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Perícia Contábil 1

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PERÍCIA CONTÁBIL
Perícia Contábil é um dos ambientes que as pessoas têm à sua disposição, coberto por lei, para se amparar ou estabelecer direitos nas mais diversas ocasiões. 
Segundo Antônio Lopes Sá (2005) “A Perícia Contábil é uma tecnologia porque é aplicação dos conhecimentos científicos da contabilidade. É a verificação de fatos ligados ao patrimônio individualizado visando oferecer opinião, mediante questão proposta.”
As abordagens desenvolvidas nesta disciplina estabelecem:
• as tecnologias contábeis; 
• o conceito de Perícia Contábil;
• o caráter e os objetivos da tecnologia contábil da perícia. 
Os fins e as provas das perícias, a metodologia em perícia e a classificação das perícias. Os erros, as fraudes e os indícios na perícia, e os elementos materiais de exame pericial, bem como a diferença entre perícia e auditoria e os riscos na perícia.
Aula 1: Fundamentos de Perícia Contábil
Introdução às Tecnologias Contábeis
Através das tecnologias o ser humano se utiliza de aplicações do conhecimento científico. Na contabilidade utiliza-se exames técnicos para se obter uma verdade dos acontecimentos a fim de elucidar dúvidas, erros ou fraudes ocorridas.
Dentre as tecnologias contábeis estão:
Escrituração, 
Orçamentária, 
Custos, 
Análise, 
Auditoria e a 
Perícia Contábil.
Conceito de Perícia Contábil
A perícia é a prova para esclarecer os fatos. Busca rejeitar a amostra selecionada como critério, sendo utilizada casualmente em situações especiais. 
Como regra a perícia tem caráter de trabalho eventual e só examina com o universo completo, onde a opinião é externada com austeridades de análise completa.
Perícia Contábil é o conjunto de metodologias técnicas e científicas destinadas a levar à instância decisória os elementos de prova necessários a ajudar à justa solução do processo, mediante laudo pericial contábil e/ou parecer pericial contábil, em consenso com as normas jurídicas e profissionais, e a legislação específica no que for relacionado.
Essas teses, restringindo os objetivos da perícia, são designadas ao contador registrado no Conselho Regional de Contabilidade — CRC — de seu estado, mesmo se tratando de perícia extrajudicial sob contrato das partes interessadas.
A perícia contábil é realizada pelo profissional de Contabilidade. É na realidade, uma das atividades exercidas pelo contador da mais alta relevância e que exige uma imenso conhecimento, não só da própria Contabilidade, como também de outras ciências afins, além de uma atitude ética correta.
Basicamente, a perícia contábil deve distinguir-se por:
Restrição do assunto;
Declaração limitada aos quesitos;
Efetivação de exames hábeis; 
Alusão específica à matéria periciada;
Imparcialidade da declaração irrefutável. 
REGISTRO
O perito não concerne aos quadros do processual. É designado ad hoc para determinado processo, em meio aos profissionais de nível superior e com registro no conselho profissional competente (§1º do art. 145 dl CPC).
Caráter e Objetivo da Tecnologia Contábil da Perícia
O caráter fundamental da tecnologia é ter componente específico, solicitado, para que possa suscitar uma ideia apontada em objeto contábil. 
A perícia tem como objetivo firmar as informações exigidas, mostrando a verdade dos fatos de forma imparcial e digna de fé, tornando-se meios de prova para o juiz de direito resolver as questões propostas.
O objetivo da Perícia Contábil concentra-se nas questões comumente procedentes de contestações, dúvidas específicas ou previstas em lei que devem demarcar o trabalho do perito.
Dentro desses limites o perito será meticuloso e imparcial para que a manifestação da verdade dos fatos colabore para o desatar da contenda.
 A perícia pode ser parcial ou total na investigação de contas, demonstrativos financeiros, documentos ou fatos. Dependendo do que se ambiciona, firma-se o elemento a examinar e sua extensão.
EXAME
É a apreciação dos livros comerciais de registros, os documentos fiscais e legais, por fim todos os subsídios de abrangência do profissional, preferencialmente os que apresentam competência legal de prova. O perito, entretanto, compulsa também elementos patrimoniais palpáveis (dinheiro, títulos, mercadorias, bens móveis, veículos etc), além dos dados, trabalha, também, com ferramentas, como normas, cálculos, regulamentos etc.
VISTORIA 
É um exame pericial, mas diferencia-se dele pela procedência e por suas implicações. Por ela se ratificam estados e circunstâncias declaradas por interessados, para reivindicar direitos, proteger-se de incriminações, explicar e confirmar ações e, em contrário, por aqueles que apoiam obrigações de terceiros, apontam ou almejam abonar seus direitos.
INDAGAÇÃO
É o ato pericial de se conseguir depoimento pessoal de quem tem informação de atos e fatos relacionados à matéria.
INVESTIGAÇÃO 
É uma técnica pericial abrangente, que tem por finalidade detectar se existiu sobre certo episódio, procedimento que oculta a verdade, como: fraude, má-fé, dolo, erro etc.
ARBITRAMENTO
 
É a técnica que se emprega de artifícios estatísticos para definir valores e artifícios analógicos para apontar o valor encontrado.
MENSURAÇÃO
 
É o ato de quantificação física de coisas, bens, direitos e obrigações.
AVALIAÇÃO
É o ato de compor o valor de coisas, bens, direitos, obrigações, despesas e receitas. É a averiguação do valor real das coisas através de cálculos e exames.
CERTIFICAÇÃO
 
Faz parte do laudo, que, por ser destacado por um profissional habilitado formal e tecnicamente, é incorruptível de fé pública.
Fins e Provas das Perícias
A perícia pode ser requerida à pessoa capacitada denominada, perito para a consecução de vários desígnios ressaltando-se: a instrução de matérias pré-judiciais, judiciais, extrajudiciais, regimentais, administrativas, sociais e fiscais.
 
O propósito recomenda sua classificação: judiciais, administrativas e especiais, sendo que o esboço das primeiras é a finalidade deste trabalho.
 
A intenção principal da perícia é o provimento do laudo, ou seja, parecer final e conclusivo sobre as questões contábeis tratadas nos autos processuais. Tais itens são orientadores do trabalho e/ou são formalizados em questionamentos chamados quesitos, tanto do juízo, quanto das partes, neste caso, sempre com a aceitação daquele.
O objetivo da perícia contábil agrupa-se nesses itens comumente procedentes de polêmicas, imprecisões características ou previstas em lei que precisam definir o trabalho do perito. Dentro dessas restrições o perito deverá ser meticuloso e imparcial para que a manifestação da verdade dos fatos coopere para o desfecho da contenda.
 
Como ela é sempre Prova, necessário se faz que se lastreie em bases consistentes e de plena materialidade (competentes e verdadeiras).
 
Assim, por exemplo, se um sócio desconfia de outro e entra em juízo para evocar distribuição justa dos lucros, que admite não tenha sido feita, só a Perícia Contábil poderá dar ao juiz os meios para que faça o julgamento.
Vários são os fins para os quais se pode requerer uma perícia, mas, como prova que ela vai ser, é preciso que se baseie em elementos verdadeiros e competentes.
Uma perícia para fins administrativos é, por exemplo, a que se faz para verificar se o almoxarife está controlando os estoques sem permitir desvios. Tal perícia pode ser requerida dentro da própria empresa para que se faça por sua própria Contadoria (caso a empresa não disponha de outros meios de controle). De acordo com NBC P 2 - Normas Profissionais de Perito.
 
Em meio aos objetivos estão os de objeto pré-judicial, judicial, regimental, para desembaraços administrativos, para disposições de domínio social, para desígnios fiscais.
 
A preposição é sempre a de alcançar exame adequado para que se delibere, e isto sugere culpabilidades sérias para operito, tanto cíveis, tanto criminais.
Metodologia em Perícia
O procedimento está sujeito sempre ao componente que se analisa, ou seja, conforme o assunto que se apresenta a estudar é que se delineia o andamento dos trabalhos.
 
Quando o objeto é parcial, atingível, analisa-se tudo, isto é, a totalidade do que se tem a examinar. Quando o tópico é excessivamente extenso, sem probabilidades de conseguir-se o desígnio pela totalidade, emprega-se a amostragem (mas como observação). Enquanto na auditoria o exame é quase todo baseado em amostragens, na perícia tal critério deve ser tido como excepcional.
As Normas de Auditoria podem, sim, ajudar o desempenho da perícia, mas como elemento subsidiário apenas. Valemo-nos da auditoria como uma ajuda para alguns poucos casos, mas não podemos dizer que se aplicam à perícia, sem restrições, os critérios daquela tecnologia.
É preciso, então conforme o NBC P 2 - Normas Profissionais de Perito: 
1 - Identificar bem o objetivo;
2 - Delinear competentemente o trabalho;
3- Executar o trabalho com base em ênfases claras, cabais e completamente acreditáveis;
4 - Apresentar muita prudência na conclusão e só emiti-la depois que fique definitivamente acautelado sobre os resultados; 
5 - Concluir de forma clara, precisa e inequívoca.
Todo detalhe pode ser importante se em mira temos a consciência de que a perícia tem força de prova.
 
Existem casos extremamente simples, mas outros extremamente complexos, o que se exige muita cautela.
 
A metodologia da Perícia Contábil não se embaraça com o da Auditoria. A forma básica da Perícia Contábil é o analítico e de maior abrangência, dispondo à competência da apreciação, como avaliação que necessitará para terceiros.
 
A princípio, no século XX, muitos autores de bom nome denominavam a auditoria de “Perícia Administrativa”, porém, em nossa época, não há mais lugar para que se confundam tais conceitos.
Classificação das Perícias
Perícia Administrativa
Como a perícia é análise crucial de uma situação de contas, é o fato dessa averiguação, em caráter administrativo, quando ao responsável pelos interesses de uma organização econômica, aponta-se uma questão em que ele mesmo tem imprecisões e requer, então, os elementos do contador para resolvê-las.
 
O julgamento pericial nessas qualidades é exclusivamente pessoal. É o administrador que precisa amparar-se na cautela de um sabedor da matéria, o que fortalece suas ações decisórias.
 
Mais comum é a Perícia Administrativa, quando o administrador não confia nos atos de seus subalternos e auxiliares, que sejam: depositários caixas, tesoureiros e outros empregados ligados diretamente à decisões de vulto dentro da empresa. 
 
A busca do profissional para executar a Perícia Administrativa pode ser motivada por irregularidades supostas ou manifestas por erros ou vícios funcionais.
 
Nesta forma de perícia, os casos podem ser propostos pelo interessado e indicando pontos, ou atos de irregularidade, ou suposta irregularidade a ser invocada a sagacidade do perito para descobri-los.
Perícia Extrajudicial
Sendo a função do contador de caráter informativo e consultora, o mesmo desempenha papel importante nas questões suscitadas entre partes em oposição de interesses econômicos.
 
Dentro deste enfoque, invoca-se a intervenção de terceiros, para se obter um “juízo parcial” no assunto debatido quando para elucidar técnica e judicialmente a questão em que não se harmonizam. Mas também podem procurar uma solução amigável, que vai desde o parecer de um perito até o juízo arbitral. Qualquer destas tarefas é extrajudicial, por não se processar judicialmente a matéria.
 
A Perícia Extrajudicial realiza-se especialmente, por combinação entre as partes. Estas acertam que a questão atenta seja resolvida apresentando por base o conhecimento e parecer do Perito, cada um elege o perito de sua confiança. Esse tipo de perícia se orienta, especialmente por Legislação Societária (Lei nº 6404/76 artigos 7º, 8º, 220 a 234).
Perícia Judicial
Quando a dissolução de assuntos é solicitada aos tribunais, ao órgão julgador compete aceitar a matéria em estima, estando amarrado disso, sua determinação.
 
Primeira condição para a ponderação é o cômputo primoroso dos acontecimentos e a informação cabível das causas de que se acarreta o processo. Os magistrados são letrados em Direito, mas não se pode almejar que sejam polivalentes.
 
Além disso, há casos em que o assunto a ser ponderado necessita ser elucidado e habilitado por profissionais que fazem jus à plena fé, nos aspectos técnicos, moral e científico.  A perícia é um meio elucidativo de prova, admitidos pela legislação.
 
É o parecer de profissional entendido na matéria em julgamento. Como meio de prova é o testemunho humano da existência e veracidade de coisas e fatos, e, como parecer, é a opinião autorizada de quem conhece a espécie questionada.
 
A Perícia Judicial tem aspecto imponente porque é motivada por um magistrado e sujeita a regras judiciais constituídas por Lei. Assim, o juiz nomeia o perito, que cumprirá o encargo que lhe foi confiado, em um compromisso de bem servir e apresentar o resultado da investidura, que é o laudo elaborado de acordo com os quesitos formulados ou aprovados pela autoridade judicial.
A perícia tem elementos de confirmar e elucidar o julgador e orientá-lo em suas decisões. A culpabilidade que sobrecarrega sobre as decisões do juiz é dividida com a do perito que o habilitou com o convencimento de causas e acontecimentos e com julgamento próprio (profissional e pessoal).
 
A parcela de culpabilidade que compete ao perito tem como fiança seus atributos de conhecedor de moralidade e integridade.
 
A Perícia Contábil Judicial é a que tem por finalidade apontar prova, elucidando o juiz sobre tópicos em litígio que fazem jus a seu ajuizamento, objetivando acontecimentos concernentes ao Patrimônio Aziendal ou de pessoas.
 
Como ela é sempre PROVA, faz-se necessário lastrear em bases consistentes e de plena materialidade.
PERICIA
Serve à uma época, a um determinado questionamento, tem fins específicos, tem caráter eventual e sua função primordial é produzir provas.
AUDITORIA
Tem uma necessidade constante, atingindo um número maior de interessados, utiliza-se de amostragem.
A perícia é a prova esclarecedora das ocorrências, já a auditoria é mais revisão, averiguação. Acerca-se da precisão constante reproduzindo-se de períodos em períodos, com menos rigidez metodológicas, pois se emprega de alguns itens a serem analisados.
Já a Perícia rejeita a amostragem como discernimento e tem caráter de casualidade e só trabalha com o material completo, onde a apreciação é divulgada com austeridades de uma análise completa.
A perícia tem em seu aprofundamento o requinte de conhecimento evidente, tratado na Lei 9.547 de 5 de maio de 1997, que alterou a Lei 6.404/76 no seu artigo 163, parágrafo 8, que aborda o profissional com o status de informação inegável e imprescindível para apurar ocorrências.
No mesmo ordenamento, parágrafo 4, tem-se a figura contemporânea dos Auditores Independentes, para elucidações ou cômputo de fatos característicos, que acredita-se, ser o Relatório ou Parecer de Auditoria contendo a crítica do Conselho Fiscal.  
Por isto entende-se que a coerência do conhecimento, experiência e carreira ou instrução persistida, no sentido holístico, adota a coerência do desenvolvimento acadêmico de: contador, depois auditor e em seguida e mais abrangente a especialização, perito, pois só é admissível ser perito o profissional contador que domina os procedimentos de auditorias, de perícias e tem algum domínio do Direito Tributário, Bancário, Comercial, Financeiro, Penal, Administrativo, Constitucional, Previdenciário, Ambiental, Trabalhista e Processual, qualidade almejada para se percorrer no meio jurídico como assistencial do Juízo.Evidentemente que tal conhecimento também é importante para o Auditor, mas se determina com mais atributo ao Perito, por ser ele junto com o Juiz o provedor do equilíbrio da Justiça.

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