Buscar

Telecomunicações

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
ESTUDOS DISCIPLINARES
	
Brasília/DF
2017
CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL
TELECOMUNICAÇÕES
Nome: Jefferson da Silva Fernandes
RA: 02410029530
2° Semestre/2017
Curso: Ciências Contábeis 
Professor: Gilberto Gomes Guedes
BRASÍLIA/DF
2017
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO 
Telecomunicação significa comunicação à distância. Portanto, qualquer sistema em que se estabeleça um processo de comunicação entre um transmissor e um ou mais receptores pode ser denominado de sistema de telecomunicações.
Os sistemas de telecomunicações estão presentes em várias ações do nosso cotidiano. Por exemplo, quando mantemos uma conversa telefônica, quando assistimos a um filme na televisão, quando ouvimos uma música no rádio, quando enviamos um e-mail para alguém ou quando tiramos um extrato em um terminal de automação bancária estamos utilizando um sistema de telecomunicações.
As telecomunicações podem envolver usuários humanos ou podem ser feitas diretamente entre computadores ou outras máquinas. Assim, uma conversa telefônica é um exemplo de telecomunicações, mas a transmissão de informações de sensores meteorológicos para um computador também é um exemplo de telecomunicações, uma vez que envolve troca de informações.
2 – Telecomunicações 
2.1 – Conceito 
O conceito de telecomunicação abarca todas as formas de comunicação à distância. A palavra inclui o prefixo grego tele que significa “distância” ou “longe”. Como tal, a telecomunicação é uma técnica que consiste na transmissão de uma mensagem de um ponto para outro, geralmente com a mais-valia de ser bidirecional. A telefonia, o rádio, a televisão e a transmissão de dados através de computadores fazem parte do sector das telecomunicações.
Foi o físico inglês James Clerk Maxwell quem implementou as bases para o desenvolvimento da telecomunicação, ao introduzir o conceito de onda eletromagnética para descrever através das matemáticas a interação entre a eletricidade e o magnetismo. Posto isto, Maxwell terá afirmado que era possível propagar ondas pelo espaço livre ao utilizar descargas eléctricas, algo que viria a ser comprovado por Heinrich Hertz em 1887.
A história das telecomunicações começou a desenvolver-se na primeira metade do século XIX, com o telégrafo eléctrico (que permitia enviar mensagens com letras e números). Posteriormente, apareceu o telefone, que veio acrescentar a possibilidade de comunicar com recurso à voz. Com as ondas de rádio, a comunicação sem fios chegou para fazer uma autêntica revolução nos hábitos da humanidade.
Não há dúvida de que as inovações tecnológicas na área das telecomunicações não se ficaram por aí, pois são uma constante e não param de fazer furor. O modem possibilitou a transmissão de dados entre computadores e outros dispositivos, constituindo assim o ponto de partida para o desenvolvimento da Internet e outras redes informáticas.
Hoje em dia, as telecomunicações são parte integrante de um ramo industrial que move, anualmente, milhões de euros em todo o mundo.
2.2 – Rede de Telecomunicações
Para realizar a comunicação entre dois ou mais pontos, as redes fazem uso de sistemas de transmissão, que são basicamente combinações de meios e tecnologias de transmissão.
Assim, pode-se encontrar sistemas de transmissão baseados em links de microondas, fibra óptica, par trançado, cabo coaxial ou de satélite e empregando diferentes tecnologias nesses meios, tais como PDH, SDH, ATM, WDM, OTN, etc.
Em redes de telecomunicações hierárquicas, podemos encontrar 3 seções diferenciadas principalmente quanto à capacidade de transmissão de tráfego e às tecnologias de transmissão empregadas, conforme descritas a seguir.
Redes Backbone
As Redes Backbone dão suporte ao tráfego de longa distância e, por sua principal aplicação ser o transporte de informação, apresentam grande capacidade de tráfego e permitem que uma combinação diversificada de tráfego seja transportada por uma única infraestrutura. Os conjuntos de elemento que compõem o backbone são responsáveis pela transmissão, comutação, roteamento e gerenciamento de tráfego na rede das operadoras. 
Essas redes podem apresentar uma porção nacional e uma porção internacional, onde a conexão entre países e continentes é feita através de cabos de fibras ópticas submersos. A fibra óptica vem sendo bastante utilizada como meio de transmissão das redes de grandes operadoras de serviços de telecomunicações, principalmente devido a sua maior capacidade de transmissão.
Redes Backhaul
Rede Backhaul é a infraestrutura de conexão entre pontos agregadores da rede de acesso e pontos de presença da rede de backbone.
A grande relevância dessas redes se dá devido ao nível de capilaridade que promovem para a interligação entre os vários pontos de acesso e o núcleo da rede.
Alguns exemplos de conexões típicas em redes backhaul são:
•	conexão entre estações rádio base e suas controladoras (BSC, para o caso de redes baseadas em tecnologia móvel 2G, MSC, para o caso 3G),
•	conexões entre DSLAM e nós ATM, etc.
Como essas redes estão posicionadas entre dois grandes domínios de redes, elas precisam estar comprometidas com ambas, isto é, precisam satisfazer tanto a crescente dinâmica de tipos de tecnologias das redes de acesso quanto atender os requisitos de capacidade de transmissão das redes backbone.
Geralmente, redes backhaul utilizam links micro-ondas operando em faixas de frequência abaixo de 15 GHz, com comprimento típico em torno de 40 Km e capacidade com níveis de médio para alto com tecnologias PDH e SDH.
Para uma demanda maior de tráfego, muitos provedores de serviços implantam links de fibra óptica em substituição aos de micro-ondas.
Redes de Acesso
Redes de Acesso, ou redes de última milha são compostas pela infraestrutura de conexão entre o usuário final e a rede da operadora.
Elas se caracterizam pela presença da vários protocolos e apresentam um amplo espectro de taxas de transmissão.
Assim, dependendo do meio de transmissão, podem ser empregadas várias tecnologias de transmissão, como xDSL, WiMax, FTTx, etc, de forma a atender os diversos tipos de tráfego gerados por aplicações dos clientes.
Em sistemas de telefonia móvel, o acesso de estações móveis e estações centrais da planta de telefonia, podem ser feitos utilizando tecnologias analógica (FDMA) ou digital (TDMA e CDMA).
2.3 – Mídias de Telecomunicações 
Micro Ondas
As redes por micro-ondas são um tipo de meio de transmissão de dados não guiados de frequência extremamente alta muito usada na comunicação telefônica entre grandes distâncias, nos telefones celulares, etc. Apesar de ser barato e fácil de programar, é muito suscetível a fenômenos eletrônicos, magnéticos e atmosféricos, como por exemplo, a chuva. Sua velocidade de propagação é próxima a da luz. Apesar de tudo, incluindo o aparecimento das fibras ópticas, sua utilização ainda é grande.
É possível fazer a ligação entre duas redes usando ligação ponto a ponto sem fio, isto é, esta ligação funciona como se fosse um fio conectado a duas redes, usando- se de duas antenas direcionais, uma em cada rede. Assim as ondas de rádio são transmitidas focadas no receptor e não "espalhadas" por uma região. Esse tipo de ligação é conhecido como enlace (ou link) de micro-ondas e normalmente utiliza faixas de frequência de 2,4GHz e de 5GHz.
As antenas precisam estar perfeitamente alinhadas e portanto, só funciona para comunicação em linha reta, sem obstáculos.
O alcance máximo vai depender do ganho das antenas usadas. Sendo possível adicionas antenas para aumentar o alcance da conexão, ou para mudar a direção da transmissão.
Esse tipo de sistema era bastante utilizado para conectar redes de uma mesma empresa antes de a internet existir, pois é bem mais barato que fazer a mesma ligação usando cabos ou alugando linhas de transmissão privadas. Com a internet passou a ser possívelconectar duas redes de uma mesma empresa, através de um recurso chamado VPN, Virtual Private Network, para a criptografia de dados, o que é mais simples e mais barato de ser implementado do que um enlace de micro ondas, muito embora o enlace de micro ondas seja mais seguro, já que, para capturar dados transmitidos, um hacker teria que instalar uma antena no meio da conexão entre duas antenas.
Micro-ondas de banda estreita
Operam em frequências de micro-ondas, mas não usam amplo espectro;
Alguns produtos operam em frequência que exigem licenciamento FCC, enquanto outros usam bandas ISM não licenciadas;
Velocidade de dados (Mbps): 10 a 20;
Técnica de Modulação: FKS / QPSK;
Micro-ondas Terrestres
Atuam com frequência entre 3GHZ e 40GHZ;
Transmissão em linha reta;
Utilizam antenas parabólicas;
Possuem débitos de transmissão elevados, na ordem das centenas de Mbit/s;
Repetidores entre 10 e 100 km;
Aplicações: serviços de telecomunicação de longa distância(voz, televisão);
Alternativa FO e coaxial;
Usa menos repetidores que coaxial na mesma distância;
Sofre interferência da chuva principalmente quando possui frequência acima de 10GHz;
Quanto maior a frequência mais ocorrerá perda e será mais barato.
Micro-ondas por Satélite
Utilizam satélites geoestacionários com órbita de, aproximadamente, 36 000 km da superfície da Terra;
O satélite recebe o sinal em uma frequência e retransmite em outra;
Espaço entre os satélites:
Banda entre 4GHz e 6GHz: 4 graus
Banda entre 12GHz e 14GHz: 3 graus
Atrasos de propagação elevados (270 ms)
Número limitado de satélites;
Aplicações: Circuitos telefônicos; distribuição de sinal de TV; interligação de redes privadas;
2.4 – Satélite de Comunicação
O que são "Satélites de Comunicações"?
São satélites colocados em órbita da terra com a missão de transportarem repetidores de sinais de telecomunicações.
 	A comunicação entre Estações de Telecomunicações localizadas em dois pontos da terra (Estações Terrenas) pode ser estabelecida se ambas as estações tiverem visada direta para o satélite.
 
 
 	Os satélites podem transportar vários repetidores, também chamados de transpondes. Podem possuir também diferentes antenas e frequências.
 
Satélites Geoestacionários
 	A maior parte dos satélites de comunicações é Geoestacionária (GEO). Estes satélites orbitam ao redor da terra na mesma direção e velocidade de rotação da terra. Desta forma, eles parecem estar estacionários em relação a um ponto específico da terra, o que permite a utilização de antenas fixas apontadas para o satélite. A órbita geoestacionária está localizada na linha do equador a uma altitude de 35.786 km.
 	A União Internacional de Telecomunicações (UIT) dividiu o espaço geoestacionário em 180 posições orbitais, cada uma separada da outra de um ângulo de 2°. O Brasil pleiteou posições orbitais junto à UIT, que se encontram designadas para uso dos operadores detentores do direito de exploração de satélite brasileiro.
 
Frequências de satélites geoestacionários no Brasil
	Enlace Subida
Frequência (MHZ)
	Enlace Descida
Frequência (MHZ)
	Largura de faixa dos
Transpondes (MHz)
	5.927 a 5.963
	3.702 a 3.738
	36
	5.967 a 6.003
	3.742 a 3.778
	36
	6.007 a 6.043
	3.782 a 3.818
	36
	6.047 a 6.083
	3.822 a 3.858
	36
	6.087 a 6.123
	3.862 a 3.898
	36
	6.127 a 6.163
	3.902 a 3.938
	36
	6.167 a 6.203
	3.942 a 3.978
	36
	6.207 a 6.243
	3.982 a 4.018
	35
	6.367 a 6.403
	4.142 a 4.178
	36
	14.058,25 a 14.071,75
	11.758,25 a 11.771,75
	13,5
	14.136,25 a 14.163,25
	11.836,25 a 11.863,25
	27
	14.288,75 a 14.315,75
	14.288,75 a 14.315,75
	27
 
 	A Polarização para os enlaces de subida é vertical e para os enlaces de descida horizontal. (Ato 66.458 de 14/08/07)
 Outros tipos de Satélite
Existem ainda satélites em órbitas médias (MEOS), de 8 a 20 mil Km de altitude, e em órbitas baixas (LEOS), de 500 m a 3 mil Km de altitude. Estes satélites possuem órbitas elípticas e se movem em relação à terra o que implica na utilização de antenas móveis ou frequências mais baixas. Este satélite tem sido utilizado em comunicações móveis por permitirem a utilização de terminais potência de transmissão por estarem mais próximos da terra.
 
 Regulamentação
 	O satélite de comunicações não é um serviço de comunicações. Ele é utilizado como meio de transporte de sinais de telecom. por prestadoras que possuem licenças para prestar serviços de telecomunicações como:
 
Prestadoras de Telefonia Fixa, Celular ou Comunicação Multimídia.
Prestadoras de Serviço de TV por Assinatura via Satélite (DTH)
Prestadoras Serviço Móvel Global por Satélite - SMGS
Para que um satélite seja utilizado por uma prestadora de serviços de telecom no Brasil é necessário, que a Anatel lhe confira o direito de exploração de satélite brasileiro ou estrangeiro. O satélite brasileiro é aquele que ocupa uma posição orbital alocada pela UIT para o Brasil. A tabela a seguir apresenta a regulamentação deste processo.
	  TIPO Nº
	DATA
	TÍTULO
	Res. nº 220
	05/04/2000
	Regulamento sobre o Direito de Exploração de Satélite para Transporte de Sinais de Telecomunicações, na forma do Anexo a est Resolução.
	Res. nº 386
	03/11/2004
	Regulamento de Cobrança de Preço Público pelo Direito de Exploração de Serviços de Telecomunicações e pelo Direito de Exploração de Satélite
 
Alterada pela Res. 484 de 5/11/07
 
2.5 – Tecnologia celular/Sem fio
Primeira Geração (1G)
Antes de mais é necessário compreender que os tele móveis da primeira geração são o início da existência dos tele móveis, embora para algumas entidades exista ainda a geração 0 (0G) mas a sua existência não é aceite por todo o mundo.
Esta geração foi introduzida no mercado durante as décadas de 1980 e 1990, e foi uma das maiores invenções da altura porque conseguiu que as pessoas pudessem comunicar onde quer que esteja. A partir deste momento o mundo acabou por “encolher” devido à facilidade com que as pessoas podiam comunicar, sem terem de se encontrar pessoalmente para o fazerem. Uma das características menos úteis do tele móvel de primeira geração era o seu tamanho e o seu peso.
Imagem do primeiro telemóvel a ser comercializado.
O primeiro tele móvel a ser comercializado foi desenvolvido por Martin Cooper nos laboratórios da Motorola, passando assim a chamar-se Motorola DynaTac. Pesava cerca de um quilo e tinha autonomia para cerca de trinta e cinco minutos.
A primeira chamada feita a partir de um tele móvel foi, de facto feita por Martin Cooper, o seu impulsionador, no dia 3 de Abril de 1973 em Nova Iorque. Acontecimento este que acabaria por revolucionar completamente a vida das pessoas.
A partir deste momento, o número de pessoas a usufruírem de tele móveis aumentou exponencialmente, daí que hoje em dia praticamente todas as pessoas possuam estes dispositivos.
Imagem de Martin Cooper: o criador do primeiro tele móvel.
Focando agora os termos técnicos, as gerações de tele móveis 1G permitia apenas a transferência de sons através de ondas analógicas, em que a sua forma variava continuamente. Como já foi dito, foi uma revolução no modo de comunicar entre as pessoas.
E, como seria de esperar, não foi perfeita pois tratava-se da primeira inovação a este nível. Por isso, para além de ter bastante utilidade nem sempre era funcional, devido à interferência, o que prejudicava a sua qualidade de ligação. Para além disto, estes tele móveis tinham uma fraca qualidade de som. Contrariamente aos tele móveis das gerações atuais, estes tele móveis apenas permitiam realizar chamadas.
Concluindo, a primeira geração de tele móveis foi uma das maiores invenções na altura, pois permitiu que a forma como as pessoas comunicavam mudasse completamente. Estes aparelhos eram grandes e pesados. Para além disso, possuíam muita interferência durante as chamadas e a qualidade de som não era fenomenal. No entanto, isso não impediu que as pessoas utilizassem esse modo de comunicação.Esta geração foi a que teve maior influência na vida das pessoas pois marcou uma nova era. A partir desta geração os tele móveis e as suas capacidades foram explorados e trabalhados, o que permitiu que hoje toda a gente com tele móvel possa usufruir de muitas mais opções para além de telefonar.
Segunda Geração (2G)
Os sistemas móveis de segunda geração (2G) apareceram por volta de 1990 no sentido de colmatar as limitações dos sistemas móveis de comunicação da primeira geração que haviam sido, ainda assim, um sucesso comercial o que contribuiu igualmente para o aparecimento dos tele móveis de 2G. Desta forma, iriam ser melhorados aspetos técnicos, comerciais, políticas de normalização das redes móveis.
Foi também nesta altura que o tele móvel começou a ser mais acessível monetariamente, o que contribui para que as pessoas tivessem uma grande adesão à compra.
Enquanto a primeira chamada de telefone celular digital pré-comercial foi feito nos Estados Unidos em 1990, foi na Finlândia, em 1991, que a primeira rede GSM abriu, que iria ser a tecnologia móvel 2G mais popular. O seu desenvolvimento deriva da necessidade de poder haver um maior número de ligações em simultâneo, de forma a que mais pessoas pudessem comunicar em simultâneo sem existir um congestionamento da rede.
Foram então introduzidos protocolos de telefonia digital que além de permitirem mais conexões simultâneas com a mesma largura de banda, permitiam integrar outros serviços, que anteriormente eram independentes, como a capacidade para transmissão de dados entre dispositivos de fax e modem.
Este sistema abarca vários protocolos distintos desenvolvidos por várias companhias e incompatíveis com eles, o que limita a área de uso dos telemóveis às regiões das respetivas companhias que deram suporte a esses protocolos.
Protocolos de 2G:
GSM - Desenvolvida na Europa e adotada em grande parte do mundo. Diferencia-se das outras tecnologias pelo uso de cartões de memória (“chips”) nos aparelhos, que possibilitam levar as características do utilizador para outro aparelho ou rede GSM. O GSM opera nas faixas de 900, 1800 e 1900 MHz.
TDMA (conhecido também como TIA/EIA136 ou ANSI-136, sistema regulado pela TIA) – Esta tecnologia divide os canais de frequência em até 6 intervalos de tempo diferentes e cada utilizador usa um espaço específico, para impedir problemas de interferências. Opera em 800 MHz.
CDMA – Sistema digital que permite o acesso (simultaneamente) de muitos utilizadores num único canal de estação rádio-base, aumentando assim a capacidade da rede. Esta tecnologia compete diretamente com o GSM. A grande desvantagem é que os dispositivos que operam em CDMA são mais suscetíveis de sofrerem clonagem. Opera nas frequências de 800 e 1900 MHz.
D-AMPS
PHS – Sistema usado com a finalidade de ter um protocolo mais focado para a transferência de dados do que o resto dos protocolos 2G.
Os sistemas móveis de 2G são totalmente digitais, ou não tivessem sido executados através de circuitos digitais, possuindo então transmissão e sinalização mais rápida e avançada.
Em geral, os sistemas móveis 2G na Europa utilizavam uma frequência elevada. No entanto, existe também o caso em que a frequência 900 MHz era utilizada tanto para sistemas 1G como para sistemas 2G, de modo que os sistemas 1G foram desaparecendo para dar lugar aos sistemas 2G. Do outro lado do Atlântico, os EUA implementaram o padrão IS-54, mais conhecido como AMPS Digital, o que levou ao deslocamento de alguns canais analógicos existentes.
Desta necessidade de sistemas digitais com maior capacidade, surgiram as tecnologias de segunda geração, que trazem as seguintes vantagens sobre os analógicos: codificação digital de voz mais poderosa, maior eficiência espectral, melhor qualidade de voz, facilidade de comunicação de dados e a criptografia.
Com a introdução dos sistemas de 2G, foram introduzidos dispositivos de pequenas dimensões (100-200g), muito diferentes dos grandes dispositivos existentes anteriormente, os ''brick phones''. Esta mudança em termos de dimensão dos dispositivos móveis foi possível devido a avanços nos projetos das baterias bem como em outros elementos eletrônicos mais eficientes em termos energéticos.
Foram registadas igualmente mudanças na densidade celular local, cuja maior densidade provocou um salto nos níveis de utilização, que por sua vez aumentaram as potências de transmissão.
Foi na segunda geração de sistemas móveis que uma nova plataforma de mensagens foi introduzida, inicialmente em redes GSM e, eventualmente, em todas as redes digitais - o sistema de mensagens curtas (SMS) ou mensagens de texto mais popularmente chamado. A primeira mensagem enviada de pessoa para pessoa surgiu na Finlândia em 1993. Não demorou muito até que a SMS se tornasse a comunicação de preferência para a geração mais jovem. Hoje, em muitos mercados avançados, o público em geral prefere o envio de mensagens de texto do que fazer chamadas de voz.
Assim, os dispositivos de 2º geração melhoraram as comunicações de roaming internacional permitindo chamadas no nosso país e no estrangeiro, tendo como principais características a segurança, robustez/fiabilidade, utilização eficiente do espectro e suporte de serviços de transmissão de dados de baixo débito.
Foi com a chegada da 2º geração de tecnologias móveis que estes mesmos dispositivos começaram a fazer parte da vida da ampla maioria das pessoas. As redes 2G fornecem a infraestrutura básica de conversação de forma eficiente, possuindo, também, a capacidade de troca de pequenas quantidades de dados. Apesar de atualmente, já existirem outras gerações de telemóveis mais avançadas, a tecnologia 2G é, ainda, uma fase de referência para os utilizadores dada a mudança significativa que registou face à geração anterior.
Deste modo, ainda existem utilizadores portugueses portadores de dispositivos desta geração, nomeadamente aqueles com menores posses financeiras e instalados no meio rural. Por um lado, os mais idosos têm um tele móvel o mais económico possível e as suas funções são basicamente fazer e receber chamadas. Já os mais jovens têm preferência por um tele móvel de geração mais avançada, independentemente do custo e das funções que lhe possa ser útil.
Surgimento da 2.5G
A tecnologia móvel 2,5G serviu de transição entre os sistemas de 2º geração e os sistema de 3ª geração. Os sistemas 2,5G foram desenvolvidos para suprir as deficiências dos sistemas 2G na parte de transmissão de dados. Os requisitos 2G para a taxa de transmissão de dados ficava em 9,6 kbps ou 14,4 kbps. Na década de 1990, houve a necessidade de ampliar estas mesmas taxas, sendo que os sistemas 2,5G conseguem taxas que vão até 144 kbps.
Comparativamente com a 2ª geração, possui velocidades superiores, permitindo um acesso à Internet mais flexível e eficiente.
Nos sistemas de 2.5G foram introduzidos alguns serviços, que hoje são bastante populares, como por exemplo:
IS-95B – Evolução CDMA com taxas até 115,2 kbps.
HSCSD – Evolução GSM com taxas de até 28,8 kbps.
GPRS – Evolução GSM com taxas de até 57,2 kbps.
EDGE – Evolução GSM com taxas de até 128 kbps.
1xRTT – Evolução CDMA com taxas de até 144 kbps
Importante destacar que alguns autores de livros consideram as tecnologias EDGE e 1xRTT como uma espécie de primeira fase da 3G. Alguns autores até utilizam o termo 2,75G para estas tecnologias.
Terceira Geração (3G)
Os tele móveis de terceira geração foram uma nova etapa na história do tele móvel que alterou completamente a principal função do tele móvel, as chamadas.
A partir deste momento, os tele móveis começaram a ter mais funcionalidades: passaram a servir de computadores pois permitiam enviar emails e outras coisas, foi incorporada uma câmara de vídeo e passaram a disponibilizar o serviço de rádio e de leitor de músicas de modo que os seus utilizadores pudessem ouvir as suas músicas e estações de rádio favoritas. O seu visual também foi afetado relativamente às gerações anteriores, permitindo uma maiorcapacidade e conforto de transporte, devido à significativa redução de peso.
Imagem de tele móveis de terceira geração.
Relativamente aos termos técnicos, esta geração implementou alguns sistemas, entre os quais o UMTS, WCDMA, EV-DO, HSPA. Estes sistemas foram criados com o objetivo de que passasse a existir uma norma universal relativo às comunicações pessoais, com uma qualidade de serviços equivalente à rede fixa.
Cada um destes sistemas tinha características diferentes, como por exemplo a velocidade de download e upload.
Imagem que mostra as diferentes velocidades de download e upload.
Depois da hegemonia da Nokia durante toda a segunda geração e até meio da terceira geração, apareceram novos sistemas operativos como o Android e o IOS, muito mais desenvolvidos e modernos que o sistema operativo da Nokia, o Symbiam:
-O Android foi criado pela Google e foi lançado para o mercado a 21 de Outubro de 2008. É um sistema operativo baseado em Linux para dispositivos móveis.
-O IOS foi criado pela Apple e apresentado no dia 9 de Janeiro de 2007 inicialmente para o Iphone. É um sistema operativo de simples utilização e as suas aplicações são bastante eficientes. Foi criado para ser utilizado em plataformas sensíveis ao toque, como é o caso do Iphone.
Hoje em dia, são a Apple e a Google que dominam o mercado no que respeita aos sistemas operativos. Em Portugal, a relação preço-qualidade faz os utilizadores virarem-se para o Android, uma vez que a qualidade do produto não difere muito do IOS mas praticam preços mais baixos. Apesar disto, o IOS ainda é melhor em termos técnicos, no entanto o Android vai melhorando a cada dia que passa.
Esta geração também trouxe uma melhoria ao nível da bateria, uma vez que este tele móvel permitiam que uma pessoa pudesse estar mais tempo a fazer chamadas, no entanto, a bateria dos tele móveis da geração anterior permitia que estes estivessem mais tempo em stand-by. Para além disto, tinham uma maior capacidade de memória interna e já era possível a incorporação de cartões de memória. Esta era uma condição necessária uma vez que as novas funcionalidades, como por exemplo a câmara de vídeo, exigiam mais espaço de armazenamento.
Estes dispositivos passaram a incorporar algumas funcionalidades que mudaram ainda mais as vidas dos seus utilizadores, entre as quais a chamada de vídeo, Bluetooth, o acesso à internet, câmara de vídeo e leitor de música.
Estas funcionalidades permitiram uma evolução na vida dos utilizadores tanto a nível profissional como a nível lúdico. Estes dispositivos permitiam enviar emails, tal como um computador e tinha ainda a vantagem de ser mais portátil, o que fazia com que as pessoas tivessem a capacidade de tratar de assuntos relacionados com o trabalho só com “as pontas dos dedos”.
Para além disto, permitiam que a comunicação entre familiares e amigos fosse feita a qualquer instante e ainda, que os momentos mais marcantes da vida de uma pessoa ficasse gravada no tele móvel, por exemplo através da câmara de vídeo.
Esta geração de tele móveis foi aquela que registou um maior número de vendas por todo mundo, número esse que tem vindo a aumentar até hoje. Algumas das principais razões para que isso aconteça é o facto de haver muitas opções no que toca à escolha de um tele móvel, a gama de preços variar muito, (acessíveis a qualquer pessoa), e haver imensas funções que tornam o tele móvel mais apelativo.
Estes dispositivos foram um novo marco na história das telecomunicações pois introduziram novas funcionalidades e um visual mais moderno e apelativo.
Graças a estas novas funcionalidades as pessoas ganharam ferramentas que tanto podem ser utilizadas no mundo do trabalho como num ambiente mais familiar.	O número de pessoas com tele móvel desde o aparecimento desta geração continua a aumentar até hoje, assim como número de funcionalidades disponíveis.
Quarta Geração (4G)
A mais recente evolução ao nível das comunicações móveis é a rede 4G, também designada por LTE. O 4G é o mais recente desenvolvimento na área das telecomunicações que trará ao utilizador várias vantagens, tais como, velocidades cem vezes superiores à da rede 3G bem como a capacidade de visualizar vídeos em alta definição a partir de um dispositivo móvel, e menor latência na conexão, entre outras...
A nova geração de transmissão de dados está ainda na sua fase inicial, pelo que se pensa que demorará vários anos para que esta tecnologia esteja acessível a todos, desde o litoral ao interior. Esta mudança é gradual e assemelha-se à mudança ocorrida na viragem da 2ª geração móvel para a 3ª geração. A evolução dá-se não só na rede, mas também nos equipamentos que com o avanço tecnológico começam a integrar um sistema de receção de rede que integra o sistema LTE.
A rede 4G funciona em várias frequências, desde os 700 MHz até 2,6 GHz. Na Europa a sua proliferação está-se a dar geralmente no espectro dos 800 MHz e dos 2,6GHz. Contudo, a rede 4G necessitou que o sinal de televisão analógico fosse convertido para a Televisão Digital Terrestre (TDT) para “limpar” a banda de frequências, com vista a ser disponibilizada na 4ª geração móvel.
A 4ª geração móvel consegue fornecer ao seu utilizador velocidades de download na ordem dos 150 Mbps, comparativamente à 3.5G; que apenas o fazia à mera velocidade de 7,5 Mbps, e ao 3G, a 385 kbps.
Em todo o mundo a tecnologia 4G começa a dar os seus primeiros passos, com os países mais desenvolvidos a liderar a inovação e a expansão da cobertura gradualmente.
Um problema que se prende com esta tecnologia é a divergência de frequências utilizadas, que difere de país para país, o que faz com que um aparelho eletrônico proveniente dos Estados Unidos possa não estar adaptado às frequências utilizadas na Europa, e vice-versa.
O início da 4ª geração móvel em Portugal deu-se com o leilão da banda de frequências pela ANACOM a 3 operadoras, arrecadando assim mais de 375 milhões de euros. Foram elas a TMN, Vodafone Portugal e a Optimus. São as únicas empresas a disponibilizar comercialmente o acesso ao 4G no nosso território.
Portugal encontra-se num processo de expansão lento e gradual desta nova tecnologia, pelo que podemos notar que a cobertura está sendo alargada, primeiro privilegiando as cidades mais populosas e o litoral, e posteriormente o interior. Pensa-se que esta nova tecnologia esteja totalmente operacional em território nacional em meados de 2014.
Conclui-se então que a 4ª geração móvel é a tecnologia do futuro e que será necessário ainda um desenvolvimento significativo a nível mundial com vista a tornar a LTE uma rede com cobertura ampla e total que forneça aos seus utilizadores todas as vantagens que a rede 4G tem para oferecer. Todo este desenvolvimento se deve principalmente a pequenos avanços tecnológicos que juntos contribuíram para a criação do sistema LTE. Todas estas capacidades irão facilitar a comunicação do seu utilizador.
Verifica-se que Portugal, apesar das dificuldades financeiras que atravessa no momento presente, é um dos poucos países da Europa que já disponibiliza o sistema LTE em benefício do utilizador. A indústria de produção de telemóveis também terá que se adaptar, começando a incrementar um sistema recetor de frequências utilizadas no LTE, visto que, para que a rede 4G funcione, necessita de compatibilidade por parte da rede, bem como do telemóvel, ou outro recetor, à nova tecnologia. O sistema LTE tem sido bastante criticado por peritos na matéria, pois não aceitam a designação de 4G a este sistema porque, segundo os mesmos, este não cumpre todos os parâmetros necessários para receber esta designação, parâmetros estes definidos pela International Telecommunication Union ITU, designando o LTE por 3,9G, recusando o atual 4G.
Mesmo o sistema LTE vai sofrendo alterações a nível tecnológico pelo que se criou recentemente um sistema designado por LTE-Advanced que confere ao utilizador ainda melhores condições que o LTE original, demonstrandocada vez mais que o mundo está em constante progresso e evolução.
2.6 – Telefonia Fixa
	Telefonia Fixa: O que é
 Telefonia é a área do conhecimento que trata da transmissão de voz e outros sons através de uma rede de telecomunicações. Ela surgiu da necessidade das pessoas que estão a distância se comunicarem. (Dic. Aurélio: tele = longe, a distância; fonia = som ou timbre da voz).
 Os sistemas telefônicos tradicionais rapidamente se difundiram pelo mundo atingindo em 2012 um total 1,2 bilhão de linhas e índices de penetração apresentados na tabela a seguir (Fonte: UIT 2013).
 
	DENSIDADE (LINHAS/100 HAB.)
	2001
	2012
	Estados Unidos
	66,45
	44,4
	Europa
	40,62
	40,2
	Brasil
	21,78
	22,3
	Mundo
	17,21
	16,9
 
Com o aparecimento dos sistemas de comunicação móvel com a Telefonia Celular o termo Telefonia Fixa passou a ser utilizado para caracterizar os sistemas telefônicos tradicionais que não apresentam mobilidade para os terminais.
 
A figura a seguir apresenta as partes básicas de um sistema telefônico tradicional.
 
Figura 1: Detalhamento básico de um sistema telefônico
 
 Terminal telefônico
 	O terminal telefônico é o aparelho utilizado pelo assinante. No lado do assinante pode existir desde um único terminal, até um sistema telefônico privado como um PABX para atender a uma empresa com seus ramais ou um call center. Um terminal é geralmente associado a um assinante do sistema telefônico.
Existem também os Terminais de Uso Público (TUP) conhecidos popularmente como orelhões.
 
Rede de acesso
A Rede de Acesso é responsável pela conexão entre os assinantes e as centrais telefônicas.
 	As Redes de Acesso são normalmente construídas utilizando cabos de fios metálicos em que um par é dedicado a cada assinante. Este par, juntamente com os recursos da central dedicados ao assinante é conhecido como acesso ou linha telefônica.
 	A Anatel acompanha a capacidade de atendimento das operadoras telefônicas através do número de acessos instalados, definido simplesmente como o número de acessos, inclusive os destinados ao uso coletivo, que se encontram em serviço ou dispõem de todas as facilidades necessárias para entrar em serviço.
 	A tecnologia “wireless” tem sido empregada como forma alternativa de acesso. Uma rede para “Wireless Local Loop (WLL)” é implantada de forma semelhante aos sistemas celulares, com Estações Rádio Base (ERBs) que, uma vez ativadas, podem oferecer serviço em um raio de vários quilômetros.
 
Outra forma de uso da tecnologia “wireless” é através da própria rede celular convencional. Um terminal celular configurado para ter acesso restrito a uma única Estação Rádio Base (ERB) pode ser usado como um terminal para o serviço de telefonia fixa.
 	No Brasil a Anatel, através da Resolução nº 492 de 19/02/2008, aprovou a Certificação e Homologação de Transmissores (ERBs) e transceptores (terminais celulares) para o serviço de telefonia fixa em aplicações ponto-multiponto (redes celulares), estabelecendo o seguinte conceito de Mobilidade Restrita:
 	“Função de Mobilidade Restrita: facilidade do sistema ponto-multiponto (rede celular) do serviço fixo que permite à ETA (terminal celular) o estabelecimento de sessão, chamada ou outra espécie de comunicação em células ou setores distintos daquele em que foi inicialmente instalada.”
 	No seu Artigo 3º esta resolução ainda define que, ao fazer uso desta solução para prover o serviço fixo, a Operadora deverá apresentar uma declaração informando que não habilitará as funções de mobilidade da rede e dos terminais a serem usados para aplicações fixas.
 
Central Telefônica
As linhas telefônicas dos vários assinantes chegam às centrais telefônicas e são conectadas entre si quando um assinante (A) deseja falar com outro assinante (B).
 	Convencionou-se chamar de A o assinante que origina a chamada e de B aquele que recebe a chamada. Comutação é o termo usado para indicar a conexão entre assinantes. Daí o termo Central de Comutação (“switch”).
 	A central telefônica tem a função de automatizar o que faziam as antigas telefonistas que comutavam manualmente os caminhos para a formação dos circuitos telefônicos.
A central de comutação estabelece circuitos temporários entre assinantes permitindo o compartilhamento de meios e promovendo uma otimização dos recursos disponíveis.
 	A central a que estão conectados os assinantes de uma rede telefônica em uma região é chamada de Central Local.
Para permitir que assinantes ligados a uma Central Local falem com os assinantes ligados a outra Central Local são estabelecidas conexões entre as duas centrais, conhecidas como circuitos troncos. No Brasil um circuito tronco utiliza geralmente o padrão internacional da UIT para canalização digital sendo igual a 2 Mbps ou 1 E1.
 
Figura 2: Diagrama básico de interligação de centrais
 
 	Em uma cidade podemos ter uma ou várias Centrais Locais. Em uma região metropolitana pode ser necessário o uso de uma Central Tandem que está conectada apenas a outras centrais, para otimizar o encaminhamento do tráfego. As centrais denominadas Mistas possuem a função local e a função tandem simultaneamente.
Estas centrais telefônicas locais estão também interligadas a Centrais Locais de outras cidades, estados ou países através de centrais de comutação intermediarias denominadas de Centrais Trânsito.
As Centrais Trânsito são organizadas hierarquicamente conforme sua área de abrangência sendo as Centrais Trânsito Internacionais as de mais alta hierarquia. É possível desta forma conectar um assinante com outro em qualquer parte do mundo.
	
Chamada Telefônica
Para que um assinante do sistema telefônico fale com o outro é necessário que seja estabelecido um circuito temporário entre os dois.
Este processo, que inicia com a discagem do número telefônico do assinante com quem se deseja falar, é denominado chamada ou ligação telefônica.
 
Numeração
 	No Brasil, a cada assinante do serviço telefônico fixo foi atribuído um código de acesso de assinante, ou número telefônico, formado de 8 dígitos (N8+N7+N6+N5+N4+N3+N2+N1) que é discado quando a ligação é local.
Normalmente os primeiros 4 dígitos correspondem ao prefixo da central telefônica local a qual o assinante está conectado e os 4 últimos dígitos ao número do assinante na rede de acesso desta central.
Para ligações nacionais ou internacionais, é necessário que sejam discados códigos adicionais (nacional, internacional e seleção de operadora).
Para permitir a busca de um assinante na rede mundial, A UIT – União Internacional de Telecomunicações - definiu o Plano de Numeração Internacional, definindo o código de cada país (Brasil 55, EUA 1, Itália 39, Argentina 54, etc.), assim como algumas regras básicas que facilitam o uso do serviço, como o uso de prefixos .
 
O Regulamento de Numeração do STFC define:
0 (zero) como Prefixo Nacional, ou seja, o primeiro dígito a ser discado numa chamada de longa distância nacional.
00 (zero zero) como o Prefixo Internacional, ou seja, o primeiro e segundo dígitos a serem discados numa chamada internacional.
90 (nove zero) como o Prefixo de chamada a cobrar.
N12+N11 – CSP - código de seleção de prestadora – como o código a ser discado antes do código de acesso nacional ou internacional e imediatamente após o Prefixo Nacional ou Prefixo Internacional.
N10+N9 – Código Nacional (DDD) da cidade do assinante chamado (assinante B), a ser discado após o código de seleção de prestadora em chamadas nacionais.
Desta forma, é possível repetir os números de assinantes de forma não ambígua, em cidades diferentes.
Este esquema hierárquico de planejar a numeração é adotado internacionalmente, com pequenas diferenças entre um país e outro. Normalmente a diferença está nos prefixos escolhidos para acesso nacional e internacional, no uso do código de seleção de prestadora, na digitação interrompida por tons intermediários, etc.
O encaminhamento de chamadas dentro de uma rede telefônica flui do assinante para a sua central telefônicalocal e daí para outras centrais até o assinante chamado, de acordo com o número digitado pelo assinante A.
 
Sinalização
Para que a chamada seja estabelecida o sistema telefônico tem que receber do assinante o número completo a ser chamado, estabelecer o caminho para a chamada e avisar ao assinante que existe uma chamada para ele. O sistema que cumpre estas funções em uma rede telefônica é chamado de sinalização.
A sinalização entre o terminal do assinante e a central local é transmitida por abertura e fechamento do circuito da linha telefônica (pulso) ou pelo envio de sinais em frequências específicas (tom).
 
Digitalização
Nos anos 70 as centrais telefônicas iniciaram uma evolução de uma concepção analógica para digital. Esta transformação iniciada no núcleo das centrais, pela substituição de componentes eletromecânicos por processadores digitais estendeu-se a outras áreas periféricas das centrais, dando origem às centrais digitais CPA-T (Controle por Programa Armazenado -Temporal). Em 2002, no Brasil, 98 % das centrais eram digitais.
Com as centrais digitais foi possível evoluir os métodos de sinalização, passando de sistemas onde a sinalização é feita utilizando o próprio canal onde se processa a chamada telefônica (canal associado) para a padronização estabelecida pelo sistema de sinalização por canal comum número 7 (SS7) que utiliza um canal dedicado para sinalização (Canal Comum). Esta evolução trouxe flexibilidade e uma série de benefícios ao sistema telefônico principalmente quanto ao oferecimento de serviços suplementares e de rede inteligente.
	
Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC)
A Anatel utiliza a denominação Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) para caracterizar a prestação de serviços de Telefonia Fixa no Brasil.
Considera modalidades do Serviço Telefônico Fixo Comutado o serviço local, o serviço de longa distância nacional e o serviço de longa distância internacional.
 
Serviço Local
 	A operadora que presta o serviço local é aquela que possui a central local e a rede de acesso à qual o terminal do assinante está conectado. É considerado serviço local aquele destinado à comunicação entre dois terminais fixos em uma área geográfica contínua de prestação de serviços, definida pela Anatel, segundo critérios técnicos e econômicos, como uma área local.
 	Uma área local corresponde normalmente ao conjunto de localidades de um município. Toda vez que você discar apenas o número do assinante (8 dígitos) estará fazendo uma ligação local.
Como o usuário contrata o seu serviço telefônico junto a uma operadora de serviço local da qual passa a ser assinante, qualquer ligação local será feita através da rede desta operadora.
 	Similarmente, quando uma chamada é originada de um telefone de uso público (TUP), a rede de acesso utilizada é a da prestadora proprietária daquele TUP e a respectiva rede de acesso.
 
Figura 3: Diagrama de interconexão de operadoras de serviço local
 	Se em uma área local existirem duas operadoras prestando serviço local deverá haver interconexão entre estas redes, tornando possível uma ligação local entre assinantes destas duas operadoras.
Neste caso, para uma chamada normal, o assinante originador da chamada paga a ligação à sua operadora local e esta remunera a outra pelo uso de sua rede. Na chamada a cobrar, a situação se inverte.
 	A regra é simples: a operadora que cobra do cliente pelo serviço prestado paga à(s) outra(s) pelo uso de sua(s) rede(s).
 
Serviço de Longa Distância
 O Serviço de Longa Distância Nacional é aquele destinado à comunicação entre dois terminais fixos situados em áreas locais distintas no território nacional.
 
Figura 4: Diagrama de uma chamada de longa distância
 	Uma ligação de longa distância envolve normalmente três operadoras. A operadora local 1 que presta o serviço local ao assinante que origina a chamada, a operadora local 2 que presta o serviço local ao assinante que recebe a chamada, e a operadora de longa distância.
 	Como é possível haver várias operadoras de longa distância prestando este serviço entre estes dois locais, a regulamentação estabelecida pela Anatel permite que o usuário escolha a prestadora do serviço de longa distância de sua preferência, chamada a chamada, através do código de seleção de prestadora (CSP).
 	A regulamentação estabelece que a receita deste tipo de chamada é da prestadora de longa distância, cabendo a ela cobrar do cliente que a escolheu para transportar a chamada e pagar às operadoras locais pelo uso de suas redes.
Em muitos casos uma operadora pode executar os três papéis em uma ligação de longa distância. Exemplos: uma chamada entre Campinas e São José dos Campos em que a operadora de longa distância escolhida seja a Vivo (Telefonica), e uma chamada entre o Rio de Janeiro e Porto alegre em que a operadora de longa distância escolhida seja a Oi.
	
Operadoras de STFC
A Anatel dividiu o Brasil em 3 regiões de prestação do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC), conforme mostra a figura abaixo.
 
Figura 5: Regiões de prestação de serviço do STFC
 Serviço Local
 	As empresas privatizadas do sistema Telebrás receberam as concessões para a prestação de STFC. Para as demais prestadoras de STFC foram outorgadas autorizações.
 	As empresas concessionárias têm que cumprir metas mais abrangentes de atendimento tendo em vista as metas de universalização de serviço. Isto decorre do fato de serem operadoras estabelecidas em posição de quase monopólio em suas áreas de atendimento, principalmente quanto ao serviço local.
 	Como forma de estimular a competição a Anatel licitou em 1999 autorizações para as chamadas empresas espelho nas regiões I, II e III. As localidades que as empresas espelhos não incluíram em seus compromissos de atendimento foram licitadas posteriormente dando origem a espelhinhos.
 
A estas empresas (concessionárias e espelhos) foram outorgadas também concessões ou autorizações para prestar o serviço de longa distância regional para ligações entre localidades dentro de sua área de prestação de serviço.
 
Serviço de Longa distância
O Plano Geral de Outorgas – PGO - definiu uma região 4 (nacional) para a qual foram outorgadas uma concessão (Embratel) e uma autorização (Intelig) para o serviço de longa distância nacional e internacional.
 	A partir de 31 de dezembro de 2001 deixou de existir qualquer limite ao número de autorizações a serem expedidas para a prestação do STFC.
 
As regras passaram a ser:
Constituem objeto de autorização as regiões I, II e III do PGO ou as 67 áreas de numeração correspondentes ao Código Nacional (DDD).
A prestação do serviço deve ser iniciada pela autorizada em até doze meses, contados a partir da data de publicação da autorização no diário oficial.
A autorizada a prestar o STFC exclusivamente na modalidade local, não está sujeita ao cumprimento de compromissos de abrangência e atendimento.
A autorização para prestação de STFC na modalidade de serviço de longa distância nacional compreende a prestação do serviço nas chamadas originadas na Área de Prestação e destinada a qualquer ponto do território nacional.
 
2.7 – Telefonia Móvel/Celular
	O que é?
Telefonia celular, ou telefonia móvel, é o nome dado para sistemas de comunicações móveis que têm uma arquitetura celular e interconexão com a Rede Telefônica fixa.
Ao contrário do que ocorre na Telefonia Fixa, com a Telefonia Celular passou-se a ter como alternativa um pequeno aparelho portátil que pode receber ou fazer chamadas em movimento e de praticamente qualquer lugar onde esteja.
 
Esta mobilidade é conseguida pela utilização de comunicação wireless (sem fio) entre o terminal e uma Estação Rádio Base (ERB) conectada a uma Central de Comutação e Controle (CCC) que tem interconexão com o serviço telefônico fixo comutado (STFC) e a outras CCC´s, permitindo chamadas entre os terminais celulares, e deles com os telefones fixos comuns.
 	O terminal móvel se comunica com a ERB mais próxima. A área de cobertura referente a uma ERBé chamada de célula. Ao se locomover o terminal móvel muda de célula e tem sua comunicação transferida de uma ERB para outra. A mudança de ERB durante uma chamada é denominada “handover”.
De acordo com o plano de serviço do assinante é definida uma área de mobilidade que pode estar restrita a um conjunto de ERBs cobrindo um município ou corresponder a área de cobertura de várias CCCs e suas ERBs como é o caso da cidade de São Paulo.
Quando o terminal está fora de sua Área de Mobilidade ele está em roaming, ou seja, ele é um assinante visitante no sistema celular daquela região.
É possível a um terminal operar em um sistema celular em outra região do país ou do mundo desde que o terminal seja compatível com as características técnicas da operadora visitada e exista um acordo de roaming desta com a operadora do assinante.
As principais características técnicas para permitir o roaming são freqüência de operação e padrão de tecnologia do terminal. Consulte o Tutorial de Roaming do Teleco para maiores informações.
 
	Frequências
 Um sistema celular que utilizasse apenas uma ERB em uma cidade com a Banda de frequências alocada usualmente para este tipo de serviço poderia atender a menos de 500 usuários em comunicação simultânea.
 Como as freqüências do espectro eletromagnético são um recurso escasso, devido a sua utilização por um grande número de aplicações, a ampliação da capacidade dos sistemas celulares foi possível com a divisão da banda disponível em grupos de frequências que são reutilizados em células não adjacentes.
A figura ao lado apresenta um esquema de reuso de frequências em que a banda disponível é dividida em 7 grupos. Estas células podem ser por sua vez divididas em 3 setores gerando um padrão de plano de distribuição de frequências com 21 grupos.
 
Frequências para o Celular no Brasil
 	A tabela a seguir apresenta as subfaixas de frequências utilizadas pelas operadoras de celular no Brasil até 2006.
	 Freqüências
(MHz)
	Transmissão da
	
	Estação Móvel
	ERB
	Subfaixa A
	824-835
845-846,5
	869-880
890-891,5
	Subfaixa B
	835-845
846,5-849
	880-890
891,5-894
	Subfaixa D
	910-912,5
1710-1725
	955-957,5
1805-1820
	Subfaixa E
	912,5-915
1740-1755
	957,5-960
1835-1850
	Subfaixas de
Extensão
	898,5-901
907,5-910
1725-1740
1775-1785
	943,5-946
952,5-955
1820-1835
1870-1880
 
Novas sub-faixas foram definidas pela Res. 454 de 11/12/06 para serem licitadas a partir de 2007.
 
	MHz
	Transmissão da
	Subfaixa
	Estação Móvel
	ERB
	F
	1920-1935
	2.110-2.125
	G
	1.935-1.945
	2.125-2.135
	H
	1.945-1.955
	2.135-2.145
	I
	1.955-1.965
	2.145-2.155
	J
	1.965-1.975
	2.155-2.165
	L
	1.895-1.900
	1.975-1.980
	M
	1.755-1.765
	1.850-1.860
	Subfaixa de
Extensão
	1.765-1.770
1.770-1.775
	1.860-1.865
1.865-1.870
	
	1.885-1.890*
1.890-1.895*
* Sistemas TDD (Time Division Duplex) que utilizam a mesma subfaixa de frequências para transmissão nas duas direções.
Consulte a ocupação destas subfaixas de frequências pelas operadoras no Brasil em: Bandas e Áreas.
 	Cabe finalmente salientar que quanto maior a freqüência maior a perda no espaço livre quando a onda se propaga o que implica em células menores. Um sistema celular em 1800 MHz precisará de mais células do que um sistema celular em 800 MHz para obter a mesma performance.
	 Padrões de Tecnologia
 	Os padrões de tecnologia de celular podem ser classificados nas seguintes Gerações de Sistemas Celulares:
	 1G
	Sistemas analógicos como o AMPS.
	2G
	Sistemas digitais como o GSM, CDMA (IS-95-A) ou TDMA IS-136.
	2,5G
	Sistemas celulares que oferecem serviços de dados por pacotes e sem necessidade de estabelecimento de uma conexão (conexão permanente) a taxas de até 144 kbps. É um passo intermediário na evolução para 3G. Os principais sistemas são o GPRS, EDGE e extensões do CDMA.
	3G
	Sistemas celulares que oferecem serviços de dados por pacotes e taxas de até 2 Mbps. Os principais sistemas são o WCDMA e o CDMA 1xEVDO.
 
Os principais padrões são apresentados a seguir. Consulte: Tecnologias de Celular.
 
Padrões 1G
 AMPS - Advanced Mobile Phone Service
 	O AMPS foi o padrão dominante para os sistemas celulares analógicos de primeira geração. Foi desenvolvido pelos Laboratórios Bell da AT&T e os primeiros sistemas entraram em operação em 1983 nos Estados Unidos tendo sido adotado pelo Brasil e vários outros países.
 	No AMPS a comunicação entre terminal móvel e ERB é feita na faixa de 800 MHz através de sinais analógicos em canais de 30 kHz. No Brasil será admitido o emprego do AMPS nas Bandas A e B até 30/06/2008.
 
Padrões 2G
TDMA (IS 136) - Time Division Multiple Access
O TDMA, padronizado pelo IS 54 e, posteriormente, aperfeiçoado pelo IS 136, é um padrão desenvolvido para aumentar a capacidade de sistemas AMPS pelo aumento do número de usuários compartilhando o canal de 30 kHz. A utilização de canais digitais de comunicação entre terminal móvel e ERB permite que até 3 usuários compartilhem um mesmo canal pela utilização de diferentes slots de tempo.
 
Consulte o tutorial: AMPS/TDMA.
 
CDMA (IS 95) - Code Division Multiple Access
O CDMA, padronizado pelo IS 95, é um padrão que revolucionou os conceitos empregados na comunicação entre terminal móvel e ERB. No lugar de dividir a banda disponível em canais que seguem um padrão de reuso de freqüências o CDMA consegue atingir uma grande capacidade de usuários pela utilização de spread spectrum em uma banda de 1,25 MHz onde para cada comunicação utiliza um código de espalhamento espectral do sinal diferente.
 	O número de usuários em uma célula é limitado pelo nível de interferência presente que é administrado através de controle de potência e outras técnicas. O objetivo é diminuir a interferência em células adjacentes que utilizam a mesma banda de freqüências mas códigos diferentes.
 
Consulte o tutorial: CDMA.
 
GSM - Global System for Mobile Communication
 	O GSM, originalmente conhecido como Groupe Special Mobile, é um padrão digital de segunda geração do celular desenvolvido na Europa para substituir os diferentes padrões analógicos utilizados pelos países europeus nas faixas de 800 e 450 MHz.
O GSM utiliza canais de 200 kHz na faixa de 900 MHz e teve desenvolvida, posteriormente, uma versão adaptada para as faixa de 1800 e 1900 MHz.
O GSM é hoje o padrão com o maior número de usuários em todo o mundo.
 
Consulte o tutorial: GSM.
 
Padrões 2,5 G
 	O GPRS e o EDGE são padrões que possibilitam a comunicação de dados em redes GSM. O 1xRTT faz o mesmo para redes CDMA.
 
Consulte os tutoriais: GPRS, EDGE e 1xEV-DO.
 
Padrões 3G
 	Os principais padrões de 3G são o WCDMA/HSDPA e o EVDO.
 Consulte os tutoriais: UMTS, HSDPA e 1xEV-DO.
	SMC
 	A Telefonia Celular no Brasil foi iniciada em 1991 com a implantação de sistemas AMPS utilizando a Banda A (a exceção era o Rio de Janeiro, que utilizava a Banda B).
 	Em 1997 foi definido um novo modelo para as telecomunicações e a Telefonia Celular regulamentada como Serviço Móvel Celular (SMC).
 	A figura a seguir apresenta as 10 regiões definidas para a prestação do SMC.
 
 
As operadoras de SMC da Banda A foram separadas das operadoras de telefonia fixa e posteriormente privatizadas e houve a passagem da operadora do Rio de Janeiro – Telerj Celular - para a Banda A. Os contratos de concessão com prazo de 15 anos foram assinados com as operadoras das Bandas A e B no segundo semestre de 97 e início de 98.
 	As licenças da Banda B foram licitadas e as operadoras entraram em operação na sua maior parte durante o ano de 1998. As operadoras da Banda B, com exceção da Global telecom, na região 5, implantaram sistemas digitais com tecnologia TDMA.
As operadoras da Banda A privatizadas migraram para CDMA nas regiões 1, 2, 3 e 9 (Portugal Telecom e Telefônica Celular) e para TDMA nas demais regiões. O terminais móveis utilizados passaram a ser duais AMPS/ TDMA ou AMPS/ CDMA.
Para terum quadro atualizado destas operadoras consulte: Bandas e Áreas.
 	A Anatel resolveu, em 2001, rever o modelo de prestação de telefonia celular no Brasil, criando um novo serviço com a denominação de Serviço Móvel Pessoal (SMP), com novas regras, para ser o sucedâneo do SMC.
 
	SMP
 	O Serviço Móvel Pessoal (SMP) é o sucedâneo do SMC. Com o SMP as outorgas deixaram de ser de concessões, como eram no SMC, para serem autorizações.
 
Áreas de Prestação de Serviço
 	Foram definidas novas áreas de prestação de serviço para o SMP de modo a compatibilizar com o STFC.
 
 
Área Locais e Chamadas de Longa Distância
 	As áreas locais do SMP foram definidas como sendo aquelas correspondentes aos códigos nacionais (DDD) apresentados no mapa a seguir. As chamadas entre áreas locais diferentes são consideradas de longa distância e devem ser feitas utilizando-se o código de seleção de prestadora. Ou seja, o cliente escolhe, chamada a chamada, a operadora de LDN/ LDI de sua preferência.
Portanto, essas chamadas são faturadas pela prestadora de LDN/ LDI diretamente ao cliente. As operadoras de SMC que migraram para o SMP tiveram direito a autorizações de longa distância nacional e internacional.
 
 
Compromissos de Qualidade
 	No SMP, similarmente ao STFC, há uma obrigação de cumprimento dos indicadores de qualidade determinados pelo Plano Geral de Metas de Qualidade (PGMQ-SMP), da Anatel, aplicável a todas as prestadoras do SMP, que inclui sanções pelo seu descumprimento.
 	O PGMQ-SMP possui indicadores informados mensalmente.
Todas as operadoras de celular migraram do SMC para o SMP que é apresentado a seguir.
A possibilidade de transferência de controle foi o grande atrativo oferecido para a migração das empresas de SMC para o SMP, pela necessidade de consolidação das operações vivida pelos grupos que as controlava.
Sem a migração, as empresas do SMC só poderiam alterar o capital de controle após 5 anos, contados a partir do início da operação comercial (bandas B) ou da compra do controle da empresa (banda A).
2.8 - Voip
VoIP é a comunicação de Voz sobre redes IP. Essas redes podem ser de 2 tipos:
Públicas: a Internet representa a rede IP pública usada para comunicações VoIP. O usuário deve ter preferencialmente um acesso de banda larga (ADSL, cabo, rádio, Wimax, etc.) instalado para poder fazer uso do serviço VoIP.
Privadas: as redes corporativas das empresas representam as redes privadas usadas para comunicações VoIP. Podem ser desde pequenas redes locais (LAN) até grandes redes corporativas (WAN) de empresas com presença global.
O uso mais simples de VoIP é a comunicação Computador a Computador usando a Internet, sendo o skype o programa mais utilizado para este fim.
 
	
 
Telefonia IP 
 	Telefonia IP é a aplicação de VoIP para estabelecer chamadas telefônicas com a rede de telefonia pública (fixa e celular). Os serviços de Telefonia IP existentes são de 2 tipos:
Para fazer chamadas para rede pública: neste caso o usuário disca o número convencional do telefone de destino para completar a chamada.
	
Para fazer e receber chamadas da rede pública: neste caso o usuário recebe um número convencional de telefone, para receber as chamadas da rede pública, e disca o número convencional do telefone de destino para fazer a chamada para a rede pública.
	
Em ambos os casos, o usuário pode fazer e receber chamadas de outro usuário do mesmo prestador de serviços VoIP, geralmente sem custo, porém não consegue chamar usuários de outros provedores VoIP.
  
Telefonia Convencional x VoIP 
  
	Característica
	Telefonia Convencional
	Telefonia VoIP
	Conexão na casa do usuário
	Cabo de cobre (par trançado)
	Banda larga de Internet
	Falta de Energia Elétrica
	Continua funcional
	Pára de funcionar
	Mobilidade
	Limitada a casa do usuário
	Acesso em qualquer lugar do mundo, desde que conectado a Internet
	Número Telefônico
	Associado ao domicílio do usuário
	Associado à área local do número contratado
	Chamadas locais
	Área local do domicílio do usuário
	Área local do número contratado
 
Da mesma forma que na Internet, os serviços VoIP são Nômades, ou seja, não importa qual a localização física do prestador do serviço VoIP ou do usuário para que o serviço seja utilizado. O número telefônico, no entanto, não é nômade e está associado à área local do número contratado.
 
Telefones para VoIP
 	Os serviços VoIP utilizam telefones apropriados para as redes IP, e que são muito diferentes, em complexidade, dos telefones analógicos convencionais, por serem digitais e possuírem recursos semelhantes àqueles encontrados nos computadores. Normalmente utilizam-se os seguintes tipos de telefones IP:
Computador: o próprio computador pode ser usado como telefone IP, desde que tenha uma placa de som, um microfone, alto falantes ou fones de ouvidos, e um programa do tipo softphone, que possui todos os recursos para funcionar como um telefone IP.
Adaptador para Telefone Analógico (ATA):é um dispositivo que funciona como um conversor de telefone IP para um telefone analógico convencional. O ATA é conectado a um acesso de banda larga (rede IP) e a um telefone analógico convencional, que pode ser usado normalmente para fazer e receber ligações do serviço VoIP contratado.
Telefone IP: é um telefone que possui todos os recursos necessários para um serviço VoIP. Para ser usado é necessário apenas conectá-lo a um acesso de banda larga (rede IP) para fazer e receber ligações do serviço VoIP. 
 
Regulamentação
 	A Anatel, assim como a maioria dos órgãos regulatórios no mundo, procura regular os serviços de telecomunicações e não as tecnologias usadas para implementá-los. As tecnologias VoIP servem como meio e não como fim para os serviços de telefonia. Não existe ainda uma regulamentação específica para VoIP no Brasil.
Entretanto, devido ao novo paradigma os serviços VoIP têm sido oferecidos no mercado de telecomunicações distribuídos em 4 classes:
Classe 1: oferta de um Programa de Computador que possibilite a comunicação de VoIP entre 2 (dois) ou mais computadores (PC a PC), sem necessidade de licença para prestação do serviço.
Classe 2: uso de comunicação VoIP em rede interna corporativa ou mesmo dentro da rede de um prestador de serviços de telecomunicações, desde que de forma transparente ao usuário. Neste caso, o prestador do serviço de VoIP deve ter pelo menos a licença SCM.
Classe 3: uso de comunicação VoIP irrestrita, com numeração fornecida pelo Órgão Regulador e interconexão com a Rede Pública de Telefonia (Fixa e Móvel). Neste caso o prestador do serviço de VoIP deve ter pelo menos a licença STFC.
Classe 4: uso de VoIP somente para fazer chamadas, nacionais ou internacionais. Neste caso a necessidade de licença depende da forma como o serviço é caracterizado, e de onde (Brasil ou exterior) e por qual operadora é feita a interconexão com a rede de telefonia pública.
2.9 – DDD E DDI 
DDD significa Discagem Direta à Distância. É um sistema de ligação telefônica automática entre diferentes áreas urbanas nacionais.
O DDD é um código constituído por 2 dígitos que identificam as principais cidades do país e devem ser adicionados ao nº de telefone, juntamente com o código da operadora.
Para fazer as ligações interurbanas deve-se obedecer a seguinte ordem:
0 + código da operadora + código DDD da localidade de destino + nº do telefone
DDI significa Discagem Direta Internacional. É um sistema de ligação telefônica automática entre chamadas internacionais.
Cada país possui um código que deve ser acrescentado à discagem para que a ligação seja completada.
Para efetuar uma ligação para fora do Brasil deve-se obedecer a seguinte ordem: 00 + código da operadora + código DDI do país de destino + código da cidade (se houver) + nº do telefone
O código DDI do Brasil é 55. Para efetuar a ligação de um país estrangeiro para o Brasil é necessário inserir o código 0055 no início da discagem.
A figura abaixo mostra o código DDI de alguns países.
2.10– Rádio Comunicação
Rádio é um recurso tecnológico das telecomunicações utilizado para propiciar comunicação por intermédio da transcepção de informações previamente codificadas em sinal eletromagnético que se propaga através do espaço. Uma estação de radiocomunicação é o sistema utilizado para executar contatos a distância entre duas estações e é composta basicamente de um transceptor (transmissor-receptor) de radiocomunicação, de uma linha de transmissão e da antena propriamente dita. A este sistema se dá o nome de sistema irradiante. A radiodifusão é uma emissão comercial, que ocorre apenas por transmissão de sinais, sem sua transcepção.
Estrutura 
O rádio é um sistema de comunicação através de ondas eletromagnéticas propagadas pelo espaço que, por serem de comprimentos diferentes são classificadas em ondas curtas de alta frequência ou ondas longas de baixa frequência, assim, utilizadas para fins diversos como televisão, radio, avião, etc.
Os sistemas de radiocomunicação normais são formados por dois componentes básicos:
Transmissor
Composto por um gerador de oscilações, que converte a corrente elétrica em oscilações de uma determinada frequência de rádio; Transdutor, que converte a informação a ser transmitida em impulsos elétricos equivalentes a cada valor e um modulador, que controla as variações na intensidade de oscilação ou na frequência da onda portadora, sendo efetuada em níveis baixo ou alto.
Quando a amplitude da onda portadora varia segundo as variações da frequência e da intensidade de um sinal sonoro, denomina-se modulação AM. Já quando a frequência da onda portadora varia dentro de um nível estabelecido a um ritmo igual à frequência de um sinal sonoro, denomina-se modulação FM;
Receptor
Tem como componentes principais: a antena para captar as ondas eletromagnéticas e convertê-las em oscilações elétricas; amplificadores que aumentam a intensidade dessas oscilações; equipamentos para desmodulação; um alto-falante para converter os impulsos em ondas sonoras e na maior parte dos receptores osciladores para gerar ondas de radiofrequência que possam se misturar com as ondas recebidas.
3 – Conclusão 
É evidente a importância das tecnologias de telecomunicações na sociedade moderna, introduzindo uma nova dinâmica de vida, através das telefonias fixa e móvel, da internet, da videoconferência, e incrementando o conforto e bem estar das pessoas com o rádio, a televisão e os inúmeros recursos que as transmissões e multimídia oferecem. É uma realidade, que não se consegue imaginar o ser humano viver sem ela.
4 – Bibliografia
https://conceito.de/telecomunicacao
http://blog.targetso.com/2017/03/09/redes-de-telecomunicacoes-conceitos-basicos/
http://www.ufsm.br/gpscom/professores/andrei/Comunicacao/aula_03.pdf
http://www.eee.ufg.br/~cgalvao/redes/aula3/meios_de_transmissao_nao_guiados.pdf
http://www.teleco.com.br/sat.asp
faculdade de porto
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialstfc/
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialcelb/pagina_1.asp
http://www.teleco.com.br/voip.asp
https://www.significados.com.br/ddd/
https://www.significados.com.br/ddi/

Outros materiais