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1. SISTEMAS, PROPRIEDADES E PROCESSOS 1.1. Sistema: qualquer porção do espaço retida dentro de limites determinados, e que seja objeto de nosso estudo. - Para caracterizar corretamente um sistema, faz-se necessário explicitar a natureza do seu conteúdo, a localização e a natureza de seus limites. 1.2. Propriedade: qualquer característica do sistema, possível de ser constatada. - Muitas delas podem ser medidas (ex. pressão, temperatura, volume, densidade, capacidade calorífica, etc). 1.3. O estado de um sistema será corretamente descrito quando são dados os valores (únicos) de suas propriedades. - Contudo, como tais propriedades do sistema estão correlacionadas, basta que algumas delas sejam especificadas, para se determinar univocamente o estado do sistema. SISTEMAS, PROPRIEDADES E PROCESSOS Exemplo: 1 mol de H2 ocupando um volume de 1m3, à temperatura de 25°C. Tal sistema, com algumas propriedades determinadas (m, V, T), poderá ter outras propriedades medidas experimentalmente, ou calculadas com base nas informações conhecidas. Neste caso, pode-se verificar que as 03 propriedades inicialmente determinadas, são suficientes para definir as demais. Isto é, fixados os valores de m, V e T, o hidrogênio considerado só poderá estar a uma única pressão, e só terá um único valor de densidade. SISTEMAS, PROPRIEDADES E PROCESSOS 1.4. Funções de estado Algumas das propriedades citadas no slide anterior são chamadas de funções de estado (φ), que "são quantidades cuja variação só depende das características do estado final e inicial". Uma função de estado φ tem um único valor para um determinado estado. Ao passar de um estado A (inicial) para um estado B (final), a variação da função de estado é a diferença entre os valores φA e φB. Quando um sistema sai do estado A, é submetido a uma série de mudanças de estado, de tal modo a retornar ao estado A, dizemos que o sistema efetuou um ciclo. Ao final do ciclo, a variação da função de estado é nula. SISTEMAS, PROPRIEDADES E PROCESSOS 1.5. Variáveis de Processo Outras variáveis dependem explicitamente da natureza do processo ao qual o sistema é submetido. Elas possuem significado apenas para sistemas em processo de mudança, e dependem da natureza de cada etapa que o sistema atravessa. Por isso, são chamadas de variáveis de processo. Calor e trabalho são duas importantes variáveis de processo. São quantidades de energia que entram/saem do sistema, sob uma forma particular, durante um processo (ou transformação). SISTEMAS, PROPRIEDADES E PROCESSOS 1.6. Relação entre as propriedades Um dos aspectos mais importantes da Termodinâmica é a capacidade de deduzir relações entre as diversas propriedades de um sistema. Algumas mudanças nos valores de propriedades podem ser computadas a partir de um conjunto de informações sobre as variações de outras propriedades, como T, P, V e composição (n). SISTEMAS, PROPRIEDADES E PROCESSOS Para uma melhor compreensão da Termodinâmica, a estrutura será organizada conforme as seguintes classificações: 1. Sistemas termodinâmicos 2. Propriedades termodinâmicas 3. Relações termodinâmicas SISTEMAS, PROPRIEDADES E PROCESSOS 1.7. Classificação dos sistemas termodinâmicos Para sistematizar os conceitos usados, precisamos ter bem claro o tipo de sistema que está sendo estudado, afim de estabelecer i) o conjunto de variáveis que devem ser consideradas, e ii) excluir aquelas que não são pertinentes para a resolução do problema Classificação dos sistemas a) um único componente vs sistemas de vários componentes; b) homogêneo vs heterogêneo (ou seja, monofásico ou polifásico); c) Fechado vs aberto; d) Não reacional vs reacional e) simples vs complexo SISTEMAS, PROPRIEDADES E PROCESSOS 1.8. Classificação das Propriedades Termodinâmicas As condições de um sistema termodinâmico, as suas alterações e as trocas de matéria e energia às quais um sistema pode ser submetido, serão quantificados pelos valores assumidos por algumas variáveis especialmente definidas para este propósito. A base da termodinâmica reside no conceito de estados de equilíbrio e no postulado que "entre dois estados do sistema, toda mudança de valor de algumas grandezas termodinâmicas, como energia interna, não depende do caminho percorrido pelo sistema". SISTEMAS, PROPRIEDADES E PROCESSOS 1.9. Transferência de energia: calor e trabalho Há uma diferença fundamental entre as funções de estado (T, P, U) e as variáveis de processo, como calor (Q) e trabalho (W), pois estas últimas são transientes e somente tem significado durante processos. As transferências de energia do sistema são divididas em duas categorias (calor e trabalho), porque é impossível converter todo o calor em trabalho mecânico. SISTEMAS, PROPRIEDADES E PROCESSOS 1.10. Propriedades intensivas e extensivas As propriedades de estado podem ser dividas em extensivas e intensivas. Extensivas: dependem da quantidade de matéria (ou seja, da massa do sistema). Seu valor total é a soma dos valores correspondentes às partes nas quais se pode dividir o sistema. Intensiva: uma propriedade é dita intensiva se ela puder ser definida como tendo um valor em um ponto do sistema (como T e P), pois elas podem valores diferentes em pontos distintos do sistema. Elas são características das substâncias presentes, mas independentes de suas quantidades. Sempre que possível, adota-se propriedades intensivas para definir um sistema, pois elas independem da quantidade de matéria, e várias propriedades intensivas podem ser definidas a partir das propriedades extensivas. SISTEMAS, PROPRIEDADES E PROCESSOS 1.11. Transformações reversíveis e irreversíveis Um processo verdadeiramente reversível ocorre somente em situações ideias. Do contrário, todos os processos são irreversíveis, pois existem diversos fatores que levam a dissipação de energia no sistema. As principais são - atrito - troca de calor com a vizinhança A idealização de um processo reversível é importante pois ela é o limite entre as transformações verdadeiramente possíveis das transformações inversas impossíveis. 2. Lei Zero da Termodinâmica ENUNCIADO "Se A está em equilíbrio térmico com B, e B está em equilíbrio térmico com C, então C está em equilíbrio térmico com A". A Lei Zero diz que, neste caso, as temperaturas dos 03 objetos são iguais. Matematicamente Caso a temperatura dos objetos seja diferente, e for permitido o fluxo de energia através de uma parede diatérmica, o calor irá fluir do objeto mais quente para o objeto mais frio. Parede diatérmica: parede rígida que permite o fluxo de calor quando sistemas fechados são postos em contato. Parede adiabática: não permite a troca de calor. 2. Lei Zero da Termodinâmica Sentido do fluxo de calor entre dois objetos com diferentes temperaturas A lei zero da termodinâmica justifica o conceito de temperatura e a utilização de dispositivos para medição de temperatura. Para medir a temperatura de um sistema, utilizam-se dispositivos que são baseados em alguma mudança de propriedade física em função da temperatura (termométrica). - expansão térmica - resistividade elétrica - efeito termoelétrico - emissão de radiação infravermelho 2. Lei Zero da Termodinâmica TERMÔMETROS DE ÁLCOOL OU DE MERCÚRIO Instrumentos baseados na expansão térmica do um líquido dentro de uma coluna vertical. 2. Lei Zero da Termodinâmica Expansão volumétrica Conversão de escalas de temperatura TERMOPARES (THERMOCOUPLES) Instrumentos baseados no efeito termoelétrico ou efeito Seebeck. "Qualquer material condutor, submetido um gradiente de temperatura, irá gerar uma diferença de potencial que depende da diferença de temperatura entre a extremidade quente e a fria" 2. Lei Zero da Termodinâmica TERMOPARES (THERMOCOUPLES) 2.Lei Zero da Termodinâmica TERMORESISTÊNCIA Instrumentos baseados na mudança de resistividade elétrica de um material em função da temperatura. TERMISTORES Instrumento baseado variação de condutividade em materiais semicondutores sensíveis a mudanças de temperatura. NTC (negative temperature coefficient) – resistência diminui com o aumento da temperatura. PTC (positive temperature coefficient) – resistência aumenta em função do aumento da temperatura. 2. Lei Zero da Termodinâmica TERMISTORES 2. Lei Zero da Termodinâmica Componentes de um termistor e as curvas características deste tipo de sensor PIROMETRIA Dispositivo que mede a temperatura de um objeto através da análise da emissão de radiação infravermelha. Pirômetro de alta temperatura 2. Lei Zero da Termodinâmica A temperatura é medida através da comparação da cor de um objeto com a cor do filamento de uma lâmpada padrão. O controle de potência da lâmpada é calibrado em relação a temperatura. PIROMETRIA Dispositivo que mede a temperatura de um objeto através da análise da emissão de radiação infravermelha. Pirômetro de alta temperatura 2. Lei Zero da Termodinâmica A temperatura é medida através da comparação da cor de um objeto com a cor do filamento de uma lâmpada padrão. O controle de potência da lâmpada é calibrado em relação a temperatura. PIROMETRIA Dispositivo que mede a temperatura de um objeto através da análise da emissão de radiação infravermelha. 2. Lei Zero da Termodinâmica TERMÔMETRO BI-METÁLICOS Dispositivo que mede a temperatura de um objeto através da diferença de expansão térmica linear entre duas chapas de diferentes metais. 2. Lei Zero da Termodinâmica Temperatura é ajustada aumentando ou diminuindo a distância entre os contatos Definição Um gás ideal é qualquer gás, em baixíssimas concentrações (pressão zero). Lei de Boyle P.V = c (para n,T constantes) Lei de Charles V = c . T (para n, P constantes) P = c . T (para n, V constantes) Lei de Avogadro V = c . n (para P, T constantes) onde c é uma constante númerica. 3. GASES IDEAIS Definição Reunindo as três equações anteriores, temos a famosa equação de estado de Clapeyron P.V = n.R.T (Lei dos gases ideias) para pressões tendendo a 0 R = 8,314 J/mol.K 3. GASES IDEAIS Gás ideal Gás monoatômico em baixas concentrações, movendo-se aleatoriamente e não interagindo entre si. Em condições ambientais normais (25°C e 1 atm), a maioria dos gases reais comportam-se qualitativamente como um gás ideal. 3. GASES IDEAIS Gás ideal – sem forças intermoleculares Gás real – com forças intermoleculares Slide Number 1 Slide Number 2 Slide Number 3 Slide Number 4 Slide Number 5 Slide Number 6 Slide Number 7 Slide Number 8 Slide Number 9 Slide Number 10 Slide Number 11 Slide Number 12 Slide Number 13 Slide Number 14 Slide Number 15 Slide Number 16 Slide Number 17 Slide Number 18 Slide Number 19 Slide Number 20 Slide Number 21 Slide Number 22 Slide Number 23 Slide Number 24 Slide Number 25 Slide Number 26
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