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Anestesia na Criança e no Idoso Anestesia Pediátrica II Grupo 2 : Julia Stephan, Karin Maia, Laila Teixeira, Laryssa Oliveira, Luciana Alcantara, Luiza Lobo, Mariana Ponte, Michelle Cêa. Disciplina de Anestesiologia Faculdade de Ciências Médicas Universidade do Estado do Rio de Janeiro A) Equipamento anestésico para a anestesia pediátrica Circuitos circulares - definição A) Equipamento anestésico para a anestesia pediátrica Circuitos circulares semifechados A) Equipamento anestésico para a anestesia pediátrica circuitos circulares fechados A) Equipamento anestésico para a anestesia pediátrica Vantagens dos circuitos circulares: -utilização de fluxos menores de gases frescos -melhor conservação da umidade e de calor -menor consumo de anestésico -menor poluição do centro cirúrgico -utilização de diferentes modalidades ventilatórias Empecilho dos circuitos circulares: CUSTO ELEVADO! A) Equipamento anestésico para a anestesia pediátrica Mantida em sistemas respiratórios Variam - conformação - funcionamento - características de fluxos - concentração de gases A) Equipamento anestésico para a anestesia pediátrica Circuito ideal - Leve - Baixa resistência - Pouco espaço morto - Adaptável a ventilação espontânea - Fácil de ser lavado e umidificado Os mais usados são - Circuito circular - Variações do T de Ayre A) Equipamento anestésico para a anestesia pediátrica Sistema T - Se baseia no fluxo contínuo de ar fresco que lava os gases expirados. - Mínimo espaço morto - Leve Capnógrafo – para manter o nível de CO2 aceitável Diminui necessidade de umidificadores Necessidade em grandes procedimentos A) Equipamento anestésico para a anestesia pediátrica B) Monitorização per-operatória em pediatria Pontos importantes Oximetria de pulso Pressão Arterial Estetoscópio ECG Temperatura corporal Pressão parcial de dióxido de carbono Glicemia Débito urinário Pressão venosa central Gasometria arterial Estimulador de nervo periférico Oximetria de pulso O oxímetro pode ser posicionado em: lobo da orelha ângulo da boca dedo ou artelho palma da mão ou planta do pé A colocação no lobo da orelha ou no ângulo da boca pode resultar em tempo de resposta inicial ligeiramente mais rápido durante dessaturação aguda. A oximetria de pulso é comprovadamente a mais eficaz para dar um alerta precoce do desenvolvimento de hipoxemia. Pressão Arterial O tamanho do manguito pode influenciar nos valores de PA apontados Para crianças: o manguito correto deve ocupar 2/3 da circunferência do braço Para neonatos a termo: o manguito deve ter 4 cm Intervalo máximo de 5 minutos entre cada leitura A pressão arterial pode ser medida diretamente através de um cateter arterial Estetoscópio Estetoscópio precordial ou esofágico Monitorização tanto dos sons cardíacos como dos respiratórios. É importante pois pode haver falha no monitor durante a cirurgia. ECG As alterações mais comuns são arritmias (que costumam ser benignas) e bradicardia Essas alterações, entretanto, são sinais muito tardios na anestesia pediátrica Temperatura corporal É essencial para todas as crianças submetidas à anestesia geral Axilar, esofágica ou retal Crianças maiores em pequenas cirurgias: axilar Lactentes e/ou cirurgias de grande porte: esofágica ou retal Adesivos cutâneos sensores de temperatura não fornecem estimativas precisas Sondas de temperatura timpânica são boas estimativas da temperatura central, mas tem risco de lesar o ouvido Pressão parcial de dióxido de carbono Reflete de forma não-invasiva a adequadação da ventilação e a perfusão pulmonar. Também é o indicador mais confiável da IOT bem sucedida Queda do EtCO2 (nivel de CO2 liberado no final da expiração) é uma indicação bastante precoce de redução do fluxo sanguíneo pulmonar (por ex. TEP, embolia gasosa, queda do DC) Glicemia Importante principalmente em lactentes prematuros e/ou PIG – estes são mais propensos a hipoglicemia São úteis no diagnóstico de hipo ou hiperglicemia e para orientar eventuais reposições de glicose. Débito Urinário Deve ser registrado a intervalos regulares Indicações: cirurgias de grande porte choque hipovolêmico função renal diminuída Pressão Venosa Central É medida através de um cateter venoso central na v. jugular interna ou externa - V. jugular externa é menos confiável Indicações: cirurgias em que há possibilidade de grandes perdas de sangue e/ou desempenho cardíaco prejudicado Gasometria Arterial Útil para avaliação, principalmente, de: pH PaO2 PaCO2 bicarbonato lactato relação P/F (para aqueles em VM) Pode ser avaliada por amostras colhidas isoladamente ou de cateter arterial (radial ou femoral, mais comumente) Estimulador de nervo periférico Deve ser usado sempre que administrarmos bloqueadores neuromusculares não-despolarizantes. C) Agentes anestésicos mais indicados Agentes inalatórios Sevoflurano Indução e manutenção Anestesia mais rápida Comportamentos de agitação Levemente depressor do sistema cardiovascular redução da resistência vascular periférica, bradicardia, hipotensão (reversível) Associação com agentes potencializadores ou bloqueadores neuromusculares Halotano Indução segura e tranquila Hipnose confiável e analgesia plena Depressão cardiovascular proporcional à concentração alveolar Efeito adverso sensibilização do miocárdio a catecolaminas Hipertermia maligna Isoflurano Manutenção segura e eficaz Dificuldade na indução anestésica odor pungente, precária estabilização do plano anestésico, laringoespasmo Toxicidade nula, ação cardíaca discreta e não gera sensibilidade a catecolaminas Desflurano Manutenção segura e eficaz Dificuldade na indução anestésica odor pungente (tosse e soluços), laringoespasmo Depressão respiratória proporcional ao aumento da concentração, bradicardia, diminuição da resistência vascular periférica, hipotensão Comportamentos de agitação Óxido nitroso Agente adjuvante dos halogenados na indução e manutenção Ação potencializadora Opióides Importante em anestesia balanceada e sedação Reduz a CAM de agentes inalados; analgesia pós-op. Rigidez da parede torácica em neonatos e lactentes Depressão do esforço respiratório central em menores que 6 meses Agentes intravenosos Morfina – efeitos sedativos e analgésicos Fentanil – potencializador dos agentes inalatórios e efeitos analgésicos Sufentanil – análogo do fentanil, porém, mais potente Drogas venosas não opióides Indução e/ ou manutenção Necessidade de acesso venoso (lido) Propofol + usado ( indução e manutenção) Não fazer infusão prolongada Vantagens Recuperação rápida Antiemético Reduz agitação Desvantagens - Dor aplicação Cetamina Boa hipnose e analgesia Preserva reflexos respiratórios Reduz agitação depois da anestesia por sevoflurano Reduz refexo oculocardíaco durante cir. oftamnológica Contraindicação : PIC aumentada e traumatismo craniano Fonte: Clinical Anestesia – P. Barash – 6ª ed. Bloqueadores neuro-musculares -Succinilcolina IV ou IM – emergência [ ] pseudocolinesterase plasmática Contraindicações: .distrofia muscular, recente ferimento de queimadura, operação da medula espinal e/ou imobilização, HF de HM Pancurônio – longa duração Vecurônio- intermediária duração Atracúrio- curta duração (bastante usado) Cisacúrio Mivacúrio Rocurônio Fonte: Clinical Anestesia – P. Barash – 6ª ed. D) Bloqueios regionaisem pediatria Técnicas com efeitos de parestesia Suplementar técnica com sedação, analgésico sistêmico ou distração Bloqueio de nervo periférico x neuroaxiais Não usar adrenalina para bloqueios com suprimento colateral inadequado Evitar sedativos em lactentes prematuros ==> potencial apneia Regras básicas Fármacos Bupivacaína com adrenalina. Ropivacaína 0,2% Morfina 0,5ml/kg Outros Fármacos utilizados: clonidina (1-2µg/kg), midazolam , cetamina (0,25-0,5mg/kg) 43 Bloqueio Caudal Boa analgesia no pós-operatório de cirurgia abdominais, de MMII e perineais. Alternativa para analgesia espinhal em cirurgia de abdômen inferior. Deve ser realizada depois da anestesia geral e antes da cirurgia começar. Analgesia com injeção única ou contínua 44 Analgesia caudal contínua Em neonatos, lactentes e crianças maiores de 5 anos. Risco de contaminação pequeno. Bupivacaína 0,3 ml/kg/hr Requer vigilância contínua Neonatos e lactentes pequenos cuidado com níveis tóxicos. 45 Técnica do bloqueio caudal Ponto de referência: hiato sacral Perda de resistência quando a agulha atravessa o lig. Sacrococcigeo Alterações no QRS e apiculamento de onda T injeção intravascular 46 47 Anestesia peridural lombar Pouco executada em crianças pela dificuldade de adquirir agulhas de tamanho e diâmetro apropriados e pela ineficácia das tabelas de doses publicadas. A maioria das tabelas calcula o volume anestésico de acordo com o peso da criança em quilos. 48 Anestesia peridural lombar Em função do rápido crescimento e maturação do sistema nervoso central o volume por metâmero deve acompanhar o crescimento da criança. 49 Anestesia peridural lombar Com as crianças em decúbito lateral realiza-se acesso ao espaço peridural entre L3-L4 ou L4-L5com agulha de Touhy 8 ou 10, utilizando-se a perda da resistência com ar (1 ml em seringa de 5 ml) para confirmação. O USG pode auxiliar mais em crianças. 50 Anestesia peridural lombar Indicações: hernioplastia inguinal, orquiopexia, tratamento cirúrgico de pé torto congenito, dentre outros 51 Anestesia peridural lombar Vantagens : evitar os efeitos dos anestésicos gerais, menor custo, maior estabilidade cardiovascular, analgesia pós-operatória, uso em crianças com patologias que restringem a anestesia geral. 52 Bloqueio de cabeça, pescoço e membro superior 53 Bloqueio de cabeça, pescoço e membro superior Bloqueio supraorbital e supratroclear: Bupivacaína 0,25% com adrenalina ou Ropivacaína 0,2%. Bloqueio do nervo occipital maior: analgesia para cirurgias superficiais envolvendo a parte posterior da cabeça. Bloqueio do plexo cervical superficial: bloqueio na porção posterior do MECM 54 55 Bloqueio do Plexo braquial via axilar, supraclavicular ou infraclavicular via axilar: fraturas de antebraço, cirurgia plásticas e inserção de shunts para diálise. 0,2 a 0,3 ml/ kg de qualquer anestésico local. 56 57 58 As técnicas não diferem daquelas empregadas em pacientes adultos. Os membros inferiores são inervados por dois plexos: anterior pelo plexo lombar posterior pelo plexo sacral. O plexo lombar situa-se no compartimento do músculo psoas maior. Emergem do plexo lombar o nervo femoral, o nervo cutâneo lateral da coxa e o obturador. Bloqueio de membros inferiores Bloqueio de membros inferiores N.femoral : pode ser bloqueado abaixo do ligamento inguinal, tendo-se como referência a artéria femoral que localiza-se medialmente ao nervo. Bloqueio do tipo 3 em 1 (N. femoral, cutâneo lateral da coxa e obturador simultâneamente): modificação do bloqueio do nervo femoral, com depósito de volume adequado de anestésico local promovendo-se uma compressão distal ao ponto da injeção, forçando o anestésico para dentro da bainha femoral. (1 ml.kg-1 de ropivacaína a 0,2% ou bupivacaína a 0,25%) Bloqueio de membros inferiores Bloqueio de membros inferiores Bloqueio de membros inferiores Plexo lombar: pode ser bloqueado diretamente mediante a injeção de anestésico local no compartimento do músculo psoas. O ponto para a punção é a intersecção de duas linha, uma traçada perpendicularmente aos processos espinhosos e outra entre as espinhas íliacas anterosuperiores. Solução de bupivacaína a 0,5% ou 0,375%, ou ropivacaína a 0,5% podem ser empregadas. Algumas vezes poderá ocorrer bloqueio do plexo sacral concomitante. Bloqueio de membros inferiores Bloqueio de membros inferiores N. ciático: O acesso por via posterior é o mais empregado. Se anestesia geral, o auxílio de um neurolocalizador é fundamental. A profundidade do nervo depende do peso e tamanho da criança. Após a identificação do nervo injeta-se uma dose média de 0, 5 ml.kg-1 de bupivacaína 0,25%, ou ropivacaína 0,2%.. Bloqueio de membros inferiores Bloqueio de membros inferiores Ramos anteriores dos nervos torácicos de T1 a T11 e correm junto a artéria e veia intercostal no sulco inferior de cada costela. Bloqueio intercostal Quando se bloqueia vários segmentos simultaneamente, podem ocorrer níveis sanguíneos elevados de anestésicos locais, com risco de reações tóxicas. O uso de soluções mais diluídas e a adição de adrenalina pode amenizar um pouco esse problema. A técnica não é comum entre crianças, principalmente naqueles abaixo de 20 kg. As indicações clínicas desse bloqueio é o alívio da dor pós-operatória após toracotomias e nas fraturas de costelas. Bloqueio intercostal O ângulo costal é o ponto de referência anatômica mais comum para o bloqueio A esse nível, cerca de 7 a 10 cm das apófises espinhosas, retraindo-se a pele, introduzimos a agulha em ângulo aproximado de 20 graus, até tocar a costela. Em seguida redireciona-se a agulha fazendo-a deslizar pelo bordo inferior da costela cerca de 2 a 3 mm. 3 a 5 ml de anestésico local é depositado nesse ponto após aspiração. Bloqueio intercostal Pode ser um opção ao bloqueio intercostal. Vantagem de se poder utilizar um cateter para analgesia contínua. Permite o bloqueio dos quatro primeiros nervos intercostais, impossíveis pelo obstáculo oferecido pela escápula. A técnica para o bloqueio é idêntica aquela empregada em adultos. Bloqueio paravertebral Bloqueio paravertebral LERMAN, J.; COTÉ, C.J.; STEWARD, D. J. Manual de Anestesia Pediátrica: com um índice de síndromes pediátricas. 6. ed. Elsevier, 2012 CONCEIÇÃO, M.J. Medicina Perioperatória - Bloqueios Periféricos e de plexo em pediatria. Capitulo 70. 2006. SAJ - Serviço de Anestesiologia de Joinville BARBOSA, J.S., COSTA, V.V., VIEIRA, Z.E.G. Anestesia Peridural Lombar Em Crianças. Rev Bras Anestesiol, 1995; 45: 5: 315320. CANGIANE, L.M., SLULLITEL, A., POTERÓ, G.M.B., PIRES, O.C., POSSO, I.P., NOGUEIRA, C.S., FEREZ, D., CALLEGARI, D.C. Tratado de Anestesiologia-Anestesia em pediatria. 7ª ed. SAESP. Volume2. Parte 26. Págs: 2217-2230. Referências bibliográficas Obrigada!
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