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SEMINÁRIO – COMER, REZAR E AMAR
ANTROPOLOGIA E HISTÓRIA DA NUTRIÇÃO
2017
ACADÊMICAS: 
ANA LUIZA PHILIPPI
CRISTINA QUEIROZ
TAISE LIMA
SINDINAURA PRESTES
PROFESSORA: ALINE M. SALAMI
 Comer, Rezar e Amar conta a história de Liz, baseado na vida da autora Elizabeth Gilbert, uma jornalista nova-iorquina que parece ter tudo na vida, mas que se sente insatisfeita em sua vida pessoal e profissional. Infeliz com seu casamento, com a perda do “apetite” pela vida, decide largar tudo e viajar em busca da felicidade e de autoconhecimento através de um ano em três diferentes lugares com o propósito de escrever um diário que se tornaria um livro ao final.
 Mas antes de começar a jornada ou de ter essa ideia, ela divorcia-se do seu atual marido, e logo em seguida se envolve numa nova paixão com um homem mais novo. No entanto suas angustias e sua solidão a dois insistem em persegui-la.
		Desta forma inicia-se a jornada em busca do apetite pela vida, iniciando-se na Itália (comer), seguindo para a Índia (rezar) e terminando em Bali (amar). 
	Quando Liz chegou à Itália, a gastronomia local foi de grande importância para seu autoconhecimento. Seja como terapia, ou para dar vazão à sua culpa. Foi através da comida que ela conheceu pessoas novas, construiu amizades, aprendeu sobre outra cultura e língua e adquiriu o prazer por cozinhar e comer, coisas que nem ela própria tinha certeza de ser capaz.
	Foi na Itália que ela percebeu o quanto isso é importante, porque a comida além de trazer prazer também da um conforto, e a compensação é grande. Pela primeira vez ela não se importou com o estético e manter seu corpo. Ela apreciou e relaxou, não ficou contando calorias e pode curtir, aproveitar as sensações que o momento da refeição é capaz de propiciar junto aos novos amigos, saboreando sempre uma nova e boa comida.
	Ela mergulhou na cultura italiana onde a comida é muito forte e que tudo é resolvido em torno da mesa, como nas reuniões em família, com amigos e até no aprendizado (em suas aulas de italiano). As pessoas socializam se alimentando em um país em que tudo é ligado com a comida.
	Então, no contexto do filme a comida é representada como uma terapia para Liz, pois ela sempre se policiou e levou uma vida cheia de regras e de proibições. A alimentação representa aprendizado, relacionamentos pessoais e interpessoais, indispensáveis para que a personagem alcance seu equilíbrio interno.
	A frase “nós somos o que comemos”, é dada uma nova dimensão através do filme, na medida em que a comida gera na personagem um novo alcance espiritual, uma felicidade que antes era inexistente.
 	O filme apresenta diversos elementos simbólicos que representam práticas alimentares e que, dentro do roteiro, demarcam períodos e passagens importantes na vida da personagem inspirada na vida da autora Elizabeth Gilbert.
	Logo no inicio ela está entre familiares e amigos num típico almoço de domingo onde ela se vê questionando essas tradições e o descontentamento com aquele ritual. Ela também relembra esses momentos na casa da mãe, como eles lhe traziam memórias boas e o quanto ela costumava saborear aquela comida. Em seguida ela relembra cenas de seu casamento com o bolo e o ritual do primeiro pedaço entre marido e mulher. Até esta parte do filme todas as cenas estão ligadas aos costumes tradicionais da cultura americana e às tradições das quais a autora/personagem sentia-se presa.
	Quando ela começa a jornada ela entra numa outra fase onde a comida se transforma em prazeres e desligamento das tradições, dogmas e obrigações. Ela passa a experimentar coisas novas e sabores que não faziam parte do seu cotidiano atrás da recuperação do que ela chama “sabor pela vida”. Ao fim dessa jornada pela Itália, ela revisita uma tradição e um elemento simbólico muito marcante que é o peru de Ação de Graças, típico dos Estados Unidos, agora com outra visão onde ela realmente está agradecida, mais leve e sentindo mais prazer em estar naquele presente momento, inclusive cozinhando.
	Na fase da Índia, em sua jornada, a alimentação precisou ser reavaliada, já que no país há bastante simbologia e as tradições que envolvem alimentação como os casamentos, as ofertas, os jejuns e proibições de alimentos que ela estava acostumada a ingerir. Porém, a comida, principalmente no Ashram (retiro onde ela estava), requer uma consciência de que o alimento serve para alimentar o corpo, nutrir e não satisfazer desejos psicológicos. 	
	Quando ela chegou à Índia ela estava comendo mais do que seu corpo precisava e certamente isto chamava atenção dos seus colegas. Ao final de seu período no retiro ela aprende a nutrir o corpo e a alma da maneira certa, com as quantidades certas.
	Quando ela parte para Bali, ela finalmente havia se desvinculado da tradição alimentar como ritual e passou a ver o alimento como fator cultural e uma fonte de nutrição. Foi quando se desfez de seus padrões e dogmas criados ao longo de sua vida nos Estados Unidos.
	Na Indonésia Liza vai atrás de Ketut Liyer, um curandeiro que ela havia visitado anteriormente, que foi responsável pela profecia que mudou sua vida. A princípio, apenas querendo reencontra-lo e se reencontrar, acaba encontrando o homem que viria a ser seu marido.
	Elizabeth Gilbert, autora do Best Seller que inspirou o filme, narra no livro uma história real de sua própria experiência de autodescoberta. 
Ela se sentia infeliz em sua própria vida e partiu na sua viagem de redescoberta. No final da jornada de um ano ela casa-se com o brasileiro Nunes, interpretado no livro por Felipi, que ela conheceu na Indonésia. 
	Ela lançou dezoito meses após outro livro, intitulado como Comprometida, onde conta a história de seu relacionamento com Nunes. Em 2016 ela assume nas redes sociais o final amigável de seu relacionamento com Nunes e uma relação com uma escritora síria, Rayya Elias.

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