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Aula 4. Rochas completo.2 Glauber

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ROCHAS
Geologia
Prof. Glauber Beirão
PROCESSOS GEOLÓGICOS
PROCESSOS RESPONSÁVEIS PELA MODELAGEM DA
SUPERFÍCIE DA TERRA E PODEM SE DIVIDIR EM DUAS
GRANDES CATEGORIAS: ENDÓGENOS E EXÓGENOS.
PROCESSOS ENDÓGENOS
Agem de dentro para fora da superfície da Terra
(vulcanismos e movimentos tectônicos).
PROCESSOS EXÓGENOS
agem no sentido inverso, provêm da atmosfera e hidrosfera
(intemperismo, transporte e movimentos de massa).
1
Origem Geológica das Rochas.
Rocha
Como rocha entende-se o agregado natural
formado por um ou mais minerais que constitui
parte da crosta terrestre e pode ser nitidamente
individualizado.
As rochas são produtos consolidados, resultantes da união natural
de minerais. Diferente dos sedimentos, por exemplo areia de praia
(um conjunto de minerais soltos), as rochas têm os seus cristais ou
grãos constituintes muito bem unidos.
Dependendo do processo de formação, a força de ligação dos
grãos constituintes varia, resultando em rochas "duras“ e rochas
"brandas".
ROCHAS
Rocha Simples: os agregados são formados por um só tipo de mineral
Ex: Quartzito (formado somente por Quartzo – SiO2)
Mármores (formada por cristais de Calcita – CaCO3)
Rocha Composta: os agregados são formados mais de uma espécie de
mineral
Ex: Granito (formado por Quartzo, Feldspato e Mica)
3
Rochas
Classificar as rochas significa usar critérios que
permitam agrupá-Ias segundo características
semelhantes.
Uma das principais classificações é a genética, em que
as rochas são agrupadas de acordo com o seu modo de
formação na natureza. Sob este aspecto, as rochas se
dividem em três grandes grupos:
• Rochas Ígneas ou magmáticas
• Rochas Sedimentares
• Rochas Metamórficas
CLASSIFICAÇÃO
 De acordo com a sua gênese (origem):
• Rochas Ígneas ou Magmáticas (Endógenas): são formadas a partir
do resfriamento e consolidação do magma, que é um material em estado
de fusão no interior da terra.
• Rochas Sedimentares (Exógenas): são formadas por materiais
derivados da decomposição e desintegração de qualquer rocha; sendo
estes materiais transportados, depositados e acumulados nas regiões de
topografia mais baixa (bacias, vale e depressões). Resultam da
consolidação de sedimentos, particulas minerais provenientes da
desagregação e transporte de rochas preexistentes, da precipitação
química ou de ação biogênica. (Diagênese) 4
CLASSIFICAÇÃO
 De acordo com a sua gênese (origem):
• Rochas Metamórficas: originadas pela ação da pressão, da
temperatura e de soluções químicas em outra rocha qualquer. São
derivadas de rochas preexistentes que sofrem mudanças mineralógicas,
químicas e estruturais.
•2 tipos de alterações: - estrutura (ação da pressão ou
temperatura);
- composição mineralógica (incluindo a ação
de soluções químicas)
5
CICLO DAS ROCHAS
Figura 1 – ciclo das rochas
6
Figura 2 – Detalhe do ciclo da rocha
7
DETALHE DO CICLO DA ROCHA
7
DETALHE DO CICLO DA ROCHA
7
Distribuição e relações das rochas na 
crosta terrestre 
•A crosta terrestre representa a camada sólida externa do planeta.
Ela está dividida em crosta continental e crosta oceânica.
•Estudos da distribuição litológica da crosta continental indicam
que 95% do seu volume total correspondem a rochas cristalinas,
ou seja, rochas ígneas e metamórficas e apenas 5% a rochas
sedimentares.
•Entretanto, considerando a distribuição destas rochas em área de
exposição rochosa superficial, os números se modificam para
75% de rochas sedimentares e apenas 25% de rochas cristalinas.
Isto indica que as rochas sedimentares representam uma fina
lâmina rochosa que se dispõe sobre as ígneas e metamórficas,
consideradas principais na constituição litológica da crosta
continental.. 5
Minerais mais Comuns das Rochas
MINERAL OCORRÊNCIA EMPREGO
Feldspatos
Rochas ígneas intrusivas ou 
extrusivas e nas metamórficas
Produção de Porcelana (misturados 
com caulim, quartzo e argila)
Micas Granitos, gnaisses, mica-xistos
Isolante elétrico e fabricação de vidros 
refratários em geral
Magnetita Rochas ígneas e metamórficas Minério de ferro
Hematita Gnaisses e xistos cristalizados Minério de ferro
Pirita
Rochas ígneas, metamórficas
e sedimentares
Associada ao ouro e cobre; fabrico de 
papel; desinfetante.
Turmalina Pegmatitos, calcários
Pedra semi-preciosa (verde, azul e 
rosa)
Topázio Pegmatitos e veios profundos Jóia (amarelo escuro, rosa)
Calcita
Cavidades, fraturas, estalactites, 
estalagmites, crostas
Formador de calcários e mármores. 
Fabricação de cimento;
cal virgem, cal hidratada
CAULIM 
(argila)
Rochas sedimentares e ígneas 
decompostas Indústria cerâmica (porcelana)
ROCHAS ÍGNEAS OU 
MAGMÁTICAS
8
Rochas Magmáticas, Eruptivas ou Ígneas
• São aquelas resultantes da consolidação do
magma (material ígneo que está no interior do
globo terrestre).
• Rochas Intrusivas: quando a consolidação do
magma ocorre em subsuperfície, formam-se
rochas plutônicas. Ex: Granito.
• Rochas Extrusivas: quando ocorre em
superfície (lava), formam-se rochas magmáticas
vulcânicas.Ex:Basalto.
Figura 3 - Granito
9
 MODO DE OCORRÊNCIA Vulcanismo - quando o magma ocorre derrama-
se à superfície para formar rochas vulcânicas
ou extrusivas.
Plutonismo – a consolidação se dá no interior
da crosta originando as rochas plutônicas ou
intrusivas
CLASSIFICAÇÃO
10
PLUTÔNICAS
GRANITO PEGMATITO
SIENITO
DIORITO
GABRO
EXEMPLOS DE ROCHAS PLUTÔNICAS
VULCÂNICAS
BASALTO
TRAQUITORIOLITO
EXEMPLOS DE ROCHAS VULCÂNICAS
CLASSIFICAÇÃO
11
ROCHAS MAGMÁTICAS VULCÂNICAS, EXTRUSIVAS OU EFUSIVAS
Quando o magma atinge a superfície da terra, esparramando-se.
Rochas formadas na superfície (derrames).
O resfriamento é rápido, não passando por estágios de resfriamentos.
Os cristais da rocha são muito pequenos, microscópicos (granulação
Afanítica)
CLASSIFICAÇÃO
11
ROCHAS MAGMÁTICAS VULCÂNICAS, EXTRUSIVAS OU EFUSIVAS
DERRAME = f (fluidez)
FLUIDEZ = f (composição química)
Formações:
Derrames - Magmas básicos (pobre em Si e rico em Fe e Mg – de coloração
+ escura). São mais móveis e menos viscosos. Alcançam grandes
distâncias do ponto de extravasamento.
Estruturas Vulcânicas - Magmas ácidos. Há um acúmulo de material
próximo do orifício de extravasamento.
CLASSIFICAÇÃO
11
ROCHAS MAGMÁTICAS PLUTÔNICAS OU INTRUSIVAS:
Quando o magma não consegue romper as camadas superiores da crosta.
O resfriamento é gradual, passando por estágios de resfriamentos dando
origem a rochas cristalinas, de constituição macroscópica (granulação
FANERÍTICA).
As rochas consolidadas no interior da crosta dependem da estrutura
geológica e da natureza das rochas que elas penetram.
CLASSIFICAÇÃO
ROCHAS MAGMÁTICAS PLUTÔNICAS OU INTRUSIVAS:
As formas intrusivas mais comuns:
CLASSIFICAÇÃO
ROCHAS MAGMÁTICAS PLUTÔNICAS OU INTRUSIVAS:
CLASSIFICAÇÃO
11
As rochas ígneas podem variar muito de composição e aparência física.
Isso ocorre devido às diferenças na composição do magma, da quantidade
de gases dissolvidos e do tempo de cristalização.
Existem dois principais modos de classificar as rochas ígneas: com base
na sua textura e com base na sua composição mineralógica.
Classificação das rochas ígneas de acordo com sua textura
A textura descreve a aparência geral da rocha, baseada no tamanho e
arranjo dos cristais. A textura é importante porque revela as condições
ambientais em que a rocha foi formada.
Afanítica: as rochas apresentam cristais muito pequenos. Estas rochas
podem ter se cristalizado próximo ou na superfície
Fanerítica: sãoformadas quando as massas de magma se solidificam
abaixo da superfície e os cristais têm tempo suficiente para se
desenvolverem. Neste caso a rocha apresenta cristais grandes, que
podem ser individualmente identificados.
CLASSIFICAÇÃO
ácidas
intermediárias 
básicas
clara
cor
escura
COMPOSIÇÃO 
MINERALÓGICA E 
QUÍMICA
14
As rochas ígneas escuras são mais ricas em minerais contendo
magnésio e ferro (máfico), enquanto que as rochas ígneas claras são
mais ricas em silício e alumínio.
Máfico é a designação dada em geologia qualquer mineral, magma ou rocha
ígnea (vulcânica ou intrusiva) que seja comparativamente rico em elementos
químicos pesados, nomeadamente em compostos ferro-magnesianos, e
relativamente pobre em sílica.
ROCHAS ÍGNEAS MAIS COMUNS
15
ROCHAS ÍGNEAS MAIS COMUNS
ROCHAS ÍGNEAS MAIS COMUNS
ROCHAS BASÁLTICAS;
ROCHAS GRANÍTICAS;
ROCHAS ANDESÍTICAS.
15
ROCHAS BASÁLTICAS (básicas)
Basalto - extrusiva (cor escura, granulometria fina, afanítica).
Gabro - intrusiva (cor variável, ganulometria média a grossa, fanerítica, 
alto teor de minerais máficos).
Figura 4 - (A) Basalto (B) Gabro (COCH & LUDMAN, 1991).
(A) (B)
16
ROCHAS GRANÍTICAS (ácidas)
Figura 5 - (A) Granito (B) Riolito (COCH & LUDMAN, 1991).
(A) (B)
Granito - intrusiva (cor mais clara, granulometria média e grossa)
Riolito -extrusiva (cor mais clara, ganulometria fina)
17
cor , densidade e composição (minerais) 
intermediária entre as rochas 
graníticas e basálticas.
ROCHAS ANDESÍTICAS (intermediárias)
Andesito - extrusiva
Diorito - intrusiva
ROCHAS ULTRABÁSICAS
Rochas raras na crosta;
São as rochas ígneas mais escuras e densas;
Ex: PIROXENITOS, PERIDOTITE
18
cor , densidade e composição (minerais) 
intermediária entre as rochas 
graníticas e basálticas.
ROCHAS ANDESÍTICAS (intermediárias)
Andesito - extrusiva
Diorito - intrusiva
Diorito
19
Fluido natural predominantemente constituído por uma
fusão de silicatos, incluindo-se proporções variadas de
água, elementos voláteis ou de cristais em processo de
crescimento.
PROPRIEDADES DO MAGMA
Temperatura;
Densidade;
Composição;
Viscosidade.
MAGMA
20
PROPRIEDADES DO MAGMA
Temperatura
Medições diretas das temperaturas em lavas podem
ser feitas tanto utilizando uma sonda térmica inserida
dentro do fluxo de lava (ou de um lago de lava)
Tipo de Rocha Temperatura (°C)
Basalto 1000 - 1200
Andesito 950 - 1200
Dacito 800 - 1100
Riolito 700 - 900
21
PROPRIEDADES DO MAGMA
Densidade
Mostra uma diminuição com o aumento da temperatura. 
Tipo de 
Rocha
800°C 1100°C 1300°C 1500°C
Basalto 2,72 g cm-3 2,64 g cm-3 2,60 g cm-3 2,58 g cm-3
Andesito 2,50 g cm-3 2,45 g cm-3 2,43 g cm-3 2,41 g cm-3
Riolito 2,23 g cm-3 2,19 g cm-3 2,17 g cm-3 -
22
PROPRIEDADES DO MAGMA
Composição
A composição química de um magma é expressa em termos de 
elementos maiores, menores e traços. 
Elementos maiores e menores são expressos como óxidos: 
SiO2, Al2O3, FeO, Fe2O3, CaO, MgO e Na2O (elementos 
maiores); 
K2O, TiO2, MnO e P2O5 (elementos menores). 
Traço expressa em termos de ppm (partes por milhão). 
Cr, Ni, Rb, Sr, Zr, Nb, Ba, Ce.... 
23
PROPRIEDADES DO MAGMA
Viscosidade
Variações na viscosidade dos magmas
 Mudanças na temperatura e pressão;
 Composição química;
 Conteúdo de cristais;
25
PROPRIEDADES DO MAGMA
Viscosidade
A viscosidade é muito dependente da temperatura do magma. 
TEMPERATURA VISCOSIDADE
PRESSÃO VISCOSIDADE
26
GERAÇÃO DOS MAGMAS
A geração de magmas é limitada aos 200 km mais
externos do planeta, dentro das camadas mais
superiores do manto e na crosta.
A fusão parcial de rochas pode ocorrer por uma
elevação da temperatura, por descompressão,
pela variação na composição química dos fluídos
do sistema ou por uma combinação desses
fatores.
27
GERAÇÃO DOS MAGMAS
Descompressão
Ocorre em qualquer lugar onde o magma originado
no manto alcança profundidades rasas. 
PRESSÃO MANTO FUNDE FLUI PARA CIMA
28
GERAÇÃO DOS MAGMAS
Variação na composição química dos fluídos do sistema
Responsável pelo vulcanismo
FUSÃO Adição dos 
componentes 
Água e CO2
Temperatura de 
fusão
Comportamento explosivo 
dos magmas
29
Magma
• Constituído de 3 fases:
- Líquida (solução complexa de natureza silicática mantida em fusão)
- Gasosa (mantida em solução por pressão): H2O, CO2, HCl, HF, SO2,
etc
- Sólida (cristais de composição silicática)
• Tipos:
- Magma granítico: formam 95 % das rochas intrusivas (plutônicas)
- Magma basáltico: 98% das rochas extrusivas (vulcânicas)
32
Magma
33
 
Magma 
Percentagem 
de sílica 
Composição Viscosidade 
Densidade e 
ponto de 
fusão 
Ácido > 70% Riolítica Grande Valores 
mais baixos 
Intermédio 50-70% Andesítica Média Valores 
intermédios 
Básico 40-50% Basáltica 
Pequena 
(muito 
fluído) 
Valores 
mais 
elevados 
Da análise do quadro acima, podemos concluir que: 
- Quanto maior é a percentagem de sílica, maior é a sua viscosidade, mais 
baixa é a temperatura menor é a tendência para formar lavas
- Quanto menor for à percentagem de sílica, menor é a sua viscosidade, 
mais alta é a temperatura, maior é a tendência para formar lavas
Magma
33
• A migração do magma se dá através da alta pressão atuando no 
magma, gases dissolvidos e menor densidade do magma em relação às 
rochas 
• Se o magma estiver com uma grande quantidade de sílica (SiO2),
se torna mais viscoso. Quando se diz que um magma é ácido, significa que
possui uma grande concentração de sílica (70%). Em contrapartida,
quando possui pequenas concentrações, o magma é dito como básico (<
50%).
• O magma ácido tende a formar rochas intrusivas, e o magma 
básico forma rochas extrusivas.
• A coloração e a acidez das rochas não é uma regra geral (sempre 
rochas intrusivas são ácidas e claras e as extrusivas são básicas e 
escuras), mas possuem uma tendência a seguir estas condições.
57
ROCHAS SEDIMENTARES
Rochas Sedimentares
• As rochas incluídas nesse grupo são as que formaram tanto pela atividade
mecânica como química doa agentes dos intemperismo, sobre as rochas pré-
existentes.
•Elas são o acúmulo do produto da decomposição e desintegração de todas
as rochas presentes na crosta terrestre. Muitas vezes, esses produtos da
decomposição ou desintegração são deixados no próprio local em que se
deram as transformações. Porém, normalmente são transportados pelo vento
ou pela água ou depositados em regiões baixas, nos continentes ou no
fundo dos mares.
•As rochas sedimentares, também denominadas secundárias ou exógenas,
tendo se formado sob condições diversas, podem mostrar grandes variações
em sua composição mineralógica e química, como também sua textura.
DEFINIÇÃO
59
Rochas Sedimentares
• São rochas formadas pela consolidação de sedimentos, através da
combinação de processos físicos, químicos e biológicos.
DEFINIÇÃO
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DOS SEDIMENTOS
INTEMPERISMO:
- Físico 
- Químico 
ATIVIDADE BIOLÓGICA:
Origem: Plantas e animais Sedimentos biogênicos ou 
orgânicos
Ex.: Conchas, esqueletos e carcaças de animais
60
•a) presença de rochas que deverão ser a fonte de materiais;
•b) presença de agentes móveis e imóveis (vento, água, variação
de temperatura,) que desagregam ou desintegram aquelas rochas;
•c) Presença de um agente transportador dos sedimentos recém –
formados (água, vento, etc.)•d) deposição desse material em uma bacia de acumulação, continental
ou marinha;
•e) consolidação destes sedimentos através do peso das próprias
camadas superiores ou por meio de soluções cimentantes (carbonatos,
óxidos, etc...)
•Um exemplo típico é dado pelas argilas que sofre a influência de
grandes pesos se transformam em folhelhos, às vezes de dureza bem
apreciável.
CONDIÇÕES PARA A SUA FORMAÇÃO 
CONDIÇÕES PARA A SUA FORMAÇÃO 
Diagênese/Litificação - o fenômeno que compreende as modificações
sofridas pelos sedimentos, iniciado no momento em que se efetua a
deposição e continuando por certo tempo.
É a transformação do sedimento em rocha definitiva.
62
Figura 2 . Exemplos de ambientes sedimentares (COCH & LUDMAN, 1991).
63
LITIFICAÇÃO
Processo de transformar um sedimento em rocha denomina-se
litificação ou diagênese. É dividido em:
PRINCIPAIS MECANISMOS
COMPACTAÇÃO: Ocorre pela pressão dos depósitos superiores.
Quando os sedimentos vão se acumulando, aumenta a pressão gerada pelo
material que vai se sobrepondo, expelindo a água e o ar, e os sedimentos vão
ficando cada vez mais juntos.
Grãos muito pequenos, como as argilas, quando são compactados apresentam
uma forte aderência devido a forças atrativas entre os grãos, convertendo o
sedimento inconsolidado em rocha sedimentar.
64
LITIFICAÇÃO
PRINCIPAIS MECANISMOS
CIMENTAÇÃO: a litificação ocorre pelo “crescimento” de material
cristalino entre as partículas. Agentes cimentantes - sílica,
calcita, óxido de ferro.
O intemperismo libera íons que ficam dissolvidos na água que flui através dos
poros existentes entre os grãos dos sedimentos antes da compactação.
Posteriormente, esses íons se precipitam entre os grãos dos sedimentos
formando um cimento.
Os agentes mais comuns de cimentação são o carbonato de cálcio e a sílica:
O carbonato de cálcio é formado quando os íons de cálcio, produzidos pelo
intemperismo químico de minerais ricos em cálcio (plagioclásio, piroxênios e
anfibólios), se combinam com o dióxido de carbono e a água do solo;
O cimento de sílica é produzido inicialmente pelo intemperismo químico dos
feldspatos em rochas ígneas.
65Figura 3 . Processos de litificação de rochas sedimentares (COCH & LUDMAN,
1991).
66
Rochas Sedimentares – Formação 
• Intemperismo – ação de desgaste e fragmentação do material;
sempre atua no local (“in situ”)
• Erosão – ação de transporte deste material desgastado. Para que
ocorra a erosão, tem que, inicialmente, ocorrer o intemperismo.
• Agentes do intemperismo – são aqueles que causam o
intemperismo. Ex. variação de temperatura, congelamento da
água, oxidação, carbonatação, etc.
• Fatores do intemperismo – são condições que podem facilitar ou
dificultar a ação dos agentes. Ex: vegetação, relevo, clima, tipo de
rocha, etc.
Intemperismo
DEFINIÇÃO
Intemperismo ou meteorização é o conjunto de processos que
ocasiona a desintegração e a decomposição das rochas e dos
minerais, por ação de agentes atmosféricos e biológicos.
• A maior importância geológica do intemperismo está na destruição das
rochas, com a consequênte produção de outros materiais, que irão constituir
os solos, os sedimentos e as rochas sedimentares.
• Produto final do intemperismo:
Regolito ou manto de decomposição - o
qual recobre a rocha inalterada e cuja
espessura varia de centímetros a
dezenas de metros.
Intemperismo
68
Desintegração
Decomposição
É o conjunto de processos que ocasiona a desintegração e decomposição das
rochas e dos minerais por ação de agentes físicos, químicos e biológicos.
Intemperismo
Intemperismo Físico ou Mecânico
Atua pela desintegração física e mecânica das rochas, formando materiais de
diversos tamanhos, mantendo a composição mineralógica da rocha-mãe (sem
modificações de sua estrutura cristalina).
• Ação da variação da temperatura: expansão e contração
desintegração;
• Congelamento da água: aumento de volume 8%;.
•Ação física dos vegetais: crescimento de raízes;
•Alívio de pressões:
expansão do maciço.
69
Intemperismo
Intemperismo Químico
• Hidrólise: Decomposição do mineral pela H2O que
atua como reagente destruição dos silicatos.
• Hidratação: Adição de molécula de água na
estrutura do mineral, causando expansão e
fraturamento montmorilonitas.
• Oxidação: Mudança do mineral devido a
penetração de oxigênio reação do ferro com
o oxigênio do ar laterização.
• Carbonatação: Reação do mineral com ácido
carbônico dissolvido da H2O (CO2 dissolvido em
água) rochas calcárias.
Reações químicas devido a presença da água e temperatura, transformando os
minerais primários em minerais secundários, que passam a constituir um
complexo de alteração.
Água + O2, CO2, e às vezes nitratos e nitritos – podem ficar impregnados de
ácidos, sais e produtos orgânicos e iniciar ataques às rochas
70
Intemperismo
Intemperismo Biológico
Ocorre através da ação de bactérias, que decompõem materiais orgânicos.
Esse tipo de intemperismo produz os solos mais férteis.
Transformação das Rochas
VÍDEO
Intemperismo
Intemperismo físico e químico 
Intemperismo
Solo Laterítico (Intemperismo químico) 
Perfil de solo em corte onde pode-se identificar a distinção clara entre os
horizontes A (camada superficial), B (subsolo) e C (camada profunda).
Perfil de solo mostrando os horizontes A, B e C (MARANGON, 2004)
Intemperismo
Solo Residual Argiloso originado pela decomposição do mineral
feldspato através da ação do intemperismo químico (hidratação).
Intemperismo
Caverna originada de rocha calcária devido a ação do intemperismo
químico (carbonatação)
Intemperismo
Solo Tropical Solo laterítico:
camadas superficiais, coloração
geralmente vermelha ou
amarelada, devido à presença de
óxidos de fero e alumínio
hidratados e minerais estáveis.
Solo saprolítico:
camada proveniente da decomposição da
rocha matriz, herdando suas feições com
presença de minerais não estáveis.
Heterogêneo e suceptível a erosão.
Intemperismo
• O solo é o resultado destes processos (físicos e químicos) que atuam nas rochas.
• É função da rocha-mater e dos agentes de alteração.
• Estas mudanças são bem lentas, sendo que as condições climáticas e a presença de
seres vivos são os principais responsáveis pelas transformações que ocorrem na
rocha até a formação do solo :
Formação dos solos
Intemperismo
i. MATERIAIS DE ORIGEM (composição mineralógica e textura da rocha):
a ação do intemperismo nas rochas depende de seus materiais constituintes,
sua estrutura e composição mineralógica;
ii. CLIMA: condiciona principalmente a ação da água da chuva e da
temperatura; A precipitação e temperatura regulam a natureza e a
velocidade das reações químicas. A disponibilidade de água (chuvas) e a
temperatura agem acelerando ou retardando as reações do intemperismo;
•·Regiões áridas e/ou geladas - ação dos agentes físicos (NE do Brasil).
•·Regiões úmidas e quentes - ação dos agentes químicos (Centro Sul Br).
iii. ORGANISMOS: vegetais e animais, interferindo no microclima,
formando elementos orgânicos e minerais, e modificando as características
físicas e químicas das rochas;
Fatores controladores da formação dos solos
Intemperismo
iv. RELEVO (topografia): interferindo na dinâmica da água, controlando
a percolação, infiltração e velocidade do escoamento; A topografia e a
cobertura vegetal regulam a velocidade do escoamento superficial das
águas pluviais. Isto interfere na quantidade de água que infiltra e percola
no solo. Este processo (em tempo suficiente) é essencial para consumação
das reações e drenagem;
v. TEMPO: transcorrido sob ação dos demais fatores. O tempo de atuação
dosfatores acima pode gerar diferentes tipos de solo. Em condições de
intemperismo pouco agressivas é necessário um tempo mais longo de
exposição para haver o desenvolvimento de um perfil de alteração.
vi. Vegetação:
- Pode fixar o solo com suas raízes e retardar sua remoção, ocasionando
uma proteção à rocha subjacente, pois impede o avanço da decomposição.
Fatores controladores da formação dos solos
Intemperismo
80
Intemperismo
AGENTES DO INTEMPERISMO
Físicos ou Mecânicos: conduz à desagregação da rocha, sem alteração
química apreciável sob a ação de:
- Variação de temperatura;
- Congelamento da água;
- Ação física de vegetais.
Químicos: conduz à alteração química nas rochas com formação de compostos
não existentes no material original
- Hidrólise;
- Hidratação;
- Oxidação;
- Carbonatação;
- Ação química dos organismos e dos materiais orgânicos.
81
Intemperismo
82
ROCHAS SEDIMENTARES
Se o processo de sedimentação fosse contínuo, sem interrupção, e o
material fornecido e transportado fosse homogêneo, não haveria
diferenciação alguma desde a base até o topo de um depósito.
Entretanto, tal fato não sucede na natureza. As variações nas cores dos
sedimentos depositados ou no tamanho das partículas na composição
dos minerais produzem sequências alternadas denominadas estratos ou
camadas.
Classificação das Rochas Sedimentares
Em virtude da sua própria origem, a sua composição mineralógica é bastante
variada. Essas circunstâncias tornam a classificação destas rochas muito
complexas.
Geralmente classificadas conforme sua origem.
Bioquímicas
84
Classificação das Rochas Sedimentares
• Mecânica (clástica ou detríticas) – quando há
predominância, para sua formação, processos
mecânicos. (processos mec.: ação chuvas, ventos,
gravidade, ...)
Subdivisões de acordo com diâmetros
predominantes
a) Grosseira
b) Arenosas
c) Argilosas
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Classificação das Rochas Sedimentares
Intervalos Granulométricos pela escala de Wentworth
86
Classificação das Rochas Sedimentares
• Mecânica (clástica ou detríticas)
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Classificação das Rochas Sedimentares
• Mecânica (clástica ou detríticas)
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Classificação das Rochas Sedimentares
• Mecânica (clástica ou detríticas)
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ROCHAS QUÍMICAS:
Este grupo compreende todas as rochas sedimentares que se
formaram por meio da precipitação de soluções químicas
- A classificação é feita através da composição de seus componentes
cristais, e o nome da rocha é comumente aquele do mineral
dominante. Ex.: halita, gipsita, fosforita, “chert”.
90Tipos de rochas químicas (A) halita (B) gipso (C) fosforita
(COCH & LUDMAN, 1991).
(A) (B)
(C)
ROCHAS BIOGÊNICAS OU CARBONÁTICAS:
Enquadram-se as rochas que devem sua origem ao
acúmulo de matéria orgânica de natureza diversa.
Usualmente a matéria orgânica esta misturada a materiais
de origem mecânica.
As rochas mais comuns são:
92Tipos de rochas biogênicas (A) “chalk” (B) “coquina” (C) calcário (COCH
& LUDMAN, 1991).
(A) (B)
(C)
ROCHAS METAMÓRFICAS
ROCHAS METAMÓRFICAS
• São derivadas de outras rochas preexistentes que, no
decorrer dos processos geológicos, sofreram mudanças
mineralógicas, químicas e estruturais no estado sólido.
Caracteriza-se por recristalização (formação de minerais
no estado sólido).
SEQUÊNCIA DO METAMORFISMO
ROCHAS METAMÓRFICAS
• CAUSAS (AGENTES) DO METAMORFISMO
- Temperatura (Calor);
- Pressão;
- Fluidos quimicamente ativos (soluções aquosas ou gasosas).
Obs: variações na temperatura e pressão alteram o meio físico da rocha; a 
atividade química dos fluidos altera o meio químico da rocha.
1
ROCHAS METAMÓRFICAS
•CAUSAS (AGENTES) DO METAMORFISMO
- Temperatura (Calor) – pela aproximação e contato
com uma massa de magma.
• O calor é indispensável para as reações químicas e às
vezes constitui o mais importante fator do metamorfismo.
• A temperatura aumenta com o aumento da profundidade
em direção ao interior da Terra.
• Na crosta e na parte superior do manto, a temperatura
aumenta cerca de 20 a 30°C por quilômetro de
profundidade.
2
ROCHAS METAMÓRFICAS
•CAUSAS (AGENTES) DO METAMORFISMO
- Pressão - A simples elevação de temperatura não é
um fator determinante do metamorfismo, mas é
principalmente a pressão em combinação com a
temperatura que mais contribui para as profundas
modificações das rochas.
- Pressões orientadas: sobrecarga de rochas sobrejacentes
- Pressões hidrostáticas: zonas profundas da crosta, onde as rochas trabalham 
hidrostaticamente
- Ação da pressão: Deformação dos Minerais : Mudança de estrutura e
textura (leva ao alinhamento e orientação dos grãos)
A pressão necessária para o metamorfismo é de cerca de 1 quilobar (ou 1000 bar;
1 bar = 1,02 kg/cm2). Esta pressão é encontrada a aproximadamente 3 km abaixo
da superfície.
ROCHAS METAMÓRFICAS
•CAUSAS (AGENTES) DO METAMORFISMO
- Fluidos - Os fluidos, tais como água, gás carbônico,
oxigênio, fluor, etc desempenham a função de facilitar
as reações e transformações mineralógicas - Atividade
química.
A presença de fluidos, como um líquido ou um gás, no interior ou ao redor de
uma rocha submetida a pressão facilita a migração de átomos e íons,
aumentando drasticamente o potencial das reações metamórficas.
Rocha parental: a natureza da rocha parental (rocha antes do metamorfismo) 
determina quais os minerais e qual a nova rocha metamórfica será formada sob 
as novas condições ambientais. 
Rochas Metamórficas - Caracteristicas
• Metamorfismo Normal – Quando as transformações se fizerem
sem qualquer adição ou perda de novo material a rocha, a
composição química inicial continua a mesma, embora a rocha
seja outra. O resultado se traduz pela deformação dos minerais e a
consequente mudança da sua estrutura e textura.
Ex.: arenito  quartizito
granito  gnaisse
folhelho  ardósia
calcário  mármore
• Metassomático – Quando o metamorfismo é acompanhado por
mudança de composição química da rocha, evidenciada pela
formação de novos minerais não existentes anteriormente.
3
Elementos que caracterizam e identificam 
uma rocha metamórfica:
• Minerais orientados em linhas e normalmente
alongados
• Dobras e fraturas
• Dureza média a elevada
ÍGNEAS  Metamorfismo  METAMÓRFICAS Metamorfismo SEDIMENTARES
Rochas Ortometamórficas Rochas Parametamórficas
4
TIPOS DE METAMORFISMO
• CONTATO (TERMAL): calor liberado pelo resfriamento do
magma é transmitido às rochas vizinhas.
• DINÂMICO (CATACLÁSTICO): as pressões orientadas atuantes
ao longo de falhas, provocam movimento relativo de blocos de
rocha.
• REGIONAL (DINAMOTERMAL): a combinação dos três agentes
atuando em uma grande área.
5
TIPOS DE METAMORFISMO
• CONTATO (TERMAL – contato/local):
- Provoca mudanças em uma rocha pelo contato imediato
de um magma. Desenvolve-se ao redor de corpos ígneos
intrusivos que cedem parte de sua energia às rochas
vizinhas envolvendo o corpo ígneo. O fator dominante é a
temperatura e as soluções gasosas, enquanto a pressão
tem um papel secundário.
- As rochas resultantes do metamorfismo de contato são
denominadas de hornfels.
 Pirometamorfismo: É o que ocorre quando uma lava
derramada pelas vizinhanças do vulcão modifica a
natureza física e química da superfície das rochas por
onde passa. Ex: derrame de basalto sobre o arenito
Botucatu, em SP.
CONTATO (TERMAL)
Metamorfismo de contato
Pirometamorfismo
• DINÂMICO:
- Aquele que ocorre ao longo de zonas de cizalhamento.
- Este tipo é causado por movimentos. Algumas fricções da terra auxiliam no
metamorfismo, mas muitas variações são controladas pela forte direção de
pressão.
- Resultado atrito gerado pelo deslocamento nas zonas de falhas. Pode
fragmentar finamente o material (cataclase).
- Rochas que sofrem esforços dirigidos, tornam-se fraturadas adquirindo
estruturas e texturas próprias.
- As novas rochas formadas chamam-se cataclásticas e exibem comumente
estruturas paralelas.
- Ex: Serra das Russas (PE)  MINOLITO
TIPOS DE METAMORFISMO
DINÂMICO (CATACLÁSTICO)
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• REGIONAL (DINAMOTERMAL):
- É o tipo mais importante em função da área ocupada (desenvolve-se em
grandes extensões e profundidades na crosta, 5 a 40 km ).
- Resulta do aumento de temperatura e pressão, principalmente por
soterramento, nas regiões orogenéticas (segmentos da crosta terrestre
representados pelas cadeias de montanhas dobradas).
- Um fenômeno progressivo no qual a recristalização mineral, é
acompanhada do desenvolvimento de estruturas, em respostas aos esforços
desenvolvidos.
- É possível encontrar áreas de metamorfismo de contato e cataclástico.
- É responsável pelo aparecimento de rochas muito comuns, como por
exemplo xistos e gnaisses.
- É responsável pela formação da grande maioria das rochas metamórficas
na crosta terrestre e está associada a expressivos volumes de rochas
graníticas.
TIPOS DE METAMORFISMO
REGIONAL (DINAMOTERMAL)
• As rochas são fortemente dobradas e falhadas, e sofrem
recristalização, formando novas texturas e associações minerais
estáveis nas novas condições, geralmente apresentam estrutura foliada,
tendo como exemplos: ardósias, filitos, xistos, gnaisses, anfibólitos,
granulitos, e migmatitos.
GRAUS DE METAMORFISMO
A quantidade de alteração que ocorre durante um
metamorfismo depende de:
 A intensidade dos agentes de metamorfismo
(temperatura e pressão);
 A duração do metamorfismo;
 O tipo de rocha envolvida.
GRAUS DE METAMORFISMO
TIPOS DE GRAUS DO METAMORFISMO
 BAIXO (epimetamórfico): a rocha pode reter muitas de
suas feições originais; possui granulação muito fina,
quase imperceptíveis.
 INTERMEDIÁRIO (mesometamorfismo): os cristais já
são bem visíveis
 ALTO (catametamorfismo): a rocha perde a maioria de
suas feições originais.
 EXTREMO (ultrametamorfismo): fusão parcial da
rocha (migmatitos).
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS METAMÓRFICAS
Os tipos de rochas metamórficas são em função da
textura e estrutura.
TEXTURA
 É função da textura da rocha original, intensidade e
tipo de metamorfismo.
 Quando a intensidade do metamorfismo aumenta,
alterações no tamanho, forma e orientação dos grãos
ocorrem através dos processos de recristalização e
reorientação.
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS METAMÓRFICAS
TEXTURA
 O tamanho e forma dos grãos em geral aumenta durante a
maioria dos tipos de metamorfismo.
As texturas das rochas metamórficas desenvolvem-se
por BLASTESE, que implica na nucleação e
crescimento mineral no estado sólido.
TEXTURA
_ Texturas granulares sem presença de uma ou outra 
dimensão dos minerais são denominadas (minerais 
são equidimensionais) GRANOBLÁSTICAS.
Hornblenda com textura 
granoblástica poligonizada
TEXTURA
_ Rochas com predomínio de minerais micáceos
orientados, como muscovita, biotita ou clorita,
possuem textura LEPIDOBLÁSTICAS.
Muscovita-biotita, com 
estrutura xistosa e textura 
lepidoblástica 
TEXTURA
_ Quando os minerais orientados forem prismáticos
a textura é NEMATOBLÁSTICA. Algumas espécies
de minerais se destacam por pelo menos uma ordem
de grandeza e possuem textura PORFIROBLÁSTICA.
Granada-clorita com 
textura porfirodoblástica 
TIPOS DE ESTRUTURAS
MACIÇA: Rocha com aspecto compacto, homogênio e
com ausência de minerais com orientação planar;
FOLIAÇÕES: estruturas planares resultantes do
achatamento dos constituintes minerais, tais como:
Xistosidade: é uma expressão da medida em que minerais
micáceos, lamelares ou prismáticos paralelos ou sub-paralelos
caracterizam a aparência de uma rocha metamórfica. A xistosidade é
evidenciada pelo achatamento e orientação dos grãos da rocha durante o
processo de metamorfismo.
LINEAÇÕES: Englobam qualquer estrutura linear da
rocha, como minerais alongados segundo direções de
cisalhamento.
ESTRUTURA METAMÓRFICA
Estrutura Xistosa: rochas com foliação definida pela
orientação de minerais, dando origem a minerais
achatados e alongados.
Cianita-muscovita-biotita 
xisto. Lapônia, Filândia. Foto 
G.A.J. Szabá.
MINERALOGIA (minerais metamórficos)
Em geral a maioria dos metamorfismos envolve a
formação de novos minerais, sendo em geral mais
densos.
A MINERALOGIA DAS ROCHAS METAMÓRFICAS
DEPENDE:
 Da rocha mãe;
 Tipo e intensidade do(s) agentes (s) de metamorfismo.
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS METAMÓRFICAS COM 
BASE NA MINERALOGIA
ROCHAS PELÍTICAS: originalmente apresentam predominância de
argilo minerais – (argilito ou arenitos com matriz de argila)
ROCHAS CARBONÁTICAS: predominância de cálcio (calcários e
dolomitos).
ROCHAS BÁSICAS: predominância em minerais ferromagnesianos
e feldspatos cálcio-plagioclásio (basalto e gabro).
ROCHAS QUARTZO-FELDSPÁTICAS: rochas que contém grande
quantidade de quartzo e feldspatos (rochas ígneas ácidas e
algumas rochas sedimentares).
Tipo de Rochas Metamórficas
a) Hornfels (cornubianito): rocha de textura granular fina,
dura e escura, com minerais arranjados ao acaso
(isótropa).
b) Ardósia: rocha de textura fina, foliada, muitas vezes
cinza, apresentando clivagem e planos em mica
alinhados por pressão.
c) Mármore: rocha granulada (estrutura maciça a foliada),
formada por calcário.
d) Filito: rocha sedosa, foliada, de granulação mais grossa
do que a ardósia. Rocha intermediária entre a ardósia e o
xisto.
Hornfel
- Metamorfismo de contato
- Metamorfismo regional ou de carga 
Ardósia
- Principais rochas pré-existentes -
Folhelhos, argilitos, margas 
- Tem ampla utilização comercial 
como piso, na indústria ornamental. 
- Principais rochas pré-
metamórficas: Variadas 
- Tipos de metamorfismo - metamorfismo 
regional e de contato 
- Principais rochas - Calcários e dolomitos.
- Possuem uma variedade de cores e texturas, 
estruturas que as tornam bastante rentáveis 
na industria de rochas ornamentais. 
Mármore rosado fino(dolomita)
Mármore vermelho (coralito) 
Mármore
Tipo de Rochas Metamórficas
e) Xisto: é caracterizado pela xistosidade; rocha foliada,
de textura mais grossa e de grau de metamorfismo
mais elevado que o filito. Observa-se intercalação fina
de minerais planares (como a mica) e minerais
granulares (como quartzo e feldspato)
f) Gnaisse: rocha foliada, com bandas do mais alto grau
de metamorfismo. Alternância de leitos de minerais
granulares com minerais planares, mais espessos
que nos xistos.
g) Quartzito: rocha muita dura, de quartzo granular,
formada por arenitos.
- Tipos de metamorfismo - metamorfismo regional
- Principais rochas pré-metamórficas -
Folhelhos, argilitos, lamitos, siltitos. 
Filito
- Tipos de metamorfismo -
metamorfismo regional, dinamotermal 
- Principais rochas pré-metamórficas -
Rochas ígneas ou sedimentos argilosos.
Xisto
- Tipos de metamorfismo -
metamorfismo regional de médio a 
alto grau 
- Principais rochas pré-metamórficas -
Granito, micaxistos 
Gnaisse
- Tipos de metamorfismo -
metamorfismo regional e de contato 
- Principais rochas pré-metamórficas -
Arenitos
Quartzito
- Rocha fonte de materiais para tijolos e 
refratários de sílica
Rochas Metamórficas
Características:
- Estrutura orientada. Paralelismo dos minerais;
- Dureza média a elevada, com exceção das micáceas e
carbonatadas;
- A cor pode variar, como ocorre com as sedimentares
Aplicaçãodas Rochas Metamórficas:
- São consideradas em geral, como rochas ornamentais.
Exs.: Mármore – menos resistente que o granito porque os minerais
que formam estes tem uma dureza maior.
Ardósia – usadas em hall social.
Obs: As rochas metamórficas têm pouca resistência à abrasão, a
elementos químicos e a desgastes em geral.
Exemplos de Algumas Rochas no Brasil
 PESQUISA
ESCOLHER UM TIPO DE ROCHA E REALIZAR UMA DESCRIÇÃO 
COMPLETA DESTA ROCHA
- TIPO
- CLASSIFICAÇÃO
- CARACTERISTICAS
- MINERAIS CONSTITUINTES
- APLICAÇÕES
- ETC
- GRUPO: 3 PESSOAS
- APRESENTAR NO DIA 23/09 – AULA DA TARDE
- ATÉ UM PONTO NA V.A.
Exemplos de Algumas Rochas no Brasil
 Granitos e Gnaisses
• São rochas em geral duras, mais ou menos impermeáveis quando
não foram atingidas pela decomposição.
• No Nordeste: os granitos e gnaisses são alterados por
decomposição química somente até pequena profundidade devido ao
clima árido não favorecer a ação da decomposição.
• O intemperismo físico é o predominante, resultante principalmente
pela variação de temperatura, que ocasiona a ruptura da rocha.
• O manto de decomposição (solo ou regolito) destas rochas:
a) uma parte mais superficial, pouco espessa, bastante argilosa e
de cores variadas;
b) outra parte subjacente à anterior, de constituição siltosa a
arenosa, conservando ainda a estrutura e cor da rocha matriz.
Exemplos de Algumas Rochas no Brasil
 Granitos e Gnaisses
• Nas áreas de decomposição é comum a ocorrência de matacões.
• Em suma, granitos e gnaisses são rochas muito resistentes e
impermeáveis na fundação de barragem, porém apresentam zonas de
fraturas, falhas e dobras (zonas de enfraquecimento e de percolação
d`água).
• Locais: Ceará, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Pará, Santa Catarina,
Rio Grande do Sul.
• Exemplo de Barragens: Barragem Euclides da Cunha, Graminha e
Limoeiro (Estado de São Paulo)
Exemplos de Algumas Rochas no Brasil
 Basalto
- A rocha aparece repleta de vesículas ou amígdalas de minerais
de natureza diversa e geralmente solúveis, pertencentes ao
grupo das zeólitas ou da calcita.
- São de cores verdes e brancas.
- É de maior alteração e menos resistente, e portanto mais
perigoso que a maciça
• Vesicular
Exemplos de Algumas Rochas no Brasil
 Basalto
- Rocha de cor preta e esverdeada, granulação finíssima, dureza eleva e
resistência apreciável.
- O sistema de fraturas existentes pode ser tratado com injeções de
cimento
- Problema: rochas fraturadas possibilidade de fuga de água bastante
elevada no reservatório
• Maciça
Locais: Principalmente no Sul do país. Ex: São Paulo, Paraná, Santa 
Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais. 
Exemplos de Barragens: B. de Barra Bonita (São Paulo), B. Ilha Solteira e 
Itaipu (Rio Paraná). 
Exemplos de Algumas Rochas no Brasil
 Quartzito
- Rocha metamórfica muito resistente, dura, mas apresenta-se
comumente, muito diaclasada
- Freqüência de falhas e zonas de infiltração d`água.
- Intercalações de xisto que são facilmente decompostos e de
fraca resistência.
- Normalmente, as barragens altas serão de gravidade e as
baixas serão de terra.
- Local: No Nordeste do Brasil, Ceará e Paraíba, Rio Grande do
Norte
- Exemplos de Barragens: Mãe d’água (rio Aguiar) RN, Jaguará
(Rio Grande entre SP e MG).
Exemplos de Algumas Rochas no Brasil
 Xisto
- Variedades: muscovita (mais resistente ao intemperismo), filito, biotita-
xisto, talco-xisto (facilmente alteráveis).
- Formadas de minerais lamelares e fibrosos; muito argilosa e plástica
(qualidade: impermeabilidade).
-Inconvenientes geológicos na fundação xistosa são: grande profundidade
do solo, pouca resistência à compressão e ao cisalhamento, com
possibilidade de escorregamento sob o peso da barragem e da represa.
- Os mais aconselháveis tipos de barragem em xisto de terra, de concreto
vazão e de contra fortes.
- Local: Região Serra atlântica Estado do Paraná, São Paulo, Minas Gerais.
- Exemplo de Barragens: No Rio Juquiá, a 100km a sul de São Paulo.
Geologia do BRASIL
O Brasil está totalmente contido na plataforma sul-americana,
cuja evolução geológica se mostra bastante complexa.
Segundo o modelo das placas tectônicas, o dinamismo inerente
às regiões limítrofes dessa placas vem a ser a causa de
terremotos e vulcanismo. No entanto, o território brasileiro
encontra-se afastado dos limites externos da placa em questão,
o que explica a estabilidade hoje existente do ponto de vista
geológico.
Geologia do BRASIL
Ao visualizarmos a formação das rochas características das regiões
brasileiras, temos inicialmente que nos reportar aos primeiros núcleos
de rochas emersas que afloraram desde o início da formação da crosta
terrestre.
A estrutura geológica brasileira é antiga, inicialmente formaram-se os
escudos, representados pelo embasamento cristalino, que são as
rochas ígneas plutônicas e vulcânicas junto com as rochas
metamórficas.
Posteriormente, ao longo do tempo geológico, uma ação intempérica e
erosiva prolongada que desgasta as saliências do relevo transporta os
detritos e os deposita nas depressões, formando as bacias
sedimentares.
Geologia 
do BRASIL

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