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Microeconomia - Eficiência econômica e perdas de bem estar 2

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Eficiência Econômica e 
Falta de Concorrência
Apresentação elaborada com base nas referências bibliográficas apresentadas
INTRODUÇÃO
•O grau de eficiência atingido por um 
mercado está fortemente associado à 
sua estrutura
•Incialmente, vamos contrapor as teorias 
de competição perfeita e monopólio
1.Maximização do Lucro
 Vamos estudar a regra de tomada de decisão de 
produtores maximizadores de lucro:
- Lucro:
= Receita Total – Custo Total = RT - CT
- Maximização do lucro: o lucro máximo ocorrerá quando a 
derivada da função de lucro em relação à quantidade 
produzida pela firma (q) for igual a zero (C.P.O):
 enquanto cada unidade adicional produzida acrescentar mais à 
receita do que ao custo, compensa produzir mais
CMgRMg
dq
dCT
dq
dRT
0
dq
dCT
dq
dRT
dq
dπ

Maximização do Lucro
 Receita Total = P.q
 Então:
Receita Marginal =
Ou seja:
dq
dq
P
dq
dP
q
d(P.q)
RMg 
dqdq
dRT
dq
dq
P
dq
dP
qRMg 
Maximização do Lucro
1.1 Maximização do Lucro em 
Competição e Monopólio
 Muitos compradores; muitos vendedores: variações na 
produção de uma firma individual são insignificantes em 
comparação com a produção do mercado, não afetando o preço 
de mercado (preço não varia com a quantidade da firma)
Produto é homogêneo
Entrada e saída no mercado é livre: não há barreiras
Informação perfeita: todos os agentes têm todas as informações 
que necessitam para tomar as decisões econômicas
- Essas características asseguram que os consumidores e as 
firmas nesse mercado são “tomadores de preço”
Mercado Competitivo:
• Curva de demanda de uma firma perfeitamente competitiva:
• Curva de demanda de mercado: é negativamente inclinada
Mercado Competitivo:
Quantidade
d
Preço
Pc
Maximização do Lucro no 
mercado competitivo
• Lucro máximo  RMg = CMg
• Em competição, preço não varia com a quantidade, ou 
seja, a derivada do preço em relação à quantidade 
(dP/dq) é nula; e (dq/dq) é igual a um. Assim, tem-se 
que:
 RMg = P 
- ou seja, a firma pode vender uma 
unidade adicional do produto sem ter 
uma diminuição no preço
P
dq
dq
P
dq
dP
qRMg 
0 1
 Combinando RMg = CMg e RMg = P, 
temos a condição de maximização será:
P = CMg
• Portanto: a quantidade produzida é tal que 
o acréscimo no custo da última unidade é 
igual ao preço
Maximização do Lucro no 
mercado competitivo
Equilíbrio no mercado 
competitivo
- Equilíbrio de CP:
• produção onde P ≥ CVMe
• ponto de fechamento da firma:
P = CVMe
• lucro econômico +, - ou zero
- Equilíbrio de LP:
• produção onde P ≥ CTMe
• lucro econômico tende a zero
• Inicialmente:
- preço é P1, originado pelo cruzamento da curva de oferta de 
mercado O1 com a curva de demanda D, no gráfico (b)
- este preço levaria o produtor representativo, no gráfico (a), a 
produzir q1, produzindo a quantidade que iguala o preço ao seu 
custo marginal
- nesta situação, o produtor representativo estaria obtendo lucro 
econômico (lucro maior do que o que é obtido em outros setores 
da economia), dado pela área do retângulo P1ABC 
Exemplo:Equilíbrio de longo prazo no 
mercado competitivo
P e C P e C
CMg O1
P1
CTMe
C
D
0 q1 q 0 Q1 Q 
(a) Firma típica (b) mercado competitivo
Lucro
Equilíbrio de longo prazo no 
mercado competitivo
• Mas, como não há barreiras à entrada de 
concorrentes em mercados perfeitamente 
competitivos, o lucro econômico verificado 
neste mercado atrairia novos produtores, 
deslocando a curva de oferta de mercado 
para a direita (até O2)
- esse deslocamento reduz o preço de 
mercado e, consequentemente, reduz o lucro 
dos produtores
Equilíbrio de longo prazo no 
mercado competitivo
CMg O1
CTMe
O2
D
0 q1 q 0 Q1 Q 
(a) Firma típica (b) mercado competitivo
Entrada
Equilíbrio de longo prazo no 
mercado competitivo
P1
• Equilíbrio: ocorre quando a curva de oferta de 
mercado atinge a posição O2:
- nesta situação, o mercado produziria Q2, ao preço 
P2, e o produtor típico produziria q2, sem obter lucro 
econômico, não havendo razão para que novos 
produtores entrassem no mercado ou nem para que 
os produtores que já produziam arroz mudassem de 
atividade.
Equilíbrio de longo prazo no 
mercado competitivo
CTMe
0 q2 q1 q 0 Q1 Q2 Q 
(a) Firma típica (b) mercado competitivo
Equilíbrio de longo prazo no 
mercado competitivo
P1
P2
CMg O1
O2
D
Portanto, em competição: 
• Lucro econômico tende a zero  o preço que 
os consumidores pagam tende a ser igual ao 
custo marginal
• Estaria havendo o máximo de eficiência 
alocativa possível: A QUANTIDADE SOCIAL 
ÓTIMA SERÁ PRODUZIDA
Mercado Monopolista: 
Um único participante
Produto sem substituto próximo
Entrada bloqueada
Maximização do Lucro do 
Monopolista
 Lucro máximo  RMg = CMg
 Em monopólio, o preço varia com a quantidade 
(a produção do monopolista é igual á produção 
do mercado), ou seja, a derivada do preço em 
relação à quantidade (dP/dQ) é diferente de 
zero; e (dQ/dQ) é igual a um. Assim, tem-se que:
 P
dQ
dP
Q
dQ
dQ
P
dQ
dP
QRMg 
1
☞ Se vender mais, 
o preço diminui
0
dQ
dP

CMg = RMg, mas: 
P > RMg
☞
☞
Maximização do Lucro do 
Monopolista
- Mostrar graficamente a venda de uma unidade adicional pelo 
monopolista 
- ponto em que o monopolista maximiza 
seu lucro é onde se iguala a curva de custo 
marginal à de receita marginal, produzindo 
a quantidade Qm
- ao colocar esta quantidade no mercado 
(demanda), o monopolista obtém o preço 
Pm, que lhe proporciona o lucro econômico 
dado pela área (Pm-C1)Qm
Equilíbrio em Monopólio
Equilíbrio em Monopólio
P 
CMg 
CTMe
RMg
0 Qm Qc Q 
Lucro
Pm
Pc
C1
D
Considerando que os 
custos são os mesmos 
para concorrência e 
monopólio
- diferente do que ocorre com o mercado 
perfeitamente competitivo, em monopólio 
não há entrada de concorrentes mesmo que 
o lucro do monopolista seja 
excessivamente elevado.
- Este fato reflete o que se chama “poder de 
monopólio”, ou seja, a capacidade que uma 
firma pode ter de manter o preço acima do 
custo médio (e, também, do custo marginal) 
no longo prazo.
Equilíbrio em Monopólio
• Assim, o monopolista:
- mantém a produção (Qm) a um nível inferior ao que 
se daria em competição perfeita (Qc)
- o preço (Pm), maior que o custo marginal, também 
é maior que o preço que vigoraria em competição 
perfeita (Pc, dado pelo cruzamento da curva de 
custo marginal com a de demanda)
- desempenho do monopólio é inferior ao da 
competição perfeita.
Equilíbrio em Monopólio
Portanto, em monopólio: 
Lucro econômico > 0: Pm > CMe
Pm > Pc 
Qm < Qc
Quantidade produzida é tal que o preço é 
maior do que o custo dos recursos usados 
para produzir a última unidade 
• Poder de mercado ou de monopólio é a 
capacidade de manter o preço acima do custo 
marginal, obtendo lucros econômicos no longo-
prazo.
•Medida: Índice de Lerner
P
CMgP
L


Grau de Poder de Mercado
Como:
Max  
Podemos fazer:CMg P
dQ
dP
QRMg 
CMg P
dQ
dP
P
Q
P 






 CMg P
ε
1
-P

1
P
CMgP
L 


Q
P
dP
dQ
ε 
ε
1
dQ
dP
P
Q

Grau de Poder de Mercado
Portanto:
Lerner varia entre zero e um;
<   > Lerner;
Ausência de poder  P=CMg e →

1
P
CMgP
L 


Grau de Poder de Mercado
1.2 Perdas de Bem-estar em 
Monopólio
Excedente do Consumidor
P 
Oferta
Pc
D 
0 Qc Q 
Diferença entre o 
que os 
consumidores 
estavam 
dispostos a 
pagar (Demanda) 
e o que eles 
pagam (Preço)
Excedente do consumidor 
(EC)
Excedente do Produtor
P
Oferta
Pc
D 
Qc Q 
Diferença entre 
o que os 
vendedores 
recebem (Preço) 
e quanto eles 
aceitariam 
receber (Oferta)
Excedente do produtor
(EP)
Excedentes do Consumidor e do Produtor
P 
Oferta
Pc
D 
0 Qc Q 
Excedente do consumidor
(EC)
Excedente do produtor
(EP)
 Bem-estar = EC + EP
 Bem-estar  máximo em competição
Perda de Bem estar devido ao 
Monopólio
•Considere um Monopólio com custo 
marginal constante;
•Maximização de lucro se dará no 
cruzamento da curva de receita marginal 
(RMg) com a curva de custo marginal 
(CMg), determinando a produção Qm, 
vendida ao preço Pm, como mostra a curva 
de demanda.
Supondo CMg constante
A
Pc
RMg
0 Qm Qc Q 
 Perda de bem-estar = peso-morto = 
Peso-morto
excedente do consumidor
Lucro do 
monopolista
B
Pm
CMg = CMe
D
C
Demanda
2
)).(( PcPmQmQc 
• devido ao monopólio:
 o excedente do consumidor diminui em relação 
à competição perfeita, de PcDC para PmDA
 com isso, o retângulo PcPmAB, que, em 
competição perfeita, fazia parte do excedente 
do consumidor, passa a ser lucro do 
monopolista: transferência de renda dos 
consumidores para o monopolista
 há uma outra parte da redução do excedente 
do consumidor que não é transferida ao 
monopolista: triângulo ABC, definido como 
“peso-morto”
Supondo CMg constante
• Qual seria, então, a perda de bem-estar decorrente da 
monopolização do mercado?
o peso-morto representa uma perda para a sociedade, 
pois:
- entre os pontos A e C da curva de demanda, os 
consumidores estariam dispostos a pagar mais, pelas 
unidades de produto que excedessem Qm, do que custaria 
para produzir tais unidades. 
- MAS O MONOPOLISTA NÃO PRODUZ ESSAS 
UNIDADES: ESTE É O PROBLEMA ASSOCIADO AO PODER 
DE MONOPÓLIO!!!
OBS: com Cmg constante, todo o peso morto é extraído do 
excedente do consumidor. 
Supondo CMg constante
P 
Pm
Oferta
Pc
D 
0 Qm Qc Q 
 Perda de bem-estar = peso-morto
Área FBG = Peso-morto
Área AEF =excedente do consumidor
Área EFGD=Excedente 
do produtorRMg
Supondo CMg ascendente
A
E F
HC
D
G
B
Área CEFH = 
ganho no 
excedente do 
produtor
• Parte do peso morto é extraído do excedente do 
consumidor (área FHB)
 essa área representa a perda do excedente dos 
consumidores que não podem adquirir o produto ao 
preço Pm
• Parte do peso morto é extraído do excedente do 
produtor (área HBG)
 essa área BCF representa o lucro adicional que o 
monopolista teria ganho vendendo (Qc-Qm) ao preço 
Pc
• Peso Morto = área FGB
Supondo CMg ascendente
1.3 Exemplo de Estimativas 
de Perdas de Bem-Estar
• calcularam o valor da perda de bem-estar do setor siderúrgico 
brasileiro, para os seguintes mercados relevantes: 
 de aço bruto, 
 laminados 
 vergalhões
Artigo: A demanda do aço brasileiro e a perda de bem-estar ocasionada 
pelo exercício do poder de mercado no período de 2006 a 2008. Revista de 
Defesa da Concorrência, n°1, Maio 2013, pp. 170-196. (autores: Janderson
Damaceno dos Reis; Márcia Azanha Ferraz Dias de Moraes; Mirian Rumenos
Piedade Bacchi)
Fonte: Reis, Moraes e Bacchi (2013)
•Ineficiência-X = monopolista produz a 
custo maior do que produziria caso 
estivesse sujeito a pressão competitiva 
(Leibenstein, 1966).
•Custo de monopolização = aumento do 
custo para manter ou conquistar 
posição dominante. 
Outras formas de perda de bem-
estar: ineficiência interna
Monopólio com Ineficiência-X
P 
D 
0 Q 
RMg
CMg com Inef.X
CMg sem Inef.X
Pm com Inef.X
Pm sem Inef.X
Qm com Inef.X Qm sem Inef.X
P 
D
0 Q 
RMg
CMg com Inef.X
CMg sem Inef.X
Pm com Inef.X
Pm sem Inef.X
Qm com Inef.X Qm sem Inef.X
Peso-morto sem Inef.X
A
B
C
Monopólio com Ineficiência-X
P 
D 
0 Q 
CMg com Inef.X
CMg sem Inef.X
Pm com Inef.X
Pm sem Inef.X
Qm com Inef.X Qm sem Inef.X
Peso-morto com Inef.X
RMg
Monopólio com Ineficiência-X
P 
D
0 Q 
RMg
CMg com Inef.X
CMg sem Inef.X
Pm com Inef.X
Pm sem Inef.X
Qm com Inef.X Qm sem Inef.X
Aumento de peso-morto 
devido à Inef.X
E
F
C
A
B
Monopólio com Ineficiência-X
• Por ter custo maior do que o custo que ocorreria sob 
competição perfeita, o monopolista reduziria ainda 
mais a quantidade produzida, cobrando um preço 
maior do que o preço que ocorreria com um monopólio 
sem ineficiência-X 
• Devido à ineficiência-X, o peso-morto gerado por um 
monopólio deixa de ser o triângulo ABC e passa a ser o 
triângulo EFC
• Portanto, ineficiência-X provoca um aumento de perda 
de bem-estar equivalente à área do trapézio EABF.
Monopólio com Ineficiência-X
• Decorre dos gastos excedentes que uma 
empresa precisa fazer para manter ou aumentar 
sua participação no mercado, evitando a entrada 
de concorrentes
as empresas com poder de mercado costumam 
adotar estratégias (ex: propaganda), muitas 
delas com custo bastante elevado, para inibir a 
entrada de concorrentes.
Custo de monopolização
Referências Bibliográficas
• AGUIAR, D. R. D. Notas de Aula de Organização Industrial. Sorocaba, 
UFSCar, 2012 (mimeo.).
• KUPFER, D. & HASENCLEVER, L. Economia Industrial: Fundamentos 
Teóricos e Práticas no Brasil. Rio de Janeiro : Elsevier, 2002.

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