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ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL
_____________________________________________________________________________
ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL
Prof. Tayon Soffener Berlanga
31/01/2012
 
Lei nº 8.906/1994 – Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Regulamento Geral Provimentos.
Moral ≠ ética = moral + ética = Ética pura
A conduta moral temnatureza social. Daí surge a norma de conduta moral escrita(códigos, leis etc.) para que se preserve a convivência em sociedade. Viver em sociedade não é uma escolha pessoal, uma vez que estamos inseridos nela. 
	Ética vem do grego ethos significa “fazer o certo pelo certo”. Quando se fala em ética fala-se em gruposcada qual com a sua natureza ética. A pessoa participa de um grupo ético por opção própria, ou seja, a pessoa é que escolhe o seu certo pelo certo. 
	Sendo que naturalmente ocorrerá o conflito entre a moral e ética. E ainda, por mais que seja diferente a moral da ética, esta será somada àquela. Sendo que para se chegar à ética pura, deve-se saber separar a moral da ética. 
07/02/2012
ATIVIDADE DO ADVOGADO
Postular em juízo e no juizado especial:em primeiro lugar deve-se lembrar que a palavra ‘qualquer’ foi retirada do art. 1º em razão de que não se precisa de um advogado, quais sejam, não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal (§1º); no Juizado especial até 20 SM e a previsão na legislação trabalhista.
A postulação deve ser vista com base art. 36 e ss. do CPC. Quando se fala em postulação, ou em direito postulat6rio, fala-se no direito de pedir ao Poder Judiciário uma decisão judicial, relativa a um litígio entre partes. 
Atividades: consultoria e assessoria:enquadra-se na atividade de advogado as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas segundo inciso II do art. 1º do Estatuto OAB. 
Visar contratos constitutivos de pessoa jurídica:poderá ser caracterizado ainda exercício irregular da profissão de advogado quando se encaixar no § 2º, ou seja, os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados. Assim, sem que um advogado vise um o contrato social de uma empresa esta não poderá ser constituída, ressalta-se que o advogado será responsável pela estrutura do contrato social, ou seja, caso o contrato social viole alguma lei ambiental, o advogado responderá solidariamente e ainda por inépcia profissional (art. 34, XXIV do Estatuto). 
Proibida a divulgação com outra atividade:é proibida pelo Estatuto a divulgação da atividade da advocacia com outra atividade. Ressalta-se que uma mesma pessoa poderá ser advogado e contador, desde que a divulgação não seja em conjunta (§3º). Ou seja, neste caso a pessoa deverá ter, por exemplo, um cartão para contador e um para advogado (divulgação separada). Outro exemplo: ‘fachada do escritório escrita: escritório de advocacia e contabilidade’. Neste caso, o que está errado é a divulgação conjunta. 
A pessoa que é advogado e contador não poderá praticar as duas atividades para mesma pessoa, ou seja, os clientes da advocacia não poderão ser clientes da contabilidade e vice-versa, haja vista que esta atividade é vista pela OAB como captação de clientela – inculcação.
Advogado indispensável à administração da justiça:previsto pelo art. 2º do Estatuto, onde traz o real papel do advogado. 
§1º: Na sua atividade privada de advogado, ele presta serviço público, uma vez que dentro do processo torna-se um ente público (mesmo patamar de igualdade de u juiz e promotor). A função social está relacionada à busca do advogado pela justiça. 
	§2º:O advogado atua favoravelmente para seu cliente. Ressalta-se que atividade do advogado constitui-se múnus público, ou seja, terá obrigação de defender o seu cliente. 
	§3º: Desde que esteja no exercício da advocacia, o inviolável diz respeito que o advogado será responsável pelos atos ora praticados. Ou seja, a inviolabilidade decorre da necessidade de garantir a independência e segurança do advogado. Sendo que a inviolabilidade tem seus limites de acordo com a lei.
	O exercício da advocacia é válido em todo território nacional:previsto pelo art. 3º do Estatuto, onde o exercício da advocacia é válido em todo o território nacional. Ressalta-se que, por exemplo, advogado inscrito na Seccional SP pode ajuizar ação no PR, sendo que se passar de 05 ações por ano em outra Seccional, o advogado deverá pagar anuidade também no outro estado. 
	§1ºExercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao regime desta lei, além do regime próprio a que se subordinem, os integrantes da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional.
§ 2º O estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no art. 1º, na forma do regimento geral, em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste. São só os alunos de 4º e 5º ano da faculdade poderão se inscrever no quadro da ordem como estagiário de advocacia (pagando meia anuidade), sendo que a capacidade postulatória deverá estar ligado a um advogado. 
	São nulos os atos de advocacia praticada por quem não é advogado:segundo art. 4º são nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas.Complementa o parágrafo único: “São também nulos os atos praticados por advogado impedido - no âmbito do impedimento - suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia”. Ou seja, o advogado que esteja impedido (ex.: vereador advogado entra com ação contra o município), suspenso ou que foi excluído do quadro da Ordem, mesmo assim advogue, este será nulo. Os atos incompatíveis (ex.: oficial de justiça; servidor público etc.) também serão nulos. 
	O advogado postula de posse do mandato:art. 5º O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato. Sendo que poderá exercer sem o mandato no caso de advocacia de urgência no prazo de 15 dias para apresentar o mandato depois (§1º do art. 5º do Estatuto c/c art. 37 do CPC). 
§ 2º A procuração para o foro em geral habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais, em qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais.
§ 3º O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os dez dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo se for substituído antes do término desse prazo.
14/02/2012
DOS DIREITOS DO ADVOGADO – arts. 6º e 7º do Estatuto
	
Não existe hierarquia ou subordinação entre advogados, magistrados e Ministério Público no exercício da atividade:as prerrogativas para o advogado somente existirá desde que ele exerça a profissão. Em outras palavras, juiz, promotor e advogado há apenas uma estrutura linear, ou seja, cada qual tem sua função, onde todos se colocam igualmente no exercício da profissão. 
O advogado pode exercer a advocacia em todo o território nacional:uma vez que quando da inscrição esta é a nível nacional. Sendo que a Ordem é divida em Seção, Seccional e Subseção. Exemplo; Seção Brasil, Seccional São Paulo, Subseção Marília. Ressalta-se que a OAB coloca uma ordem limitadora, ou seja, se o advogado passar de 05 ações por ano em outra Seccional, o advogado deverá pagar anuidade também no outro estado. 
Inviolabilidade do escritório:o art. 25 do Código de Ética trata do sigilo profissional. O advogado recebe do cliente documentos e informações que serão por ele utilizadas na ação, onde essas informações são invioláveis, desde que o advogado esteja no seu exercício da advocacia. Ressalta-se que quando o advogado guarda em seu escritório coisas ilícitas ou quando for preso em flagrante, a inviolabilidade não existira nestes casos. 
Comunicação como cliente:o advogado tem o direito de se comunicar reservadamente com o seu cliente, sendo que a pessoa poderá se reservar a falar somente em juízo. 
Ter a presença do representante da OAB quando preso em flagrante:o advogado quando estiver sendo preso em flagrante pode ter a presença do representante da OAB (geralmente o Presidente a Comissão de Prerrogativa). Ou seja, quando o advogado estiver sendo lesado em sua profissão poderá requerer a presença do representante da OAB para defender seus interesses. Entretanto, quando o advogado estiver sendo preso por práticas ilícitas ele não chama o representante da OAB, porque o fato só chegará à OAB depois que o caso já estiver transitado em julgado. Em outras palavras, quando a prisão em flagrante é motivada (advogado está errado) e for acompanhada pelo representante, este tirará cópia e desde logo encaminhará para Comissão de Ética para abertura de processo ético. Nesse sentido, pode-se dizer que o representante da OAB tem o objetivo de preservar o grupo ético a que pertence.
Ser preso em sala do Estado Maior:o advogado sendo preso, a OAB deveria conhecer o local onde o advogado ficaria para ver se aprovaria (situação foi revogada pela ADIN 1127). 
A sala do Estado Maior é a considerada acomodação condigna, todavia, atualmente, o advogado preso é levado normalmente para prisão. Sendo a única coisa que existe realmente é que ele não ficará com outras pessoas que não tenham ‘nível cultural’. 
Ingresso livre:no exercício da advocacia, o advogado não poderá ser barrado em lugar algum (exs.:fórum, delegacia, presídio etc.). Ou seja, o advogado não poderá ter restringido seu acesso de forma alguma, desde que esteja no exercício da advocacia e esteja de maneira coerente (art. 7º, VI).
28/02/2012
Permanecer sentado ou em pé: art. 7º, VII. O advogado é livre para exercer à advocacia, sendo que o advogado que respeita suas atividades profissionais vai ser respeitado. O direito de permanecer sentado ou em pé poderá ser exercido no caso, por exemplo, de um júri em que a outra parte falará por mais de 1 hora, assim terá o direito de permanecer em pé ou sentado.Assim, de acordo com o exercício da advocacia e com a necessidade profissional o advogado poderá permanecer sentado ou em pé, levando em consideração a urbanidade, o respeito à atividade da advocacia, a postura profissional adequada. 
Retirar-se independente de licença: o advogado que está em audiência poderá se retirar independente de licença, ressaltando que ele será responsável por este ato (deixar o cliente sozinho), inclusive podendo responder eticamente por isso (saída sem motivo). Por outro lado, o advogado poderá retirar-se em razão do cerceamento da advocacia pelo magistrado, que está insatisfeito com as atitudes do juiz, devendo comunicar imediatamente a Ordem dos Advogados do Brasil. 
Dirigir diretamente ao magistrado sem hora marcada:o advogado tem o direito de ser recebido pelo magistrado, desde que o advogado tenha necessidade de algo. Ou seja, que, o juiz é obrigado a receber o advogado quando, por exemplo, o advogado precisa de uma liminar, sendo que o advogado tem o direito de ser recebido e o magistrado terá o direito de um tempo para analisar, por exemplo, uma liminar (ou seja, o juiz tem a obrigação de receber e não de decidir). Destaca-se ainda que não há necessidade de marcar hora, devendo observar a ordem de chegada. 
Sustentar oralmente:o STF deixou em suspenso o inciso IX do art. 7º para analisar a ADIN 1127. Assim enquanto não julgado a ADIN 1127, o advogado que quisesse sustentação oral teria direito. Com a decisão da ADIN 1127, o Plenário do STF julgou inconstitucional, por maioria, a possibilidade de o advogado sustenta oralmente as razões após o voto do relator. Em um processo administrativo, por exemplo, caso não previsto na legislação especial a sustentação oral, o advogado também não terá o direito. 
Usar a palavra “pela ordem”:o advogado poderá usar a palavra “pela ordem” onde poderá interromper uma audiência e dizer que está havendo algum erro na audiência. Ressalta-se que o advogado não pode utilizar essa expressão sem motivos, devendo ser utilizada para interromper ato que está sendo praticado em prejuízo da parte. 
	“usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas”.
Reclamar oralmente ou por escrito:quando não ocorrer o cumprimento do respeito à atividade do advogado, este poderá reclamar oralmente ou por escrito. Assim, quando ocorrer inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento, o advogado terá o direito de reclamar oralmente ou por escrito perante o juízo, tribunal ou autoridade. Sendo que o prejuízo causado deve ser em razão do exercício da atividade da advocacia. 
Examinar processo: examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos.
A ação não é propriedade intelectual, assim, o advogado poderá pegar um processo para analisar os fundamentos que o outro advogado utilizou. Devendo-se destacar que o advogado não pode pegar o processo para ver se o outro advogado está trabalhando corretamente, neste caso, estará ferindo o Código de Ética. 
Retirar autos findos:autos findos são processos que já foram levados ao arquivo depois do trânsito em julgado da sentença, cessando a procuração. Assim, o advogado, poderá retirar este processo, analisar o processo, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias. 
Ser desagravado:o desagravo é público, é quando a classe dos advogados se junta a algum advogado se mostrando que não concorda com o que ocorreu com ele. Assim, quando o advogado for ofendido no exercício da profissão ou em razão dela, algo que venha a denegrir a profissão de advogado, a classe dos advogados se juntará para corrigir o ato ocorrido. 
Recusar a depor:o que o advogado sabe por dever de profissão, não poderá depor sobre essa situação, caso contrário, cometerá quebra do sigilo profissional do advogado. Vide art. 25 Código de Ética. 
“é direito do advogado recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional”.
06/03/2012
DA INSCRIÇÃO – arts. 8º a 14 do Estatuto
A inscrição principal do advogado deve preencher os requisitos do art. 8º:para o exercício da advocacia deverá ser preenchido 07 requisitos obrigatórios conforme preceitua o artigo 8º do Estatuto da OAB, quais sejam:
- Capacidade civil;
- Diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada;
- Título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
- Aprovação em Exame de Ordem;
- Não exercer atividade incompatível com a advocacia;
- Idoneidade moral;
	A inidoneidade moral, suscitada por qualquer pessoa (desde que devidamente fundamentado por quem apresenta – ex.: documentos, fatos notórios de conhecimento público etc.), deve ser declarada mediante decisão que obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar. Ressalta-se que a pessoa acusada de inidoneidade terá direito de se defender. 
	Complementa o §4º, dizendo que não atende ao requisito de idoneidade moral aquele que tiver sido condenado por crime infamante, salvo reabilitação judicial.
- Prestar compromisso perante o conselho. 
	Quem define o Exame de Ordem é o provimento (quando vai acontecer, como vai acontecer etc.) do Conselho Federal da OAB. (art. 8, §1º).O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil, deve fazer prova do título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente revalidado, além de atender aos demais requisitos previstos neste artigo (art. 8º, §2º). Ou seja, o diploma deverá ser revalidado pelo Brasil e depois a pessoa poderá prestar o Exame de Ordem. 
O único estrangeiro que não precisa ter seu diploma revalidado pela Ordem é o português em razão do pacto entre Brasil e Portugal. Sendo a única exigência que a pessoa faça uma prova da área que queira exercer. 
Estagiário: art. 9º:a inscrição como estagiário poderá ser feita desde que preencha os requisitos dos incisos I, III, V, VI e VII do art. 8º e ter sido admitido em estágio profissional de advocacia, necessitando estar nos dois últimos anos de faculdade. 
§ 1º O estágio profissional de advocacia, com duração de dois anos, realizado nos últimos anos do curso jurídico, pode ser mantido pelas respectivas instituições de ensino superior pelos Conselhos da OAB, ou por setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, sendo obrigatório o estudo deste Estatuto e do Código de Ética e Disciplina.
§ 2º A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize seu curso jurídico.
§ 3º O aluno de curso jurídico que exerça atividade incompatível com a advocacia pode frequentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para fins de aprendizagem, vedada a inscrição na OAB.
§ 4º O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em Direito que queira se inscrever na Ordem.
A inscrição do advogado deve ser feita no Conselho Seccional onde fixar domicílio profissional:
Art. 10. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do regulamento geral.
        § 1º Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade de advocacia, prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado.
        § 2º Além da principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a profissão considerando-se habitualidade a intervenção judicial que exceder de cinco causas por ano.
        § 3º No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade federativa, deve o advogado requerer a transferência de sua inscrição para o Conselho Seccional correspondente.
        § 4º O Conselho Seccional deve suspender o pedido de transferência ou de inscrição suplementar, ao verificar a existência de vício ou ilegalidade na inscrição principal, contra ela representando ao Conselho Federal. (ex.: Acre). 
A inscrição pode ser:
	Cancelada: previsto no art. 11. O cancelamento será por um tempo indeterminado. Sendo que o cancelamento poderá ser requerido pelo profissional (não precisa ser justificado), e, caso haja novo pedido de inscrição – que não restaura o número de inscrição anterior desde que cumprido os requisitos dos incisos I, V, VI e VII do art. 8º. 
Quando o profissional sofrer penalidade de exclusão, ocorrerá também o cancelamento da inscrição. 
Quando do falecimento do profissional a inscrição é cancelada, devendo a família ser informada e receberá um valor em dinheiro.
Quando o profissional passar a exercer atividade incompatível com a advocacia a sua inscrição será cancelada (ex.: passou para magistratura; promotoria etc.). 
Por fim, se o profissional perder um dos requisitos previsto pelo art. 8º, sua inscrição será cancelada.
	Licença: previsto no art. 12. A licença diz respeito a um tempo determinado. 
Licencia-se o advogado quando assim o requerer, por motivo justificado.
Quando passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia (prefeito; vice-prefeito; presidente da câmara etc.). 
Ocorrerá a licença quando sofrer doença mental considerada curável (ex.: depressão, síndrome do pânico etc.). Ressalta-se que se o advogado é que sustenta sua família, e este estando com a mensalidade da OAB em dia e provando tal situação, a Caixa de Assistência da OAB lhe prestará pensão mensal, cesta básica e pagamento do medicamento. 
13/03/2012
O advogado deve portar sua carteira profissional no exercício da advocacia:no exercício de sua profissão o advogado é obrigado a portar sua carteira profissional, conforme demonstrado pelo art. 13 do Estatuto.
O advogado deve constar seu nome completo e número de inscrição em todo documento assinado: toda vez que o advogado redigir algo profissionalmente, seja judicial ou extrajudicial, obrigatoriamente, deverá constar o seu nome completo e o número de inscrição da OAB, caso contrário, praticará infração ética disciplinar. (art. 14). Ressalta-se que é vedado anunciar ou divulgar qualquer atividade relacionada com o exercício da advocacia ou o uso da expressão escritório de advocacia, sem indicação expressa do nome e do número de inscrição dos advogados que o integrem ou o número de registro da sociedade de advogados na OAB.
SOCIEDADE DE ADVOGADOS- arts. 15 a 17 do Estatuto
	Os advogados podem se unir para constituir uma sociedade civil prestadora de serviço
	Personalidade jurídica:a personalidade jurídica da sociedade de advogados de acordo com o Estatuto da OAB ocorrerácom registro aprovado junto ao Conselho Seccional (art. 15, §1º).
OBS.: Alguns benefícios da sociedade de advogados pessoa jurídica em relação à física (ex.: menor incidência do IR; pode advogar no setor bancário; pode participar de licitação para departamento jurídico de autarquias).
	A sociedade responde pelo Código de Ética:a pessoa jurídica comete infração ética, assim, a sociedade responderá de acordo com o estabelecido com o Código de Ética. Ou seja, se um dos advogados da sociedade cometer infração ética, toda a sociedade responderá solidariamente pela infração. Por outro lado, se o cliente é que entra com ação de representação ética contra um dos advogados da sociedade, neste caso, a responsabilidade é subsidiária (quando indenizatória). 
	Caso a sociedade contrate um advogado para prestar serviços para ela, e este advogado contratado (não é sócio) comete infração ética, todo o escritório responderá conjuntamente (efeito dominó). 
	Procuração individual indicando a sociedade:a princípio, a procuração será individual indicando a sociedade em razão da capacidade postulatória, sendo que jamais a procuração é feita em nome da empresa, porque não é a empresa que tem capacidade postulatória, mas sim o advogado. Ressalta-se que em uma só procuração poderá conter o nome e a inscrição da OAB de todos os advogados participantes da sociedade e trazer consigo o contrato social da sociedade (art. 15, §3º).
	O advogado não pode integrar mais de uma sociedade:ou seja, o advogado não pode integrar mais de uma sociedade dentro do mesmo Conselho Seccional onde estiver a sede ou a filial. Nesse sentido, pode-se dizer que o advogado poderá fazer parte de escritórios de diferentes, desde que não esteja dentro do mesmo Conselho Seccional. Em outras palavras, o advogado poderá integrar mais de uma sociedade desde que Conselhos Seccionais distintos. 
	Filial deve ser levada a averbação:no caso da sociedade vir a ter uma filial, esta deverá ser averbado no registro da sociedade e arquivado junto ao Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios obrigados à inscrição suplementar. Exemplo: uma sociedade tem escritório em São Paulo e resolve abrir uma filial no Paraná, assim, todos os sócios serão obrigados a pagarem a inscrição suplementar.
	Advogados da mesma sociedade não podem defender clientes com interesses opostos:ex.: sociedade com a finalidade de advogar somente na advocacia bancária (estatuto permite advogar fora). Caso algum advogado da sociedade seja procurado para peticionar, por exemplo, uma ação de separação, este poderá advogar particular para este caso, devendo conter uma procuraçãoindividual e não citar a sociedade, caso contrário, não poderia advogar neste caso. 
20/03/2012 - PALESTRA CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
27/03/2012
ADVOGADO EMPREGADO- arts. 15 a 21 do Estatuto
O advogado pode ser contratado como empregado de pessoa jurídica: por natureza o advogado não é empregado. Nenhum advogado será empregado de pessoa física, não há vinculação de emprego entre uma pessoa física e advogado, havendo apenas a prestação de serviço. 
Por outro lado, a pessoa jurídica poderá pagar um salário mensal para um advogado. Logo, o advogado pode ser contratado como empregado de pessoa jurídica. Sendo que se contratado por uma empresa, o advogado não perde a sua isenção técnica nem sua independência. 
Quando o advogado praticar atos para o patrão mesmo sabendo que o ato é errado, o advogado estará cometendo uma infração ética-disciplinar. 
O advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego. Assim, caso o patrão queira se divorciar e procure o advogado da empresa, o correto é o patrão pagar de forma pessoal, uma vez que esta relação não tem a ver com a empresa. (parágrafo único do art. 18 do Estatuto). 
O salário é fixado por sentença normativa ou acordo ou convenção coletiva: O salário mínimo profissional do advogado será fixado em sentença normativa, salvo se ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho. Na prática, acaba ocorrendo um acordo entre as partes. 
Carga horária é de 4h diárias: sendo que estas 4h diárias não precisam ser prestadas na empresa, contando como hora trabalhada ir ao fórum, estar a disposição da empresa etc. Sendo que se não cumpridas, não geram reclamação trabalhista, mas sim direito de indenização pela empresa, salvo o advogado exclusivo (salvo o advogado contratado por 8h exclusivamente).
§ 1º Para efeitos deste artigo, considera-se como período de trabalho o tempo em que o advogado estiver à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, no seu escritório ou em atividades externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas com transporte, hospedagem e alimentação. (art. 20)
Hora extra acréscimo de no mínimo 100%:o que passar de 4h como serviço prestado, ocorrerá hora extra que terá no mínimo um acréscimo de 100%. (Art. 20, § 2º As horas trabalhadas que excederem a jornada normal são remuneradas por um adicional não inferior a cem por cento sobre o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito)
Hora noturna das 20h00 às 05h00:Art. 20, § 3º As horas trabalhadas no período das vinte horas de um dia até às cinco horas do dia seguinte são remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional de vinte e cinco por cento.
Honorários de sucumbência são do advogado:os honorários de sucumbência devem ser vistos como êxito profissional. Nesse caso, a regra, é que os honorários de sucumbência devem ficar com o advogado. Ressalta-se que os honorários de sucumbência poderão ficar com a empresa, desde que expressamente identificados no contrato de prestação de serviço.
Art. 21. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados.
Parágrafo único. Os honorários de sucumbência, percebidos por advogado empregado de sociedade de advogados são partilhados entre ele e a empregadora, na forma estabelecida em acordo.
	Contrato da empresa com o escritório de advocacia diz que a sucumbência é da empresa, assim o será, salvo acordo em contrário (30% para um 70% etc.).
	Caso não esteja previsto contratualmente entre o escritório de advocacia e a empresa, será 50% para o advogado que atuou na causa e 50% para o escritório. 
03/04/2012
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – arts. 22 a 26 do Estatuto
	A prestação de serviço gera direito a honorários: convencionados; arbitrado; sucumbência: o convencionado é o contrato escrito feito entre o advogado e seu cliente (ressalta-se que o contrato feito verbalmente não será válido). 
Os honorários por arbitramento são os fixados pelo juiz (“Art. 22, § 2º Na falta de estipulação ou de acordo, os honorários são fixados por arbitramento judicial, em remuneração compatível com o trabalho e o valor econômico da questão, não podendo ser inferiores aos estabelecidos na tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB”). 
OBS.: honorários de sucumbência
“Artigo 24 – A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato escrito que os estipular são títulos executivos e constituem crédito privilegiado na falência, concordata, concurso de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial.
 	Parágrafo 3º – É nula qualquer disposição, cláusula, regulamento ou convenção individual ou coletiva que retire do advogado o direito ao recebimento dos honorários de sucumbência”. 
Por unanimidade, os ministros julgaram este dispositivo inconstitucional, dando interpretação conforme a Constituição Federal. Eles seguiram o voto do ministro Maurício Corrêa, segundo o qual o advogado da parte vencedora poderá negociar a verba honorária de sucumbência com seu constituinte, já que se trata de direito disponível. (Decisão da ADIN 1194)
Assim, conclui-se que quando o contrato não disser nada ou quando o contrato disser que é do advogado, nesses casos, ficará com o advogado.Se o contrato disser que o contrato de honorários é do cliente, assim o será. 
	Os honorários podem ser cobrados: o estatuto coloca uma forma de cobrar da seguinte forma, sendo que o advogado pode estabelecer parcelamento da forma que ele quiser, podendo utilizar como base o estabelecido no estatuto, ou seja: (art. 22, §3º):
	- terço no início
	- terço na sentença
	- terço no final
	OBS.: para o estatuto da ordem, o pagamento não pode ser por nenhuma forma de título de crédito (cheque pré-datado, nota promissória, duplicata etc.). Ou seja, a ordem não admite o mercantilismo. Entretanto, na prática acaba ocorrendo pagamentos desta forma. 
	No precatório o advogado deve juntar o contrato para receber diretamente do processo: Art. 22, § 4º Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de honorários antes de expedir-se o mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos diretamente, por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já os pagou.
10/04/2012 - PROVA
17/04/2012 – PROVA
24/04/2012 - ENTREGA E CORREÇÃO DA PROVA
01/05/2012 – FERIADO
08/05/2012
ÉTICA DO ADVOGADO – arts. 31 a 33
Deve o advogado agir buscando ser merecedor de respeito e deve contribuir para o prestígio da classe: ninguém vai ter respeito exigindo ser respeitado, uma vez que o respeito é conquistado de acordo com a sua postura, de acordo o seu trabalho, sua conduta profissional. Consequentemente, ou seja, sendo merecedor de respeito ele estará contribuindo para a valorização da classe, da sua atividade profissional. 
Os advogados que não merecem respeito e não valorizam a sua classe não está agindo de forma ética perante o seu Estatuto. 
Deve manter independência:para ser considerado ético, o advogado deve manter independência, em qualquer circunstância. Ou seja, o advogado é livre para optar nas causas em que vai advogar, devendo aceitar os trabalhos que se sente bem em fazer, assim, desempenhará bem o seu trabalho com dignidade e com qualidade, e, consequentemente, passa a ser merecedor de respeito e prestígio para a classe. 
O advogado é responsável pelos atos no exercício da profissão independente de dolo ou culpa:o advogado não pode alegar ignorância, desconhecimento no exercício de sua profissão, assim se o advogado praticar dolo ou culpa, será responsável por eles.
A lide temerária é solidária: ressalta-se que o advogado somente responderá solidariamente quando provado a intenção lesiva do advogado, ou seja, participou com o cliente para prejudicar terceiro. Assim, haverá lide temerária, quando provado que o advogado em conluio como cliente prejudica terceiro. (Ex.: advogado sabia que o cliente estava se utilizando de documentos falsos).
Art. 32, parágrafo único. Em caso de lide temerária, o advogado será solidariamente responsável com seu cliente, desde que coligado com este para lesar a parte contrária, o que será apurado em ação própria.
O advogado obriga-se a cumprir o Estatuto e Código de Ética: em outras palavras, não se discutisse natureza de ética definida pelo Estatuto e pelo Código de Ética, uma vez que o advogado deve obrigatoriamente cumprir o que é definido por eles. O Código diz que o advogado tem deveres para com a comunidade (com a sua classe – prestígio da sua classe), com o seu cliente, com outros profissionais etc. 
Art. 33. O advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os deveres consignados no Código de Ética e Disciplina.
        Parágrafo único. O Código de Ética e Disciplina regula os deveres do advogado para com a comunidade, o cliente, o outro profissional e, ainda, a publicidade, a recusa do patrocínio, o dever de assistência jurídica, o dever geral de urbanidade e os respectivos procedimentos disciplinares.
15/05/2012
INFRAÇÃO DISCIPLINAR – arts. 34 a 42 do Estatuto
	O rol do artigo 34 é taxativo, ou seja, não há nenhuma outra forma de infração disciplina senão as previstas nos incisos do art. 34 do Estatuto. 
Exercer a advocacia:exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos, proibidos ou impedidos.
	Aquele que está apto a exercer a advocacia facilita o exercício da advocacia para outra pessoa que está proibida, impedida ou não é inscrita na OAB. Exemplo: advogado que está impedido vai atrás de um advogado que está apto apenas para este assinar uma inicial. Assim, este que facilitou comete infração penal. 
Manter sociedade profissional fora das regras do Estatuto: “II - manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta lei”. 
	Exemplo: sociedade de advogados formada sem contrato social, ou seja, sem estar registrado na Ordem, caso contrário cometerá infração ética, ressalta-se que na prática não há uma fiscalização por parte da OAB. 
Valer de agenciador:o advogado que contrata pessoa para que esta traga causas para si em troca de participação de honorários (inculcação) cometerá infração disciplinar. Ressalta-se que difere da palavra indicação, uma vez que esta é um ato legítimo. 
Captar causa:pode ser feita pelo próprio advogado ou por terceiro. Exemplo: pessoa que é advogado e contador não poderá praticar as duas atividades para mesma pessoa, ou seja, os clientes da advocacia não poderão ser clientes da contabilidade e vice-versa, haja vista que esta atividade é vista pela OAB como captação de clientela e consequência infração penal – inculcação.
	A captação por terceiro ocorre quando o advogado não cobra nada de uma pessoa, mas desde que ela leve outras pessoas para o escritório. 
Assinar escrito que não tenha feito ou tenha colaborado:“V - assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que não tenha colaborado”. 
	Ou seja, o advogado não deve assinar o que ele não escreveu ou o que ele não ajudou a escrever, o advogado, no mínimo deve participar da elaboração. 
Advogar contra literal disposição da lei: “VI - advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando fundamentado na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior”. 
	Assim, só poderá advogar contra a lei, desde que de boa-fé e quando alegar inconstitucionalidade, injustiça da lei ou quando houver pronunciamento anterior de que a lei está incorreta. 
Violar sigilo sem justa causa:“VII - violar, sem justa causa, sigilo profissional”. 
	Mesmo que a pessoa não seja cliente do advogado, mas ao menos deu uma consulta para a pessoa, o sigilo deve ser mantido. 
	Se há justa causa e há quebra de sigilo não há justa causa. 
Ou impondo-se o seu respeito, salvo grave ameaça ao direito à vida, à honra, ou quando o advogado se veja afrontado pelo próprio cliente e, em defesa própria, tenha que revelar segredo, porém sempre restrito ao interesse da causa.
Estabelecer contato com a parte contrária sem autorização do cliente: "VIII - estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do advogado contrário”. 
	O advogado não pode conversar com pessoa que já tem advogado. Se a pessoa está advogando num processo ele não pode procurar a parte contrária para fazer acordo sem antes procurar o advogado da parte contrária primeiro. 
22/05/2012
** Cont. Infrações Disciplinares
Prejudicar com culpa grave interesse do cliente:o advogado só cometerá infração no caso de prejudicar o cliente desde que ocorra a culpa grave. O advogado que entra com uma ação para um cliente, este poderá ganhar ou perder a ação, uma vez que o advogado é contratado para um serviço meio, e o juiz é que vai decidir. O cliente insatisfeito só poderá reclamar do advogado quando ocorrer culpa grave. Ou seja, de acordo com as circunstâncias do processo, isto é, se o advogado tinha como se preservar antes de seu trabalho e não se preservou e o cliente foi prejudicado, cometerá infração ética disciplinar. Exemplo: advogado que deveria juntar um documento e não junta, nesse caso comete culpa grave. 
Acarretar conscientemente nulidade ou anulação do processo:“X - acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do processo em que funcione”. Exemplo: advogado por si junta um documento no processo, o juiz abre vistas para outra parte que não concorda, e no seguimento do processo o juiz anula atos anteriores ao documento. Nesse caso, o advogado que por ato próprio juntou o documento e sabia que este ato estava errado cometerá infração ética disciplinar. 
Abandonar a causa:“XI - abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicação da renúncia”. Assim abandono da causa será infração ética quando esta for sem justo motivo e antes dos 10 dias que ele fica responsável pelo processo. 
Recusar a prestar assistência jurídica:“XII - recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado em virtude de impossibilidade da Defensoria Pública”. Ou seja, o advogado pode recursar a prestar assistência jurídica desde que tenha justificativa (ex.: foi nomeado em uma área que o advogado não atua etc.). Assim, somente cometerá a infração ética quando recusar a prestar assistência jurídica sem justo motivo. 
Publicar com habitualidade na impressa alegações forenses sobre causa pendente:“XIII - fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou relativas a causas pendentes”. Exemplo: advogado até pode dar entrevista do processo em que ele está trabalhando, o que não pode é ser habitual, ou seja, várias entrevistas sobre a mesma causa pendente será infração ética, ou seja, ficar falando como anda o processo. 
Deturpar dispositivo de lei, doutrina ou julgado:“XIV - deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, bem como de depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o juiz da causa”. Sempre que o advogado deturpar, ou seja, tentar confundir, iludir a parte contrária ou o juiz, este ato será ato de infração ética disciplinar. 
Imputar em nome do cliente crime a terceiro sem autorização escrita:“XV - fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a terceiro de fato definido como crime”. Se o advogado, em nome do cliente, imputar fato criminoso a alguém sem a autorização escrita do cliente, cometerá infração ética. Assim, se o advogado tem que fazer qualquer queixa-crime, antes ele deverá ter em posso a autorização escrita (que é a procuração com poderes especiais) sob pena de cometer infração ética disciplinar. 
Deixar de cumprir prazo:“XVI - deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinaçãoemanada do órgão ou de autoridade da Ordem, em matéria da competência desta, depois de regularmente notificado”. Exemplo: parte contrária junta um documento, o advogado é notificado para se manifestar, entretanto, como ele sabe que o documento não vai prejudicar sua parte, ele não se manifesta nem no sentido de concordar nem discordar do documento. Entretanto, se a Ordem notar que este advogado não se manifestou sobre o documento dentro do prazo que fora estabelecido, responderá por infração. 
Prestar concurso ao cliente ou terceiro para realizar ato contrário a lei ou destinado a fraudar: “XVII - prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la”. Esse prestar concurso é associar ao cliente ou ao terceiro para praticar ato contrário a lei ou para fraudá-la. Exemplo: advogado se junta a parte para fazer separação com o intuito de livrar seu cliente ao pagamento de imposto de renda. 
Solicitar ou receber de cliente importância para aplicação ilícita ou desonesta: “XVIII - solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para aplicação ilícita ou desonesta”. Exemplo: advogado que vende o delegado sem ele saber, ou seja, o advogado chega na parte e diz que o delegado cobrou 5 mil reais para que seja arbitrada fiança, sendo que nada disso é verdade. Nesse caso, o advogado cometerá infração ética disciplinar. 
29/05/2012
** Cont. Infrações Disciplinares
Receber valores da parte contrária ou de terceiros: “XIX - receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto do mandato, sem expressa autorização do constituinte”. 
	O advogado pode receber valores da parte contrária. O que não pode é receber isto sem autorização do cliente. Ou seja, o advogado pode fazer acordo diretamente com a parte contrária, desde que tenha a autorização de seu cliente.
Locupletar-se de qualquer forma:“XX - locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por si ou interposta pessoa”. Locupletar-se significa enriquecer-se ilicitamente (“usar da malandragem”). O advogado não se pode valer da condição de desespero do cliente (ex.: flagrante delito e o advogado chega para a pessoa que coloca seu preço). Ou seja, o advogado não se pode beneficiar da situação do cliente e enriquecer-se às suas custas. 
Recusar injustificadamente a prestar contas:“XXI - recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele”. O advogado pode se recusar a prestação de contas desde que de forma justificada, o que não pode é deixar de justificar a não prestação de contas. O prestar contas está relacionado ao dinheiro, documentos originais importantes, assim, o advogado deve prestar contas devolvendo valores ou documentos. 
Reter abusivamente o processo ou extraviar autos com visto ou confiança:“XXII - reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em confiança”. O advogado não pode reter o processo,sob pena de o juiz mandar busca e apreensão, e ainda o advogado não poderá mais retirar este processo no Fórum. Se essa retenção for abusivamente, ou seja, quando gerar prejuízo para parte contrária, o advogado cometerá infração disciplinar. Assim, se a OAB entender que não houve prejuízo para parte contrária não há que se falar em infração.
	Por outro lado o advogado que extraviar autos com visto ou confiança. Exemplo: advogado pega o processo e começa a dar fim ao processo (rasgar; jogar fora etc.). Caso seja apurada a sua assinatura no Fórum e a retirada do processo pelo advogado, este cometerá infração disciplinar. 
Deixar de pagar contribuição:“XXIII - deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB, depois de regularmente notificado a fazê-lo”. Toda taxa cobrada pela OAB não pode deixar de ser paga pelo advogado. Caso o advogado não esteja em dia com suas contribuições ele será suspenso e só voltará ao quadro da OAB quando quitar suas dívidas com as taxas da OAB. 
Incidir erros reiterados de inépcia:“XXIV - incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional”. Os erros ‘absurdos’ praticados pelo advogado configuram infração disciplinar. O erro reiterado para OAB é três vezes, na primeira ela adverte, na segunda ela censura, na terceira ocorre a suspensão. 
Manter conduta incompatível:“XXV - manter conduta incompatível com a advocacia”. O parágrafo único do artigo 34 do Código de Ética traz o que é conduta incompatível.
Art. 34. Parágrafo único. Inclui-se na conduta incompatível:
a) prática reiterada de jogo de azar, não autorizado por lei (ex.: advogado que pratica ‘jogo do bicho’- gera exclusão do quadro da OAB).
b) incontinência pública e escandalosa; (brigar em público, algo que afete a imagem de advogado, são atitudes que causam recusa). 
c) embriaguez ou toxicomania habituais. (o advogado que vive embriagado ou que utiliza drogas com frequência pratica conduta incompatível com a advocacia, podendo ser punido por infração disciplinar). 
Fazer inscrição na OAB com prova falsa:“XXVI - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB”.Se for descoberto que o advogado fez inscrição em cima de prova falsa ele será excluído do quadro da OAB.
Tornar moralmente inidôneo:“XXVII - tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia”. Ocorre quando o advogado,por exemplo, por meio de petição escreve palavras com atitude leviana; é de forma agressiva com o juiz etc. 
Praticar crime infamante:“XXVIII - praticar crime infamante”. Crime infamante é aqueles que geram repercussão geral, quando traz um desconforto muito grande à profissão de advogado (ex.: advogado que estupra seu filho etc.). Ou seja, crime infamante é aquele que vincula a imagem ruim ao advogado. 
Estagiário que excede limites:“XXIX - praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação”. O estagiário reconhecido pela OAB que possui sua carteira, tem as suas atividades a serem exercidas, que deve exercer juntamente com outro advogado. Pode acontecer do advogado e do estagiário responder no mesmo processo disciplinar, nesse caso, o advogado será excluído do quadro da OAB e o estagiário sofre pena de censura (porque apesar de ter que conhecer o Estatuto ele cumpre ordens de advogado).Ressalta-se que a censura pode se tornar em advertência quando o ato excedente de sua função nãofor de natureza grave. 
05/06/2012
SANÇÃO DISCIPLINAR – arts. 35 a 43 do Estatuto
Censura:acontece com o cometimento das infrações do artigo 34, I a XVI e XXIX.
Suspenso:acontece com o cometimento das infrações do artigo 34, XVII e XXV.
Exclusão:acontece com o cometimento das infrações do artigo 34, XVI e XXVIII.
Multa:
CENSURA: consta do assentamento do advogado, mas não é publicada. Ou seja, as sanções devem constar dos assentamentos do inscrito, após o trânsito em julgado da decisão, não podendo ser objeto de publicidade a de censura. (art. 35, parágrafo único).A censura é aplicada às infrações mais brandas.
Censura pode ser convertida em advertência:a censura pode ser convertida em advertência, em ofício reservado, sem registro nos assentamentos do inscrito, quando presente circunstância atenuante(previsto no artigo 40 do Estatuto). 
	A advertência é um ato escrito, é um oficio dirigido ao advogado advertindo-o do fato ou ato praticado. A advertência não consta no assentamento e não é publicada. 
SUSPENSÃO: impede o exercício da advocacia.O prazode suspensão será de no mínimo 30 dias no máximo 12 meses. Sendo que esse prazo só começa a correr o prazo no dia em que o advogado entregar sua carteira na Ordem. Caso o advogado não entregue a Ordem terá o direito de entrar com ação cautelar de busca e apreensão de documento. 
	Quando transita em julgado a suspensão do advogado, ele não pode praticar mais nenhum ato, sendo que o prazo de cumprimento começa a contar da entrega da carteira. 
	A suspensão constará do assentamento do advogado e também será publicada.As penas de censura, advertência e suspensão podem ser aplicadas pelo Tribunal de Ética e Disciplina onde o fato aconteceu. 
	Há três casos de suspensão que mesmo que ele cumpra o período de suspensão ela não poderá voltar (a – advogado que não presta contas ao cliente - voltará ao quadro quando satisfazer a dívida com o cliente; b – advogado que não paga anuidade da ordem – voltará ao quadro somente quando quitada as dívidas; c – inépcia profissional só volta depois de passar em outro exame de ordem). 
EXCLUSÃO: impede o exercício da advocacia e depende do Conselho Seccional.
	O prazo da exclusão é sempre pelo período de 01 ano. 
	A exclusão consta do assentamento do advogado e também é publicada.
	Ressalta-se que a exclusão não poderá ser aplicada pelo Tribunal de Ética e Disciplina, podendo ser aplicada somente pelo Conselho Seccional da Ordem onde o fato aconteceu, que deverá ter pelo menos 2/3 de seus membros favoráveis a exclusão do advogado. 
	A exclusão é aplicada nos casos dos incisos XXVI a XXVIII e ainda quando o advogado já tiver sido suspenso 03 vezes. 
A censura e a suspensão podem ser agravadas da multa:além da censura ou da suspensão o advogado poderá ainda sofrer sanção de multa (como agravante). 
	O valor da multa é de no mínimo 01 anuidade e de no máximo 10 anuidades. 
Após 1 ano do cumprimento da sanção pode ser pedida a reabilitação:
Art. 41. É permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar requerer, um ano após seu cumprimento, a reabilitação, em face de provas efetivas de bom comportamento.
Parágrafo único. Quando a sanção disciplinar resultar da prática de crime, o pedido de reabilitação depende também da correspondente reabilitação criminal.
Prazo prescricional da OAB é de 5 anos: 
Art. 43. A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares prescreve em cinco anos, contados da data da constatação oficial do fato.
§ 1º Aplica-se a prescrição a todo processo disciplinar paralisado por mais de três anos, pendente de despacho ou julgamento, devendo ser arquivado de ofício, ou a requerimento da parte interessada, sem prejuízo de serem apuradas as responsabilidades pela paralisação.
§ 2º A prescrição interrompe-se:
I - pela instauração de processo disciplinar ou pela notificação válida feita diretamente ao representado;
II - pela decisão condenatória recorrível de qualquer órgão julgador da OAB.
A prescrição na OAB começa a correr a partir do momento em que o cliente sabe que foi lesado, ou seja, quando o cliente toma o conhecimento de que o advogado o prejudicou, assim começa o prazo prescricional de 05 anos.
Sendo que esse prazo poderá ser interrompido, ou seja, parar e voltar a correr do zero. Cliente toma ciência que o advogado lesou ele, a partir dessa ciência terá 05 anos. Caso o cliente procure a OAB depois de 04 anos, assim a OAB terá mais 05 para punir o advogado. Caso o advogado recorrer para o Tribunal, o prazo interrompe novamente. 
07/08/2012 
FINS E ORGANIZAÇÃO DA OAB – arts. 44 a 50 do Estatuto
A OAB exerce serviço público com personalidade jurídica e forma federativa:conforme demonstrado pelo artigo 44 do Estatuto “A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), serviço público, dotada de personalidade jurídica e forma federativa”. 
Órgãos da OAB
	- Conselho Federal: ele tem personalidade jurídica própria e tem sua sede na capital do país. É formado por delegações que formam o Conselho Seccional. Cada delegação que representa o Conselho Federal é composto por 03 conselheiros seccionais. Logo, é uma delegação por Conselho Federal (uma por Estado), num total e 27, assim, há um total de 81 conselheiros. 
	- Conselho Seccional: tem personalidade jurídica própria e representa os Estados e o Distrito Federal. 
	- Subseções: não tem personalidade jurídica e representa a sede local da Ordem. Assim, quando ela precisa de personalidade jurídica ele se utiliza da personalidade jurídica do Conselho Seccional a que faz parte. 
	- Caixa de Assistência dos Advogados: a sua existência não é obrigatória. Sendo que para o que ela possa existir duas coisas são necessárias: a) que o Conselho Seccional tem que aprovar sua criação e; b) que tenha no mínimo 1.500 advogados inscritos no Estado. 
A OAB tem imunidade tributária:segundo §5º do artigo 44 do Estatuto, a OAB tem imunidade tributária total. 
Art. 44, § 5º A OAB, por constituir serviço público, goza de imunidade tributária total em relação a seus bens, rendas e serviços.
	
Ressalta-se que a OAB não recebe em hipótese nenhuma nenhum tipo de verba pública, logo, a Ordem não é fiscalizada pela Administração Pública, haja vista que a fiscalização cabe a todos os advogados que dela fazem parte.
A OAB fixa e cobra de seus inscritos, contribuições, preços, serviços e multas:nesse caso, a OAB (Conselho Seccional) é que cobra, uma vez que cada Estado terá seus valores a serem cobrados (ex.: anuidade). Ou seja, cada Conselho Seccional dos estados é que cobrarão os preços, serviços, contribuição etc.
A dívida da OAB produz título executivo extrajudicial: segundo parágrafo único do artigo 46, “Constitui título executivo extrajudicial a certidão passada pela diretoria do Conselho competente, relativa a crédito previsto neste artigo”. 
	Ou seja, a OAB não entrará com ação de cobrança, mas ação de execução, uma vez que a dívida com a OAB é título executivo extrajudicial. Ressalta-se que antes da execução, a OAB aplica a sanção de suspensão ao advogado. O título executivo extrajudicial será gerado pela Diretoria do Conselho Seccional, sendo que a cobrança será feita pelo Conselho Federal. 	
Cargo de Conselheiro e Diretores é exercido gratuitamente e obrigatório:“O cargo de conselheiro ou de membro de diretoria de órgão da OAB é de exercício gratuito e obrigatório, considerado serviço público relevante, inclusive para fins de disponibilidade e aposentadoria”.
	A obrigatoriedade está relacionada ao fato de que este cargo seja ocupado por um advogado. Sendo que a pessoa que é Conselheira ou Diretor exercerá esta função gratuitamente. 
Somente os presentes podem agir:“Os Presidentes dos Conselhos e das Subseções da OAB têm legitimidade para agir, judicial e extrajudicialmente, contra qualquer pessoa que infringir as disposições ou os fins desta lei”. 
	Somente a pessoa do Presidente é que poderá agir (seja judicial ou extrajudicialmente) pela OAB, uma vez que os conselheiros e diretores não podem agir em nome da OAB. 
	O Presidente pode também requisitar cópias de documentos de processos juntos aos juízos, tribunais etc. Sendo que este pode requisitar deve estar motivado, ou seja, o presidente deve ter motivos para fazer uma requisição de documentos levando em consideração ainda a finalidade do Estatuto (ex.: ética; direitos humanos; estado democrático de direito etc.). Ressaltando que não poderá ocorrer a requisição de documentos de processos que tramitem em segredo de justiça. (vide ADIN 1127). 
Art. 50. Para os fins desta lei, os Presidentes dos Conselhos da OAB e das Subseções podem requisitar cópias de peças de autos e documentos a qualquer tribunal, magistrado, cartório e órgão da Administração Pública direta, indireta e fundacional.
Nas votações dos Conselhos Federais, as votações sempre serão por delegação. A única hipótese em que o voto não será por delegação, mas sim individual será para eleger o Presidente do Conselho Federal.
Ressalta-se que não precisa ser conselheiro federal para ser presidente do conselho federal. 
CONSELHO FEDERAL 
Art. 51. O Conselho Federal compõe-se:
I - dos conselheiros federais, integrantes das delegações de cada unidade federativa;
II - dos seus ex-presidentes, na qualidade de membros honorários vitalícios.
§ 1º Cada delegação é formada por três conselheiros federais.
§ 2º Os ex-presidentes têm direito apenas a voz nas sessões.
Art. 52. Os presidentes dos Conselhos Seccionais, nas sessões do Conselho Federal, têm lugar reservado junto à delegação respectiva e direito somente a voz.
Art. 53.O Conselho Federal tem sua estrutura e funcionamento definidos no Regulamento Geral da OAB.
§ 1º O Presidente, nas deliberações do Conselho, tem apenas o voto de qualidade.
§ 2º O voto é tomado por delegação, e não pode ser exercido nas matérias de interesse da unidade que represente.
§ 3o Na eleição para a escolha da Diretoria do Conselho Federal, cada membro da delegação terá direito a 1 (um) voto, vedado aos membros honorários vitalícios. 
21/08/2012
CONSELHO SECCIONAL – art. 56/59 Estatuto
Composição:o Conselho Seccional é formado por:
1) Conselheiros Seccionais (que será proporcional ao número de inscritos no quadro da Ordem do respectivo Conselho Seccional). Sendo que os conselheiros seccionais são os únicos que têm direito de voto.
2) Ex-Presidentes: todos os ex-presidentes do conselho seccional se torna membro vitalício do Conselho, apenas com direito de voz (apenas de se manifestar) e não de voto. 
3) Presidente do Instituto dos Advogados:esta pessoa participa do Conselho Seccional apenas com direito de voz, não tendo direito de voto. Essa figura 
4) Presidente do Conselho Federal:ele pode participar da reunião do Conselho Seccional tendo direito de voz.
5) Conselheiros Federais:ele pode participar da reunião do Conselho Seccional tendo direito de voz.
6) Presidente da Caixa de Assistência:ele pode participar da reunião do Conselho Seccional tendo direito de voz.
7) Presidente de Subseções:ele pode participar da reunião do Conselho Seccional tendo direito de voz.
Competência:art. 58 do Estatuto. As mais comuns que caem em concurso são:
“II - criar as Subseções e a Caixa de Assistência dos Advogados”(necessita de mais de 1500 advogados inscritos);
“V - fixar a tabela de honorários, válida para todo o território estadual” (a tabela da Ordem é fixada de acordo com cada estado, ou seja, o conselho seccional é que fixa sua tabela);
“VI - realizar o Exame de Ordem” (ressalta-se que quem regulamenta o Exame é o Conselho Federal, mas quem o realiza é o Conselho Seccional);
“XIV - eleger as listas, constitucionalmente previstas, para preenchimento dos cargos nos tribunais judiciários, no âmbito de sua competência e na forma do Provimento do Conselho Federal, vedada a inclusão de membros do próprio Conselho e de qualquer órgão da OAB”. 
SUBSEÇÕES
As subseçõesnão têm personalidade jurídica e representa a sede local da Ordem. Assim, quando ela precisa de personalidade jurídica ele se utiliza da personalidade jurídica do Conselho Seccional a que faz parte.
A Subseção pode ser criada pelo Conselho Seccional, que fixa sua área territorial e seus limites de competência e autonomia.
Tem que ter mais de100 advogados inscritos na subseção para criação do Conselho Local. Sendo que a Subseção criará depois de autorizada pelo Conselho Seccional. 
Conselho Seccional fixa orçamento:todas as despesas da subseção devem estar prevista um ano antes no Conselho Seccional, para que este a aprove. 
“Art. 60, §5º:Cabe ao Conselho Seccional fixar, em seu orçamento, dotações específicas destinadas à manutenção das Subseções”.
CAIXA DE ASSISTÊNCIA
Art. 62. A Caixa de Assistência dos Advogados, com personalidade jurídica própria, destina-se a prestar assistência aos inscritos no Conselho Seccional a que se vincule.
§1º A Caixa é criada e adquire personalidade jurídica com a aprovação e registro de seu estatuto pelo respectivo Conselho Seccional da OAB, na forma do regulamento geral.
§ 2º A Caixa pode, em benefício dos advogados, promover a seguridade complementar. (Ex.: tem plano de previdência; em caso de doença a Ordem auxilia o advogado; pagamento de cesta básica; tratamento odontológico; livraria etc.). 
§ 3º Compete ao Conselho Seccional fixar contribuição obrigatória devida por seus inscritos, destinada à manutenção do disposto no parágrafo anterior, incidente sobre atos decorrentes do efetivo exercício da advocacia.
	
§ 4º A diretoria da Caixa é composta de cinco membros, com atribuições definidas no seu regimento interno.
§ 5º Cabe à Caixa a metade da receita das anuidades recebidas pelo Conselho Seccional, considerado o valor resultante após as deduções regulamentares obrigatórias.
§ 6º Em caso de extinção ou desativação da Caixa, seu patrimônio se incorpora ao do Conselho Seccional respectivo.
§ 7º O Conselho Seccional, mediante voto de dois terços de seus membros, pode intervir na Caixa de Assistência dos Advogados, no caso de descumprimento de suas finalidades, designando diretoria provisória, enquanto durar a intervenção.
24/08/2012
DAS ELEIÇÕES E DOS MANDATOS – Arts. 63/67 do Estatuto
Eleição: acontece na segunda quinzena de novembro do último ano de mandato, e o Conselho Federal definirá a data da eleição através do Regulamento Geral. 
	Até 30 dias antes da eleição a chapa poderá se inscrever para concorrer.
Cédula única:na cédula de eleição se vota na chapa, ou seja, no grupo de pessoas que compõem determinada chapa.
Quem vota: advogado regularmente inscrito na OAB, ou seja, para poder votar, deve estar em dia com a anuidade da OAB, não podendo estar suspenso ou excluído. 
Art. 63. A eleição dos membros de todos os órgãos da OAB será realizada na segunda quinzena do mês de novembro, do último ano do mandato, mediante cédula única e votação direta dos advogados regularmente inscritos.
Procedimento: todo o procedimento da eleição é definido pelo Regulamento Geral.
Candidato: para ser candidato a pessoa deve estar em situação regular, e ainda não pode ter sofrido qualquer tipo de punição ética da ordem, salvo ocorrido reabilitação. E ainda a pessoa deve estar inscrito a mais de 5 anos para poder ser candidato. 
Art. 63, § 2º O candidato deve comprovar situação regular junto à OAB, não ocupar cargo exonerável ad nutum(de livre nomeação e exoneração), não ter sido condenado por infração disciplinar, salvo reabilitação, e exercer efetivamente a profissão há mais de cinco anos.
Candidato: componente de chapa.
Art. 64. Consideram-se eleitos os candidatos integrantes da chapa que obtiver a maioria dos votos válidos.
§ 1º A chapa para o Conselho Seccional deve ser composta dos candidatos ao conselho e à sua diretoria e, ainda, à delegação ao Conselho Federal e à Diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados para eleição conjunta.
§ 2º A chapa para a Subseção deve ser composta com os candidatos à diretoria, e de seu conselho quando houver.
Mandato: prazo de 3 anos.
Conselho Seccional: o mandato se inicia em 01 de janeiro.
Conselho Federal: neste caso o mandato se inicia em 01 de fevereiro.
Art. 65. O mandato em qualquer órgão da OAB é de três anos, iniciando-se em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da eleição, salvo o Conselho Federal.
Parágrafo único. Os conselheiros federais eleitos iniciam seus mandatos em primeiro de fevereiro do ano seguinte ao da eleição.
Art. 67. A eleição da Diretoria do Conselho Federal, que tomará posse no dia 1º de fevereiro, obedecerá às seguintes regras:
I - será admitido registro, junto ao Conselho Federal, de candidatura à presidência, desde seis meses até um mês antes da eleição.
II - o requerimento de registro deverá vir acompanhado do apoiamento de, no mínimo, seis Conselhos Seccionais;
III - até um mês antes das eleições, deverá ser requerido o registro da chapa completa, sob pena de cancelamento da candidatura respectiva;
IV – no dia 31 de janeiro do ano seguinte ao da eleição, o Conselho Federal elegerá, em reunião presidida pelo conselheiro mais antigo (por inscrição), por voto secreto e para mandato de 3 (três) anos, sua diretoria, que tomará posse no dia seguinte; 
V – será considerada eleita a chapa que obtiver maioria simples dos votos dos Conselheiros Federais, presente a metade mais 1 (um) de seus membros. 
Parágrafo único. Com exceção do candidato a Presidente, os demais integrantes da chapa deverão ser conselheiros federais eleitos.
O mandato pode ser extinto: segundo artigo 66 do Estatuto:
Art.66. Extingue-se o mandato automaticamente, antes do seu término, quando:
I - ocorrer qualquer hipótese de cancelamento de inscrição ou de licenciamento do profissional;
II - o titular sofrer condenação disciplinar;
III - o titular faltar, sem motivo justificado, a três reuniões ordinárias consecutivas de cada órgão deliberativo do conselho ou da diretoria da Subseção ou da Caixa de Assistência dos Advogados, não podendo ser reconduzido no mesmo período de mandato.
Parágrafo único. Extinto qualquer mandato, nas hipóteses deste artigo, cabe ao Conselho Seccional escolher o substituto, caso não haja suplente.
DO PROCESSO NA OAB
Art. 68. Salvo disposição em contrário, aplicam-se subsidiariamente ao processo disciplinar as regras da legislação processual penal comum e, aos demais processos, as regras gerais do procedimento administrativo comum e da legislação processual civil, nessa ordem.
Art. 69. Todos os prazos necessários à manifestação de advogados, estagiários e terceiros, nos processos em geral da OAB, são de quinze dias, inclusive para interposição de recursos.
§ 1º Nos casos de comunicação por ofício reservado, ou de notificação pessoal, o prazo se conta a partir do dia útil imediato ao da notificação do recebimento.
§ 2º Nos casos de publicação na imprensa oficial do ato ou da decisão, o prazo inicia-se no primeiro dia útil seguinte.
DO PROCESSO DISCIPLINAR
Quando se fala em processo disciplinar demonstra-se que ocorreu alguma infração.Ressalta-se que a subseção não tem o poder de punir o advogado, cabendo isso apenas ao Conselho Seccional. 
Art. 70. O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho Federal.
	O Tribunal de Ética e Disciplina (que é vinculado ao Conselho Seccional) é que dá a primeira sanção ao advogado. Sendo que cabe recurso, com efeito suspensivo, ao Conselho Seccional. “§ 1º Cabe ao Tribunal de Ética e Disciplina, do Conselho Seccional competente, julgar os processos disciplinares, instruídos pelas Subseções ou por relatores do próprio conselho”.
§ 2º A decisão condenatória irrecorrível deve ser imediatamente comunicada ao Conselho Seccional onde o representado tenha inscrição principal, para constar dos respectivos assentamentos.
§ 3º O Tribunal de Ética e Disciplina do Conselho onde o acusado tenha inscrição principal pode suspendê-lo preventivamente, em caso de repercussão prejudicial à dignidade da advocacia, depois de ouvi-lo em sessão especial para a qual deve ser notificado a comparecer, salvo se não atender à notificação. Neste caso, o processo disciplinar deve ser concluído no prazo máximo de noventa dias.
Art. 71. A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime ou contravenção, deve ser comunicado às autoridades competentes.
Ou seja, toda vez que alguém reclama de um advogado e ficar demonstrado que houve a prática criminosa, deverá ser encaminhada para autoridade competente (ex.: policial). 
04/09/2012
Art. 74. O Conselho Seccional pode adotar as medidas administrativas e judiciais pertinentes, objetivando a que o profissional suspenso ou excluído devolva os documentos de identificação.
04/09/2012
Continuação - PROCESSO DISCIPLINAR
Instauração: de ofício / representação
Art. 72. O processo disciplinar instaura-se de ofício ou mediante representação de qualquer autoridade ou pessoa interessada.
§ 1º O Código de Ética e Disciplina estabelece os critérios de admissibilidade da representação e os procedimentos disciplinares.
§ 2º O processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competente.
	O ato de ofício é o ato da própria Ordem que pode Presidente de Subseção; Presidente da Comissão de ética ou seu Vice e Presidente do Tribunal de Ética.
	O ato de representação fala em terceiro interessado que poderá ser: cliente em relação ao advogado, juiz, MP, delegado de polícia, procurador do estado; um advogado pode representar outro advogado etc. 
Critérios de admissibilidade:
Demonstre infração disciplinar; não estar prescrita a infração disciplinar.
Tramita em sigilo:o acesso é restrito somente às partes. Sendo que a publicidade do processo de ética somente virá com a condenação (suspensão; exclusão; censura). 
Recebida a representação designa relator:
Art. 73. Recebida a representação, o Presidente deve designar relator, a quem compete a instrução do processo e o oferecimento de parecer preliminar a ser submetido ao Tribunal de Ética e Disciplina.
§ 1º Ao representado deve ser assegurado amplo direito de defesa, podendo acompanhar o processo em todos os termos, pessoalmente ou por intermédio de procurador, oferecendo defesa prévia após ser notificado, razões finais após a instrução e defesa oral perante o Tribunal de Ética e Disciplina, por ocasião do julgamento.
§ 2º Se, após a defesa prévia, o relator se manifestar pelo indeferimento liminar da representação, este deve ser decidido pelo Presidente do Conselho Seccional, para determinar seu arquivamento.
§ 3º O prazo para defesa prévia pode ser prorrogado por motivo relevante, a juízo do relator.
§ 4º Se o representado não for encontrado, ou for revel, o Presidente do Conselho ou da Subseção deve designar-lhe defensor dativo;
§ 5º É também permitida a revisão do processo disciplinar, por erro de julgamento ou por condenação baseada em falsa prova.
	As subseções têm as comissões de ética.
	Os Conselhos Seccionais tem os Tribunais de Ética e Disciplina.
	A subseção não pune, cabendo ao TED fazer a punição.
	Sendo que a subseção quando recebe representação, ela chama o advogado para dar explicações, se este tiver explicação plausível, dar-se-á o arquivamento. Por outro lado, se o advogado não consegue dar explicação correta, plausível, a comissão de ética da subseção encaminha o caso para o TED e este nomeará relator para analisar a representação. 
Conselho Seccional pode adotar medidas administrativas e judicial para entrega da carteira:podendo a Ordem propor ação de busca e apreensão do documento. 
Art. 74. O Conselho Seccional pode adotar as medidas administrativas e judiciais pertinentes, objetivando a que o profissional suspenso ou excluído devolva os documentos de identificação.
RECURSO
	O ato de sanção em processo disciplinar admite o recurso, sendo que este poderá ter efeito suspensivo. 
Efeito suspensivo:em regra, o recurso no processo disciplinar terá efeito suspensivo. A exceção fica por conta do previsto no artigo 77, quando se tratar de eleições, ou seja, no período de ser candidato, não haverá efeito suspensivo.
	Ainda no caso de suspensão preventiva decidida pelo TED, praticar algo contra a dignidade da profissão, nesse caso, o recurso não terá efeito suspensivo. 
	Por fim se a inscrição for cancelada no caso de obtenção por meio de prova falsa, eventual recurso dessa decisão não terá efeito suspensão. 
Art. 77. Todos os recursos têm efeito suspensivo, exceto quando tratarem de eleições (arts. 63 e seguintes), de suspensão preventiva decidida pelo Tribunal de Ética e Disciplina, e de cancelamento da inscrição obtida com falsa prova.
Decisões do TED: o recurso é para o Conselho Seccional.Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Caixa de Assistência dos Advogados.
Decisões do Conselho Seccional: o recurso é para oConselho Federal.Cabe recurso ao Conselho Federal de todas as decisões definitivas proferidas pelo Conselho Seccional, quando não tenham sido unânimes ou, sendo unânimes, contrariem esta lei, decisão do Conselho Federal ou de outro Conselho Seccional e, ainda, o regulamento geral, o Código de Ética e Disciplina e os Provimentos.
Recursos internos são definidos peloRegulamento Geral:
OBS.: Forma de sanção que o TED não pode julgar os casos de processo disciplinar seja de exclusão, o TED pode fazer todo o procedimento mas na hora da decisão deverá mandar para o Conselho Seccional para final decisão. Ou seja, o Conselho Seccional é o único órgão competente para julgar casos de exclusão de advogados que deverá ter 2/3 de seus membros com decisão favorável para fazer a exclusão. (art. 38, parágrafo único do Estatuto). 
CÓDIGO DE ÉTICA
Princípios da moral:
	Individual:relacionado com um advogado específico.
	Coletiva:relacionado com toda a classe de advogados.
	Profissional:relacionado com a conduta se é ruim ou não para a classe profissional dos advogados. 
Art. 1º.O exercício da advocacia exige conduta compatível com os preceitos deste Código, do Estatuto, do Regulamento Geral, dos Provimentos e com os demais princípios da moral individual, social e profissional.
Advogado indispensável a administração da justiça:
Art. 2º. O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce.
Direito é meio de mitigar desigualdade:
Art. 3º.O advogado deve ter consciência de que o Direito é um meio de mitigar as desigualdades para o encontro de soluções justas e que a lei é um instrumento paragarantir a igualdade de todos.
	A primeira função do advogado não é propor a ação judicial, mas sim tentar a conciliação entre as partes, fazendo com que as partes cheguem a um acordo (mitigar o acordo). 
Deve zelar pela liberdade e independência:O advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego. Assim, caso o patrão queira se divorciar e procure o advogado da empresa, o correto é o patrão pagar de forma pessoal, uma vez que esta relação não tem a ver com a empresa.
Para ser considerado ético, o advogado deve manter independência, em qualquer circunstância. Ou seja, o advogado é livre para optar nas causas em que vai advogar, devendo aceitar os trabalhos que se sente bem em fazer, assim, desempenhará bem o seu trabalho com dignidade e com qualidade, e, consequentemente, passa a ser merecedor de respeito e prestígio para a classe. 
Art. 4º. O advogado vinculado ao cliente ou constituinte, mediante relaçãoempregatícia ou por contrato de prestação permanente de serviços, integrante dedepartamento jurídico, ou órgão de assessoria jurídica, público ou privado, deve zelarpela sua liberdade e independência.
Parágrafo único. É legítima a recusa, pelo advogado, do patrocínio de pretensãoconcernente a lei ou direito que também lhe seja aplicável, ou contrarie expressaorientação sua, manifestada anteriormente.
Advocacia é incompatível com o mercantilismo:para o estatuto da ordem, o pagamento não pode ser por nenhuma forma de título de crédito (cheque pré-datado, nota promissória, duplicata etc.). Ou seja, a ordem não admite o mercantilismo. Entretanto, na prática acaba ocorrendo pagamentos desta forma. 
O correto é o advogado fazer o contrato de honorários com o seu cliente 
Art. 5º.O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de
mercantilização.
É defeso ao advogado falsear deliberadamente: quando o advogado deliberadamente cria argumentos para tentar confundir o juiz, ou seja, cria fatos infundados. Este será ato de infração ética disciplinar.
Art. 6º.É defeso ao advogado expor os fatos em Juízo falseando deliberadamente averdade ou estribando-se na má-fé.
Vedado o oferecimento de serviços profissionais:A pessoa que é advogado e contador não poderá praticar as duas atividades para mesma pessoa, ou seja, os clientes da advocacia não poderão ser clientes da contabilidade e vice-versa, haja vista que esta atividade é vista pela OAB como captação de clientela – inculcação.
	O advogado que contrata pessoa para que esta traga causas para si em troca de participação de honorários (inculcação) cometerá infração disciplinar. Ressalta-se que difere da palavra indicação, uma vez que esta é um ato legítimo. 
Art. 7º. É vedado o oferecimento de serviços profissionais que impliquem, direta ou indiretamente, inculcação ou captação de clientela.
02/10/2012
RELAÇÃO ADVOGADO CLIENTE
Dever do advogado
Informar ao cliente dos riscos da ação:deve explicar de forma clara ao cliente quais são os riscos, os prós e os contras da situação em concreto. 
Art. 8º. O advogado deve informar o cliente, de forma clara e inequívoca, quanto a eventuais riscos da sua pretensão, e das conseqüências que poderão advir da demanda.
Conclusão ou desistência obriga o advogado a prestar contas:O prestar contas está relacionado ao dinheiro, documentos originais importantes, assim, o advogado deve prestar contas devolvendo valores ou documentos. 
Prestar contas prazo de 5 anos.
Art. 9º.A conclusão ou desistência da causa, com ou sem a extinção do mandato, obriga o advogado à devolução de bens, valores e documentos recebidos no exercício do mandato, e à pormenorizada prestação de contas, não excluindo outras prestações solicitadas, pelo cliente, a qualquer momento.
16/10/2012
Concluída a causa ou arquivado o processo presume-se a cessação do mandato:
Art. 10.Concluída a causa ou arquivado o processo, presumem-se o cumprimento e a cessação do mandato.
	A causa se conclui em regra, com o transito em julgado, ressalta-se que em alguns casos o processo segue para a execução, nesse caso, o mandato não cessa. 
Não deve aceitar a procuração de quem já tenha patrono:
Art. 11. O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo justo ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis.
Ressalta-se que pode aceitar a procuração de quem já tenha advogado, desde que seja para uma situação específica, para defesa de um só ato, ou seja, para situações de urgência. Ex.: participação de audiência em que o outro advogado não pode comparecer etc. 
Não abandonar a causa:
Art. 12. O advogado não deve deixar ao abandono ou ao desamparo os feitos, sem motivo justo e comprovada ciência do constituinte.
A renúncia ao patrocínio implica omissão:
Art. 13. A renúncia ao patrocínio implica omissão do motivo e a continuidade da responsabilidade profissional do advogado ou escritório de advocacia, durante o prazo estabelecido em lei; não exclui, todavia, a responsabilidade pelos danos causados dolosa ou culposamente aos clientes ou a terceiros. 
A revogação do mandato não desobriga o pagamento das verbas honorárias:
Art. 14. A revogação do mandato judicial por vontade do cliente não o desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas, bem como não retira o direito do advogado de receber o quanto lhe seja devido em eventual verba honorária de sucumbência, calculada proporcionalmente, em face do serviço efetivamente prestado.
Não aceitar imposição do cliente: 
Art. 22. O advogado não é obrigado a aceitar a imposição de seu cliente que pretenda ver com ele atuando outros advogados, nem aceitar a indicação de outro profissional para com ele trabalhar no processo.
Realizar substabelecimento com ou sem reserva:
Art. 24. O substabelecimento do mandato, com reserva de poderes, é ato pessoal do advogado da causa.
§ 1º O substabelecimento do mandato sem reservas de poderes exige o prévio e inequívoco conhecimento do cliente. 
§ 2º O substabelecido com reserva de poderes deve ajustar antecipadamente seus honorários com o substabelecente.
Com reserva de iguais poderes: não precisa comunicar o cliente. O novo advogado terá os mesmos poderes que o atual que faz o substabelecimento.
Sem reserva de iguais poderes:o que substabelece deixa os poderes que está com você e coloca outro advogado no lugar. Nesse caso, o cliente deve ser informado

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