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Redes de Petri Rede de Petri é uma técnica de modelagem que permite a representação de sistemas, utilizando como alicerce uma forte base matemática [MAC96]. Essa técnica possui a particularidade de permitir modelar sistemas paralelos, concorrentes, assíncronos e não-determiníticos [VAL80]. A representação gráfica de uma rede de Petri básica é formada por dois componentes: um ativo chamado de transição (barra) e outro passivo denominado lugar (círculo). Os lugares equivalem às variáveis de estado e as transições correspondem às ações realizadas pelo sistema [MAC96]. Esses dois componentes são ligados entre si através de arcos dirigidos. Os arcos podem ser únicos ou múltiplos. A figura 1 mostra os elementos básicos de um grafo associado às redes de Petri. As redes de Petri podem ser enfocadas através de três fundamentações diferentes. A primeira utiliza a teoria bag como suporte. A segunda usa os conceitos da álgebra matricial. A última se fundamenta na estrutura definida por relações. Uma rede de Petri consiste em posições, transições e arcos direcionados. Arcos interligam posições e transições, não podendo conectar posições e posições ou transições e transições. As posições de entrada de uma transição são aquelas as quais um arco se destina. As posições de saída são aquelas das quais um arco se origina. Posições podem conter qualquer número de tokens. Transições podem ser disparadas, isto é, executadas: quando uma transição é disparada, ela consome um token de cada uma das suas posições de entrada, e produz um token em cada uma das suas posições de saída. Uma transição é habilitada quando ela pode ser disparada, isto é, quando existem tokens em cada posição de entrada. A execução de uma rede de Petri é não-determinística. Isso significa que múltiplas transições podem ser habilitadas ao mesmo tempo (cada uma pode ser disparada) e que nenhuma transição deve ser obrigatoriamente executada em determinado momento. VANTAGENS DA REDE DE PETRI Uma rede de Petri é vista também como um tipo particular de grafo orientado que permite modelar as propriedades estáticas de um sistema a eventos discretos, constituído de dois tipos de nós: as transições (que corresponde aos eventos que caracterizam as mudanças de estado de sistema), e os lugares (que correspondem às condições que devem ser certificadas para os eventos acontecerem) interligados por arcos direcionados ponderados. A Rede de Petri, portanto, um formalismo que permite a modelagem de sistemas dinâmicos discretos com grande poder de expressividade, permitindo representar com facilidade todas as relações de causalidade entre processos em situações de: sequencialidade, conflito, concorrência e sincronização. Um modelo formal de especificação e controle do fluxo de informação Modelos de Redes de Petri representam um a ferramenta de modelagem hierárquica com uma matemática bem definida e fundamento prático; Deadlock, conflitos e tamanhos de Buffer podem ser modelados de uma maneira fácil e eficiente; Redes de Petri nos permitem representar sistemas, seguindo uma abordagem top-down, assim como um battom-up em diferentes níveis de abstração e facilitando a sua decomposição em subsistemas funcionais, com uma clara interrelação entre eles; Redes de Petri permitem métodos de análise bem definidos e poderosos (no que se refere à quantidade de informações fornecidas) para suas extensões mais simples; Redes de Petri adaptam-se muito bem quando se estudam regimes estacionários com alimentação periódica (Cury 1990); Redes de Petri satisfazem as necessidades de estado parcial, decomposição de sistemas, simplicidades sincronização, concorrência entre tarefas, assim como facilitam a sua compreensão; Pode-se descrever uma ordem parcial entre eventos, o que permite levar em conta a flexibilidade.
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