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O país do Carnaval ( 1931)
Você conhece a primeira obra de Jorge Amado, “O País do Carnaval”? Amado escreveu este livro com apenas 18 anos, quando ele estudava Direito no Rio de Janeiro. Jorge terminou de escrevê-lo em dezembro de 1930, mas sua 1ª edição só foi publicada no ano seguinte, pela Schmidt Editor, Rio de Janeiro, com 217 páginas.
A obra narra a história de Paulo Rigger, filho de rico cacauicultor, que acaba de voltar de Paris, após sete anos. O protagonista deseja participar da vida política e intelectual do país, mas tem uma relação de estranhamento com o Brasil do Carnaval, por acreditar que a festa popular mantém o povo alienado. Depois de embates com a cultura popular brasileira, Rigger decide voltar para a Europa.
Para alguns críticos, a obra é retrato geracional, por Jorge relatar a juventude ansiosa da época.
“O País do Carnaval” foi um dos livros considerados subversivos de Amado e foi queimado em praça pública em 1937, durante o regime do Estado Novo. Apesar disso, foi publicado em Portugal e traduzido para o espanhol, francês e italiano.
Cacau (1933)
Cacau foi o segundo romance de Jorge Amado, publicado em 1933. Inicia o "Ciclo do Cacau" e conta a história dos trabalhadores em fazendas de cacau do sul da Bahia, na década de 1930, a expansão das idéias socialistas e a luta de classes no hostil mundo dos trabalhadores do cacau.[1]
Suor (1934)
O livro não possui uma única história que se desenvolve por toda a obra; ao contrário, reúne várias narrativas curtas, organizadas por pequenos temas, que dão conta de diversas atividades dos moradores do prédio 68 da Ladeira do Pelourinho, onde 116 quartos abrigavam mais de 600 pessoas. Entretanto, uma história parece entremear todas as outras narrativas: a narração da tomada de consciência dos homens do cortiço sobre a situação em que viviam, em especial a conscientização da menina Linda.
Linda era sustentada pela madrinha Dona Risoleta. Moravam em um dos quartos no sótão do 68 e tinham contato com vários vizinhos. A menina não trabalhava; era criada com mimos e passava seu tempo lendo romances. O sonho de Risoleta era que ela se casasse com um homem rico.
Seguem-se vários relatos em que se narram as aventuras sexuais dos moradores do 68 e as formas utilizadas para conseguirem sexo, desde pagar prostitutas até apelar para os dois pederastas manifestos do prédio. Episódios retratam como a infância (em uma precocidade muito grande) se portava, e o quanto todos se divertiam com os filmes americanos de faroeste.
As narrativas sobre a religião demonstram o pensamento religioso do grupo, em que havia quem se dedicasse a repassar correntes que lhes eram entregues, se sentisse tentado a ajudar a igreja ou temesse os trabalhos de macumba. Em meio a toda essa confusão, um sapateiro espanhol, anarquista confesso, espalha suas ideias pelos moradores do prédio.
Uma crise aparece (provavelmente refere-se à crise de 1929) e, na mesma época, dona Risoleta fica entrevada e não pode mais trabalhar. Linda, já influenciada por ideias de esquerda, começa a procurar trabalho e acaba juntando-se a um propagandista e a Artur, um aleijado sem os dois braços para fazer propagandas teatrais pela cidade.
A chegada de diversos imigrantes da cidade, em busca de riqueza no sudeste, é mais um episódio digno de nota. Os nordestinos alugam o pátio do cortiço com o pouco dinheiro que têm e dormem por lá por três dias, para desgosto das lavadeiras, que precisavam do espaço para botar as roupas a secar. Entretanto, a animação dos retirantes alegra o local, embora ninguém espere que elas consigam algo de bom em sua jornada.
O trecho da obra que marca a tomada de consciência dos moradores é o momento em que dois trabalhadores da vigilância sanitária vão checar o banheiro do sótão, no qual haviam anteriormente pregado um aviso de que a existência de foco de mosquitos na privada incorreria em multa. O dono do prédio, seu Samara, se recusa a pagar, e junta-se aos vigilantes e a um médico para coagirem os moradores a dividir a multa entre si. A revolta de todos, que culmina em fazer Samara assumir a dívida, cria uma solidariedade intensa entre os moradores e dá-lhes a consciência de que juntos podem barrar a opressão de que são vítimas.
Posteriormente, Isaac, Álvaro Lima, Henrique e outros preparam-se para organizar uma greve, que é frustrada antes de acontecer. Os princiáis nomes são presos; mas toda a população do cortiço sai às ruas para protestarem contra a prisão dos envolvidos.
O livro termina narrando o fim de uma menina de vestido azul, que aparecia durante toda a história sem dar nenhuma contribuição significativa: ela iria casar-se com um homem rico.
Terras do sem fim ( 1943)
 Sua melhor obra do ciclo do cacau, apresenta-nos um legítimo bangue-bangue à brasileira. Dois poderosos proprietários rurais disputam a última reserva de mata nativa onde estão as terras mais férteis para o plantio de cacau.
Os Badarós e Horácio Silveira disputam na Justiça, na política e nas armas o domínio da região de Tabocas, atual Itabuna.
Em meio à violência dos confrontos abertos das tocaias e das disputas judiciais, também os casos amorosos continuaram causando escândalos, dissensões e mortes.
Ester, mulher de Horácio, encontra nos braços de Virgílio o amor delicado e cavalheiresco que seu marido nunca lhe dera.
Margot, amante de Virgílio, encontra em Juca Badaró um consolo para o amor traído.
Horácio, depois de mandar matar Juca por causa dos negócios e de conseguir a posse e o domínio da mata do Sequeira Grande, manda matar Virgílio seu aliado, amigo e advogado para lavar a honra de marido traído. Virgílio, mesmo sabendo do perigo, escolhe morrer para ficar perto de Ester.
E os enormes cocos de cacau que as lavouras do Sequeiro Grande produzem, um ano antes do normal, são explicados pelo adubo extra de sangue humano ali derramado em abudância como vaticinava o feiticeiro Jeremias.
São Jorge dos Ilhéus. ( 1944)
É um livro que trás um painel junto com TERRAS DO SEM FIM das lutas e conquista da TERRA e pelo crescimento do País, no sul da Bahia região das fazendas cacauerias. O autor reproduz nesse livro a realidade da vida numa fazenda de cacau, as disputas políticas, o regime de semi-escravidão, ou seja, a vida construida em torno das "árvores dos frutos de ouro". O livro trata da luta entre os coronéis que conquistaram a terra, para nela cultivar o cacau, e toda movimentação comercial e de riqueza que a exportação deste produto gerou para esta região do País. Aparece a batalha pela posse ta terra e do poder, o drama da agricultura cacaueira, a passagem das terras para as mãos dos exportadores. O livro se inicia com a chegada de Carlos Zude a Ilheus e com reminiscência deste com coisas do passado e o reencontro moderno com está terra tão especial. O Romance com Julieta e a prosperidade desta região com a riqueza do cacau. O drama dos trabalhadores rurais. O risco de vida pelo trabalho duro e perigoso.
Jubiabá ( 1935)
É um romance algo tosco, narrando a vida de Antonio, Balduíno (Baldo), órfão do morro, depois cria de casa abastada e , sucessivamente, vadio, lutador de boxe, trabalhador rural, atleta de circo, afinal operário. Os vários episódios, ligados pela figura central, vão mostrando o povo colorido da Bahia, destacando-se personagens pitorescos, como o pai- de santo Jubiabá, velho quase centenário, que encarna a alma da sua raça e protege Antônio Balduíno. 
Este nutre a vida toda uma fixação amorosa pela filha dos benfeitores,Lindinalva, que deixa ainda adolescente e reencontra, muitos anos mais tarde, na maior degradação , depois de seduzida pelo advogado Barreiras, Balduíno assiste à morte e adota o seu filho . A intenção central do livro, além da visão romanesca da vida popular, é sugerir o lento amadurecimento do protagonista, rumo à consciência política. É um romance característico do "realismo socialista", com alguns ingredientes sensuais e apimentados do cenário baiano.
Mar Morto ( 1936)
é um dos grandes sucessos do escritor baianoJorge Amado. É também um dos mais 
populares de seus muitos romances. Segundo amigos próximos, o livro preferido 
por Jorge dentre todos que escreveu. 
Mar Morto foi traduzido para dezenas de idiomas, como islandês, sueco, húngaro 
e hebraico, e teve seus direitos de adaptação cinematográfica adquiridos pelo 
cineasta italiano Carlo Ponti, para que fosse interpretado por sua esposa à 
época, Sophia Loren. O livro serviu ainda de inspiração para várias composições 
musicais de Dorival Caymmi. 
Mar Morto é um romance escrito como um poema em prosa. O livro conta histórias 
da beira do cais da Bahia, de velhos marinheiros, mestres de saveiros, dos 
malandros, da vida e do amor das pessoas que têm suas vidas entrelaçadas com o 
mar. 
A história se passa no Cais da Bahia, onde viviam 
os marinheiros, como Seu Francisco e seu sobrinho e discípulo Guma. Após 
aprender tudo com seu tio Francisco, Guma passa a tomar conta do saveiro 
chamado Valente. Após salvar o navio Canavieiras do naufrágio em uma noite de 
tempestade, Guma torna-se famoso em todo o Cais da Bahia. 
Como a fama de um jovem rapaz sempre desperta os olhares femininos, Guma 
conhece Lívia, a mais bela de todas as moças do Cais. Após casarem-se, vão 
morar com Seu Francisco, levando com eles Rufino, grande amigo de Guma, e 
Esmeralda. 
Tudo corria muito bem até que Guma deixa-se 
envolver pelos encantos e pela sedução de Esmeralda. Ao descobrir a traição, 
Rufino mata Esmeralda e depois, desgostoso, tira a própria vida. 
Pouco tempo depois Lívia descobre que espera um 
filho de Guma, que, com remorso de ter traído Rufino e Lívia, pega o Valente e
vai para o mar. Ocorre então um acidente com Guma, que bate o Valente nas 
pedras, destruindo-o totalmente, tendo, contudo, escapado com vida. 
Lívia dá luz ao filho de Guma, que chama de 
Frederico, e Guma explode de alegria com a chegada do filho, apesar da imensa 
dor por ter perdido seu saveiro. 
Sem ter como sobreviver e manter Lívia e seu filho, 
envolve-se com contrabando de seda para os árabes após adquirir outro saveiro, 
o Paquete Voador. Numa dessas viagens, o filho de um dos árabes, que o 
acompanhava até o Porto de Santo Antônio, cai no mar. Guma, num ato de extrema 
coragem, pula no mar e consegue salvá-lo, mas desaparece entre as ondas do mar. 
Lívia, viúva, passa a cuidar sozinha de Frederico, 
contando a ajuda de Seu Francisco. Juntos, tomam conta do Paquete Voador, a
maior lembrança que guardam de Guma. 
Assim, Guma fica para sempre na memória do cais 
pela sua coragem e bom coração. Após sua morte, as águas do mar se tornam
calmas, quase mortas (daí o título da obra: Mar Morto)..
Fases segundo Alfredo Bosi
O crítico literário, Alfredo Bosi, distingue a obra de autor em 4 fases:
Romance Proletário: primeiro momento das águas-fortes da vida baiana, rural e citadina. Principais obras desta fase: Cacau e Suor.
Lirismo engajado: depoimentos líricos e sentimentais espraiados em torno de rixas e amores marinheiros. Principais obras desta fase: Jubiabá, Mar Morto e Capitães da Areia.
Região do Cacau: grandes "pinturas" da região do cacau, com tom épico retratando as lutas entre coronéis e exportadores. Principais obras desta fase: Terras do Sem-Fim e São Jorge dos Ilhéus.
Fase desengajada: fase sem engajamento de esquerda, mais focado no "pitoresco", no "saboroso", no "gorduroso", no "apimentado". Tendo criado novelas regionalistas, como se fossem um guia expresso da Bahia. Principais obras desta fase: Gabriela, Cravo e Canela e Dona Flor e Seus Dois Maridos.
Embora sua obra seja partilhada em 4 fases, é possível ainda dividir dois Jorge Amado’s: o engajado e o desengajado. Segundo o professor do cursinho Oficina do Estudante, Lucas Sanches, esta mudança vem de uma desilusão política pela qual o autor passou.

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