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Direito Penal I aula 5

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Disciplina: Direito Penal I
Docente: Ana Ketsia B. M. Pinheiro
Aula 5
VALIDADE E EFICÁCIA DA LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO
Resolução de Questões
Faculdade Estácio de Sá - FAL
Plano de Aula 1
Questão Subjetiva
Luana, Vanessa e Isabela, jovens de 22 e 23 anos, após terem sido demitidas da empresa de propaganda na qual trabalhavam resolveram alugar um imóvel e dividir as despesas do mesmo. Passados alguns meses sem que conseguissem novo emprego, decidiram trabalhar por um tempo como “garotas de programa” para seu sustento. A fim de evitar chamar a atenção de amigos e familiares resolveram utilizar a sua própria residência como local dos encontros. 
- 
Para tanto, acordaram que Luana ficaria responsável pela “administração” do local, recebendo parte do dinheiro obtido por suas colegas com o serviço sexual, utilizando-o no pagamento do aluguel, anúncios, empregada e outras despesas necessárias à mantença do local. No mais, as próprias colegas agendavam e negociavam os programas que realizavam.   Passados alguns meses do início das “atividades”, após diversas notificações às jovens reclamando sobre o excessivo movimento de “estranhos” no edifício, o síndico, desconfiado das atividades lá realizadas, notifica os fatos à autoridade pública, bem como a ocorrência de pequenos delitos no local.   
Após detalhada verificação de todos os fatos, inclusive através de interceptações telefônicas deferidas judicialmente, restou demonstrada a habitualidade das condutas de Luana, Vanessa e Isabela. 
Dos fatos, as jovens restaram denunciadas pela prática da conduta descrita no art. 229, do Código Penal.
.Casa de prostituição. Art. 229.  Manter, por conta própria ou de terceiro,  estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente:  Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa).
 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre as missões do Direito Penal e suas características, responda de forma objetiva e fundamentada: quais as possíveis teses defensivas a serem apresentadas por Luana, Vanessa e Isabela?
Prostituição é conduta atípica tendo relevância penal a conduta de quem explora a prostituição alheia.  
Distinção entre Direito e Moral;
Caráter subsidiário e fragmentário do Direito Penal;
Possibilidade da incidência dos princípios da intervenção mínima, fragmentariedade e adequação social para fins de exclusão da responsabilidade penal.
Questão objetiva
O Direito Penal é uma ferramenta de controle social, na medida que visa coibir condutas lesivas. Porém, num Estado Democrático de Direito, ainda que em um olhar Garantista a análise do bem jurídico é de suma importância critério limitador do poder punitivo do Estado. Assim, analisando a função do Direito Penal, marque a opção correta:
a) O Direito Penal visa garantir todos os bens jurídicos, por isso deve ser o mais amplo possível
b) A pena é uma característica do Direito e, por isso, é definida como sanção em todos os ramos jurídicos
c) A pena, exclusiva do Direito Penal, como visa ressocializar, seu uso é sempre salutar, devendo ser utilizada mesmo nos conflitos mais simples.
d) Em razão da gravidade da pena, o Direito Penal só deve ser aplicado nos casos de grave violação nos bens jurídicos de maior relevância.
Plano de Aula 2
Questão Subjetiva
Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas.
Plenário do Supremo julgará caso de furto de chinelo de R$ 16
Homem foi condenado a um ano de prisão, mas ministro suspendeu punição. Mariana Oliveira do G1, em Brasília, 05/08/2014, disponível em:http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/08/plenario-do-supremo-julgara-caso-de-furto-de-chinelo-de-r-16.html
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar, em data a ser definida, um processo no qual um homem foi condenado a um ano de prisão e dez dias-multa pelo furto de um par de chinelos avaliado em R$ 16. Como era reincidente, a Justiça de Minas Gerais determinou que a punição deveria ser cumprida em regime semiaberto, pelo qual o preso pode deixar o presídio para trabalhar durante o dia.
Com base nos estudos realizados sobre os princípios norteadores, limitadores e garantidores de Direito Penal, responda de forma objetiva e fundamentada: quais as possíveis teses defensivas a serem apresentadas?
Questão objetiva
Acerca dos princípios básicos do direito penal brasileiro, assinale a opção correta.
  a) O princípio da fragmentariedade ou o caráter fragmentário do direito penal quer dizer que a pessoa cometerá o crime se sua conduta coincidir com qualquer verbo da descrição desse crime, ou seja, com qualquer fragmento de seu tipo penal.
  b) O princípio da anterioridade, no direito penal, informa que ninguém será punido sem lei anterior que defina a conduta como crime e que a pena também deve ser prevista previamente, ou seja, a lei nunca poderá retroagir.
 
c) É possível que uma lei penal mais benigna alcance condutas anteriores à sua vigência, seja para possibilitar a aplicação de pena menos severa, seja para contemplar situação em que a conduta tipificada passe a não mais ser crime.
d) O princípio da insignificância no direito penal dispõe que nenhuma vida humana será considerada insignificante, sendo que todas deverão ser protegidas.
e) O princípio da ultima ratio ou da intervenção mínima do direito penal significa que a pessoa só cometerá um crime se a pessoa a ser prejudicada por esse crime o permitir.
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Plano de Aula 4
Questão Subjetiva
No dia 25 de fevereiro de 2014, na cidade de Ariquemes, Felipe, nascido em 03 de março de 1996, encontra seu inimigo Fernando na rua e desfere diversos disparos de arma de fogo em seu peito com intenção de matá-lo. Populares que presenciaram os fatos, avisaram sobre o ocorrido a familiares de Fernando, que optaram por transferi-lo de helicóptero para Porto Velho, onde foi operado. 
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No dia 05 de março de 2014, porém, Fernando não resistiu aos ferimentos causados pelos disparos e veio a falecer ainda no hospital de Porto Velho. Considerando a situação hipotética narrada e as previsões do Código Penal sobre tempo e lugar do crime, é correto afirmar que, em relação a estes fatos:
a) Felipe será responsabilizado pela conduta de acordo com as regras do Código Penal ou do Estatuto da Criança e Adolescente (Lei n. 8.069/1990)? Responda de forma objetiva e fundamentada.
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b) Identifique e explique as teorias adotas no caso concreto sobre tempo e lugar do crime. 
Tempo do crime: Quando o crime é considerado praticado?
-  No momento da conduta ou no momento do resultado? 
Temos TRÊS teorias
- Teoria da Atividade: momento da conduta.
- Teoria do Resultado: momento do evento/resultado.
- Teoria Mista/ubiquidade: momento da conduta ou do resultado.
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Questão objetiva
Em razão do aumento do número de crimes de dano qualificado contra o patrimônio da União (pena: detenção de 6 meses a 3 anos e multa), foi editada uma lei que passou a prever que, entre 20 de agosto de 2015 e 31 de dezembro de 2015, tal delito (Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal) passaria a ter pena de 2 a 5 anos de detenção. João, em 20 de dezembro de 2015, destrói dolosamente um bem de propriedade da União, razão pela qual foi denunciado, em 8 de janeiro de 2016, como incurso nas sanções do Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal. 
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Considerando a hipótese narrada, no momento do julgamento, em março de 2016, deverá ser considerada, em caso de condenação, a pena de: 
 A) 6 meses a 3 anos de detenção, pois a Constituição prevê o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica ao réu.
B) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei temporária tem ultratividade gravosa.
C) 6 meses a 3 anos de detenção, pois aplica-se o princípio do tempus regit actum (tempo rege o ato).
D) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei excepcional tem ultratividade gravosa.
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DIFERENÇA ENTRE LEI TEMPORÁRIA E LEI EXCEPCIONAL
Lei excepcional ou temporária – Art. 3º, CP
i.	 Lei temporária: Lei temporária
em sentido estrito. É aquela instituída por um prazo determinado. Tem prefixado em seu texto o tempo de duração. Exemplo: Lei X vigente até 12/12/12.
ii. 	Lei excepcional: Temporária em sentido amplo. É editada em função de algum evento transitório. Perdura enquanto persistir o evento, como é o caso do estado de emergência ou de guerra.
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