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PROCESSO PENAL I EXERCÍCIOS DA SEMANA 1 CASO CONCRETO Zé Pequeno, 19 anos de idade, morador de um pequeno vilarejo no interior do país, foi denunciado pela prática da conduta descrita no art. 217-A do CP por manter relações sexuais com sua namorada Josefa, menina com 13 anos de idade. A denúncia foi baseada nos relatos prestados pela mãe da vítima, que, revoltada quando descobriu a situação, noticiou o fato à delegacia de polícia local. Zé Pequeno foi processado e condenado sem que tivesse constituído advogado. Á luz do sistema acusatório diga quais são os direitos de Zé Pequeno durante o processo penal, mencionando ainda as características do nosso sistema processual. R: Durante o processo penal Zé Pequeno tem direito à Ampla Defesa e ao Contraditório. Tem, ainda, direito à Defesa Técnica, que é indispensável. Segundo o pensamento majoritário, nosso sistema processual é acusatório, existindo uma fase inquisitiva, em que não há Ampla Defesa e Contraditório, já que não há acusação, mas sim investigação, e outra fase acusatória, onde há aplicação de todos os princípios, uma vez que há acusação. QUESTÃO OBJETIVA 01 (OAB/EXAME UNIFICADO 2010.1) Carlos, empresário reconhecidamente bem-sucedido, foi denunciado por crime contra a ordem tributária. No curso da ação penal, seu advogado constituído renunciou ao mandato procuratório. Devidamente intimado para constituir novo advogado, Carlos não o fez, tendo o juiz nomeado defensor dativo para patrocinar sua defesa. Nessa hipótese, de acordo com o que dispõe o CPP, Carlos: a) Será obrigado, por não ser pobre, a pagar os honorários do defensor dativo, arbitrados pelo juiz. QUESTÃO OBJETIVA 02 Com referência às características do sistema acusatório, assinale a opção correta. a) O sistema de provas adotado é o do livre convencimento. PROCESSO PENAL I EXERCÍCIOS DA SEMANA 2 CASO CONCRETO Na tentativa de identificar a autoria de vários arrombamentos em residências agrupadas em região de veraneio, a polícia detém um suspeito, que perambulava pelas redondezas. Após alguns solavancos e tortura físicopsicológica, o suspeito, de apelido Alfredinho, acabou por admitir a autoria de alguns dos crimes, inclusive de um roubo praticado mediante sevícia consubstanciada em beliscões e cusparadas na cara da pessoa moradora. Além de admitir a autoria, Alfredinho delatou um comparsa, alcunhado “Chumbinho”, que foi logo localizado e indiciado no inquérito policial instaurado. A vítima do roubo, na delegacia, reconheceu os meliantes, notadamente “Chumbinho” como aquele que mais a agrediu, apesar de ter ele mudado o corte de cabelo e raspado um ralo cavanhaque. Deflagrada a ação penal, o advogado dos imputados impetrou habeas corpus, com o propósito de trancar a persecução criminal, ao argumento de ilicitude da prova de autoria. Solucione a questão, fundamentadamente, com referência necessária aos princípios constitucionais pertinentes. R: A questão é controvertida na doutrina pátria. Alguns bons processualistas defendem a aplicação do principio da proporcionalidade do bem jurídico em confronto: a segurança pública e a paz social de um lado e do outro lado o ius libertatis da pessoa do infrator. Para os adeptos dessa corrente, aproveita-se a prova derivada de uma outra contaminada de ilicitude na origem. Uma segunda corrente defende a admissibilidade da prova subsequente, se independente daquela de origem ilícita. Seria a hipótese do caso concreto, em que a vítima do roubo fez reconhecimento pessoal dos meliantes na delegacia. Um terceiro posicionamento vem sendo adotado pelo Supremo Tribunal Federal, inadmitindo, de forma absoluta, a prova ilícita quer originária quer por derivação. QUESTÃO OBJETIVA 01 Esse princípio refere-se aos fatos, já que implica ser ônus da acusação demonstrar a ocorrência do delito e demonstrar que o acusado é, efetivamente, autor do fato delituoso. Portanto, não é princípio absoluto. Também decorre desse princípio a excepcionalidade de qualquer modalidade de prisão processual. (...) Assim, a decretação da prisão sem a prova cabal da culpa somente será exigível quando estiverem presentes elementos que justifiquem a necessidade da prisão. Edilson Mougenot Bonfim. Curso de Processo Penal. O princípio específico de que trata o texto é o da (o): b) Inocência. QUESTÃO OBJETIVA 02 Relativamente ao princípio de vedação de autoincriminação, analise as afirmativas a seguir: I – O direito ao silêncio aplica-se a qualquer pessoa (acusado, indiciado, testemunha, etc.), diante de qualquer indagação por autoridade pública de cuja resposta possa advir imputação da prática de crime ao declarante. II – O indiciado em inquérito policial ou acusado em processo criminal pode ser instado pela autoridade a fornecer padrões vocais para realização de perícia sob pena de responder por crime de desobediência. III – O acusado em processo criminal tem o direito de permanecer em silêncio, sendo certo que o silêncio não importará em confissão, mas poderá ser valorado pelo juiz de forma desfavorável ao réu. IV – O Supremo Tribunal Federal já pacificou o entendimento de que não é lícito ao juiz aumentar a pena do condenado utilizado como justificativa o fato do réu ter mentido em juízo. Assinale: c) Se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas. PROCESSO PENAL I EXERCÍCIOS DA SEMANA 3 CASO CONCRETO Um transeunte anônimo liga para a circunscricional local e diz ter ocorrido um crime de homicídio e que o autor do crime é Paraibinha, conhecido no local. A simples delatio deu ensejo à instauração de inquérito policial. Pergunta-se: é possível instaurar inquérito policial, seguindo denúncia anônima? Responda, orientando-se na doutrina e jurisprudência. R: A simples delatio criminis não autoriza a instauração de inquérito policial, devendo a autoridade policial, primeiro, confirmar a informação para instaurar o procedimento investigatório. Temerária seria a persecução iniciada por delação, posto que ensejaria a prática de vingança contra desafetos. O art. 5º, inciso IV, da CF veda o anonimato (IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato). QUESTÃO OBJETIVA 01 Tendo em vista o enunciado da súmula vinculante nº. 14 do Supremo Tribunal Federal, quanto ao sigilo do inquérito policial, é correto afirmar que a autoridade policial poderá negar ao advogado: d) O acesso aos elementos de prova que ainda não tenham sido documentados no procedimento investigatório. QUESTÃO OBJETIVA 02 Em um processo em que se apura a prática dos delitos de supressão de tributo e evasão de divisas, o Juiz Federal da 4ª Vara Federal Criminal de Arroizinho determina a expedição de carta rogatória para os Estados Unidos da América, a fim de que seja interrogado o réu Mário. Em cumprimento à carta, o tribunal americano realiza o interrogatório do réu e devolve o procedimento à Justiça Brasileira, a 4ª Vara Federal Criminal. O advogado de defesa de Mário, ao se deparar com o teor do ato praticado, requer que o mesmo seja declarado nulo, tendo em vista que não foram obedecidas as garantias processuais brasileiras para o réu. Exclusivamente sobre o ponto de vista da Lei Processual no Espaço, a alegação do advogado está correta? b) Não, pois no processo penal vigora o princípio da territorialidade, já que as normas processuais brasileiras só se aplicam no território nacional. PROCESSO PENAL I EXERCÍCIOS DA SEMANA 4 CASO CONCRETOJoaquim e Severino, por volta de 13h de determinado dia de semana, ingressam em um ônibus e assaltam os passageiros, para logo adiante descer em fuga. Podem ser presos em flagrante 1 hora depois, 10 horas depois, 30 horas depois? R: É possível. Ocorre o flagrante quando a situação se amoldar às considerações do art. 302 do CPP, ou seja, mesmo que se tenham passado horas da execução da ação, poderá haver imputação de flagrante delito. Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; (flagrante próprio / real) II - acaba de cometê-la; (flagrante próprio / real) III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; (flagrante impróprio / quase flagrante) IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. (flagrante presumido / du ficto) QUESTÃO OBJETIVA 01 Com relação ao inquérito policial, assinale a opção correta. b) A instauração de inquérito policial é dispensável caso a acusação possua elementos suficientes para a propositura da ação penal. QUESTÃO OBJETIVA 02 Leia o registro que se segue: Mévio, motorista de táxi, dirigia seu auto por via estreita, que impedia ultrapassagem de autos. Túlio, septuagenário, seguia com seu veículo à frente do de Mévio, em baixíssima velocidade, causando enorme congestionamento na via. Quando Túlio parou em semáforo, Mévio desceu de seu táxi e passou a desferir chutes e socos contra a lataria do auto de Túlio, danificando-a. Policiais se acercaram do local e detiveram Mévio, que foi conduzido à Delegacia de Polícia. Lá, o Delegado entendeu que o crime era de dano, com pena de detenção de 01 a 06 meses ou multa. Iniciou a lavratura do Termo Circunstanciado, previsto na Lei n.º 9.099/95. Ao finalizá-lo, entregou a Mévio para que assinasse o Termo de Comparecimento ao Juizado Especial Criminal, o que foi por ele recusado. Indique o procedimento a ser adotado. b) Considerando que ocorrera prisão em flagrante, ante a não assinatura do Termo de Comparecimento ao JECRIM, deve o Delegado de Polícia lavrar auto de prisão em flagrante, fixando fiança. PROCESSO PENAL I EXERCÍCIOS DA SEMANA 5 CASO CONCRETO João e José são indiciados em IP pela prática do crime de peculato. Concluído o IP e remetidos ao MP, este vem oferecer denúncia em face de João, silenciando quanto a José, que é recebida pelo juiz na forma em que foi proposta. Pergunta-se: Trata-se a hipótese de arquivamento implícito? Aplica-se a Súmula 524 do STF? R: Existem duas correntes: uma que entende ter havido arquivamento implícito, aplicando-se a Súmula 524 do STF; e outra que entende não ter havido o arquivamento implícito, podendo a denúncia ser aditada. Este entendimento é majoritário no ordenamento jurídico, pois de acordo com o art. 28 do CPP, o arquivamento deve ser expresso. QUESTÃO OBJETIVA 01 Na cidade “A”, o Delegado de Polícia instaurou inquérito policial para averiguar a possível ocorrência do delito de estelionato praticado por Márcio, tudo conforme minuciosamente narrado na requisição do Ministério Público Estadual. Ao final da apuração, o Delegado de Polícia enviou o inquérito devidamente relatado ao Promotor de Justiça. No entendimento do parquet, a conduta praticada por Márcio, embora típica, estaria prescrita. Nessa situação, o Promotor deverá: d) Requerer o arquivamento. QUESTÃO OBJETIVA 02 A autoridade policial, ao chegar no local de trabalho como de costume, lê o noticiário dos principais jornais em circulação naquela circunscrição. Dessa forma, tomou conhecimento, através de uma das reportagens, que o indivíduo conhecido como “José da Carroça”, mais tarde identificado como José de Oliveira, teria praticado um delito de latrocínio. Diante da notícia da ocorrência de tão grave crime, instaurou o regular inquérito policial, passando a investigar o fato. Após reunir inúmeras provas, concluiu que não houve crime. Nesse caso, deverá a autoridade policial: c) Relatar o inquérito policial, sugerindo ao ministério público seu arquivamento, o que será apreciado pelo juiz. PROCESSO PENAL I EXERCÍCIOS DA SEMANA 6 CASO CONCRETO João, operário da construção civil, agride sua mulher, Maria, causando-lhe lesão grave. Instaurado inquérito policial, este é concluído após 30 dias, contendo a prova da materialidade e da autoria, e remetido ao Ministério Público. Maria, então, procura o Promotor de Justiça e pede a este que não denuncie João, pois o casal já se reconciliou, a lesão já desapareceu e, principalmente, a condenação de João (que é reincidente) faria com que este perdesse o emprego, o que deixaria a própria vítima e seus oito filhos menores em situação dificílima, sem ter como prover sua subsistência. Diante de tais razões, pode o MP deixar de oferecer denúncia? R: A pretensão de Maria não pode ser acolhida, em razão do princípio da obrigatoriedade da ação penal pública, que, no caso, é incondicionada, de médio potencial ofensivo. Sendo assim, não há possibilidade do MP deixar de oferecer a denúncia. QUESTÃO OBJETIVA 01 Paulo Ricardo, funcionário público federal, foi ofendido, em razão do exercício de suas funções, por Ana Maria. Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta no que concerne à legitimidade para a propositura da respectiva ação penal. a) Será concorrente a legitimidade de Paulo Ricardo, mediante queixa, e do MP, condicionada à representação do ofendido. QUESTÃO OBJETIVA 02 Maria, que tem 18 anos de idade, é universitária e reside com os pais, que a sustentam financeiramente, foi vítima de crime que é processado mediante ação penal pública condicionada à representação. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. d) Caso Maria exerça seu direito à representação e o membro do MP não promova a ação penal no prazo legal, Maria poderá mover ação penal privada subsidiária da pública. PROCESSO PENAL I EXERCÍCIOS DA SEMANA 7 CASO CONCRETO Paula, com 16 anos de idade é injuriada e difamada por Estevão. Diante do exposto, pergunta-se: a) De quem é a legitimidade ad causam e ad processum para a propositura da queixa? R: Paula tem capacidade de ser parte (legitimatio ad causam), uma vez que foi vítima do crime, entretanto, não possui capacidade para estar em juízo, praticando atos processuais válidos (legitimatio ad processum). Assim, sua incapacidade terá que ser suprida através da representação. b) Caso Paula fosse casada, estaria dispensada a representação por parte do cônjuge ou do seu ascendente? Em caso positivo por quê? Em caso negativo quem seria seu representante legal? R: Segundo a melhor doutrina, ainda que emancipada, Paula é inimputável, já que a emancipação só gera efeitos civis, e, caso fizesse falsas afirmações, não estaria sujeita às sanções pela prática do injusto penal de Denunciação Caluniosa. Assim, necessária se faz a intervenção do representante legal e, não possuindo, seria viável a nomeação de curador especial, conforme art. 33 do CPP. c) Se na data da ocorrência do fato Paula possuísse 18 anos a legitimidade para a propositura da ação seria concorrente ou exclusiva? R: De acordo com o disposto no art. 5º do Código Civil, a menoridade cessa a partir dos 18 completos. Assim, não faz sentido que no processo penal permaneça a legitimação concorrente para os maiores de 18 e menores de 21 anos, pois os maiores de 18 anos são pessoas habilitadas para todos os atos da vida civil. Segundo a corrente majoritária,o artigo 34 do CPP, assim como outros dispositivos do CPP, perderam o objetivo e foram revogados. QUESTÃO OBJETIVA 01 Acerca da ação civil ex delicto, assinale a opção correta. b) Ao proferir sentença penal condenatória, o juiz fixará valor mínimo para a reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido, sem prejuízo da liquidação para apuração do dano efetivamente sofrido. QUESTÃO OBJETIVA 02 Relativamente às regras sobre ação civil fixadas no Código de Processo Penal, assinale a alternativa correta: d) Transitada em julgado a sentença penal condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros. (Ação Civil "ex delicto" proposta pelo MP em favor de vítima pobre (art. 68 do CPP).) PROCESSO PENAL I EXERCÍCIOS DA SEMANA 8 CASO CONCRETO Determinado prefeito municipal, durante o mandato, desvia verbas públicas repassadas ao Município através de convênio com o Ministério da Educação, sujeitas a prestação de contas, visando ao treinamento e qualificação de professores. Referida fraude somente é descoberta após a cessação do mandato, instaurando-se inquérito policial na DP local. Concluído o Inquérito, no qual restaram recolhidos elementos de prova suficientes para a denúncia, o Promotor de Justiça oferece denúncia contra o ex-prefeito. Diante do exposto, diga qual o juízo competente para julgar o ex-prefeito. R: Com base no art. 109, IV, da CF e na Súmula 208 do STJ, a competência é da Justiça Federal, por tratar-se de recursos provenientes da União e que ficam sob o controle do Tribunal de Contas da União. A denúncia não deve ser recebida, devendo o procedimento ser enviado à Justiça Federal de 1º grau. QUESTÃO OBJETIVA 01 Compete à justiça federal processar e julgar: c) Crime contra a organização do trabalho. QUESTÃO OBJETIVA 02 Paulo reside na cidade “Y” e lá resolveu falsificar seu passaporte. Após a falsificação, pegou sua moto e viajou até a cidade “Z”, com o intuito de chegar ao Paraguai. Passou pela cidade “W” e pela cidade “K”, onde foi parado pela Polícia Militar. Paulo se identificou ao policial usando o documento falsificado e este, percebendo a fraude, encaminhou Paulo à delegacia. O parquet denunciou Paulo pela prática do crime de uso de documento falso. Assinale a afirmativa que indica o órgão competente para julgamento. b) Justiça Federal da cidade “K”. PROCESSO PENAL I EXERCÍCIOS DA SEMANA 9 CASO CONCRETO Aristodemo, juiz de direito, em comunhão de desígnios com seu secretário, no dia 20/05/2008, no município de Campinas/SP, pratica o delito descrito no art. 312 do CP, tendo restado consumado o delito. Diante do caso concreto, indaga-se: a) Qual o Juízo com competência para julgar o fato? R: Considerando que Aristodemo, em concurso com seu secretário, cometeram o crime de peculato, e que Aristodemo tem foro por prerrogativa de função, cf. art. 96, III da CRFB, o magistrado e seu secretário serão julgados pelo Tribunal de Justiça, pois a jurisdição mais graduada do Tribunal predomina sobre a jurisdição menos graduada do 1º grau, fazendo com que, também, o funcionário seja julgado pelo Colegiado, cf. art. 78, III do CPP, por continência. Nesse sentido, aliás, reza a súmula 704 do STF: “Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal, a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados”. b) Caso fosse crime doloso contra a vida, como ficaria a competência para o julgamento? R: A questão suscita divergências. Existem duas orientações acerca do tema. A primeira tese está no sentido de que o Juiz será julgado pelo Tribunal de Justiça nos moldes do art.96, III da CRFB/88, submetendo-se, contudo, o coautor a Júri Popular, cf. art. 5, XXXVIII da CRFB/88. É que ambas as competências tem assento na Constituição, devendo os processos serem separados, não podendo a lei ordinária, alterar regra constitucional. Convém salientar, todavia, que existe um segundo posicionamento, no sentido da ocorrência da continência (77, I do CPP), a ensejar unidade de processo e julgamento, prevalecendo a competência do Tribunal de Justiça, por força do art. 78, III do CPP. QUESTÃO OBJETIVA 01 Tendo como referência a competência ratione personae, assinale a alternativa correta. c) Mévio é governador do Distrito Federal e pratica um crime comum. Por uma questão de competência originária decorrente da prerrogativa de função, será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça. QUESTÃO OBJETIVA 02 Acerca da competência no âmbito do direito processual penal, assinale a opção correta. a) Caso um policial militar cometa, em uma mesma comarca, dois delitos conexos, um cujo processo e julgamento seja de competência da justiça estadual militar e o outro, da justiça comum estadual, haverá cisão processual. PROCESSO PENAL I EXERCÍCIOS DA SEMANA 10 CASO CONCRETO Deoclécio, pistoleiro profissional, matou um desafeto de Pezão, a mando deste, abandonando o cadáver numa chácara de propriedade de Lindomar, que nada sabia. Temeroso de que lhe atribuíssem a autoria do homicídio, Lindomar sepultou clandestinamente o cadáver da vítima. Isso considerado, indaga-se: a) A hipótese é de conexão ou continência? R: Continência em relação a Deoclécio e Pezão pelo crime de homicídio, art. 77, I do CPP. Conexão do homicídio com ocultação de cadáver praticado por Lindomar, art. 211 do CP c/c art. 76, II do CPP (Conexão Objetiva). b) Haverá reunião das ações penais em um só juízo? R: Sim, cf. art. 78, I do CPP. c) Qual será o juízo competente para julgar Cabeção, Pezão e Lindomar? R: Ao teor do art. 78, I do CPP, compete ao Tribunal do Júri julgar todos os delitos. QUESTÃO OBJETIVA 01 Márcio foi denunciado pelo crime de bigamia. O advogado de defesa peticionou ao juízo criminal requerendo a suspensão da ação penal, por entender que o primeiro casamento de Márcio padecia de nulidade, fato que gerou ação civil anulatória, em trâmite perante o juízo cível da mesma comarca. Nessa situação hipotética, a) A ação penal deverá ser suspensa até que a nulidade do primeiro casamento de Márcio seja resolvida definitivamente no juízo cível. QUESTÃO OBJETIVA 02 Em relação à delimitação da competência no processo penal, às prerrogativas de função e ao foro especial, assinale a opção correta. d) Não viola a garantia do juiz natural a atração por continência do processo do corréu ao foro especial do outro denunciado, razão pela qual um advogado e um juiz de direito que pratiquem crime contra o patrimônio devem ser processados perante o Tribunal de Justiça. PROCESSO PENAL I EXERCÍCIOS DA SEMANA 11 CASO CONCRETO O Promotor de Justiça com atribuição requereu o arquivamento do inquérito policial, em razão da atipicidade, com fundamento no artigo 395, II do CPP. O juiz concordou com as razões invocadas e determinou o arquivamento do IP. Um mês depois, o próprio promotor de justiça tomou conhecimento de prova substancialmente nova, indicativa de que o fato realmente praticado era típico. Poderá ser instaurada ação penal? A decisão de arquivamento do IP faz coisa julgada material? R: O art. 395, II do CPP não menciona arquivamento de IP, porém, acaba sendo usado por analogia a essa hipótese. Portanto, não poderá ser instaurada ação penal, pois a decisão que deferiu o arquivamento do IP, neste caso, faz coisa julgada material,mesmo surgindo fato novo. QUESTÃO OBJETIVA 01 Em relação às exceções previstas na legislação processual penal, assinale a alternativa correta. d) As exceções serão processadas em autos apartados e não suspenderão, em regra, o andamento da ação penal. QUESTÃO OBJETIVA 02 Acerca de exceções, assinale a opção correta. c) Podem ser opostas exceções de suspeição, incompetência de juízo, litispendência, ilegitimidade de parte e coisa julgada e, caso a parte oponha mais de uma, deverá fazê-lo em uma só petição ou articulado. PROCESSO PENAL I EXERCÍCIOS DA SEMANA 12 CASO CONCRETO João foi condenado por crime de latrocínio a uma pena de 25 anos de reclusão a ser cumprida no regime fechado. Ocorre que no curso da execução de tal pena privativa de liberdade sobrevêm doença mental ao condenado. Diante de tal situação, na qualidade de juiz da execução como decidiria? E se a doença mental ocorresse no curso do processo de conhecimento e posteriormente ao crime? E se a doença mental já existia no momento da prática da infração? R: Em um primeiro momento, caberá ao juiz da execução suspender a execução da pena, determinando a imediata internação do condenado em hospital psiquiátrico, consoante disposição do art. 108 da LEP. Sendo constatado através da perícia psiquiátrica que a situação é irreversível, poderá o juiz converter a pena privativa de liberdade em medida de segurança. Nesse sentido, art. 154 do CPP c/c 183 da LEP. Sobrevindo doença mental durante o processo de conhecimento, este ficará suspenso até que o réu se restabeleça, cf. art. 152 do CPP. Verificado que o réu era portador de doença mental ao tempo do crime, o processo deverá prosseguir com a presença de um curador e o juiz, ao final, irá prolatar uma sentença penal absolutória imprópria, aplicando medida de segurança cf. art. 151 do CPP. QUESTÃO OBJETIVA 01 Em relação ao incidente de falsidade, é correto afirmar que: a) Se reconhecida a falsidade por decisão irrecorrível, mandará desentranhar o documento e remetê-lo, com os autos do processo incidente, ao Ministério Público. QUESTÃO OBJETIVA 02 Acerca de incidente de insanidade mental do acusado, assinale a opção correta. b) O exame de avaliação da saúde mental do acusado poderá ser ordenado na fase do inquérito, mediante representação da autoridade policial ao juiz competente. PROCESSO PENAL I EXERCÍCIOS DA SEMANA 13 CASO CONCRETO Seguindo denúncia anônima sobre existência de “boca de fumo”, uma equipe de policiais combina dar um flagrante no local. Lá chegando, ficam de espreita, presenciando alguma movimentação de pessoas, entrando e saindo do imóvel, que também servia de residência. Já passava das 21h, quando telefonaram à autoridade policial e esta autorizou o ingresso para busca e apreensão. Assim foi feito e os policiais lograram apreender grande quantidade de pedra de crack, que estava escondida sob uma tábua do assoalho. Levado o morador à DP local, foi ele submetido ao procedimento legal de flagrante, sendo imediatamente comunicada a prisão ao juízo competente. O defensor público requereu o relaxamento do flagrante, por ilegalidade manifesta. Assiste razão a defesa? R: Não assiste razão à defesa. Crime de tráfico de drogas é um crime permanente. Ou seja, havia flagrante a qualquer momento, o que autoriza a invasão residencial mesmo sem autorização judicial. Existe, contudo, entendimento contrário, já que o local invadido era também residência, onde mesmo diante de autorização judicial, a busca deve ocorrer entre 6h e 18h, conforme entendimento pacificado dos tribunais superiores. Sem falar no abuso concretizado ao constar que houve autorização para busca e apreensão feito por autoridade policial. Delegado não tem poderes para autorizar, apenas juiz. Diante do caso, caberia as duas respostas. Poderia falar que a defesa está correta diante dos abusos processuais cometidos. Por outro lado, a prisão poderia ser mantida, mesmo diante dos abusos cometidos, já que o crime era permanente. QUESTÃO OBJETIVA 01 Assinale a opção correta. c) O estado de flagrante delito é uma das exceções constitucionais à inviolabilidade do domicílio, nos termos da Constituição Federal. QUESTÃO OBJETIVA 02 Relativamente à prisão, assinale a opção correta de acordo com o CPP. a) Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o imediatamente à autoridade local, que providenciará a remoção do preso depois de haver lavrado, se for o caso, o auto de flagrante. PROCESSO PENAL I EXERCÍCIOS DA SEMANA 14 CASO CONCRETO Após uma longa investigação da delegacia de polícia local, Adamastor foi preso às 21h em sua casa, em razão de um mandado de prisão temporária expedido pelo juiz competente, por crime de descaminho. A prisão fora decretada por 10 dias. O advogado de Adamastor impetrou Habeas Corpus requerendo a sua liberdade provisória com fundamento no art. 310 do CPP. Em no máximo 10 linhas, discorra sobre o exposto acima, analisando as hipóteses de cabimento, prazo da prisão temporária. R: A prisão temporária foi decretada ilegalmente. Esta deverá ter um prazo de 05 dias, prorrogáveis por mais 05, e, se for crime hediondo, o prazo será de 30 dias, prorrogáveis por mais 30. Ademais, de acordo com a Lei da Prisão Temporária, ela não é cabível no crime de Descaminho (Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria...). Alem dos motivos citados, a CF/88, em seu art. 5º, XI, estabelece que ordem judicial só poderá ser cumprida durante o dia. Como se trata de uma Prisão ilegal é cabível o relaxamento de prisão. Só se fala em liberdade provisória quando se está diante de uma prisão em flagrante legal, porém desnecessária, cf. art. 310 do CPP. QUESTÃO OBJETIVA 01 Como se sabe, a prisão processual (provisória ou cautelar) é a decretada antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória, nas hipóteses previstas em lei. A respeito de tal modalidade de prisão, é correto afirmar que: c) A prisão temporária não poderá ser decretada de ofício pelo juiz. (Deve provocar o MP) QUESTÃO OBJETIVA 02 Acerca das prisões cautelares, assinale a opção correta. b) São pressupostos da prisão preventiva: garantia da ordem pública ou da ordem econômica; conveniência da instrução criminal; garantia de aplicação da lei penal; prova da existência do crime; indício suficiente de autoria. (GGGC) PROCESSO PENAL I EXERCÍCIOS DA SEMANA 15 CASO CONCRETO Adamastor, primário e de maus antecedentes, foi acusado do crime de homicídio qualificado. Respondeu solto à instrução criminal. Durante a primeira fase do procedimento do Júri, o juiz decide pronunciá-lo. Nesse momento determina o seu recolhimento à prisão em aplicação ao artigo 413, P.3º do CPP, fundamentando tratar-se de crime hediondo, portanto, inafiançável. Pronunciado, Adamastor permanece preso por mais de 2 anos, sem que tenha sido marcada a data do seu julgamento pelo Júri. Como advogado, quais argumentos você utilizaria para conseguir a liberdade de Adamastor? R: MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA. DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida cautelar, impetrado contra decisão emanada de eminente Ministro de Tribunal Superior da União, que, em sede de outra ação de “habeas corpus” ainda em curso no Superior Tribunal de Justiça (HC140.641/SP), denegou medida liminar que lhe havia sido requerida em favor do ora paciente. Presente tal contexto, impende verificar, desde logo, se a situação processual versada nestes autos justifica, ou não, o afastamento, sempre excepcional, da Súmula 691/STF. Como se sabe, o Supremo Tribunal Federal, ainda que em caráter extraordinário, tem admitido o afastamento, “hic et nunc”, da Súmula 691/STF, em hipóteses nas quais a decisão questionada divirja da jurisprudência predominante nesta Corte ou, então, veicule situações configuradoras de abuso de poder ou de manifesta ilegalidade (HC 85.185/SP, Rel. Min. CEZAR PELUSO AV2 7 – Adonis foi denunciado pela prática do deito de adulteração de sinal identificador de veículo automotor, art. 311 do CP, na Comarca de Penhascos. Tomando conhecimento da peça acusatória, o Juiz determinou a remessa dos autos à Comarca de Orvalho por entender ser este o juízo competente para instauração da ação penal. O representante do MP interpõe recurso inominado alegando que não caberia ao magistrado manifestar-se sobre a incompetência ante a falta da declinatória fori pela parte contrária. Isso considerado, indaga-se: a) Há diferença entre competência de foro ou de juízo¿ b) Qual a natureza da incompetência deles decorrentes¿ c) Agiu corretamente o Juiz ao reconhecer a incompetência de ofício¿ Resposta: a) Sim. A competência de foro (ratione loci) é territorial (art. 70 CPP). Já a competência de juízo diz respeito à matéria (ratione materiae). Critério da fixação de competência Competência material Em razão da matéria / juízo– ratione materiae Em razão da pessoa – ratione personae Em razão do local / territorial / foro – ratione loci Competência funcional b) A incompetência de foro/territorial é relativa. Absoluta é somente de juízo (ratione materiae). c) Não, a incompetência relativa não pode ser arguida de ofício. A incompetência em razão do lugar está sujeita à preclusão temporal e consequentemente prorrogação, se não arguida em tempo oportuno, através de oposição de exceção própria (art. 108 CPP). A incompetência territorial constitui-se em nulidade relativa, sendo impróprio o reconhecimento de qualquer vício, se não suscitado em tempo oportuno e se ausentar a demonstração de prejuízo à defesa. 8 – Ao chegar em casa mais cedo do trabalho, José das Couves surpreende seu vizinho Eustáquio, estudante de 18 anos, primários e de bons antecedentes, mantendo relações sexuais de maneira forçada com sua filha, menina de apenas 13 anos de idade, o que caracterizaria o crime de estupro de vulnerável (pena de 8 a 15 anos de reclusão). Percebendo a presença de José, o jovem foge e a polícia é acionada, chegando no lugar em poucos minutos. Logo após tomar ciência da situação, as autoridades iniciam perseguição a Eustáquio nas redondezas, que, por se tratar de um conjuntos de favelas, acaba dificultando os trabalhos, mesmo assim, sem que houvesse nenhum tipo de interrupção, a polícia prende o suspeito 72 horas depois com as mesmas roupas indicadas pela vítima e seu pai. Na delegacia, após proceder a oitiva de todos os envolvidos, o delegado recolhe Eustáquio ao cárcere, sem que ele se comunicasse ou indicasse qualquer advogado, e, 48 horas depois envia o auto de prisão devidamente lavrado para autoridade judiciária competente, momento em que também comunica à família do preso sobre o ocorrido. Diante da situação hipotética, agiu corretamente o delegado ao lavrar o flagrante¿ de que forma deve proceder a autoridade judiciária¿ Fundamente. Resposta: Embora não haja necessidade de representação para lavrar o flagrante, tendo em vista a natureza da ação ser pública incondicionada nos termos dos arts. 217-A c/c 225, p.único CP, e, seja possível a caracterização do estado de flagrante – art. 302 III CPP – uma vez que a perseguição teve início logo após o delito, não sendo interrompido e as autoridades sabiam de quem se tratava (suspeito identificado), o delegado violou disposição legal, uma vez que remeteu o auto ao juiz somente 48 horas depois, o que deveria ter sido feito em até 24 horas, incluindo cópia para defensoria pública, bem como, levou o mesmo tempo para comunicar a família do preso, o que deveria ter sido feito imediatamente. Assim sendo, deve o juiz relaxar a prisão ilegal, fundamentando o ato nos arts. 310 I, c/c 306 e seu §1º CPP. Considera-se correto o artigo 5º, LXVII CF. 9 – Adamastor, primário e de maus antecedentes, foi acusado do crime de homicídio qualificado. Respondeu solto a instrução criminal. Durante a primeira fase do procedimento do júri, o juiz decide pronunciá-lo. Nesse momento determina o seu recolhimento à prisão em aplicação do art. 423, p.3º CPP, fundamentando tratar-se de crime hediondo, portanto, inafiançável. Pronunciado, Adamastor permanece preso por mais de 2 anos, sem que tenha sido marcada a data do seu julgamento pelo júri. Como advogado, quais argumentos você utilizaria para conseguir a liberdade de Adamastor¿ Resposta: A conduta do magistrado está completamente contra ao que dispõe o ordenamento jurídico brasileiro. A prisão cautelar é medida excepcional, não regra. Destaque que o réu estava solto até o momento da pronúncia. Ou seja, até então não havia motivos / fundamentos (art. 312+313 CPP) que justificassem a sua prisão preventiva. Atualmente, com a nova redação do art. 413 CPP, para decretar a prisão do réu solto, o juiz deve fundamentar sua decisão nas hipóteses da prisão cautelar, o que não ocorreu. O magistrado não pode decretar a prisão do réu simplesmente por tê-lo pronunciado. É preciso fundamentação idônea e concreta que justifique o seu recolhimento ao cárcere. 10 - Seguindo denúncia anônima sobre existência de “boca de fumo”, uma equipe de policiais combina dar um flagrante no local. Lá chegando, ficam de espreita, presenciando alguma movimentação de pessoas, entrando e saindo do imóvel, que também servia de residência. Já passava das 21h, quando telefonaram à autoridade policial e esta autorizou o ingresso para busca e apreensão. Assim foi feito e os policiais lograram apreender grande quantidade de pedra de crack, que estava escondida sob uma tábua do assoalho. Levado o morador à DP local, foi ele submetido ao procedimento legal de flagrante, sendo imediatamente comunicada a prisão ao juízo competente. O defensor público requereu o relaxamento do flagrante, por ilegalidade manifesta. Assiste razão a defesa? Resposta: Não assiste razão à defesa. Crime de tráfico de drogas é um crime permanente. Ou seja, havia flagrante a qualquer momento, o que autoriza a invasão residencial mesmo sem autorização judicial. Existe, contudo, entendimento contrário, já que o local invadido era também residência, onde mesmo diante de autorização judicial, a busca deve ocorrer entre 6h e 18h, conforme entendimento pacificado dos tribunais superiores. Sem falar no abuso concretizado ao constar que houve autorização para busca e apreensão feito por autoridade policial. Delegado não tem poderes para autorizar, apenas juiz. Diante do caso, caberia as duas respostas. Poderia falar que a defesa está correta diante dos abusos processuais cometidos. Por outro lado, a prisão poderia ser mantida, mesmo diante dos abusos cometidos, já que o crime era permanente. (Resposta do professor) No particular aspecto do crime de drogas, a modalidade de cometimento da infração “guardar, ter em depósito, trazer consigo ou transportar”, caracteriza estado de flagrância permanente (não há hora para prender). Em que pese a aparência de ilegalidade da atividade persecutória, não houve violação do domicílio, em razão do estado de flagrante delito. Existe, contudo, entendimento contrário.
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