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JULIANA OLIVEIRA DA FONSECA VASCONCELLOS DA SILVA 201502212617 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS Distribuição por dependência Processo n° PEDRO DE CASTRO, nacionalidade, profissão, estado civil, portador da cédula de identidade n°, inscrito no CPF sob n°, residente e domiciliado à Rua, n°, bairro, Florianópolis, Santa Catarina, CEP, vem, através de seu advogado abaixo assinado, com endereço profissional na Rua, bairro, cidade, Estado, CEP, com endereço eletrônico, para onde desde já requer que sejam remetidas futuras intimações, perante Vossa Excelência, opor EMBARGOS À EXECUÇÃO em face de BANCO QUERO SEU DINHEIRO S.A., empresa de capital fechado, inscrita no CNPJ sob n, com endereço comercial à Rua, n°, bairro, Rio de Janeiro, CEP, pelas razões de fato e de direito que passa a expor a seguir: I - DOS FATOS O EMBARGANTE figurou como avalista em empréstimo de mútuo financeiro, contraído pela Sra. Laura, junto ao EMBARGADO, em agosto de 2015, no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) a serem pagos em 30 (trinta) parcelas mensais e sucessivas. Ocorre que em março de 2016, foi informado pelo EMBARGGADO que a Sra. Laura não esta a cumprindo com sua obrigação e deixou de pagar a quarta parcela vencida em dezembro de 2015. Alega o EMBARGANTE que para evitar transtornos, quitou a dívida em 03/04/2016, porém, não solicitou que lhe entregassem a nota promissória que havia assinado. O EMBARGANTE, algum tempo depois, foi surpreendido pelo porteiro do prédio onde tem seu escritório, ao ser informado que havia sido procurado por um oficial de justiça e ao se inteirar dos acontecimentos, descobriu que o EMBARGADO ajuizou AÇÃO DE EXECUÇÃO fundada em título executivo extrajudicial em face dele e da Sra. Laura. Ao dirigir-se ao Cartório da 02ª Vara Cível da Comarca de Florianópolis, onde tramita o processo, constatou que o EMBARGADO estava executando outro empréstimo contraído pela Sra. Laura, no valor de RS 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), que a nota promissória assinada pelo EMBARGANTE, referente ao contrato quitado em abril de 2015, foi utilizado para embasar a Execução e que o mesmo foi incluído no polo passivo e que o EMBARGADO requereu a penhora do consultório do EMBARGANTE, situado a Rua Nóbrega, nº 36, sala 801, Centro, Florianópolis e que foi deferido pelo juiz. II – DOS FUNDAMENTOS DA NULIDADE DA EXECUÇÃO A Execução proposta pela EMBARGADA é nula, pois funda-se em título executivo extrajudicial quitado. DA ILEGITIMIDADE PASSIVA Tendo em vista a relevância dos fundamentos narrados acima fica claro que o EMBARGANTE não possui legitimidade passiva na Ação de Execução uma vez não participou do contrato executado de forma alguma, portanto, há carência na Ação devendo a mesma ser extinta por não atender os requisitos elencados no artigo 337, XI do CPC. Ademais o único demérito do embargante é não ter no momento do pagamento da primeira dívida solicitado a nota promissória que comprova o pagamento, vigorando a inexigibilidade do crédito conforme o artigo 927 do CPC, no seu inciso I, o que deixa transparecer a ausência de boa fé do embargado ao cobrar dívidas pretéritas sem a real comprovação de vínculo do embargante. DO EFEITO SUSPENSIVO Trata-se da penhora de consultório de propriedade do EMBARGANTE, bem impenhorável por se tratar de local de trabalho. Tendo em vista que o local é onde o EMBARGANTE exerce sua atividade laboral, portanto, de onde retira seus rendimentos, não pode ser privado do mesmo sob pena de seu sustento e de sua família. A penhora do local irá ocasionar um dano irreparável ao EMBARGANTE, devendo ser suspensa até que o presente recurso seja apreciado, com fulcro no artigo 917, II do CPC. III - DOS PEDIDOS Diante do exposto requer: 1 – que haja o recebimento e a distribuição por dependência para a 02 Vara Cível da Comarca de Florianópolis; 2 – que haja a suspensão da execução com fulcro no artigo 917, II do CPC; 3 – que seja feita a oitiva do EMBARGADO; 4 – que seja acolhida a ilegitimidade passiva com a consequente extinção da EXECUÇÃO em relação ao EMBARGANTE; 5 – caso não seja acolhida a ilegitimidade passiva, que seja acolhida a nulidade da EXECUÇÃO; 6 - que seja feita a desconstituição da penhora; 7 – a condenação da EMBARGADA aos honorários de sucumbência e custas processuais. IV – DAS PROVAS Protesta ainda por todos os meios de prova em direito admissíveis, sendo elas orais, documentais, testemunhais, bem como testemunho do EMBARGADO. IV – DO VALOR DA CAUSA Atribui-se à presente o valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais). Nestes Termos, Pede deferimento. Local/Data, Advogado OAB n°
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