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Slides Contabilidade Social - 3

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Contas Nacionais
Aula 3 
Prof. Fernando Pozzobon
fernando.esag@gmail.com
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Na última aula... A Identidade 
produto ≡ renda ≡ dispêndio
Podemos calcular o produto agregado de uma economia: 
Pela ótica do produto, a avaliação do produto total da economia consiste na consideração do valor efetivamente adicionado pelo processo de produção em cada unidade produtiva.
Pela ótica da renda, podemos avaliar o produto gerado pela economia num determinado período de tempo, considerando o montante total das remunerações pagas a todos os fatores de produção nesse período.
Pela ótica da despesa (ou ótica do dispêndio) avalia o produto de uma economia considerando a soma dos valores de todos os bens e serviços produzidos no período que não foram destruídos (ou absorvidos como insumos) na produção de outros bens e serviços. É a variação nos estoques, ou investimento.
Sistema de Contas Nacionais
Economia fechada e sem governo
Conta de Produção:
Yp = Produto (ou renda) Privado Disponível
C = Gastos com Consumo das familiares
Ip = Gastos com Investimento privado
Conta da Renda:
Yp = Renda (ou produto) Privado Disponível
C = Consumo das familiares
S = Poupança Privada (a renda não gasta)
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Desagregando...
Consumo (C) refere-se aos 
bens e serviços adquiridos 
pelos consumidores.
Investimento (I), às vezes chamado de investimento fixo, é a aquisição de bens de capital. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF).
Investimentos em estoques é a diferença entre produção e vendas.
Investimento
Investimento (I) agregado: 
é o gasto com bens que foram produzidos, mas não foram consumidos no período, e que aumentam a capacidade produtiva da economia nos períodos seguintes. 
É composto por: 
bens de capital (máquinas e imóveis) 
e pela variação de estoques (produtos que não foram consumidos no período). 
Os bens de capital são chamados, nas contas nacionais, de: formação bruta de capital fixo – FBKF.
Depreciação
A FBKF possibilita a realização do consumo de bens e serviços num período bastante extenso de tempo. 
Mas, ao final do período de “vida útil”, existe a necessidade de reformar, reconstruir ou adquirir um novo maquinário.
Essa característica de desgastar com o tempo chama-se depreciação. 
A depreciação divide os conceitos de produção entre: bruto e líquido.
Para obter o valor do produto líquido de uma economia num determinado período de tempo é preciso deduzir, do valor total produzido, ou seja do valor do produto bruto, aquela parcela destinada a reposição da parte desgastada do estoque de capital da economia, a que se dá o nome de depreciação.
PIL=PIB-DEPRE
Estrutura da conta de produção – 
1º Versão
Débito
Crédito
Aproduto líquido
Cconsumo pessoal
Bdepreciação
Dvariação de estoques
Eformação brutade capital fixo
Produto bruto
Despesa bruta
Mostra no lado do débito o resultado do esforço conjunto da economia de um país em um determinado período de tempo, e no lado do crédito qual foi o destino do produto gerado (se foi consumido, gasto, acumulado), por isso o termo despesa bruta.
É a igualdade entre produto e despesa que garante o equilíbrio interno das contas. Usamos sempre o método das partidas dobradas.
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Y = C + I
Método das partidas dobradas
O método das partidas dobradas reza que, a um lançamento a débito, deve sempre corresponder um outro de mesmo valor a crédito. 
O equilíbrio interno refere-se a exigência de igualdade entre o valor do débito e do crédito em cada uma das contas.
O equilíbrio externo implica a necessidade de equilíbrio entre todas as contas do sistema.
Isto implica num equilíbrio entre todas as contas de um modelo de economia fechada e sem governo: conta de produção, conta de apropriação e conta de capital.
Estrutura da conta de produção – 
2º Versão
Débito
Crédito
a1salários
Cconsumo pessoal
a2lucros
Dvariação de estoques
a3aluguéis
Eformação bruta de capital fixo
a4juros
Arenda ou produto nacional líquido
(A=a1+a2+a3+a4)
Bdepreciação
Rendaou produto nacional
Despesa nacional bruta
O produto é apresentado como o somatório das diversas remunerações ocorridas na economia como contrapartida da cessão dos fatores de produção.
Essa segunda versão demonstra a identidade entre produção, renda e dispêndio.
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RNL + depre = C + I 
Estrutura da conta de apropriação – 
1º Versão
Débito
Crédito
Cconsumo pessoal
a1salários
Fpoupança líquida
a3aluguéis
a4juros
a21lucrosdistribuidos
a22lucros retidos
Utilização da renda nacional líquida
Renda Nacional líquida
A conta de apropriação é uma demonstração de lucros e perdas, com seus correspondentes significados de receitas e despesas.
São as famílias que se apropriam da renda e alocam sob a forma de consumo e poupança.
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Estrutura da conta de capital – 
1º Versão
Débito
Crédito
Dvariação de estoques
Fpoupança líquida
Eformação bruta de capital fixo
Bdepreciação
Investimento bruto total
Poupança bruta total
Débito
Crédito
a1salários
Cconsumo pessoal
a2lucros
Dvariação de estoques
a3aluguéis
Eformação bruta de capital fixo
a4juros
Arenda ou produto nacional líquido
(A=a1+a2+a3+a4)
Bdepreciação
Rendaou produto nacional
Despesa nacional bruta
Débito
Crédito
Cconsumo pessoal
a1salários
Fpoupança líquida
a3aluguéis
a4juros
a21lucrosdistribuidos
a22lucros retidos
Utilização da renda nacional líquida
Renda Nacional líquida
Produção
Apropriação
Conta de capital
A conta de capital “fecha” o sistema garantindo o equilíbrio externo nas contas. Demonstra também a identidade entre I e S
Sistema de Contas Nacionais
Economia Aberta e sem governo
Surgem os conceitos de IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO.
Quando parte da produção dos bens de um país é VENDIDA a outro país, ela é EXPORTADA.
Quando parte da produção dos bens de outro país é COMPRADA, ela é IMPORTADA .
Essas duas operações formam a BALANÇA COMERCIAL. 
Numa visão mais ampla, existe o BALANÇO DE PAGAMENTOS, quem contém nele a BALANÇA COMERCIAL e a BALANÇA DE SERVIÇOS (mercadorias intangíveis como fretes e royalties).
Assim, Balança comercial + Balança de Serviços = BALANÇA DE TRANSAÇÕES CORRENTES.
A distinção relevante é entre bens e serviços não fatores e bens e serviços fatores, 
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Bens e Serviços: Fatores x Não Fatores
Devemos considerar que as relações econômicas entre os países não se restringem a mera comp0ra e venda de mercadorias (bens e serviços), mas podem envolver, e na maioria das vezes envolvem, elementos mais complexos como os fatores de produção. 
Desse modo, parte da nossa produção pode ter sida obtida graças a utilização de fatores de produção de propriedade de não residentes (capital físico, monetário, tecnologia, etc). Neste caso, parte da renda gerada na economia, ainda que tenha sido gerada internamente, não pode ser considerada do país, ou seja, não pode ser considerada NACIONAL, uma vez que deve ser enviada aos países de residência dos proprietários desses fatores.
Para produzir o PIB utilizamos fatores que pertencem a não residentes, cuja remuneração é enviada a seus proprietários no exterior, na forma de juros, lucros e royalties (Rendas Líquidas = Rendas Recebidas – Rendas Enviadas). 
Porém, existem residentes que possuem fatores de produção fora do país e recebem renda do exterior 
(extração de petróleo da Petrobrás, grandes construtoras brasileiras, etc)
Somando ao PIB a renda recebida do exterior e subtraindo a renda enviada ao exterior, tem-se o PNB, que é a renda que efetivamente pertence aos residentes.
Assim,
PNB = PIB +(-) RL 
RL = (Renda Recebida do Exterior – Renda Enviada ao Exterior)
Obs: no caso brasileiro RL (= RLR – RLE) é estruturalmente negativa, pois mandamos mais renda do que recebemos.
Isso faz com que o nosso PIB seja geralmente maior que o PNB, que no caso dos EUA é o contrario.
Sabemos que PIB é o somatório de todos os bens e serviços finais produzidos dentro
do território nacional, num dado período.
No entanto, para se obter o produto nacional de uma economia, é preciso deduzir de seu produto interno a renda líquida enviada ao exterior ou, se for o caso, adicionar a seu produto interno a renda líquida recebida do exterior.
PIB – RLEE = PNB
PIB + RLR =PNB
Estrutura da conta do setor externo – 
1º Versão
Débito
Crédito
Gexportaçõesde bens e serviços não fatores
Iimportações de bens e serviços não fatores
Hdéficit(saldo) do balanço de pagamentos em transações correntes
Jrenda líquida enviada ao exterior (saldo)
Total do débito
Total do Crédito
Além das exportações e importações, levamos em consideração as rendas enviadas e recebidas do exterior.
Por outro lado, temos que analisar o saldo no balanço de pagamentos. Se é positivo, temos um superavit no balanço de pagamentos em transações correntes, se for negativo, teremos um deficit.
Estrutura da conta de produção – 
3º Versão
Débito
Crédito
Iimportações de bens e serviços não fatores
Gexportaçõesde bens e serviços não fatores
Jrenda líquida enviada ao exterior
Hdéficit (saldo)do balanço de pagamentos em transações correntes
a1salários
Cconsumo pessoal
a2lucros
Dvariação de estoques
a3aluguéis
Eformação bruta de capital fixo
a4juros
Arenda ou produto nacional líquido
(A=a1+a2+a3+a4)
Bdepreciação
Oferta total de bens e serviços
Demandatotal por bens e serviços
Estrutura da conta de capital – 
2º Versão
Débito
Crédito
Dvariação de estoques
Fpoupança líquida
Eformação bruta de capital fixo
Bdepreciação
Hdéficit(saldo) balanço de pagamentos em transações correntes
Investimento bruto total
Poupança bruta total
Quando há um déficit no balanço de pagamentos em transações correntes ele acaba por ser coberto por entrada de capitais externos, o que significa que a economia para fazer frente a absorção interna está importando capital, ou seja, importando poupança.
Sistema de Contas Nacionais
Economia aberta e com governo
Quando introduzimos o setor público, introduzimos os conceitos de receita fiscal e gastos públicos, superávit ou déficit público
Se arrecadação for maior que gastos tem superávit, caso contrário, tem déficit (também chamado de necessidade de financiamento do setor público)
Excluindo os juros da dívida pública, interna e externa, tem-se o conceito de superávit primário ou superávit fiscal (ainda, déficit primário ou déficit fiscal)
Se forem considerados os juros nominais: superávit total ou nominal (déficit total ou nominal)
Se forem considerados apenas os juros reais (excluindo a taxa de inflação e a variação cambial): superávit operacional ou déficit operacional.
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Contas do Governo – 1ª versão
Débito
Crédito
Lconsumo do governo
Pimpostos diretos
Mtransferências
Qimpostos indiretos
Nsubsídios
Routras receitas correntes líquidas
Osaldo do governo em conta corrente
Utilização da receita
Total da receita
É semelhante em alguns sentidos a conta de apropriação. Mostra qual 
foi o valor da receita total do governo num determinado período de tempo e 
Como o governo a alocou (o que fez com ela).
Se a diferença entre o que o governo arrecada e gasta for positivo, ocorre
Poupança do governo, caso contrário tem déficit.
Estrutura da conta de produção – 
Versão Final
Débito
Crédito
a1salários
Cconsumo pessoal
a3aluguéis
Lconsumo do governo
a4juros
Dvariação de estoques
a21lucrosdistribuidos
Eformação bruta de capital fixo
a22lucros retidos
Gexport.de bens e serviços não fatores
Bdepreciação
p1-m1impostosdiretospagos pelas empresas menostransferenciasrecebidas pelas empresas
Routrasreceitas correntes líquidas
Q-Nimpostos indiretos, menos subsídios
Iimport. de bens e serviços não fatores
Jrenda líquida enviada ao exterior
Oferta total de bens e serviços
Demanda total por bens e serviços
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Conta de apropriação – Versão Final
Débito
Crédito
Cconsumo pessoal
a1salários
p1impostos diretos(empresas)
a3aluguéis
p2impostos indiretos(famílias)
a4juros
Fpoupança líquida do setor privado
a2lucros
Routras receitas correntes líquidas do governo
m1+m2transferências totais
p1-m1impostosdiretos líquidos (empresas)
Routras receitas correntes líquidas do governo
Utilização da renda nacional líquida a custo de fatores mais transferências
Renda nacional líquidaa custo de fatores mais transferências

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