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DIREITO AMBIENTAL AULA 07

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Direito Ambiental / Aula 7 - Tutelas Ambientais e Recursos Hídricos
Tutelas do meio ambiente
A proteção do meio ambiente está diretamente ligada à sadia qualidade de vida de todos nós. Por isso, preservar o meio ambiente não é somente proteger a fauna, a flora, a água, o solo, o ar, isto é, o meio ambiente natural, mas sim, tutelar a qualidade de vida nos grandes centros urbanos, no trabalho, na cultura e na história de uma nação.
" Determina a lei que o meio ambiente é “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, e rege a vida em todas as suas formas”. 
Tutela do meio ambiente natural
A doutrina nacional consolidou o entendimento que este conceito de meio ambiente instituído pela Política Nacional do Meio Ambiente, em seu artigo 3°, inciso I, refere-se ao meio ambiente natural. A Resolução do CONAMA n. 306/2002, conceituou meio ambiente como sendo “o conjunto de condições, leis, influência e interações de ordem física, química, biológica, social, cultural e urbanística, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”. Este conceito disciplinado pela Resolução do CONAMA n. 306/2002, é mais amplo do que o estabelecido na PNMA, pois inclui os aspectos social, cultural e urbanístico. A Constituição Federal de 1988 (CRFB), que promoveu o meio ambiente ao status constitucional, disciplinou a proteção ao meio ambiente natural (o ar, a água, o solo, a flora, a fauna) no artigo 225, §1° incisos I, VII e § 4º.
Tutela do meio ambiente artificial
O meio ambiente artificial compreende o espaço urbano construído, abrangendo o conjunto de edificações (espaço urbano fechado) e equipamentos públicos, como ruas, avenidas, praças e espaços livres em geral (espaço urbano aberto).O conceito de meio ambiente artificial está vinculado diretamente ao direito à sadia qualidade de vida no espaço urbano, consolidado no princípio da dignidade da pessoa humana, artigo 1°, inciso III da Constituição Federal.Destaca Thomé (2016) que o meio ambiente artificial está “consubstanciado no conjunto de edificações (espaço urbano) e equipamentos públicos (ruas, praças, áreas verdes etc.)”.
O meio ambiente artificial nada mais é do que a ocupação gradativa dos espaços naturais, transformando-os em espaços urbanos artificiais. Essa modificação feita pelo homem pode se dar tanto em:
Parcelamento do solo urbano
A Lei n. 6.766, de 19 de dezembro de 1979, dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano. O parcelamento do solo urbano “é o processo de urbanização de uma gleba, mediante sua divisão ou redivisão em parcelas destinadas ao exercício das funções elementares urbanísticas. Importa mudança das dimensões ou confrontações dos imóveis para fins de urbanização” (José Afonso da Silva). A Lei n. 6.766/79 determina que o parcelamento do solo urbano poderá ser feito por loteamento ou desmembramento, de modo a adequar o que a norma dispõe com às peculiaridades de cada local.
Gleba : Área de terra que ainda não foi objeto de loteamento ou arruamento.
Loteamento ou desmembramento : Desmembramento é “a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes” (artigo 2º, § 2º da Lei 6.766). Não se deve confundir o parcelamento urbanístico do solo com o parcelamento da terra para fins rurais, pois este último é tema do Direito Agrário enquanto o primeiro, que aqui estudamos, é assunto do Direito Urbanístico e do Direito Civil. Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal.A Lei n. 6.766/79 possui dez capítulos que orientam sobre o Parcelamento do Solo Urbano.Entre os preceitos da norma, merecem destaque as cinco hipóteses em que não será permitido o parcelamento do solo, são elas: Terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para assegurar o escoamento das águas; terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que sejam previamente saneados; em terreno com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se atendidas exigências específicas das autoridades competentes; terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação e em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis, até a sua correção (artigo 3°, parágrafo único e incisos, da Lei n. 6.766/79).
Zoneamento : Como destaca Paulo de Bessa Antunes “as principais disputas envolvendo temas ambientais, em sua essência, dizem respeito à repartição do território de forma a possibilitar diferentes usos concomitantes do espaço geográfico, seja ele o solo, o espaço aéreo ou às águas”. Forma-se um verdadeiro conflito quando não há regras claras sobre a utilização geográfica de determinada região.
Nesse contexto, o zoneamento:
Antunes ainda destaca que “o zoneamento se originou nas sociedades industrializadas e urbanizadas, assim como na necessidade de definição de áreas com padrões de ocupação claros”.
Diogo Figueiredo Moreira Neto define o zoneamento como sendo “uma divisão física do solo em microrregiões ou zonas em que se promovem usos uniformes; há, para tanto, indicação de certos usos, exclusão de outros e tolerância de alguns. A exclusão pode ser absoluta ou relativa”. Assim, o zoneamento consiste em permitir, através de critérios normativos, estabelecidos pela Administração Pública, o uso de determinados espaços geográficos.
No Direito Ambiental o zoneamento consiste em um importante instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, Lei no 6.938/81 (PNMA).
Zoneamento ambiental
O Zoneamento Ambiental é um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, artigo 9o, inciso II da Lei no 6.938/81, que foi regulamentado pelo Decreto n. 4.297, de 10 de julho 2002, norma esta que sofreu alteração pelo Decreto n. 6.288/07.
O Zoneamento Ambiental também é conhecido como Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE). Ele é “uma ferramenta de planejamento integrado, aparece como uma solução possível para o ordenamento do uso racional dos recursos, garantindo a manutenção da biodiversidade, os processos naturais e serviços ambientais ecossistêmicos.” Ordenar o território através do zoneamento ambiental é necessário “frente ao rápido avanço da fronteira agrícola, a intensificação dos processos de urbanização e industrialização associados à escassez de recursos orçamentários destinados ao controle dessas atividades” (IBAMA).
Milaré destaca que “o zoneamento ambiental é importante porque visa a subsidiar processos de planejamento e de ordenamento do uso e da ocupação do território, bem como da utilização dos recursos ambientais”. E continua o autor a esclarecer que o zoneamento ambiental “pode ser definido como o resultado de estudos conduzidos para o conhecimento sistematizado de características, fragilidades e potencialidades do meio, a partir de aspectos ambientais escolhidos em espaço geográfico delimitado”.
O Zoneamento Ecológico-Econômico obedecerá aos princípios da função socioambiental da propriedade, da prevenção, da precaução, do poluidor-pagador, do usuário-pagador, da participação informada, do acesso equitativo e da integração.
O Decreto n. 4.297, artigo 2º, define o Zoneamento Ecológico-Econômico como sendo um instrumento de organização territorial que deve ser obrigatoriamente seguido na implantação de planos, obras, atividades públicas e privadas, também estabelece medidas e padrões de proteção do meio ambiente com o objetivo de assegurar a qualidade ambiental dos recursos hídricos, do solo e a conservação da biodiversidade, garantindo o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida da população.
O Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) tem por objetivo geral organizar, de forma vinculada, as decisões dos agentes públicos e privadosquanto a planos, programas, projetos e atividades que, de forma direta ou indireta, utilizem recursos naturais, assegurando a plena manutenção do capital e dos serviços ambientais dos ecossistemas (Decreto n. 4.297, artigo 3º, caput).
O ZEE, na distribuição espacial das atividades econômicas, deverá levar em conta a importância ecológica, as limitações e as fragilidades dos ecossistemas, para isso deve estabelecer vedações, restrições e alternativas de exploração do território e determinar, quando for o caso, a relocalização de atividades incompatíveis com suas diretrizes.
O processo de elaboração e implementação do ZEE buscará (Decreto 4.297/02, artigo 4º):
A Lei Complementar n. 140, de 08 de dezembro de 2011, afirma a competência dos entes públicos para elaborarem o Zoneamento Ambiental. A norma determina que cabe à União elaborar o Zoneamento Ambiental de âmbito nacional e regional, aos Estados elaborarem o zoneamento no âmbito estadual e, na espera municipal, deve o município elaborar o Plano Diretor, observando os zoneamentos ambientais.
Antunes destaca que “os municípios são os entes públicos, integrantes da federação, aos quais estão observadas as mais importantes tarefas em matéria de zoneamento, visto que a utilização do solo, como regra, é um interesse essencialmente local. No âmbito da política urbana, os Municípios têm a importante tarefa de editar os planos diretores [...], é através dele que as cidades podem projetar o desenvolvimento e fixar critérios jurídicos-urbanísticos para a ocupação racional do solo”.
Zoneamento industrial
Ainda sobre o zoneamento, a Lei nº 6.803, de 02 de julho de 1980, consagra o zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição. O regulamento, em seu artigo 1° estabelece que “nas áreas críticas de poluição, que são a que se refere o art. 4º do Decreto-lei nº 1.413, de 14 de agosto de 1975, as zonas destinadas à instalação de indústrias serão definidas em esquema de zoneamento urbano, aprovado por lei, que compatibilize as atividades industriais com a proteção ambiental.
As zonas de que trata este artigo serão classificadas nas seguintes categorias:
Meio ambiente cultural
O meio ambiente cultural está previsto nos artigos 215, 216 e 216-A da Constituição Federal de 1988, na Seção sobre a cultura. onsidera-se meio ambiente cultural, o patrimônio cultural nacional. Nele, está inserido o patrimônio histórico, artístico, arqueológico, paisagístico e turístico. 
O artigo 216 da Constituição Federal conceituou patrimônio cultural brasileiro como sendo os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira nos quais se incluem:
As formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver;
As criações científicas, artísticas e tecnológicas;
As obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;
Os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
Meio ambiente cultural
O conceito de patrimônio cultural nacional é bastante amplo e engloba os bens móveis e imóveis importantes para a cultura brasileira, como obras de artes, monumentos históricos, artísticos, entre outros.
Deve o Estado garantir a toda população o pleno exercício dos direitos culturais, apoiando e incentivando a valorização e a difusão das manifestações culturais (sejam elas indígenas, afrobrasileiras ou qualquer outra existente dentro do processo civilizatório nacional) e o acesso às fontes de cultura existentes em nosso país.
O governo com a colaboração da comunidade deve proteger o patrimônio cultural nacional através de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, além de outras medidas de acautelamento e preservação.
Estão sujeitos a tombamento os monumentos naturais, bem como os sítios e paisagens que importe conservar e proteger pela feição notável com que tenham sido dotados pelo natureza ou agenciados pela indústria humana.
O Decreto-Lei n. 25, de 30 de novembro de 1937, organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. A norma se aplica às coisas pertencentes às pessoas naturais e jurídicas de direito privado e de direito público interno.
Segundo o artigo 1º do Decreto-lei n. 25/37, constitui o patrimônio histórico e artístico brasileiro o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, seja por sua vinculação a fatos memoráveis da história do país, seja por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.
Meio ambiente do trabalho
O meio ambiente do trabalho está ligado à relação de trabalho onde o ser humano passa a maior parte do seu dia. O meio ambiente do trabalho está diretamente ligado à sadia qualidade de vida no ambiente laboral. Com o implemento da Constituição Federal de 1988, a dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho são direitos fundamentais expressos no art.1º, incisos III e IV respectivamente, e como tal deve ser respeitado e garantido. texto Constitucional consagra no artigo 7º os direitos dos trabalhadores rurais e urbanos, com o fim de gerar uma melhoria de sua condição social. O art. 200, inciso VIII da CRFB afirma que ao sistema único de saúde compete colaborar na proteção do meio ambiente, nele inserido o meio ambiente do trabalho.
Poluição e meio ambiente
Como determina o artigo 225, caput da Constituição Federal de 1988, o Direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é essencial à sadia qualidade de vida. Dentro desta análise, a poluição é uma das principais formas de degradação do meio ambiente, agindo em desacordo à regra contida na lei maior nacional.A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), Lei 6.938/81, em seu artigo 3º, incisos I, II, III e IV conceitua meio ambiente natural, poluição, poluidor e degradação da qualidade ambiental.O conceito de poluição estabelecido pela norma é abrangente e norteará a definição de poluição em todas as suas formas, seja a poluição do ar, da água, do solo, visual ou sonora.
Para compreender a poluição, é necessário estudar o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental, que é um dos instrumentos consagrados pela Lei Política Nacional de Meio Ambiente, Lei n. 6.938/81, artigo 9°, inciso I.
O estabelecimento de padrões de qualidade ambiental visa o controle de substâncias potencialmente prejudiciais à saúde humana. A partir desses padrões são definidos, em diferentes normatizações, os limites de concentração de poluentes e resíduos. Trata-se de um limite, definido por leis, normas ou resoluções, para as perturbações ambientais, em particular, da concentração de poluentes e resíduos, que determina a degradação máxima admissível do meio ambiente.
Entre os regramentos jurídicos de combate a poluição pode-se destacar:
Existem diversas formas de poluição, pode ser do ar, visual, sonora, do solo e da água. Vejamos:
- DECRETO ÇEI 1143
- LEI 6.803
- LEI DE CRIMES AMBIENTAIS LEI 9605
A ) POLUIÇÃO DO AR E POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
Ar - conceito: Ar é a camada gasosa que envolve a terra. A camada gasosa é constituída por, aproximadamente, 20% de oxigênio, 79% de nitrogênio e 1% de quantidades variáveis de vapor de água, dióxido de carbono, argônio e outros gases nobres.
Atmosfera - Conceito: Atmosfera é a camada de ar que envolve o globo terrestre.
Fontes de Poluição Atmosférica: A poluição atmosférica pode ser ocasionada por dois tipos de fontes:
Fontes estacionárias ou fixas:
São fontes estacionárias as indústrias, as usinas termoelétricas, que utilizam carvão, óleo combustível ou gás, bem como os incineradores de resíduos, com elevado potencial poluidor. Há também as fontes estacionárias naturais que são a maresia e o vulcanismo, já que podem influenciar a composição do ar.O controle das emissões das fontes estacionárias ou fixas pode ser realizado preventivamente através de instrumentosda Política Nacional do Meio Ambiente como o zoneamento ambiental, o licenciamento ambiental, a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria ambiental. Como normas que regulamentam essa fonte de poluição atmosférica, há a Resolução do CONAMA nº 005, de 15 de junho de 1989, que institui o Programa Nacional de Controle de Qualidade do Ar (PRONAR). Essa resolução visa tutelar a saúde, o bem-estar das populações e a melhoria da qualidade de vida, com o objetivo de permitir o desenvolvimento econômico e social do país de forma ambientalmente segura, através da limitação dos níveis de emissão de poluentes por fontes de poluição atmosférica. Há, ainda, a Resolução do CONAMA nº 008, de 06 de dezembro de 1990, que estabeleceu, em nível nacional, limites máximos de poluentes do ar. E, em 2006, outra resolução do CONAMA foi editada, a nº 382, de 26 de dezembro de 2006, que determina os limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos para fontes fixas.
Fontes móveis:
São os trens, aviões, embarcações marítimas e os veículos automotores. Nas grandes metrópoles, os veículos se destacam como principais fontes poluidoras, e podem ser divididos em:
Veículos leves de passageiro (utilizam principalmente gasolina ou álcool como combustível);
Veículos leves comerciais (utilizam gás natural veicular (gnv) ou óleo diesel);
Veículos pesados (somente de óleo diesel).
A poluição atmosférica também pode ter sua origem de forma natural ou antrópica (resultante da ação humana). As principais causas de poluição atmosférica decorrem dos processos de geração de energia de atividades industriais e de transportes, notadamente por veículos automotores. Outra fonte geradora de poluição atmosférica, que merece destaque, são as queimadas provenientes do desmatamento.
b) Poluição sonora
A poluição sonora é o efeito provocado pela difusão do som no meio ambiente em um tom muito acima do tolerável pelos organismos vivos. É o conjunto de todos os ruídos provenientes de uma ou mais fontes sonoras, manifestadas ao mesmo tempo em um ambiente qualquer. Dependendo da sua intensidade, causa danos irreversíveis aos seres humanos. A Resolução do CONAMA nº 01, de 08 de março de 1990, estabelece parâmetros para a emissão de ruídos em decorrência de qualquer atividade industrial, comercial, social ou recreativa, inclusive as de propaganda política, com o fim de gerar sossego público. A citada resolução reconhece que os problemas dos níveis excessivos de ruído estão incluídos entre os sujeitos ao controle da poluição do meio ambiente e que a deterioração da qualidade de vida, causada pela poluição, está sendo continuamente agravada nos grandes centros urbanos. Sancionada também em 08 de março de 1990, a Resolução do CONAMA nº 02, reconhece que os problemas de poluição sonora agravam-se ao longo do tempo, nas áreas urbanas, e que som em excesso é uma séria ameaça à saúde, ao bem-estar público e à qualidade de vida; considera que o homem cada vez mais vem sendo submetido a condições sonoras agressivas no seu meio ambiente, e que este tem o direito garantido de conforto ambiental; considera também que é fundamental o estabelecimento de normas, métodos e ações para controlar o ruído excessivo que possa interferir na saúde e no bem-estar da população, por tudo isso instituir em caráter nacional o Programa Nacional de Educação e Controle da Poluição Sonora - SILÊNCIO.
Objetiva o Programa Nacional de Educação e Controle da Poluição Sonora - SILÊNCIO:
Programa Nacional de Educação e Controle da Poluição Sonora . Os principais efeitos negativos da poluição sonora, segundo o Programa SILÊNCIO, são:
a) Promover cursos técnicos para capacitar pessoal e controlar os problemas de poluição sonora nos órgãos de meio ambiente estaduais e municipais em todo o país;
b) Divulgar junto à população, através dos meios de comunicação disponíveis, matéria educativa e conscientizadora dos efeitos prejudiciais causados pelo excesso de ruído.
c) Introduzir o tema “poluição sonora” nos cursos secundários da rede oficial e privada de ensino, através de um Programa de Educação Nacional;
d) Incentivar a fabricação e uso de máquinas, motores, equipamentos e dispositivos com menor intensidade de ruído quando de sua utilização na indústria, veículos em geral, construção civil, utilidades domésticas etc.;
e) Incentivar a capacitação de recursos humanos e apoio técnico e logístico dentro da polícia civil e militar para receber denúncias e tomar providências de combate para receber denúncias e tomar providências de combate à poluição sonora urbana em todo o Território Nacional;
f) Estabelecer convênios, contratos e atividades afins com órgãos e entidades que, direta ou indiretamente, possa contribuir para o desenvolvimento do Programa SILÊNCIO.
- Distúrbios do sono;
- Estresse;
- Perda da capacidade auditiva;
- Surdez;
- Dores de cabeça;
- Alergias;
- Distúrbios digestivos;
- Falta de concentração, 
- Aumento do batimento cardíaco.
A Resolução do CONAMA nº 20, de 07 de dezembro de 1994, institui a obrigatoriedade do uso do SELO RUÍDO em eletrodomésticos (que consiste em ser aparelhos elétricos projetados para utilização residencial ou semelhante), produzidos e importados que gerem ruído no seu funcionamento, tudo com o fim de indicar o nível de potência sonora do aparelho, medido em decibel - dB(A).
c) Poluição visual
A poluição visual é mais comum nos centros urbanos, mas também se dá nas áreas rurais. Nas metrópoles, essa forma de poluição ocorre em decorrência da excessiva e inadequada publicidade dos mais variados tipos. Trata-se da atuação de marketing ou publicidade dos fornecedores de produtos ou serviços através de anúncios de seus produtos por meio de outdoors, cartazes, painéis eletrônicos, fachadas de néon, distribuição de prospectos nos sinais (faróis), de santinhos em épocas eleitorais etc. A poluição visual urbana é causada pela desarmonia visual ou degradação visual que gera um desequilíbrio do meio ambiente artificial. Não se pode negar que a publicidade, ao integrar o espaço urbano na forma de mídia exterior (cartazes, placas e outdoors), é assimilada, mesmo contra a vontade, pelos transeuntes, e, ao agredir a estética urbana, caracteriza-se como poluição visual. Essa poluição é causada pelo próprio homem que insere no meio ambiente elementos de forma desordenada causando prejuízo à saúde, à qualidade de vida, aumento do estresse; descaracteriza a paisagem urbana, mascara a identidade dos espaços, fazendo com que seus habitantes não se identifiquem com o entorno; afeta os padrões paisagísticos, históricos e culturais da localidade; desvaloriza economicamente os bens (principalmente os imóveis) e abala o turismo.Os anúncios na paisagem urbana estão sujeitos ao controle da prefeitura, que disciplina sua exploração, utilização, forma de apresentação, dimensão, posição (quota, recuo, altura etc.), devendo os projetos serem aprovados pelos órgãos competentes e sua exploração ou utilização deve depender de prévia autorização municipal.
d) Poluição do solo e do subsolo
O solo é uma interface entre o ar e a água (entre a atmosfera e a hidrosfera), sendo imprescindível à produção de biomassa. É fundamental para a vida de todos os seres vivos do planeta. É a camada mais fina da crosta terrestre e se localiza na superfície externa.Sempre que se adiciona no solo qualquer substância nociva ao mesmo, este é poluído e, assim, de forma direta ou indireta, também se polui a água e o ar. A contaminação do solo tem se tornado uma das grandes preocupações ambientais, uma vez que geralmente essa contaminação se espalha afetando o subsolo, águas superficiais e subterrâneas, ar, fauna e flora. A contaminação do solo dá-se, principalmente, por resíduos sólidos e líquidos, águas contaminadas, efluentes sólidos e líquidos, efluentes provenientes de atividades agrícolas, entre outros. Pode-se concluir que a contaminação do soloocorrerá sempre que houver adição de compostos ao mesmo, modificando suas características naturais e as suas utilizações, produzindo efeitos negativos o qual denominamos de poluição. A poluição do solo é causada por: resíduos sólidos, rejeitos perigosos, agrotóxicos, queimadas, atividades de mineração, cemitérios horizontais etc.
Resíduos Sólidos
A Resolução do CONAMA nº 05, de 05 de agosto de 1993, em seu artigo 1º, conceitua resíduos sólidos como sendo os “resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d'água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis, em face à melhor tecnologia disponível”.
Normas que regulam os Resíduos Sólidos : Resolução CONAMA n. 005, de 05 de agosto de 1993, trata dos Resíduos Sólidos; Lei nº 12.305, sancionada em 02 de agosto de 2010, disciplina a Política Nacional de Resíduos Sólidos; Decreto n. 7.404, de 23 de dezembro de 2010, regulamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos e cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa.
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)
A Lei nº 12.305, de 02 de agosto de2010, instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A norma, em seu artigo 3º, inciso XVI, definiu Resíduo Sólido como sendo “material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível”.Estão sujeitas à observância desta lei as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos e as que desenvolvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos, (artigo 1°, §1°, Lei n. 12.305/10).
A Política Nacional de Resíduos Sólidos possui seus princípios disciplinados na redação do artigo 6° da Lei n. 12.305/10 e objetivos em seu artigo 7º.
Os resíduos sólidos possuem as seguintes classificações:
- Quanto à origem
a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas;
b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana; 
c) resíduos sólidos urbanos: são tantos os resíduos domiciliares quanto os resíduos de limpeza urbana.
d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados nessas atividades, excetuados os resíduos de limpeza urbana, resíduos dos serviços públicos de saneamento básico, resíduos de serviços de saúde, resíduos da construção civil e resíduos de serviços de transportes.
e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, excetuados os resíduos sólidos urbanos.
f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais;
g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;
h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis;
i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades;
j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira;
k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios.
- Quanto à periculosidade
a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica;
b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados como resíduos perigosos.
e) Poluição hídrica
A poluição hídrica também é conhecida como poluição das águas. A água é um bem precioso e cada vez mais abordado em debates no mundo. O uso irracional e a poluição de rios e lagos, podem ocasionar a falta de água doce muito em breve, caso os governantes mundiais não criem reais mecanismos de proteção desse recurso natural que é finito.
Atitudes que podem diminuir a poluição hídrica:
- Evitar lançar esgoto doméstico em córregos;
- Não despejar produtos químicos, combustíveis ou detergentes nas águas;
- Não jogar lixos em rios, praias, lagos;
- Não descartar óleo de fritura na rede de esgoto;
- Não utilizar agrotóxicos e defensivos agrícolas em áreas próximas à fontes de água etc.
As principais causas de deterioração dos rios, lagos, baias e oceanos são a poluição e a contaminação por poluentes e esgotos. O ser humano causa a poluição hídrica através do despejo descontrolado de lixos, esgotos, dejetos químicos industriais e exacerbada mineração sem controle. No Brasil, por exemplo, grande parte do esgoto não passa por tratamento antes de ser despejado em rios, lagos e mananciais.
Para ter uma ideia, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) levantados em 2011, 71,8% dos municípios brasileiros não possuem uma política municipal de saneamento básico. A estatística corresponde a 3.995 cidades que não respeitam a Lei Nacional de Saneamento Básico, aprovada em 2007.
A maioria dessas cidades, cerca de 60,5%, não possui nenhum acompanhamento quanto às licenças de esgotamento sanitário, além da drenagem e manejo de águas pluviais urbanas e do abastecimento de água. Em quase metade dos municípios do país, isto é, 47,8%, não há órgão de fiscalização da qualidade da água.
Em sede mundial, com o objetivo de buscar soluções para os problemas dos recursos hídricos do planeta e despertar a consciência sobre a questão da água no mundo todo, foi implementado, por iniciativa do Conselho Mundial da Água (WWC na sigla em inglês), o denominado Fórum Mundial da Água. O I Fórum Mundial da Água aconteceu em Marraquexe, Marrocos, em março de 1997, o II Fórum Mundial da Água foi realizado em Haia, Holanda, em março de 2000, durante o qual foi apresentada a “Visão Mundial da Água”. Em março de 2003, nas cidades de Quioto, Shiga e Osaka, no Japão, ocorreu o III Fórum Mundial da Água. O IV Fórum Mundial da Água “Ações Locais para um Desafio Global”, aconteceu na Cidade do México, em março de 2006, e pretendeu encorajar a reflexão e o debate sobre os muitos desafios e oportunidades com relação à água.
O V Fórum Mundial da Água foi em Istambul, Turquia, em março 2009, intitulado “Superando os Divisores de Água”. Em Marselha, França, em 2012, houve o VI Fórum Mundial da Água e o último encontro (VII Fórum Mundial da Água) ocorreu em abril de 2015 em Daegu e Gyeongbuk, Coreia do Sul, com a presença de mais de 20 mil participantes.
“Todos os fóruns buscaram propiciar a participação e diálogo de múltiplos atores, visando influir na elaboração de políticas a nível global. Além de garantir um melhor nível de vida para a humanidade e um comportamento social mais responsável no que diz respeito ao uso múltiplo da água” (fonte: folha do meio ambiente).
O VIII FórumMundial da Água será realizado no Brasil, em março de 2018, em Brasília (DF).
Recursos Hídricos
Os recursos hídricos correspondem às águas superficiais (águas doces, águas salobras e águas salinas) ou subterrâneas disponíveis para qualquer tipo de uso de região ou bacia.
A água é um recurso ambiental fundamental. A primeira lei brasileira a tratar do tema foi o Código das Águas, sancionado em 10 de julho de 1934, através do Decreto n. 24.643. Política Nacional de Recursos Hídricos . Somente em 08 de janeiro de 1997, foi instituída a Lei n. 9.433, Política Nacional de Recursos Hídricos. A norma criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamentou o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e alterou o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989.
O Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos possui os seguintes objetivos:
1. Coordenar a gestão integrada das águas;
2. Arbitrar no âmbito administrativo os conflitos relacionados com os recursos hídricos;
3. Implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos;
4. Planejar, regular e controlar o uso, a preservação e a recuperação dos recursos hídricos;
5. Promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos.
Integra o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos os seguintes órgãos:
- Conselho Nacional de Recursos Hídricos;
- Agência Nacional de Águas;
- Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados e do Distrito Federal;
- Comitês de Bacia Hidrográfica;
- Órgãos dos poderes públicos federal, estaduais, do Distrito Federal e municipais cujas competências se relacionem com a gestão de recursos hídricos e as Agências de Água.
Mudanças climáticas
As mudanças climáticas e o aquecimento global começaram a fazer parte da agenda internacional a partir da década de 1980, quando alguns trabalhos científicos indicavam o aumento da concentração de gás carbônico na atmosfera, associado a um aumento na temperatura terrestre (efeito estufa).O aquecimento global acontece quando são lançados mais gases do efeito estufa (GEE), na atmosfera do que as florestas e os oceanos são capazes de absorver.Os principais gases do efeito estufa são: Dióxido de carbono (CO2), gás metano (CH4), clorofluorcarbono (CFC), óxido nitroso (N2O) e ozônio.
O primeiro documento internacional a tratar sobre o aquecimento global foi a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que foi assinada durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, em 1992, conhecida como Rio-92. 
Naquele encontro, representantes de diversos países “consolidaram uma agenda global para minimizar os problemas ambientais mundiais. Crescia a ideia do desenvolvimento sustentável, buscando um modelo de crescimento econômico e social aliado à preservação ambiental e ao equilíbrio climático em todo o planeta” (Ministério do Meio Ambiente). Também foi estabelecido um compromisso geral de redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE) e a estabilização dos níveis de concentração deste na atmosfera.
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima ressalta o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas entre os países, a obrigação dos países industrializados de assumir a liderança na adoção das medidas nela previstas e reconhece o princípio da precaução, segundo o qual atividades capazes de causar danos graves ou irreversíveis ao meio ambiente devem ser restringidas, ou até mesmo proibidas, antes que haja uma certeza científica de seus efeitos.
A partir da assinatura da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima há anualmente encontros dos países signatários, chamados de Conferências das Partes Signatárias da Convenção-Quadro sobre Mudanças Climáticas (COP).
A Terceira Conferência das Partes da Convenção do Clima (COP 3) resultou no Protocolo de Quioto (ou Kyoto) que obrigava os países desenvolvidos, individual ou conjuntamente, a cortar, no período de 2008 a 2012, em média 5,2% das emissões de gases de efeito estufa. A fim de cumprir essas metas, foram propostas medidas como o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e o Comércio de Emissões de Carbono ou Créditos de Carbono.
Créditos de Carbono : É “uma medida que permite às indústrias e nações reduzirem seus índices de emissão de gases do efeito estufa por um sistema de compensação. Funciona assim: conforme o Protocolo de Kyoto, as nações industrializadas devem reduzir suas emissões de gases do efeito estufa, durante o período de 2008 a 2012, em 5,2% em relação aos níveis de 1990. Os governos calculam quanto precisam diminuir e repassam essa informação às indústrias do país, estabelecendo uma cota para cada uma. Essas empresas podem adotar medidas de eficiência energética para atingir suas metas ou ir ao mercado e comprar créditos de carbono (um crédito de carbono equivale a 1 tonelada de dióxido de carbono). Daí a compensação: já que a empresa não vai conseguir reduzir suas emissões, ela compra esse "bônus" de terceiros. Para que uma empresa tenha direito a vender créditos de carbono, precisa cumprir dois requisitos: contribuir para o desenvolvimento sustentável e adicionar alguma vantagem ao ambiente, seja pela absorção de dióxido de carbono (por exemplo, com o plantio de árvores), seja por evitar o lançamento de gases do efeito estufa na atmosfera - a quantidade de CO2 que ela retirar ou deixar de despejar na atmosfera é que pode ser convertida em créditos de carbono. Do total desses créditos disponíveis para venda no mercado, 15% vêm do Brasil”. 
Na Conferência do Clima (COP 17), que ocorreu na África do Sul, em 2011, foi aprovada a criação de um novo instrumento internacional para incluir todos os países na redução de emissões de gás carbono e as metas estabelecidas no Protocolo de Quioto foram atualizadas e ampliadas para cortes de 25% a 40% nas emissões, em 2020, sobre os níveis de 1990 para os países desenvolvidos.
Consequências das Mudanças Climáticas:
Projetam-se grandes mudanças na estrutura e na função dos ecossistemas, nas interações ecológicas e distribuições geográficas das espécies, com consequências predominantemente negativas para a biodiversidade de bens e serviços dos ecossistemas, como por exemplo, a oferta de água e alimento.
As mudanças do clima também devem afetar o estado de saúde de milhões de pessoas; nas áreas mais secas, pode ocorrer a salinização e a desertificação das terras agrícolas.
Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC)
A Lei n. 12.187, sancionada em 29 de dezembro de 2009, instituiu a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) e criou instrumentos básicos para o Brasil enfrentar as questões econômicas e sociais diretamente impactadas pelas mudanças climáticas. O Decreto n. 7.390, de 09 de dezembro de 2010, foi sancionado com o fim de regulamentar alguns artigos da PNMC.
A Política Nacional sobre Mudança do Clima estabeleceu junto à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima o compromisso do país reduzir as emissões de gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9% das emissões projetadas até 2020. Leia aqui o artigo 2º, da Lei 12.187/09 que determinou seus princípios, objetivos, diretrizes, instrumentos e conceitos.
Os objetivos da Política Nacional sobre Mudança do Clima, instituídos no artigo 4o da Lei 12.187/09, deverão estar em consonância com o desenvolvimento sustentável a fim de buscar o crescimento econômico, a erradicação da pobreza e a redução das desigualdades sociais.
Educação ambiental
A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade educativa tem a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo de relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas derivados de ditas relações e suas causas profundas.
A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), Lei n. 6.938/81, em seu artigo 2º, inciso X, estabelece entre um dos seus princípios, a educação ambiental em todos os níveis de ensino,inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 225, §1º, inciso VI, determina ao Poder Público o dever de promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública da população para a preservação do meio ambiente.
Menos de um ano após a promulgação da Constituição Cidadã de 1988, foi sancionada a Lei n. 9.795, de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) e dá outras providências.
O artigo 1º da norma conceitua Educação Ambiental como sendo, “os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”. Trata-se de um componente essencial, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal (artigo 2°), uma vez que todos tem direito a Educação Ambiental.
Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à educação ambiental, incumbindo (artigo 3°, Lei n. 9.795/99):
AO PODER PÚBLICO: Definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente.
ÀS INSTITUIÇÕES EDUCATIVAS: Promover a educação ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem.
AOS ÓRGÃOS INTEGRANTES DO SISTEMA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE (SISNAMA):Promover ações de educação ambiental integradas aos programas de conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente;
AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA: Colaborar de maneira ativa e permanente na disseminação de informações e práticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensão ambiental em sua programação;
ÀS EMPRESAS, ENTIDADES DE CLASSE, INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS: Promover programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo produtivo no meio ambiente;
À SOCIEDADE COMO UM TODO: Manter atenção permanente à formação de valores, atitudes e habilidades que propiciem a atuação individual e coletiva voltada para a prevenção, a identificação e a solução de problemas ambientais.
Os princípios básicos da Educação Ambiental estão previstos no artigo 4° da Lei n. 9.795/99 e os objetivos no artigo 5°. 
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na esfera de sua competência e nas áreas de sua jurisdição, definirão diretrizes, normas e critérios para promover a educação ambiental, respeitando sempre os princípios e objetivos disciplinados pela Política Nacional de Educação Ambiental.
O Decreto nº 4.281, de 25 de junho de 2002, regulamentou a Política Nacional de Educação Ambiental, a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. O artigo 1° do citado decreto determina que a Política Nacional de Educação Ambiental será executada pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), pelas instituições educacionais públicas e privadas dos sistemas de ensino, pelos órgãos públicos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, envolvendo entidades não governamentais, entidades de classe, meios de comunicação e demais segmentos da sociedade.
Em 2015, foi sancionada a Lei n. 13.186, de 11 de novembro, que instituiu a Política de Educação para o Consumo Sustentável. A norma tem por objetivo geral incentivar a população a adotar práticas de consumo sustentável e as indústrias técnicas de produção ecologicamente sustentáveis (artigo 1°, caput da Lei n. 13.186).
O consumo sustentável vem a ser a utilização dos recursos naturais de maneira a proporcionar qualidade de vida para a geração presente, sem comprometer as necessidades das gerações futuras.
Os objetivos específicos da Política de Educação para Consumo Sustentável estão definidos no artigo 2º da norma.
Para atender aos objetivos gerais da norma, deve o poder público federal, estadual e municipal promover campanhas em prol do consumo sustentável, principalmente nos espaços nobres dos meios de comunicação de massa e capacitar os profissionais da área de educação com o fim de incluir o consumo sustentável nos programas de educação ambiental do ensino médio e fundamental (artigo 3°, Lei n. 13.186).
Atividades
1. Leia o artigo Pequim emite primeiro "alerta vermelho" de poluição atmosférica sobre a poluição na China e identifique as formas de poluição atmosférica existente no caso.
GABARITO : Há a poluição gerada pela industrialização, que é uma fonte estacionária e também as causadas pelos veículos automotores, que é uma fonte móvel de poluição. Nas grandes metrópoles, os veículos se destacam como principais fontes poluidoras, e podem ser divididos em: veículos leves de passageiro (utilizam principalmente gasolina ou álcool como combustível); veículos leves comerciais (utilizam gás natural veicular (GNV) ou óleo diesel) e veículos pesados (somente de óleo diesel).
Questão 1 - Quais são os problemas ambientais globais decorrentes da poluição do ar?
( X ) Smog, inversão térmica e chuva ácida.
( ) Inversão dinâmica, inversão térmica e chuva ácida.
( ) Efeito estufa, smog, inversão dinâmica.
( ) Chuva ácida, escassez de chuva e desmatamento.
( ) Desmatamento, inversão térmica e chuva ácida.
Questão 2 - Quais são as tutelas do meio ambiente?
( X ) Tutela do meio ambiente artificial, Tutela do meio ambiente do trabalho, Tutela do meio ambiente natural e Tutela do meio ambiente cultural.
( ) Tutela da água, Tutela da fauna, Tutela da flora e Tutela do solo.
( ) Tutela do meio ambiente do trabalho, Tutela do meio ambiente natural e Tutela do meio ambiente cultural e tutela do meio ambiente do familiar.
( ) Educação ambiental e proteção ambiental.
( ) Tutela do meio ambiente natural, educação ambiental e Tutela do meio ambiente cultural.
Questão 3 - São exemplos de poluição:
( ) Poluição do ar, visual e artificial.
( X ) Poluição do ar, sonora e visual.
( ) Poluição artificial, cultural e paisagística.
( ) Poluição hídrica, poluição artificial, poluição cultural.
( ) Poluição do ar, da fauna e da flora.
Questão 4 - São objetivos fundamentais da educação ambiental, exceto:
( ) O desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos.
( ) A garantia de democratização das informações ambientais.
( ) O estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social.
( X ) O fomento e o fortalecimento da integração entre o Poder Público e as instituições escolares para a pesquisa de ciências e tecnologias em prol da Educação Ambiental.
( ) O fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade.
Questão 5 - São formas de degradação do solo:
( X ) Desertificação, utilização de tecnologias inadequadas, falta de práticas de conservação de água no solo.
( ) Desertificação, utilização de tecnologias inadequadas, construção da cobertura vegetal.
( ) Utilização de tecnologias de forma adequada, conservação de água no solo e efeito estufa.
( ) Efeito estufa, smog e chuva ácida.
( ) Smog, inversão térmica e construção da cobertura vegetal.
1.
A água é um recurso natural finito e vulnerável, dotado de valor econômico, essencial para a manutenção da vida no planeta, assim como para o desenvolvimento da sociedade e do meio ambiente. A gestão dos recursos hídricos é um procedimento que visa adotar as melhores soluções no uso da água nas diferentes necessidades e na conversação do meio ambiente. A Lei nº 9.433/97 institui a Política Nacionalde Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamentando, dessa forma, o art. 21, inciso XIX, da Constituição Federal. Acerca dos fundamentos da PNRH - Política Nacional de Recursos Hídricos, prevista na Lei nº 9.433/97, assinale a opção correta:
A gestão dos recursos hídricos não deve permitir o uso múltiplo das águas.
A gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.
A água é um bem privado, devendo ser observada a função social da propriedade.
Em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o voltado em primeiro plano para a produção de energia elétrica nas usinas hidroelétricas, em segundo para o consumo humano e em terceiro para a dessedentação de animais.
A água é um recurso natural ilimitado, não sendo dotado de valor econômico.
2.
De acordo com a doutrina de Direito Ambiental quais as formas que podemos classificar o meio ambiente:
meio ambiente natural, meio ambiente cultural, meio ambiente artificial e meio ambiente do trabalho.
meio ambiente florestal, meio ambiente estadual, meio ambiente artificial e meio ambiente internacional.
meio ambiente municipal, meio ambiente estadual, meio ambiente federal e meio ambiente distrital.
meio ambiente distrital, meio ambiente natural, meio ambiente federal e meio ambiente cultural.
3.
Sobre a Politica Nacional do Meio Ambiente-PNMA é INCORRETO afirmar:
A PMNA define a estrutura do SISNAMA.
A PMNA possui objetivos claros, dentre os quais consta o desenvolvimento sustentável.
A PMNA não conceitua poluição.
A PMNA define degradação ambiental.
A PMNA foi formulada pela Lei 6938/81.
4.
Com base nos conhecimentos sobre a Política Nacional de Mudanças Climáticas analise as afirmativas abaixo e demonstre o seu entendimento escolhendo a resposta correta:
A Política Nacional de Meio Ambiente visa o desenvolvimento sustentável a fim de buscar o crescimento econômico, bem como a implementação de medidas para promover a adaptação à mudança do clima pelas 3 (três) esferas da Federação
A Política Nacional de Meio Ambiente visa a proteção da população contra as chuvas e o clima e a implementação de medidas para promover a adaptação à mudança do clima pelas 3 (três) esferas da Federação
A Política Nacional de Meio Ambiente visa a erradicação da pobreza e a redução das desigualdades sociais.
A Política Nacional de Meio Ambiente visa a redução de emissões de gases de efeito estufa em relação às suas diferentes fontes, bem como a implementação de medidas para promover a adaptação à mudança do clima pelas 3 (três) esferas da Federação.
A Política Nacional de Meio Ambiente visa a redução das emissões dos gases CFCs(clorofluorcarbonos) que destroem a camada de ozônio que protege a atmosfera
5.
PROBLEMAS AMBIENTAIS COMO: SMOG, INVERSÃO TÉRMICA, CHUVA ÁCIDA E DIMINUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO SÃO CONSIDERADOS:
PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS DECORRENTES DA POLUIÇÃO DO SOLO.
PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS DECORRENTES DA POLUIÇÃO VISUAL.
PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS DECORRENTES DA POLUIÇÃO DO AR.
PROBLEMAS AMBIENTAIS LOCAIS DECORRENTES DA POLUIÇÃO SONORA.
PROBLEMAS AMBIENTAIS LOCAIS DECORRENTES DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
6.
(TRT-1) "A condenação ao pagamento de indenização por danos morais encontra fundamento na inobservância do dever empresarial de propiciar aos seus empregados um adequado meio ambiente laboral". O ambiente do local em que se desenvolve boa parte da vida do trabalhador, portanto, sua sadia qualidade de vida, está em íntima dependência à qualidade desse ambiente. O bem jurídico, portanto em questão, a sadia qualidade de vida no meio ambiente de trabalho, tem a natureza de:
direito de segurança
direito difuso
direito público
direito à saúde
direito laboral
7.
Assinale a alternativa CORRETA. A Constituição Federal assegura a proteção do meio ambiente cultural, abrangendo a expressão:
Conjunto de bens móveis e imóveis existentes no país cuja conservação seja de interesse público por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil ou por sua importância arquitetônica e que tenham sido tombados por ato do Poder Público.
Os bens de natureza material, tomados individualmente, portadores de referência à identidade da sociedade brasileira, incluídos os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
Os bens de natureza material ou imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação ou à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, excluídos sítios de valor paisagístico, arqueológico ou paleontológico.
Os bens de natureza material e imaterial , tomados individualmente ou em conjunto , portadores de referência à identidade da sociedade brasileira, incluídos os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
Conjunto de bens imóveis existentes no país cuja conservação seja de interesse público por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil
8.
O PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO E CONTROLE DA POLUIÇÃO SONORA - SILÊNCIO foi instituído pela Resolução CONAMA nº 2, de 8/3/90. Analise as justificativas abaixo e assinale a CORRETA sobre este programa:
I O Programa Silêncio foi instituído considerando a necessidade de estabelecer normas, métodos e ações para controlar o ruído excessivo que interfere na saúde e bem estar da população;
II A coordenação do programa SILÊNCIO compete ao IBAMA;
 III Compete aos Estados e Municípios o estabelecimento e implementação dos programas estaduais de educação e controle da poluição sonora, em conformidade com o estabelecido no Programa SILÊNCIO;
IV Compete somente à União o estabelecimento e implementação dos programas estaduais de educação e controle da poluição sonora, em conformidade com o estabelecido no Programa SILÊNCIO
Todas as alternativas estão corretas
Apenas as alternativas II e IV estão corretas
Apenas as alternativas I, II e IV estão corretas
Apenas as alternativas I e II estão corretas
Apenas as alternativas I, II e III estão corretas
1.
A Constituição Federal, nos artigos. 182 e 183, dispõe sobre a política urbana determinando que:
O poder público municipal está obrigado a exigir do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado que promova seu adequado aproveitamento sob pena de desapropriação.
o Plano Diretor é obrigatório para as cidades situadas em área de interesse ambiental.
a política de desenvolvimento urbano deve ser executada pelo Poder Público Municipal com base nas diretrizes gerais fixadas na própria Carta Magna.
a propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas pelo Plano Diretor.
na usucapião de área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, o possuidor tem que provar o justo título e a boa-fé.
2.
A Política Nacional de Recursos Hídricos introduziu conceitos inteiramente novos que contemplam a importância do recurso natural água como bem jurídico protegido e fundamento da lei. Marque a alternativa CORRETA sobre esse recurso ambiental:
A água é um bem de domínio público, tutelado pela sociedade e pelo Estado, limitado, de uso múltiplo, tendo a bacia hidrográfica como unidade de gestão
A gestão da água deve ser sempre centralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e da comunidade.
A água é um bem difuso, de uso ilimitado pela população, que tem um rio como unidade de sua gestão
As águas podem ser de domínio público, comuns ou privadas, conforme a extensão da bacia hidrográfica
A água é um bem de domínio público e particular, limitado por uma bacia hidrográfica
3.
O ar, o solo e a água são recursos naturais indispensáveis à vida. No entanto, as alterações causadas ao meio ambiente, decorrentesda ação humana ao liberar toda e qualquer forma de matéria ou energia, em desacordo com as normas ambientais, causam poluição e degradam o meio ambiente, colocando em risco a saúde, a segurança e o bem-estar comum. Em algumas situações, a poluição é de tal forma devastadora que os danos tornam-se irreparáveis. O conceito de poluição é previsto:
No Estatuto da Cidade, que estabelece diretrizes gerais sobre a Política Urbana, Lei 10.257/2001.
Na Política Nacional sobre Mudanças do Clima- PNMC, Lei 12.187/2009.
Na Lei 6.938/81, que instituiu a Política Nacional de Meio Ambiente - PNMA.
Na Lei 9.795/99, Política Nacional de Educação Ambiental - PNEA.
Na Lei 9.433/97, Política Nacional de Recursos Hídricos - PNRH.
4.
O direito à saúde e à segurança do trabalho está relacionado entre os direitos de solidariedade. O direito ao meio ambiente do trabalho saudável também é um dos direitos fundamentais do trabalhador. A submissão a local de trabalho que não atenda às mais elementares regras de saúde e segurança impõe a compensação, por danos morais, pela situação degradante do trabalhador. Assinale a resposta Correta: o direito ao meio de trabalho, elevado na CF como um direito fundamental está diretamente correlacionado ao:
Princípio da dignidade da pessoa humana
Princípio da igualdade de direitos
Princípio do equilíbrio
Princípio da responsabilidade ambiental
Princípio da prevenção
5.
Acerca do conceito e abrangência do tema meio ambiente, assinale a opção CORRETA:
a proteção do meio ambiente do trabalho não está prevista expressamente na Constituição da República
o meio ambiente cultural é constituído pelo patrimônio artístico, histórico, turístico, dentre outros, que envolva bens somente de natureza imaterial
o meio ambiente artificial consiste no espaço urbano, abrangendo o conjunto de edificações e equipamentos públicos tais como ruas e avenidas;
o nosso direito positivo indicou no conceito legal de meio ambiente, como elemento caracterizador a vida em geral, relativa às espécies animais e vegetais, não incluindo pois o homem.
o meio ambiente natural é composto pelos recursos naturais ar, atmosfera, água, solo, subsolo, fauna, flora, biodiversidade e institutos de pesquisa sobre a natureza
6.
O Programa Nacional de Controle do Ar (PRONAR) é um dos instrumentos básicos da gestão ambiental para proteção porque:
tutela a difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico.
tutela a saúde e o bem-estar das populações e a melhoria da qualidade de vida com o objetivo de permitir o desenvolvimento econômico e social do pais de forma ambientalmente segura, pela limitação dos níveis de emissão de poluentes por fontes de poluição atmosférica.
Tutela as condições limitantes estabelecidas para a qualidade das águas doces, salobras e salinas destinadas à recreação de contato primário (banho público).
tutela o desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o uso racional do solo.
disciplina o lançamento de efluentes, vedando terminantemente o lançamento de quaisquer efluentes, direta ou indiretamente, nos corpos de água sem o devido tratamento.
7.
Marque a resposta correta sobre o instituto do Tombamento:
A coisa tombada pode ser móvel ou imóvel, mas somente de propriedade privada.
Por meio do tombamento, o valor cultural do bem é reconhecido e se institui sobre ele um regime especial de proteção, considerando-se a função social do mesmo.
O objetivo do tombamento é referente apenas à necessidade de conservação do imóvel e nunca de bem móvel.
No tombamento o bem pode ser vendido, comprado ou alugado, mas as modificações físicas podem ser realizadas a critério do interesse do propietário do bem tombado.
O tombamento pode ser nas instâncias municipal, estadual e federal, existindo uma hierarquia entre os três níveis de proteção, pois não possuem natureza suplementar
8.
O Plano Diretor é um dos instrumentos básicos para o pleno desenvolvimento das funções ambientais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. Com relação, exclusivamente, ao número de habitantes, o Plano Diretor é obrigatório quando o município possui mais de
20 mil habitantes
100 mil habitantes
50 mil habitantes
60 mil habitantes
30 mil habitantes
1.
Marque a resposta CORRETA em razão do estudado sobre a Proteção do Ar ou Atmosférica
As unidades da federação possuem competência administrativa, parcial, para praticar atos na esfera da proteção do meio ambiente e, portanto, da luta contra a poluição atmosférica.
O controle da poluição atmosférica, por fontes móveis, através do PROCONVE, pode ser realizado preventivamente através de instrumentos, como o zoneamento ambiental, o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras,
São padrões de qualidade do ar as concentrações de poluentes atmosféricos que, ultrapassadas,poderão afetar a saúde, a segurança e o bem-estar da população, bem como ocasionar danos à flora e à fauna, aos materiais e ao meio ambiente em geral.
As indústrias instaladas ou a se instalarem no território nacional só ficam obrigadas a adotarem medidas visando prevenir ou corrigir os inconvenientes e prejuízos da poluição e da contaminação do meio ambiente caso as atividades desenvolvidas venham a causar danos ao meio ambiente e à saúde da população;
Incumbe ao Poder Público municipal estabelecer normas legais e administrativas fixando limites de poluentes que podem se lançados no ar atmosférico sem causar prejuízo à saúde ou ao meio ambiente
2.
Marque a alternativa CORRETA em razão da Política Nacional de Recursos Hídricos
A água é um bem jurídico particular, tutelado pelo órgão ambiental, ilimitado, de uso específico, tendo a bacia hidrográfica como unidade de gestão.
a água é um recurso natural ilimitado suscetível de valor econômico que objetiva fazer com que o usuário não a desperdice e a utilize de forma racional.
o regime de outorga de direitos de uso de recursos hídricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água.
o sistema jurídico brasileiro proíbe a cobrança pela outorga de direitos de uso de recursos hídricos.
A água é um bem jurídico de domínio público, tutelado pelo Estado e por toda a Sociedade, limitado, de uso múltiplo, tendo o rio principal como unidade de gestão.
3.
Segundo a lei que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, a Educação Ambiental no Ensino Formal:
nos cursos de pós-graduação, extensão e nas áreas voltadas ao aspecto metodológico da educação ambiental, quando se fizer necessário, é obrigatória a criação de disciplina específica.
a dimensão ambiental deve constar dos currículos de formação de professores, em todos os níveis e em algumas disciplinas.
será desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal.
nos cursos de formação e especialização técnico-profissional, em todos os níveis, é dispensável o conteúdo que trate da ética ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas.
não deve ser implantada como disciplina específica no currículo de ensino.
4.
Marque a alternativa Correta em razão dos conteúdos estudados sobre poluição visual e poluição sonora.
É considerado crime causar poluição, seja sonora, visual ou de qualquer outra natureza, em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana e ao meio ambiente.
A propaganda eleitoral, de acordo com o Código Eleitoral, não prejudica a estética urbana, nem causa poluição sonora, e devem ser sempre toleradas, pois o direito dos candidatos está respaldado por lei.
A terminologia, poluição estética, faz referência aos ruídos quando estes passam a ser um ¿contaminante¿, ou seja, um som que incomoda e que pode produzirefeitos fisiológicos e psicológicos nocivos para uma pessoa ou grupo de pessoas.
Entende-se por poluição sonora o ruído proveniente de uma determinada fonte manifestada, ao mesmo tempo, em vários ambientes.
Dentre as diretrizes gerais do Estatuto da Cidade sobre a ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar a deterioração das áreas urbanizadas e a degradação ambiental, não está previsto o controle da poluição, pois a poluição seja sonora ou a visual é matéria legislada pelo poder legislativo federal.
5.
O Direito Ambiental contém normas que visam proteger o trabalhador da degradação e da poluição no local onde exerce suas atividades laborais e objetivam: I- fiscalizar e controlar a insalubridade e o perigo; II -fornecer o necessário material de proteção para a atividade laboral; III-investir em segurança e treinamento dos trabalhadores; IV- efetivar o direito ao meio ambiente do trabalho saudável, limpo e seguro. Marque a resposta Correta:
I, III e IV estão corretas
Todas estão corretas
II, III e IV estão corretas
III e IV estão corretas
I, II e III estão corretas
6.
Um espaço público, como uma praça com muitas árvores e jardins, é classificado pela doutrina como:
meio ambiente cultural.
meio ambiente natural
meio ambiente do trabalho.
meio ambiente artificial.
meio ambiente laboral.
7.
São considerados aspectos classificatórios do meio ambiente:
O meio ambiente do trabalho, industrial, cultural e histórico.
O meio ambiente do trabalho, artificial, cultural e natural.
O meio ambiente artificial, industrial, do trabalho e cultural
O meio ambiente urbano, industrial, histórico e natural.
O meio ambiente natural, histórico, estético e paisagístico.
8.
Fonte adaptada FCC/2009 -MPE-SE. Marque a resposta CORRETA. O plano diretor, um dos instrumentos da política urbana do Estatuto da Cidade, faz parte
da função social da propriedade urbana
dos institutos tributários e financeiros.
dos planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território.
do planejamento municipal.
dos instrumentos periódicos e políticos.

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