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LEGISLAÇÃO PERTINENTE à reforma trabalhista

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3 LEGISLAÇÃO PERTINENTE
3.1 Direito do Trabalho na Constituição Federal de 1988
	A Constituição Federal promulgada em 5 de outubro de 1988, foi fruto do processo de redemocratização do Brasil após o grande período da ditadura militar (1964 a 1985).
	A nova Constituição consagrou uma enorme gama de direitos individuais, ampliou garantias que já existiam antes de sua promulgação e criou novas normas, ampliando assim, o rol de direitos já existentes. [1: ASSIS, Roberta Maria Corrêa de. A Constituição de 1988 e o Direito do Trabalho. P. 5. <https://www12.senado.leg.br/publicacoes/estudos-legislativos/tipos-de-estudos/outras-publicacoes/volume-iv-constituicao-de-1988-o-brasil-20-anos-depois.-estado-e-economia-em-vinte-anos-de-mudancas/principios-gerais-da-ordem-economica-a-constituicao-de-1988-e-o-direito-do-trabalho>. Acessado em: 26 de setembro de 2017.]
	Destaca-se as principais mudanças que a atual CF/88 trouxe ao ordenamento jurídico no ramo do Direito do Trabalho, quais sejam, férias remuneradas com um terço constitucional, os direitos referentes aos empregados domésticos, benefícios da licença paternidade, FGTS, ampliação do prazo prescricional tornando-se quinquenal, etc.[2: (ZAINAGHI, 2011, p. 07)]
	O art. 7º da Carta Magna estabelece a proteção ao trabalhador individual, o que ocorre pela primeira vez no ordenamento jurídico. Onde preceitua o rol de direitos assegurados aos trabalhadores, como: 
a equiparação em termos de direito dos trabalhadores urbanos e rurais; a proteção a relação de emprego no que se refere à despedida arbitrária; a previsão de seguro-desemprego para as situações em que esse resultar de ato involuntário; a institucionalização do Fundo de Garantia do tempo de Serviço como regime único para todos os trabalhadores; a estipulação de salário mínimo; a previsão de piso salarial; a proteção contra a diminuição dos salários, salvo negociação coletiva. Aos trabalhadores que recebem por produtividade, garante-se o direito a uma remuneração mínima; direito ao décimo terceiro salário; previsão de adicional noturno; regras de proteção ao salário em razão de sua natureza alimentar; direito à participação nos lucros e na gestão da empresa; direito ao salário-família; limitação das jornadas; previsão do repouso semanal remunerado, devendo este acontecer preferencialmente aos domingos; direito à remuneração superior pela hora-extra efetuada; direito às férias anuais, remuneradas e acrescidas de 1/3; direito à licença à gestante e licença-paternidade; proteção especial ao trabalho da mulher; aviso prévio e proporcional ao tempo de serviço; proteção à saúde; segurança e higiene do trabalho; previsão de adicional para atividades laborais de risco; direito à aposentadoria para todos os trabalhadores; proteção à criança; reconhecimento de acordos e convenções coletivas; proteção ao trabalho em razão da automação; seguro contra acidentes de trabalho extensivo a todos os trabalhadores da organização empresarial; previsão de prazos prescricionais para ajuizamento de reclamatórias trabalhistas e cobrança de haveres laborais; proteção contra discriminação no que se refere ao trabalhador portador de algum tipo de deficiência; proteção contra tratamento diferenciado às diferentes modalidades de trabalho: trabalho manual, trabalho técnico e trabalho intelectual; previsão de proteção ao trabalho desenvolvido pelo menor de 18 anos; equiparação entre os trabalhadores dotados de vínculo empregatício e o trabalhador avulso; atribuição de garantias básicas ao trabalhador doméstico. [3: SILVA, Cássia Cristina Moretto da. A Proteção ao trabalho na Constituição Federal de 1988 e a adoção do permissivo flexibilizante da legislação trabalhista no Brasil. P. 287 e 288. < http://www.abdconst.com.br/revista8/protecaoCassia.pdf> Acesso em 26 de setembro de 2017.]
 
	Tendo o trabalhador doméstico seus direitos assegurados pela Lei Complementar 150 de 01 de junho de 2015.
	Em seu artigo 8º, consagra-se a liberdade de associação coletiva. Onde até aquele momento, meados de 1988, não se formava diretamente qualquer tipo de sindicato. Inicialmente, constituía-se associação profissional, para só depois ser reconhecida como, conforme art. 512 da CLT, sindicato e investida nas prerrogativas definidas em lei. Tendo este procedimento sido revogado pelo art. 8º, I, da CF/88 que deu inteira liberdade para fundação dos sindicatos. [4: SILVA, José Afonso da. Direito Constitucional Positivo. 24. ed. São Paulo: Malheiros, 2005, p. 301-302]
Revogou-se também, leis ordinárias que proibiam determinadas classes trabalhadoras de constituir sindicatos. 
A liberdade de fundação de sindicato, que significa que pode ser constituído livremente, sem autorização, sem formalismo, e adquirir, de plano, direito, personalidade jurídica, com o mero registro no órgão competente, que é o registro das pessoas jurídicas, vedadas, ao Poder Público, a interferência e a intervenção na organização sindical, e é o que consta do art. 8º, I, que, assim, consagra, também, o princípio da autonomia dos sindicatos, ou seja, a sua desvinculação com qualquer poder ou entidade.[5: SILVA, José Afonso da. Direito Constitucional Positivo. 24. ed. São Paulo: Malheiros, 2005, p. 301-302]
	Dentre outros direitos conferidos aos trabalhadores, estabelece também o art. 8º a proteção contra despedida arbitrária ao empregado que tornar-se dirigente sindical, seja titular ou suplente, até 01 ano após o fim de seu mandato. 
	Portanto, conclui-se que a CLT é um dos instrumentos legais mais importantes dos trabalhadores ao qual garante a maioria dos direitos básicos provenientes da relação de emprego, sendo aqueles sindicalizados ou não. 
	
3.2 As conquistas dos trabalhadores com a Consolidação das Leis Trabalhistas
	A Consolidação das Leis do Trabalho entrou em vigor no Estado Novo em 1943, trazendo a sistematização, compilação, atualização e complementação de leis esparsa já existentes da época e elaborando novas normas. [6: MOURA, Marcelo. Curso de Direito do Trabalho. 2ª ed. São Paulo. Saraiva. 2016, p. 70-71 apud SÜSSEKIND, Arnaldo. CLT histórica, cit., p. 18-19..]
	A CLT é considerada uma importante conquista dos trabalhadores, por prever direitos e deveres tanto do empregado quanto do empregador, regulamentando o trabalho urbano e rural e relações individuais e coletivas. [7: Acesso em 18 de outubro de 2017 < http://www.politize.com.br/clt-o-que-e/>]
Quanto aos trabalhadores, cita-se aqui alguns dos principais direitos aos quais a Consolidação menciona, como por exemplo:[8: < http://vermelho.org.br/noticia/280531-2> acesso em 18/10/2017]
carteira de trabalho assinada desde o primeiro dia no emprego;
jornada de trabalho máxima de oito horas diárias;
repouso semanal remunerado; 
salário mínimo legal; 
greve;
indenização ao trabalhador dispensado sem justa causa; 
férias de 30 dias com acréscimos de 1/3 do salário;
licença Maternidade de 120 dias, com garantia de emprego até cinco meses após o parto;
licença Paternidade de cinco dias corridos;
primeira parcela do 13º salário paga até 30 de novembro. Segunda parcela, até 20 de dezembro;
FGTS: depósito de 8% do salário em conta bancária vinculada ao trabalhador;
horas-extras pagas com acréscimo de, no mínimo, 50% do valor da hora normal;
adicional noturno de 20% para quem trabalha de 22h às 5h;
faltar ao trabalho nos casos de casamento (três dias), doação de sangue (um dia/ano), alistamento eleitoral (dois dias), morte de parente próximo (dois dias), testemunho na Justiça do Trabalho (no dia), doença comprovada por atestado médico;
aviso prévio proporcional de 30 dias, em caso de demissão; para o trabalhador com até um ano de serviço na mesma empresa, acrescido três dias em cada ano podendo chegar a 90 dias;
seguro-desemprego;
abono salarial no valor de um salário mínimo vigente, pago por ano aos trabalhadores com remuneração mensal de até dois salários mínimos por 30 dias consecutivos ou não no ano  
Ainda sobre os direitos, a CLT também assegurou o direitoà organização sindical, ao qual se reafirma na Constituição Federal de 1988, em seu art. 8º, como visto anteriormente.
3.3 A Reforma Trabalhista, Lei 13.467/2017
	No dia 27 de abril de 2017, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na forma do substitutivo, o Projeto de Lei 6.787/16 do relator deputado Rogério Marinho do PSDB-RN, ao qual modifica em torno de 200 dispositivos da CLT, além de derrubar algumas sumulas do TST.[9: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/TRABALHO-E-PREVIDENCIA/531607-CAMARA-APROVA-PROJETO-DA-REFORMA-TRABALHISTA.html]
	O motivo da reforma em questão se da por que o governo atual de Michel Temer alega que a CLT necessita ser atualizada para acompanhar os diversos setores da economia, como por exemplo, o setor da tecnologia. De igual forma, alega que servira também para afastar interpretações divergentes sobre as leis trabalhistas, pretendendo evitar lides judiciais. [10: https://oglobo.globo.com/economia/reforma-trabalhista-saiba-que-pode-ou-nao-ser-mudado-19753053]
	A nova Lei 13.467/2017, sancionada pelo presidente da republica entrara em vigor apos 120 dias contados da sua publicação, modificando, assim, as relações trabalhistas, impactando na estrutura do direito do trabalho, material e processual, bem como, em seus princípios e peculiaridades. [11: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2017/07/13/temer-sanciona-reforma-trabalhista.htm]

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