Buscar

Resumo sobre transição demográfica e epidemiológica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Saúde Pública – PROVA 1 2014.1
A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
Trata-se do envelhecimento demográfico ou da população. É um fenômeno caracterizado pela mudança de um regime de elevadas taxas de natalidade e mortalidade para um oturo de descenso dessas taxas. 
CONCEITOS BÁSICOS
Coeficiente geral de mortalidade: Risco que uma pessoa que integra determinada população vir a morrer. 
Taxa de fecundidade: Relação entre nascidos vivos e mulheres em idade reprodutiva
Taxa bruta de natalidade: Relação entre nascidos vivos e população total
A composição de uma população é reflexo de uma dinâmica de longo tempo, dependente do comportamento da mortalidade e fecundidade, somadas com o componente migratório. 
A diminuição da mortalidade e fecundidade provoca um decréscimo relativo e contínuo dos jovens e aumento dos idosos, tornando o grupo intermediário estável. 
O peso maior vem da queda da fecundidade somada a queda da mortalidade, que produz ganhos de vida em todas as idades. A transição de uma população mais jovem para uma mais velha ocorreu de forma lenta e gradual nos EUA e Europa. 
Na américa latina a mortalidade e natalidade permaneceram elevadas até 1930. Antes de 1890 a vida média na américa latina era de cerca de 25 anos. Durante os 40 anos seguintes, chegou a 30 anos. A partir de 1930, a queda acentuada começou, mas não foi acompanhada pela natalidade (que caiu mais recentemente), com um crescimento vegetativo. Nas 3 décadas seguintes, a vida média aumentou 22 anos. 
Queda da fertilidade nos países desenvolvidos caiu abaixo da taxa de renovação de 2,1. No Brasil a queda foi de 60% em 30 anos. 
ESTRUTURA ETÁRIA DE 1950 |ESTRUTURA ETÁRIA DE 2000|ESTRUTURA ETÁRIA PROJETADA 2020
O nordeste está um pouco à frente na taxa de fecundidade e abaixo no índice de envelhecimento. 
DADOS DA POPULAÇÃO BRASILEIRA ACIMA DE 60 ANOS
São cerca de 14,5 milhões. 8,6% do total. A maioria são mulheres, cerca de 64%. 
Em 2002, os maiores de 60 anos representavam 9,3 e em 2020 serão 11,4% idosos de um total de 219 milhões. Nos próximos 30 anos a população idosa deve ultrapassar 30 milhões (13%).
A feminização da população idosa se explica, além de maior expectativa de vida, pelo menor consumo de alcool e tabaco entre elas e percepção mais acentuada das doenças e a consequente maior frequência aos serviços de saude (detecção precoce de doenças crônicas).
Também se explica pelas diferenças na exposição a riscos e descensos das taxas de mortalidade materna. 
IMPLICAÇÕES DO ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO
Econômicas, políticas e sociais
Demandas por serviços médicos e sociais
Aumentado o risco de adoecer aumenta o risco de incorrer em gastos elevados com o tratamento
Estima-se que os gastos dos maiores de 60 anos é 8x maior que o de menores de 18. 
Haverá menos contribuintes para apoiar cada aposentado
A faixa etária de 60 anos é a que mais cresce em termos proporcionais
Segundo estatísticas, entre 1950 e 2025 a população de idosos vai crescer 16 vezes contra 5x da população total.
Entre 2000 e 2025 a expectativa se aproximará dos 80 anos.
Em 2000 a esperança de vida era de 70,5 anos. 
A mudança nos números apresenta uma nova realidade epidemiológica e necessidades médicas diferenciadas. Doenças crônicas-degenerativas. Uso intensivo dos serviços de saúde.
FASES DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
Pré-industrial ou primitiva: altas taxas de mortalidade e natalidade
Intermediária: mortalidade baixa e natalidade alta, crescimento acelerado.
Moderna ou pós-transição: aproximação de ambos os coeficientes, mas em niveis mais baixos. Crescimento populacional quase zero. A esperança de vida é elevada.
A transição demográfica é causa e efeito de outras transições. 
O QUE É TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
As alterações havidas ao longo do tempo, nos padrões de morbi-mortalidade e invalidez caracteristicos de determinada população, em concomitância com mudanças demográficas e socio-economicas.
COMO SE CARACTERIZA NO BRASIL E O QUE ENVOLVE
Aumento da prevalência e mortalidade por doenças não-transmissíveis ou crônico-degenerativas (DANT’S).
Permanência de algumas doenças infecciosas.
Alta prevalência e mortalidade por causas externas (+jovens).
Envolve: substituição das doenças transmissíveis por doenças não-transmissíveis e causas externas. Migração da carga de morbi-morbidade dos grupos mais jovens para os grupos mais idosos. Predomínio da mortalidade para uma situação em que a morbidade é que passa a ser o foco das atenções. 
A TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
A teoria da transição epidemiológica foi formulada por Abdel Omran e aponta três estágios nas mudanças ocorridas na mortalidade. Tem três estágios. 
Idade ou período das pandemias e fome: caracterizado por mortalidade elevada e crescimento populacional lento ou em níveis minimos, MESMO QUE A NATALIDADE SE MANTENHA ALTA OU ESTÁVEL
Período ou idade da queda das pandemias: caracterizado pela queda da mortalidade, e crescimento populacional sustentado (em torno de 50 anos)
Período de doenças degenerativas e produzidas pelo homem: Mortalidade continua em queda e fecundidade passa a ser crucial. A nova etapa se deveria a fatores socialmente determinados, como mudanças no estilo de vida.
Um quarto estágio seria a idade do retardamento das doenças degenerativas, por Olshansky e Ault. Consiste na presença das causas de morte associadas as doenças degenerativas mas com aumento da expectativa de vida. 
MODELO HÍBRIDO
Caracterizado por sobreposição entre doenças infecciosas e crônico-degenerativas, no qual as doenças infecciosas permanecem como causas de adoecimento e morte para indivíduos de idade avançada. 
OS QUATRO GRUPOS DE RUZICKA – MORTALIDADE E VIDA MÉDIA
A: Países com mortalidade baixa e esperança de vida de 70 ou mais anos. Problemas de saúde são enfermidades cardiovasculares, neoplasias e causas externas. Mortalidade materna e infantil baixa (causa perinatais e congênitas). 
B: Países que já saíram ou estão ultrapassando o estágio intermediário de transição epidemiológica. Esperança de vida entre 60 e 69 anos, com registros de fenômenos vitais em estado precário. Doenças infecciosas parasitárias sob controle. 
C: Países em estágio intermediário da transição epidemiológica. Vida média entre 50 e 59 anos, sendo as doenças infecciosas um problema. A mortalidade infantil e pré-escolar tem nível elevado.
D: Países em estágio bem inicial da transição. Vida média abaixo de 50 anos. Pressupõe-se serem as doenças infecciosas a causarem mais mortes.
Segundo a teoria clássica, todos os países passariam pelas etapas das doenças. O Brasil no entanto, passa por um modelo polarizado, caracterizado pela co-existência de enfermidades infecciosas e degenerativas. 
A TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA BRASILEIRA
Pressupõe uma evolução gradual dos problemas de saúde onde se observam mudanças na alta incidência, prevalência e mortalidade por doenças infecciosas, passando a um estado em que passaram a predominar as doenças não-infecciosas 
O perfil morbi-mortalidade pode ser caracterizado como sendo misto, incluindo doenças crônico-degenerativas ou doenças crônicas não transmissíveis.”CAUSAS EXTERNAS”. Convivendo com as doenças infecciosas e parasitárias. 
Doenças transmissíveis com tendência declinante: difteria, coqueluche, tétano (imunopreveníveis), chagas, hanseníase, febre tifoide, filariose e oncocercose. 
Doenças transmissíveis persistentes: Tuberculose (associação com aids em 25%), leptospirose, hepatites B e C, meningites com letalidade de 10%), leishmaniose, esquistossomose, malária
Doenças transmissíveis emergentes e reemergentes: AIDS, cólera, dengue, hantavirose.
CONCLUSÕES
O perfil epidemiológico da população brasileira se caracteriza pela predominancia das enfermidades da modernidade, sem haver conseguido se libertar da elevada morbidade por doenças do subdesenvolvimento. A transição não se completa, mantendo-se diferente da ocorrida nos países industrializados. Persiste e aumenta a morbidade por doenças transmissíveis emergentes ou reemergentes. A violênciase expande com rapidez. Apesar das melhorias, o perfil sanitário continua a apresentar complexidade e discrepâncias regionais. A melhoria não é uniforme. Mesmo que as políticas de saúde tenham como igualar, a redução de ausas e riscos implica na articulação com outras políticas públicas.
Um dos maiores desafios da saúde publica brasileira será atender a demanda por assistencia da crescente proporção de idosos, com grande parte sendo de baixo nível socio-economico-educacional.

Outros materiais