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ESTÁCIO DE SÁ PRÁTICA SIMULADA III PLANO DE AULA 4 ALEGAÇÕES FINAIS Alegações finais (memoriais): Art.403, §3, CPP Regra: Oral na AIJ:20 minutos para cada parte, na prática costuma ser por escrito, o juiz que decidirá. Se for escrito o prazo é de 5 dias para a apresentação da mesma. 1ºTESE Ausência de dolo/erro de tipo: absolvição em razão da não existência de crime, de dolo. 2ºTESE Tipo penal misto alternativo: Mais de um verbo no mesmo contexto fático, respondendo apenas só por uma imputação. Ausência do concurso material de crimes. 3ºTESE Reconhecimento do crime continuado. 4ºTESE Inconstitucionalidade do regime inicial fechado. O STF já se decidiu sobre o tema. 5º TESE Ausência de embriaguez pré-ordenada, para a prática do crime. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _______ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CURITIBA-PR PROCESSO Nº _______________________________________ JORGE, já qualificado nos autos em epígrafe, por meio de seu advogado devidamente constituído pela procuração em anexo, em respeitosamente na presença de Vossa Excelência humildemente apresentar: ALEGAÇÕES FINAIS Na forma do artigo 403, § 3º do CPP consoante as razões abaixo aduzidas. Trata-se de ação penal promovida em face do acusado por suposta violação ao artigo 217-A na forma do artigo 69, ambos do CP. A pretensão acusatória não merece prosperar consoante as fartas razões que se seguem. I-DOS FUNDAMENTOS A-DA ABSOLVIÇÃO No caso em tela trata-se de fato que evidentemente não constitui crime. Pela análise de toda prova trazida aos autos é inconteste que o acusado não sabia e nem tinha como saber que praticou o ato sexual com pessoa menor de 14 anos, sendo evidente a ausência de dano. A prova oral produzida pela acusação é frágil se limitando a concluir que sequer viram os fatos. Aocontrário, firmes, coesos e seguros foram os depoimentos das testemunhas de defesa no sentido de que o comportamento da vítima era incompatível com de adolescente de 14 anos. No interrogatório afirmou o réu que desconhecia a idade da vítima. Por fim a prova pericial nada acrescenta no mosaico probatório todo favorável a defesa. Portanto a conduta é atípica em razão da ausência de elemento subjetivo dolo B-AUSÊNCIA DE CONCURSO DE CRIMES A hipótese dos autos é de tipo penal misto alternativo, ou seja, se a agente prática mais de uma conduta no mesmo contexto fático deverá responder por apenas uma infração penal. Foi o que exatamente está descrito na inicial acusatória. Assim deve ser afastado o concurso de crimes e na improvável hipótese de acusação ser reconhecido apenas uma infração penal. C-DO AFASTAMENTO DA AGRAVANTE DE EMBRIAGUES PRE-ORDENADA Não há que se falar em embriagues pré-ordenada posto que JORGEnão estava embriagado ao conhecer Ana. As testemunhas de acusação não viram os fatos e não houve prova pericial para comprovar a embriagues de Felipe, sendo assim justa a medida de afastamento da agravante caso não seja reconhecida a atipicidade da conduta. D-DA PENA BASE NO MINIMO LEGAL JORGE, réu primário, possuidor de bons antecedentes, com residência fixa, com boa conduta social, e no caso em tela não teve o animus necandi do tipo penal em que é acusado, posto não agir com má intenção de se aproveitar da suposta ingenuidade de Ana, fará jus a pena base no mínimo legal como medida necessária de reprovabilidade do ato. E-DA APLICAÇÃO DO REGIME SEMI ABERTO Apesar do crime de estupro de vulnerável, artigo 217- A do CP, estar elencado como infração hedionda na lei 8.072/90, conforme artigo 1º, IV, o STF declarou a inconstitucionalidade do artigo 2º, § 1º desta lei, sendo certo que o juiz ao fixar o regime inicial para o cumprimento de pena deve analisar a situação em concreto e não o preceito em abstrato. Assim, diante da ocorrência de crime único, cuja pena no mínimo legal deverá ser fixada em 8 (oito) anos de reclusão, sendo o réu primário e de bons antecedentes, o regime semiaberto é a melhor solução para o réu, pois o artigo 33, §2º, alínea “a”, do CP, impõe o regime fechado para crimes com penas superiores a 8 (oito) anos, o que não é o caso. III – DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer: a) Absolvição do réu, com base no art. 386, III, do CPP, por ausência de tipicidade; Caso não seja esse o entendimento de Vossa Excelência, diante da condenação, de forma subsidiária: b) Afastamento do concurso material de crimes, sendo reconhecida a existência de crime único. c) Fixação da pena-base no mínimo legal, o afastamento da agravante da embriaguez preordenada e a incidência da atenuante da menoridade. d) Fixação do regime semiaberto para início do cumprimento de pena, com base no art. 33, § 2º, alínea “b”, do CP, diante da inconstitucionalidade do artigo 2º, § 1º, da lei 8.072/90. Curitiba, Paraná, __________ Advogado OAB –Seccional .../nº ...
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