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PRATICA JURIDICA III - PROCESSO CIVIL

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PRÁTICA JURÍDICA III – PROCESSO CIVIL
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PRÁTICA JURÍDICA III – PROCESSO CIVIL
Prof. Ricardo Pinha Alonso
ripial@terra.com.br	3433-9699
31/01/2012
Apresentação do plano de ensino:
Módulo I – Processo Constitucional
	- Ação direta de inconstitucionalidade
	- Ação declaratória de constitucionalidade
	- Mandado de segurança
	- Mando de injunção
	- Habeas data
	- Ação popular
	- Ação civil pública
Módulo II – Processo Tributário
	- Embargos à execução
	- Ações declaratórias
	- Ação anulatória de débito
	- Mandado de segurança em matéria tributária
	- Repetição do indébito
	- Consignação em pagamento
	- Outras medidas
Critério de Avaliação:
	Peças práticas (5 pontos) e provas bimestrais (5 pontos).
Bibliografia básica
	- Mandado de Segurança e Ações constitucionais (Hely Lopes Meirelles) Malheiros editores;
	- Curso de Direito Tributário (Hugo de Brito Machado);
	- Legislação: Constituição Federal e Código de Processo Civil.
07/02/2012
Constituição Federal – art. 84, IV; art. 5º, II; art. 150, I.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;
Art. 5º, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
	EXEMPLO: Decreto expedido pelo Presidente da República cria determinado tributo e prevê a cobrança imediata dos contribuintes “A”, “B” e “C”. Publicado o decreto criando-se este tributo. Pode-se dizer que este decreto será contrário à Constituição, uma vez que o decreto não pode criar nada que não tenha sido criado por lei, haja vista, que o decreto não é autônomo. Nesse sentido, pode-se dizer que este decreto será inconstitucional. 
	Sendo que nesse caso, analisando a primeira vista pode-se dizer que haverá uma presunção de constitucionalidade, haja vista que foi produzido por órgão competente, seguiu os requisitos formais. Assim, publicado no diário oficial, ele passará a ter efeitos. Caso os contribuintes da classe “A”, “B” e “C” não façam nada, o decreto produzirá efeitos. Assim, “A” percebendo alguma inconstitucionalidade do decreto procura um advogado para propor uma ação judicial com pedido, onde se pretende o reconhecimento de que a cobrança é indevida. Assim, o advogado deverá fundamentar que a cobrança é inconstitucional com base nos arts. 84, IV; 5º, II; 150, I. 
	Passadas todas as fases neste processo, o juiz sentenciará. Ressalta-se que o interesse de “A” é de que haja o reconhecimento de que a cobrança é indevida. Sendo que para o juiz decidir se a cobrança é indevida ele deverá analisar se o decreto é constitucional ou não (incidente do processo, ou seja, se o juiz não decidir a respeito da constitucionalidade/inconstitucionalidade ele não conseguirá dizer se a cobrança é indevida ou não). Assim, neste caso, se o juiz julgar que o decreto é constitucional, logo, a ação de “A” será improcedente. Por outro lado, caso julgue como inconstitucional, “A” terá procedência em sua ação. Neste caso, o juiz precisou superar este incidente para depois chegar a sua conclusão. 
	Supõe que o juiz tenha julgado no sentido de que a cobrança é indevida e “A” tem sua ação procedente. Assim, “B” e “C” serão prejudicados pelo decreto, haja vista que a sentença do processo de “A” foi uma decisão isolada (entre “A” e União). Neste caso, “B” e “C” também terão que entrar com ação para que não paguem o tributo. 
	Assim, “B” entra com ação para não pagar o tributo, utilizando-se a mesma argumentação de que a cobrança é indevida. Ressalta-se que não há nenhuma garantia de que “B” ganhará a ação, visto que o juiz decidirá de acordo com o seu livre convencimento, porque isto é próprio do controle de constitucionalidade difuso. 
Modelos de controle
I – DIFUSO
	- Incidental: O exame da constitucionalidade não era objeto principal do processo.
- Inter Partes: ou seja, a decisão reflete somente para as partes do processo. 
- Indireto, exceção, defesa, controle concreto.
O controle difuso é "espalhado". Ele é dado indistintamente a todos os órgãos do Poder Judiciário. É o sistema típico do direito norte-americano. Por exemplo: um indivíduo não quer pagar determinado tributo, pois alega que este foi criado por uma lei inconstitucional; ele ajuiza uma ação pedindo ao Poder Judiciário a satisfação do seu direito; o Poder Judiciário, por sua vez, não vai dizer que a lei é inconstitucional para todos, mas apenas para o caso concreto.
II – CONCENTRADO (Hans Kelsen)
O controle concentrado (fechado) é típico da Europa (principalmente na Áustria e na Alemanha). O controle da constituição não é dado a todos os órgãos do Poder Judiciário, mas apenas a um.
Nestes países, existe o Tribunal Constitucional. O juiz, ao julgar um caso concreto em que haja questionamento de uma norma com relação à sua compatibilidade com a Constituição, para o processo e o remete ao Tribunal Constitucional, que decide somente a constitucionalidade em abstrato (em tese). Pelo fato da decisão ser posta em tese, a decisão será principal (e não incidental) declarando a constitucionalidade/inconstitucionalidade que terá efeito “erga omnes”. Após a decisão, o processo volta para o juiz de primeiro grau. 
III – DIFUSO + CONCENTRADO (Brasil)
	Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. (Cláusula de Reserva de Plenário). 
O Brasil também tem o controle concentrado: o STF tem a possibilidade única de julgar a ADIN e a ADC (art. 102 CF).
No nosso Ordenamento Jurídico, o STF julga ADIN e ADC, e o TJ julga representação de inconstitucionalidade, que é a ação direta em nível estadual (art. 125, §2º).
As ações diretas de inconstitucionalidade fazem o controle concentrado da inconstitucionalidade:
- Em nível federal, face à CRFB, pelo STF. (Controle concentrado).
- Em nível estadual, face à Constituição do Estado, pelo TJ. (Controle difuso).
O Brasil reuniu os dois sistemas ao mesmo tempo (controle misto: difuso e concentrado).
14/02/2012 – AULA VAGA
21/02/2012 – RECESSO CARNAVAL
28/02/2012 – AULA LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL - PROF. JAIRO
05/03/2012
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E A AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
ADIN – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
	A competência para processar a ADIN é do Supremo Tribunal Federal (uma vez que este é o guardião da CF; responsável pela autoridade da norma constitucional, pela harmonia sistemática das normas). 
	Legitimação: art. 103 CF. Segundo tal artigo quem poderá propor a ADIN são: o Presidente da República; a Mesa do Senado Federal; a Mesa da Câmara dos Deputados; a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; o Governador de Estado ou do Distrito Federal; o Procurador-Geral da República; o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; partido político com representação no Congresso Nacional; confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
	A questão da pertinência temática: somente em determinadas circunstâncias ocorrerá a ADIN, ou seja, o STF coloca a exigência da demonstração de interesse, isto é, a pertinência temática. 
	Nesse sentido, pode-se dizer que há legitimados universais e especiais. Os legitimados universais podem propor a ADIN sobre qualquer assunto. São eles: o Presidente da República, as Mesas do Senado e da Câmara de Deputados, o Procurador-Geral da República, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e o partido político com representação no Congresso Nacional. Os legitimados especiais sópodem propor ADIN sobre determinado interesse, ou seja, pertinência temática. Os que possuem pertinência temática são: os governadores de estado, as mesas das assembléias legislativas (estado) ou câmara legislativa (DF) e a confederação sindical e a entidade de classe.
O posicionamento da OAB: o art. 103 traz como legitimado o Conselho Federal da OAB. Por ser entidade de âmbito nacional, a OAB não sofre limitações, ou seja, pode propor ação para proteger a classe dos advogados, como também poderá propor ADIN de outros interesses, tendo relação direta com a estabilidade democrática, assim, pode-se dizer que a legitimidade da OAB é universal. 
	Competência: art. 102, I, a CF. A competência para processar e julgar a ADIN é do Supremo Tribunal Federal, sendo competência originária. 
	Objeto: compete ao STF processar e julgar a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal (art. 102, I, a CF). 
	A CF se refere à lei ou ato normativo federal ou estadual, nesse sentido, não há controle de constitucionalidade de leis municipais que violam a CF por meio de ADIN no STF, uma vez que estão sujeitas ao controle difuso (1ª instância), podendo chegar ao STF somente por recurso extraordinário (art. 52, X, CF). 
	Em relação as leis distritais (produzida pelo DF que tem competência estadual e municipal), deverá ser verificado se a lei produzida tem natureza de lei estadual (trata de competência própria do estado), nesse caso, sujeitar-se-á ao controle concentrado do STF. Por outro lado, o Distrito Federal poderá produzir uma lei que tem natureza de lei municipal, nesse caso, estará sujeito ao controle difuso, podendo chegar ao STF somente pro meio de recurso extraordinário. Assim, deverá verificar a matéria tratada na lei distrital para saber se esta se sujeitará ao controle concentrado ou difuso. 
	Os decretos do executivo é um ato normativo, apesar de ser produzido pelo executivo. Caso o decreto do executivo contrarie uma lei (é ilegalidade), ou seja, o decreto é incompatível com uma lei, nesse caso, se sujeitará ao controle difuso (1ª instância), podendo chegar ao STF por meio do recurso extraordinário. Por outro lado, caso o decreto do executivo contraria diretamente a CF, nesse caso, se sujeitará ao controle concentrado. Assim, dependerá do tipo de decreto e do seu vínculo (lei ou CF diretamente). 
	Em outras palavras, o decreto do poder executivo, dependendo do parâmetro a que se refere será ou não levado ao STF por meio do controle concentrado. Se o decreto foi produzido com o intuito de regular uma lei, a incompatibilidade será resolvida no plano da ilegalidade e não será caso de controle concentrado. Se, por outro lado, o decreto foi produzido com a finalidade de regulamentar o próprio texto constitucional, poderá ser considerado inconstitucional e possível objeto de ADIN no STF. 
	As leis produzidas antes da Constituição, e se tornaram incompatíveis com a CF/88, ou seja, que não foram recepcionadas pela CF, ocorrerá a revogação. Assim, nesse caso, não se fala em inconstitucionalidade, haja vista, o que foi produzido antes da CF não interessa ao STF, sendo este um problema de revogação e não de inconstitucionalidade. Assim, normas pré-constitucionais não se sujeitam ao controle concentrado no STF. 
	
	As leis revogadas após o ajuizamento da ADIN, ou seja, uma lei produzida após a CF/88, produzindo efeitos durante um tempo, entretanto, havia no STF uma ADIN dessa lei. Assim, quando do julgamento da ADIN, a lei não existir mais, logo, não haverá mais interesse do STF, ocorrendo a perda superveniente do objeto, haja vista que ela já foi revogada. 
Julgamento da ADIN: previsto pela Lei nº 9.868/1999 em seu art. 22 e ss. 
Efeitos da ADIN: tem efeito erga omnes (contra todos); vinculantes: obrigação a todo o judiciário e administração pública federal, estadual ou municipal (direta ou indireta). E ainda tem efeito ex tunc, ou seja, efeitos retroativos, ressaltando que o STF poderá, por maioria de dois terços de seus membros, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, restringir os efeitos da declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado (art. 27 da Lei nº 9.868/1999). 
Finalidade: a finalidade da ADIN é retirar do sistema jurídico as normas em desacordo com a Constituição, para garantir a harmonia do sistema jurídico e a supremacia da CF. 
	Procurador Geral da República: ele participa necessariamente do processo do controle concentrado do STF (art. 103, §1º CF).
	Advogado Geral da União: é um curador de presunção de constitucionalidade das leis. Ou seja, o Advogado-Geral da União é obrigado a realizar a defesa do ato impugnado (art. 103, §3º da CF). 
06/03/2012
ADECON – AÇÃO DIRETA DE CONSTITUCIONALIDADE
	Legitimação: são os mesmos que detém a legitimação para ADIN, previsto no art. 103 da CF.
	Competência: é do Supremo Tribunal Federal, art. 102, I, ‘a’ da CF. 
	Objeto: só pode ser objeto da ADECON leis ou atos normativos federais. 
Requisito específico: a ADECON tem como requisito específico a necessidade da demonstração da controvérsia judicial relevante que põe em risco a presunção de constitucionalidade do ato normativo ou lei federal em questão. Em outras palavras, a existência de controvérsia judicial relevante é imprescindível pois constitui elemento fundamental para que a ação possa ser recebida e conhecida. 
	Finalidade: acabar com a incerteza quanto à constitucionalidade da lei (controvérsia judicial relevante). 
Julgamento: para que haja o julgamento é necessário que estejam presentes 8 ministros. Para a declaração de constitucionalidade necessitará da maioria absoluta, ou seja, 6 votos. Previsto pela Lei nº 9.868/1999 em seu art. 22 e ss. 
	Efeitos: erga omnes e vinculantes. 
ADIN E ADECON – natureza dúplice
	ADIN é proposta, o STF depois de processada a ação, julga procedente o mérito, ou seja, declarando a inconstitucionalidade. Por outro lado, quando o STF julga improcedente o mérito, nesse caso, expedirá uma declaração de constitucionalidade. Assim, a ADIN poderá repercutir, ou seja, poderá ser julgada procedente (declaração de inconstitucionalidade) ou improcedente (declaração de constitucionalidade).
	O mesmo vale para a ADECON, ou seja, julgado o mérito como procedente, ter-se-á uma declaração de constitucionalidade. Por outro lado, caso o STF julgue improcedente o mérito da ADECON, nesse caso, expedirá declaração de inconstitucionalidade. 
TS 01 – CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE – PROCESSO CONSTITUCIONAL 
Artigos 7º, 11 21 24 e 26 da Lei nº 9.868/1999.
13/03/2012
MANDADO DE SEGURANÇA
Art. 5º, LXIX CF
“Conceder-se-á mandando de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público”. 
Fundamento constitucional: art. 5º, LXIX CF. 
Fundamento legal: lei nº 12.016/2009: “Art. 1o  Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça”. 
Requisitos:
Natureza: ação civil de rito sumário especial: ele tramitará pelo rito sumário, uma vez que não se tem uma fase interna de instrução processual, haja vista que a pessoa já o propõe com uma prova pré-constituída. 
Petição inicial – CPC – art. 282: o mandado de segurança deverá seguir os requisitos previstos no art. 282 do CPC, ou seja, não mais é do que uma petição inicial. 
Competência: territorial (sede da autoridade)
Partes (qualificação):o mandado de segurança será impetrado contra a autoridade pública que praticou a ilegalidade ou abuso de poder. 
Fatos: descrever os fatos de acordo com o caso concreto. 
Fundamentos jurídicos: a parte deverá desenvolver a fundamentação com base na doutrina, jurisprudência, analogia. Difere da fundamentação legal (esta é baseada somente na legislação). Enquanto que a fundamentação jurídica deve ser baseada na doutrina, jurisprudência, analogias, com uma fundamentação sólida, convincente. 
Pedidos
	- Notificação da autoridade impetrada: a autoridade será notificada para prestar informações (art. 7º, I da Lei 12.016/09).
	- Procedência da ação (MS preventivo / MS repressivo): deverá especificar o pedido, ou seja, o pedido de procedência, devendo analisar se será repressivo (autoridade já praticou o ato e deverá corrigi-lo) ou preventivo (autoridade está em iminência de praticar o ato e impedir de praticá-lo).
	- Liminar – art 7º, III da Lei nº 12.016/2009: dispõe que é possível ao juiz suspender o ato que deu motivo ao MS se houver fundamento relevante (fumus boni iuris) e risco de ineficácia da medida (periculum in mora). Presentes tais requisitos, cabe liminar em MS.
Art. 7º, III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. 
	- Produção de provas – pré-constituídas: ou seja, no MS, as provas são pré-constituídas (documentais), não podendo pedir outros tipos de provas. 
	- Sucumbência – não há honorários: quando for fazer o pedido da sucumbência, deverá ser excluído o pedido de honorários advocatícios, uma vez que este não é devido (art. 25 da Lei nº 12.016/09).
	- Intimação do órgão de representação judicial da pessoa jurídica: por fim, deverá pedir a intimação do órgão que se vincula a autoridade. 
Valor da causa: toda petição inicial tem valor da causa, assim, o MS deverá conter também o valor da causa. 
TS 02 – MANDADO DE SEGURANÇA
ENTREGAR DIA 27/03/2012 
20/03/2012 – PALESTRA CÓDIDO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
27/03/2012
DA LIMINAR – mandado de segurança 
	Art. 7º, III da Lei 12.016/09:
	III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica.
Requisitos objetivos: 
A – FUMUS BONI IURIS – está presente no fundamento relevante. Deve haver um fundo de existência de direito que é alegado pela parte. 
B – PERICULUM IN MORA – se o juiz não concede a liminar, a sua sentença será eficaz? Ou seja, o juiz deve analisar o perigo da demora, deve analisar a iminência da perda do direito para conceder a liminar. Sua finalidade é que o direito não se perca. 
São requisitos objetivos, existindo independentemente da análise do juiz. Ou seja, se forem demonstrado na inicial, o juiz deve conceder a liminar. Caso contrário, ou seja, mesmo presentes os requisitos e o juiz não concede, caberá agravo de instrumento contra tal decisão. (vide art. 527 do CPC). 
Ato ilegal ou abusivo
	1 – a lei está de acordo com a constituição, mas o ato contraria a lei
	2 – a lei está de acordo com a constituição e prevê um direito não concedido pela autoridade.
	3 – a lei contraria a constituição e é cumprida pela autoridade administrativa. 
CONSTITUIÇÃO -> LEI -> ATO
Não é possível impetrar MS contra a CF nem contra lei.
Sendo possível impetrar somente contra ato praticado por autoridade. 
1 - Lei de acordo com a Constituição. Mas quando o ato é praticado contrariando a lei. Nesse caso, o ato é ilegal. Quando a autoridade deveria fazer e deixa de fazê-lo, assim, quando a lei estabelecendo requisitos e determina que a autoridade pratique determinado ato e esta não o pratica, caberá mandado de segurança. 
TS 03 – QUESTÕES – MANDADO DE SEGURANÇA
03/04/2012 – TRABALHO EM SALA – EXAME UNIFICADO VI
DIREITO TRIBUTÁRIO
PEÇA: Ação de Repetição de Indébito – art. 165 CTN
ENDEREÇAMENTO: Fazenda Pública – Justiça Estadual
PARTES: Hotel Boa Hospedagem Ltda. X Município
FUNDAMENTOS: art. 165 CTN; art. 150, III, ‘b’ e ‘c’ da CF; art. 166 CTN; Súmula 546 STF.
DIREITO CONSTITUCIONAL
Esculápio da Silva, brasileiro, casado, engenheiro, domiciliado na capital do Estado de WYK, é comunicado por amigos que a Administração do Estado está providenciando um plano de obras custosas e pretendendo que elas sejam entregues, independentemente de licitação, a empresas com vínculos pessoais com dirigentes do seu partido político. Os valores correspondentes às obras são incluídos no orçamento, observado o devido processo legislativo. Quando da realização das obras, aduz a necessidade de urgência diante de evento artístico de grande repercussão a realizar-se em aproximadamente um ano, o que inviabilizaria a realização de procedimento licitatório e designa três empresas para repartir as verbas orçamentárias, cabendo a cada uma realizar parte da obra preconizada. As empresas Mastodonte S.A., Mamute S.A. e Dente de Sabre S.A. aceitam, de bom grado, o encargo e assinam os contratos com a Administração. O valor das obras corresponde a um bilhão de reais. Inconformado com esse fato, Esculápio da Silva, cidadão que gosta de participar ativamente da defesa da Administração Pública e está em dia com seus direitos políticos, procura orientação jurídica e, após, resolve ajuizar a competente ação.
Na qualidade de advogado, elabore a peça cabível, observando: a) competência do juízo; b) legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados; d) os requisitos formais da peça; e) tutela de urgência.
PEÇA: Ação Popular com fundamento no art. 5º, LXXIII e na Lei 4717/65.
AUTOR: Esculápio da Silva
RÉUS: Governador do Estado WYK, Estado WYK, Mastodonte S.A, Mamute S.A e Dente de Sabre S.A.
FUNDAMENTOS jurídicos principais: art. 37, XXI, 37, caput (princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade), art. 2º da Lei 8666/93, art. 2º, “b”; “e”, art. 4º, III, “a”, ambos da Lei 4717/65.
ENDEREÇAMENTO: Juiz de Direito da Comarca da Capital do Estado WYK. 
PEDIDO: Pedido de tutela antecipada com base no art. 273, do CPC. É possível a adoção da fungibilidade para aceitar o pedido de liminar/cautelar.
VALOR DA CAUSA: um bilhão de reais.
DIREITO ADMINISTRATIVO
Francisco de Tal é proprietário de uma área de 2.000 m² situada bem ao lado da sede da Prefeitura do Município de Bugalhadas. Ao se aposentar, no ano de 2003, cansado da agitada vida da Cidade de São Paulo, onde reside, Francisco resolveu viajar pelo mundo por ininterruptos três anos.
Ao retornar, Francisco descobre que o Município de Bugalhadas iniciou em 2004, sem sua autorização, obra em seu terreno para construção de um prédio que servirá de apoio às atividades da Prefeitura. A obra já se encontra em fase bem adiantada, com inauguração prevista para o início do próximo mês.
Francisco procura-o, na qualidade de advogado(a), para identificar e minutar a medida judicial que pode ser adotada para tutelar seus direitos. A medida judicial deve conter argumentação jurídica apropriada e desenvolvimento dos fundamentos legais do instituto jurídico contido no problema, abordando necessariamente: i) competência do órgão julgador; ii) a natureza da pretensão a ser deduzida por Francisco; iii) a observância do prazo prescricional; iv) incidência de juros.
PEÇA: Ação de Indenização por desapropriação indireta 
AUTOR: Francisco de tal
RÉU: município de Bugalhadas
COMPETÊNCIA: justiça estadual da comarca de Bugalhadas
PEDIDO: Pedido de indenização
FUNDAMENTOS: art. 5º XXIV CF; art. 35 do Decreto Lei 3.365/41; Súmula 119 STF. 
10/04/2012 - PROVA
17/04/2012 – PROVA24/04/2012 - CORREÇÃO E ENTREGA DAS PROVAS
01/05/2012 – FERIADO
08/05/2012
RECURSOS
- Apelação
- Agravo
	Retido
	Instrumento
- Recurso especial:
- Recurso extraordinário
	Repercussão geral
	Súmulas vinculantes
I – APELAÇÃO
a. Cabimento (art. 513)
Da sentença caberá apelação: A apelação é uma espécie de recurso interposta contra sentença proferida por juiz de primeiro grau, buscando a sua reforma ou invalidação.
	Sentença é um ato que coloca fim ao processo, ainda que não coloque fim ao litigio, uma vez que pode ser com ou sem resolução do mérito. 
b. Recurso em duas fases 
1ª fase – Interposição
	Ao juízo da sentença: A apelação é interposta no juízo "a quo" (primeiro grau), que recebe a apelação e faz o primeiro juízo de admissibilidade. O juízo de admissibilidade é o juízo sobre a possibilidade de examinar o que foi pedido na apelação.
Recebimento do recurso: Quando o apelante encaminha a apelação ao juiz que proferiu a sentença, este faz um juízo de admissibilidade prévio que tem natureza declaratória, pois vai admitir ou não o recurso e sua subida para o tribunal. No momento em que a apelação é apresentada ao juiz de primeiro grau, este analisa alguns requisitos para verificar se pode ou não admitir o recurso. São eles: a tempestividade, o preparo, a legitimidade, a regularidade formal, entre outros. 
Tempestividade: A lei prescreve prazo para a interposição de cada recurso e a tempestividade demonstra que o recurso foi interposto dentro do prazo fixado por lei. O CPC fixa para a apelação 15 dias
Preparo: O preparo é o pagamento das despesas relacionadas ao processamento do recurso (custas, porte de remessa e retorno dos autos e despesas postais). 
	Legitimidade: O CPC determina que as partes (principalmente a sucumbente), terceiro prejudicado e o Ministério Público têm legitimidade para interpor a apelação.
	Regularidade formal: A apelação deve ser interposta de forma escrita, conter as razões, os fundamentos e a assinatura do advogado. 
	Após a análise dos requisitos de admissibilidade, o juiz pode tomar duas atitudes:
a) Admitir o recurso de apelação: hipótese em que declara os efeitos em que a recebe (suspensivo ou devolutivo) e abre vista ao apelado para responder;
b) Inadmitir o recurso de apelação: hipótese em que cabe agravo de instrumento (art. 522, CPC).
	Efeitos recursais: A apelação pode ser recebida em dois efeitos: devolutivo e suspensivo. Em regra a apelação tem efeito suspensivo, ou seja, suspendem-se os efeitos da decisão recorrida; e efeito devolutivo, ou seja, mesmo com a interposição da apelação, a sentença produz seus efeitos.
	Coleta da resposta: O juiz concede ao apelado 15 dias para responder à apelação. Após a resposta, o CPC permite um novo juízo de admissibilidade. 
	Remessa dos autos ao Tribunal competente: após essas fases anteriores, o juiz enviará os autos para o Tribunal competente. 
2ª fase – Razões recursais 
A apelação é interposta perante o juiz prolator da sentença por meio de petição. Nesta peça devem conter as razões do recurso e deve necessariamente conter:
- Os nomes e a qualificação das partes. 
- Os fundamentos de fato e de direito pelos quais a parte não concorda com a decisão. A apelação é um recurso de fundamentação livre, ou seja, qualquer questão pode ser alegada pelo apelante.
- O pedido de nova decisão com a reforma ou invalidação da sentença proferida pelo juiz de primeiro grau.
	
Pedido:
	Provimento do recurso para:
		- Reforma da decisão com a alteração do resultado. (nesse caso haverá alteração do resultado, de improcedente para procedente ou vice-versa). 
		- Anulação da decisão (sentença) com a devolução dos autos à origem para sua sentença. Nesse caso não houve resolução do mérito, assim, não se pede a reforma da decisão para a alteração do resultado, mas sim a anulação da sentença, para que devolva os autos à sua origem para sua sentença. 
A teoria da causa madura: a sentença pode ser fundamentada no art. 267 ou 269 do CPC. Nos casos de extinção do processo sem resolução do mérito (art. 267), com a interposição da apelação, o tribunal pode julgar a lide desde que presentes dois requisitos:
	
- A matéria deve ser exclusivamente de direito. Se houver questão de fato, e desde que devidamente provados poderá ser aplicado a teoria da causa madura, caso contrário deve voltar para o juízo "a quo" para ser julgado.
- O processo deve estar em condições de imediato julgamento.
Art. 515. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
§ 3o Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito (art. 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento. 
Esse tema envolve o duplo grau de jurisdição, uma vez que de acordo com este artigo, a parte teria somente uma decisão de mérito, não tendo o direito ao duplo grau de jurisdição neste caso. 
TS 04 – RECURSO DE APELAÇÃO
Fundamentos:
- Súmula vinculante nº 28 do STF
	- Art. 38 da Lei nº 6830
	- Art. 267, IV do CPC
	- Art. 5º, XXXV da CF
Competência: 4ª Vara das Fazendas Públicas da Comarca de São Paulo
Fatos: descrição.
Fundamentos: súmula vinculante nº 28 STF. A lei 6830 estaria elitizando o judiciário, indo contrário ao artigo 5º, XXXV da CF/88, uma vez que a lei não pode criar obstáculo de acesso ao Judiciário, muito menos obstáculo econômico para acesso a ele. 
Pedido: deve ser de anulação da sentença, remetendo os autos para o juiz de 1º grau. 
ENTREGA DIA 22/05/2012
Contra a sentença terminativa o candidato deve apresentar recurso de apelação, visando a anulação da sentença (e não a sua reforma), com a consequente remessa dos autos ao Juízo "a quo", para a respectiva análise do mérito da questão.
15/05/2012 – AULA DE LEGISLAÇÃO ESPECIAL
22/05/2012
AGRAVO RETIDO E AGRAVO DE INSTRUMENTO
Sentença – arts. 513 e ss. 
	Segundo artigo 513 da sentença caberá apelação, nunca agravo. 
Decisões interlocutórias -> arts. 522 ss.
O agravo é o recurso cabível contra decisões interlocutórias, ou seja, aquelas decisões que não visam dar fim ao processo, mas resolver uma questão incidente.
Não são apenas as decisões de primeiro grau é que seriam passíveis de agravo. Nos tribunais superiores, algumas decisões interlocutórias tem previsão no CPC de cabimento do agravo.
Pelas peculiaridades desta situação, normalmente são regidas por normas próprias, mas de forma geral, observam as regras do agravo previstas nos arts. 522 e seguintes do CPC.
Despachos de mero expediente
Não tem carga decisória, assim, não provocam prejuízos às partes, logo, dos despachos de mero expediente não caberá agravo.
*** AGRAVO RETIDO
Necessidade de requerimento expresso na preliminar do recurso de apelação
Após a edição da Lei nº 11.187/05, os agravos devem ser interpostos na modalidade retida, ou seja, constarão dos autos e somente serão conhecidos pelo tribunal caso seja requerido como preliminar em apelação, conforme determina o art. 523, caput do CPC: Art. 523. Na modalidade de agravo retido o agravante requererá que o tribunal dele conheça, preliminarmente, por ocasião do julgamento da apelação.
Destaca-se que esta modalidade de agravo é dirigida diretamente para o juiz da causa, requerendo que o mesmo permaneça nos autos, sendo apreciado, conforme já dito, pelo tribunal quando existir requerimento em sede de preliminar de apelação.
Caso não seja ratificado em apelação, haverá a desistência tácita do agravo. E ainda, não havendo apelação, prejudicado estará o referido recurso, em virtude da relação de dependência existente entre eles.
Cumpre destacar que o agravo, na modalidade retida, independe de preparo, ou seja, pagamento de custas, conforme determina o art. 522, parágrafo único.
Formalidades
Como o agravo retido permanece nos autos não há maiores preocupações com a formalidade do recurso.
Deverá constar a exposiçãodo fato e do direito e as razões do pedido de reforma da decisão. Além disso, há necessidade de indicar qual a decisão atacada e as peças dos autos que elucidem a sua fundamentação, nos termos do art. 524 do CPC.
Normalmente é interposto de forma escrita, mas caso a decisão a ser atacada seja proferida em audiência de Instrução e Julgamento, o agravo deve ser interposto imediata e oralmente, constando no termo, conforme anuncia o art. 523, §3º. Nesse caso, o agravante também deverá requer, preliminarmente em sede de apelação, que o tribunal conheça o referido recurso.
Caso a parte não agrave oralmente sobre alguma decisão decorrente de audiência de instrução e julgamento, precluso estará o direito a fazê-lo, estando, pois impedido de peticionar no prazo de 10 dias.
O agravado, nesse caso, também deverá apresentar contrarrazões oralmente, mantendo o necessário princípio da isonomia entre as partes.
Prazo: 10 dias.
Observação: o agravo retido ocorre para processos em primeira instância, e via de regra, não são cabíveis para decisões em processos que estão em julgamento nos tribunais.
*** AGRAVO DE INSTRUMENTO
Somente será aceito o agravo na modalidade agravo de instrumento, quando a decisão impugnada for suscetível de causar à parte lesão de grave e difícil reparação ou no caso de inadmissão de apelação ou nos efeitos em que a mesma for recebida.
Nesses casos, o agravo de instrumento será aceito, conforme anuncia o art. 522, 2ª parte.
Art. 522. Das decisões interlocutórias caberá agravo, no prazo de 10 (dez) dias, na forma retida, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida, quando será admitida a sua interposição por instrumento.
Requisitos formais
A noção de lesão grave e de difícil reparação se refere ao periculum in mora, quando a situação demanda urgência na solução, que não pode aguardar um futuro julgamento de uma apelação. Não há necessidade de que a situação seja irreparável, mas que seja grave e muito onerosa a restauração.
O certo é que este requisito foi uma forma encontrada pelo legislador de limitar os casos de cabimento do agravo de instrumento às situações de urgência.
	
O agravo de instrumento deverá ser feito mediante petição dirigida ao Tribunal, uma das diferenças para os demais recursos, que normalmente são dirigidas ao juízo de origem para ser feito o juízo de admissibilidade, e posteriormente, enviadas à apreciação do Tribunal.
A petição de agravo constará os requisitos previstos no art. 524 do CPC:
Art. 524. O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, através de petição com os seguintes requisitos: 
I - a exposição do fato e do direito; 
II - as razões do pedido de reforma da decisão; 
III - o nome e o endereço completo dos advogados, constantes do processo.
Art. 525. A petição de agravo de instrumento será instruída: 
I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado; 
II - facultativamente, com outras peças que o agravante entender úteis.
Comunicação ao juízo da decisão recorrida
De acordo com o preceito do art. 526 do CPC, o agravante deverá, ainda, no prazo de 03 dias, prestar informações sobre a interposição do agravo ao juízo de origem sob pena de inadmissão do agravo, caso arguido e provado pelo agravado, conforme anuncia o art. 526, parágrafo único do CPC.
Nessas informações o agravante deverá juntar cópia do recurso e comprovante da interposição, que conste toda a relação de documentos que instruíram o agravo.
Processamento no Tribunal
Ao receber o agravo no Tribunal, o relator poderá tomar as seguintes medidas, dependendo do caso:
- Negar seguimento liminarmente, quando ocorrer alguma hipótese prevista no art. 557 do CPC;
- Converter o agravo de instrumento em agravo retido, remetendo ao juízo de origem para serem apensados aos autos principais, conforme determina o art. 527, II do CPC;
- Conceder efeito suspensivo ao recurso, nas hipóteses previstas no art. 558 do CPC ou antecipação de tutela da pretensão recursal, comunicando ao juiz de origem a sua decisão, para que suste o cumprimento da decisão interlocutória, nos termos do art. 527, III do CPC;
- Requisitar informações ao juízo de origem, que as prestará no prazo de 10 dias, nos termos do art. 527, IV do CPC.
- Determinar a intimação do agravado para apresentar resposta no prazo de 10 dias, concedendo ao mesmo a possibilidade de juntar aos autos as peças que julgar conveniente, nos termos do art. 527, V do CPC.
- Poderá requisitar parecer do Ministério Público, que terá o prazo de 10 dias para se manifestar, conforme dispõe o art. 527, VI do CPC.
TS 05 – AGRAVO DE INSTRUMENTO 
Agravante: João da Silva
Fundamentos:
- Lesão irreparável ou de difícil reparação
	- Pedido de efeito suspensivo – art. 527, III do CPC.
	- 
Competência: Tribunal de Justiça – andamento pela Comarca de Sorocaba
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
Fatos: descrição.
Fundamentos: fazer pedido de efeito suspensivo conforme art. 527, III CPC, uma vez que se não for dado efeito suspensivo, o saldo de salário será penhorado. 
Pedido: 
ENTREGA DIA 05/06/2012
RECURSO ESPECIAL
	Pode ser chamado de recurso excepcional, uma vez que é um recurso específico, podendo ser utilizado somente nos casos previstos na CF/88. 
Cabimento – art. 105, III, ‘c’ da CF:
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
O Recurso Especial tem a função de manter a unidade e autoridade da legislação federal, haja vista a existência de inúmeros órgãos judicantes que podem ter diferentes interpretações das normas emanadas da união.
O mero inconformismo da parte com determinada decisão não é suficiente para interpor Recurso Especial, mas sim, a uma questão política que vise a discussão sobre uma questão federal controvertida.
Pressupostos - Cabimento
- Decisão recorrida de tribunal
	Somente caberá recurso especial da decisão de Tribunal conforme estabelece artigo 105, caput da CF.
Só é cabível contra acórdão dos tribunais. Não se admite sua interposição contra decisão de primeira instância, ainda que seja proferido em causas de alçada (em única instância).
OBS.: Além disso, convém destacar que não cabe REsp contra decisão das turmas recursais, ou seja, órgãos de segundo grau dos juizados especiais, nos termos da súmula 203 do STJ: “Não cabe recurso especial contra decisão proferida, nos limites de sua competência, por órgão de segundo grau dos Juizados Especiais.”
- Necessidade de esgotamento dos recursos normais 
	Ou seja, não há outro recurso possível para ser interposto, ou seja, se não for o recurso especial a decisão transitará em julgado.
	Em outras palavras, o referido recurso somente será cabível quando tiverem se esgotado os recursos ordinários previstos na legislação processual vigente.
Para interpor um Recurso especial a parte deve, anteriormente, prequestionar a matéria, ou seja, há necessidade de ter havido um debate anterior sobre a as alegações do recurso.
- Matéria deve ter sido expressamente examinada pelo tribunal
	Ou seja, para que se possa interpor REsp a matéria deve ter sido examinada pelo Tribunal, ou seja, o Tribunal deve se pronunciar sobre a lei federal. 
- Apenas matéria de direito
	Somentepode ser levado ao STJ matéria de direito, ou seja, os fatos devem estar antes provados, devendo ser apreciado pelo STJ somente matéria de direito a respeito da aplicação da lei federal. 
- Direito estadual / municipal não se sujeita ao STJ
- Decisão confrontada 
	A interpretação divergente deve ser de outro Tribunal para que seja admitido o REsp.
	Ainda, essa decisão divergente deve necessariamente ser uma decisão definitiva. 
E não pode encontrar-se superada. Exemplo: Tribunal A aplicou uma lei federal de uma forma X. Um Tribunal B aplica a mesma lei federal de uma forma Y. Ocorre que em uma outra decisão o Tribunal A passa a decidir da forma Y (sua jurisprudência atual mudou da forma X para Y). Em outras palavras, a decisão confrontada se não for uma decisão atual não será admitido o REsp. 
- Não pode ser do mesmo tribunal
	Ou seja, para ser admitido REsp a divergência deve ser entre os Tribunais, não de suas Câmaras, por exemplo, 1ª Turma do TRF 1ª Região decide de uma forma e a 2ª Turma do TRT 1ª Região decide de outra forma, nesse caso, não caberá REsp uma vez que as decisões embora divergentes pertencem ao mesmo TRF. 
Efeito devolutivo: a interposição do recurso especial gera apenas o recurso devolutivo. 
Prazo: é de 15 (quinze) dias, perante o presidente ou vice-presidente do tribunal o qual emanou a decisão, nos termos do art. 541 do CPC. 
Uma vez recebido o recurso, abre-se vista a parte contrária para contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias. Somente após o contraditório é que será feita a análise de admissibilidade do recurso
Exemplo de lei que pode trazer divergências em sua interpretação de acordo com o caso concreto e que pode ensejar o Recurso Especial:
Lei 8009/1990 - Art. 1º: O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei.
05/06/2012 – TRABALHO EM SALA
	TS 06 
JULHO – FÉRIAS
3º BIMESTRE
07/08/2012
PROCESSO TRIBUTÁRIO
Considerações iniciais
	- Processo civil aplicado
As medidas judiciais para defesa do suposto devedor:
	- Como identifica-las (seus elementos formais)
	- As partes (legitimidade ativa e passiva)
	- As regras de competência 
	- A estrutura formal
	- Os pedidos
Identificação das medidas
I – Embargos à execução (art. 16 da Lei nº 6.830/1980)
	Quando se estiver diante dos fatos narrados, o primeiro passo será analisar se o suposto devedor já está sendo executado judicialmente (execução fiscal). Sendo que para saber se a pessoa está sendo executada deve-se analisar se este suposto devedor já foi citado.
Ressalta-se que para embargar a execução, mais do que a citação necessita-se que o devedor já teve algum bem seu penhorado. Assim, pode-se dizer que os embargos à execução será cabível quando este suposto devedor já foi citado para a execução e para oferecer bens à penhora. 
Em outras palavras, embargos à execução é medida judicial adequada para que o suposto devedor possa resistir à cobrança judicial do crédito executado pelo fisco. Será proposto pelo executado quando citado da execução e intimado da penhora sobre seus bens. 
	
II – Ação anulatória do débito (art. 38 da Lei 6.830/1980)
	Caso um suposto devedor diga ao advogado que ele ainda não foi citado e não teve seus bens penhorados. Entretanto, o suposto devedor diz que foi notificado administrativamente para pagar respectivo valor, ou seja, ele recebeu uma cobrança administrativa. Nesse caso, se ele não pagar ele passará a ser executado. Em outras palavras, o credor em primeiro lugar tenta receber administrativamente, antes de entrar com a execução judicial. 
	Assim, caso o suposto devedor ainda não tenha recebido a citação nem seja intimado da penhora, mas tenha recebido tão somente a notificação de uma cobrança administrativa, nesse caso, a medida judicial cabível é de ação anulatória do débito ou ação anulatória de lançamento. 
	Em outras palavras, a ação anulatória do débito fiscal (ou ação anulatória do lançamento) é a medida judicial cabível para resistência contra a cobrança administrativa do crédito da qual tenha sido o devedor notificado. A ação processa pelo rito ordinário e investe contra cobrança efetivamente realizada e precede à execução. 
III – Ação declaratória negativa (art. 4º, I CPC)
	Se não há execução nem cobrança administrativa, mas o suposto devedor sabe que vai receber futuramente uma cobrança administrativa e quer logo se livrar desse débito. Nesse caso, a medida judicial cabível é a Ação declaratória negativa conforme artigo 4º, I do Código de Processo Civil. 
	Em outras palavras, a ação declaratória negativa é ação de que dispõe o suposto devedor para impedir a cobrança que ainda não se concretizou. Por meio desta ação busca o devedor uma declaração judicial de que não existe relação jurídica entre ele e a Fazenda Pública (Nacional, Estadual ou Municipal).
	EXEMPLO PARA IDENTIFIÇÃO DESSAS 03 MEDIDAS: Lei criada em divergência ao artigo 150, IV CF (ex.: IPVA com alíquota de 50%), logo, esta lei é inconstitucional, entretanto, até ela ser declarada inconstitucional vai levar algum tempo. O contribuinte recebe comunicado para pagar o tributo criado por lei, mas fica inerte. Passado algum tempo, recebe citação para pagar ou nomear bens à penhora. Nesse caso, a medida seria embargos à execução com o fundamento de inconstitucionalidade da lei criada.
	Caso o contribuinte tivesse procurado um advogado quando tivesse sido comunicado do tributo, nesse caso, a ação cabível era de ação anulatória do débito com fundamento de inconstitucionalidade também, uma vez que a ação somente muda pois o momento de entrada é diferente.
	E ainda, caso o contribuinte tivesse procurado um advogado antes mesmo de ser comunicado para pagamento do tributo, nesse caso, a ação cabível é a ação declaratória negativa ou ação declaratória de inexistência jurídica, utilizando como argumentação jurídica a inconstitucionalidade da lei criada.
	Enfim, deve ser analisado o momento do contribuinte, ou seja, se já está em execução, se está sendo cobrado administrativamente ou não, uma vez que todas serão uma petição inicial com os mesmo fundamentos, alterando-se somente a medida judicial de acordo com o momento da situação. 
28/08/2012
IV – Mandando de Segurança (art. 5º, LXIX CF)
Art. 5º, LXIX - “Conceder-se-á mandando de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público”. 
Fundamento constitucional: art. 5º, LXIX CF. 
Fundamento legal: lei nº 12.016/2009: “Art. 1o  Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça”. 
Requisitos:
Natureza: ação civil de rito sumário especial: ele tramitará pelo rito sumário, uma vez que não se tem uma fase interna de instrução processual, haja vista que a pessoa já o propõe com uma prova pré-constituída. 
Petição inicial – CPC – art. 282: o mandado de segurança deverá seguir os requisitos previstos no art. 282 do CPC, ou seja, não mais é do que uma petição inicial. 
Competência: territorial (sede da autoridade)
Partes (qualificação): o mandado de segurança será impetrado contra a autoridade pública que praticou a ilegalidade ou abuso de poder. 
Fatos: descrever os fatos de acordo com o caso concreto. 
Fundamentos jurídicos: a parte deverá desenvolver a fundamentação com base na doutrina,jurisprudência, analogia. Difere da fundamentação legal (esta é baseada somente na legislação). Enquanto que a fundamentação jurídica deve ser baseada na doutrina, jurisprudência, analogias, com uma fundamentação sólida, convincente. 
Pedidos
	- Notificação da autoridade impetrada: a autoridade será notificada para prestar informações (art. 7º, I da Lei 12.016/09).
	- Procedência da ação (MS preventivo / MS repressivo): deverá especificar o pedido, ou seja, o pedido de procedência, devendo analisar se será repressivo (autoridade já praticou o ato e deverá corrigi-lo) ou preventivo (autoridade está em iminência de praticar o ato e impedir de praticá-lo).
	- Liminar – art 7º, III da Lei nº 12.016/2009: dispõe que é possível ao juiz suspender o ato que deu motivo ao MS se houver fundamento relevante (fumus boni iuris) e risco de ineficácia da medida (periculum in mora). Presentes tais requisitos, cabe liminar em MS.
Art. 7º, III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. 
	- Produção de provas – pré-constituídas: ou seja, no MS, as provas são pré-constituídas (documentais), não podendo pedir outros tipos de provas. 
	- Sucumbência – não há honorários: quando for fazer o pedido da sucumbência, deverá ser excluído o pedido de honorários advocatícios, uma vez que este não é devido (art. 25 da Lei nº 12.016/09).
	- Intimação do órgão de representação judicial da pessoa jurídica: por fim, deverá pedir a intimação do órgão que se vincula a autoridade. 
Valor da causa: toda petição inicial tem valor da causa, assim, o MS deverá conter também o valor da causa. 
V – Ação de consignação em pagamento (art. 164 CTN)
Art. 164 CTN. A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos:
I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória;
II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal;
III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador.
§ 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar.
§ 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis.
VI – Ação de repetição do indébito (arts. 165 e ss. CTN)
Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos:
I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido;
II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento;
III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.
ENDEREÇAMENTO – COMPETÊNCIA
	Ação Anulatória
Ação Declaratória
Ação de Consignação em pagamento
Ação de Repetição do indébito
	UNIÃO:
1) Justiça Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal;
2) Justiça Federal da Subseção Judiciária do domicílio do autor
	Ação Anulatória
Ação Declaratória
Ação de Consignação em pagamento
Ação de Repetição do indébito
	ESTADOS
1) Justiça Estadual da Comarca da Capital
2) Justiça Estadual da Comarca do domicílio do autor
	
Ação Anulatória
Ação Declaratória
Ação de Consignação em pagamento
Ação de Repetição do indébito
	MUNICÍPIOS 
Justiça Estadual da Comarca onde está localizado o município
	Embargos à Execução
	UNIÃO
Justiça Federal por onde tem andamento a execução
Obs.: se no domicílio do executado não há Justiça Federal, ele será demandado pela União, na Justiça Estadual da Comarca do domicílio do executado
	Embargos à Execução
	ESTADOS / MUNICÍPIOS
Comarca por onde tem andamento a execução fiscal, lembrando que, em regra, a execução se processa no domicílio do executado
	Mandado de Segurança
	AUTORIDADE FEDERAL
Justiça Federal da Subseção do local onde estiver sediada a autoridade impetrada
	Mandado de Segurança
	AUTORIDADE ESTADUAL / MUNICIPAL
Justiça Estadual da Comarca com jurisdição no local da sede da autoridade
POSSIBILIDADE DE ENDEREÇAMENTO (Ação Anulatória / Ação Declaratória / Ação de Consignação em pagamento / Ação de Repetição do indébito)
1 - Ação contra a Fazenda Estadual de São Paulo sem a indicação do domicílio do autor. -> Justiça Estadual da Comarca da Capital.
2 – Ação contra Fazenda Estadual de São Paulo e o autor tem domicílio em Campinas. -> Justiça Estadual de Campinas ou da Capital.
3 – Ação declaratória contra a Fazenda Nacional e o autor tem domicílio em Ribeirão Preto. -> Justiça Federal da Seção do Distrito Federal ou da Subseção de Ribeirão Preto.
4 – Ação contra o município de Ourinhos/SP. -> Justiça Estadual da Comarca de Ourinhos.
5 – Ação contra a Fazenda Nacional e o autor tem domicílio em Curitiba/PR. -> Justiça Federal da Seção do Distrito Federal ou da Subseção de Curitiba. 
POSSIBILIDADE DE ENDEREÇAMENTO (Embargos à execução)
1 – Ação contra a Fazenda Nacional e o executado tem domicílio em Campinas. -> Justiça Federal da Subseção de Campinas
2 – Contra a Fazenda Estadual e o executado tem domicílio em Marília/SP. -> Justiça Estadual da Comarca de Marília.
3 – Contra a Fazenda Municipal e o executado tem domicílio em São Paulo. -> Justiça Estadual da Comarca de São Paulo.
4 – Contra a Fazenda Nacional e o executado tem domicílio em São José do Rio Pardo. -> Justiça Estadual da Comarca de São José do Rio Pardo (uma vez que nesta cidade não tem sede de Justiça Federal). 
POSSIBILDIADE DE ENDERAÇEMENTO (Mandado de Segurança)
1 – Contra ato do Chefe do Posto Fiscal da Secretaria Municipal da Fazenda de Assis. -> Justiça Estadual da Comarca de Assis.
2 – Contra ato do Inspetor da Receita Federal de São Paulo. -> Justiça Federal da Subseção de São Paulo.
3 – Contra ato do Chefe do Posto Fiscal Estadual do município de Pinheiros. -> Justiça Estadual da Comarca de Pinheiros.
4 – Contra ato do Delegado da Receita Federal de Santos. -> Justiça Federal da Subseção de Santos.
5 – Contra ato do Diretor do Departamento de Rendas Mobiliárias do município de São Paulo. -> Justiça Estadual da Comarca de São Paulo.
DOS PEDIDOS 
AÇÃO ANULATÓRIA
1 – Citação: da Fazenda pública (da União, do Estado ou do Município). 
2 – Procedência da ação: por meio desse pedido, o autor pede a tutela jurisdicional e especificar a finalidade da ação. Exemplo: “requer que a presente ação seja julgada procedente para que seja anulado o lançamento”. Este é o principal pedido que deve constar na ação. 
3 – Sucumbência: pedido de condenação da parte contrária nas verbas de sucumbência. 
4 – Produção de provas: pede-se ainda a produção de provas.
5 – Concessão de tutela antecipada (art. 273 CPC / Art. 151, V, 205 e 206 CTN): no caso de ação anulatória é obrigatório pedir a tutela antecipada, uma vez que de acordo com o artigo 151, V do CTN, a concessão dessa liminar suspende a exigibilidade do crédito tributário. 
6 – Depósito (art. 151, II, 205 e 206 CTN): pede-se também a realização do depósito, sendo que este também suspende a exigibilidade do crédito. Sendo que o depósito não poderá ser imposto ao devedor, mas se o fizer suspenderá a exigibilidadedo crédito. 
	OBS.: Ressalta-se que basta um para que seja suspenso a exigibilidade do crédito tributário. Na ação, o pedido deverá se subsidiário, ou seja, requer a concessão da tutela antecipada e caso não entenda que seja cabível ou indeferimento da liminar, pede-se também a realização do depósito. 
	Após os pedidos, deverá constar o valor da causa para finalizar a ação. 
TS 07 – PROCESSO TRIBUTÁRIO: MEDIDAS JUDICIAIS – PARTES E COMPETÊNCIA
Medida judicial:
Partes:
Endereçamento:
Pedidos
AÇÃO DECLARATÓRIA
1 – Citação
2 – Procedência
3 – Sucumbência
4 – Provas
5 – Tutela antecipada
	Não se faz o pedido do depósito uma vez que o crédito não está identificado.
EMBARGOS
1 – Intimação (art. 17 da Lei 6.830)
2 – Procedência (e para extinção da execução)
3 – Sucumbência
4 – Provas
MANDADO SEGURANÇA
1 – Notificação da autoridade (art. 7º, I). Sendo que a autoridade será notificada para prestar informações.
2 – Procedência – Repressivo / Preventivo: o pedido será de correção do ato praticado (repressivo) ou caso não tenha sido praticado ainda, o pedido será para que a autoridade se abstenha da prática do ato (preventivo).
3 – Sucumbência: no mandado de segurança não há condenação em verbas honorárias. 
4 – Provas: somente quando o fato for comprovado de plano. É a prova documental. Ou seja, no MS não tem protesto genérico, podendo fazer o pedido de prova documental. 
5 – Intimação do órgão de representação judicial da pessoa jurídica
6 – Liminar
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
Quando o credor se recusa a receber e o devedor está na iminência de ver o prazo transcorrer, e não querendo ficar inadimplente, vai judicialmente para fazer a consignação em pagamento. 
	O credor que recusou em receber é que será citado. 
	Quando mais de um credor pretende receber o mesmo crédito da mesma pessoa. Neste caso, a parte contrária da consignação será todos os credores que estão cobrando o mesmo crédito, devendo fazer o pedido de citação de todos os supostos credores. 
1 – Citação: 
2 – Procedência
3 – Sucumbência 
4 – Provas
REPETIÇÃO DO INDÉBITO
1 – Citação
2 – Procedência
3 – Sucumbência
4 – Provas
24/09/2012
Correção da Prova
01 – 
Medida Judicial: Embargos à Execução.
Partes: Embargante: Caio X Embargado: Fazenda Pública de São José da Serra.
Endereçamento: Justiça Estadual da Comarca de São José da Serra. 
Pedidos: Intimação da parte contrária; Procedência para que o juiz decida pela extinção da execução; Produção de todas as provas em direitos admitidas; Sucumbências incluídos honorários advocatícios. 
02 – 
Medida Judicial: Ação Declaratória
Partes: João da Silva X Fazenda Pública do Município de São Paulo
Endereçamento: Justiça Estadual da Comarca de São Paulo
Pedidos: Citação; Procedência; Provas; Sucumbência com honorários advocatícios; Antecipação de tutela.
03 -
Medida Judicial: Ação Anulatória
Partes: Sociedade Pirandello S/A X Fazenda Nacional
Endereçamento: Justiça Federal do Distrito Federal.
Pedidos: Procedência para anular; Sucumbência com honorários advocatícios; Produção de todas as provas admitidas; Tutela Antecipada; Depósito.
04 – 
Medida Judicial: Embargos à Execução.
Partes: Embargante: José Maria X Embargado: Fazenda Nacional 
Endereçamento: Justiça Federal da Subseção Judiciária de Campinas.
Pedidos: Intimação da parte contrária; Procedência para que o juiz decida pela extinção da execução; Produção de todas as provas em direitos admitidas; Sucumbências incluídos honorários advocatícios. 
05 - 
04 - Medida Judicial: Embargos à Execução.
Partes: Embargante: Fundação Misericordiosa X Embargado: Fazenda Pública SP.
Endereçamento: Justiça Estadual Comarca de São Paulo.
Pedidos: Intimação da parte contrária; Procedência para que o juiz decida pela extinção da execução; Produção de todas as provas em direitos admitidas; Sucumbências incluídos honorários advocatícios. 
25/09/2012
Petição Inicial – Resposta – Instrução – Sentença 
Sentença: coloca fim a um ciclo da jurisdição. Diante da sentença será possível embargar ou apelar.
	Embargos de declaração: tornar possível a compreensão da decisão. Poderá ser interposto de acordo com ao artigo 535 do CPC, ou seja, quando a sentença ou no acórdão houver obscuridade, contradição ou omissão. 
Apelação: A apelação é uma espécie de recurso interposta contra sentença proferida por juiz de primeiro grau, buscando a sua reforma ou invalidação.
 – Admissibilidade – Remessa ao Tribunal – Tribunal 2º grau – Acórdão:
A apelação é interposta no juízo "a quo" (primeiro grau), que recebe a apelação e faz o primeiro juízo de admissibilidade. O juízo de admissibilidade é o juízo sobre a possibilidade de examinar o que foi pedido na apelação.
Acórdão: é a decisão proferida pelo Tribunal. Dessa decisão poderá a parte interpor:
Embargos de declaração: quando ocorrer obscuridade / contradição / omissão.
	Embargos infringentes: de decisão não unânime que reforma a sentença de mérito.
	Recurso especial: previsto pelo art. 105, III CF, quando a decisão do Tribunal negar vigência a lei federal. 
	Recurso extraordinário 
Recurso Extraordinário:
É um recurso que visa a manutenção da autoridade e unidade da interpretação jurídica em matéria constitucional. Portanto, pode-se dizer que se trata de recurso excepcional vez que visa a revisão de teses jurídicas a respeito da interpretação das normas constitucionais pelo Supremo Tribunal Federal.
Cabimento: o recurso Extraordinário é cabível nas hipóteses do art. 102, III, a, b, c e d da CR/88:
Art. 102 - Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
Além de encaixar nas hipóteses previstas no art. 102, III da CR/88, a partir da EC nº 45/2004, um novo requisito para a interposição de recurso extraordinário é a demonstração pela parte de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos do art. 102, §3º da CR/88:
Art. 102 (...)
§ 3º - No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.
No art. 102, §3º da CR/88 acrescentado pela EC nº 45, o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral da questão constitucional controvertida, sob pena de não ser conhecido o recurso.
Assim, o Supremo Tribunal Federal poderá não conhecer do recurso extraordinário, diante da manifestação de dois terços de seus membros, quando a questão constitucional nele versada não oferecer repercussão geral, nos termos do art. 543-A do CPC. Tal decisão, nos termos da lei, é irrecorrível
Cumpre destacar que negada a repercussão geral, a decisão valerá para todos os recursos pendentes que versarem sobre matéria idêntica. Nesse caso, estes recursos pendentes poderão ser indeferidos liminarmente, a menos que seja realizada revisão da tese, nos termos do art. 543-A, §5º do CPC.
Exigência de demonstração de repercussão geral (art. 102 §1º CF) – filtro de acesso ao STF:
A lei processual procurou explicar o que seria repercussão geral, e assim, pode-se dizer que se tratam de questões que ultrapassam os interesses subjetivos das partes litigantes.
Seriam pontos que extrapolam os direitos individuais das partes integrantes do processo, sendo relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, nos termos do art. 543-A, §1º do CPC.
Orecorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência da repercussão geral.
Súmulas vinculantes – art. 103-A CF e Lei 11.672/08:
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.  
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade.
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso."
Súmulas persuasivas: são as súmulas comuns, é a que expede uma orientação jurisprudencial, que não é obrigatória como a súmula vinculante. 
	Súmulas impeditivas: caso a sentença esteja embasada em súmula do STF ou STJ, não poderá ser recebido recurso desta sentença, ou seja, são as súmulas impeditivas de recurso (art. 475, §3º CPC). 
	Reclamação constitucional: levar ao conhecimento do STF que uma súmula vinculante não está sendo cumprida pelo juiz de 1º instância ou pelo Tribunal. Assim, quando em primeira ou segunda instância houver descumprimento a uma súmula vinculante, a parte poderá entrar com relação constitucional. 
http://www.jurisway.org.br/v2/cursoonline.asp?id_curso=1129&id_titulo=13229&pagina=17
02/10/2012
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA
	A Administração pode se valer de outras pessoas para desempenhar funções que ela própria poderia desempenhar. Essa administração é chamada de pública indireta, uma vez que o Estado se vale dessas outras entidades para desempenhar determinadas funções. 
	Essas entidades criadas pelo Estado (Administração Indireta) são dotadas de personalidade jurídica própria, ou seja, são sujeitos de direitos e obrigações. 
SERVIDORES PÚBLICOS
	A administração pública desempenha suas funções por intermédio de pessoas, que em sentido amplo podem ser designados de servidores públicos. Ressalta-se que dentro da administração pública haverá diversos regimes jurídicos distintos de acordo com o servidor público (diferença entre o celetista e o estatutário).
 
TS 09 – CUMPRIMENTO DE SENTENÇA E COISA JULGADA
Não. Uma vez que o recurso adequado é de embargos à execução conforme artigo 741 CPC c/c art. 475-L ambos do CPC.
Os empregados da SUCEN poderão discutir sobre seus direitos com base no artigo 485 do CPC, uma vez que a sentença transitou em julgado. 
09/10/2012
TS 10 – EXECUÇÃO JUDICIAL, PRESCRIÇÃO E COISA JULGADA
João da silva (menor) e Maria José X Carlos Américo (Ação Indenizatória)
Contestação – prescrição em relação a Maria José – Juiz acolhe preliminar de mérito – prosseguimento da ação – sentença processada – autores recorrem – TJ – deu provimento ao recurso – ficou a condenação em 50.000,00 para cada autor
Não está sendo processada de forma regular, uma vez que ocorreu a prescrição em relação a autora Maria José (3 anos), conforme acolhimento da preliminar de mérito arguida pelo réu, nesse caso, houve a extinção do processo com resolução de mérito em relação a autora (art. 269, IV do CPC). E pelo fato de o réu ter sido condenado ao pagamento a ambos os autores, está incorreto, devendo prevalecer somente em relação ao menor. 
Deve prevalecer aquela que reconheceu a prescrição, uma vez que réu arguiu a prescrição de forma correta, ou seja, somente contra a autora Maria José, haja vista que contra o menor não há prescrição (art. 198, I do CC/02). 
Ação rescisória com fundamentos no artigo 485, IV do CPC, haja vista que de acordo com o artigo 219, 5º do CPC o juiz deverá reconhecer a prescrição de oficio. Ocorre que, houve a condenação do réu ao pagamento para ambos os autores, logo, como ocorreu a prescrição em relação a autora Maria José, esta condenação não deveria ocorrer, devendo prevalecer somente em relação ao menor João da Silva, uma vez que contra ele não correu a prescrição.
16/10/2012
TS 11 - 
QUESTÃO 01 
A ação movida por Caio contra Tício baseava-se nos fatos “A”, “B” e “C”, constitutivos do direito de Caio. Em contestação, Tício negou a ocorrência do fato “A” e alegou a ocorrência do fato “D”, impeditivo da existência do fato “B”, mas nada disse quanto ao fato “C”, cuja ocorrência a defesa implicitamente admitia. Em réplica, Caio reiterou terem ocorrido os fatos “A” e “B”. 
De acordo com as regras gerais aplicáveis à matéria, sobre qual das partes recai o ônus da prova, relativamente a cada um dos fatos narrados?
Resposta: 
A Redação do artigo 333, I e II, do CPC, nos orienta que a prova do fato constitutivo do direito do autor, é ônus deste, ao passo que recai sobre o réu o ônus de provar o fato modificativo, extintivo ou impeditivo do direito do autor.
Outrossim, assinala o artigo 334, III, do CPC que, os fatos admitidos no processo como incontroversos, independem de provas. 
No caso em comento, Tício questionou os fatos “A” e “B” alegados por Caio negando o fato “A” e apresentando fato impeditivo (D) à existência do fato “B”. 
No que se refere ao fato “D” enquanto impeditivo de “B” e, alegado por Tício, resto por ônus seu prova-lo. 
Em se tratando do fato “C”, uma vez que não foi questionado por Tício, passa a ser fato incontroverso dispensando, portanto, provas a seu respeito.
ART. 269, V CPC

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