Buscar

DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 70 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 70 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 70 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO
_____________________________________________________________________________
DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO
Prof. Mário Coraíni Júnior
01/02/2012,
Bibliografia básica:
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 17ª ed. São Paulo Saraiva, 541p. 2011.
SABBAG, Eduardo. Manual de direito tributário. 3ª ed. São Paulo Saraiva, 1146p. 2011. 
Avaliação:
- Provas objetivas e dissertativas.
* Ciência das Finanças: também denominada finanças públicas, é a ciência especulativa que tem por objeto a atividade financeira do Estado (compreensão dos fenômenos – procura o conhecimento). A ciência das finanças se divide em quatro partes ou capítulos:
	- Receita pública (que é o meio pelo qual o Estado obtém os recursos financeiros de que necessita – ex: doação; imposto);
	- Despesa pública (que é o gasto da receita pública para atender as necessidades da população);
	- Crédito público (que é o processo de obtenção de receita por meio de empréstimos);
	- Orçamento público (quadro demonstrativo da receita e da despesa do Estado prevista para determinado período).
* Direito Financeiro: é a ciência normativa (ciência que estuda normas jurídicas), que tem objeto a atividade financeira do Estado. O direito financeiro também se divide em quatro partes ou capítulos: receita pública; despesa pública; crédito público e orçamento público. Sendo que será estudado do ponto de vista normativo, de acordo com as normas jurídicas que regulam essas atividades. 
* Direito Tributário: é a ciência normativa que tem por objeto os tributos e as relações jurídicas a eles pertinentes. 
	- Tributo: pode ser definido como qualquer entrega de riqueza que o Estado exige de seus súditos com base em lei e que não constitua sanção de ato ilícito (ex.: IPTU; IPVA etc.). É toda entrega de riqueza compulsória que o Estado exige sem que isso contribua penalidade por infração, ou seja, quando ocorrer alguma penalidade não será tributo (ex.: multa).
03/02/2012
Relação da ciência das finanças com outras ciências: quando se fala em finanças, fala-se em termos econômicos. A ciência das finanças por envolver o estudo da obtenção de recursos financeiros, administração desses recursos e o seu dispêndio, sem sombra de dúvida, guarda relações com a economia. 
	A ciência das finanças também guarda relações com a contabilidade, uma vez que envolvem ativos e passivos. Ou seja, como a atividade financeira do Estado se constitui de natureza contábil, a ciência das finanças está relacionada à contabilidade.
	Também, a ciência das finanças guarda relação com o direito constitucional, uma vez que se deve observar certas regras jurídicas presentes na Constituição.
	A ciência das finanças guarda relações também com a história, com a sociologia, com a estatística e até mesmo com a psicologia, uma vez que as decisões humanas não são únicas exclusivamente de cunho racional. 
	Relação do direito financeiro com outras ciências: o direito financeiro é ciência que se relaciona com a própria ciência das finanças, também com a economia, sociologia, história, direito constitucional e também com a contabilidade. 
	Relação do direito tributário com outras ciências: este, da mesma forma se relaciona guarda relações com a ciência das finanças (trata de receitas – ex.: tributo); com o direito constitucional (arts. 145 a 162 da CF); com o direito administrativo (administração pública que cuida da arrecadação de impostos); com o direito financeiro; com o direito comercial; com o direito processual civil. 
	Autonomia da ciência das finanças, do direito financeiro e do direito tributário: em todas essas não há autonomia, uma vez que se necessita do relacionamento com demais ciências. Uma ciência só é autônoma quando ela tem objeto próprio e princípios próprios. Devendo ser observado sempre os princípios fundamentais (ex.: princípio do estado democrático; princípio federativo; princípio da isonomia (igualdade); princípio da legalidade).
	Nesse sentido pode-se dizer que autonomia dessas ciências é relativa, uma vez que não há como se pensar em um ramo do direito como autônomo, ou seja, sem inter-relacionar-se com outras ciências. 
Formas de arrecadação de recurso aplicada pelo Estado:
Desde a antiguidade o Estado se vale das seguintes formas para obtenção de recursos:
	- Realiza extorsões ou recebe doações de outros povos;
	- Exigem tributos ou impõe penalidades para prática de certos atos;
	- Alienação de bens próprios ou vendem bens e serviços;
	- Realizam empréstimos voluntários ou forçados (compulsório).
Necessidades: subdivide-se em necessidades individuais (aquela em que a pessoa pode satisfazer por seus próprios meios ou com o auxilio de outros membros públicos da sociedade); necessidades coletivas (é necessidade comum de um grupo, onde cada um de per si não consegue se satisfazer, onde é necessário a participação do grupo para obtenção da necessidade e resolver o problema). Tanto a necessidade individual quanto a coletiva diz respeito a um interesse particular (âmbito do direito privado – pode-se fazer tudo o que a lei não proíbe). Sendo que o Estado, quando da percepção da necessidade coletiva e o próprio Estado assume o cumprimento de tal necessidade, esta passará a ser uma necessidade pública (âmbito do direito público – onde o Estado só pode fazer algo quando a lei permitir que ele o faça). 
08/02/2012
RECEITA PÚBLICA
1. Conceito/Definição: conceito é a representação mental/intelectual de um objeto. Enquanto que definição é uma maneira necessária e suficiente para delimitar, identificar um conceito. 
	Para Alberto Deodato, receita pública “é o complexo de capital social necessário à execução dos diferentes serviços públicos”. Diz ser um completo de capital onde se tem um conjunto de recursos que vem das mais diferentes fontes. 
	Para Aliomar Baleeiro, receita pública “é a entrada que, integrando-se ao patrimônio público, sem quaisquer reservas, condições ou correspondências no passivo, vem acrescer o seu vulto como elemento novo e positivo”. 
	Para Flora “receita é o complexo de capital social necessário à execução dos diferentes serviços públicos". 
Enfim, pode-se dizer que receita pública é toda e qualquer receita que entra para os cofres públicos desde que seja utilizada para serviços públicos. 
Antecipação de receita orçamentária não é considerada como receita pública pela Lei 4.320/1964 conforme seu art. 3º, parágrafo único e art. 11, § 4º. 
Classificação/Espécies das receitas públicas
	Algumas classificações são apresentadas pela doutrina de direito financeiro a respeito das receitas públicas, quais sejam:
1. Quanto à natureza material dos recursos: de acordo com a matéria da receita pública.
	a) Receitas monetárias: é o mais comum, são os recursos recebidos em dinheiro. 
	b) Receitas não monetária: quando não é em dinheiro (ex: doação de terreno para Prefeitura). Esta se subdivide em: receita ‘in natura’, onde a receita vem em seu estado natural; receita em ‘bens móveis ou imóveis’, como por exemplo, o governo recebe em pagamento uma joia ou um terreno; podem ser ainda ‘receitas em serviço’, quando recebe a dívida do contribuinte em prestação de serviços. 
2. Quanto à periodicidade/frequência/regularidade: 
	a) Receita ordinária: decorre de fontes de riqueza previsíveis e contínuas, caracterizando-se por constar de forma permanente no orçamento do Estado, como é o caso de diversas auferidas pela exploração do patrimônio do Estado assim como pela arrecadação de diversas espécies tributárias, tais como: taxas, impostos etc. 
	b) Receita extraordinária: decorre de circunstâncias esporádicas, excepcionais ou de caráter transitório, como ocorre, por exemplo, com as doações etc. 
3. Quanto à Lei nº 4.320/1964:
	a) Receita corrente: é a receita que se recebe em razão da atividade ou aquilo que se gasta. Exemplo, no caso do governo: impostos, taxas etc.
	b) Receita de capital: ocorre quando o governotoma dinheiro por empréstimo, ou quando o governo vende algo que lhe pertence (ex.: venda de um ônibus, de um terreno etc.). 
4. Quanto à fonte
	a) Receita originária: quanto este se origina do próprio patrimônio do Estado, como se fosse ele, tal como nós, um particular. São as denominadas também de receitas de economia privada do Estado, ou ainda, receitas de direito privado ou receitas voluntárias; receitas contratuais. São as "rendas provenientes dos bens ou empresas comerciais ou industriais do Estado, que os explora à semelhança de particulares sem exercer os seus poderes de autoridade, nem imprimir coercitividade à exigência de pagamentos", mas apenas cobrando preços por bens e serviços que dessa forma fornece. São chamadas de "contratuais" por assemelhar-se o seu processo de formação ao da relação jurídica privada, caracterizada pela autonomia das vontades do Estado, de um lado, e dos particulares, do outro. São receitas de economia privada e direito privado. A receita originária subdivide-se em:
		a.1. Receita a título gratuito ou não oneroso: quando o Estado recebe a receita gratuitamente, não precisando fazer nada em troca, ou seja, não traz ônus para o Estado. Exemplo: quando o Estado recebe algum bem em doação. Em outras palavras, são doações puras e simples; herança jacente/bens vacantes; prescrição aquisitiva (quando a pessoa não exerce algum direito que tem contra o Estado); 
		a.2. Receita a título oneroso: são doações onerosas, ou seja, quando o Estado terá algum ônus. Exemplo: pessoa doa um terreno para Prefeitura impondo-lhe a condição de que nele seja construída uma escola (ônus). E ainda, quando o Estado tem que pagar o preço (é a contrapartida na aquisição de um bem ou serviço).
10/02/2012
	
	Os preços podem ser: preços quase privados; preços públicos; preços políticos; preços de monopólio. 
		Preço quase privado: uma vez que o Estado produz em seu local e vende em concorrência com o setor privado. É o preço cobrado pelo Estado na venda de bens e serviços que produz em livre concorrência no mercado, ou seja, concorrendo com produtores agropecuários, industriais e comerciantes da área privada. 
		Preço público: o Estado procura cobrar um preço onde possa continuar prestando o serviço ou fornecendo o bem, uma vez que o Estado não visa lucro, mas sim ganhar o suficiente para que se possa continuar produzindo. É aquele que o Estado cobra na venda de bens e serviços não visando exclusivamente o lucro, mas sim, atuando de forma a controlar os preços praticados por empresas privadas de modo a possibilitar maior acesso da população a esses bens e serviços. Sendo que o Estado não visa lucra, mas também necessita cobrar um preço que possibilite a ele continuar produzindo e fornecendo os bens e serviços enquanto sua presença for necessária. 
		Preço político: este preço atende a um fim político do Estado. Nesse caso, o Estado aceita a vender bens e serviços abaixo do valor, às vezes o Estado fica até no prejuízo, com a finalidade de atender pessoas das camadas da população mais carente. A diferença entre o preço real e preço cobrado pelo governo denomina-se subsidio governamental, cujo prejuízo é custeado pelos impostos. Nesse caso, o preço político é também chamado de preço subsidiado (ex.: o diesel em décadas passadas; trigo; café; gasolina etc.). 
		Preço de monopólio: são aqueles que não são formados no mercado e sim por quem detém o privilégio de fornecer determinados bens e serviços, que consequentemente vai cobrar o preço que quiser até quando suportar os compradores. 
b) Receita derivada: são receitas compulsórias (obrigatória), exigidas pelo Estado, portanto, por força de lei. São também denominadas receitas de economia pública, receitas de direito público, receitas coercitivas ou ainda, receita ‘ex lege’ (receita que deriva da lei). A receita derivada divide-se em:
	b.1. Reparação de guerra: são indenizações que um Estado que foi obrigado a sustentar uma guerra injusta tem direito pelos prejuízos sofridos. Ressalta-se que a reparação de guerra decorre de um ato ilícito. 
	b.2. Confisco: tomar um bem de alguém. Exemplo: indivíduo com arma ilegal, o Estado confiscará sua arma. Ressalta-se que o confisco também decorre de ato ilícito.
	b.3. Multas e penalidades: são sanções impostas pelo Estado em razão de um ato ilícito praticado por alguém. 
	b.4. Tributos: é a receita derivada que não decorre de ato ilícito. Para o legislador, tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada (art. 3º CTN). Os tributos dividem-se em: impostos; taxas; contribuição de melhoria; contribuições especiais; empréstimos compulsórios. 
15/02/2012
Classificação dos tributos:
1º critério: quanto à Constituição Federal:
	a) Impostos: art. 153 e incisos CF (competência da União); art. 155 (p/ estados e DF) e art. 156 (p/ municípios). O imposto é pago porque a pessoa demonstrou riqueza e deve pagar imposto (princípio da solidariedade social). O imposto é pago independentemente da atuação do Estado. Assim, o imposto é um tributo não vinculado (onde o Estado não está vinculado a fazer algo). Vide art. 16 CTN. 
	b) Taxas: art. 145, II CF. A taxa será paga porque o Estado exerce sobre a população uma fiscalização. A taxa é tributo vinculado, uma vez que o Estado está vinculado a prestar alguma coisa em razão do pagamento da taxa pela população. 
	c) Contribuição de melhoria: art. 145, III CF. Esta significa quando o Estado constrói uma obra pública e esta traz uma melhoria para o bairro ou região dando maior valorização para o local. Assim, essa população que teve essa contribuição de valorização terá que pagar o imposto de contribuição de melhoria. Pode-se dizer que a contribuição de melhoria também é um tributo vinculado, uma vez se deve ter a atuação do Estado em relação à população que o paga. 
	d) Empréstimos compulsórios: art. 148 CF. É um tributo privativo da União. Ocorrerá nas hipóteses previstas pela lei, ou seja, quando houver despesa urgente, por motivo de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência. E também no caso de investimento público de caráter urgente e relevante de interesse nacional. Assim, pode-se dizer que é um tributo vinculado, uma vez que a lei exige a ocorrência de algum desses fatos para que se possa existir o empréstimo compulsório. 
	e) Contribuições especiais: art. 149 CF. 
	e.1. Contribuições sociais: quando o governo arrecada e vai utilizá-la ou repassar a algum determinado órgão (ex.: previdência; cofins; pis; )
	e.2. Contribuições no interesse de categorias profissionais e econômicas: é para sindicatos e associações comerciais (ex.: OAB; SESI; SENAI etc.). 
	e.3. Contribuições de intervenção no domínio econômico: é a contribuição sobre a energia (CIDE – petróleo – art. 177, §4º CF). 
f) Contribuição para custeio da iluminação pública: tal taxa foi julgada inconstitucional pelo STF uma vez que não foi reconhecido o conceito de taxa para a COSIP. Esse tributo também é vinculado uma vez que o governo arrecada dinheiro para custeio da iluminação pública. 
17/02/2012
2º critério: quanto à contraprestação.
a) Tributos não vinculados: Que são aqueles não relacionados a qualquer contrapartida por parte da pessoa jurídica pública titular do tributo, ou seja, que não é sujeito ativo do tributo. Os tributos não vinculados são exclusivamente os impostos, porque são esses os únicos tributos que não vinculam a pessoa jurídica pública a uma atuação em relação ao sujeito passivo do tributo. 
b) Tributos vinculados: são todos os demais tributos, portanto, são exigidos em razão de uma atuação estatal específica. 
3º critério: quanto à repercussão.
	a) Tributo direto: são aqueles que o sujeito passivo designado pela lei é a pessoa que efetivamente suporta no seu patrimônio o ônus do tributo. O tributo diretose identifica com o sujeito passivo legal que é o sujeito passivo de fato. Exemplo: a lei do imposto predial determina que o sujeito passivo deste imposto é o proprietário do prédio, assim, o proprietário que mora na própria casa, não tendo para quem repassar o ônus do imposto predial dela, é quem diretamente suporta este ônus. Todavia, se o proprietário do prédio aluga-lo e conseguir acrescentar ao aluguel do inquilino o referido imposto, tem-se tributo indireto, pois, quem suporta o ônus do tributo é outra pessoa. 
	b) Tributo indireto: o tributo indireto se identifica com o sujeito passivo legal mas não será o sujeito passivo de fato. Ou seja, quando um dono de um prédio que tem que pagar o imposto predial consegue repassá-lo para o inquilino, este será um tributo indireto. Pode-se, portanto, dizer que tributos indiretos são aqueles que a pessoa que efetivamente os suporta não é aquela que foi designada por lei. Ressalta-se que, normalmente, os impostos de mercadorias e de serviços são impostos indiretos, porque é comum o vendedor incorporar o valor do imposto no preço que vai cobrar do comprador da mercadoria. 
4º critério: quanto ao objeto da incidência do tributo.
	a) Tributos reais: são os que só levam em consideração os atributos da coisa, qualidades inerentes à coisa, que nesse caso, pode ser um bem qualquer ou uma operação de natureza econômica. Ex.: IPVA, ICMS, IPTU etc. 
	b) Tributos pessoais: são os que incidem sobre pessoas, de acordo com a sua condição econômica. Ex.: IR – art. 145, §1º. 
	c) Tributos mistos ou semi-pessoais: são aqueles cuja incidência tem em conta tanto as condições do sujeito passivo quanto da coisa tributada. Ex.: IPI – que é um imposto real e torna-se também pessoal quando a lei conceder desconto para o caso da aquisição de automóvel para um taxista. Ex2.: Importo predial concedendo desconto em casas de menos 60 m² que cujo proprietário seja aposentado e não possua outro imóvel. 
29/02/2012
5º critério: quanto à alíquota. (cota parte exigida pelo Estado de acordo com a riqueza demonstrada pelo contribuinte). 
	a) Tributo fixo: quando determinado o seu quantum em quantia certa, independentemente de cálculos, ou seja, são cobrados em quantia pré-determinada, que uma vez paga exonera o sujeito passivo, independentemente do valor da operação ou coisa tributada. Ex.: o ISS dos profissionais liberais (advogados; cabeleireira etc.). 
	
b) Tributos proporcionais: são aqueles cobrados mediante aplicação de um percentual fixo. Ou seja, quando estabelecido em porcentagem única incidente sobre o valor da matéria tributável, crescendo o valor do imposto apenas quando o valor básico para o cálculo sofra crescimento (ICMS, IPI e o ISS, quando incidente sobre a receita).
c) Tributos progressivos: são aqueles cobrados mediante percentuais crescentemente variáveis à medida que o valor da riqueza tributada aumenta segundo critério de faixas de valor. É aquele cujas alíquotas se elevam diretamente em razão da base de cálculo, a medida em que cresce a base de cálculo, aumenta a alíquota. A progressividade é típica do imposto de renda das pessoas físicas. 
Exemplo:	valor da riqueza tributada 	alíquota
		De 0,01 a 2000,00		5%
		De 2000,01 a 5000,00	8%
		De 5000,01 a 10000,00	10%
		De 10000,00 a 50000,00	15%
		Acima de 50000,00		25%
d) Tributos regressivos: são aqueles cobrados mediante aplicação de percentuais variavelmente decrescentes à medida que cresce os valores das faixas da riqueza tributada. Esse tipo de tributação tem por finalidade estimular o crescimento de alguma área (ex.: quanto mais exportar menor será a alíquota). 
Exemplo:	valor da riqueza tributada 	alíquota
		De 0,01 a 2000,00		25%
		De 2000,01 a 5000,00	15%
		De 5000,01 a 10000,00	10%
		De 10000,00 a 50000,00	8%
		Acima de 50000,00		5%
6º critério: quanto à incidência acumulada. Ocorre quando um mesmo bem, produto passa por diversos setores e os impostos vão se acumulando. Assim, quando mais passa de um lugar para outro, maior será o imposto. Divide-se em duas espécies:
a) Tributos cumulativos: acontece quando ocorre imposto sobre imposto.
Exemplo: Produtor -> Atacadista -> Indústria -> Atacadista -> Varejista -> Consumidor. 
Diz-se cumulativo, uma vez que em cada uma dessas passagens incidirá imposto. Assim, tributos cumulativos são aqueles incidentes operação a operação realizadas com uma mesma mercadoria vão incidindo cumulativamente sobre o imposto já pago na operação anterior fazendo com que ao final da circulação da riqueza à alíquota real incidente sobre o preço final é muito superior à alíquota legal estabelecida. 
b) Tributos não cumulativos: significa que a alíquota final será a mesma da estabelecida, onde o imposto somente incidirá sobre o valor acrescido e não do total. Ou seja, quando a mercadoria é repassada deduz a quantia que já foi paga em fase anterior.
São aqueles que incidem operação a operação sobre uma mesma mercadoria são cobrados mediante aplicação de uma determinada alíquota deduzindo-se do tributo a ser pago em cada operação o montante do tributo pago nas operações anteriores. 
7º critério: quanto à destinação do produto da arrecadação. Pode ser:
a) Tributos de aplicação geral: são aqueles cujo produto da arrecadação é aplicado para qualquer despesa da administração pública, não havendo portanto, pré destinação legal da sua receita. Exemplo: as taxas; os impostos. A CF em seu art. 167, IV proíbe a vinculação da receita dos impostos a qualquer órgão ou despesa específica. 
 
b) Tributos de aplicação especial: são aqueles cujo produto da sua arrecadação está pré-determinado à utilização por determinado órgão ou a uma determinada despesa. Exemplo: contribuição previdenciária que vai para o INSS; contribuição da OAB, CREA, uma vez que estão vinculadas a tais órgãos. Outro exemplo. Art. 148 da CF – empréstimo compulsório que deve ser aplicado somente nos casos previstos pelos incisos I e II deste artigo. 
8º critério: quanto aos fins dos tributos. Subdivide-se em:
	a) Tributos puramente fiscais: quando ele foi criado única e exclusivamente para ir paga o governo, arrecadar recursos para o governo (quando o governo está sem dinheiro – ex.: IPVA; ICMS; ISS; IPTU).
	b) Tributos extrafiscais: são aqueles criados não só visando a arrecadação de recursos financeiros para o Estado, mas, simultaneamente, com a finalidade de alcançar determinados objetivos econômicos, sociais de interesse da política governamental. Ou seja, não visa somente a arrecadação, mas também, corrigir anomalias (ex.: imposto sobre exportação/importação com a finalidade de proteger a indústria nacional contra a indústria externa). 
	c) Tributos parafiscais: são aqueles cobrados com a finalidade de propiciar recursos financeiros para as entidades paraestatais ou autárquicas. Ou seja, são contribuições cobradas por autarquia, órgãos paraestatais ou sociais, para custear seu financiamento autônomo. Exemplo: DAEM (Departamento de Água e Esgoto); taxa anual OAB; taxa anual CREA; contribuição social (INSS) etc. 
	 
02/03/2012
9º critério: quanto aos efeitos discriminatórios. Estes tipos de tributos podem ser:
	a) Tributos neutros: são aqueles cuja incidência se dá de maneira uniforme sobre todos os bens e mercadorias, é cobrado mediante a aplicação de uma mesma alíquota para os produtos. Exemplo: imposto sobre vendas de mercadorias cobrado a alíquota de 6% em toda e qualquer operação.
	b) Tributos seletivos: são aqueles cobrados mediante aplicação de alíquotas diferentes com base num critério diferenciador estabelecido pela lei. Exemplo: IPI - a seletividade é estabelecida com base na essencialidade dos produtos (art. 153, §3º, I da CF). Assim, os produtos mais essenciais serão tributados mediante alíquotas menores do que as aplicadas para os produtos supérfluos ou de luxo. 
10º critério: quanto às categorias econômicas. Este critério é o estabelecido no Código Tributário Nacional (art. 16 e seguintes CTN) que classifica osimpostos nas seguintes categorias econômicas: 
	a) Impostos sobre o Comércio Exterior: este poderá ser o imposto sobre: 
a) importação de produtos estrangeiros e 
b) imposto sobre a exportação de produtos nacionais ou nacionalizados. (art. 153, I e II da CF). 
	b) Impostos sobre o patrimônio e a renda: poderá ser: 
a) imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR) – art. 153, VI, CF;
b) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) – art. 32 do CTN e art. 156, I CF; 
c) imposto sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos (ITBI) – art. 156, II CF e art. 35 do CTN; (competência municipal); 
d) imposto sobre ‘causa mortis’ e doações de quaisquer bens ou direitos (ITCMD) – art. 155, I da CF;
e) imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA) – art. 155, III da CF;
f) imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza (IR) – art. 153, III da CF e art. 43 do CTN. 
g) imposto sobre grandes fortunas – previsto no art. 153, VII da CF mas não é aplicado na prática. 
	c) Impostos sobre a produção e circulação: este divide-se em:
a) imposto sobre produto industrializado – art. 153, IV da CF e art. 46 CTN;
b) imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) – art. 155, II da CF. 
		c) imposto sobre serviço de qualquer natureza (ISSQN) – art. 156, III CF. 
d) imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) – art. 153, V da CF. 
07/03/2012
PRINCÍPIOS GERAIS DOS IMPOSTOS
a) Princípio da generalidade do imposto
	Segundo tal princípio é aquele segundo o qual todas as pessoas da comunidade devem a ele se submeter. Este princípio tem relação com o princípio da solidariedade social e mesmo com o princípio da justiça, pois se as pessoas de uma comunidade social usufruem dos benefícios da vida em sociedade, usufruindo de segurança, educação, saúde, transportes, rodovias, propiciados pelo Estado, todos devem contribuir para o custeio desse serviço. 
b) Princípio da justiça do imposto
	O imposto deve ser exigido de maneira a atender a justiça, não podendo ser cobrado de maneira diferenciada entre pessoas que se encontram nas mesmas condições econômicas. Tendo relação isso com o princípio da isonomia, ou seja, devem-se tratar os iguais igualmente e os desiguais desigualmente, na medida dessa desigualdade. 
c) Princípio da capacidade contributiva
	É o princípio segundo o qual o Estado deve exigir o imposto de quem demonstre ter capacidade econômica suficiente para, respeitado o mínimo necessário para uma vida digna, tenha condições de pagar o imposto. 
d) Princípio da certeza do imposto
	Tal princípio significa dizer que o contribuinte deve ser perfeitamente esclarecido a respeito de quanto, como, quando e porque deve pagá-lo. 
e) Princípio da economia do imposto
	Este princípio diz respeito tanto ao contribuinte quanto ao próprio Estado. Assim é que o Estado não deve tanto quanto possível onerar mais do que absolutamente necessário o contribuinte, exigindo deste, formalidades e providências que tornem mais caro o pagamento deste imposto. Por outro lado, o Estado deve adotar medidas de arrecadação que não sejam desnecessárias e que onere o funcionamento da máquina. 
f) Princípio da comodidade do imposto
	Por este princípio o Estado deve tornar o mais fácil e conveniente para o contribuinte o pagamento do imposto. Assim deve o imposto ser pago, em local mais próximo do domicílio do contribuinte.
DESPESA PÚBLICA
	Conceito: a expressão despesa pública segundo Aliomar Baleeiro tem duas acepções:
	- a primeira é no sentido de a parte do orçamento público onde estão discriminados e autorizados nos limites ali estabelecidos os gastos a serem realizados pela pessoa jurídica pública. 
	- a segunda significa um determinado gasto de dinheiro público realizado pela autoridade competente com a finalidade de satisfazer uma necessidade pública. 
	Para Alberto Deodato, a despesa pública é o gasto da riqueza pública autorizado pelo poder competente (Poder Legislativo) para uma necessidade pública. 
Requisitos essenciais da despesa pública: só terá uma despesa pública quando satisfeito tais requisitos:
	- Utilidade: a despesa pública deve ser útil, de modo a atender uma necessidade. 
	- Capacidade contributiva: como a despesa pública é suportada pela população mediante pagamento de impostos, somente deve ser feita se esta população tiver capacidade econômica para suportar esse encargo. 
	- Discussão pública: a despesa pública deve ser divulgada antes de sua realização de modo a permitir a manifestação da sociedade a respeito da sua utilidade, conveniência, oportunidade.
	- Oportunidade: a despesa pública deve ser feita no momento em que é necessária porque os recursos públicos sendo escassos devem ser aplicados em despesas mais urgentes, atendendo uma ordem de prioridades. Há despesas que não poder adiadas e outras podem. Assim, oportuno é fazer aquilo que não pode ser adiado. 
	- Legitimidade: a despesa pública será legítima quando preenche os requisitos de utilidade e oportunidade. 
	- Legalidade: a despesa pública deve ser autorizada por lei, ou seja, prevista em lei. 
09/03/2012
Classificação das despesas públicas
1º critério: quanto à frequência; periodicidade:
	a) Despesas ordinárias: também chamadas de despesas comuns são aquelas previsíveis e por isso constam na lei do orçamento porque são realizadas com regular frequência durante o ano (exercício financeiro – de 1º de janeiro a 31 de dezembro). Exemplo: despesas com pagamento com o funcionalismo público; despesas com aquisição de material de consumo das repartições públicas etc. 
	b) Despesas extraordinárias: são as despesas imprevisíveis, como as decorrentes de guerra externa e sua iminência, calamidade pública (enchente; seca; terremoto; inundação; epidemia etc.). São despesas urgentes/imprevisíveis decorrentes de tais circunstâncias que não estão previstas na lei do orçamento. São autorizadas mediante créditos adicionais de forma extraordinária. 
	c) Despesas especiais: são aquelas previsíveis, porém não previstas na lei do orçamento, mas que são necessárias e deve ter uma autorização especial para utilizá-lo (devem ser aprovadas em lei especial que as autorize entrar como despesa) (ex.: pagamento de indenização para funcionário; construção de um posto de saúde que não está previsto na lei do orçamento). É previsto, mas quando for utilizado deverá ter autorização. 
2º critério: quanto à extensão (território): 
	a) Despesas internas: são as despesas feitas dentro do território nacional e paga em moeda nacional.
	b) Despesas externas: são as efetuadas fora do território nacional e pagas em moeda estrangeira. 
3º critério: quanto a competência para se fazer a despesa:
a) Despesas federais: as realizadas pela União.
	b) Despesas estaduais e distritais: são as realizadas pelos estados e pelo DF.
	c) Despesas municipais: são as realizadas pelos municípios.
4º critério: quanto aos fins da despesa:
	a) Despesas de governo: também denominadas de despesas improdutivas (por alguns doutrinadores). São aqueles gastos com a máquina administrativa na realização dos serviços públicos, ou seja, no atendimento das necessidades públicas (educação, saúde, segurança pública, transportes, obras públicas etc.). 
	b) Despesas de exercício: também chamada de despesas produtivas pela doutrina, são aquelas que geram em contrapartida receitas para o governo. Exemplo: despesa com a criação de empresas públicas; despesas com funcionários e equipamentos encarregados da fiscalização e da arrecadação dos tributos etc.
5º critério: quanto á legislação – lei 4.320/1964 – art. 12. 
a) Despesas correntes: esta se subdivide em:
a.1.) Despesas de custeio: são as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atendera obras de conservação e adaptação de bens imóveis.
a.2.) Despesas de transferências correntes: são as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado. (são dinheiro enviado para outras pessoas pública).
	b) Despesas de capital: 
		b.1.) Despesas de investimentos: são as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. (ex.: construção de uma escola).
		b.2.) Despesas de inversões financeiras:  as dotações destinadas a: I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; II - aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; III - constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros. (ex.: comprar uma escola)
		b.3.) Despesas de transferências de capital: são as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública.
14/03/2012
Lei nº 4.320/64 – Art. 12
Despesas correntes – são aquelas que se referem aos serviços anteriormente criado. O corrente é o inerente à atividade do Estado. Tudo o que receita que vem da coleta de impostos é receita corrente. Se subdivide em Dotação - autorização que o legislativo deu na lei do orçamento é a quantia que o governante está autorizado a gastar, é a cifra o valor em que o governante pode gastar naquilo. Para gastar com educação é um tanto. 
				
				Despesas de custeio -  § 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis. Os serviços anteriormente criado prestados é a Somente se pode falar em serviço público. Na lei de orçamento existe autorização de despesa limitado para esses serviços já criados por lei. É o gasto de custeio da máquina. Ver 10/11min. Mas também existem gastos relativos 
				Despesas de transferências correntes  § 2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado. – as transferências são correntes. É o chamado fundo perdido. (ver 12min). Dinheiro que vem para custear serviço anteriormente feito. Ex. O Estado de São Paulo transfere uma quantia para pagar um serviço no município de Marília para construir um posto de saúde. Marília recebe como receita, depois gastará esse valor. O Estado não terá nada em troca, Marília sim. A transferência pode ser para pessoa privada também. É corrente porque quem recebe vai gastar no próprio custeio. Se divide em:
Despesas de subvenções que se divide em: § 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como: I - subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa; II - subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril.
		I. Sociais – Ex. orfanato, asilo, escola que atende alunos carentes. Cultural e assistencial. 
		II. Econômicas – são para empresas públicas e privadas. Ex. Codemar, EMDURB. Se for pelo déficit é uma convenção econômica. Tem algumas empresas privadas em que o Município tem interesse em manter sua atividade. 
				Despesas de contribuições – é gasto governamental. 
DESPESAS DE CAPITAL
Despesas de Investimentos -§ 4º Ter que pagar técnicos para planejar surge algo novo. Construir obras públicas. Para ser investimento não pode ser nada de comércio. Programa de trabalho pode ser educação, saúde. Ex. programa especial para diminuir o número de analfabetos. Não é o programa que já está no serviço criado. Ex. 2 pesquisar para descobrir uma vacina para AIDS. Os bancos têm características comerciais, por lei os bancos tem que ser SA, e SA é empresa comercial. Não é riqueza nova, não esta produzindo nada. Mas se a riqueza for para construir uma indústria, ao aumentar o capital desta empresa é investimento. Criando o governo qualquer empresa que não seja comercial ou financeira é investimento.
Despesas de Inversões Financeiras – o governo investe dinheiro em coisas que já existem. O governo não produziu coisa nova. O governo faz uma troca, dá o dinheiro e pega o prédio já existente.
Dotações = autorização de gastos.
 Bens de capital em utilização – são os bens empregados para criar riqueza nova. Ex. colocar máquinas para produzir riqueza nova. O bem é empregado em novas riquezas. 
Transferência de capital – o governo transfere capital a determinada pessoa, sem nada em troca. Quem recebe ira fazer uma despesa de investimentos e despesas de inserções financeiras. § 6º São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública.
			As transferências de capital se subdividem em:
				Auxílios - decorre da própria lei do orçamento anual. 
				Contribuições – se durante o ano se aprova uma lei especial autorizando a doação de dinheiro decorre de lei especial. Não está prevista no orçamento anual.
				Dívida pública – é o que o governo deve. Podem ser dois tipos: flutuante ou consolidada. (ver 51min)
			Art. 9º Tributo e a receita derivada instituída pelas entidades de direito publico, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades.
			Nem toda entidade de direito público pode instituir tributo. Está se valendo de uma coisa que não se conhece para definir o que a outra coisa. O que é tributo? Essa definição jamais devem ser utilizadas.
	   Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital.  
        § 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes. 
       § 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente. 
       § 3º - O superávit do Orçamento Corrente resultante do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, apurado na demonstraçãoa que se refere o Anexo nº 1, não constituirá item de receita orçamentária. 
16/03/2012
CLASSIFICAÇÃO DAS RECEITAS: a classificação das receitas obedecerá ao seguinte esquema:
1. RECEITAS CORRENTES
	1.1. Receita tributária
		1.1.1. Impostos
		1.2.1. Taxas
		1.2.3. Contribuições de melhoria 
	1.2. Receita de contribuições
	1.3. Receita patrimonial
	1.4. Receita agropecuária
	1.5. Receita industrial
	1.6. Receita de serviços
	1.7. Transferências correntes
	1.8. Outras receitas correntes
	1.9. Receitas de capital
2. RECEITAS DE CAPITAL
	1.1. Operações de crédito
	1.2. Alienação de bens
	1.3. Amortização de empréstimos
	1.4. Transferências de capital
	1.5. Outras receitas de capital
CLASSIFICAÇÃO DAS DESPESAS: previsto no art. 13 da Lei 4.320/64, a discriminação ou especificação da despesa por elementos, em cada unidade administrativa (agrupamento de serviço – art. 14) ou órgão de governo, obedecerá ao seguinte esquema:
1. DESPESAS CORRENTES
	1.1. Despesas de custeio
		1.1.1. Pessoal Civil 
1.1.2. Pessoal Militar
1.1.3. Material de Consumo
1.1.4. Serviços de Terceiros
1.1.5. Encargos Diversos
	1.2. Transferências correntes
		1.2.1. Subvenções Sociais
1.2.2. Subvenções Econômicas
1.2.3. Inativos
1.2.4. Pensionistas
1.2.5. Salário Família e Abono Familiar
1.2.6. Juros da Dívida Pública
1.2.7. Contribuições de Previdência Social
1.2.8. Diversas Transferências Correntes.
2. DESPESAS DE CAPITAL
	2.1. Investimentos
2.1.1. Obras Públicas
2.1.2. Serviços em Regime de Programação Especial
2.1.3. Equipamentos e Instalações
2.1.4. Material Permanente
2.1.5. Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou Entidades Industriais ou Agrícolas
	2.2. Inversões financeiras
2.2.1. Aquisição de Imóveis
2.2.2. Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Emprêsas ou Entidades
2.2.3. Comerciais ou Financeiras
2.2.4. Aquisição de Títulos Representativos de Capital de Empresa em 2.2.5. Funcionamento
2.2.6. Constituição de Fundos Rotativos
2.2.7. Concessão de Empréstimos
2.2.8. Diversas Inversões Financeiras
	2.3. Transferências de capital
2.3.1. Amortização da Dívida Pública
2.3.2. Auxílios para Obras Públicas
2.3.3. Auxílios para Equipamentos e Instalações
2.3.4. Auxílios para Inversões Financeiras
2.3.5. Outras Contribuições.
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos. 
        § 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração pública para consecução dos seus fins. 
        § 2º Para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o de duração superior a dois anos.
1. DESPESAS CORRENTES
	1.1. Transferências correntes
		1.2.1. Subvenções Sociais
Art. 16. Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras a concessão de subvenções sociais visará a prestação de serviços essenciais de assistência social, médica e educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a esses objetivos, revelar-se mais econômica.
        Parágrafo único. O valor das subvenções, sempre que possível, será calculado com base em unidades de serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados obedecidos os padrões mínimos de eficiência previamente fixados.
        Art. 17. Somente à instituição cujas condições de funcionamento forem julgadas satisfatórias pelos órgãos oficiais de fiscalização serão concedidas subvenções.
1.2.2. Subvenções Econômicas
Art. 18. A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica ou não, far-se-á mediante subvenções econômicas expressamente incluídas nas despesas correntes do orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito Federal.
        Parágrafo único. Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas:
        a) as dotações destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gêneros alimentícios ou outros materiais;
        b) as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros ou materiais.
        Art. 19. A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a empresa de fins lucrativos, salvo quando se tratar de subvenções cuja concessão tenha sido expressamente autorizada em lei especial.
2. DESPESAS DE CAPITAL
	2.1. Investimentos
Art. 20. Os investimentos serão discriminados na Lei de Orçamento segundo os projetos de obras e de outras aplicações.
Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por dotações globais, classificadas entre as Despesas de Capital.
	2.2. Transferências de capital
Art. 21. A Lei de Orçamento não consignará auxílio para investimentos que se devam incorporar ao patrimônio das empresas privadas de fins lucrativos.
        Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se às transferências de capital à conta de fundos especiais ou dotações sob regime excepcional de aplicação.
21/03/2012
http://www.estudaqui.com.br/geral/arquivos/12_Est%C3%A1gios_SF_RP_DEA(gustavo).pdf
Dos Créditos Adicionais
        Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.
        Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
        I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
        II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
        III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa. 
FASES DA EXECUÇÃO DA DESPESA PÚBLICA
1ª fase: EMPENHO - o empenho é o primeiro estágio da despesa e pode ser conceituado como sendo o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado a obrigação de pagamento, pendente ou não, de implemento de condição. Esse primeiro estágio é efetuado no SIAFI (Sistema Integrado de Administração Financeira) utilizando-se o Documento Nota de Empenho - NE, através de transação específica denominada NE, que se destina a registrar o comprometimento de despesa orçamentária, obedecidos os limites estritamente legais, bem como aos casos em que se faça necessário o reforço ou a anulação desse compromisso. (art. 58 da Lei nº 4.320/1964).
OBS.: A Nota de Empenho é o documento utilizado para registrar as operações que envolvem despesas orçamentárias realizadas pela Administração Pública federal, ou seja, o comprometimento de despesa, seu reforço ou anulação, indicando o nome do credor, a especificação e o valor da despesa, bem como a dedução desse valor do saldo da dotação própria.
Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.
Art. 59 - O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos.
Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.
Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento denominado "nota de empenho" que indicará o nome do credor, a representação e a importância da despesa bem como a dedução desta do saldo da dotação própria.
2ª fase: LIQUIDAÇÃO: o segundo estágio da despesa pública é a liquidação, que consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito, ou seja é a comprovação de que o credor cumpriu todas as obrigações constantes do empenho. Esse estágiotem por finalidade reconhecer ou apurar a origem e o objeto do que se deve pagar, a importância exata a pagar e a quem se deve pagar para extinguir a obrigação e é efetuado no SIAFI pelo documento Nota de Lançamento – NL. Ele envolve, portanto, todos os atos de verificação e conferência, desde a entrega do material ou a prestação do serviço até o reconhecimento da despesa. Ao fazer a entrega do material ou a prestação do serviço, o credor deverá apresentar a nota fiscal, fatura ou conta correspondente, acompanhada da primeira via da nota de empenho, devendo o funcionário competente atestar o recebimento do material ou a prestação do serviço correspondente, no verso da nota fiscal, fatura ou conta. (art. 63 da Lei 4.320/1964).
Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
        § 1° Essa verificação tem por fim apurar:
        I - a origem e o objeto do que se deve pagar;
        II - a importância exata a pagar;
        III - a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
        § 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base:
        I - o contrato, ajuste ou acordo respectivo;
        II - a nota de empenho;
        III - os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.
3ª fase: PAGAMENTO: O último estágio da despesa é o pagamento e consiste na entrega de numerário ao credor do Estado, extinguindo dessa forma o débito ou obrigação. Esse procedimento normalmente é efetuado por tesouraria, mediante registro no SIAFI do documento Ordem Bancária – OB, que deve ter como favorecido o credor do empenho. Este pagamento normalmente é efetuado por meio de crédito em conta bancária do favorecido uma vez que a OB especifica o domicílio bancário do credor a ser creditado pelo agente financeiro do Tesouro Nacional, ou seja, o Banco do Brasil S/A. Se houver importância paga a maior ou indevidamente, sua reposição aos órgãos públicos deverá ocorrer dentro do próprio exercício, mediante crédito à conta bancária da UG que efetuou o pagamento. Quando a reposição se efetuar em outro exercício, o seu valor deverá ser restituído por DARF ao Tesouro Nacional. (art. 64 a 67 da Lei 4.320/1964). 
Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.
Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga.
Parágrafo único. A ordem de pagamento só poderá ser exarada em documentos processados pelos serviços de contabilidade.
Art. 65. O pagamento da despesa será efetuado por tesouraria ou pagadoria regularmente instituídos por estabelecimentos bancários credenciados e, em casos excepcionais, por meio de adiantamento.
        
Art. 66. As dotações atribuídas às diversas unidades orçamentárias poderão quando expressamente determinado na Lei de Orçamento ser movimentadas por órgãos centrais de administração geral.
Parágrafo único. É permitida a redistribuição de parcelas das dotações de pessoal, de uma para outra unidade orçamentária, quando considerada indispensável à movimentação de pessoal dentro das tabelas ou quadros comuns às unidades interessadas, a que se realize em obediência à legislação específica.
        		Art. 67. Os pagamentos devidos pela Fazenda Pública, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão na ordem de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, sendo proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para êsse fim.
23/03/2012 – TRABALHO EM SALA DE AULA
28/03/2012 – CORREÇÃO DO TRABALHO EM SALA DE AULA
Questão 01 – D (art. 12)
Questão 02 – D (art.12)
Questão 03 – B (art. 44) / C (art. 165, §2º e art. 169, §1º, II da CF) / D (art. 167, §4º)
Questão 04 – D (art. 12, §5º)
Questão 05 – C (art. 12, §6º)
Questão 06 – C (art. 12, §5º, III)
Questão 07 – B
Questão 08 – A
Questão 09 – A e D
Questão 10 – C
04/04/2012 – FERIADO
06/04/2012 – RECESSO
11/04/2012 – PROVA
13/04/2012 – PROVA
18/04/2012 – PROVA
20/04/2012
CORREÇÃO E ENTREGA DA PROVA
2º BIMESTRE
25/04/2012
CRÉDITO PÚBLICO
Conceito de crédito: do latim creditum/credere: que significa confiança que uma pessoa tem em outra. Em outras palavras, crédito significa a confiança que uma pessoa deposita em outra, a quem entrega coisa sua, para que, em futuro, receba dela coisa equivalente. 
Definição de crédito público: é confiança que se tem no ente público quando empresta-lhe dinheiro. Em outras palavras, crédito público é a possibilidade que a pessoa jurídica pública (União, Estados, Distrito Federal) tem de dispor de capital alheio com promessa de devolução. Ressalta-se que as receitas adquiridas através do crédito público acrescem ao patrimônio do estatal apenas temporariamente, uma vez que deverá ocorrer a devolução no futuro. 
	Para Aliomar Baleeiro, o crédito público “consiste numa série de métodos pelos quais o Estado obtém dinheiro sob obrigação jurídica de pagar juros por todo o tempo durante o qual retenha os capitais que se entendem passíveis de restituição em prazo certo, ou indefinido, a critério do devedor”.
	Para Geraldo Ataliba, o crédito público “é um instituto jurídico em um contrato pelo qual alguém transfere a uma pessoa pública certa quantia de dinheiro com a obrigação desta de entregar igual quantia de dinheiro, com ou sem vantagens pecuniárias no prazo convencionado”.
	Para Luiz Souza Gomes, crédito público “é a confiança de que goza o governo perante aqueles, nacionais ou estrangeiros, com quem contrai empréstimos”.
	Para Veiga Filho, crédito público “é um instrumento pelo qual o Estado pode dispor do capital alheio com promessa de restituição”.
Diferenças entre crédito público e crédito privado: o crédito privado é presidido pela livre manifestação da vontade (empresta se quiser – ou seja, depende da vontade). No âmbito do crédito privado, portanto, não se pode falar em empréstimo compulsório ou forçado, uma vez que nessa área existente somente empréstimos voluntários. 
	O crédito público pode decorrer da livre manifestação da vontade e nessa circunstância pressupõe a confiança de que goza o ente público perante as pessoas físicas ou jurídicas dispostas a emprestar dinheiro. Pode também o crédito público decorrer do poder de império do Estado sob seus súditos, o que ocorre no tocante aos empréstimos compulsórios ou forçados (ressalta-se que nem todo doutrinador admite que se possam considerar os chamados empréstimos compulsórios ou forçados como verdadeiros empréstimos; para estes doutrinadores, tais empréstimos não passam de tributos com promessa de devolução). 
	Outra distinção entre o crédito público e o crédito privado encontra-se no fato de que as dívidas públicas não são suscetíveis de execução, porquanto, os bens públicos não se sujeitam à penhora. Enquanto que o crédito privado admite a execução e a penhora.
	Outra diferença é de que, o crédito privado subordina-se a autonomia da vontade dos contratantes. Enquanto que o crédito público precisa estar autorizado por lei. 
Classificação do crédito público
1º critério: quanto ao território (de onde provém o empréstimo), de onde é obtido o empréstimo:
a) Empréstimo interno: é o obtido em território nacional e pago em moeda nacional.
b) Empréstimo externo: é o obtido fora do Brasil e pago normalmente em moeda estrangeira. 
2º critério: quanto a anuência do emprestador:
	a) Empréstimo voluntário: quando a pessoa concorda em emprestar.
	b) Empréstimo compulsório: quando a pessoa está obrigada a emprestar mesmo que não queira. 
3º critério: quanto a duração ou prazo do empréstimo:
	a) Empréstimos por prazo certo ou determinado: o título tem um prazo para seu vencimento e passa a ser passível de ser resgatado.
	b) Empréstimo por prazo indeterminado ou perpétuo: não há prazo fixado paraseu resgate, nesse caso, depende da vontade do governo para que se possa resgatar. 
4º critério: quanto a legislação: 
	a) Empréstimos por antecipação de receita orçamentária (ARO): quando a antecipação de alguma receita que já iria entrar no orçamento e ele é antecipado.
	b) Empréstimos gerais autorizados por lei: é qualquer operação de crédito autorizado por lei.
5º critério: quanto a duração da dívida:
a) Dívida flutuante: engloba os compromissos de curto prazo do passivo financeiro, sendo, assim o resultado de operações financeiras que se refletem no fluxo de caixa e no patrimônio financeiro decorrente ou não da execução do orçamento.
	b) Dívida consolidada ou fundada: são os compromissos de exigibilidade superior a 12 meses, contraídos para atender o desequilíbrio orçamentário ou a financiamentos de obras ou serviços públicos. Inicialmente lançada no passivo permanente, ela passa a fazer parte do passivo financeiro na medida em que vai sendo empenhada e liquidada, momento em que é baixada do passivo permanente.
Repúdio da dívida: quando não reconhece a dívida e diz que não vai pagar. 
Conversão da dívida: o governo tenta converter os títulos da dívida por outros títulos com juros menores ou com pagamentos mais alongados. 
27/04/2012
ORÇAMENTO PÚBLICO
Definição: é o ato pelo qual o Poder Legislativo autoriza e limita de forma detalhada, para um determinado período, as despesas que uma pessoa jurídica pública poderá realizar, tendo por base a receita prevista para o referido período. 
Art. 1º da Lei 4.320/64. Esta lei estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, de acordo com o disposto no art. 5º, inciso XV, letra b, da Constituição Federal de 1964. (vide art. 165, §9º da CF/88). 
Art. 165, § 9º CF. Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.
Art. 34 da Lei 4.320/64. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
Ano civil começa no dia 1º de janeiro a 31 de dezembro. Ressalta-se que somente os orçamentos públicos tem que ter por base o ano civil. Sendo que as empresas privadas, por questão de sua contabilidade pode adotar ouros períodos para o exercício financeiro. 	
Art. 2° Lei 4.320/64. A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos aos princípios de unidade universalidade e anualidade.
Programa que o governo deve seguir: fazer obras, fomentar a educação, cultura, saúde etc. 
Aspectos do Orçamento Público: são aspectos fundamentais do orçamento público:
Aspecto Econômico: é aquele pelo qual se procura compreender os efeitos da atividade financeira desenvolvida pelo Estado na vida econômica da sociedade, e, inversamente os reflexos da situação em que esta se encontra em relação as finanças públicas, bem como verificar a possibilidade de aplicação de tais efeitos recíprocos com a finalidade de alcançar determinados resultados pretendidos pela politica governamental (fins políticos). 
Aspecto Político: é o que mostra claramente, pelas cifras e origens das receitas e valores (recursos arrecadados) a qualidade e o destino das despesas, ou seja, qual a politica vai ser desenvolvida pelo governo. Ou seja, de que setores da sociedade sairão os recursos que serão gastos para a satisfação das necessidades públicas, em proveito de setores, regiões e grupos sociais. 
Aspecto Jurídico: examina a natureza do ato orçamentário à luz do direito e das instituições constitucionais do país, inclusive sob a ótica dos direitos e obrigações de governantes e governados. Em outras palavras, é o relativo à regulamentação da atividade desenvolvida pelo Estado no tocante à arrecadação, à administração e o gasto das receitas públicas e ainda as implicações jurídicas decorrentes dessa atividade financeira tanto em relação aos agentes públicos como aos governados. 
Aspecto Técnico: envolve o estabelecimento de regras para a elaboração e execução orçamentária, apresentação gráfica, contábil e etc. (ex.: §1º do art. 2º da Lei 4.320/64). Em outras palavras, diz respeito às regras a serem obedecidas na elaboração do quadro orçamentário, do projeto de lei corresponde, na classificação das receitas e despesas, como fazer a previsão das primeiras, como executar a arrecadação destas e realizar as despesas e como contabilizar os dados correspondentes; enfim, resume-se em como bem fazer as coisas relativas ao orçamento. 
Ressalta-se que a lei orçamentária deve seguir aos princípios da unidade, universalidade e anualidade.
Princípio da Unidade: consiste na proibição de mais de uma lei orçamentária em cada ente da Federação em dado exercício financeiro, haja vista a unicidade finalística do orçamento. Nesse sentido, ainda que a CF/88 em seu art. 165,§5º, disponha que a lei orçamentária compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de investimento e o orçamento da Seguridade Social, todas as receitas e despesas, ainda que constantes de três peças orçamentárias distintas, devem constar de uma única (unidade) lei orçamentária, sendo possível, dessa forma, uma visão global e consolidada do desempenho das finanças públicas do ente federado como um todo, o que facilita a sua fiscalização e controle. Portanto, pressupõe e introduz o princípio geral da unidade de caixa ou de tesouraria, previsto no artigo 56 da Lei n° 4.320/64.
Princípio da Universalidade: O princípio da universalidade prescreve que a Lei orçamentária única (princípio da unidade) deve incorporar todas as receitas e despesas, ou seja, nenhuma instituição pública do ente federado, compreendendo todas as entradas e saídas de recursos financeiros, deve ficar de fora do orçamento da unidade política respectiva (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). Nesse sentido os artigos 3° e 4° da Lei n° 4.320/64 estabelecem que: “A Lei do Orçamento compreenderá todas as receitas, inclusive as operações de crédito autorizadas em lei” e “A Lei do Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo (...)”
Princípio da Anualidade: Segundo este princípio, ainda hoje vigente, a teor do artigo 165, III, e §5º, da CR-88, o Orçamento deve ser elaborado para ser realizado no período de um ano, o qual, no Brasil, coincide com o ano civil. Dessa forma, é princípio que expressa o controle do Parlamento sobre os demais Poderes relativamente ao Orçamento, ao prever a necessidade de renovação da autorização legislativa anualmente.
Art. 2° Lei 4.320/64. A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade.
    § 1° Integrarão a Lei de Orçamento:
        I - Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Governo;
        II - Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categorias Econômicas, na forma do Anexo nº. 1;
        III - Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação;
        IV - Quadro das dotações por órgãos do Governo e da Administração.
    § 2º Acompanharão a Lei de Orçamento:
        I - Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos especiais;
        II - Quadros demonstrativos da despesa, na forma dos Anexos ns. 6 a 9;
        III - Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Governo, em termos de realização de obras e de prestação de serviços.
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei.								Parágrafoúnico. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros.
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto no artigo 2°.
Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu parágrafo único. 
Não haverá autorização para gasto global, uma vez que a despesa pública é autorizada para determinada atividade. Ou seja, a despesa pública é detalhada, assim, não se pode ser um total para ser gasto indiferentemente.
Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber. (ou seja, quem transfere entrará como despesa e quem está recebendo entra como receita). 
§ 2º Para cumprimento do disposto no parágrafo anterior, o calculo das cotas terá por base os dados apurados no balanço do exercício anterior aquele em que se elaborar a proposta orçamentária do governo obrigado a transferência.
Art. 7° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:
I - Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo 43. 
 II - Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa.
§ 1º Em casos de déficit, a Lei de Orçamento indicará as fontes de recursos que o Poder Executivo fica autorizado a utilizar para atender a sua cobertura.
§ 2° O produto estimado de operações de crédito e de alienação de bens imóveis somente se incluirá na receita quando umas e outras forem especificamente autorizadas pelo Poder Legislativo em forma que juridicamente possibilite ao Poder Executivo realizá-las no exercício.
§ 3º A autorização legislativa a que se refere o parágrafo anterior, no tocante a operações de crédito, poderá constar da própria Lei de Orçamento.
Art. 8º A discriminação da receita geral e da despesa de cada órgão do Governo ou unidade administrativa, a que se refere o artigo 2º, § 1º, incisos III e IV obedecerá à forma do Anexo n. 2.
§ 1° Os itens da discriminação da receita e da despesa, mencionados nos artigos 11, § 4°, e 13, serão identificados por números de códigos decimal, na forma dos Anexos ns. 3 e 4.
§ 2º Completarão os números do código decimal referido no parágrafo anterior os algarismos caracterizadores da classificação funcional da despesa, conforme estabelece o Anexo n. 5.
§ 3° O código geral estabelecido nesta lei não prejudicará a adoção de códigos locais.
02/05/2012
Princípios Orçamentários
Os princípios, ao lado das regras, consubstanciam normas jurídicas, os quais, a despeito de seu alto grau de abstração e generalidade, direcionam os diversos sistemas normativos (Constitucional, Civil, Penal, Tributário, Financeiro etc.). O Direito Financeiro, como ramo autônomo do Direito, também é regido por um conjunto de princípios e regras. A Constituição da República de 1988 em conjunto com a Lei n° 4.320/64165 estabelecem vários princípios, os quais se vinculam e formam também um conjunto.
1. Princípio da Unidade: consiste na proibição de mais de uma lei orçamentária em cada ente da Federação em dado exercício financeiro, haja vista a unicidade finalística do orçamento. Nesse sentido, ainda que a CF/88 em seu art. 165,§5º, disponha que a lei orçamentária compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de investimento e o orçamento da Seguridade Social, todas as receitas e despesas, ainda que constantes de três peças orçamentárias distintas, devem constar de uma única (unidade) lei orçamentária, sendo possível, dessa forma, uma visão global e consolidada do desempenho das finanças públicas do ente federado como um todo, o que facilita a sua fiscalização e controle. Portanto, pressupõe e introduz o princípio geral da unidade de caixa ou de tesouraria, previsto no artigo 56 da Lei n° 4.320/64.
2. Princípio da Universalidade: o princípio da universalidade prescreve que a Lei orçamentária única (princípio da unidade) deve incorporar todas as receitas e despesas, ou seja, nenhuma instituição pública do ente federado, compreendendo todas as entradas e saídas de recursos financeiros, deve ficar de fora do orçamento da unidade política respectiva (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). Nesse sentido os artigos 3° e 4° da Lei n° 4.320/64 estabelecem que: “A Lei do Orçamento compreenderá todas as receitas, inclusive as operações de crédito autorizadas em lei” e “A Lei do Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo (...)”.
3. Princípio da Anualidade: segundo este princípio, ainda hoje vigente, a teor do artigo 165, III, e §5º, da CR-88, o Orçamento deve ser elaborado para ser realizado no período de um ano, o qual, no Brasil, coincide com o ano civil. Dessa forma, é princípio que expressa o controle do Parlamento sobre os demais Poderes relativamente ao Orçamento, ao prever a necessidade de renovação da autorização legislativa anualmente.
4. Princípio da Exclusividade: está contemplado no art. 165, §8º, da Carta de 1988, e prescreve que a lei orçamentária deve conter apenas matéria de direito financeiro e orçamentária, permitindo, a título de exceção, a abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receitas. Não cabe, portanto, as denominadas caudas orçamentárias, assim intituladas pelas inúmeras tentativas de se incluir nos orçamentos matérias não relacionadas às questões exclusivamente orçamentárias (art. 165, §8º).
	Em outras palavras, o princípio da exclusividade proíbe que da Lei do Orçamento conste matéria estranha à previsão da receita e da despesa, excetuados a abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receitas. Portanto, é vedada a “cauda orçamentária”, isto é, expressão que Aliomar Baleeiro utilizou para designar todas as matérias alheias ao objeto do orçamento público que costumeiramente eram nele incluídas por legisladores fisiológicos que para obter vantagens de interesses próprios ou de seus representados negociavam o seu voto. 
5. Princípio do Equilíbrio: este princípio vincula-se ao fato de que a fixação de despesas deve observar as receitas estimadas, visando evitar déficit público estrutural (despesas maiores do que as receitas). Para Ricardo Lobo Torres: “Equilíbrio orçamentário é a equalização de receitas e gastos, harmonia entre capacidade contributiva e legalidade e entre distribuição de rendas e desenvolvimento econômico (...). O orçamento não se desequilibra pela falta de dinheiro, mas pelo desencontro entre valores e princípios jurídicos”.
O equilíbrio era a “regra de ouro” dos economistas clássicos, que entendiam que o governante não poderia gastar mais do que arrecadasse. Todavia, com a crise econômica mundial de 1929, com a constatação de que as despesas armamentistas de Hitler na Alemanha e que a mobilização do governo americano para a guerra, embora à custa de enorme déficit orçamentário, havia suprimido o desemprego nesses países, aumentado a produção, elevando o nível tecnológico, melhorando o padrão de vida da população e restabelecendo a prosperidade, levou à conclusão de que o déficit orçamentário não significava necessariamente um mal para o país. 
	O tabu do déficit público se desfez com a divulgação das teorias explicativas do fenômeno em especial a partir das ideias de ‘Lord’ John Maynard Keynes, que foram seguidas em planos de recuperaçãodos países destruídos durante a 2ª Guerra Mundial. 
6. Princípio da Programação: é um enunciado normativo decorrente do processo natural de planejamento das ações e dos planos de governo, segundo o qual, a elaboração e a aprovação do orçamento devem observar o PPA (Plano Plurianual) e a LDO (Lei das Diretrizes Orçamentárias).
	Em outras palavras, a execução do orçamento deve ser previamente programada para se evitarem imprevistos de toda a natureza passíveis de ocorrer. O planejamento da despesa é essencial para que o governo possa tanto quanto possível manter o equilíbrio entre a receita arrecadada e a despesa realizada, de modo a evitar insuficiências de caixa, bem como, para que as unidades orçamentárias possam dispor em tempo útil dos recursos necessários para o bom cumprimento do programa anual de trabalho de que estão incumbidas. (art. 47 a 50 da Lei 4.320/64). 
7. Princípio da Legalidade: o  Orçamento é objeto de uma  lei específica, e  como tal,  deve  cumprir  a formalidade prevista  para o seu processo de  elaboração legislativa. Assim, verificamos  que  o Presidente da Republica  detém a  iniciativa  exclusiva  para  o estabelecimento do Plano Plurianual, a Lei de diretrizes orçamentárias e orçamento anual (CF, art.  165).  Após  a  iniciativa  serão estes  instrumentos  normativos encaminhados à Câmara dos Deputados (Casa inicial) e posteriormente ao Senado Federal  (Casa revisora), e, após  a  deliberação legislativa  encaminhar-se-á para sanção do Presidente da República.
	Em outras palavras, o orçamento deve estar autorizado por lei, onde a lei de orçamento é autorizativa e limitadora das despesas (art. 22 da Lei 4.320/64). 
	Assim, a elaboração, a execução e o controle da execução do orçamento são regidos por lei, devendo o agente público estrita obediência a ela, sob pena de responsabilidade funcional e se for o caso criminal, uma vez que, tratando-se de matéria de direito público somente poderá fazer o que a lei expressamente autoriza ou determina. 
04/05/2012
8. Princípio da Publicidade: princípio basilar da Administração Pública que impõe ao administrador o dever de tornar público a lei orçamentária, o que ocorre por meio de sua publicação em órgão de imprensa oficial (art. 37 caput da CF-88). Em outras palavras, como a matéria orçamentária situasse no âmbito do direito público, subordina-se ela ao princípio da publicidade, impondo-se a publicação da lei do orçamento e o acesso, a quem tiver legítimo interesse aos atos de execução e controle do orçamento.
9. Princípio da Sinceridade: As leis orçamentárias devem apresentar de maneira sincera o conjunto dos recursos e dos encargos do Estado. Em outras palavras, As contas do Estado devem ser regulares, sinceras, e dar uma imagem fiel do seu patrimônio e de sua situação financeira. Em outras palavras, este princípio trata-se de corolário do princípio da moralidade administrativa. A peça orçamentária deve refletir a verdade da receita e da despesa, sendo vedada tanto a superestimação como a superestimação como a subavaliação intencional, quer das receitas, quer das despesas. 
09/05/2012
PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA 
Prevista no art. 22 e ss. da Lei nº 4.320/64 
Da Proposta Orçamentária
Conteúdo e Forma da Proposta Orçamentária
Art. 22. A proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo nos prazos estabelecidos nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios (até 4 meses antes do exercício financeiro), compor-se-á:
I - Mensagem, que conterá: exposição circunstanciada da situação econômico-financeira, documentada com demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e outros compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da política econômico-financeira do Governo; justificação da receita e despesa, particularmente no tocante ao orçamento de capital;
II - Projeto de Lei de Orçamento;
III - Tabelas explicativas, das quais, além das estimativas de receita e despesa, constarão, em colunas distintas e para fins de comparação:
a) A receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em que se elaborou a proposta;
b) A receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta;
c) A receita prevista para o exercício a que se refere a proposta;
d) A despesa realizada no exercício imediatamente anterior;
e) A despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta;
f) A despesa prevista para o exercício a que se refere a proposta.
IV - Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por dotações globais, em termos de metas visadas, decompostas em estimativa do custo das obras a realizar e dos serviços a prestar, acompanhadas de justificação econômica, financeira, social e administrativa. (Justificar do ponto de vista econômico-financeiro e a despesa no meio social, como esta despesa vai afetar o Governo). 
Parágrafo único. Constará da proposta orçamentária, para cada unidade administrativa, descrição sucinta de suas principais finalidades, com indicação da respectiva legislação.
11/05/2012
Da Elaboração da Proposta Orçamentária
Das Previsões Plurienuais
Art. 23. As receitas e despesas de capital serão objeto de um Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital, aprovado por decreto do Poder Executivo, abrangendo, no mínimo um triênio.
Atualmente, a aprovação não fica ao alvedrio do poder executivo, devendo ser aprovado pelo Poder Legislativo e de acordo com a lei.
Parágrafo único. O Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital será anualmente reajustado acrescentando-se lhe as previsões de mais um ano, de modo a assegurar a projeção contínua dos períodos.
OBS.: vide art. 165 da CF. 
Art. 24. O Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital abrangerá:
I - as despesas e, como couber, também as receitas previstas em planos especiais aprovados em lei e destinados a atender a regiões ou a setores da administração ou da economia; (receitas e despesas de capital)
II - as despesas à conta de fundos especiais e, como couber, as receitas que os constituam; 
III - em anexos, as despesas de capital das entidades referidas no Título X desta lei, com indicação das respectivas receitas, para as quais forem previstas transferências de capital. 
Art. 25. Os programas constantes do Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital sempre que possível serão correlacionados a metas objetivas em têrmos de realização de obras e de prestação de serviços.
Parágrafo único. Consideram-se metas os resultados que se pretendem obter com a realização de cada programa.
Art. 26. A proposta orçamentária conterá o programa anual atualizado dos investimentos, inversões financeiras e transferências previstos no Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital.
Das Previsões Anuais
Art. 27. As propostas parciais de orçamento guardarão estrita conformidade com a política econômico-financeira, o programa anual de trabalho do Governo e, quando fixado, o limite global máximo para o orçamento de cada unidade administrativa.
Art. 28. As propostas parciais das unidades administrativas (é um órgão da administração pública – ex.: secretaria), organizadas em formulário próprio, serão acompanhadas de:
I - tabelas explicativas da despesa, sob a forma estabelecida no artigo 22, inciso III, letras d, e e f;
II - justificação pormenorizada de cada dotação solicitada, com a indicação dos atos de aprovação de projetos e orçamentos de obras públicas, para cujo início ou prosseguimento ela se destina.
Art. 29. Caberá aos órgãos de contabilidade ou de arrecadação organizar demonstrações mensais da receita arrecadada, segundo as rubricas (identificação da receita ou da despesa de forma pormenorizada), para servirem de base a estimativa da receita, na proposta orçamentária.
Parágrafo único. Quando houver órgão central de orçamento, essas demonstrações ser-lhe-ão remetidas mensalmente.
Art. 30. A estimativa (previsão) da receita terá por base as demonstrações a que se refere o

Outros materiais