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Fundamentos de Sistema de Informação Introdução aos Fundamentos de Sistema de Informação Conceituação de sistema Cotidianamente convivemos com alguns sistemas. O sistema solar, por exemplo, vem sendo estudado e modificado desde os primórdios da humanidade. O Sistema solar pode ser considerado efetivamente um sistema? Claro que sim. Da mesma forma que o sistema de som de sua casa, que o sistema viário de sua cidade, que o sistema econômico brasileiro e muitos outros que também o são. O conceito de sistema começa com a definição de suas partes: • Amplificador – Sua finalidade é amplificar os sinais sonoros; • Receptor (sinal de rádio) – Sua finalidade é captar as ondas do sinal de rádio; • Tocador de CD – Sua finalidade é reproduzir as músicas armazenadas no CD; • Caixas de som – A finalidade da caixa de som é de emitir os sinais sonoros em frequência audível pelo ouvido humano. Ao consultar o dicionário Aurélio, encontraremos a seguinte definição para sistema: Elementos básicos de um sistema Outros exemplos de sistemas que podem ser citados são: controle de estoque, fluxo de caixa, construção civil, acadêmico, planejamento e controle da produção. Todos esses sistemas são classificados como sistemas de informação cujo conceito veremos adiante. São também exemplos: chuveiro elétrico, sistema de som, sistema de telefonia, sistema viário dentre outros. As partes que compõem um sistema e as relações entre eles determinam como o sistema funciona. Seja qual for o sistema, podemos identificar, de forma genérica, os seguintes elementos constituintes: Tipos de sistemas de informação O papel do sistema de informação nas empresas torna-se cada dia mais relevante. Podemos identificar três tipos de sistemas conforme o nível em que atuam nas organizações. São eles: Os Níveis da Organização e os Tipos de Sistema Mostram a atuação de cada tipo de sistema no seu respectivo nível organizacional: A tabela abaixo apresenta um quadro resumo dos tipos de sistemas de cada nível organizacional, relacionando a cada um o tipo de informação que provê e sobre quem faz uso delas. Tecnologia de informação (TI) A Tecnologia da Informação (TI) pode ser entendida como o conjunto de recursos tecnológicos e computacionais para a geração e uso da informação, ou seja, o conjunto de recursos não humanos que desempenha uma ou mais tarefas de processamento das informações do SI tal como coletar, transmitir, armazenar, recuperar, manipular e exibir dados. Em sistemas de informação, a tecnologia da informação é fundamental, pois é o meio utilizado para alcançar os fins desejados. QUE TI ESTÃO PRESENTES HOJE NAS EMPRESAS? • Hardware de entrada (mouse, teclado), de processamento (memória, processador), de saída (monitores LCD, impressoras). • Software básico (sistemas operacionais, linguagens de programação). • Software aplicativo (sistemas de processamento de transações, sistemas de informações gerenciais, sistemas de apoio à decisão). • Banco de dados. • Redes de comunicação em geral. • Recursos multimídia dentre outros. Características básicas dos sistemas de informação Já sabemos que os sistemas estão inseridos no contexto das organizações, conforme está ilustrado na figura abaixo. Isso significa dizer que, assim como as empresas, os sistemas sofrem influência do ambiente em que estão inseridos, representados por: • Clientes. • Fornecedores. • Acionistas. • Concorrentes. • Agência reguladora, dentre outros Os sistemas são constituídos hierarquicamente de outros sistemas denominados subsistemas. Por exemplo: Um Sistema Financeiro pode ser formado pelos subsistemas recebimentos, pagamentos e fluxo de caixa. Os subsistemas são partes de um sistema maior que podem ser formados por outros subsistemas (hierarquia de níveis). O subsistema de recebimentos pode ser formado pelos subsistemas de contas a receber e contas recebidas, e cada um desses subsistemas, por sua vez, pode ser constituído de outros e assim sucessivamente. Teoria Geral dos Sistemas A Teoria Geral dos Sistemas forneceu uma base para a unificação dos conhecimentos científicos e tecnológicos nas últimas décadas. Ela tem por finalidade: • Analisar a natureza dos sistemas e relação entre suas partes. • Identificar as propriedades, princípios e leis característicos dos sistemas em geral. A teoria de sistemas possui duas características relevantes. São elas: Classificação de Sistema Os sistemas podem ser classificados de diversas maneiras. As principais e mais importantes classes dos sistemas são: Propriedades fundamentais dos sistemas As propriedades ou características abaixo apresentadas nos ajudam a entender melhor sobre sistemas de um modo geral. Fundamentos de Sistema de Informação Recursos e Atividades de um Sistema de Informação COMPONENTES DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO A figura abaixo ilustra os componentes de um Sistema de Informação. Vamos, agora, aprofundar um pouco mais os conceitos de Sistema de Informação (SI) vistos na aula 1. Abordaremos os componentes dos sistemas de informação, identificando os diferentes recursos que concorrem para a correta consecução dos objetivos do SI. Os principais elementos do Sistema de Informação (SI) são: *equipamentos físicos: Hardware Na aula 1, identificamos que existem três tipos de sistemas conforme o nível em que atuam nas organizações: Aqui cabem 2 considerações importantes: 1. Um sistema poderá estar relacionado com mais de um nível, em uma empresa. Quanto mais níveis ele abranger maior a sua integração na organização. Um exemplo é um sistema da rede bancária, onde teríamos. a. Operacional: caixa, caixa eletrônico, abertura de contas, contratos, balanço de um cliente e etc. b. Gerencial: balanço da agência, clientes mais rentáveis (pessoa física e corpore). c. Estratégico: Balanço do banco, Curva ABC de agências, desempenho de produtos, desempenho do banco comparado ao mercado. 2. Uma informação gerada em um nível (operacional ou gerencial) pode ser dado no nível imediatamente superior (gerencial ou estratégico) a. Nível Operacional Nível Gerencial i. Informação do nível operacional: balanço de um cliente (saldo anterior, depósitos, retiradas e montante aplicado). ii. Dado no nível gerencial: para obter o balanço de uma agência, é preciso compilar os balanços dos clientes da agência. b. Nível Gerencial Nível Estratégico l i. Informação no nível gerencial: Balanço das agências. ii. Dado no nível estratégico: para obter o balanço do banco é necessário processar os balanços de suas agencias. OS DIFERENTES TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Uma empresa tem sistemas de informações em todos os seus segmentos (departamentos, setores), cada qual desempenhando a sua função. A figura abaixo ilustra as necessidades básicas de uma empresa produtora de bem ou prestadora de serviço. Um sistema de informação integrado provê informação a todos os segmentos. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DE VENDAS E MARKETING Dentro de cada segmento da organização, por exemplo, podemos aplicar os 3 tipos de sistemas de informações já mencionados. Abaixo, exemplificamos com o setor de Marketing e Vendas. A figura abaixo mostra os vários componentes do Sistema de Informação para operaçãodos pontos de venda (PDV). A figura abaixo mostra que existe um inter-relacionamento entre todos os sistemas de base dando suporte aos SAE (sistemas de apoio estratégico) que pertence ao nível estratégico. Controle e desempenho de sistemas Um sistema necessita ser constantemente monitorado de forma a avaliar se o seu nível de desempenho se mantém estável ao longo do tempo e de suas inúmeras execuções. O desempenho de um sistema de informação é medido por sua eficiência. Um sistema é dito eficaz se atinge seus objetivos. Um sistema é dito eficiente se é eficaz, ou seja, se atinge seus objetivos e o faz com o menor uso de recursos possíveis. Em se tratando de um sistema de informação, os recursos são tempo de processamento e uso de memória dentre outros. Em tese, um sistema deve manter de forma estável o seu nível de desempenho ou eficiência Alguns fatores podem alterar o nível de eficiência de um sistema: Meio ambiente pode influenciar: refrigeração inadequada para o hardware. Problemas no hardware podem influenciar como, por exemplo, disco rígido cheio. O nível de acesso e uso ao sistema pode influenciar: quanto mais usuários solicitando informações ao mesmo tempo, mais lento tende a ser o processamento. A rede de comunicação de dados pode influenciar. Pode haver congestionamento na rede. Uma rede sem fio pode estar com sinais em flutuação. A rede elétrica com picos e ausência de corrente pode influenciar. Base de dados sobrecarregada com muitos dados. A solução é monitorar frequentemente o uso dos Sistemas de Informação para identificar de forma proativa (antes do problema acontecer) os possíveis elementos que podem influenciar a sua performance. A parada de um Sistema de Informação pode causar enorme dano à organização paralisando-a em determinadas situações. Fundamentos de Sistema de Informação As Funções e Aplicações de SI nas Organizações Nesta aula iremos identificar os papéis fundamentais das aplicações de Sis nas empresas e suas tendências. Veremos, ainda, o que é uma empresa de e-business e as estruturas e tipos de sistemas como SADs e SAGs. Tendências em sistemas de informação Podemos dividir a evolução dos sistemas de informação em 5 eras ou grandes fases que são: Processamento de dados, Relatórios administrativos, Apoiando as decisões, Apoiando o nível estratégico, Conectando a empresa. As funções e aplicações de SIs nas organizações Nas aulas anteriores, apresentamos a pirâmide com os sistemas e tipos de informações em 3 níveis: 1. Operacional: representado pelos SPTs. 2. Gerencial: representado pelos SIGs. 3. Estratégico: representado pelos SIEs. A figura ao lado apresenta um quarto nível, entre o operacional e o gerencial, denominado Nível do Conhecimento. Os tipos de sistemas de informação - nível conhecimento O Nível do Conhecimento, recentemente identificado nas organizações, trata de problemas que envolvem conhecimento e especialidade técnica que abrangem uma ampla variedade de questões: Onde deveriam estar localizadas as fábricas? Como deveria ser feito o treinamento? Que sistemas de informação deveriam ser empregados? Problemas do conhecimento são pertinentes a áreas que criam, distribuem e usam conhecimento e informações em prol da empresa. Os sistemas do conhecimento resolvem esses tipos de problemas. Ao retomarmos a figura dos Tipos de Sistemas de Informações nas Organizações vista anteriormente, notamos que existem sistemas para apoio a cada área funcional (vendas e marketing, fabricação, finanças, contabilidade e recursos humanos) nos 4 níveis, ou seja, para a área de Vendas e Marketing, por exemplo, existirão sistemas que proverão informações aos 4 níveis como podem ser observados na tabela a seguir: Existem várias possibilidades de se classificar os sistemas de informações nas empresas. Uma delas é a Classificação por Nível e Área conforme mostra a figura abaixo. Repare no nível superior, representado pelos sistemas estratégicos, que recebe o nome de SAE (Sistema de Apoio Executivo), que é um tipo de sistema estratégico, fazendo referência aos executivos das empresas que pensam e trabalham no nível estratégico. Os tipos de sistemas de informação - nível operacional • Os Sistemas de Processamento de Transação (SPTs) monitoram as atividades (transações) diárias da empresa. O que são transações? É o registro de um evento ao qual a empresa deve responder. Por exemplo, os dados de um pedido que acabam de ser registrados constituem uma transação. A empresa responde a essa transação atendendo ao pedido, ajustando seu estoque para contabilizar os itens utilizados para esse atendimento, gerando uma nota de embarque, embalando e despachando o pedido e enviando cobrança ao cliente. Desse modo, a transação aciona toda uma série de eventos que atualizam os registros comerciais da empresa e produzem os documentos apropriados. • Os Sistemas administrativos básicos atendem ao nível operacional. • Os Sistemas computadorizados realizam e registram as transações rotineiras necessárias ao funcionamento da empresa. Existem 2 formas de processamento das transações: Os tipos de sistemas de informação - nível gerencial A boa decisão é fundamental no contexto empresarial, podendo acarretar seu sucesso ou infortúnio. Portanto, a informação é fundamental. • O propósito de um SIG é ajudar a empresa a alcançar suas metas, fornecendo a seus gerentes detalhes sobre as operações regulares da empresa para que possam controlar, organizar e planejar (princípios básicos da administração) com mais efetividade e com mais eficiência. • Oferece relatórios e consultas prédefinidas. A figura que estabelece a relação entre os SPTs e os SIGs, mostrando que os SPTs são a base dos sistemas nos níveis superiores. • Fornece suporte (computacional) interativo e direto aos gestores durante o processo de decisão. Os tipos de sistemas de informação - nível estratégico Sistema de Informação Executiva (SIE) ou Sistema de Informação Estratégica • Fornece informações condensadas em quadros de fácil visualização, relacionadas aos fatores críticos da organização. • Altos executivos podem acessar, de suas estações de trabalho, textos e gráficos que destaquem aspectos de relevância da empresa e da concorrência. Outra classificação dos sistemas de informação A tabela abaixo mostra nova forma de classificar e agrupar Sistemas de Informação. Classificação dos Sistemas de Informação Outros tipos de sistemas de informação Abaixo, alguns tipos de Sistemas de Informação que não foram citados nas classificações apresentadas: Fundamentos de Sistemas de Informação O E-Business e os Sistemas de Apoio às Decisões e de Informação Executiva Nesta aula, iremos mostrar o apoio às decisões de e-business e Sistemas de apoio às decisões. Veremos, ainda, os Sistemas de Apoio às Decisões e de Informação Executiva (SAD/SIE). Apoio às decisões de e-business e sistemas de apoio às decisões Para que a empresa possa incorporar-se ao e-business, haverá uma ampliação natural do escopo de seus sistemas de informação que estender-se-ão além de suas fronteiras, abrangendo clientes e fornecedores. A figura abaixo mostra a evolução das mudanças necessárias às organizações para adaptarem- se aos diversos contextos ao longo dos anos. Vivenciamos, hoje, a era em que uma integração mais efetiva dos envolvidos no negócio (business) se faz necessária. E o meio onde essa integração tornou-se viável é a internet. O que você pode fazer na internet? Ainternet é uma grande rede que conecta computadores de todo o mundo de forma democrática e livre. Qualquer um, usando qualquer computador e softwares específicos, pode se valer dos benefícios da Grande Rede. O valor da internet está no binômio alto alcance e custo baixo, ou seja, permite que as pessoas se conectem de modo fácil, barato e rápido a outras pessoas ou empresas em todo o mundo. Pela internet, é possível que as pessoas, dentre outras coisas: Tendências de apoio às decisões de e-business Recursos dos SI para apoiar os negócios empresariais via WEB As empresas já usam a internet das mais variadas formas. Os web sites são instrumentos de negócios já usados há bastante tempo como canal de comunicação por divulgarem os produtos e serviços da empresa, ampliando a abrangência das atividades da mesma através desse novo ambiente. A expansão e o rápido acesso do público à internet contribuiu fortemente para a realização dos negócios online - o e-commerce. Com isso, o ambiente tradicional de negócios mudou e as empresas precisaram competir não mais no mundo físico, apenas, mas também num ambiente virtual com alcance mundial nunca antes imaginado. Além de a possibilidade de negócios ter um maior lastro mundo afora, existe a perspectiva de aumento do número de transações. Assim, pode-se concluir que, estrategicamente, a empresa precisa investir nesse posicionamento para manter-se competitiva no mercado. A TI exerce papel fundamental nessa nova forma de negócios, possibilitando às organizações: Estruturarem seus web sistemas com informações de divulgação, propaganda e marketing. Venderem seus produtos e serviços de forma segura e rápida. Relacionamento mais efetivo entre clientes e fornecedores através da disponibilização de serviços e de informações diretamente das bases de dados das organizações. As diferentes redes: intranet x internet x extranet. Quais os conceitos? A figura abaixo ilustra os conceitos e a contextualização da internet, intranet e extranet no contexto empresarial. Os tipos de sistemas de apoio a decisões Os Sistemas de Informação que dão suporte e apoio a decisões são classificados em: 1. Sistema de Informação Gerencial (SIG). Fornece subsídios ao nível gerencial das organizações. 2. Sistema de Suporte de Apoio à Decisão (SAD). Apoia o nível estratégico das organizações no que se refere aos planejamentos de médio e longo prazo. 3. Sistema de Informação Executivo (SIE). Apoia o nível estratégico em planejamentos de longo prazo. Cada tipo de Sistema de Informação que fornece apoio à decisão envolve um determinado nível de decisão que, por sua vez, corresponde à solução de determinados tipos de problemas com características em comum. Os tipos de problemas são: • Problemas estruturados • Problemas semiestruturados • Problemas não estruturados Sistemas de Informação Gerencial (SIG) Os Sistemas de Informação Gerencial (SIG) oferecem vários produtos e informações para apoiar as decisões no dia a dia dos gerentes do primeiro escalão administrativo, representado pela gerência de atividades operacionais. O objetivo essencial dos SIG é o controle das atividades, podendo, também, ser utilizado para o planejamento e organização. A figura abaixo ilustra a relação entre o SPT (Sistema de Processamento de Transação) e o SIG. Observe que: • Entrada: as informações (saídas) geradas pelos SPT representam os dados de entrada para o SIG. • Saídas: relatórios resumidos e estruturados sobre o desempenho da empresa destinados aos gerentes. O processamento analítico online (OLAP) O processamento analítico online (OLAP) permite acessar e manusear, interativamente, grande quantidade de dados detalhados e consolidados a partir de uma ampla variedade de perspectivas. O mundo moderno exige dos gestores a análise, num curto espaço de tempo, de muitos dados de assuntos de grande complexidade e diversidade. A tecnologia OLAP veio suprir essa demanda e ajudar na obtenção de informações para descobrir padrões, tendências e condições excepcionais. Para tal, vale-se da capacidade de análise de relações complexas entre milhares ou até mesmo milhões de dados armazenados nos bancos de dados das organizações. O processamento OLAP ocorre em tempo real em resposta às consultas dos gestores e envolve basicamente as seguintes operações: Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) O objetivo dos Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) é fornecer apoio interativo aos gerentes e demais profissionais envolvidos no processo decisório que oferece dados e modelos para a solução de problemas semiestruturados. Tanto o SIG como o SAD atendem aos gerentes de nível médio e inferior que lidam com problemas cotidianos e de curto prazo. No entanto, existem diferenças entre esses dois tipos de sistemas que são apresentadas a seguir: Conforme ilustrado na figura abaixo, a origem dos dados de entrada dos SAD provém de diversas fontes (arquivos de dados, planilhas, banco de dados etc.), a partir das quais é criado um banco de dados analítico com as visões necessárias às informações que serão providas pelo SAD. Um SAD envolve quatro tipos de Modelagem Analítica conforme tabela abaixo: Os Sistemas de Informação a Executivos (SIE), também conhecidos como Sistemas de Apoio a Executivos (SAE), visam atender à demanda de informação do alto escalão da empresa que, preocupado com as decisões estratégicas de longo prazo, definirão o rumo da organização nos anos que se seguem. Como a empresa está inserida em um contexto ambiental (clientes, fornecedores, concorrentes, órgãos governamentais e etc.), tais sistemas coletam dados de fontes internas e externas à organização para auxiliar a alta administração na solução de problemas não estruturados. Como visam a atender à demanda de executivos muito ocupados e sem muito tempo, tais sistemas utilizam o que há de mais moderno em termos de tecnologia de gráficos, textos e comunicações. Os SIE tendem a ser personalizados de acordo com as preferências do gestor, na forma como a informação é apresentada. A estrutura do SIE ou SAE é mostrada na figura abaixo: Os SIE atuais pertencem a um dos três tipos abaixo apresentados ou combinam características deles: Portais corporativos e apoio à decisão Fundamentos de Sistemas de Informação Tecnologia de Inteligência Artificial (IA) e Sistemas Especialista (SE) Nesta aula, iremos mostrar as tecnologias de inteligência artificial (IA) nos negócios. Veremos, ainda, os Conceitos Básicos de Sistemas especialistas (SE). Aplicações da IA Objetivo da IA Aplicações em uso Um exemplo prático de aplicação da IA em grandes corporações é o caso da Mastercard e Visa, empresas líderes no segmento de cartões de crédito, que usam o conceito de redes neurais para reduzir as fraudes no uso de cartões de crédito: estudo do perfil (histórico de uso) e acompanhamento de uso do cartão pelo usuário. Se for identificado algum uso inconsistente com o histórico de transações, a ação pode ser o simples bloqueio do crédito ou envio do prognóstico a um analista humano que poderá requerer mais informações (como por exemplo, entrar em contato com o usuário e confirmar a transação). Domínios da IA Dentre as áreas de aplicações da IA, merecem destaque: Estando claro que um Sistema de Informações oferece diferenciais para os tomadores de decisão da empresa, é necessário, também, apresentar uma tecnologia que disponibilize aesses executivos uma forma fácil, flexível, efetiva e eficiente de utilizar essas informações através da análise dos dados. Essa tecnologia é denominada Data Warehouse (que pode ser traduzida como armazém de dados). É um banco de dados que armazena dados sobre as operações da empresa (vendas, compras, etc.), extraídos de uma fonte única ou múltipla, e transforma-os em informações úteis, oferecendo um enfoque histórico para permitir um suporte efetivo à decisão. Conceitos básicos de Sistemas Especialistas (SE) Os Sistemas Especialistas (SE) são aplicações da IA, representadas por softwares que simulam o comportamento de um especialista para a solução de problemas. Tipicamente, os problemas que podem ser solucionados por um sistema especialista são do tipo que seria atendido por um especialista humano - um médico ou outro profissional (na maioria dos casos). Partes de um Sistema Especialista As aplicações típicas de sistemas especialistas são atividades que envolvem diagnósticos. O desenvolvimento de um SE inicia com a consulta de algumas fontes de conhecimento, tais como: livros, manuais, relatórios técnicos e, principalmente, com a experiência e o conhecimento dos especialistas. O processo de coleta e estruturação do conhecimento é chamado de aquisição de conhecimento. Em particular, se o conhecimento é obtido entrevistando o especialista, o processo é denominado de elicitação do conhecimento. O engenheiro de conhecimento é a pessoa encarregada de construir o SE, enquanto que a pessoa que possui o conhecimento necessário para o desenvolvimento do SE é chamada de especialista. Fundamentos de Sistemas de Informação Sistema de Comércio Eletrônico Nesta aula, iremos apresentar os Sistemas de Comércio Eletrônico. Veremos, ainda, os processos essenciais do Comércio Eletrônico. Conceituação O comércio eletrônico ou e-commerce é um tipo de transação comercial feita por um equipamento eletrônico, como um computador. O comércio eletrônico (e-commerce) tem mudado, numa velocidade incrível, a maneira das organizações fazerem negócios e de competir, da mesma forma que vem facilitando e simplificando as interações entre as empresas, clientes e parceiros de negócio. A concepção de comércio eletrônico nos leva a pensar em um mercado onde a informação circula com mais rapidez e está disponível para um maior número de pessoas, a qualquer momento, 24h por dia, 365 dias do ano. No mundo globalizado e acelerado onde as pessoas consomem seus dias úteis trabalhando cada vez mais, essa possibilidade viabiliza a compra de muitos produtos e serviços que não seriam adquiridos se dependesse da ida a lojas físicas. De uma maneira geral, pode-se dizer que o comércio eletrônico usa recursos de internet, extranet, intranet e redes corporativas das empresas. EXEMPLO Processos de marketing interativo, pedidos e pagamentos na internet. Acesso, via extranet, ao banco de dados de estoques de uma empresa, por seus clientes (interessados em comprar) e fornecedores (reposição dos estoques – vendas). Acesso, via intranet, a cadastro de clientes por vendedores quando em atendimento ͞in locco͟ a clientes. Pequena evolução histórica Conforme ilustrado pela figura abaixo, para viabilizar o comércio eletrônico, foi necessário, inicialmente, uma organização das funções e processos internos das organizações. A venda de produtos pela internet não demanda apenas a tecnologia para venda ao cliente, mas toda a estrutura necessária para receber e atender ao pedido que inclui: efetivar a compra dos fornecedores, armazenar os itens comprados (para entrega imediata ou estocagem) e toda a logística de entrega ao cliente que pode estar em qualquer local do mundo. Além da reestrutura da própria organização, foi preciso uma integração com os fornecedores no sentido de estarem alinhados para atendimento às demandas do e-commerce. Cabe ressaltar a importância, no Brasil, do mercado bancário para o crescimento do e- commerce. A necessidade do setor em oferecer segurança para as transações bancárias demandou maciço investimento em tecnologias de segurança, como criptografia e transferência eletrônica de fundos. Tal estrutura formou a base que possibilitou o crescimento do e-commerce. Escopo do comércio eletrônico O e-commerce envolve a realização de uma ampla variedade de processos empresariais para apoiar a compra e a venda eletrônicas de bens e serviços. A Internet tem sido reconhecida como o quarto canal para a efetivação do comércio. Se a Internet é o quarto canal para a realização do comércio, você sabe quais são os três primeiros canais? Os três primeiros canais são: O pessoal. O correio O telefone. A Internet abre uma série de oportunidades inexistentes anteriormente para as organizações, como a possibilidade de transcender os limites físicos de um município, estado ou país. Contudo, uma questão importante é a pouca familiaridade dos pequenos empresários brasileiros com a informática, especialmente os que possuem seus negócios afastados dos grandes centros urbanos. Daí, entre outras coisas, a tendência em confundir e-business com e- commerce (ou Comércio Eletrônico). e-business O e-business pode ser definido como ͞uma estratégia de inserção da empresa na Internet, visando automatizar suas atividades em diversas áreas, como as comunicações internas e externas, a transmissão de dados, os controles internos, o treinamento de pessoal, os contatos com fornecedores e clientes, etc.͟, ou ainda, sistemas de informação que auxiliam os processos do negócio. e-commerce O e-commerce ou simplesmente comércio eletrônico é parte integrante do e-business, constituindo ͞a atividade comercial, alavancada pela internet que faz a conexão eletrônica entre a empresa e o cliente, ou seja, qualquer forma de transação de negócios na qual as partes interagem eletronicamente, sem o contato físico direto͟. Fica evidente, então, a importância vital da tecnologia para o comércio eletrônico. Todavia, não só de aspectos tecnológicos vive o e-commerce. É necessária uma estrutura organizacional que envolve: Marketing - As empresas precisam investir em marketing de forma que seus clientes tenham conhecimento dos produtos e serviços que elas oferecem via internet. Compra - O processo de compra dos produtos que as empresas comercializam deve estar muito bem definido e alinhado com os fornecedores. A pontualidade na entrega é um dos fatores de qualidade que deve ser preservado no comércio eletrônico. Venda - Processo de venda online deve estar muito bem estruturado e preferencialmente personalizado (pelo perfil captado de suas últimas compras) ao cliente. É fundamental que sejam usadas tecnologias para identificação de perfil e características de consumo (por exemplo, datamining). Assistência - Deve acontecer para auxílio ao cliente antes (dúvidas e entendimento do produto ou serviço) e depois da realização da venda (pós-venda), com a implementação de serviços de Fale Conosco e Chat, por exemplo. Inicialmente, a comercialização online restringia-se a produtos como CD's, livros e demais itens palpáveis e de características tangíveis. Com o avanço da tecnologia, surge uma nova tendência para a comercialização online: a venda de serviços, como é o caso dos pacotes turísticos, da reserva de hotéis, aluguel de carros, venda de ingressos de cinemas e de teatros e outros. Podemos resumir as atividades de uma transação de e-commerce em 4 partes: Pesquisa - O comprador consulta catálogosde produtos, em busca do que deseja. Configuração - Confirmação do pedido ou contratação do fornecimento. Fechamento - A empresa consulta os estoques e disponibilidades. Faturamento - Fase final do processo, onde ocorre a emissão do pedido e da fatura para cobrança, em forma de boleto bancário ou cartão (formas mais usadas). Tecnologias do comércio eletrônico O comércio eletrônico está fundamentado no uso de tecnologias e recursos de TI. A figura abaixo mostra a integração de funções e processos de negócios no comércio colaborativo onde, através de uma extranet, a empresa disponibiliza, por exemplo, seus produtos para clientes comprarem e fornecedores fazerem reposição automática dos estoques. O comércio eletrônico agrega tecnologia da informação e tecnologias da internet. De uma forma geral, a tecnologia usada no comércio eletrônico compõe-se: Veja a especificação de algumas das tecnologias usadas em sites de e-commerce: Tecnologia cliente/servidor de gerenciamento de rede. Sistema de Gerenciamento de banco de dados (SGBD), como MySql, Oracle e SQL Server, como sendo o mais usado. Linguagens de programação, como HTML, XML, Java, C#. Servlets e páginas de servidor com script, como Microsoft Active Server Pages, Java Server Pages. Protocolos de comunicação de objetos, como a Arquitetura de Intermediador de Solicitação de Objeto Comum (CORBA) desenvolvida pelo OMG, o padrão Java de Chamada de Método Remoto (RMI) ou o Modelo de Objeto Componente Distribuído (DCOM) da Microsoft Componentes, como o Microsoft ActiveX/COM. Frameworks de aplicativos para a Web, como o IBM WebSphere ou o Microsoft Windows DNA. Classificação do comércio eletrônico Podemos classificar o comércio eletrônico ou e-commerce em três segmentos distintos de atuação. São eles: BUSINESS-TO-BUSINESS (B2B) Compreende as transações entre organizações. Uma empresa vendendo para outra empresa é B2B. Por exemplo, fábricas vendendo para distribuidores, ou empresa prestando algum tipo de serviço para outra. É o típico caso de comércio por atacado. O B2B aplica-se às transações entre empresas, podendo ser de produtos ou serviços. O B2B pode ser definido como a realização de transações entre companhias. Por exemplo, o comércio atacadista, a compra de serviços, as tecnologias, os equipamentos, os componentes e as transações financeiras. Na perspectiva B2B, o Comércio Eletrônico facilita as aplicações de negócios, beneficiando o gerenciamento de fornecedores, estoque, distribuição, canal e pagamento. BUSINESS-TO-CONSUMER (B2C) Corresponde às transações entre a organização e o cliente final – pessoa física. Com a economia mundial em recessão, o foco da maioria das empresas, incluindo as de comércio eletrônico (B2C), é cortar custos. O retorno financeiro é a prioridade das empresas engajadas no comércio eletrônico. As empresas tradicionais estão investindo em projetos de comércio eletrônico apenas quando decididamente o seu retorno financeiro é garantido, ao contrário do que ocorreu no passado recente, quando até o medo de se tornarem obsoletas as fez investir cegamente em projetos de comércio eletrônico. No B2C, o consumidor tem acesso a informações sobre produtos a partir de catálogos eletrônicos e realiza suas compras por meio de sistemas de pagamento seguro; pode interagir diretamente com diversos vendedores do mundo, negociar preços e serviços de suporte, comparar ofertas, obter informações sobre produtos e, ainda, ter acesso a produtos customizados e personalizados que melhor atendam às suas necessidades. A fórmula do sucesso para o e-commerce do tipo B2C é oferecer produtos e serviços, com preços e condições de pagamento mais acessíveis ao cliente. CONSUMER -TO-CONSUMER (C2C) Corresponde às transações entre consumidores, normalmente intermediado por uma empresa. Em Wikipédia, você encontra a definição para C2C (do inglês Consumer to Consumer) como sendo uma referência ao comércio eletrônico que se desenvolve entre usuários particulares da Internet. Aqui o comércio de bens ou serviços não envolve produtores e sim consumidores finais, nas 2 (duas) pontas. Esse tipo de transação entre consumidores está associada à desse tipo de transação são os leilões online, como Ebay e o Mercado Livre. Os leilões online funcionam da seguinte forma: o consumidor coloca o seu produto para venda com um valor mínimo, e outros consumidores dão ofertas maiores para aquele produto. Quem der o maior lance, num prazo determinado, leva o produto. As empresas que facilitam essa transação geralmente ganham uma comissão em cima de cada leilão ou uma taxa única de transação. É bom lembrar que esses sites são apenas intermediários e não se envolvem na qualidade do produto ou não influenciam nos valores dos produtos Com a popularização das lojas virtuais, estas, além de oferecerem produtos aos clientes com acesso fácil e simples, também apresentam uma peculiaridade que é o funcionamento ininterrupto, com segurança, uma vez que suas páginas eletrônicas podem ser acessadas a qualquer horário do dia ou da noite, independentemente das diferenças de fuso horário entre cidades ou países. Dessa forma, manter a infraestrutura computacional funcionando ininterrupta e corretamente, nesses tipos de sistemas, é um dos pré-requisitos para a sobrevivência dos negócios, visto que os usuários, no caso da inacessibilidade da página eletrônica em questão, estão ͞a um clique do site do concorrente͟. Processos essenciais do comércio eletrônico Muitas pessoas deixam de usar as facilidades do comércio eletrônico por não confiarem nos mecanismos de controle e segurança de acesso. Por isso que, nesse tipo de serviço, é fundamental que os processos sejam capazes de proporcionar o efetivo controle de acesso e segurança ao ambiente de comércio eletrônico. Considerando o envolvimento de finanças e acesso à base de dados da empresa, a segurança torna-se um dos fatores fundamentais para a sobrevivência das organizações no contexto do e-commerce. Surgem, assim, novas preocupações: a segurança física que se relaciona diretamente com os aspectos associados ao acesso físico a locais e a recursos de informações. Controle de acesso - Os controles de acesso devem garantir segurança mútua entre as partes. Geralmente tais controles são concebidos por diferentes tecnologias, sendo a mais simples a identificação do usuário através de um login (normalmente uma conta de e-mail ou nome escolhido pelo usuário) e uma senha de acesso chamado de autenticação do usuário. - Novas tecnologias estão sendo cada vez mais usadas e implementadas para controles de acesso, tais como assinaturas digitais que garantem que o acesso vem mesmo da pessoa em questão. No Brasil, a Certisign (www.certisign.com.br) é a empresa que emite tais tipos de certificados. Aquisição e retenção de clientes - A segurança também é um fator decisivo na aquisição e retenção de possíveis clientes dos vários sites online. - A segurança na transmissão de dados é um dos empecilhos para a concretização de compras na rede pelo internauta e na divulgação de seus dados pessoais, como RG, CPF e número do cartão de crédito. - Um dos recursos mais utilizados para realização de negócios na Internet entre comerciantes e clientes é a criptografia. Um recurso de segurança muito popular é o Secure Socket Layer (SSL), comercializado pela Certisign, no Brasil. Esse protocolo garante a privacidade da transação, pois as informações transmitidas são criptografadas e somente o usuário e o servidor da empresa envolvidos no processo podem decodificar seuconteúdo. A definição de perfil de usuário permite que cada usuário de e-commerce tenha acesso apenas aos recursos a ele vinculados, além de reforçar a necessidade de personalização do mesmo. Os processos de criação de perfis recolhem dados sobre um indivíduo, seu comportamento e suas escolhas no site e criam perfis eletrônicos de suas características e preferências. Os perfis de usuários são desenvolvidos utilizando ferramentas de criação de perfis: Registro do usuário, Arquivos de cookies. Acompanhamento do comportamento no site. Feedback do usuário. ATENÇÃO A implementação dos recursos de busca (gerenciamento de busca) é tão importante quanto o controle de acesso nos sites e portais do comércio eletrônico. A eficiência e o bom funcionamento desse tipo de recurso faz toda a diferença. Um cliente que não encontra fácil e rapidamente o produto ou serviço que deseja tem grande chance de desistir da operação e procurar outro fornecedor. A aplicação de gerência de conteúdo e catálogo funciona em conjunto com os recursos de criação de perfis visando a personalizar o conteúdo das páginas da Web acessadas pelos usuários individualmente. Essa aplicação auxilia as empresas de comércio eletrônico na criação, desenvolvimento, entrega e armazenamento de dados de texto e informações de multimídia em websites de e-commerce. Além disso, o gerenciamento de conteúdo e catálogo permite a expansão dos serviços de e- commerce oferecendo recursos de configuração de produtos de apoio à customização ou personalização em massa de produtos ou serviços de forma online e interativa. O gerenciamento é importante para a manutenção do relacionamento com o cliente. As empresas que desenvolvem produtos devem gastar um percentual significativo de suas receitas com investimentos de marketing e relações públicas. Já as empresas de serviços, por outro lado, buscam construir relacionamentos de confiança com os clientes. Em ambos os casos, o fundamental é investir na construção da marca da empresa, ao invés de características funcionais dos produtos ou serviços. O gerenciamento de fluxo de atividades - No contexto do e-commerce, o gerenciamento de fluxo de atividades é de fundamental importância, pois é onde são controlados os principais recursos voltados para o controle e automação do fluxo de trabalho, garantindo eficácia e eficiência ao processo como um todo. Os processos de notificação de evento - Os processos de notificação de eventos desempenham um importante papel nas aplicações do comércio eletrônico, porque todos os envolvidos nesse tipo de serviço (funcionários, fornecedores, clientes, etc.) precisam ser notificados sobre a situação de cada evento que ocorre em cada processo da transação comercial. - No processo de desenho do negócio, um dos pontos cruciais é a implementação da logística de entrega. A compra é virtual, porém o produto não o é, assim como sua entrega, manuseio e uso. Da mesma forma, o processo de devolução deve ser bem definido e bem explicado, preferencialmente antes da conclusão da compra. Prever soluções para a retomada de mercadorias não é trivial e sua falha ou ineficiência pode ser custosa. O manuseio da mercadoria devolvida também é real, envolvendo uma série de procedimentos de controle e gerenciamento. É importante cadastrar a mercadoria devolvida, registrar quem a devolveu, quando e o porquê, como maneira de saber quem são os clientes mal intencionados. O gerenciamento efetivo do processo de cobrança - O gerenciamento efetivo do processo de cobrança vale mais a pena para os grandes cobradores: empresas de telecomunicações, instituições financeiras, etc., uma vez que existem cuidados com segurança que não são fáceis e nem baratos de serem implementados e acompanhados. - Assim sendo, devido ao nível de complexidade envolvido, uma das estratégias é utilizar-se de serviços de provedores que disponibilizam aplicações (Application Service Provider - ASP) especializadas e preparadas para acompanhar e controlar todas as fases do processo de cobrança. Muitas vezes, o processo é gerenciado por um centro especializado no processo de cobrança. - Assim, a empresa usuária desse sistema precisa apenas incluir nas suas páginas algumas diretivas específicas que encaminharão o cliente para o provedor do serviço de cobrança o qual saberá como lidar com questões relativas às autenticações, confirmação de dados comerciais e questões relativas à segurança e privacidade. Normalmente, para cada cobrança efetivamente realizada, uma taxa é cobrada da empresa-cliente. Fundamentos de Sistema de Informação Aplicações e Questões do Comércio Eletrônico Nesta aula, iremos apresentar as aplicações e questões do Comércio Eletrônico. Tendências no Comércio Eletrônico Atualmente, muitos negócios são realizados de forma eletrônica não sendo necessário sair de casa para fazer compras e pagamentos, já que a Internet trouxe ferramentas inovadoras. O e-business (electronic business), conhecido como negócios eletrônicos, é uma dessas ferramentas. Ponto de vista administrativo - Do ponto de vista administrativo, o e-business é o planejamento da imersão da organização na Internet com o propósito de automatizar suas diversas atividades, como a comunicação interna e externa, a transmissão de dados, o contato com clientes e fornecedores, o treinamento de pessoal, etc. - A internet está impondo ao mercado novos padrões de funcionamento e novos métodos comerciais. Os serviços - O e-business compreende qualquer tipo de prestação de serviços, troca de informações e disponibilização de informações. - É importante salientar a confusão de definições que se estabelece entre e-business e e-commerce. O e-business pode ser definido como a estratégia de posicionamento da empresa na internet; já o e-commerce é um dos componentes do e-business com o intuito de controlar a atividade de vendas pelo uso de meios eletrônicos. Vantagens e benefícios - As vantagens e benefícios do comércio eletrônico já são conhecidos amplamente, motivos suficientes para a consolidação da prática deste tipo de comércio. - A prática do e-commerce entre empresas e consumidores (B2C) evolui da simples oferta da multimídia de informações em websites corporativos para a oferta de produtos e serviços em sites de vitrines de redes por meio de catálogos eletrônicos e transações de vendas online. - O mesmo aconteceu com o e-commerce entre as empresas (B2B) que começou com o apoio do website para ajudar clientes de empresas a se servirem e evoluiu para a automação dos sistemas de abastecimento via intranets e extranets. Esses são, possivelmente, os fatores mais importantes sobre a evolução do e-commerce. Podemos mensurar os seguintes itens como principais tendências do e-commerce: Mudança no perfil do consumidor - Deve-se aprimorar o conceito de segmentação e personalização. Crescimento do vídeo - Na venda de produtos, as empresas devem utilizar cada vez mais o vídeo. Proliferação dos meios de acesso - Celulares, iPods, radio e tv entre outros. A empresa deve se preparar para alcançar o cliente quando, onde e da maneira que ele deseja. Redes sociais digitais - O poder das redes sociais é enorme e deve ser cada vez mais explorado nas vendas online. Busca vertical - As soluções de busca devem focar produtos e mercados específicos. As mega-empresas dominarão o grande varejo graças ao seu poder de presença na mídia e de otimização do processo de compra e venda. Já é possível encontrar lojas de eletrodomésticoscompetindo com suas filiais online e, geralmente, perdem em preço para estas. Às vezes as pessoas ficam constrangidas ao confrontar o preço que veem na Internet com o que o vendedor está oferecendo na loja, pois não é possível competir com a mesma bandeira no mundo virtual. Isso é um fato. A facilidade de escolha e pagamento que existe nas compras via Internet levam os consumidores a comprar, cada vez mais, usando esse meio. Mas ainda há os percalços no caminho, como o prazo de entrega. O grande gargalo do comércio eletrônico continuará sendo logístico, daí a grande oportunidade existente para empresas de infraestrutura de entrega, sistemas, etc. É o segmento que praticamente inaugurou o comércio eletrônico e continuará crescendo. Eles não dependem de entrega, como software e, mais recentemente, música e vídeo, e tendem a crescer e a se pulverizar cada vez mais, pois qualquer produtor é capaz de vender seu próprio software, música ou vídeo sem necessitar de uma grande estrutura de atendimento. O processo pode ser totalmente automatizado como se o meio eletrônico se transformasse em milhares de máquinas de vender iguais às de refrigerantes. A empresa B2B e B2C A Internet permite quebrar as barreiras de tempo, distância e forma de negócio, dar condições para que as empresas possam negociar com consumidores de todo o mundo a venda de bens e serviços 24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano. No que diz respeito ao modo de criação e operação, todos os sites são praticamente iguais, não havendo diferença significativa entre eles. A principal diferença está na maneira de atendimento aos clientes, representando os fatores críticos de sucesso, tais como: desempenho e serviço oferecidos, aparência e impressão da loja virtual, propaganda e incentivos, seleção e valor para os clientes, atenção pessoal, segurança e confiabilidade. ATENÇÃO Não podemos deixar de comentar o caso de empresas que só existem virtualmente, como a Ingresso Fácil. A Perdigão é um exemplo de case de sucesso, quando o assunto é negócios na Internet. Utiliza tanto os canais de distribuição Business-to-Business (B2B) quanto os Business-to- Consumer (B2C) e considera os clientes empresariais e os consumidores finais de seus produtos como grupos distintos de clientes. Na arena do B2B, os clientes primários da Perdigão incluem: • Supermercados (64,9%). • Pequenas lojas de varejo (17,0%). • Distribuidores atacadistas (10,1%). • Institucionais (8,0%). Com o objetivo de aprofundar e valorizar seus relacionamentos com esses grupos de clientes, a Perdigão investe continuamente na otimização de sua rede de distribuição a partir da tecnologia de informação. Requisitos de uma loja virtual Com a globalização, pessoas de diferentes partes do mundo precisam trabalhar em conjunto em diversos projetos. Isso, aliado às dificuldades cada vez maiores de locomoção em grandes centros, faz com que as empresas busquem uma nova organização que permita aos funcionários trabalharem juntos sem a necessidade de locomoção. Para garantir o perfeito funcionamento, essas organizações devem possuir tecnologias de comunicação bastante avançadas que permitam, mesmo distantes, as pessoas interagir umas com as outras. É importante considerar que a organização do trabalho seja realizada de modo a garantir a realização das atividades em grupo, orientado para uma mesma meta. • Torna-se evidente, então, que as relações comerciais, as atividades organizacionais e a coordenação das ações empresariais são cada vez mais intermediadas pelas tecnologias de informação, dando maior agilidade, rapidez e organização à empresa e, também, transformando-a em um grande ator intermediador das relações entre os agentes organizacionais. • Também evidente é a tendência das organizações de integrar as grandes atividades administrativas da empresa ao seu sistema informacional. Isso significa que muito das decisões, comunicação e trabalho passa a ganhar proporções num ambiente virtual. A prática executiva do futuro está altamente atrelada à utilização de tecnologias e sistemas de informação. Onde entra a tecnologia neste contexto? A tecnologia é a responsável por oferecer o ponto de sintonia e sincronização entre as organizações envolvidas nestas relações de trocas mútuas, sem esquecer de mencionar que, portanto, dados estes fatores, as tecnologias de informações e o espaço virtual acabam por reproduzir de forma real (já que de fato ocorrem acontecimentos neste espaço virtual) todas as relações sociais, através do estruturalismo aplicado às tecnologias. Trata-se, portanto, de uma série de fatores que estimulam e impulsionam a economia e a gestão virtual, e, não se pode ater apenas à tecnologia. Na realidade, por mais que a tecnologia tenha um papel importante e fundamental para esta realidade, ela não deve assumir proporções maiores que ela realmente tem. Na realidade, sua importância não é tudo, pois existe por detrás da tecnologia todo um aparato de novos acontecimentos ao possibilitar estas novas condições organizacionais e ao fazer com que haja um direcionamento para a organização virtual do espaço e do tempo. O primeiro conceito de organização virtual no mundo foi implantado em 1992 pela Dell Computers, que permitiu que os clientes montassem seus computadores com os acessórios e configurações que desejassem, inclusive sendo adotada até hoje. Cabe aqui o exemplo de uma empresa de engenharia que utiliza um banco de dados com 1214 profissionais cadastrados. Quando surge um problema ele é repassado a todos da área, o profissional que enviar a resposta mais coerente para resolver o problema é contratado e recebe seu pagamento pelo trabalho realizado; no caso de ser uma solução que diz respeito ao desenvolvimento de produto, por exemplo, um programa de computador, o autor receberá royalties. A globalização exige que as empresas sejam cada vez mais competitivas, desta maneira as empresas virtuais se organizam em redes, formando uma estrutura empresarial que possibilite a cooperação entre elas, pois esta é a maneira estratégica de atingirem este objetivo. O modelo conceituado como do tipo B2B é apropriado para esse novo ambiente de negócios, pois atende as corporações virtuais e as corporações que utilizam cadeias de suprimentos, onde a forma de comunicação entre as empresas virtuais é a eletrônica. A Option é um bom exemplo deste conceito de empresa virtual, que não tem sede própria. Essa empresa aluga no atacado minutos das atuais operadoras para oferecer a segmentos específicos de mercado. Criada por dois executivos e sem nenhum investidor até o momento atua hoje na prestação de serviços de telecomunicações às grandes corporações. Ela já tem 140 clientes e encontra sustentação em seu próprio negócio. Podemos citar outros exemplos de empresas virtuais como: Cisco Systems, que possui U$ 9 bilhões ou 86% das vendas exclusivamente via Internet, e suporte técnico apenas via WEB, e a Amazom Books, com valor de mercado de U$ 21,5 bilhões e uma carteira de 8,5 milhões de clientes. Seu crescimento em 1998 foi de 313% e quadruplicou de valor quando anunciou que pretendia vir a comercializar praticamente tudo via Internet. A eBay é uma empresa de site de leilões mais popular da Internet, com valor de mercado de U$ 21,1 bilhões. A Priceline é uma empresa de venda de passagens aéreas segundo a conveniência do comprador, com valor de mercado de U$ 12,8 bilhões Ela vale mais do que a Americam Airlines. Os recentes sistemas de comércio eletrônico são projetados e desenvolvidos para permitir aos seus usuários uma série de serviços de altavelocidade, como: leilões, catálogos e trocas. Isso possibilita que empresas de qualquer tamanho possam comprar uma variedade de produtos e serviços, desde serviços de orientação a consultorias especializadas, de produtos químicos a eletrônicos, energia elétrica, materiais de construção, etc. Neste sentido são apresentados, abaixo, os principais tipos de mercados de comércio eletrônico utilizados pelas empresas atualmente. 1. Um para Muitos: • espaços de mercado no lado da oferta. Hospedam um importante fornecedor, o qual estabelece os preços e as ofertas de catálogo. • Exemplos: a Cisco.com e a Dell.com. 2. Muitos para Um: • Espaços de mercado no lado da demanda. Atraem muitos fornecedores que se agrupam para oferecer um negócio a um grande comprador. • Exemplos: a GE ou a AT&T. 3. Alguns para Muitos: • espaços de mercado de distribuição. Importantes fornecedores fundem seus catálogos de produtos para atrair um público maior de compradores. • Exemplos: Works.com 4. Muitos para Alguns: • Espaços de mercado de abastecimento. Importantes compradores que fundem seus catálogos de compra para atrair mais fornecedores e, em conseqüência, maior concorrência e menores preços. • Exemplos: a Covisint no setor automobilístico, e a Pantellos, no de energia. 5. Muitos para Muitos: • Mercados de leilões utilizados por muitos compradores e vendedores que podem criar uma multiplicidade de leilões de compradores e de vendedores no intuito de otimizar decididamente os preços. • Exemplos são a eBay e a FreeMarkets. 4. Muitos para Alguns: • Espaços de mercado de abastecimento. Importantes compradores que fundem seus catálogos de compra para atrair mais fornecedores e, em conseqüência, maior concorrência e menores preços. • Exemplos: a Covisint no setor automobilístico, e a Pantellos, no de energia. 5. Muitos para Muitos: • Mercados de leilões utilizados por muitos compradores e vendedores que podem criar uma multiplicidade de leilões de compradores e de vendedores no intuito de otimizar decididamente os preços. • Exemplos são a eBay e a FreeMarkets. Mercados de comércio eletrônico (marketplaces) e integração de canais Os recentes sistemas de comércio eletrônico são projetados e desenvolvidos para permitir aos seus usuários uma série de serviços de alta velocidade, como leilões, catálogos e trocas. Isso possibilita que empresas de qualquer tamanho possam comprar uma variedade de produtos e serviços desde serviços de orientação a consultorias especializadas, de produtos químicos a eletrônicos, energia elétrica, materiais de construção, etc. Também chamado de e-hubs (e-concentradores), proporcionam mercado digital baseado na tecnologia de Internet para muitos compradores e vendedores diferentes, conforme pode ser vislumbrado pela figura ao lado. Os B2B e-marketplaces são locais virtuais de intermediação entre muitos compradores e muitos vendedores, com elevada sofisticação tecnológica e que fornecem serviços de suporte às transações comerciais online. Um e-marketplace, em essência, emula um mercado tradicional, existente em muitas localidades, onde compradores e fornecedores se encontram para transacionar e colaborar. As principais questões-chave para o desenvolvimento e a integração de canais eletrônicos que devem ser consideradas são: • Qual público devemos atingir? • Qual ação queremos que esse público tome? • O canal de comércio eletrônico está planejado em conjunto com outros canais? • Como iremos divulgar o canal ao mercado? EXEMPLO Um exemplo de case de sucesso em e-marketplaces é http://www.alibaba.com/ Fundamentos de Sistema de Informação Aplicações e Questões do Comércio Eletrônico – Infra e SW de Apoio Nesta aula iremos apresentar a infraestrutura e o software de apoio aos sistemas de informação. O hardware e seu apoio ao Comércio Eletrônico As empresas contemporâneas usam uma ampla variedade de equipamentos computacionais, softwares e recursos de comunicação somente para funcionar e resolver problemas organizacionais básicos. Existe atualmente uma grande variedade de opções, desde os pequenos e mais simples equipamentos até os de grande porte e altamente sofisticados. A infraestrutura é composta de: Hardware - (Servidores e Estações de Trabalho) Consiste nos equipamentos usados para executar as atividades de entrada, de processamento e de saída; Tecnologia de telecomunicações - Redes e Instalações de Comunicação; Tecnologia de Internet - Abrangendo a internet (global e pública), a intranet (local e privada) e a extranet (global e privada). Os computadores usados no comércio eletrônico, ao lado da organização que disponibiliza o produto e/ou serviço, podem ser agrupados em: Servidores de aplicações, contendo as aplicações e os sites que disponibilizam o comércio eletrônico; Servidores de internet contém os serviços que possibilitam a disponibilidade de sistemas via internet, como, por exemplo, o IIS da Microsoft; Servidores de email gerenciam os serviços de envio e recebimento de e-mails; Servidores de FTP gerenciam o acesso à área de FTP que pode ser usada para troca de dados entre filiais de uma empresa, por exemplo; ou ainda para disponibilizar arquivos de dados para os clientes baixarem; Servidores de bancos de dados, contendo os SGBD (Sistemas gerenciadores de bancos de dados), onde estarão os bancos de dados das organizações. e as máquinas dos usuários (clientes) acessam tais serviços. O usuário final não sabe, todavia, em que local (físico) o(s) servidor(es) encontra(m)-se. Tais servidores podem ser individualizados (um para cada serviço) ou um mesmo servidor físico pode agrupar diferentes serviços (geralmente afins), dependendo da demanda e porte da empresa. Esses equipamentos devem ser dotados de recursos que garantam a disponibilidade do serviço pelo período necessário, geralmente 365 dias por ano, 24h por dia. Podem ser configurados com micro computadores, computadores de médio porte, como AS400 ou grande porte (mainframe). Tais servidores geralmente são dotados de mais de um processador (máquinas multi processadas), de grande capacidade de memória (8Gb, 16Gb, 32Gb, 64 Gb), de placas controladoras e discos rígidos SCSI, de alta velocidade e performance, em RAID 5 (redundância de discos, quando um disco tem problemas, o outro assume), placa mãe de alta performance, grande capacidade de memória cache, com característica hot swap, ou seja, permite que placas periféricas e memórias sejam trocadas e/ou acrescentadas com a máquina em funcionamento; fonte redundante (em caso de 1 queimar, a outra assume). O equipamento pode ser configurado unitariamente, adicionado em racks ou em torres, ou ainda ser configurado em servidores Blade, conforme abaixo. Tecnologia Dell de servidores Fonte: http://www.dell.com.br/empresa/servidores Para manter a estrutura de rede necessária, são precisos equipamentos ativos e passivos de rede, tais como: switch (passivo), roteadores e firewall (proteção da rede corporativa, de acesso indevido vindo do exterior da empresa). A figura a seguir mostra os equipamentos e sua disposição e utilidade em uma rede corporativa. ATENÇÃO Com relação à média de comunicação entre os equipamentos, existe forte tendência da comunicação sem fio (wireless), hoje com preço bem acessível. Atualmente, muitas empresas, no intuito de manter seus dados em total seguranca, usam servidores de armazenamento de alta escalabilidade, para backup (copia de segurança) de seus dados. Cabe ressaltar que, em termos de hardware, o comércio eletrônicodemanda fundamentalmente segurança não só à rede corporativa mas aos dados da empresa. Em relação ao cliente, o usuário do e-commerce, a demanda por hardware não é tão exigente como quanto em relação a quem presta o serviço. Estações de trabalhos simples, notebooks, celulares com acesso sem fio (wireless) ou Palms, são suficientes. O software e seu apoio ao comércio eletrônico Todos esses equipamentos de nada valeriam se não existissem os Softwares que são uma sequência de instruções a serem seguidas e/ou executadas na manipulação, no redirecionamento ou na modificação de um dado/informação ou acontecimento. Os softwares podem ser classificados em: Softwares aplicativo - É um programa de computador que tem por objetivo o desempenho de tarefas de índole prática, como o trabalho em escritório ou empresarial. - Tem como foco o usuário final. - Podem ser subdivididos em: Programas Aplicativos para Finalidades Gerais como navegadores de redes, correio eletrônico, processamento de texto, planilhas eletrônicas ou gerenciamento de banco de dados. Programas Aplicativos Específicos, como SAP (Sistema de Gestão Empresarial), gerenciamento de vendas, processamento de transações, comércio eletrônico, ciência, engenharia, educação e entretenimento. Softwares de sistemas - Consiste em programas que gerenciam e apoiam operações de um sistema de computador e suas atividades de processamento e de gerenciamento de redes. - Podem ser subdivididos em: Programas de Gerenciamento de Sistemas onde podemos encontrar os sistemas operacionais. Programas de Gerenciamento de Redes e Banco de Dados engloba utilitários para sistemas e monitores de desempenho e segurança. Programas de Desenvolvimento de Sistemas onde podemos encontrar os tradutores de linguagem de programação, os editores e as ferramentas de programação e as ferramentas CASE (pacotes de engenharia de software assistida por computador). De todos esses softwares de sistemas, o mais importante é o Sistema Operacional (SO). Ele é um sistema integrado de programas que gerencia as operações da CPU. O Software é responsável pelos procedimentos que envolvem o controle das atividades do computador, para que execute as tarefas que nós especificamos. Os Sistemas Operacionais executam a função de ligação (INTERFACE) entre os programas (Software) e o equipamento (Hardware). O Sistema Operacional desempenha cinco funções básicas: Interface com o usuário; Gerenciamento de Recursos, administrando o uso de recursos de hardware; Gerenciamento de Tarefas, gerenciando a realização de tarefas; Gerenciamento de Arquivos, gerenciando arquivos de Banco de Dados; Utilitários e outras Funções, fornecendo vários serviços de apoio. NOTA Quando os PCs foram criados, o SO mais utilizado na época era o DOS (Disco Operation System). Ao ligarmos o micro, era inicializado o DOS, ou seja, carregado o SO, também chamado de BOOTING (informações contidas na memória ROM). Após o carregamento do DOS, o micro estava pronto para ser utilizado. A Microsoft começou a substituir esse sistema por uma série de Windows como 95, 98 e 2000, passando em 2001 para o Windows XP. No passado, existiam os sistemas operacionais e os sistemas de redes que executavem sobre os sistemas operacionais e gerenciavam máquinas e demais periféricos (como impressoras) em rede. Na época do DOS, podemos citar o NOVELL como sistema gerenciador de rede. Hoje em dia, os sistemas operacionais incorporaram os servicos de gerência de rede. Assim sendo, ao instalar um sistema operacional Windows ou Linux em um servidor, automaticamente, os aplicativos de gerência da rede já estão instalados e prontos para uso. Outra peculiaridade é que existem sistemas operacionais para computadores servidores que gerenciam todos os serviços que podem ser providos por equipamentos desse tipo e sistemas operacionais para as estações de trabalho, ou ainda as máquinas clientes que usam as funcionalidades que são disponibilizadas pelos servidores. Sistemas operacionais característicos dos servidores Windows Server 2008 (Microsoft) – É uma evolução do Windows Server 2003 (uma fusão do Windows 98 com o Windows NT - New Tecnology, que inicialmente, em 2000, levou o nome de Windows 2000). Este SO possuía o Active Directory como principal ferramenta para a administração de domínios. É um sistema utilizado estritamente em redes de computadores. O Windows Server 2008 é o atual sistema operacional de servidores da Microsoft, desenvolvido como sucessor do Windows Server 2003. Solaris 10 UNIX (Sun Microsystems) – Originalmente era oferecido pela AT&T. O Unix é um SO multitarefa, multiusuário e administrador de redes cuja portabilidade permite que ele funcione em mainframe, em computadores de médio porte e em microcomputadores. Solaris é conhecido por sua acessibilidade, especial no sistemas de SPARC, e também por dar origem a muitas características inovativas tais como DTrace e ZFS. Solaris suporta arquiteturas baseadas nos processadores x86 e SPARC e é um sistema que segue a especificação POSIX. Embora seja desenvolvido historicamente como um software proprietário, a maioria de seu código-fonte, hoje em dia, está disponível como o sistema OpenSolaris. Linux 6.1 (Red Hat Software) – Linux é o termo geralmente usado para designar qualquer sistema operacional que utilize o núcleo Linux. Foi desenvolvido pelo finlandês Linus Torvalds, inspirado no sistema Minix. O seu código fonte está disponível sob licença GPL para qualquer pessoa que utilizar, estudar, modificar e distribuir de acordo com os termos da licença. Linux é ao mesmo tempo um kernel (ou núcleo) e o sistema operacional que roda sobre ele, dependendo do contexto em que você encontrar a referência. O kernel Linux foi criado em 1991 por Linus Torvalds, então um estudante finlandês, e hoje é mantido por uma comunidade mundial de desenvolvedores (que inclui programadores individuais e empresas como a IBM, a HP e a Hitachi), coordenada pelo mesmo Linus, agora um desenvolvedor reconhecido mundialmente e mais representativo integrante da Linux Foundation. Mac OS X (Apple) – Mac OS X (lê-se Mac OS dez), lançado inicialmente pela Apple Computer em 2001, é uma combinação do Darwin (um núcleo derivado do micronúcleo Mach) com uma renovada GUI chamada Aqua. As primeiras versões do Mach (não-micronúcleo) foram derivadas do BSD. É um SO criado para o iMac e outros microcomputadores da Macintosh. É um sistema operacional proprietário que combina a experiência adquirida com a tradicional GUI desenvolvida para as versões anteriores do Mac OS com um estável e comprovado núcleo. A última versão do Mac OS X possui certificação UNIX. O Maços X possui uma interface gráfica de usuário e também capacidades de multimídia avançadas, ao lado de um novo conjunto de serviços de Internet chamado de iTools. Softwares aplicativo e ferramentas de produtividade para PCs As linguagens de programação são softwares que permitem desenvolver aplicativos os mais variados possíveis. Dentro do contexto da internet, o HTML é a linguagem mais antiga e utilizada para o desenvolvimento de sites com páginas estáticas. Todo e qualquer browser tem a funcionalidade de interpretar e executar código HTML, permitindo a navegação em sites desenvolvidos com essa linguagem. ASP - Outra linguagem bastante popular é o ASP que possibilita desenvolver aplicações que residam no servidor. - Comandos (instruções) em ASP são inseridos no código HTML, permitindo, por exemplo, a digitação de dados e a manipulação (consulta,inserção e exclusão) em bancos de dados. PHP - PHP é outra linguagem bastante conhecida e muito usada para programação de aplicativos em servidores de serviços internet. JAVA - JAVA é outra linguagem mais recente, porém de grande poder de desenvolvimento que está sendo bastante usada. Ganham destaque, também, os aplicativos de correio eletrônico que vão desde simples gerenciadores de emails em máquinas cliente (estações de trabalho), como o Outlook ou Outlook Express, no ambiente Windows, até sofisticados softwares de gerenciamento de emails corporativos em servidores, como o Exchange e o Lotus Notes. São de extrema relevância, ainda, os sistemas gerenciadores de bancos de dados que mantém os dados organizados e armazenados em tabelas. Os nomes de maior expressão são: o gratuito MySql, o Oracle, o Microsoft SQL Server. Formam a base de funcionamento de sistemas de comércio eletrônico, neles estão armazenados os produtos e serviços, as tabelas de preços, os pedidos realizados, os dados de entrega e faturamento de cada. transação realizada online. ATENÇÃO O trabalho colaborativo e em equipe ganha destaque no ambiente internet e de apoio ao trabalho em equipes (groupware) Fundamentos de Sistema de Informação Softwares para a Web, Integração Empresarial Nesta aula, iremos apresentar os Softwares para a web e integração empresarial, e como administrar os Recursos de Hardware e Software. O primeiro entendimento importante para compreensão dos softwares que atuam no contexto da internet é a sua divisão, conforme local em que executam. Eles são divididos em: softwares frontend e softwares de background. softwares frontend - São os softwares executados pelo usuário, ou pelo cliente. - São executados pelo navegador (ou browser). softwares de background - São os softwares que são executados por quem provê o serviço da internet, ou seja, pelo servidor (equipamento ou conjunto de equipamentos que provem o serviço). Uma página da Web (Webpage, ou site, ou Website) é uma fonte de informações que é adequada à World Wide Web e que pode ser acessada por um navegador Web (ou browser). Isso quer dizer que ela é um documento feito para atender aos requisitos da rede mundial de computadores e capaz de ser visualizada a partir de um programa específico para esse fim. As páginas Web ou estão localizadas em um computador local ou em um remoto e são disponibilizadas através de um servidor Web. O acesso a elas pode ser restringido a redes locais, apenas ao próprio computador ou, ainda, elas podem ser publicadas na Internet. A requisição e o acesso às páginas Web é feito através do protocolo HTTP (Hypertext Transfer Protocol, ou Protocolo de transferência de hipertexto). A figura a seguir ilustra os conceitos de aplicativos cliente e de servidor. Temos, do lado direito, a página HTML sendo executada na máquina do cliente (usuário do serviço Web) e, do lado esquerdo, a aplicação rodando no servidor. Repare, a seguir, que abaixo da página HTML estão ícones dos principais navegadores de internet usados no mercado. A figura abaixo, ilustra um pedaço de código em HTML. HTML (Hypertext Markup Language) Originalmente, as páginas Web eram arquivos estáticos de texto. Atualmente, é comum encontrarmos páginas que geram dinamicamente os arquivos (x)HTML de acordo com a requisição do navegador (observe a figura ao lado). Existem, ainda, maneiras de obtermos comportamento dinâmico pelo lado do cliente (navegador) por meio de implementações de Ajax e, por exemplo. NOTA As páginas Web utilizam HTML para fazer a formatação dos dados a serem exibidos. É importante notar que HTML não é uma linguagem de programação, mas sim de formatação. Isso guarda diferenças fundamentais entre HTML e, por exemplo, JavaScript, uma vez que a primeira limita-se apenas a mudar a maneira como os dados são dispostos na tela. As imagens exibidas pelas páginas são armazenadas em arquivos, em separado, nos servidores Web. Cabe ao navegador a tarefa de trazer a imagem do servidor e exibi-la na página. Java Java é uma linguagem de programação (desenvolvida por uma pequena equipe de pessoas na Sun Microsystems) que, inicialmente, foi criada com o objetivo de integrar equipamentos eletrodomésticos, mas que tornou-se popular por seu uso na internet. Hoje em dia, vemos aplicações escritas em Java rodando em navegadores Web, mainframe, celulares, palmtops e em sistemas operacionais. É uma referência em linguagem de programação no contexto de desenvolvimento de software. As principais características da linguagem Java são: 1. Concebida para desenvolver software orientado ao objetivo. Assim, implementa todas as características e funcionalidades da orientação ao objeto, tais como: conceito de classe, herança e todos os tipos de polimorfismo. 2. Portabilidade, ou seja, devido a sua concepção, Java permite que uma aplicação desenvolvida em ambiente Linux, por exemplo, possa ser executada em máquinas com ambiente Windows. Tal portabilidade pode ser não só no sistema operacional, mas também em diferentes plataformas de hardware. Tal característica foi a que possibilitou o seu rápido crescimento, com a expansão da internet, pois sabe-se que, no ambiente Web, há uma diversidade de equipamentos e sistemas operacionais atuando como servidores. 3. Facilita o desenvolvimento de aplicações em rede, disponibilizando recursos que cooperem com protocolos TCP/IP, HTTP e FTP, por exemplo. 4. Suporta aplicações concorrentes, como implementação de multithreads e monitores. A tão falada portabilidade conseguida pela linguagem Java para as aplicações que nela forem escritas deve-se ao fato de que o compilador Java não gera instruções específicas a uma plataforma (conjunto de tecnologias de hardware e sistema operacional), mas um programa em um código intermediário, denominado bytecode, que pode ser descrito como uma linguagem de máquina destinada a um processador virtual (que não existe fisicamente). Dessa forma, tendo uma JVM (Java Virtual Machine) para a respectiva plataforma, o programa escrito em Java pode ser executado. ATENÇÃO Uma vez que os programa Java são transmitidos como bytecodes, eles podem rodar em qualquer computador sem necessitar de uma nova compilação, independente da plataforma na qual ele será executado. Programas Java sempre são carregados no computador cliente e nele executado. NOTA Há dois tipos básicos de programas escritos em Java: aplicativos e Applets. Esses são programas especialmente confeccionados para executarem dentro de uma página HTML. Ao abrir uma página HTML que contenha uma applet Java, esta é automaticamente descarregada para o computador local (cliente) e executada. Os Applets são programas seguros e, por exemplo, não transmitem vírus. Softwares para integração empresarial As tecnologias surgidas com a internet crescem numa velocidade incrível, pois as empresas estão maravilhadas com as possibilidades de integração entre matriz e filiais, clientes, parceiros e fornecedores. Com isso, as redes corporativas das empresas passam a incorporar a estrutura da internet e surge a necessidade de integração das aplicações das corporações, num ambiente distribuído. Como exemplos de implementação, no Brasil, de aplicações distribuídas destacam-se: E-Banking (Banco do Brasil, Bradesco, Itaú etc.); E-Learning (Estácio-Webaula, FGV-Online, Aula-Net-PUC-RJ); Redes Sociais; Sistemas de reservas de passagens nas companhias aéreas, o E-Governo; E-commerce;
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