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Caso Concreto 12

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE JUIZ DE FORA DO ESTADO DE MINAS GERAIS.
Número do Processo: xxxxxxxx
ISABEL PIMENTA já qualificada na forma do art. 319 CPC, representado por sua advogada Alessandra Franco, OAB/RJ já qualificada na forma do art. 319 CPC, vem apresentar CONTESTAÇÃO na forma dos artigos 337, V, 369, 485, V e § 3º, 486 § 3º CPC e artigo 186 Código Civil, Lei nº 10.406/02 e artigo 139 do Código Penal Brasileiro (Decreto Lei nº 2.848/40).em face de REGINA SILVA já qualificada na forma do art. 319 CPC, pelos fundamentos de fato e de direito que passará a expor:
I –DA VERDADE DOS FATOS
Isabel Pimenta, já devidamente qualificada, comprara do senhor André das Neves, imóvel situado na Rua Bucólica, nº158, em Belo Horizonte, na data de 10/10/2016, o que lhe custou o preço de R$ 95.000,00 (noventa e cinco mil reais), coymo bem descrito na escritura de compra e venda lavrada em cartório. 
No entanto, Isabel fora surpreendida ao receber uma carta de citação da 6ª Vara Cível de Juiz de Fora, Minas Gerais para contestar a ação Declaratória de Nulidade do Negócio Jurídico, movida, somente em face dela, por Regina Silva, também residente na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais.
Tal ação tem como objetivo anular o contrato de compra e venda do imóvel, sustentando o argumento de que houve simulação e, que na verdade, o negócio maculado de vício, serviu para encobrir uma doação feita pelo ex-companheiro da autora à Isabel, ora Ré, com quem mantinha relação extraconjugal, assim afirma a Autora. A senhora Isabel, nega qualquer tipo de relação com o vendedor.
Na peça inicial há informação de que Regina, ora autora, e Andre das Neves viveram em união estável por oito anos e que a mesma foi dissolvida por sentença judicial, datada de 23 de agosto de 2016, quando determinou a partilha de todos os bens adquiridos na constância da união estável, dentre os quais está arrolado este imóvel.
Por conta de todo o ocorrido, e por ser a quarta tentativa consecutiva da Senhora Regina de anular o referido negócio, sendo que nas outras três vezes a mesma abandonara as ações propostas, assim encerrando-as sem análise de mérito, a Senhora Isabel, ora Ré, vem sofrendo constantes transtornos, dos quais alguns psicológicos, alegando está saturada de ser, de modo já recorrente, acionada judicialmente.
Era o que se tinha a relatar de mais importante, agora passa-se a análise e exposição dos fundamentos de mérito e de eventuais circunstâncias prejudiciais que o caso reclama.
II –DAS PRELIMINARES
A). DA PEREMPÇÃO
No caso em tela resta configurada a perempção uma vez que a autora abandonou por três vezes a ação, que motivou por três vezes a extinção de um mesmo tipo de ação. Em sendo constatada, o juiz deverá extinguir o feito sem resolução do mérito, impedindo o autor de ingressar com uma nova demanda idêntica. (Art. 337, V, 485, V e § 3º, 486 § 3º CPC).
III – DO MÉRITO
Conforme provas apresentadas pela Ré, a celebração da compra do imóvel ocorreu em 10 de outubro de 2016, meses após a separação judicial do casal que se deu em 23 de agosto de 2016 e ainda não se tem a certeza de que a referida casa tenha sido adquirida ainda na constância da união estável. O que há é apenas uma declaração unilateral, embora não haja qualquer prova juntada aos autos que sustente esta afirmação.
Portanto, requer a Vossa Excelência desde logo a manutenção da legalidade da compra do imóvel em questão.
IV - DA RECONVENÇÃO
Conforme já relatado, a Sra Isabel vem sofrendo sucessivas ações pela autora, sendo esta a quarta vez consecutiva onde o mesmo argumento de simulação do negócio jurídico e do envolvimento extraconjugal com o vendedor do imóvel, com relação a esta última afirmação não há qualquer comprovação que a Ré conhecesse o senhor André Neves,a mesma veementemente que nunca chegara a falar com tal pessoa antes da compra do imóvel e tão menos depois.
Percebe-se que a autora tenta atingir a honra da Ré ao alegar sem qualquer comprovação fática e material acerca da existência de um possível relacionamento extraconjugal.
Além de toda difamação, a Sra Isabel Pimenta vem enfrentando gastos que jamais desejara, seja com advogados, custas processuais, sem falar o constrangimento que impõe ao responder um processo judicial.
Por todo exposto, a Ré requer a Vossa Excelência a condenação civil como forma indenizatória aos danos morais causados pela Autora, que de modo irresponsável fere a honra, a dignidade e reiteradamente tem causado transtornos à Sra. Isabel, sem qualquer impedimento de eventuais pretensões penais. Com base nos artigos 186, CC Lei nº 10.406/02 e 139 do Código Penal Brasileiro (Decreto Lei nº 2.848/40).
V- DOS PEDIDOS
Isto exposto requer:
Que seja acolhida preliminar devendo ser reconhecida a ocorrência da perempção por ser a quarta vez seguida em que a Autora propõe ação idêntica, sendo que nas três primeiras houve o abandono da causa pela mesma, nos termos do art 486 § 3º, CPC.
Que seja acolhida a improcedência do pedido no mérito da questão do caso em tela, visto que a Ré jamais conhecera o vendedor do imóvel antes da compra do referido bem, que não se restou demonstrada que a casa sobreveio ao casal ainda na constância da união conjugal.
Que seja deferido constante na Reconvenção proposta, qual seja condenar a parte Autora a pagar como forma indenizatória pelos danos morais e os demais transtornos sofridos pela ré em decorrência de constantes ações judiciais nos termos do artigo 186, CC sem qualquer prejuízo de eventual ação penal (Art. 139, CP).
Do mérito requer que seja julgado improcedente o pedido da autora, condenando-a ao pagamento dos ônus sucumbenciais.
VI – DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito com ênfase no acautelamento de folhas, bem como a produção de prova testemunhal e pessoal na forma do art. 369 e seguintes do CPC.
Nestes termos, 
pede deferimento.
Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2017.
Alessandra Franco
Advogada
OAB/RJ XXXX

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