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Mielomeningocele Mal formação congênita com lesão medular em qualquer segmento da coluna, porém é mais comum na coluna medular. Lesão Medular não traumática Forma mais comum de doença relacionada a defeitos de fechamento do tubo neural (85%). Falta de fusão dos elementos posteriores da coluna vertebral, com malformação de lâminas e processos espinhosos e displasia da medula espinhal: Naquele local na coluna que ocorre falha no fechamento das vértebras posterior saí uma bolsa cística contendo líquor, medula, meninge + tecido nervoso recoberto por pele. Tipo de espinha bífida cística, envolvendo meninges, medula, raízes nervosas, revestida por fina camada de pele e envoltas por líquor. Sintomas abaixo da lesão: Perda Sensitiva, perda motora (perda de força), hipotonia, arreflexia, incontinência urinaria e fecal. Quanto mais alto a lesão pior será o prognóstico da criança! Neurulação Fechamento do Tubo neural – vai estar completo de 26 a 27 dias de idade uterina Importância do Fechamento TN: Forma SNC (Encéfalo e medula) O que acontece na MIELO é que algum desses fechamentos ficam abertos. No local da abertura que forma a medula acontece à má formação. Fechamento ponto a ponto, induzido pelos somitos: Cada ponto se fecha individualmente Ex: Vestido de noiva – fecha 1 botão de cada vez e a má formação acontece quando um botão fica aberto ESPINHA BÍFIDA 1. CÍSTICA: forma um cisto para fora do canal vertebral a) Meningocele: Bolsa cística formada por Meninges + líquor. A Criança é assintomática pois não tem lesão medular. Bons movimentos ativos de MMII b) Mielomeningocele: Bolsa cística formada por Medula + Raízes nervosas + líquor + meninges Paralisia (perda total) ou paresia(perda parcial) MMII 2. OCULTA: Não forma bolsa cística no dorso do bebê Benígna! Não ocorre lesão medular, só não fecha os arcos vertebrais posteriores. Forma um Tufo anormal de pêlos em um determinado ponto da coluna – criança não tem sintomatologia A pessoa vive anos sem saber que tem, só sabe quando começa com uma dor nas costas e faz a ressonância e vem o diagnóstico. Espinha bífida cística Diagnóstico intra útero – Pode fazer cirurgia intra útero 24h pós nascimento faz uma cirurgia da correção dessa bolsa cística: Preserva a maior Quantidade de tecido nervoso, fecha e fica com uma cicatriz grande. Manifestações Clínicas da MIELOMENINGOCELE Abaixo do nível da lesão: Paralisia flácida: Ausência total de movimento - hipotonia Atrofia muscular: Ausência de força, tônus Diminuição ou abolição dos reflexos tendíneos; Diminuição ou abolição da sensibilidade; Incontinência esfincteriana; Deformidades de origem paralítica e congênita. Luxação congênita Pé torto congênito Complicações Secundárias Úlceras de decúbito: Os pacientes não sentem dor, não tem manobra de alívio de pressão Alterações vasomotoras: Não tem contração de vasos Osteopenia - osteoporose – fraturas: Não se movimenta, não descarrega peso, não tem contração Atraso do DNPM: Dificuldade de rolar, engatinhar, arrastar, 4 apoios, semi-ajoelhados, em pé Contraturas e deformidades: desequilíbrio de forças, padrão que deambula Obesidade. Manifestações neurológicas associadas Medula presa: A criança faz a cirurgia – corrigi a bolsa cística – fica uma cicatriz extensa – ocorre a fixação da parte terminal da medula (firum terminal) na cicatriz cirúrgica – há um estiramento das raízes nervosas da medula por conta dessa fixação. Acomete Moto Neurônio Superior – Sinais: Espaticidade, hipertonia Elástica (Babinski, clônus, hiperreflexia), dor na região da cicatriz cirúrgica, evolui com escoliose, qualquer modificação habital da criança (Ex: Boa força muscular e teve perda repentina) OBS: A característica principal da Mielo é Hipotonia abaixo da lesão, então se apresentou hipertonia pode ter certeza que é medula presa. Hidrocefalia Presente em mais de 90% dos casos; Perímetro da cabeça - líquor nos ventrículos – Causa pressão intracrania – comprimi as outras estruturas cefálicas Hidrocefalia obstrutiva: não permite a passagem do líquor circulante e se acumula no ventrículo Imediatamente após o diagnóstico: Shunt de Derivação Ventrículo- peritonial ou ventrículo-atrial = Para drenar colocam uma cânula que drena dos ventrículos até o peritônio. A medida que a criança cresce, faz outras cirurgias para substituir a válvula que já está pequena ou a criança pode ter alergia ou ainda a válvula não está funcionando bem Sinais clínicos: Aumento do perímetro cefálico, diminui o nível de consciência, convulsões, irritabilidade, vômito em jato, cefaléias, dilatação das veias do couro cabeludo, abaulamento das fontanelas, Sinal do sol poente (olhar baixo, pitose palpebral, olhos mais fechados) Importância da Perimetria Cefálica; Complicações da Hidrocefalia: Alteração visual, mental, auditiva. Pode ficar Tetraparético Influência no prognóstico Malformação de Arnold-Chiari: Chiari II: herniação das amígdalas, vérmix cerebelar, parte do quarto ventrículo e porção inferior da medula oblonga (bulbo), para dentro do canal vertebral Obs: Essas estruturas se encontram herniada no forame magno – ocorre descida das estruturas e são comprimidas no forame magno – o líquor não consegue passar e se acumula no ventrículo Incidência e Etiologia Estima-se 1:1000 nascidos vivos em países desenvolvidos e 1:10 0 em regiões subdesenvolvidas Risco de recorrência entre irmãos é de 5 %, filho de portador 5% e filho de ambos pais portadores de 15% : Casos na mesma família aumentam a incidência de Mielo Causas ambientais e genéticas estão relacionadas deficiência de ácido fólico**, uso de álcool nas primeiras semanas Acido Fólico: Vitamina do complexo B – encontramos em folhas verdes escuras, feijões, carne do fígado bovino Principal componente do fechamento tubo neural Medidas Preventivas da Mielo: Ingestão v ia oral de acido fólico 3 m eses antes de engravidar (planejar a gravidez) e até o 3º mês da gestação. Medidas nacionais Diante do elevado número de casos registrados e das numerosas pesquisas mostrando a eficiência do uso de ácido fólico por mulheres em idade gestacional, o Ministério da Saúde com o apoio de instituições médicas, adotou a Resolução RDC 344, de 13 de dezembro de 2002, que estabelece a obrigatoriedade para os fabricantes de farinha de trigo e milho enriquecerem seus produtos com o ácido fólico. Desde 2002: Farinha de trigo e milho tem enriquecimento de acido fólico, porque é a base da alimentação e mais barata. Diagnóstico Amniocentese e soro materno: investigação da taxa de alfa-fetoproteína, po is se tiver com altos níveis indica a decorrência de falha no fechamento do tubo neural Amniocentese: Exame invasivo, para retirada por pulsão do líquido amniótico no período gestacional e faz a análise Ultrassonografia: Alargamento do canal vertebral e formação da bolsa cística são sinais de Mielo, também detecta hidrocefalia Importância do Diagnóstico no Período gestacional: A criança tem que nascer num centro onde tenha UTI neonatal pois vai precisar fazer cirurgia logo após o nascimento, tem que ser tida por parto cesárea pois o parto natural pode romper a bolsa cística com a pressão que a propícia a infecções - Paralisia (perda total) ou paresia (perda parcial) MMII – a criança não ajuda na hora da expulsão do parto e pode sofrer anoxia Tratamento Fechamento da lesão nas primeiras 24h de vida Possibilidade de fechamento intra-útero Drenagem do líquido cérebro-espinal (derivação ventrículo peritoneal) Atenção aos desvios ortopédicos Prevenção de infecções urinárias (cateterismo intermitente) e complicações intestinais (treino e controle da defecação) CateterismoIntermitente: Esv aziamento da bexiga a cada 2 a 3h por uma cânula Controle da defecação: Manobras que auxiliam a defecação Utiliza Frauda por conta do gotejamento que o paciente não tem controle Febre: Pode indicar que está ocorrendo Infecções urinárias de repetição Pode ser utilizado 14 dias de antibiótico pois a bexiga não esvazia completamente Órteses Avaliação fisioterapêutica 1. Anamnese Se tem caso na família? Pois tem componente genético! Qual o grau de parentesco? Foi administrado ácido fólico? A gravidez foi planejada e desejada? Quando foi o diagnóstico, qual exame? Como foi o parto? Quanto tempo de cirurgia? Quando colocou a válvula? Em caso de hidrocefalia Fez alguma outra cirurgia? Qual foi e quando fez? 2. Inspeção Cicatriz cirúrgica – verificar o tamanho e o local Tufos de pêlos Cicatrizes decorrentes da colocação da válvula – ver e a palpar a região da cabeça Hipotonia MMII – postura de abandono MMII Trofismo - Hipotrofia 3. Palpação – Hipotonia e Hipotrofia 4. Perimetria cefálica 5. Sensibilidade 6. Trofismo, tônus, força muscular*, ADM 7. Reflexos – Hiporeflexia 8. Trocas posturais: Movimento ativo e funcionalidade ASIA Avalia Força muscular e sensibilidade tátil e dolorosa Não consigo avaliar pela ASIA crianças novinhas ou com alteração cognitiva ou comportamental Nível Sensitivo: Mais baixo nível com função sensitiva preservada tanto tátil como dolorosa Nível Motor: Mais baixo nível com função motora preservada que tenha no mínimo 3 sendo que a raiz imediata seja 5 Teste de força muscular a partir de L2 – S1 pela escala de Kendall Níveis neurológicos de lesão e prognóstico de deambulação Nível torácico (até T12): ortostatismo com parapódium fixo ou com rodas; prognóstico de deambulação ruim. Tutor longo com cinto pélvico e prolongamento torácico. Possível RGO na infância; Cadeira de Roda na adolescência. Não tem preservação de musculatura de MMII Nível lombar alto (L2-L3): prognóstico regular. Tutor lo ngo com cinto pélvico; andador ou muletas; RGO. L2: Iliopsoas, adutores L3: eventualmente o quadríceps RGO: Muito peso e gasto de energia – Quando transfere peso para um dos lados com extensão de tronco a órtese é acionada e leva o membro para frente, transfere peso para o outro lado com extensão levando o outro membro para frente. Nível lombar baixo (L4 ou L5 ): prognóstico muito bom. Órteses tornozelo-pé; muletas canadenses. Nível sacral ( S1): Ótimo prognóstico. Órteses tornozelo-pé. A maioria atinge deambulação comunitária. Padrão de deambulação Deambuladores comunitários: dentro e fora de casa, com ou sem órteses. CR para longas distâncias. Níveis de Lombar baixa e sacral Deambuladores domiciliares: domicílio (só dentro de casa, ambiente conhecido) com órteses em curtas distâncias e CR para longas distâncias. Independentes em transferências. Deambuladores não funcionais: deam buladores terapêuticos e CR para a maioria das atividades. Crianças que estão ganhando ou perdendo a marcha Não deambuladores: Cadeira Roda para todas as atividades. Independentes ou não em tranferências. Níveis Torácicos Fatores que interferem na deambulação Nível neurológico da lesão: nível motor – pior prognóstico da lesão Deformidades instaladas: não consegue ortotizar para andar Obesidade: não consegue encaixar no tutor longo Complicações neurológicas: Associadas ao quadro de hidrocefalia ou medula presa Déficit cognitivo: não responde ao comando do terapeuta - Hidrocefalia mal tratada ou não compensada Nível sócio-econômico: Família que compra as órteses, precisa freqüentar as terapias e gasta dinheiro com a locomoção Metas Estimulação do DNPM; Prevenção de contraturas e deformidades; Fortalecimento muscular de MMSS, tronco, abdominais e MMII (inervação preservada): Para ser independentes em transferência – fortalece MMSS Capacidade e independência funcional para locomoção e AVDs; Equilíbrio e proteção; Ortostatismo e marcha: Descarga de peso para estimulação óssea Orientações; Encaminhamentos. OBS: Tônus: Não dá para modificar a hipotonia de MMII pois não tem integridade dos nervos Propriocepção Articular: Via do Fascículo Grácil que carrega esse tipo de informação está bloqueada
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