Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESTÁCIO PONTA NEGRA CURSO DE FISIOTERAPIA DISCIPLINA: FISIOTERAPIA NA SAÚDE DA MULHER E NAS DISFUNÇÕES DO ASSOALHO PÉLVICO Larissa R. D. Varella (larissavarella@yahoo.com) ANATOMIA ANORRETAL, CONSTIPAÇÃO E INCONTINÊNCIA FECAL ÓRGÃOS DO TRATO DIGESTÓRIO Tempo do trânsito normal dos alimentos: Na mulher: 47 horas No homem: 33 horas Retarda o trânsito intestinal: Falta de atividade física Progesterona Acelera o trânsito intestinal: O estresse As bebidas que contêm cafeína (BASSOTTI et al., 1995) Fonte: Internet ÓRGÃOS DO TRATO DIGESTÓRIO INTESTINO GROSSO Comprimento: 1,5 m Composto pelo apêndice, cólons ascendente, transverso, descendente e sigmóide, reto e canal anal. ÓRGÃOS DO TRATO DIGESTÓRIO RETO Porção final fixa do intestino grosso Comprimento: 12 a 15 cm; Função: armazenamento; Complacência: 300ml (Vol. Máximo) • Limiar de sensação retal: 10 a 30ml • Desejo de defecar: 150ml Sem terminações nervosas; Receptores de estiramento (30ml ou 60mmHg) (HENSCHER, 2007) ÓRGÃOS DO TRATO DIGESTÓRIO RETO Reflexo Retoanal Inibitório Estiramento do reto Estiramento dos músculos pélvicos Inibição do Esfíncter Anal Interno (Relaxamento) (HENSCHER, 2007) • CANAL ANAL A última parte do reto; Orifício de saída: ânus; Comprimento: 2,5 a 4,5 cm; Dotado de sensibilidade dolorosa, térmica e barestésica, além de ser sensível ao aumento da tensão; Reflexos de amostragem: Fezes X Gases Sólido X Líquido (HENSCHER, 2007) ÓRGÃOS DO TRATO DIGESTÓRIO PERISTALTISMO ESÔFAGO RETO REFLEXO GASTROCÓLICO; MUSCULATURA LISA; MOVIMENTO PROPULSIVO; MISTURAR E COMPACTAR AS FEZES. MUSCULATURA ANORRETAL MÚSCULO ESFÍNCTER ANAL INTERNO Localiza-se no 1/3 superior do canal anal Formado por musculatura lisa Contribui com 70% a 85% do tônus anal de repouso Inervado pelo sistema nervoso autônomo: Eferência simpática do plexo hipogástrico (T6 aL5) contração tônica Fibras parassimpáticas sacrais (S1-S3) relaxamento MUSCULATURA ANORRETAL MÚSCULO ESFÍNCTER ANAL EXTERNO Músculo estriado que circunda o canal anal; Está sob comando voluntário; Contribui com 20% da pressão de repouso do canal anal Inervado pelo nervo pudendo oriundo dos nervos sacrais (S2-S4) (AMARO et al., 2005) Responsável pela continência quando o conteúdo fecal está no canal anal MUSCULATURA ANORRETAL MÚSCULO PUBORRETAL É parte do m. levantador do ânus; Inervado pelo n. pudendo; Provém da parte póstero-inferior da sínfise púbica, formando um “U” atrás da junção anorretal; Permanece parcialmente contraído durante o repouso. (AMARO et al., 2005) EAI + EAA + Puborretal tônus de repouso Região de alta pressão Evita a passagem das fezes do sigmóide para o reto CICLO DA CONTINÊNCIA Distensão do reto (20 a 40 ml de conteúdo retal) Relaxamento do EAI DEFECAÇÃO ou ADIAMENTO CICLO DA CONTINÊNCIA REFLEXO INIBITÓRIO RETO-ANAL CONTRAÇÃO DA MUSCULATURA ESTRIADA RELAXAMENTO DA MUSCULATURA ESTRIADA CONSTIPAÇÃO INTESTINAL Constipação Intestinal • ESFORÇO DURANTE PELO MENOS 25% DAS DEFECAÇÕES; • FEZES RESSECADAS OU EM CÍBALOS EM PELO MENOS 25% DAS DEFECAÇÕES; • SENSAÇÃO DE OBSTRUÇÃO ANORRETAL OU DEFECAÇÃO INCOMPLETA EM PELO MENOS 25% DAS DEFECAÇÕES; • MENOS QUE 3 DEFECAÇÕES POR SEMANA; • NECESSIDADE DE LAXATIVOS PARA EVACUAR. CRITÉRIOS DE ROMA III Constipação Intestinal SEGUNDA QUEIXA CLÍNICA MAIS FREQUENTE; PREVALÊNCIA: 30% DA POPULAÇÃO; 22% POPULAÇÃO ADULTA: LAXATIVOS. Constipação Intestinal COMPLICAÇÕES IMPACTAÇÃO FECAL E FECALOMA; MEGACOLON E MEGARRETO; PROLAPSO RETAL; HEMORRÓIDAS; FISSURAS; ISQUEMIA OU PERFURAÇÃO INTESTINAL. Constipação Intestinal ETIOLOGIA Dieta: pobre em fibras X pobre ingesta hídrica; Sedentarismo; Funcional: • Depressão; • Confusão; • Problemas ambientais; • Fraqueza do diafragma e abdominais; • Imobilidade Constipação Intestinal ETIOLOGIA Envelhecimento; Problemas comportamentais: • Hábito de contenção voluntária e inibição do reflexo gastrocólico; • Ansiedade e estresse; • Posição inadequada para evacuar; Dor pela defecação = espasmo protetor dos MAPs; Trauma sexual; Constipação Intestinal ETIOLOGIA Alteração do trânsito colônico • diminuição na frequência, duração e amplitude das ondas peristálticas; • Redução do reflexo gastrocólico; • Megarreto; • Redução da sensação de enchimento; Contração paradoxal do Pbr (CPP) Constipação Intestinal ETIOLOGIA Distúrbios do Sistema Nervoso: Parkinson, AVE, Lesão de cauda equina, Traumatismo raquimedular; Distúrbios endócrino-metabólicos: diabetes, hipercalcemia, hiperparatireiodismo, hipotireiodismo, gravidez; Doenças musculares: distrofias Distúrbios mecânicos: • Estenose (obstrução intestinal) • Retocele Histerectomia; Drogas. Constipação Intestinal em Crianças Tempo de trânsito colônico normal: 25h Fatores psicológicos ou fisiológicos; Doenças de base; Alterações congênitas; Contração Paradoxal do Puborretal. Constipação Intestinal em Crianças Adiamento Aumento da absorção hídrica Aumento do Tamanho e da consistência das fezes Aumento da Complacência retal Diminuição da Sensibilidade Constipação intestinal crônica funcional: dificuldade evacuatória persistente, mais comumente causada por evacuações dolorosas, resultando em comportamento retentor de fezes pela criança, sem evidência objetiva de doenças orgânicas. Constipação Intestinal em Crianças Constipação Intestinal em Idosos Alterações fisiológicas do envelhecimento: • Flacidez da parede colônica; • Redução da sensação retal e anal; • Fraqueza generalizada; • Desidratação; Doenças crônicas; Alterações alimentares; Imobilidade; Uso de drogas. Constipação Intestinal em Idosos SINTOMAS Confusão mental; Febre; Cefaléia; Distensão abdominal e dor; Desânimo; Retenção urinária; Incontinência Fecal; Sangue e muco. Neste ponto não devemos fazer massagem intestinal! O tratamento consistirá em manipulação digital, enema com soro/glicerina EXAME FÍSICO Palpação abdominal: pontos dolorosos e bolos fecais; Percussão abdominal: gases Força da musculatura abdominal; Cicatrizes e Lesões dermatólogicas; Manobra de Esforço (prolapsos); Hemorróidas; MAP: tônus, força, resistência, coordenação. Constipação Intestinal Constipação Intestinal EXAMES COMPLEMENTARES Teste de expulsão do balão; Defecografia (RX ou RNM): alterações estruturais e funcionais; Manometria anorretal: alteração da pressão abdominal e retal durante o repouso e defecação; Tempo do trânsito colônico: pode identificar locais de retenção (eliminar 80% após o 5º dia. Homem: 33h / Mulher: 47h) Ultra-som; Constipação Intestinal EXAMES COMPLEMENTARES EMG; Sangue oculto nas fezes; Colonoscopia e retosigmoidoscopia. INCONTINÊNCIA FECAL Incontinência Fecal Passagem incontrolável e recorrente de materialfecal pelo canal anal. ( ICS, 2005) Fonte: Internet Passagem incontrolável de material fecal, por pelo menos 3 meses, em pessoas de idade superior a 4 anos. (Barucha et al, 2006) Incontinência Fecal Funcionamento anormal dos músculos estruturalmente íntegros e com inervação; Anormalidades estruturais ou de inervação do intestino e do assoalho; Alterações do hábito de defecar; Causas orgânicas ou psicológicas. (Barucha et al, 2006) Fonte: Internet Incontinência Fecal ALTERAÇÕES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS ASSOCIADAS da sensibilidade reto-anal; Alterações no mm puborretal e esfincter externo; da complacência retal; Fraqueza generalizada; Prejuízo funcional; Imobilidade; Morbidades. (Coffey et al, 2002) Fonte: Internet Incontinência Fecal PREVALÊNCIA População geral: 1,5 a 2,2% Adultos: 18,4% Idosos Saudáveis: 7% Idosos institucionalizados: 10 a 15% Idosos hospitalizados: 1/3 Entre os portadores de IF: 30% são idosos e 63% são mulheres Fonte: Internet Incontinência Fecal ETIOLOGIA Anomalias congênitas Traumas Distúrbios neurológicos: AVC, esclerose múltipla, mielomeningocele e etc. Prolapso Retal Disfunção de Esfíncter Interno Diarréia: sobrecarrega capacidade de armazenamento e afeta a sensação. Incontinência Fecal ETIOLOGIA Impactação fecal ou fecaloma: material líquido em torno do bolo fecal; Alterações cognitivas; Imobilidade; Pós-opertatórios de cirurgias anorretais; Lesão muscular direta ou neuropática; Desnervação do AP: estiramento do nervo pudendo pela passagem fetal ou fecal EAE e PbR Coffey et al, 2002) Incontinência Fecal ETIOLOGIA Doenças intestinais inflamatórias; Síndrome do Intestino Irritável: estiramento excessivo durante a defecação ou diarréia. (Coffey et al, 2002) Incontinência Fecal TIPOS IF sensorial: sem consciência do paciente, da pressão de repouso; IF motora: consciência do paciente com incapacidade de controle da defecação; Urgência: necessidade da defecação imediata, capacidade de armazenamento do reto, pressão de contração, do volume máximo tolerável; Transbordamento: megarreto diarréia e constipação □ Soilling: ato de “sujar” as roupas íntimas; Incontinência dupla: IU + IF Incontinência Fecal Avaliação EXAME FÍSICO IMC e ICQ; Cicatrizes e Lesões dermatólogicas; Manobra de Esforço (prolapsos); Hemorróidas; MAP: tônus, força, resistência, coordenação Incontinência Fecal Avaliação EXAMES COMPLEMENTARES Eletromiografia; Manometria anoretal; Decografia; Colonoscopia; Ultrassonografia. Fonte: Internet
Compartilhar