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15850_Apostila adaptada Ciências Sociais - autora prof Teresinha

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Autora: 
Prof.ª TERESINHA MINELLI TAVARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO CIENTÍFICO SOBRE O SOCIAL 
As Origens do Pensamento Científico sobre o Social 
Desde que o ser humano desenvolveu a capacidade de pensar, busca explicações 
para os fenômenos que o circundam. A partir desta preocupação básica, o homem torna-se 
produtor de conhecimento sobre o mundo. Num primeiro momento, as explicações sobre o 
funcionamento da natureza e da vida humana são dadas a partir de mitos, depois cria-se a 
religião, a filosofia e a ciência. 
O conhecimento mítico manifesta-se através de um conjunto de histórias, lendas, 
crenças. Os mitos carregam mensagens que traduzem os costumes de um povo e 
constituem um discurso explicativo da vida social. O mito se explica pela fé, sem a 
necessidade de comprovação. 
Segundo Meksenas, "o mito fez com que o ser humano procurasse entender o mundo 
através do sentimento e busca da ordem das coisas". 
Na medida que o homem desenvolve sua consciência, sente necessidade de descobrir 
as leis que regem o mundo e procura entendê-lo de um modo racional. Enquanto o mito, 
através de histórias, contribuía para o homem aceitar o mundo, a filosofia atuava no sentido 
de compreender o porquê das coisas. 
O conhecimento filosófico também é valorativo, mas se apoia na formulação de 
hipóteses, é pautado na razão e tem como finalidade buscar uma representação coerente da 
realidade estudada. 
Como afirma Lakatos, "o conhecimento filosófico é caracterizado pelo esforço 
da razão pura para questionar os problemas humanos e poder discernir entre o certo e o 
errado, unicamente recorrendo às luzes da razão humana". 
A importância da civilização grega (300 a.C.) para a história da humanidade, foi que, 
nesta civilização, nasceu a filosofia. Para aprofundar os estudos, vale a pena a leitura de 
autores como Platão e Aristóteles. 
Como afirmava Sócrates "não existe no mundo conhecimento pronto, acabado e, se 
desejamos chegar à raiz do conhecimento, devemos em primeiro lugar criticar o que já 
conhecemos”. 
O conhecimento religioso apóia-se em doutrinas valorativas e suas verdades 
indiscutíveis. É um tipo de conhecimento que não se apoia na razão e na experimentação, 
mas na fé da revelação divina. 
O conhecimento religioso impôs-se como conhecimento dominante no mundo ocidental 
durante o período medieval. O cristianismo impediu o desenvolvimento de outras formas de 
conhecer a realidade e constituiu-se num saber "todo poderoso" que justificava o poder de 
uma instituição: a igreja católica. 
As transformações que ocorreram no mundo a partir do século XVI com as grandes 
navegações e internacionalização do comércio foram acompanhadas pela crítica ao poder 
eclesiástico de explicar a realidade. Com a desagregação do mundo feudal, foi conferida ao 
saber científico uma importância única. Existe uma necessidade histórica de formular um 
saber que permita estabelecer um critério de verdade funcional. 
A razão, ou a capacidade racional do homem de conhecer, é definida como elemento 
essencial que se colocaria frontalmente contra o dogmatismo e a autoridade eclesiástica, 
criando-se uma nova atitude diante da possibilidade de explicar os fatos sociais. O conheci- 
3 
 
mento científico pauta-se na realidade concreta, é 
baseado na experimentação e não apenas na razão. 
É um saber que possui uma ordenação lógica e 
busca constantemente se repensar. A característica 
elementar do pensamento científico é a busca 
constante da verdade através do desenvolvimento de 
métodos de análise. 
Portanto, mito, religião, filosofia e ciência são 
formas de conhecimento produzidas pelo ser 
humano. O sentido da busca de conhecimento é 
chegar à verdade. 
 
Albert Einstein 
 
EXERCÍCIOS 
 
01) Desde que o ser humano desenvolveu a capacidade de pensar, busca explicações para os 
fenômenos que o circundam. A partir desta preocupação básica, o homem torna-se produtor de 
conhecimento sobre o mundo. Num primeiro momento, as explicações sobre o funcionamento da 
natureza e da vida humana são dadas a partir de mitos, depois cria-se a religião, a filosofia e a 
ciência. Sendo assim podemos dizer que o conhecimento mítico se manifesta : 
A. Através dos conhecimentos racionais; 
B. Através de um conjunto de histórias, lendas e crenças; 
C. Através de padrões pré estabelecidos 
D. Através do conhecimento cientifico 
E. Nenhuma das alternativas 
 
02) Sobre o conhecimento mítico é correto afirmar: 
I - Os mitos carregam mensagens que traduzem os costumes de um povo e constituem um 
discurso explicativo da vida social. 
II - O mito se explica pela fé, sem a necessidade de comprovação. 
III - "o mito fez com que o ser humano procurasse entender o mundo através do sentimento e 
busca da ordem das coisas". 
IV - é caracterizado pelo esforço da razão pura para questionar os problemas humanos e poder 
discernir entre o certo e o errado, unicamente recorrendo às luzes da razão humana. 
Estão Corretas as alternativas: 
A. Todas 
B. II e III 
C. I, II e III 
D. II e IV 
E. III e IV 
 
03) Em relação ao conhecimento científico é correto afirmar: 
A. É um conhecimento racional, metódico, sistemático, capaz de ser submetido à verificação. 
B. É um esforço racional e sistemático para elucidar problemas que os homens se colocaram ao 
longo da história. 
C. A ciência dá origem a uma linguagem objetiva, que tenta evitar ao máximo as idéias e conclusões 
ambíguas. 
D. Pauta-se na realidade concreta, é baseado na experimentação e não apenas na razão 
E. O conhecimento científico é objetivo, tem um método baseado na observação, medição e 
comparação que possibilita a verificação empírica de suas formulações. 
 
4 
 
04) O conhecimento científico é uma forma de conhecer a realidade que se fundamenta nos 
procedimentos utilizados na sua obtenção, que são a observação, experimentação e síntese. Por isto 
não é correto afirmar que o conhecimento científico é: 
A. É um conhecimento racional, metódico, sistemático, capaz de ser submetido à verificação. 
B. É um esforço racional e sistemático para elucidar problemas que os homens se colocaram ao 
longo da história. 
C. A ciência dá origem a uma linguagem objetiva, que tenta evitar ao máximo as idéias e conclusões 
ambíguas. 
D. O conhecimento científico é acrítico, não necessita de bases sólidas e suas justificativas 
dependem da interpretação de cada um. 
E. O conhecimento científico é objetivo, tem um método baseado na observação, medição e 
comparação que possibilita a verificação empírica de suas formulações. 
 
05) Por que dizemos que o sentido da busca de conhecimento é chegar à verdade? 
 
 
 
 
 
 
 
06) Como é o conhecimento filosófico? De um exemplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
07) Desde que o ser humano desenvolveu a capacidade de pensar, busca explicações para os 
fenômenos que o circundam. A partir desta preocupação básica, o homem torna-se produtor de 
conhecimento sobre o mundo. Num primeiro momento, as explicações sobre o funcionamento da 
natureza e da vida humana são dadas a partir de mitos, depois cria-se a: 
A. religião, a filosofia e a ciência. 
B. a filosofia – a razão – conhecimento 
C. lendas – a razão e o ser 
D. lendas – a filosofia e a razão 
E. religião – as lendas e a razão 
 
08) O conhecimento ___________ manifesta-se através de um conjunto de histórias, lendas, 
crenças. Os ______ carregam mensagens que traduzem os costumes de um povo e constituem um 
discurso explicativo da vida social. O _____ se explica pela fé, sem a necessidade de comprovação. 
Complete as lacunascom a alternativa correta: 
A. cientifico B. mítico C. filosofico D. teologico E. natural 
5 
 
09) A razão, ou a capacidade racional do homem de conhecer é definida como elemento essencial 
que se colocaria frontalmente contra o dogmatismo e a autoridade eclesial, criando-se, pois uma 
nova atitude diante da possibilidade de explicar os fatos sociais. O _____________ pauta-se na 
realidade concreta, é baseado na experimentação e não apenas na razão. 
A. conhecimento cientifico 
B. filosofico 
C. mítico 
D. teologico 
E. natural 
 
10) Descreva uma experiência pautada no conhecimento teológico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Sociologia Pré-Científica 
Trata-se do pensamento filosófico que se desenvolveu a partir do Renascimento e 
estende-se até a Ilustração (movimento filósofico do século XVIII que partia da convicção na 
razão/lógica como fonte de conhecimento). 
O Renascimento foi um importante movimento de ordem artística, cultural e 
científica que se deflagrou na passagem que caracterizam a transição do Feudalismo para 
o Capitalismo. O Renascimento apresentou um novo conjunto de temas e interesses aos 
meios científicos e culturais de sua época. Começou no século XIV na Itália e difundiu-se 
pela Europa no decorrer dos séculos XV e XVI. 
Nesta unidade, vamos citar a contribuição de alguns filósofos para a compreensão das 
transformações sociais que culminaram no desenvolvimento do capitalismo. 
A partir do século XV significativas mudanças ocorrem na Europa, começa uma nova 
era para a organização do trabalho, e o conhecimento humano também sofre 
modificações. O ser humano deixa de apenas explicar ou questionar racionalmente a 
natureza, para se preocupar com a questão de como utilizá-Ia melhor. 
Essa nova forma de conhecimento da natureza e da sociedade, na qual a 
experimentação e a observação são fundamentais, aparece neste momento, representada 
pelo pensamento de Maquiavel (1469-1527), Galileu Galilei (1564-1642), Francis Bacon 
(1561-1626) e René Descartes (1596- 1650). 
 O pensamento social do Renascimento expressa-se na criação imaginária de mundos 
ideais que mostrariam como a realidade deveria ser, sugerindo, entretanto, que tal 
6 
 
sociedade seria construída pelos homens com sua ação e não pela crença pela fé. 
Tanto que: 
• Thomas Morus (1478-1535), em "A Utopia", defende a 
igualdade e a concórdia. Concebe um modelo de 
sociedade no qual todos têm as mesmas condições de 
vida e executam em rodízio os mesmos trabalhos; e 
• Maquiavel, em sua obra "O Príncipe", afirma que o destino 
da sociedade depende da ação dos governantes. Analisa 
as condições de fazer conquistas, reinar e manter o 
poder. A importância dessa obra reside no tratamento 
dado ao poder. 
 
Thomas Morus 
Segundo Costa (2005), as idéias de Thomas Morus e Maquiavel expressam os 
valores de uma sociedade em mudança, portam uma visão laica da sociedade e do 
poder. 
• Visão laica - defende e promove a separação do Estado das igrejas e comunidades 
religiosas, assim como a neutralidade do Estado em matéria religiosa. 
• Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), em sua obra "O Contrato Social", afirma que a 
base da sociedade estava no interesse comum pela vida social, no 
consentimento unânime dos homens em renunciar as suas vontades em favor 
de toda a comunidade. Defendia um modelo de sociedade pautada em princípios 
de igualdade. 
• Diferentemente de Rousseau, John Locke (1632-1704) reconhecia entre os direitos 
individuais o respeito à propriedade. Defendia que os princípios de organização social 
fossem codificados em torno de uma Constituição. 
Concluímos que a sociologia pré-científica é caracterizada por estudos sobre a vida 
social que não tinham como preocupação central conhecer a realidade como ela era, e sim 
propor formas ideais de organização social. O pensamento filosófico de então já concebia 
diferenças entre indivíduo e coletividade, e, como afirma Costa (2005), "presos ainda ao 
princípio da individualidade, esses filósofos entendiam a vida coletiva como a fusão de 
sujeitos, possibilitada pela manifestação explícita das suas vontades". 
 
O Pensamento Científico sobre o Social 
A formação da Sociologia no século XIX significou que o pensamento sobre o social 
desvinculou-se das tradições morais e religiosas. Como afirma Costa (2005), "Tornava-se 
necessário entender as bases da vida social humana e da organização da sociedade, por 
meio de um pensamento que permitisse a observação, o controle e a formulação de ex 
plicações plausíveis, que tivessem credibilidade num mundo 
pautado pelo racionalismo". Doutrina que afirma que tudo que 
existe tem uma causa inteligível, mesmo que não possa ser 
demonstrada de fato, como a origem do Universo. 
Augusto Comte (1798-1857) foi o autor que desenvolveu, 
pela primeira vez, reflexões sobre o mundo social sob bases 
científicas. Em sua análise sobre o mundo social, compreendia a 
sociedade como um grande organismo, no qual cada parte possui 
uma função específica. O bom funcionamento do corpo social 
 
August Comte 
7 
 
depende da atuação de cada órgão. 
Segundo Comte ao longo da história as sociedades teriam passado por três fases: 
1ª. Teológica 
2ª. Metafísica 
3ª. Científica 
 
A primeira concebia a fase teológica como aquela em que os homens recorriam à 
vontade de Deus para explicar os fenómenos da natureza; 
Na segunda fase, o homem já seria capaz de utilizar conceitos abstratos (de 
compreensão difícil); 
Na terceira fase, correspondente à sociedade industrial, o conhecimento passa a se 
pautar na descoberta de leis objetivas determinantes dos fenómenos. 
Comte procurou estudar o que já havia sido acumulado em termos de conhecimentos e 
métodos por outras ciências como a Matemática, Biologia e Física, para saber quais deles 
poderiam ser utilizados na Sociologia. 
O conhecimento sociológico permite ao homem transpor os limites de sua condição 
particular para percebê-la como parte de uma totalidade mais ampla, que é o todo social. 
Isso faz da sociologia um conhecimento indispensável num mundo que, à medida que 
cresce, mais diferencia e isola os homens e os grupos entre si. 
 
EXERCÍCIOS 
 
01) Sobre o Renascimento podemos afirmar: 
I - Foi um importante movimento de ordem artística, cultural e científica; 
II - Apresentou um novo conjunto de temas e interesses aos meios científicos e culturais de sua 
época; 
III - Começou no século XV na Itália e difundiu-se pela Europa no decorrer dos séculos XVI. 
Estão corretas as alternativas: 
A. Todas 
B. Apenas a I 
C. Apenas a II 
D. I e II 
E. Apenas a alternativa III 
 
02) E correto afirmarmos em relação a Thomas Morus : 
I – Defende a igualdade e a concórdia; 
II – Afirma que o destino da sociedade depende da ação dos governantes; 
III – Concebe um modelo de sociedade no qual todos têm as mesmas condições de vida e 
executam em rodízio os mesmos trabalhos; 
IV – Defende um modelo de sociedade pautada em princípios de igualdade. 
Estão corretas as alternativas: 
A. Todas 
B. I e II 
C. II e III 
D. III e IV 
E. I e III 
 
03) Qual a semelhança entre as idéias de Thomas Morus e Maquiavel? 
 
8 
 
 
 
 
 
04) De acordo com Augusto Comte podemos afirmar: 
I – Foi o autor que desenvolveu pela primeira vez, reflexões sobre o mundo social sob bases 
cientificas; 
II – Compreendia a sociedade como um grande organismo; 
III – A sociedade teria passado por quatro fases; 
IV – A fase teológica era aquela que os homens recorriam a conceitos abstratos 
Estão corretas as alternativas: 
A. Todas 
B. Apenas a I 
C. Apenas a IID. I e II 
E. III e IV 
 
05) O que o conhecimento sociológico permite ao homem? 
 
 
 
 
 
06) Coloque V para questões verdadeiras e F para as questões falsas: 
( ) A formação da Sociologia no século XIX significou que o pensamento sobre o social desvinculou-
se das tradições morais e religiosas. 
( ) "Tornava-se necessário entender as bases da vida social humana e da organização da 
sociedade,por meio de um pensamento que permitisse a observação, o controle e a formulação de 
explicações plausíveis, que tivessem credibilidade num mundo pautado pela filosofia (pelo 
racionalismo)". 
( ) Augusto Comte (1798-1858) 1857 foi o autor que desenvolveu, pela primeira vez, reflexões sobre 
o mundo social sob bases científicas. 
( ) Em sua análise sobre o mundo social, compreendia a sociedade como um grande organismo, no 
qual cada parte possui uma função específica. O bom funcionamento do corpo social depende da 
atuação de cada órgão. 
 
07) Segundo Comte ao longo da história as sociedade teria passado por três fases que seriam: 
A. Teológica – metafísica – filosófica 
B. Teológica – metafisica – científica 
C. Mítica – científica e filosófica 
D. Científica – racional e teológica 
E. Teológica – específica - mítica 
 
08) ______________ - defende e promove a separação do Estado das igrejas e comunidades 
religiosas, assim como a neutralidade do Estado em matéria religiosa. Complete a lacuna com a 
alternativa correta: 
A. Visão do estado C. Visão Laica 
B. Visão da Igreja D. Visão do povo 
 E. Visão teológica 
9 
 
09) Comte procurou estudar o que já havia sido acumulado em termos de conhecimentos e métodos 
por outras ciências como:___________, __________ e ________ para saber quais deles poderiam 
ser utilizados na sociologia. Complete a lacuna com a alternativa correta: 
A. Matemática, biologia, física 
B. Geografia, história, física 
C. História, química e português 
D. Português, biologia, física 
E. Educação artística, física, química 
 
10) O _______________ permite ao homem transpor os limites de sua condição particular para 
percebê-la como parte de uma totalidade mais ampla, que é o todo social. Complete a lacuna com a 
alternativa correta 
A. Conhecimento científico 
B. Conhecimento empírico 
C. Conhecimento teológico 
D. Conhecimento sociológico 
E. Conhecimento racional 
 
 
 
TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS DO SÉCULO XVIII 
 
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização 
dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir 
mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores 
lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção 
de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional que trouxe maior 
demanda de produtos e mercadorias. 
 
Pioneirismo Inglês 
Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do 
século XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grandes 
reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para 
movimentar as máquinas e as locomotivas a vapor. Além da fonte de energia, os ingleses 
possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste 
período. A mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos de 
Terras), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando 
emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente 
para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O 
mercado consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que 
contribuiu para o pioneirismo inglês. 
 
Avanços da Tecnologia 
O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. 
As máquinas a vapor, principalmente os gigantescos teares, revolucionoram o modo de 
produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de 
desempregados, por outro, baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção. 
10 
 
Na área de transportes, podemos 
destacar a invenção das locomotivas a 
vapor (Maria fumaça) e os trens à vapor. 
Com estes meios de transportes, foi 
possível transportar mais mercadorias e 
pessoas, num tempo mais curto e com 
custos mais baixos. 
 
Locomotiva: importante avanço nos meios de transporte 
 
A Fábrica 
As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de 
trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima 
iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos 
e, inlusive, havia emprego do trabalho infantil. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 
horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos 
trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso 
semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem 
nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade. 
 
Reação dos trabalhadores 
Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se 
organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os 
empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de 
sindicatos) com o objetivo de melhorar as condições de 
trabalho dos empregados. Houve também movimentos mais 
violentos como, por exemplo, o ludismo. Também conhecidos 
como "quebradores de máquinas", os ludistas invadiam fábricas 
e destruíam seus equipamentos como forma de protesto e 
revolta com relação à vida dos empregados. O cartismo foi 
mais brando na forma de atuação, pois optou pela via política, 
conquistando diversos direitos políticos para os trabalhadores. 
 
Ned Ludd - Líder do Ludismo 
Conclusão 
A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a 
ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro 
lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos 
poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o 
êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram conseqüências 
nocivas para a sociedade. 
Até os dias de hoje, o desemprego é um dos grandes problemas nos países em 
desenvolvimento. Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no 
mundo todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substituídos por máquinas 
e robôs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para ocuparem empregos 
que exigem cada vez mais criatividade e múltiplas capacidades. Mesmo nos países 
desenvolvidos têm faltado empregos para a população. 
 
11 
 
EXERCÍCIOS 
 
01) No início da Revolução Industrial o trabalho infantil foi utilizado com grande intensidade pelos 
capitalistas por quê: 
A. Apelava para o ideal de homem ativo e poupador 
B. Apelava para o dever do trabalho e o repúdio a ociosidade 
C. Orientava a criança para a disciplina, o esforço físico e o bem estar social 
D. Supunha, na criança, maior docilidade e obediência em virtude de sua fragilidade. 
E. Exigia da criança a subsistência e a liberdade de ocupar o tempo livre. 
 
02) ENADE 2004 - "O homem se tornou lobo para o homem, porque a meta do desenvolvimento 
industrial está concentrada num objeto e não no ser humano. A tecnologia e a própria ciência não 
respeitam valores éticos e, por isso, não tiveram respeito algum com o humanismo, paraa 
convivência e para o sentido mesmo da existência. Na própria política, o que contou no pós-guerra 
foi o êxito econômico e, muito pouco, a justiça social e o cultivo da verdadeira imagem do homem. 
Fomos vítimas da ganância e da máquina. Das cifras. E, assim, perdemos o sentido autêntico da 
confiança, da fé, do amor. As máquinas andaram por cima da plantinha sempre tenra da esperança. 
E foi o caos." (ARNS, Paulo Evaristo. Em favor do homem. Rio de Janeiro: Avenir, s\d, p. 10.) 
De acordo com o texto, pode-se afirmar que: 
A. A industrialização, embora respeite os valores éticos, não visa o homem. 
B. A confiança, a fé, a ganância e o amor se impõem para uma convivência possível. 
C. A política do pós-guerra eliminou totalmente a esperança entre os homens. 
D. O sentido da existência encontra-se instalado no êxito econômico e no conforto. 
E. O desenvolvimento tecnológico e científico não respeitou o humanismo 
 
03) Revolução Industrial ocorrida no final do século XVIII transformou as relações do homem com o 
trabalho. As máquinas mudaram as formas de trabalhar, e as fábricas concentraram-se em regiões 
próximas às matérias-primas e grandes portos, originando vastas concentrações humanas. Muitos 
dos operários vinham da área rural e cumpriam jornadas de trabalho de 12 a 14 horas, na maioria 
das vezes em condições adversas. A legislação trabalhista surgiu muito lentamente ao longo do 
século XIX e a diminuição da jornada de trabalho para oito horas diárias concretizou-se no início do 
século XX. 
Pode-se afirmar que as conquistas no início do século XX são decorrentes de: 
A. A expansão do capitalismo e a consolidação dos regimes monárquicos constitucionais 
B. A expressiva diminuição da oferta de mão-de-obra, devido à demanda por trabalhadores 
especializados. 
C. A capacidade de mobilização dos trabalhadores em defesa dos seus interesses 
D. O crescimento do Estado ao mesmo tempo que diminuía a representação operária nos 
parlamentos. 
E. A vitória dos partidos comunistas nas eleições das principais capitais européias. 
 
04) A Revolução Industrial transformou profundamente a ordem econômica mundial. Suas origens 
estão na Inglaterra. Sobre a Revolução Industrial é correto afirmar? 
I - Foi uma necessidade da burguesia que para implantar a industrialização acabou com o 
poder político absoluto da monarquia. 
II - A máquina a vapor e o tear hidráulico foram importantes fatores técnicos que substituíram a 
força física pela força mecânica colaborando para o aumento da produção e diminuição de 
custos com mão de obra. 
III - Triunfo da ideologia neoliberal. 
IV- Fortalecimento do sistema familiar de produção. 
V- Fim da hegemonia marítima. 
12 
 
Após analisar as afirmativas acima marque a opção correta: 
A. Apenas a alternativa I está correta. 
B. As alternativas I e II estão corretas. 
C. As alternativas II, III, IV e V estão corretas. 
D. As alternativas Iv e V estão corretas 
 
05) O pioneirismo inglês na Revolução Industrial foi possível devido a uma série e fatores, entre os 
quais podemos afirmar como corretos: 
I- Devido à extinção do tráfico de escravos negros que propiciou a implantação do trabalho 
assalariado. 
II - Após a assinatura do Tratado de Methuen com Portugal que abriu os portos 
aos navios ingleses. 
III - Acúmulo de capital obtido pela exploração das colônias inglesas, principalmente na 
América do Norte. 
IV- Mão de obra disponível para trabalhar nas fábricas e importantes jazidas minerais de 
carvão. 
V- A ocupação do poder político pela burguesia evidenciando a supremacia do Estado liberal 
burguês. 
Após analisar as afirmativas acima marque a opção correta: 
A. Apenas a alternativa IV está correta. 
B. As alternativas I e II estão corretas. 
C. As alternativas III, IV e V estão corretas. 
D. As alternativas I e V estão corretas. 
E. Apenas a alternativa III está correta 
 
06) (PUCCAMP) "O produto da atividade humana é separado de seu produtor e apropriado por uma 
minoria: a substância humana é absorvida pelas coisas produzidas, em lugar de pertencer ao 
homem". 
A partir do texto, pode-se afirmar que a Revolução Industrial: 
A. Evidenciou o modelo de exploração do capitalista que obtinha lucro e pouco repassava para a 
sociedade; 
B. Tornou a manufatura uma alternativa para o artesanato; 
C. Introduziu métodos manuais de trabalho na produção; 
D. Tornou o homem mais importante que a máquina; 
E. Valorizou o trabalhador autônomo que representava a essência da política liberal burguesa. 
 
07) A Revolução Industrial foi possível por uma série de fatores. Em relação a grande quantidade de 
mão de obra disponível para trabalhar nas fábricas podemos afirmar que está relacionada: 
A. Ao processo de extinção dos campos abertos provocando o cercamento da terra e criando o 
êxodo rural; 
B. A substituição dos grandes domínios rurais pelos pequenos produtores, cuja rentabilidade era 
maior; 
C. Uma maior concentração de mão-de-obra agrícola, ao deter a migração para as cidades; 
D. Foi um fenômeno exclusivo da Inglaterra, não aparecendo em nenhum outro país; 
E. Em virtude da estagnação do mercado consumidor . 
 
08) A Sociologia, enquanto uma ciência social básica, surgiu num específico momento histórico, 
relacionada aos efeitos de importantes fatos e processos históricos que colaboraram para o seu 
aparecimento. Assinale a alternativa correta, que diz respeito àquele momento histórico: 
A. A Sociologia foi fruto da Revolução Científica que caracterizou o racionalismo no século XVII. 
13 
 
B. A sociologia surgiu devido a Reforma Protestante e da influência das Igrejas luteranas e 
calvinistas, no século XVI. 
C. A Sociologia foi fruto de grandes transformações decorrentes das Revoluções Industrial e 
Francesa, que caracterizaram a afirmação do modo de produção capitalista, no início do século XIX. 
D. Esta ciência foi fruto das Grandes Navegações e Descobertas, que no século XVI colocaram os 
europeus diante de nova realidade, devido ao contato com o Novo Mundo. 
E. A Sociologia nasceu no século XI, juntamente com as Universidades na Europa feudal e em 
função da ação esclarecedora da Igreja. 
 
09) "De pé ficaremos todos 
E com firmeza juramos 
Quebrar tesouras e válvulas 
E pôr fogo às fábricas daninhas." 
(Canção dos quebradores de máquinas do séc. XIX, citada por Leo Huberman. História da riqueza do 
homem. 1979) 
O movimento representado nessa canção denominou-se: 
A. Liberalismo: defendia a ideia de que todas as nações deveriam implantar a liberdade de comércio 
e a destruição das máquinas. 
B. Anarquismo: a maior parte de seus seguidores aponta Deus, o Estado e as máquinas como os 
maiores inimigos da liberdade humana. 
C. Cartismo: originou-se de um documento chamado Carta do Povo, no qual, entre outras coisas, 
estava a defesa do sufrágio universal masculino e o voto secreto, além da destruição das máquinas, 
maiores concorrentes dos trabalhadores da época. 
D. Socialismo: conjunto de óoutnnas que defendia uma melhor distribuição da riqueza produzida pelo 
trabalho nas fábricas. 
E. Ludismo : Seus seguidores acreditavam que os responsáveis por sua miséria e desemprego eram 
as máquinas e passaram a destruí-las. 
 
10) Após a Revolução Industrial tivemos vários benefícios, porém muitas máquinas ocuparam o lugar 
do homem, sendo assim o que o homem deve fazer para se manter no mercado de trabalho? 
 
 
 
 
 
 
AS PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO CLÁSSICO 
 
EMILE DURKHEIM 
Durkheim é apontado como um dos primeiros grandes 
teóricos no estudo da sociedade, constituindo-a como disciplina 
rigorosamente científica. Sua preocupação foi definir a sociologia,com precisão, com o objeto, o método e as aplicações dessa nova 
ciência – os fatos sociais. 
 
O que é fato social? 
Para Durkheim o fato social é experimentado pelo indivíduo 
como uma realidade independente e pré-existente. São 3 as 
característica básicas que distinguem os fatos sociais. 
 
Emile Durkheim 
14 
 
A 1ª delas é a coerção social, ou seja, a força que os fatos exercem sobre os 
indivíduos, levando-os a conformarem-se às regras da sociedade em que vivem, 
independentemente de sua vontade e escolha. 
Essa força se manifesta quando o indivíduo desenvolve ou adquire um idioma, 
quando é criado e se submete a um determinado tipo de formação familiar ou quando está 
subordinado a certo código de leis ou regras morais. Nessas circunstâncias, o ser humano 
experimenta a força da sociedade sobre si. 
A força coercitiva dos fatos sociais se torna evidente pelas ´sanções legais´ ou 
´espontâneas´ a que o indivíduo está sujeito quando tenta rebelar-se contra ela. ´Legais´ são 
as sanções prescritas pela sociedade, sob a forma de leis, nas quais se define a infração e 
se estabelece a penalidade correspondente. ´Espontâneas´ são as que afloram como 
resposta a uma conduta considerada inadequada por um grupo ou por uma sociedade. 
Multas de trânsito (veículos e pessoas pelas vias públicas – regulamentadas pela 
legislação), olhares de reprovação (roupa inadequada – sanções espontâneas), jogar lixo no 
chão ou fumar em certos lugares (quando não proibidos por lei, podem ser comportamentos 
inibidos pela reação dos grupos que a isso se opõem). 
A educação formal e informal, para Durkheim, é importante pois, após algum tempo, as 
regras ficam internalizadas nos membros do grupo e transformadas em hábitos. A arte 
também representa um recurso capaz de difundir valores e adequar as pessoas a 
determinados hábitos. 
Comédia (aprendemos a não nos comportar daquele modo chistoso (espirituoso). 
Nosso próprio riso é uma forma de sanção social). 
A 2ª característica dos ´fatos sociais´ é que eles existem e atuam sobre os 
indivíduos independentemente de sua vontade ou de sua adesão consciente, sendo assim, 
exteriores aos indivíduos (regras sociais – educação). 
Não nos é dada a possibilidade de opinar ou escolher, pois são independentes de nós, 
de nossos desejos e vontades. Por isso os fatos sociais são ao mesmo tempo ´coercivos´ e 
dotados de existência exterior às consciências individuais. 
A 3ª característica dos ´fatos sociais´ apontados por Durkheim é a generalidade. É 
social todo fato que é geral, que se repete em todos os indivíduos ou, pelo menos, na 
maioria deles (costumes, sentimentos comuns ao grupo, crenças ou valores, formas de 
habitação, sistemas de comunicação e a moral). 
 
Sociedade: um organismo em adaptação 
Durkheim considera um fato social como ´normal´ quando se encontra generalizado 
pela sociedade ou quando desempenha alguma função importante para sua adaptação ou 
sua evolução (dessa forma, crime é normal, pois é encontrado em todas sociedades, em 
todos os tempos, integra as pessoas em torno de determinados valores). 
 
A consciência coletiva 
Para Durkheim, a consciência coletiva é a forma moral vigente na sociedade. Ela 
aparece como um conjunto de regras fortes e estabelecidas que atribuem valor e delimitam 
os atos individuais. É a consciência coletiva que define o que, numa sociedade, é 
considerado ´imoral´, ´reprovável´ ou criminoso. 
A solidariedade mecânica aquela que predominava nas sociedades pré-capitalistas, 
na qual os indivíduos se identificavam por meio da família, da religião, da tradição e dos 
15 
 
costumes, permanecendo independentes e autônomos em relação à divisão do trabalho 
social. A consciência coletiva exerce aqui todo seu poder de coerção sobre os indivíduos. 
A solidariedade orgânica aquela típica das sociedades capitalistas em que pela 
acelerada divisão do trabalho social, os indivíduos se tornavam interdependentes. Essa 
interdependência garante a união social em lugar dos costumes, das tradições ou das 
relações sociais estreitas, como ocorre nas sociedades contemporâneas. Nas sociedades 
capitalistas a consciência coletiva se afrouxa, ao mesmo tempo em que os indivíduos 
tornam-se mutuamente dependentes, cada qual se especializa numa atividade e tende a 
desenvolver maior autonomia pessoal. 
 
EXERCÍCIOS 
 
01) Na teoria de Émile Durkheim há a importante análise dos fatos sociais, considerado pelo autor o 
objeto de estudo da Sociologia. Segundo o autor, os fatos sociais: 
A. Caracterizam-se por sua generalidade, por seu caráter coercitivo sobre os indivíduos, sendo 
ainda, independentes e exteriores a eles. 
B. Caracterizam-se por seu aspecto altamente específico, dependem das ações individuais e são 
somente por elas alterados. 
C. São considerados como algo absoluto e não exercem influência sobre cada indivíduo, pois cada 
pessoa possui o poder de interferir sobre o contexto coletivo. 
D. É explicado como dependentes das ações de alguns indivíduos que por terem posição social 
elevada conseguem determinar o que ocorre no contexto social. 
E. Os fatos sociais, para Durkheim, dependem fundamentalmente da soma dos fatos individuais, pois 
esses é que determinam o contexto social. 
 
02) “A seu ver, a divisão do trabalho concebida pela formação da estrutura de produção industrial 
capitalista incentivava e levava ao exercício de uma nova forma de solidariedade entre os homens, 
impelindo-os a uma interdependência e não aos conflitos sociais”. (FERREIRA, D. Manual de 
Sociologia. Atlas, p. 50). 
Pergunta-se, quais são os conceitos de solidariedade enunciados por Durkheim? 
A. mecânica e funcional 
B. orgânica e real 
C. funcional e real 
D. mecânica e orgânica 
E. inorgânica e orgânica 
 
03) Assinale abaixo qual das alternativas corresponde à idéia de Émile Durkheim sobre a divisão do 
trabalho: 
A. Uma das conseqüências da divisão do trabalho é a alienação do operário. 
B. Segundo Durkheim a divisão do trabalho conduz a sociedade à pobreza crescente. 
C. Para Durkheim a divisão do trabalho gera exclusivamente o aumento da produtividade. 
D. Para Durkheim a divisão do trabalho não levava a sociedade a ter conflitos e tornava possível a 
união e solidariedade entre os homens por se tornarem inter-dependentes. 
E. Durkheim concordava com os socialistas que davam importância para o aspecto econômico da 
divisão do trabalho. 
 
04) Leia com atenção a frase a seguir: 
 "Se não me submeto às convenções mundanas; se, ao me vestir, não levo em consideração os 
usos seguidos em meu país e na minha classe, o riso que provoco, o afastamento em que os 
outros me conservam, produzem os mesmos efeitos de uma pena propriamente dita (...) Não sou 
16 
 
obrigado a falar o mesmo idioma que meus compatriotas, nem empregar as moedas legais; mas 
é impossível agir de outra maneira (...) Se sou industrial, nada me proíbe de trabalhar utilizando 
processos e técnicas do século passado; mas, se o fizer, terei a ruína como resultado inevitável". 
(DURKHEIM: 1985, p.02) 
A frase acima expressa a relação entre o indivíduo e a sociedade, que podem ser compreendida: 
A. A sociedade moderna nasceu sob o princípio da liberdade e da individualidade, por isso é 
garantido em todas as instâncias da vida, a livre expressão de idéias e ações. 
B. Existe uma imposição do social sobre o individual, pois quando nascemos já encontramos uma 
sociedade pronta com regras e valores que devemos seguir. 
C. Existe o domínio do individual sobre o social tendo em vista que a sociedade é constituída de 
indivíduos livres e soberanos. 
D. Existe uma imposição do social sobre o individual porque a democracia aindanão se manifesta 
como um valor universal. 
E. Existe uma imposição do individual sobre o social pois ainda existem ditadores em vários países 
do mundo. 
 
05) Para Durkheim o fato social é experimentado pelo indivíduo como uma realidade independente e 
preexistente. São três as característica básicas que distinguem os fatos sociais quais são? Explique-
as: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
06) Para Durkheim o fato social é experimentado pelo indivíduo como uma realidade independente e 
preexistente. São ______ as característica básicas que distinguem os fatos sociais. 
A. Duas B. Três C. Quatro D. Cinco E. Seis 
 
07) Coloque V para as questões verdadeiras e F para as questões falsas: tudo(V) 
( ) coerção social, ou seja a força que os fatos exercem sobre os indivíduos, levando-os a 
conformarem–se às regras da sociedade em que vivem, independentemente de sua vontade e 
escolha. 
( ) A coerção social se manifesta quando o indivíduo desenvolve ou adquire um idioma, quando é 
criado e se submete a um determinado tipo de formação familiar ou quando está subordinado a certo 
código de leis ou regras morais. 
( ) A solidariedade mecânica aquela que predominava nas sociedades pré-capitalistas, na qual os 
indivíduos se identificavam por meio da família, da religião, da tradição e dos costumes, 
permanecendo independentes e autônomos em relação à divisão do trabalho social. 
( ) A solidariedade orgânica aquela típica das sociedades capitalistas em que pela acelerada divisão 
do trabalho social, os indivíduos se tornavam interdependentes 
 
17 
 
08) Quando Durkheim considera um fato social normal ? 
 
 
 
 
09) O que era a consciência coletiva? E quando ela aparece? 
 
 
 
 
 
10) De exemplo de um ato criminoso e um ato reprovável. 
 
 
 
11) Para Durkheim, o que as representações coletivas traduzem é a maneira pela qual o grupo se 
enxerga a si mesmo nas relações com os objetos que o afetam. O que ele pretende dizer com isso? 
A. Que o grupo está constituído por indivíduos. 
B. Que para compreender a natureza da sociedade é preciso considerar a maneira como os 
indivíduos se percebem no grupo. 
C. Que é os fatos sociais não diferem dos fatos individuais. 
D. Que para compreender a maneira pela qual a sociedade se vê a si mesma e ao mundo que a 
rodeia é preciso considerar a natureza da sociedade e não a dos indivíduos. 
E. Que os fatos sociais diferem dos fatos psíquicos apenas em qualidade. 
 
 
KARL MARX 
Considerado um dos fundadores da Sociologia. Também 
podemos encontrar a influência de Marx em várias outras áreas 
(tais como, filosofia, economia e história) já que o conhecimento 
humano, em sua época, não estava fragmentado em diversas 
especialidades da forma como se encontra hoje. Teve 
participação como intelectual e como revolucionário no 
movimento operário, sendo que ambos (Marx e o movimento 
operário) influenciaram uns aos outros durante o período em que 
o autor viveu. 
Marx foi especialmente sensível às dificuldades que a Euro- 
 
Karl Marx 
pa enfrentava numa época de pleno e contraditório desenvolvimento do capitalismo. Vale 
destacar aqui a importância de Friedrich Engels, economista político e revolucionário alemão 
que trabalhou com Marx de 1844 até sua morte e é co-fundador do socialismo científico, 
também conhecido por ´comunismo´, doutrina que demonstrava pela análise científica e 
dialética da realidade social que as contradições históricas do capitalismo levariam, 
necessariamente, à sua superação por um regime igualitário e democrático que seria sua 
antítese. 
 
18 
 
A idéia de alienação 
A palavra alienação tem um conteúdo jurídico que designa a transferência ou venda de 
um bem ou direito. Mas, desde a publicação da obra de Rousseau (1712-1778), passa a 
predominar para o termo a idéia de privação, falta ou exclusão. Filósofos alemães também 
fazem uso da palavra emprestando-lhe um sentido de desumanização e injustiça que será 
absorvido por Marx. Este faz do conceito uma peça-chave de sua teoria para a compreensão 
da exploração econômica exercida sobre o trabalhador no capitalismo. A indústria, a 
propriedade privada e o assalariamento alienavam ou separavam os operários dos ´meios 
de produção – ferramentas, matéria-prima, terra e máquinas – e do fruto de seu trabalho, 
que se tornavam propriedade privada do empresário capitalista. 
Politicamente, o homem também se tornou alienado, pois o princípio da 
representatividade, base do liberalismo, criou a idéia de Estado como um órgão político 
imparcial, capaz de representar toda a sociedade e dirigí-la pelo poder delegado pelos 
indivíduos. Marx mostrou que na sociedade de classes esse Estado representa apenas a 
classe dominante e age conforme o interesse desta. 
Alienado, separado e mutilado, o homem só pode recuperar a integridade de sua 
condição humana pela crítica radical ao sistema econômico, à política e à filosofia que o 
excluiriam da participação efetiva na vida social. Essa crítica radical, que nasce do livre 
exercício da consciência, só se efetiva na práxis, que é a ação política consciente e 
transformadora. A crítica está assim unida à práxis – novo método de abordar e explicar a 
sociedade e também um projeto para a ação sobre ela. Assim o marxismo se propunha 
como opção libertadora do homem. 
 
As Classes Sociais 
Outro conceito basilar do marxismo. Para ele, os inalienáveis direitos de liberdade e 
justiça, considerados naturais pelo liberalismo, não resistem às evidências das 
desigualdades sociais promovidas pela ´relações de produção´, que dividem os homens em 
proprietários e não-proprietários dos meios de produção. Dessa divisão se originam as 
classes sociais: os ´proletários´ – trabalhadores despossuídos dos meios de produção, que 
vendem sua força de trabalho em troca de salário – e os ´capitalistas´, que, possuindo meios 
de produção sob a forma legal da propriedade privada, ´apropriam-se´ do produto do 
trabalho de seus operários em troca do salário do qual eles dependem para sobreviver. 
As classes sociais formadas no capitalismo – burgueses e proletários – estabelecem 
intransponíveis desigualdades entre os homens e relações que são, antes de tudo, de 
antagonismo e exploração. A oposição e o antagonismo derivam dos interesses 
inconciliáveis entre as classes – o capitalismo desejando preservar seu direito à propriedade 
dos meios de produção e dos produtos e à máxima exploração dos trabalhos do operário, 
pagando baixos salários ou ampliando a jornada de trabalho. O trabalhador, por sua vez, 
luta contra a exploração, reivindicando menor jornada de trabalho, melhores salários e 
participação nos lucros que se acumulam com a venda daquilo que ele produz. 
Por outro lado, apesar das oposições, as classes sociais são também complementares 
e interdependentes, pois uma só existe em função da outra. 
 
A Mais-Valia 
- Suponhamos que o operário tenha uma jornada diária de nove horas e confeccione 
um par de sapatos a cada três horas. Essa três horas ele cria uma quantidade de valor 
19 
 
correspondente ao seu salário, que é suficiente para obter o necessário a sua subsistência. 
Como o capitalista lhe paga o valor de um dia de força de trabalho, no restante do tempo, 
seis horas, o operário produz mais mercadorias, que geram um valor maior do que lhe foi 
pago na forma de salário. A duração da jornada de trabalho resulta de um cálculo que leva 
em consideração o quanto interessa ao capitalista produzir pra obter lucro sem desvalorizar 
seu produto. 
- Em uma jornada de nove horas, ao final da qual o sapateiro produza três pares de 
sapatos. Cada par continuavalendo 150 unidades de moeda, mas agora eles custam menos 
ao capitalista. É que, no cálculo do valor dos três pares, a quantia investida em meios de 
produção também foi multiplicada por três, mas a quantia relativa ao salário – 
correspondente a um dia de trabalho – permaneceu constante. Desse modo, o custo de 
cada par de sapatos se reduziu a 130 unidades. 
- Custo de um par de sapatos na jornada de trabalho de 3 horas: 
120 (meios de produção) + 30 (salário) = 150 
- Custo de um par de sapatos na jornada de trabalho de 9 horas: 
120 x 3 = 360 (meios de produção) + 30 (salário) = 390 / 3 = 130 
Esse valor a mais não retorna ao operário: incorpora-se ao produto e é apropriado pelo 
capitalista. 
Visualiza-se que uma coisa é o valor da força de trabalho, isto é, o salário, e outra é o 
quanto esse trabalho rende ao capitalista. Esse valor excedente produzido pelo operário é o 
que Marx chama de mais-valia. 
O capitalista pode obter mais-valia procurando aumentar constantemente a jornada de 
trabalho, tal como nosso exemplo. Essa é a mais-valia absoluta. É claro que a extensão 
indefinida de jornada esbarra nos limites físicos do trabalhador e na necessidade de 
controlar a própria quantidade de mercadorias que se produz. 
A mecanização também faz com que a qualidade dos produtos dependa menos da 
habilidade e do conhecimento técnico do trabalhador individual. Numa situação dessas a 
força de trabalho vale cada vez menos e, ao mesmo tempo, graças à maquinaria 
desenvolvida, produz cada vez mais. Esse é em síntese, o processo de obtenção daquilo 
que Marx denomina mais-valia relativa. 
 
Contribuições 
A obra de Marx – especialmente o “Manifesto Comunista”, a “Contribuição à Crítica da 
Economia Política” e “O Capital” – é centrada na afirmação e na demonstração do caráter 
antagônico do capitalismo e de sua necessária superação. A partir do momento em que 
descobre que é ele quem produz a mais-valia, o proletariado começa a libertar-se da 
dominação burguesa. A superação do capitalismo, quer pelo desenvolvimento natural de 
suas contradições, quer pela aceleração da revolução socialista dará origem à primeira 
sociedade não antagônica da história. 
 
Idéias 
Ele propõem o socialismo que levaria ao comunismo. 
Considera que o interesse e o bem da comunidade deve sobrepor-se sobre os 
interesses particulares (repartir as coisa de forma igual). 
 
 
20 
 
EXERCÍCIOS 
 
01) Com o objetivo de entender o capitalismo, Karl Marx, proporcionou à sociologia uma grande 
contribuição com novos conceitos, que seriam de extrema importância para os estudos da 
sociedade. Sendo assim, um deles é chamado de ALIENAÇÃO que é: 
A. a condição que o ser humano alcança quando vive em razão do dinheiro, condição análoga a de 
um viciado. 
B. a visão utópica da vida em sociedade 
C. a implantação do comunismo, como solução para uma sociedade justa e igualitária. 
D. um distúrbio mental ocasionado pelos altos índices de produtos nocivos à saúde das pessoas que 
trabalhavam nas indústrias sustentadas pelo capitalismo. 
E. a separação do homem de seus meios de produção, dos frutos de seu trabalho, e também vida 
política, em razão da imposição do mundo capitalista 
 
02) O conceito de mais-valia desenvolvido por Karl Marx significa: 
A. o lucro do empresário advém da venda de mercadorias 
B. a mais valia é obtida pela parte da riqueza produzida pelo capitalista, que investe seu lucro no 
sistema produtivo. 
C. a mais valia é obtida pela parte da riqueza produzida pelo trabalhador que fica com o capitalista 
D. a mais valia é obtida pelo trabalhador como fruto do seu trabalho, seu empenho e sua dedicação 
aos interesses da organização. 
E. a mais valia significa o lucro do empresário no processo de circulação simples da mercadoria. 
 
03) O estudo da sociedade se tornou uma ciência, a sociologia, quando foi aplicado aos fenômenos 
sociais o método científico. O primeiro método utilizado pela sociologia tinha como modelo o método 
utilizado nas ciências naturais, baseado na medição, observação e comparação. Um outro método 
utilizado pela sociologia é o dialético (materialismo), que busca apreender as contradições da 
realidade social - luta entre classes sociais e com isso apreende o movimento da história. Os 
métodos descritos acima se baseiam respectivamente (de acordo com a ordem exposta) nas teorias 
de: 
A. Durkheim e Marx C. Comte e Durkheim 
B. Galileu e Marx D. Newton e Durkheim 
 E. Durkhiem e Hobbes 
 
04) Um conhecimento é ideológico, no sentido marxista do termo, quando: 
A. Representa o que a realidade é. 
B. Oculta à divisão de classes sociais e a exploração, e serve assim, aos interesses da classe 
dominante. 
C. Revela as contradições presentes na sociedade, denunciando a dominação. 
D. Liberta o homem da dominação. 
E. Corresponde à consciência da classe e, por isso, serve à classe dominante. 
 
05) Sobre Karl Marx podemos afirmar: 
I – Foi um dos fundadores da Sociologia. 
II – Encontramos a sua influência em várias outras áreas (tais como filosofia, economia, 
história) 
III - Teve participação como intelectual e como revolucionário no movimento operário, sendo 
que ambos influenciaram uns aos outros durante o período em que o autor viveu. 
IV - Foi especialmente sensível às dificuldades que a Europa enfrentava numa época de pleno 
e contraditório desenvolvimento do capitalismo; 
V - Fundador do socialismo científico; 
21 
 
Estão Corretas as alternativas: 
A. Todas 
B. I e II 
C. II e III 
D. III e IV 
E. IV e V 
 
06) Quais foram as contribuições deixadas por Karl Marx ? Quais eram as suas idéias? 
 
 
 
 
07) O que vem a ser mais valia? 
 
 
 
08) Coloque V para questões verdadeiras e F para questões falsas: 
( ) A obra de Marx - especialmente o Manifesto de Marx (comunista), a Contribuição à Crítica da 
Economia Política e O Capital - é centrada na afirmação e na demonstração do caráter antagônico 
do capitalismo e de sua necessária superação. 
( ) A partir do momento em que o funcionário descobre que é ele quem produz a mais valia, o 
proletariado começa a libertar-se da dominação burguesa. 
( ) A superação do capitalismo, quer pelo desenvolvimento natural de suas contradições, quer pela 
aceleração da revolução socialista dará origem à segunda (primeira) sociedade não antagônica da 
história. 
 
09) A palavra alienação tem um conteúdo jurídico que designa a transferência ou venda de um bem 
ou direito. Mas, desde a publicação da obra de Rousseau (1712-1778), passa a predominar para o 
termo a idéia de: 
A. Privação falta ou exclusão C. Compreensão da exploração 
B. Desumanização e injustiça D. Privação dos direitos 
 E. Exclusão da vida política 
 
10) As classes sociais formadas no capitalismo – burgueses e proletários – estabelecem 
intransponíveis desigualdades entre os homens e relações que são, antes de tudo, de 
___________e _________. A oposição e o __________ derivam dos interesses inconciliáveis entre 
as classes – o capitalismo desejando preservar seu direito à propriedade dos meios de produção e 
dos produtos e à máxima exploração dos trabalhos do operário, pagando baixos salários ou 
ampliando a jornada de trabalho. O trabalhador, por sua vez, luta contra a exploração, reivindicando 
menor jornada de trabalho, melhores salários e participação nos lucros que se acumulam com a 
venda daquilo que ele produz. 
A. antagonismo e exploração – antagonismo C. monopólio – exploração – monopólio 
B. capitalismo – exploração – antagonismo D. capitalismo – antagonismo – monopólio 
 E. monopólio – antagonismo – capitalismo 
 
11) - Segundo Karl Marx a máquina comanda:A. O salário do operário. C. O corpo do operário. 
B. A oferta do produto no mercado. D. A extração da mais-valia. 
 E. A divisão social do trabalho. 
22 
 
MAX WEBER 
Weber escreveu a ética protestante e o espírito do capitalismo 
onde constata que o protestantismo foi à religião que mais se adequou 
a lógica do sistema capitalista, pois: o catolicísmo levava a uma 
postura mais contemplativa da vida e o protestantismo, ao contrário, 
era mais pragmático e identificado com a economia de mercado. 
As organizações, como todo grupo social, acabam se 
organizando a partir de uma hierarquia de papéis e cargos 
relacionados a funções, assim, as tensões começam a aparecer 
quando os atores sociais que deveriam exercer liderança não conse- 
 
Max Weber 
guem exercê-la de fato e também porque os interesses dos indivíduos são diferentes. 
Para Max Weber (1864-1920), as instituições produzidas pelo capitalismo, como a 
grande empresa, constituíam clara organização racional que desenvolvia suas atividades 
dentro de um padrão de precisão e eficiência. O capitalismo lhe parecia à expressão da 
modernização e de racionalização do homem ocidental, porém ele alertou para os perigos 
dessa racionalização crescente que leva à excessiva especialização, a um mundo cada vez 
mais tecnicista e artificial e a deterioração das relações humanas e dos aspectos 
existenciais do indivíduo. Para Weber esse sistema cria a burocracia, que é um dos 
principais problemas gerados pelo capitalismo. 
 
Max Weber e a busca das Conexões de Sentido: 
Max Weber (1864-1920, alemão) tinha como preocupação compreender a 
racionalidade, pois o capitalismo levou a uma crescente racionalização da sociedade, 
levando à mecanização das relações humanas. 
Sua preocupação central é compreender a maneira como a razão podia apreender o 
conhecimento, pois os acontecimentos são compreendidos não pela sua concretude, mas 
pela maneira como são interiorizados pelos indivíduos. 
Desde modo é preciso compreender a ação dos indivíduos, suas intenções e 
motivações. 
 
Ação social e tipo ideal 
Ação social é qualquer ação que um indivíduo faz orientando-se pela ação dos outros. 
Por exemplo, um eleitor define seu voto orientando-se pela ação dos demais eleitores. 
Embora o ato de votar seja individual, a compreensão do ato só é possível se percebermos 
que a escolha feita por ele tem como referência o conjunto dos demais eleitores. 
OS TIPOS DE AÇÃO SOCIAL IDENTIFICADOS POR MAX WEBER SÃO : 
Tipos de ação social Elementos polarizador 
Racional por valor 
Valor (determinado pela crença em um valor 
considerado importante) 
Racional por fim 
Finalidade (determinado pelo cálculo racional 
que coloca fins e organiza os meios) 
Tradicional 
Tradição (determinado por um costume ou 
hábito) 
Afetiva 
Sentimento (determinado por afetos ou estados 
sentimentais 
23 
 
A partir desta classificação é possível perceber que o homem dá sentido a sua ação. 
Cada sujeito age levado por um motivo que se orienta pela tradição, interesses ou pela 
emotividade. 
 
Ponto de Reflexão: 
O ato de comprar uma mercadoria pode ser considerado uma ação social? 
 
 
 
Teoria da burocracia e os tipos de dominação 
Conforme já citado no início, a burocracia tem uma presença marcante na sociedade 
moderna e é definida como uma estrutura social, da qual a direcão das atividades coletivas 
fica a cargo de um aparelho impessoal hierarquicamente organizado, que deve agir segundo 
critérios impessoais e métodos racionais. Burocracia designa poder, controle e alienação 
e é baseada na razão e no direito. 
A burocracia surge das necessidades técnicas de coordenação e supervisão, da 
necessidade de planejar a produção. Ela protege o indivíduo e dá tratamento igualitário às 
partes interessadas. 
 
Ponto de Reflexão: 
A burocracia é necessária? 
 
 
 
Os tipos puros de dominação encontrados em uma sociedade são classificados 
em: 
• Dominação tradicional – a legitimidade deste tipo de dominação vem da crença dos 
dominados de que há qualidade na maneira como nossos antepassados resolveram 
seus problemas. É caracterizada por uma relação de fidelidade política. 
• Dominação carismática – a legitimidade vem do carisma, da crença em qualidades 
excepcionais de alguém para dirigir um grupo social. Neste tipo de dominação, há 
uma devoção afetiva ao dominador, que geralmente é portador de um poder 
intelectual ou de oratória. 
• Dominação racional legal – a legitimidade provém da crença na justiça da lei. Neste 
caso o povo obedece porque crê que ela é decretada segundo procedimentos 
corretos. 
 
Ponto de Reflexão: 
Como a dominação é exercida em seu trabalho? 
 
 
 
Max Weber não considerava o capitalismo injusto, irracional ou anárquico. As 
instituições, como a grande empresa, constituíam demonstração de uma organização 
racional que desenvolvia suas atividades dentro de um padrão e precisão. 
24 
 
EXERCÍCIOS 
 
01) Podemos associar a Max Weber: 
I - Tinha como preocupação compreender a racionalidade, pois o capitalismo levou a uma 
crescente racionalização da sociedade, levando à mecanização das relações humanas. 
II - Sua preocupação central era compreender a maneira como a razão podia apreender o 
conhecimento, pois os acontecimentos são compreendidos não pela sua concretude, mas pela 
maneira como são interiorizados pelos indivíduos; 
III - A burocracia tem uma presença marcante na sociedade moderna e é definida como uma 
estrutura social na qual a direcão das atividades coletivas fica a cargo de um aparelho 
impessoal hierarquicamente organizado, que deve agir segundo critérios impessoais e métodos 
racionais. 
IV – Foi co-fundador do socialismo científico. 
Estão corretas as alternativas: 
A. Todas 
B. I e II 
C. II e III 
D. I e III 
E. I – II – III 
 
02) Max Weber elaborou importante teoria sobre os tipos ou formas de poder e de dominação. 
Assinale a alternativa que, de acordo com o autor, contém os três tipos de poder e de dominação: 
A. Legislativo executivo e judiciário 
B. Legal ou racional, tradicional e carismático 
C. Econômico político e cultural 
D. Democrático, liberal e totalitário 
E. Laico, religioso e militar 
 
03) Quais são os tipos puros de dominação encontrados em uma sociedade? Explique-os. 
 
 
 
 
 
 
04) Responda: 
a) A burocracia é necessária? Explique. 
 
 
 
 
b) Como a dominação é exercida no seu trabalho? 
 
 
 
 
25 
 
05) Max Weber (1864-1920 Alemão) tinha como preocupação compreender a racionalidade, 
pois o capitalismo levou a uma crescente racionalização da sociedade, levando à mecanização das 
relações humanas. 
Sua preocupação central é : 
A. compreender a maneira como a razão podia desenvolver o conhecimento, pois os acontecimentos 
são compreendidos não pela sua concretude, mas pela maneira como são interiorizados pelos 
indivíduos. 
B. compreender a maneira como a vida podia apreender o conhecimento, pois os acontecimentos 
são compreendidos não pela sua concretude, mas pela maneira como são interiorizados pelos 
indivíduos. 
C. compreender a maneira como a razão podia apreender o conhecimento, pois os acontecimentos 
são compreendidos não pela sua concretude, mas pela maneira como são interiorizados pelos 
indivíduos. 
D. compreender a maneira como a razão podia apreender o conhecimento, pois os acontecimentos 
são compreendidos não pela sua concretude, mas pela maneira como são transmitidos pelos 
indivíduos. 
E. compreender a maneira como a razão podia apreender o conhecimento, pois os acontecimentos 
são compreendidos nãopela sua concretude, mas pela maneira como são interiorizados pela 
sociedade 
 
06) Para Weber, o trabalho entendido como instrumento de purificação e meio de salvação, na ética 
protestante, é que sustentará o espírito capitalista, ou seja, a busca do lucro, favorecendo, assim, a 
acumulação capitalista. Quais idéias religiosas fundamentais do protestantismo ascético Weber 
destaca para estabelecer a relação causal entre ética protestante e espírito do capitalismo? 
A. a ação racional com relação a fins 
B. o ócio como pernicioso e o trabalho como base da vida 
C. a concepção de vocação e a teoria da predestinação 
D. a divisão do trabalho e a diferenciação dos homens como resultado da vontade divina 
E. o trabalho como condenação pelo pecado original. 
 
07) (UEL - 2005) Leia o texto a seguir, escrito por Max Weber (1864-1920), que reflete sobre a 
relação entre ciência social e verdade: 
“[...] nos é também impossível abraçar inteiramente a seqüência de todos os eventos físicos e 
mentais no espaço e no tempo, assim como esgotar integralmente o mínimo elemento do real. 
De um lado, nosso conhecimento não é uma reprodução do real, porque ele pode somente 
transpô-lo, reconstruí-lo com a ajuda de conceitos, de outra parte, nenhum conceito e nem 
também a totalidade dos conceitos são perfeitamente adequados ao objeto ou ao mundo que 
eles se esforçam em explicar e compreender. Entre conceito e realidade existe um hiato 
intransponível. Disso resulta que todo conhecimento, inclusive a ciência, implica uma seleção, 
seguindo a orientação de nossa curiosidade e a significação que damos a isto que tentamos 
apreender”. (Traduzido de: FREUND, Julien. Max Weber. Paris: PUF, 1969. p. 33.) 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar que, para Weber: 
A. A ciência social, por tratar de um objeto cujas causas são infinitas, ao invés de buscar 
compreendê-lo, deve limitar-se a descrever sua aparência. 
B. A ciência social revela que a infinitude das variáveis envolvidas na geração dos fatos sociais 
permite a elaboração teórica totalizante a seu respeito. 
C. O conhecimento nas ciências sociais pode estabelecer parcialmente as conexões internas de um 
objeto, portanto, é limitado para abordá-lo em sua plenitude. 
D. Alguns fenômenos sociais podem ser analisados cientificamente na sua totalidade porque são 
menos complexos do que outros nas conexões internas de suas causas. 
26 
 
E. O obstáculo para a ciência social estabelecer um conhecimento totalizante do objeto é o fato de 
desconsiderar contribuições de áreas como a biologia e a psicologia, que tratam dos eventos físicos 
e mentais. 
 
08) (UFUB) De acordo com o pensamento weberiano, é correto afirmar que: 
A. Os juízos de valor do pesquisador não interferem em nenhuma fase do processo de investigação 
científica. 
B. A sociologia de Weber é um esforço de explicação da sociedade enquanto totalidade social. 
C. O objetivo da Sociologia é estabelecer leis gerais explicativas da realidade social. 
D. A Sociologia compreensiva busca apreender o sentido da ação social e de seus nexos causais. 
E. Nenhuma das anteriores. 
 
09) (UEL) Por trás das disputas que os candidatos travam pela preferência do eleitorado, há uma 
base minuciosa de informações. Perto das eleições, os concorrentes debruçam-se sobre gráficos, 
planilhas e tabelas de preferências de voto, buscando descobrir quais as tendências dos eleitores. 
Pesquisadores, escondidos atrás de vidros espelhados, acompanham as conversas de grupos de 
pessoas comuns de diferentes classes que, em troca de um sanduíche e um refrigerante, comentam 
e debatem as campanhas políticas. Nessa técnica de pesquisa qualitativa, descobre-se, além da 
convergência das intenções, as motivações que se repetem nos votos dos eleitores, as razões gerais 
que poderiam fazê-los mudar de opção, como eles propõem e ouvem argumentos sobre o tema. 
A aplicação do modelo de pesquisa que aparece descrito no texto baseia-se, principalmente, na 
teoria sociológica de Max Weber (1864-1920). A utilização dessa teoria indica que os pesquisadores 
pretendem: 
A. Investigar as funções sociais das instituições, tais como igreja, escola e família, para entender o 
comportamento dos grupos sociais. 
B. Pesquisar o proletariado como a classe social mais importante na estruturação da vida social. 
C. Analisar os aparelhos repressores do Estado, pois são eles que determinam os comportamentos 
individuais. 
D. Estudar a psique humana que revela a autonomia do indivíduo em relação à sociedade. 
E. Pesquisar os sentidos e os significados recíprocos que orientam os indivíduos na maioria de suas 
ações e que configuram as relações sociais. 
 
 
 
A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE CAPITALISTA NO BRASIL 
 
O objetivo desta unidade é refletir sobre a maneira como o Brasil foi inserido no mundo 
capitalista e, a partir daí, identificar as causas da dependência externa. 
A sociedade brasileira se formou a partir do processo de expansão do capitalismo 
europeu a partir do século XV. No início todas as relações comerciais eram voltadas para a 
metrópole e aqui se mantinha relações sociais baseadas na escravidão. 
Somente no século XIX, com a abolição da escravidão e a chegada de um grande 
contingente de imigrantes é que se introduziu o trabalho livre. Com o ciclo do café, outras 
atividades econômicas se desenvolveram como: transporte ferroviário, o sistema bancário, 
pequenas indústrias de alimentos e têxteis, que dinamizaram a vida nas áreas urbanas. 
Vários estudos indicam que o processo de industrialização do Brasil esteve ligado ao 
desenvolvimento da economia cafeeira no Estado de São Paulo. 
O processo de industrialização teve início com a introdução do trabalho livre e com o 
grande surto migratório que o país viveu no século XIX, que gerou um mercado consumidor 
de produtos industriais. 
27 
 
Segundo Vita (1989), a forma como os negócios do café se organizaram possibilitou a 
formação de uma „consciência burguesa‟ entre os fazendeiros. Pois o capital acumulado no 
café era utilizado na diversificação das atividades econômicas. Desde modo, o capital 
acumulado com a venda do café era investido em outra atividade que possibilitasse a 
obtenção de lucro. 
Já no início dos anos 20, grandes empresas norte-americanas instalaram filiais no 
Brasil. Ford, Firestone, Armour, IBM, etc. (NOVAES, 1984). Com a crise mundial do início 
dos anos 30, a economia brasileira deixa de ser voltada para a exportação e se apóia na 
interiorização e na industrialização. Porém, somente na década de 50, com a chegada de 
um grande número de empresas estrangeiras, que buscam produzir para o mercado 
externo, o desenvolvimento industrial ganha forte impulso. 
 
O capitalismo dependente 
O grau de dependência que a economia brasileira têm com relação às potências 
estrangeiras pode ser compreendido a partir da análise do modelo de desenvolvimento 
industrial que o país teve, onde se privilegiou a indústria de bens de consumo em detrimento 
da indústria de bens de capital. 
Outro aspecto que merece ser mencionado à respeito da dependência estrangeira, diz 
respeito à ausência de produção de tecnologia no país, que optou por um modelo de 
desenvolvimento industrial marcado tanto pela dependência tecnológica como pela 
dependência de capital estrangeiro. 
Uma das mais importantes teorias explicativas para a dependência estrangeira, surgiu 
no encontro de exilados de diversos regimes ditatoriais que proliferavam na América Latina. 
Destaca-se nos estudos sobre a dependência a obra “Dependência e Desenvolvimento na 
América Latina” de Fernando Henrique Cardoso e Enzo Faletto. É a obra que teve maior 
repercussão dasCiências Sociais em nível internacional. 
A obra destaca a natureza política e social do desenvolvimento na América Latina e 
trata das particularidades do desenvolvimento do capitalismo na América Latina. A 
constituição social do povo brasileiro, que tem uma burguesia nacional de origem agrária, 
colocou a burguesia internacional como o principal agente do desenvolvimento capitalista 
brasileiro. Para não correr os riscos inerentes ao empreendedorismo, a burguesia nacional 
optou por sua aliança com o capital internacional e forte dependência do Estado. 
A obra aponta a fragilidade do povo brasileiro, com uma elite que atua como agente 
dependente do capitalismo internacional e do Estado. Quanto ao povo, a ausência de uma 
consciência de classe (veja conteúdo sobre Karl Marx) dada a situação inicial de um povo 
escravo e sem terra, atua como mero figurante ou espectador das principais decisões sobre 
o destino do país. Assim é exposta a fragilidade da sociedade civil, o povo age como 
massa e a elite como agente dos interesses internacionais. 
Por fim, a obra nos permite compreender a dependência das elites empresariais do 
Estado e do capitalismo internacional, e do povo como agente passivo. Esta fragilidade da 
sociedade civil, contribuiu para o fortalecimento do Estado, que assumiu, entre nós, a função 
centralizadora e agente patrocinador do desenvolvimento econômico. 
 
 
 
 
28 
 
EXERCÍCIOS 
 
01) ENADE 2000 - Após a Segunda Grande Guerra, muitos países em desenvolvimento, sobretudo 
os da América Latina, adotaram um modelo de desenvolvimento que ficou conhecido como 
industrialização por substituição de importações. Esse modelo se caracterizava por: 
A. Incorporar uma estratégia de orientação do desenvolvimento para fora, ou seja, em direção ao 
mercado internacional. 
B. Praticar elevado grau de subsídios à exportação de produtos manufaturados com o objetivo de 
estimular a produção interna destes bens. 
C. Conceder elevados incentivos à exportação de insumos e produtos intermediários, como forma de 
estimular a produção doméstica de bens finais. 
D. Utilizar barreiras comerciais para dificultar a importação de bens manufaturados e, 
conseqüentemente, estimular a produção interna destes bens. 
E. Incentivar as importações de bens de consumo final de alto conteúdo tecnológico, no lugar das 
importações de produtos de baixo conteúdo tecnológico, com o intuito de modernizar a indústria 
doméstica 
 
02) Em determinados países, como o Brasil, a formação de uma indústria local de bens de consumo 
dependeu de recursos acumulados com a exportação agrária. A socióloga Cristina Costa, em relação 
a este processo afirma: "Um caso típico, neste sentido, ocorrido no Brasil, foi a industrialização de 
São Paulo, que, sem a concorrência dos produtos europeus, pôde se desenvolver com a utilização 
do capital gerado pela exportação do café". Esta colocação está relacionada: 
A. Aos momentos iniciais do processo de formação da sociedade capitalista no Brasil, 
principalmente, a partir do início do século XX. 
B. Ao processo de globalização da economia brasileira, iniciado após a industrialização da década de 
50. 
C. Ao momento gerado pela 2a. Guerra Mundial, independente do que ocorreu no setor agrário 
nacional. 
D. Ao processo de desenvolvimento da agricultura brasileira que sempre possuiu características de 
desenvolvimento capitalista. 
E. Ao processo de industrialização atual, incentivado pelas exigências da globalização da economia. 
 
03) No início do século XX, contata-se que não havia no Brasil desenvolvimento econômico e 
industrial comparável aos países da Europa EUA. Esta constatação levou as oligarquias rurais a 
afirmar que "o Brasil era um país com vocação agrária". Esta afirmativa exprimia os interesses 
desses grupos que eram contrários ao desenvolvimento da indústria. 
Assinale a afirmativa que expressa os interesses da oligarquia (grupo de algumas pessoas 
poderosas que dominam uma parte dos interesses de um país) rural. 
A. A ascensão econômica da burguesia industrial significaria uma ameaça aos interesses e aos 
domínios das oligarquias de origem rural. 
B. A forte convicção de que a industrialização era uma atividade que traria benefícios econômicos e 
sociais para o país. 
C. Seria impossível que a burguesia industrial conseguisse romper a resistência do governo central. 
D. Seria impossível que a burguesia industrial conseguisse romper o cerco imposto pelos países de 
capitalismo avançado. 
E. Acreditavam que a burguesia industrial deveria investir no setor agrícola pois seria impossível 
competir com a qualidade dos produtos importados. 
 
04) O padrão clássico de desenvolvimento do capitalismo ocorreu na Europa, a partir do século XVI, 
 com o desenvolvimento das atividades comerciais,acumulo crescente de capital e ascensão da 
burguesia como classe social. No Brasil, o desenvolvimento do capitalismo ocorreu a partir do 
29 
 
século XIX, e teve características específicas que o diferenciam do padrão clássico. Assinale a 
alternativa que indique as características e aspectos da constituição do capitalismo no Brasil. 
A. Formação de uma indústria de bens de consumo em São Paulo , no início do século XX, que 
dependeu de recursos e capital acumulados com a exportação do café e da existência da mão de 
obra assalariada decorrente, principalmente, dos imigrantes europeus. 
B. Existência de capitais gerados pelas exportações acumulados ao longo dos ciclos econômicos da 
cana-de-açúcar e ouro. Este acumulo de capitais propiciou a formação da burguesia nacional e o 
desenvolvimento das atividades industriais. 
C. O desenvolvimento do capitalismo industrial no Brasil ocorreu em virtude do grande investimento 
estrangeiro ao longo do século XIX. 
D. Influência do desenvolvimento da agricultura brasileira, que sempre possuiu características de 
inovação e modernização capitalista. 
E. Formação de capital advindo da época da mineração do século XVIII, quando uma sofisticada 
tecnologia foi introduzida, favorecendo a criação de um parque industrial brasileiro. 
 
05) O grau de dependência que a economia brasileira têm em relação às potências estrangeiras 
deve ser analisado a partir da compreensão do modelo de desenvolvimento industrial que o país 
adotou que privilegiou: 
A. Indústria de bens de consumo e ausência de pesquisa tecnológica no pais 
B. Desenvolvimento baseado na produção agrícola 
C. Desenvolvimento industrial baseado nas empresas de capital aberto 
D. Desenvolvimento industrial baseado no lucro da especulação financeira 
E. Desenvolvimento industrial baseado nas empresas estatais 
 
 
 
GLOBALIZAÇÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS 
 
Podemos dizer que globalização é um processo econômico e social que estabelece 
uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste processo, as 
pessoas, os governos e as empresas trocam idéias, realizam transações financeiras e 
comerciais e espalham aspectos culturais pelos quatro cantos do planeta. 
 
Histórico da Globalização - Alguns Acontecimentos: 
• A queda do Muro de Berlim em 1989. 
• O fim da Guerra Fria. 
• O fim do socialismo real. 
• O acordo de paz entre Israel, OLP (Organização para Libertação da Palestina) e 
Jordânia. 
• O fortalecimento do capitalismo. 
Conseqüências da Globalização: 
• Mudança no papel do estado. 
• A globalização esta gerando uma nova divisão internacional onde se encontram os 
países que fazem parte do processo de globalização e os países que não fazem. 
 
Revolução Tecnocientífica e a Integração do Mundo: 
• Telefones 
• Televisor 
• Computadores (internet) 
30 
 
• Rádios 
• Em 1960, um cabo

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