material utilizado é papel ofício A-4 (tamanho ideal, não pode ser papel com pauta), lápis grafite n. 2 (de modo geral grafite é mais apropriado para desenhar, facilita o controle do tônus muscular sobre os traços). Os desenhos são feitos à mão livre, ou seja, sem régua ou objetos que sirva a essa função. Embora, o uso da borracha, por parte do aplicador, seja optativo, quase sempre compõe o kit, até porque que a sua utilização, por si, já consiste em motivo de análise (Ex: se apagar muito um mesmo pedaço do desenho). Quando se trata de criança, utiliza-se de lápis coloridos, também, no que se constitui, assim, a Bateria Acromática e Cromática do H-T-P.
Na concepção de Buck (2003), o H-T-P tem como objetivo obter informação sobre como uma pessoa vivencia a sua individualidade em relação aos outros, e em facilitar a projeção de elementos da personalidade e de áreas de conflitos, identificados como o propósito de avaliação ou terapêutica. Ainda para o autor, “os desenhos também estimulam o estabelecimento de interesse, conforto e confiança entre o examinador e o cliente”(p.2). Sua técnica se respalda no “conceito de que os desenhos da figura humana”, bem como os da casa e da árvore, “são úteis para o estudo da personalidade ou como meio de diagnóstico na avaliação clínica, e se fundamenta na teórica na psicologia da imagem de si mesmo, assim como na teoria psicanalítica da projeção” (HARRIS, 1981). 
Para Levy (apud TRINCA, 1987), o desenho além de projetar a imagem corporal, usualmente compõe uma gama de projeções relacionadas ao autoconceito, a imagem ideal do eu, e as atitudes para com os outros, mesmo com o examinador na situação da testagem. O teste do desenho pode ser uma expressão consciente, como também incluir símbolos disfarçados e fenômenos inconscientes. O desenho da figura humana, segundo Alves (apud WECHSLER, 2003), é uma das medidas mais utilizá-las pelos psicólogos brasileiros, na maioria das vezes com o intuito de avaliação emocional mais do que cognitiva. A freqüência da utilização dessa técnica, certamente, se deve a sua composição simples, aparentemente objetiva e de baixo custo financeiro (HUTZ e BANDEIRA apud WECHSLER, 2003).
Ao examinando é solicitado, geralmente, um mínimo de três desenhos, e, em seguida se conduz o Inquérito1. Nessa etapa do Inquérito é extraído o maior número possível de informações e descrições subjetivas que o examinando discorre sobre cada uma das figuras grafadas. Cabe ressaltar que, na clínica, esse manejo é bem mais favorável de se consolidar do que num exame psicotécnico, por se tratar, quase sempre, de grupo. Para Deleuze (1997), o devir não é imaginário, bem como uma vigem não é real, ele faz do mínimo de um trajeto ou da sua imobilidade no mesmo lugar, uma viagem; e é esse percurso que leva o imaginário a um devir. Ao trazer esta afirmativa deleuziana para o contexto desta discussão, diríamos que este teste é o “devir”, e que o examinando é o “imaginário”. Daí a importância do Inquérito. Este, junto ao desenho funda as disposições de acesso ao indivíduo, com significativa e vertical compreensão do seu Eu.
Em outras palavras, é a fala do examinado, no seu sincero propósito de colaborar com o processo, que vai dar mais sentido, e legitimar mais ainda as expressões dos seus desenhos. Afinal, “toda linguagem é uma linguagem exposta à emergência dos efeitos do inconsciente” (NASIO, 1993, p.79). Nessa perspectiva, Deleuze (2006) ressalta que a estrutura se estabelece daquilo que é linguagem, seja ela esotérica ou não-verbal, do mesmo modo em que “só há estrutura do inconsciente à medida que o inconsciente fala e é linguagem” (DELEUZE, 2006, pp.238-9). O desenho é uma outra forma de linguagem por meio do qual o inconsciente também se manifesta. Para Campos (1999) o desenho na vez de técnica projetiva reflete uma impressão do “todo” do indivíduo, como uma “Gestalt” organizada, que aparece em toda a sua extensão, pelo olhar do examinador experiente na técnica da interpretação de desenho (grifos da autora).
 
TESTE DE RORSCHACH 
O teste de Rorschach é uma técnica de avaliação psicológicapictórica, comumente denominada de teste projetivo, ou então, mais recentemente de método de auto-expressão. Foi desenvolvido pelo psiquiatra suíço Hermann Rorschach. O teste consiste em dar respostas sobre com o que se parecem as dez pranchas com manchas de tinta simétricas. A partir das respostas, procura-se obter um quadro amplo da dinâmica psicológica do indivíduo. O teste de Rorschach é amplamente utilizado em vários países[1].
As pranchas do teste, desenvolvidas por Rorschach, são sempre as mesmas. No entanto, para a codificação e a interpretação das informações, diferentes sistemas são utilizados.
Paralelamente ao "Teste de Rorschach" propriamente dito, Rorschach desenvolveu em 1921 juntamente com Hans Behn-Eschenburg uma segunda série de pranchas que ficou conhecida como Behn-Rorschach ou simplesmente Be-Ro-Teste. 
O teste de Rorschach, como todos os testes projetivos, baseia-se na chamada hipótese projetiva. De acordo com essa hipótese, a pessoa a ser testada, ao procurar organizar uma informação ambígua (ou seja, sem um significado claro, como as pranchas do teste de Rorschach), projeta aspectos de sua própria personalidade. O intérprete (ou seja, o psicólogo que aplica o teste) teria assim a possibilidade de, trabalhando por assim dizer "de trás para frente", reconstruir os aspectos da personalidade que levaram às respostas dadas.
A hipótese projetiva baseia-se no conceito freudiano de projeção: um mecanismo de defesa, através do qual o indivíduo atribui de maneira inconsciente características negativas da própria personalidade a outras pessoas (projeção clássica). Apesar de a projeção clássica carecer de confirmação empírica e ser assim alvo de controvérsias, há ainda um outro caso de projeção que conta com uma relativa unanimidade entre os estudiosos: a projeção generalizada ou assimilativa. Esta é a tendência de determinadas características da personalidade, necessidades e experiências de vida de influenciar o indivíduo na interpretação de estímulos ambíguos. De acordo com os defensores do uso de testes projetivos, tais testes possuem duas grandes vantagens em comparação aos testes estruturados: (a) eles "enganam" os mecanismos de defesa do indivíduo e (b) permitem ao intérprete do teste ter acesso a conteúdos não acessíveis à consciência do indivíduo testado.
A realização do teste
O teste compõe-se, como visto, de 10 pranchas diferentes, algumas com borrões coloridos, outras são pretas e brancas. O realizador do teste apresenta as pranchas, sempre na mesma ordem, à pessoa que está sendo testada com a pergunta: "o que poderia ser isto?". Apesar de as pranchas serem sempre apresentadas na mesma posição, a pessoa pode virá-las à vontade. E pode dar quantas respostas quiser.
O principal trabalho do realizador do teste é a codificação das respostas dadas: cada resposta deve ser classificada através de um complexo sistema de códigos, que reduz as várias respostas a algumas categorias básicas. Uma das principais diferenças entre os diversos sistemas do teste (ver acima "Introdução histórica") é exatamente a forma da codificação.
Tanto no sistema de Bohm como no sistema de Exner cada resposta é classificada sob quatro pontos de vista:
o modo de percepção - ou seja, se o borrão é visto como um todo ou se apenas uma parte é importante (e, neste caso, em que parte do borrão);
a determinante - ou seja, que aspecto do borrão foi importante para a resposta: a forma, a cor, a impressão de movimento;
o conteúdo - a figura descrita é de um ser humano, de um animal, uma parte do corpo humano, uma planta, uma paisagem, uma objeto (arquitetônico, histórico, etc.)
a originalidade ou vulgaridade da resposta - ou seja, se a resposta é, na população da pessoa que está sendo testada, uma resposta muito comum (que muitas pessoas dão) ou muito rara.
Para cada um desses pontos de vista é utilizada uma série de letras, que indicam cada uma das várias possibilidades. Assim uma resposta pode ser codificada G F M no sistema de Bohm, o que significa que essa resposta utiliza toda a figura (G), baseia-se na forma do borrão (F) e descreve uma ser humano (M); uma outra resposta poderia ser codificada D Fb T (ou seja, utiliza apenas um detalhe do borrão (D), baseia-se sobretudo na cor (Fb) e representa um animal (T)).
O que diferencia os dois sistemas não é apenas o uso de letras diferentes para indicar cada uma das categorias (Bohm usa abreviaturas alemãs e Exner em inglês; assim para indicar o uso do borrão como um todo o primeiro utiliza G (al. Ganzes, todo) e o útimo utiliza W (ing. Whole, todo)), mas sobretudo detalhes de execução do teste e de codificação das respostas. Bohm, por exemplo, utiliza um relógio para medir o tempo de exposição da pessoa à prancha; Exner codifica diferentes formas de respostas em que diferentes categorias se misturam, e cada um deles utiliza um sistema diferente para codificar as respostas que envolvem a inclusão de detalhes dos borrões. A exatidão com que as respostas devem ser codificadas exige uma grande perícia por parte do realizador do teste, que precisa, assim, ser muito bem treinado para essa atividade.
A técnica de interpretação
Uma vez codificadas todas as respostas, elas são somadas e reduzidas a diferentes índices (por exemplo, a relação entre o número de respostas G e de respostas D, etc.) Cada um dos sistemas utiliza índices diferentes. Esses índices são reunidos em agrupamentos (ing. clusters), que descrevem determinadas dimensões da personalidade.
Bohm propõe para a interpretação o seguinte esquema:
Avaliação quantitativa da inteligência - ou seja, uma estimativa do grau de inteligência de alguém;
Avaliação qualitativa da inteligência - que tipo de inteligência é mais desenvolvido (talentos, modo de trabalho, fantasia)
Avaliação da afetividade - ou seja a estrutura e controle da vida emocional do indivíduo e sua capacidade de fazer contatos sociais;
Atitudes gerais como ambição, sentimentos de inferioridade ou superioridade, agressividade, tendência de sentir-se embaraçado, etc.;
Humor - tristeza, alegria, apatia, ansiedade, etc.
Traços neuróticos, tipo e estrutura
Indícios de um diagnóstico psiquiátrico, além dos resultados de outros testes,que talvez tenham sido realizados, da anamnese e indicação de outros testes complementares, que talvez sejam necessários.
Exner propõe uma interpretação dos diferentes índices. Ele apresenta três grupos de "variáveis chave" (ing. key variables):
Grupo I, formado de três índices: o de esquizofrenia, o de depressão e o de déficit de coping
Grupo II, formado pelas chamadas "Escalas D", que se referem à capacidade pessoal de controle do próprio comportamento e à capacidade de lidar com estresse
Grupo III, que descreve os estilos (ou tendências) dominantes de personalidade.
Os diferentes índices dos três grupos são então utilizados para o cálculo de três agrupamentos de qualidades do funcionamento mental do indivíduo:
Grupo 1: "A tríade cognitiva"
Processamento de informações
Ideação - a capacidade do indivíduo de traduzir as informações que recebe do ambiente em conceitos e idéias abstratos
Mediação cognitiva - a tendência de o indivíduo ser convencional (ou não) na sua maneira de ver e pensar as coisas
Grupo 2:
Afetividade
Autopercepção
Percepção interpessoal
Grupo 3:
Capacidade de controle e tolerância de estresse
Estresse ligado à situação
Com base nesses dados o realizador do teste obtém um perfil da personalidade da pessoa testada. Esse perfil pode auxiliar o diagnóstico clínico de um transtorno mental; o teste sozinho não oferece, no entanto, uma base sólida para tal diagnóstico.
 
Wartegg
O teste foi idealizado por Ehrig Wartegg, em 1930, na Alemanha e apresentado pelo seu autor ao XV Congresso de Psicologia de Jena (cidade da Alemanha Oriental) em 1937. Nessa ocasião, expôs as linhas gerais de seu teste inspirado em um trabalho de Sander. Este último tinha apresentado no IX Congresso de Jena em 1928 uma prova que consistia em integrar um desenho; eram uns sinais sem coerênciaaparente, para que os sujeitos submetidos à prova tratassem de coordená-los entre si, dando-lhes um sentido determinado. Esta única prova apresentada por Sander, foi modificada por Ehrig Wartegg, que a transformou em uma série, com o objetivo de conseguir maiores e melhores resultados, e captar melhor o estilo pessoal do examinando. 
O Teste de Wartegg é uma técnica de investigação da personalidade através de desenhos obtidos por meio de uma variedade de pequenos elementos gráficos que servem como uma série de temas formais a serem desenvolvidos pelo indivíduo de maneira pessoal. 
São oito campos onde o testando deverá realizar oito desenhos, na seqüência que desejar, o tema que quiser, de acordo com seu próprio ritmo. 
Cada campo tem um valor arquetípico: 
Campo 1 – O eu, ego, auto-estima 
Campo 2 – Fantasias, afetividade 
Campo 3 – Ambição, metas, objetivos 
Campo 4 – Angústia, como lida com conflitos 
Campo 5 – Energia vital, transposição de obstáculos 
Campo 6 – Criatividade 
Campo 7 – Sexualidade, sensualidade e sensibilidade 
Campo 8 – Social, empatia com os outros 
A integração desses campos constituem a própria personalidade humana, tanto na sua estrutura como na sua dinâmica. 
No WZT, a simbologia é algo primordial, bem como a execução, seqüência, conteúdo, etc; sendo necessário, desta forma, que o avaliador se prepare profundamente para estar apto a uma avaliação coerente e fidedigna. 
O teste consiste em completar desenhos que são apresentados na metade superior da folha de aplicação, em um retângulo dividido em 8 quadrados. Em cada quadrado há um sinal-estímulo (uma linha ou um ponto desenhado), onde o candidato deve continuar com o que lhe vier à cabeça. Depois ele deve anotar a sequência de realização dos desenhos nos quadradinhos ao lado do número de cada desenho. Na metade inferior da folha deve escrever o que cada um deles significa e responder a quatro perguntas sobre as suas preferências e rejeições. Normalmente, o teste dura de 15 a 20 minutos, e pode ser aplicado de forma individual ou em grupo. No Brasil, ainda não foi validado pelo SATEPSI.
Zulliger
Seu autor, Hans Zulliger (suíço, 1895 – 1965), o criou em 1942, em função da necessidade de selecionar um alto contingente de soldados para o exército suíço, em curto espaço de tempo. Foi influenciado diretamente pelas idéias de Freud, Pfister e de Rorschach, de quem se tornou discípulo. Hans Zulliger publicou este teste em 1948, com forma de análise semelhante ao Rorschach, mas em forma de slides a serem projetados na parede, chamado-o Teste Z. Esse teste, originalmente pensado como um teste para grupos, foi posteriormente editado em 3 pranchas.
Vale lembrar que “O TESTE DE ZULLIGER NÃO É UM TESTE DE RORSCHACH ABREVIADO” - este é um erro que infelizmente muitos profissionais e estudantes ainda têm em mente... ambos possuem a mesma natureza, porém, cada técnica é completa por si só. 
O Teste de Zulliger constitui-se de três pranchas: 
Prancha I - Aspectos primitivos da personalidade 
Prancha II - Afetividade / Emoções 
Prancha III - Relacionamento 
 
 
Sua aplicação pode ser individual ou coletiva, para toda e qualquer finalidade (psicodiagnóstico, avaliação da personalidade, seleção de pessoal, avaliação de desempenho, etc.). 
A interpretação integrada das três pranchas propicia uma visão muito aprofundada da personalidade humana, seja em sua estrutura ou em sua dinâmica, especialmente em relação aos seus aspectos afetivo-emocionais, bem como em termos de intelectualidade, pensamento, objetivos de vida, sociabilidade, relacionamento interpessoal, etc. 
No teste, o avaliado recebe três pranchas com manchas de tinta e deve dizer com o que elas se parecem e o que poderiam ser. Suas respostas e reações são anotadas e logo após são feitas perguntas para esclarecer os aspectos que contribuíram para a formação das respostas. Todas as respostas são então classificadas e lhe são atribuídas vários códigos, conforme critérios padronizados. No Brasil, a forma expressiva com tradução de Cícero Vaz foi reconhecida pelo SATEPSI.
PMK 
O Psicodiagnóstico Miocinético (PMK), foi criado pelo Prof. Emílio Mira y López em Londres. Seu autor nasceu em Cuba (1896) e reuniu, no decorrer de sua vida uma experiência profissional-científica invejável, como se conhece em poucas pessoas, e que culminou no Brasil, em 1945, no ISOP; mas foi a partir de 1949 que o seu teste passou a ser amplamente divulgado até ser reconhecida como uma das principais técnicas psicológicas para a avaliação e compreensão da personalidade. 
O teste é muito utilizado na avaliação de candidatos a motorista, operadores de máquinas e para quem vai portar de arma de fogo e, de certa forma, sua utilização diminuiu para outros fins... o que é um grande erro, pois seu valor psicodiagnóstico é muito grande. 
Ele nos dá uma visão bastante clara e diferenciada da personalidade humana, sua estrutura e dinâmica, mostrado como a pessoa é em sua essência e como ela reage em contato com o meio ambiente: Tônus vital (elação e depressão), Agressividade (hetero e auto), Reação vivencial (extra e intratensão), Emotividade, Dimensão tensional (excitabilidade e inibição), Predomínio tensional (impulsividade e rigidez/controle). Além disso, é um instrumento bastante valioso no diagnóstico de problemas toxicológicos e neuro-vegetativos. 
O teste originalmente se constitui de 8 folhas, mas no Brasil, é mais utilizada uma forma resumida: folhas 1, 2, 5 e 6. Esta forma, apesar de ser bastante válida, vale lembrar que para uma avaliação mais aprofundada é necessário que se utilize o teste em sua forma completa. 
1- Lineogramas (vertical, horizontal e sagital) 
2 - Zigue-zague (sagital) 
3 - Escadas e Círculos (verticais) 
4 - Cadeias (verticais e sagitais) 
5 - Paralelas (egocífugas sagitais) e Us (verticais) 
6 - Paralelas (egocípetas sagitais) e Us (sagitais) 
Existe uma tendência muito grande de se avaliar o PMK pelo que se chama de “olhômetro”, isto é, com uma simples visualização dos traçados feitos, eliminando-se a mensuração do mesmo... Este é um erro muito grave, pois como se sabe, o PMK lida com milímetros e não é possível a olho nu determiná-los com tanta precisão; portanto, mensura o teste é de fundamental importância para a fidedignidade de sua avaliação. 
A Editora Vetor, fornece gratuitamente para Psicólogos, mediante cadastro e apresentação do CRP, um software que facilita muito a avaliação do PMK; porém, mesmo com esta ajuda, o preparo do profissional e seu conhecimento de mensuração são inevitáveis. 
 
Teste Palográfico 
O teste PLG foi idealizado e elaborado pelo Prof. Salvador Escala Milá, do Instituto Psicotécnico de Barcelona, na Espanha. No Brasil, os estudos a respeito da validação desta técnica foram realizados pelo Prof. Agostinho Minicucci, quando era Diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Botucatu e Professor de Psicologia (1960), introduziu nessa escola, um Centro de Estudos de Grafoanálise (Análise da Escrita) e Teste Gráficos, onde efetuou estudos a respeito da validação desta técnica. Seu uso foi mais largamente difundido a partir dos anos 70. 
É uma técnica projetiva de movimento expressivo e, como tal, apresenta semelhanças como o P.M.K, do professor Mira Y Lopes , dentre outros. 
O teste palográfico (PLG), pode ser entendido como a avaliação da personalidade com base na expressão gráfica. A folha de papel representa o mundo no qual o indivíduo se coloca afetivamente e a maneira pela qual ele se relaciona com o meio externo, através dos traçados. Por isso, o Teste Palográfico, assim como o PMK (Psicodiagnóstico Miocinético), são considerados testes expressivos, caracterizando-se pelo fato de que cada pessoa tem um estilo diferente na forma de responder ou de realizar a tarefa. 
A correção do Palográfico considera as análises quantitativa e qualitativa, e busca averiguar a produtividade, o ritmo e o rendimento do trabalho produzidopor uma pessoa. Além disso, por meio da análise do traçado, das margens da direção e tamanho dos palos, inclinação das linhas, etc, avalia as condições emocionais do sujeito, tais como emotividade, agressividade, sociabilidade, dentre outras características de personalidade.
Ao escrever, projetamos sobre o papel formas simbólicas, vivas em nós, que expressam nossa vida interior, ou seja, modificamos as formas tradicionais ou caligráficas, de acordo com as idéias conscientes e as imagens inconscientes que determinam a nossa personalidade. 
A folha de papel representa, portanto, o mundo onde evoluímos, e cada movimento escritural é simbólico de nosso comportamento nesse mundo. Podemos concluir, então, que todos os movimentos, todos os gestos humanos estão carregados de significado e concorrem à expressão da personalidade como um todo. 
Teste das Fábulas
O primeiro trabalho sobre as fábulas foi apresentado por Louise Duss (1940), de Genebra, na Suíça, com referencial teórico essencialmente psicanalítico.
É um teste projetivo pictórico, composto de uma série de historietas incompletas, desenvolvidas como método de investigação de conflitos inconscientes.
Duss criou dez pequenas fábulas, cujo herói – animal ou criança - se encontra em determinada situação que representa uma fase do desenvolvimento psicossexual.
As situações são ambíguas e simbólicas para facilitar a projeção da criança, permitindo então a identificação de conflitos.
No Brasil, o teste foi editado em 1987, após um estudo sabre a validade do teste, desenvolvido pela Dra. Leila Tardivo (1986), em São Paulo, ao mesmo tempo em que realizava a supervisão técnica da tradução brasileira da obra original Düss (1986). Atualmente, encontra-se com parecer “desfavorável” pelo SATEPSI, devido a problemas com a fundamentação teórica.
Descrição do material:
O Teste das Fábulas compreende uma forma verbal e uma forma pictórica. A forma verbal inclui dez pequenas histórias incompletas, que o sujeito deve completar. A forma pictórica é composta por doze lâminas, com ilustrações adequadas a cada uma das fábulas, que devem ser apresentadas concomitantemente à forma verbal.
As fábulas são as seguintes:
1. Fábula do passarinho
2. Fábula do aniversário de casamento
3. Fábula do cordeirinho
4. Fábula do enterro ou da viagem
5. Fábula do medo
6. Fábula do elefante
7. Fábula do objeto fabricado
8. Fábula do passeio com a mãe ou com o pai
9. Fábula da notícia
10.Fábula do sonho mau.
Há uma lâmina para cada fábula, com exceção da F4, em que deve ser selecionada entre duas lâminas (a do enterro ou a da viagem) e da F8, em que há lâminas diferentes, dependendo do sexo do sujeito.
Com criança em idade pré-escolar, as fábulas são contadas pelo examinador, ao mesmo tempo em que vão sendo ilustradas com as lâminas correspondentes.
Anota-se o Tempo de Reação (TR) e a resposta do sujeito, e a seguir, é realizado um Inquérito, que tem a finalidade de estimular a fantasia da criança no desenvolvimento de sua história e de aprofundar o entendimento psicodinâmico.
Esta versão é utilizada preferencialmente com crianças de nível pré-escolar, a partir dos 3 anos de idade, podendo ser usada igualmente com crianças até 8 ou 9 anos.
Acima dos 9 anos, é preferível a utilização apenas na versão verbal, a não ser no caso de sujeitos muito bloqueados emocionalmente. Este tipo de aplicação individual também é indicado para adolescentes e adultos, num processo Psicodiagnóstico. Nestes grupos etários, as fábulas são apresentadas como teste de imaginação.
TAT - Teste de Apercepção Temática 
O teste de apercepção temática (TAT) é um instrumento psicológico do tipo projetivo, pictórico, elaborado em 1935, nos Estados Unidos, por Henry A. Murray e Christina D. Morgan (Murray, 1964); porém, apenas em 1943 sua forma definitiva foi publicada. É utilizado para revelar impulsos, emoções, sentimentos, complexos e conflitos da personalidade, expondo tendências que o paciente não pode admitir por não ter consciência delas. Assim, é um importante recurso para estudos da personalidade, interpretação do comportamento, doenças psicossomáticas, neuroses e psicoses (Brelet-Fourlard & Chabert, 2005).
Para criar o TAT, Murray partiu do princípio de que diferentes indivíduos, frente a uma mesma situação vital, a experimentam cada um a seu modo, de acordo com sua perspectiva pessoal. Essa forma pessoal de elaborar uma experiência revela a atitude e a estrutura do indivíduo frente à realidade experimentada. Assim, expondo-se o sujeito a uma série de situações sociais típicas e possibilitando-lhe a expressão de sentimentos, imagens, idéias e lembranças vividas em cada uma destas confrontações, é possível ter acesso à personalidade subjacente. Esse procedimento, nas situações apresentadas, favorece a projeção do mundo interno do sujeito.
Partindo desse princípio, Murray, com sua assistente Christina Morgan, procedeu à escolha do material que viria a constituir o TAT: fotografias de pinturas em museus, anúncios em revistas, fotos de filmes de cinema e de outras fontes, que posteriormente foram redesenhados para apresentar um estilo uniforme. O produto final são reproduções de situações dramáticas, de contornos imprecisos, impressão difusa e tema inexplícito. Exposto a esse material, o indivíduo, sem perceber, identifica-se com uma personagem por ele escolhida e, com total liberdade, comunica, por meio de uma história completa, sua experiência perceptiva, mnêmica, imaginativa e emocional. Dessa forma, podem-se conhecer quais situações e relações sugerem ao indivíduo temor, desejos, dificuldades, assim como as necessidades e pressões fundamentais na dinâmica subjacente de sua personalidade.
A percepção depende do campo de estímulos (fator externo) e das necessidades do indivíduo (fator interno). Quando o campo de estímulos é mais estruturado, predomina o fator externo na percepção; quando o campo de estímulos é menos estruturado, predominam os fatores internos na percepção. Nos métodos projetivos, os estímulos são pouco estruturados e as instruções permitem grande liberdade de resposta.
O procedimento consiste na apresentação de cartões ao indivíduo e de uma solicitação do examinador para que conte histórias sobre eles, inventadas sem premeditação. Em seguida, realiza-se um inquérito a fim de identificar a fonte de inspiração das histórias e possibilitar o surgimento de novas associações. A análise e interpretação das histórias incidem sobre o texto das narrações do examinando, anotadas na ordem de apresentação dos cartões. A capacidade de as histórias revelarem componentes significativos da personalidade depende do predomínio de duas tendências psicológicas: a inclinação para interpretar uma situação humana ambígua em conformidade com as experiências passadas, e a tendência daqueles que contam histórias para proceder de modo semelhante (Murray, 1964).
O TAT é muitas vezes chamado de "técnica de interpretação de figuras" porque ele utiliza uma série estandartizada de figuras de situações ambíguas sobre as quais o sujeito testado deve contar uma história. Essa história deve conter sobretudo os seguintes pontos:
o que conduziu à situação apresentada;
o que está acontecendo no momento apresentado;
o que as personagens estão sentindo e pensando;
como a história termina.
Caso tais elementos forem omitidos, sobretudo no caso de crianças ou de indivíduos com baixa capacidade cognitiva, o aplicador do teste pode perguntá-los diretamente.
O conjunto completo é constituído por 31 pranchas (ou cartões) que abrangem situações humanas clássicas. Algumas envolvem homens, outras mulheres, outras ainda pessoas de ambos os sexos, outras pessoas sem um sexo definido, algumas vezes adultos, outras crianças e algumas vezes situações sem seres humanos. Um dos cartões é completamente branco. Apesar de o teste ter sido desenvolvido de forma aos cartões corresponderem ao sujeito testado em sexo e idade, qualquer dos cartões pode ser usado com qualquer pessoa. 
Segundo as instruçõesoriginais, a cada sujeito devem ser aplicados 20 estímulos, perfazendo o total de vinte histórias. O grau de realismo é variável, sendo as 10 primeiras mais estruturadas e as 10 últimas menos estruturadas. Cada prancha apresenta impressos no verso, apenas um número ou um número seguido de uma ou mais letras. O número indica a ordem em que o estímulo deve ser apresentado, na série, e as letras referem-se ao gênero e/ou idade aos qual o estímulo se destina.
	Tipo de Estímulo
	Convenção
	Universal
	Apenas o número
	Para mulheres
	Número seguido de F
	Para homens
	Número seguido de H
	Para crianças do sexo feminino (menina)
	Número seguido de M
	Para crianças do sexo masculino (rapaz)
	Número seguido de R
O TAT deve ser aplicado individualmente, em 2 sessões de aproximadamente 50 minutos cada, onde serão apresentados 10 cartões em cada sessão. Público-alvo: sujeitos com idade acima de 14 anos. Para menores de 14 anos, existe a versão infantil denominada CAT (Children's apperception test).
As pranchas 1, 2, 4, 5, 10, 11, 14, 15, 16, 19 e 20, são consideradas “universais”, ou seja, podem ser aplicadas a indivíduos de qualquer sexo ou idade.

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