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Casos Civil IV

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AULA 01
CASO CONCRETO
Antônio celebrou contrato de compromisso de compra e venda de bem imóvel com Ricardo, em 02 de fevereiro de 2016, tendo por objeto seu apartamento situado no bairro do Recreio, no Rio de Janeiro, no valor de R$ 800.000,00. A escritura não foi registrada no respectivo Cartório de Registro de Imóveis. Diante da inadimplência desde o ano de 2014, o condomínio ajuíza a Ação de Cobrança (referente às cotas condominiais em atraso), em face do promitente vendedor, que alega ilegitimidade passiva. Sustenta Ricardo (promitente vendedor) que a promessa de compra e venda já teria transferido a responsabilidade pelo pagamento da cota condominial ao promitente comprador, e que a propriedade do bem imóvel fora transferida no ano de 2016 para Antônio.
INDAGA-SE:
a) A responsabilidade pelo pagamento de cotas condominiais tem qual natureza jurídica?
RESPOSTA: A responsabilidade pelo pagamento de cotas condominiais tem a natureza jurídica de Obrigação Propter Rem. Esta tem caráter pecuniário, onde o titular de um direito real tem o ônus de pagar devido ao fato de ser titular de tal direito pré existente. Como preleciona Orlando Gomes, consideradas em sua origem, verifica-se que provêm da existência de um direito real, impondo-se a seu titular. Se o direito de que se origina é transmitido, a obrigação o segue, seja qual for o titulo translativo. O adquirente do direito real não poderá simplesmente recusar-se a assumi-la.
b) No Código Civil Brasileiro há algum dispositivo legal acerca da responsabilidade pelo pagamento das cotas condominiais que possa ser utilizado pelo condomínio, na respectiva ação ajuizada? Explique a sua resposta com a devida fundamentação.
RESPOSTA: Em regra as cotas condominiais devem ser pagas pelo titular do direito real de propriedade sobre o bem, porém o artigo 1.334, §2º combinado com o inciso I do mesmo artigo do código civil equipara o promitente comprador a proprietário quando se trata cotas condominiais e no inciso IV a responsabilidade pelas sanções impostas pelo condomínio. Então, com este dispositivo do Código Civil o condomínio poderá alegar que as responsabilidades de pagamento pelas cotas condominiais serão de competência de Ricardo.
c) Na hipótese narrada, pode-se afirmar que houve transferência da propriedade do bem imóvel, mediante o contrato celebrado entre Antônio e Ricardo? Explique sua resposta com a devida fundamentação.
RESPOSTA: Fazendo referência ao artigo 1.227 do código civil podemos afirmar que não houve a transferência da propriedade, pois esta somente se transfere mediante registro junto ao RI. Na forma do artigo 1.245 do mesmo código, §1º enquanto não for registrado, o alienante continua sendo o proprietário do imóvel
Questão objetiva
Sobre as obrigações propter rem é correto afirmar que:
a. São obrigações que constituem verdadeiros direitos reais, uma vez que existem em função da
existência desses. Portanto, o titular do direito real, será o titular da obrigação propter rem.
b. Renúncia ao direito real libera sempre o renunciante da obrigação propter rem.
c. Ocorrendo a transferência da coisa sobre a qual incide uma obrigação propter rem esta estará
automaticamente extinta.
d. São obrigações de natureza ambulatória, o que significa afirmar que a titularidade acompanha sempre o direito real, como é o caso do IPTU e da taxa de condomínio.
e. Para a caracterização da obrigação propter rem importa identificar quem era o seu titular à época do fato gerador.
Resposta: Letra “d".
AULA 2
CASO CONCRETO
Mariana emprestou a título gratuito o seu apartamento para Sandra, sem fixar prazo para devolução. Durante o tempo em que esteve no imóvel, Sandra fez todos os reparos necessários, além de ter construído um cômodo a mais para um de seus filhos morar com ela. Após 10 anos, Mariana solicitou de volta a casa, mas Sandra recusou-se a devolver, alegando que não teria outro lugar para ir e que, após 10 anos de utilização mansa, pacífica e sem oposição, já teria tempo suficiente para usucapir o bem.
Considerando as informações acima, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE:
 
Qual a classificação da posse de Sandra, antes de Mariana pedir o imóvel de volta? (justa/injusta; boa-fé / má-fé; originária / derivada; direta / indireta):
Resposta: Por haver um justo título que dá direito a Sandra estar na posse do imóvel, um contrato de comodato, sua posse é classificada como justa, e além do mais se encontram antes de Mariana pedir o imóvel ausentes os vícios objetivos da posse enumerados no artigo 1.200 do código civil, portanto posse justa. E também de boa-fé, devido ao fato da possuidora ter ignorado o vicio e obstáculos que impediriam a aquisição da coisa. A posse de Sandra é oriunda de uma relação jurídica de desdobramento da posse, a qual seja o negócio jurídico comodato, posto isso temos claro que a posse foi concedida a Sandra por Mariana, existe um possuidor antecessor, a posse não foi conquistada por Sandra, mas cedida, portando se classifica a posse neste critério como posse derivada.Após celebrado o contrato de comodato, ocorrendo o desdobramento da posse, Mariana passa a posse direta do bem a Sandra, se reservando na posição de possuidora indireta, portanto posse direta.
Questão objetiva:
No que diz respeito à posse é correto afirmar:
(a) Para que haja composse é necessário que todos os co-possuidores tenham ciência da posse dos demais;
(b) O possuidor direto pode exercitar a repulsa legítima à invasão de sua esfera possessória por parte do possuidor indireto, ainda que não mais vigente o título jurígeno autorizador do desdobramento da posse;
(c) Não se caracteriza a posse violenta quando alguém se apossa de propriedade onde não encontrou ninguém e depois tão-somente impede o dono de nela reentrar;
(d) A companheira tem justo título na posse de bens comuns do casal, quando do falecimento do companheiro.
 
Resposta: Letra “d".
AULA 03
CASO CONCRETO
Marcelo move ação reivindicatória em face de Rodrigo em 2015, afirmando ser proprietário de determinado imóvel, desde 2012. Porém, deixa de instruir a inicial com a escritura pública devidamente registrada, eis que não a possui. Rodrigo apresenta contestação na qual sustenta deter a posse do imóvel desde 2008, posse que lhe fora transmitida com a morte de sua mãe, possuidora mansa e pacífica do imóvel, desde 1998, com justo título e animus domini. Alega Rodrigo, em seu favor, a exceção de usucapião, requerendo a improcedência do pedido com o reconhecimento da prescrição aquisitiva, invocando, alternativamente, o direito de retenção por benfeitorias úteis, e protestando por prova testemunhal. Em audiência de conciliação considerou o magistrado estar comprovada a matéria de direito, inexistindo matéria de fato a ser considerada. Denega a produção de provas testemunhal e profere sentença de procedência do pedido inicial, sob os seguintes argumentos: a) que não cabe discussão acerca da posse ad usucapio nem e que restou comprovado o domínio do autor; b) que, por ser a posse um estado de fato, não é possível a sua transmissão; c) que não cabe o direito de retenção por benfeitorias, pois se trata de possuidor de má fé. Diante do caso concreto, pergunta-se:
1. Como advogado(a) de Rodrigo, que direitos sustentaria para fundamentar sua defesa?
2. Sem discutir a questão da usucapião, terá Emerson direito à posse do bem? Por quê?
3. Como fica o direito de retenção por benfeitorias?
4. E o direito aos frutos?
RESPOSTAS: 
A) Primeiramente, pode concluir que Marcelo não tem legitimidade para mover ação reivindicatória, pois não é o proprietário por carecer de escritura pública devidamente registrada junto ao RI, portanto não se comprova o domínio do autor. Concluindo então que somente quem tem a propriedade comprovada do bemé que tem legitimidade para propor ação reivindicatória. Em relação a alegação de que não cabe discussão na questão da usucapião, o magistrado está equivocado, devido ao fato da posse transmitida a Rodrigo por sua mão, ter presente o animus domini, elemento essencial para a comprovação de tal direito real, onde se adota a teoria subjetiva de Savigny, onde o indivíduo possui a intenção de tornar-se dono da coisa, também demostrada através do justo título. Modo pelo qual se alcança a propriedade por meio do instituto do usucapião.
No que diz respeito a transmissão da posse, será transferida com as mesmas características com que foi adquirida, sendo a posse de Rodrigo uma posse derivada. Por fim, caso a ação de Marcelo prospere, após a citação válida Rodrigo será constituído de má-fé, porém como a ação será julgada improcedente por falta de elementos constitutivos, retroagirá até a data da citação e os frutos pertencerão a Rodrigo, possuidor de boa-fé.
B) Quem terá direito a posse do bem, é Rodrigo, possuidor de boa-fé com justo título, sua posse derivada prolongou pelo tempo, está presente o animus domini. Já Marcelo, moveu equivocadamente ação reivindicatória sem nem mesmo ter registro de escritura junto ao RI, sem ser proprietário, cabendo apenas a extinção do processo sem julgamento do mérito.
C) Bem claro está que pela deficiência do registro de escritura junto ao RI, e pela errônea propositura de ação reivindicatória, resta concluído que após o indeferimento da mencionada ação, mesmo após a citação válida e Rodrigo ser reputado temporariamente como de má-fé até o fim da ação caberá a ele todas as benfeitorias, pois ele continuará na posse do bem e desfrutando de eventuais melhoramentos.
D) Quando se der a citação válida, Rodrigo será constituído possuidor de má-fé temporariamente, e ele terá direito aos frutos percebidos enquanto durar a boa-fé, porém como não prosperará a pretensão de Marcelo, pois que este não é o proprietário o indeferimento da ação fará com que Rodrigo retorne ao estado de possuidor de boa-fé retroagindo até o dia da citação válida, momento em que foi constituído de má-fé.
OUTRA RESPOSTA POSSÍVEL:
Quanto aos argumentos: A) A aquisição se dá, como regra, pelo registro junto ao RGI. Se não há título registrado ele não é proprietário. Caberá o discussão, pois o acolhimento do usucapião faz com que o título eventual do autor não tenha mais qualquer efeito.
B) Dar-se-á a transmissão da posse através da "Sucessio Possessiones", onde pelo óbito os herdeiros dão continuidade a posse do falecido.
C) Até a citação válida, como ele é possuidor com justo título, presume-se a boa-fé. Não está agindo de boa-fé a partir do momento em que estiver ciente da citação de que alguém pretende reaver aquele bem.
1) A ação será julgada improcedente e como ele é portador de justo título presume-se a sua boa-fé e a sua melhor posse diante de Marcelo.
2) Porque a ação reivindicatória será julgada improcedente, e como ele é portador de justo título, presume-se relativamente a sua boa-fé e sua melhorasse diante de Marcelo.
3) O direito de retenção é cabível, pois ele é possuidor com justo título, presumindo-se a sua boa-fé, aplicando-se, portando o Artigo 1.219, do CC, que assegura a ele indenização e retenção por benfeitorias úteis.
4) Caso a ação fosse julgada procedente, ele teria direito aos frutos que percebeu até ser citado, devendo devolvê-los após ser citado. Porém, como a ação será improcedente, ele terá direito a todos os frutos indefinidamente, conforme art. 1.214, CC. Se não tivesse justo título, até que provem ao contrário, ele será considerado possuidor de boa-fé até ter sido citado.
Questão objetiva 1
O possuidor de má-fé:
(a) Não tem direito à indenização independentemente do tipo de benfeitoria que tenha realizado no imóvel.
(b) Tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e das úteis, mas só pode reter o imóvel em razão das necessárias.
(c)Tem direito à indenização só das benfeitorias necessárias, mas não tem direito de retenção do imóvel.
(d) Tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e das úteis sem direito de retenção do imóvel.
(e) Tem direito à indenização só das benfeitorias necessárias com direito de retenção do imóvel. 
Resposta: Letra “c”.
Questão objetiva 2
Assinale a alternativa incorreta:
(a) O possuidor tem direito de ser mantido na posse em caso de turbação.
b) Considera-se possuidor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro,
conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções.
(c) O Código Civil reconhece como injusta a posse que for violenta, clandestina ou precária.
(d) A posse poderá ser desmembrada em direta e indireta.
Resposta: Letra “b".
AULA 04
CASO CONCRETO
Ana Paula vendeu a Sergio o seu apartamento, recebendo desde logo todo o preço ajustado, efetuando-se o registro da escritura no RJ. Como ainda não estava pronto o novo apartamento de Ana Paula, para o qual pretendia se mudar, Sergio permitiu que Ana Paula continuasse a morar no imóvel que lhe vendeu, por mais dois meses, pagando apenas as despesas de condomínio, IPTU, luz e gás. Em face do exposto, responda:
 
a) Ana Paula continua sendo proprietária do imóvel que ocupa?
Resposta: Por ter havido lavratura de Escritura Pública de Compra e Venda, ou seja, por título translativo, transferindo a propriedade do bem para o nome de Sergio e tendo a citada escritura sido registrada junto ao registro de imóveis do Cartório competente, Ana Paula, após o ato de registro, deixará de figurar como proprietária do imóvel, passando a figurar como novo proprietário, Sergio. Conforme disposto no Artigo 1.245, do Código Civil, “Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis,”. O § 1º deste mesmo artigo complementa "Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel.” Portanto, caso Ana Paula e Sergio tivessem lavrado a Escritura Pública de Compra e Venda, mas não a levassem a registro, o efeito desta seria somente inter-partes. O registro desta escritura se faz necessário para que a alienação produza efeitos erga omnes. Conforme o professor Flávio Tartuce “a propriedade imóvel transfere-se pelo registro do contrato no Cartório de Registro Imobiliário (CRI). Dessa forma, o contrato de compra e venda traz somente o compromisso do vendedor em transmitir a propriedade, denotando efeitos obrigacionais (art. 482 do CC). Em outras palavras, o contrato é translativo no sentido de trazer como conteúdo a referida transmissão, que se perfaz pela tradição nos casos que envolvem bens móveis, ou pelo registro, nas hipóteses de bens imóveis (Trecho de: Flávio Tartuce. “Manual de Direito Civil – Volume Único, 6.ª edição”).
b) Ana Paula continua sendo possuidora? Se positiva a resposta, a que título? 
Resposta: Ana Paula, após a transação, se tornaria possuidora direta, pois esta manteria o contato físico com o bem, mesmo este já tendo sido alienado, considerando assim, um comodato estabelecido quando foi realizada a transação. Conforme Carlos Roberto Gonçalves “o ato de locar, de dar a coisa em comodato ou em usufruto, constitui mera conduta própria de dono, não implicando a perda da posse, que apenas se transmuda em indireta.” (Trecho de: Carlos Roberto Gonçalves. "Direito Civil Brasileiro - Volume 5, 12.ª edição”).
c) Sergio é possuidor do imóvel que adquiriu? 
Resposta: Havendo cláusula expressa na Escritura Pública de Compra e Venda admitindo que Ana Paula permanecesse no imóvel, Sergio se tornaria possuidor indireto, pois havendo o constituto possessório, Sergio receberia esta posse de maneira ficta por conta da citada cláusula, ou seja, Ana Paula transferiria o domínio do imóvel, conservando-a em seu poder. Conforme o professor San Tiago Dantas “A posse pode ser transmitidapor via contratual antes da alienação do domínio e, depois desta, pelo constituto possessório, que se tem por expresso na respectiva escritura em que a mesma é transmitida ao adquirente da propriedade imóvel, de modo a legitimar, de logo, para o uso dos interditos possessórios, o novo titular do domínio, até mesmo em face do alienante que continua a deter o imóvel, mas em nome de quem o adquiriu” (programa, cit, v. III, p. 68). Complementa ainda o renomado professor Carlos Roberto Gonçalves que “No constituto possessório o possuidor de uma coisa em nome próprio passa a possuí-la em nome alheio. No momento em que o vendedor, por uma declaração de vontade, transmite a posse da coisa ao comprador, permanecendo, no entanto, na sua detenção material, converte-se, por um ato de sua vontade, em fâmulo da posse do comprador. De detentor em nome próprio, possuidor que era, converte-se em detentor pro alieno” (Trecho de: Carlos Roberto Gonçalves. "Direito Civil Brasileiro - Volume 5, 12.ª edição”).
d) Se Ana Paula, ao término dos dois meses, não entregar o imóvel a Sergio, o que poderá este fazer? 
Resposta: Caso Ana Paula, ao término dos dois meses, não entregue o imóvel, Sergio deverá ajuizar a Ação de Reintegração de Posse, pois pelo constituto possessório, Sergio recebeu a posse plena e devolveu a Ana Paula a posse direta. Conforme o Artigo 1.197, do Código Civil, “A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto.” Segundo o desembargador Ernani Fidélis dos Santos "A proteção possessória pode ser pleiteada pelo possuidor direto ou indireto. O possuidor indireto não tem o poder físico sobre a coisa, nem exterioriza a propriedade, mas é considerado como tal, quando temporariamente cede a posse direta” (Trecho de Ernani Fidélis dos Santos. "Manual de Direito Processual Civil. Vol. 3; 11ª edição”). 
Com o término do prazo estipulado pela cláusula constituti, Ana Paula ao não proceder com a entrega do imóvel, tornou-se possuidora de má-fé, esbulhando, privando injustamente o legítimo possuidor, que é o Sergio, de exercer a sua posse de maneira total. Sergio deverá provar que já possuiu a posse direta, o que ocorreu na ocasião do registro do título translativo junto ao Registro de Imóveis, e terá de provar que sua posse foi esbulhada, o que ocorreu com a não entrega do imóvel por Ana Paula na data convencionada. Segundo o professor Carlos Roberto Gonçalves “Quer a perda resulte de violência, quer de qualquer outro vício, como a clandestinidade ou a precariedade, cabe ao possuidor a ação de reintegração de posse, a fim de ser restituído na posse da coisa.” (Trecho de: Carlos Roberto Gonçalves. "Direito Civil Brasileiro - Volume 5, 12.ª edição”).
Questão objetiva:
Dá-se o traditio brevi manu, quando:
a. o possuidor de uma coisa em nome alheio passa a possuí-la como própria. 
b. o sucessor universal continua a posse do antecessor.
c. a posse puder ser continuada com a soma do tempo do atual possuidor com a posse de seus antecessores.
d. o possuidor de um imóvel em nome próprio passa a possui-lo em nome alheio.
e. se exerce a posse em razão de uma situação de dependência econômica ou de um vínculo de subordinação.
Resposta: Letra “a".
AULA 05
CASO CONCRETO
Jonas, proprietário de terreno adquirido de Lauro por meio de escritura de compra e venda registrada em 2016, propõe ação reivindicatória em face de Geraldo, no mesmo ano, alegando que este ocupa o imóvel injustamente. Geraldo, em contestação, alega que, em 2014, comprou e pagou o preço do imóvel a Estevão, procurador em causa própria constituído por Lauro, obtendo deste um recibo de aquisição do bem, além do que, tem conduta consentânea com a função social da propriedade. Pergunta-se:
 
 a) Quem é o atual proprietário do bem e sob qual fundamento?
Resposta: O atual proprietário do bem é Jonas, pois este adquiriu de Lauro por meio de Escritura de Compra e Venda devidamente registrada junto ao Registro de Imóveis competente. Conforme o Artigo 1.245, do Código Civil, “Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo em Registro de Imóveis.”
 
b) Está correta a ação proposta por Jonas? Esclareça.
Resposta: O principal requisito para que se tenha legitimidade para se mover uma ação reivindicatória é que o autor da ação comprovando a legitimidade do direito de propriedade, portanto, Jonas agiu corretamente. Pois o CC deixa claro que o proprietário poderá reaver a coisa se alguém injustamente a detenha.
c) Na hipótese, poderia Jonas ingressar com ação de reintegração de posse? Justifique.
Resposta: Antes de se propor uma ação de reintegração de posse deve o autor averiguar se já teve posse ou seu antecessor, caso contrário não terá legitimidade para propor a ação. E neste caso, estamos diante de discussão sobre propriedade e não posse.
d) O que é função social da propriedade? Há previsão no direito brasileiro?
Resposta: A função Social da Propriedade está expressa no direito brasileiro no Artigo 1.228, § 1º, do Código Civil. O direito de propriedade deve ser exercido em sua funcionalidades econômicas e sociais.
Questão objetiva
 
(DPESE2012) Com relação ao direito de propriedade, direito real por meio do qual o proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa e o direito de reavê-la do poder de quem injustamente a possua ou detenha, assinale a opção correta.
a. A lei admite a intervenção na propriedade, por meio da desapropriação, sempre que o agente público entendê-la conveniente e necessária aos interesses da administração pública, tendo, nesse caso, o proprietário direito a justa indenização.
b. Presume-se, até que se prove o contrário, que as construções ou plantações existentes na propriedade sejam feitas pelo proprietário e às suas expensas. Entretanto, aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio, ainda que tenha procedido de boa-fé, perde, em proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções.
c. Caso o invasor de solo alheio esteja de boa-fé e a área invadida exceda a vigésima parte do solo invadido, o invasor poderá adquirir a propriedade da parte invadida, mas deverá responder por perdas e danos, abrangendo os limites dos danos tanto o valor que a invasão acrescer à construção quanto o da área perdida e o da desvalorização da área remanescente. - Conforme Artigo 1.258, do Código Civil.
Resposta: Letra “c".
AULA 07
Gustavo e Rodolfo dissolveram em 2012 sua união homoafetiva em que conviveram desde 2000. Gustavo voltou para a casa dos seus pais e Rodolfo permaneceu no apartamento em que viviam e que adquiriam de forma onerosa durante a união. Com o a dissolução da união foi litigiosa, Gustavo decidiu deixar todas as contas relativas ao imóvel para Rodolfo pagar, tais como, o IPTU e as taxas condominiais, já que não mais iria morar no bem. Após 4 anos morando com os seus pais, Gustavo decide contratar você como advogado(a), para postular o seu direito à metade do apartamento, eis que comprou o bem em co-propriedade com Rodolfo e até o momento não tinham partilhado o referido imóvel. Pergunta-se: Gustavo conseguirá obter em Juízo o seu direito à metade (meação) do apartamento? Fundamente sua resposta.
Resposta: Primeiramente, observando-se que se trata do único imóvel urbano em que os companheiros são co-proprietários, adquirido na vigência da união estável, bem como tendo Gustavo abandonado o lar, e esse abandono se traduz no abandono afetivo somado à ausência da tutela à família que permanece no bem, sendo irrelevante aferir a culpa da dissolução conjugal, que fica demonstrado quando Gustavo decidiu deixar todas as contas relativas ao imóvel para Rodolfo. Some-se ainda a isso o lapsotemporal de 4 anos. Ficando evidente que Gustavo em sua pretensão não terá êxito, tendo em vista que já estão preenchidos os requisitos do usucapião pró-família, onde são necessários apenas o transcurso de 2 anos, a existência de um único imóvel urbano comum e o abandono do lar por parte de um dos cônjuges ou companheiro. Estando preenchidos os requisitos da usucapião pró-família, Rodolfo irá precisar apenas de uma sentença declaratória de domínio, pois este de fato ele já o tem ao preencher os requisitos da modalidade de usucapião aqui tratada.
Questão objetiva
Por 10 anos, sem interrupção nem oposição, Fábio possuiu, como seu, bem imóvel no qual estabeleceu sua moradia habitual, podendo:
A. depois de mais cinco anos requerer ao juiz que declare adquirida a propriedade do bem, independentemente de justo título e boa-fé.
B. requerer ao juiz que constitua desde logo, em seu favor, a propriedade do bem, somente se possuir justo título e boa-fé.
C. depois de mais cinco anos requerer ao juiz que constitua, em seu favor, a propriedade do bem, desde que possua justo título e boa-fé.
D. requerer ao juiz que declare desde logo adquirida a propriedade do bem, independentemente de justo título e boa-fé.
E. requerer ao juiz que constitua em seu favor, a partir do trânsito em julgado da sentença, a propriedade do bem, independentemente de justo título e boa-fé.
Resposta:
AULA 08
Adriano, contumaz receptador de veículos furtados, adquiriu um veículo Honda em janeiro de 2006, alterando-lhe a placa e o chassi. Desde então, Adriano vem utilizando contínua e ininterruptamente o veículo. No entanto, em maio de 2016 Adriano foi parado em uma blitz que apreendeu o veículo, mesmo tendo este afirmado que como já estava na posse do bem há mais de dez anos, tinha lhe adquirido a propriedade por usucapião. Pergunta-se: bens furtados ou roubados podem ser objeto de usucapião por pessoa que conhece sua origem? Justifique sua resposta.
Resposta: A jurisprudência entende que sim, trata-se de usucapião extraordinário de coisa móvel, com prazo de 5 anos e independe de justo título e boa-fé. A questão é definir a partir de qual momento se inicia a contagem do prazo da prescrição aquisitiva. A contagem de bem móvel deverá ser contada a partir do momento que o legítimo possuidor deixa de oferecer resistência, a partir do momento em que ele deixa de promover as medidas judiciais para a recuperação do bem. Se legítimo possuidor e não deixar de oferecer resistência, o indivíduo continuará a ser considerado detentor interessado.
Questão objetiva 1
Sobre a aquisição e perda da propriedade, analise as afirmações abaixo:
I - A usucapião é forma de aquisição de propriedade.
II -A usucapião no direito brasileiro, quanto aos bens imóveis poderá ser, entre outras espécies, ordinária, extraordinária, urbana e rural.
III - A aquisição da propriedade por especificação somente é aplicável aos bens móveis.
Quais são corretas?
a) Apenas I e II.
b) Apenas I e III.
c) Apenas II e III.
d) Apenas II.
e) Todas as alternativas.
Resposta: 
Questão objetiva 2
Sobre a descoberta e ocupação, é correto afirmar que:
A apropriação de uma coisa sem dono (res nullius) constitui um negócio jurídico uma vez que resulta da intenção de assenhorar-se do bem.
b. Para efetivar-se a ocupação é essencial a apreensão da coisa com as próprias mãos.
c. A coisa perdida é suscetível de ocupação.
d. O tesouro pode ser considerado na legislação brasileira uma forma de ocupação uma vez que pode ser caracterizado como res nullius ou res derelicta.
e. O usufrutuário não terá direito à parte do tesouro encontrado por outrem, quando o usufruto recair sobre universalidade ou quota-parte de bens.
AULA 11
Selma, proprietária de uma unidade localizado no Condomínio do Edifício Vivendas do Sol, localizado no Recreio dos Bandeirantes, resolveu ocupar parte da área térrea contínua a sua área de serviço; a utilização já perdura por mais de 5 (cinco) anos. A área, que é utilizada por Selma, pertence a área comum do condomínio edilício. Na qualidade de proprietária do imóvel, ela recentemente construiu um muro no local, impedindo que os demais condôminos e os respectivos funcionários do condomínio tenham acesso à área em questão. O síndico do condomínio, a pedido dos demais condôminos, (decisão em Assembleia) ingressa com uma Ação Judicial objetivando a demolição do muro construído. Ao tomar conhecimento do fato Selma, imediatamente, ingressa com uma Ação Judicial para ver reconhecida a
usucapião da respectiva área. INDAGA-SE:
A - Diante do caso narrado, a legislação brasileira e/ou a jurisprudência prevê á possibilidade jurídica de Selma ter a sua pretensão judicial julgada procedente? Explique a sua resposta com a devida fundamentação jurídica.
B - A legislação brasileira permite que o condômino pode utilizar-se de área comum do Condomínio com exclusividade impedindo o uso dos demais? Há exceções previstas na legislação vigente? Explique as indagações com as respectivas respostas fundamentadas.
Respostas: A jurisprudência entende majoritariamente que as área comuns são inalienáveis e como tal não podem ser sucetíveis de usucapião considerando que o indivíduo que pretende a aquisição originária da propriedade também é coproprietário daquela área comum e por essa razão ostentará apenas a qualidade de detentor interessado. Por outro lado a jurisprudência reconhece a possibilidade de se aplicar a figura da “supressio" em desfavor do condomínio quando aquele condômino exerce com exclusividade o uso daquela área comum. Quanto a possibilidade de ser deferida a propriedade plena daquela parte do terreno, em princípio trata-se de disposição vedada na forma do Artigo 1.335, II, do Código Civil. Excepcionalmente e preferencialmente e com autorização da assembleia será possível que o condômino faça uso da área comum com exclusividade, arcando com os valores que serão devidos por esse uso comum, na forma do Artigo 1.340, do Código Civil.
Questão objetiva 1
 
 (PC GO 2008) Na tutela dos direitos reais, distingue-se a proteção à posse daquela conferida especificamente ao domínio. Entretanto, admite o ordenamento jurídico brasileiro a tutela daquela com fundamento neste. Assim, considerando-se a disputa da posse com base no domínio, é CORRETO no direito brasileiro:
a. Não se deve julgar a posse em favor daquele a quem evidentemente não pertencer o domínio, em razão de dispositivo expresso de lei.
b. Não provado o domínio por qualquer das partes, não há que se aplicar, em caráter absoluto, o favor do domínio evidente.
c. A ação em que o autor pleiteia a posse fundada no domínio tem natureza possessória em razão do pedido.
d. O pleito de posse fundado no domínio tem natureza petitória em razão da causa de pedir, além do pedido.
Resposta: Letra "
Questão objetiva 2
 
(TJAL 2008) Silvana, Teresa e Sandra adquiriram uma casa em região praiana com o objetivo de lá se hospedarem em finais de semana, férias e feriados, exceto no período de março a agosto, em que nenhuma das três utilizará a casa. Diante dessa situação, assinale a opção correta.
a. Se ficar acordado que Silvana passará as férias de janeiro na casa, não é preciso autorização das demais condôminas para que ela empreste a casa a uma amiga naquele período
b. Considerando que nenhuma das três utilize a casa no período de março a agosto, se Teresa resolver alugá-la temporariamente a uma clínica de estética, cujo imóvel esteja em reforma, nada obstará esse comportamento, desde que o lucro obtido seja repartido entre as três condôminas.
c. A situação descrita na situação hipotética é exemplo de elisão do princípio da exclusividade que se dirige ao domínio, dado o estado de indivisão do bem entre as três condôminas.
d. Se Silvanapossuir o maior quinhão, terá preferência legal na administração do imóvel.
e. Caso Sandra contraia dívida em proveito do condomínio durante sua estada no imóvel, só ela ficará obrigada ao pagamento diante do terceiro.
Resposta: Letra "
AULA 12
Aqua Service Serviços Ltda., em ação de cobrança em que é ré Sônia, pleiteia o pagamento de despesas realizadas na prestação de serviços de captação, tratamento e distribuição de água, esgoto, limpeza das ruas, pavimentação, paisagismo, segurança e demais despesas de conservação do complexo habitacional do qual a ré faz parte. Alega, como fundamento do pedido, que tais despesas devem ser rateadas por todos aqueles que se beneficiam dos serviços oferecidos. Em contestação, a ré sustenta que jamais celebrou contrato com a autora, motivo pelo qual não se vê obrigada a pagar qualquer contraprestação. Aduz não existir condomínio algum no complexo habitacional em que reside, constituído de lotes autônomos, razão pela qual não se pode falar em despesas condominiais . Indaga-se:
Pode-se afirmar que há, na hipótese, um condomínio? Em caso positivo, de que natureza?
Há obrigação de rateio de despesas? Justifique.
Resposta: A existência de um condomínio passa por duas etapas para que se adeque a norma, a escritura de constituição do condomínio e a convenção de condomínio, devidamente registrada junto ao Registro de Imóveis, para que possua eficácia "erga omnes". A jurisprudência tem reconhecido a figura do condomínio de fato naquelas situações em que fica caracterizada a prestação de um serviço específico e determinado em favor daquele imóvel, como coleta de lixo, mandar de água, dentre outros. Nessas circunstâncias, por mais que não exista condomínio regularmente constituído, o condômino de fato poderá ser compelido até mesmo judicialmente ao pagamento de determinado valor, evitando-se com isso o enriquecimento sem causa.
Questão objetiva
Em relação ao condomínio edilício, assinale a alternativa correta.
a. O condômino pode dar à sua fração ideal destinação outra que não a destinação do condomínio, por sua condição de proprietário.
b. O proprietário ou titular de direito à aquisição de unidade poderá fazer obra que modifique a fachada do prédio, na dependência de obtenção de aquiescência de um terço dos votos dos condôminos.
c. A participação e voto nas deliberações dos condôminos nas assembleias nunca dependem de estarem quites quanto ao pagamento dos encargos a que estão sujeitos.
d. A despesas originadas pelo condomínio edilício, a serem suportadas pelos condôminos, não devem ser consideradas relações de consumo, não se aplicando, portanto, as regras do Código de Defesa do Consumidor.
Resposta: 
AULA 13
CASO CONCRETO
Júlio, nu-proprietário, ajuizou ação de extinção de usufruto em face do espólio de Plínio Santoro, tendo em vista o falecimento do usufrutuário. Realizada a citação, o réu requer a extinção do feito sem julgamento do mérito, sob o argumento de que não há a necessidade do provimento jurisdicional para extinguir usufruto por morte do usufrutuário.
Pergunta-se:
a) Como se extingue o usufruto?
RESPOSTA: Tendo em vista o caráter personalíssimo e temporário do usufruto e se referindo especificamente ao caso concreto se extinguiu pela morte do usufrutuário segundo o artigo 1.410, inciso I do Código Civil, portanto, o usufruto por ser inalienável nem passível de se adquirir por sucessão causa mortis, não faz parte do espólio do cujus. A morte do usufrutuário é o limite máximo de sua duração. Se extingue também o usufruto por ele ter alcançado o termo estipulado pelas partes, ou seja o evento futuro e certo como uma data específica, o tempo de duração, ou por condição suspensiva, que seria um evento futuro e incerto, por exemplo se o nu-proprietário A estipular que o usufrutuário ficará no imóvel até que seja aprovado em concurso público, vindo a acontecer o evento e extingue o usufruto, mas vamos nos ater ao motivo morte de eu se trata o caso concreto.
b) Há fundamento jurídico na manifestação do réu? Justifique sob a ótica legal e posicionamento jurisprudencial.
RESPOSTA: O réu está correto, para o cancelamento do usufruto basta procedimento administrativo junto ao RI, anexando-se a certidão de óbito, pagando as custas e precedendo-se a baixa do usufruto, então o nu proprietário se torna pleno.
Questão objetiva 1
(TJRO 2012) Assinale a alternativa correta:
a. O usufrutuário pode alugar o imóvel sob o qual detém o usufruto, e a renda deste obtida reverte em seu favor.
b. O bem gravado com usufruto não pode ser alienado.
c. O usufruto não pode ser estipulado por tempo determinado.
d. Direito a usufruto e direito real de habitação são o mesmo instituto.
Resposta: Letra “a".
AULA 14
Otávio prometeu comprar, de Augusto, um imóvel não loteado em 50 prestações de R$ 3.000,00 (três mil reais) e quitou a obrigação em 26 de março de 2015. Diante da recusa do promitente vendedor em outorgar voluntariamente a escritura definitiva, viu-se na contingência de ajuizar ação de adjudicação compulsória em face de Augusto que, citado, alega não estar obrigado a fazer a escritura, pois o compromisso não se encontra devidamente registrado nos termos do artigo 1.418, do Código Civil, e não é esse o entendimento do Supremo Tribunal Federal.
Indaga-se:
O promitente comprador do imóvel tem direito real? Justifique.
RESPOSTA: O promitente comprador ainda não possui um direito real, pois a promessa de compra e venda é um direito pessoal (possuindo eficácia inter partes), e só será direito real a partir do momento que for registrada, obtendo assim eficácia erga omnes e consequentemente sendo instituído o direito real de aquisição.
b) Está correta a afirmação de Augusto de que há necessidade de registro do negócio jurídico para fins de ação de adjudicação compulsória? Esclareça.
RESPOSTA: A afirmação de Augusto está errada, pois na promessa de compra e venda, a partir do momento que o promitente comprador cumpre com suas obrigações, o promitente vendedor deverá cumprir com a sua, e caso não queira proceder espontaneamente, o promitente comprador poderá ajuizar ação de adjudicação compulsória, após constitui-lo em mora in persona. Porém, quanto ao registro, este não é necessário, ou seja, a adjudicação compulsória não é condicionada ao registro, podendo ser ajuizada sem tê-lo feito. Súmula 239, do STJ.
Questão objetiva
(IAPJM Advogado 2010) Quanto aos efeitos dos direitos reais de garantia, assinale a opção correta.
a. No direito brasileiro, vigora a regra de que o crédito real prefere ao pessoal, salvo se este gozar de privilégio.
b. O credor de uma segunda hipoteca efetuada sobre determinado imóvel perderá a garantia do bem hipotecado.
c. Ainda que não convencionado, o pagamento parcial de uma dívida importará a liberação de garantia na proporção do pagamento efetuado.
d. Os herdeiros do devedor pignoratício poderão remir parcialmente o penhor, na proporção de seus quinhões.
e. O credor tem o direito de penhorar o imóvel afetado ao pagamento da dívida de quem quer que o detenha.
Resposta: Letra “e”.
AULA 15
Caio e Alessandra, casados sob o regime de comunhão parcial de bens, firmaram contrato de mútuo junto à Instituição Financeira IF para investimento em clínica médica da qual são os únicos sócios. Deram como garantia hipotecária o único imóvel que tinham, que residiam com sua família. Após o vencimento do contrato, o casal não pagou o valor acordado. 
Nesse caso, é possível que Caio e Alessandra percam o imóvel pela excussão da hipoteca, mesmo sendo bem de família? JUSTIFIQUE E FUNDAMENTE.
Resposta: Lei 8.009/90, Artigo 3º, Inciso V. Se o casal voluntariamente ofereceu aquele bem em hipoteca, não poderá ele alegar diante do credorhipotecário que aquele bem é impenhorável. Trata-se de uma das excessões à regra da impenhorabilidade do bem de família, prevista no Artigo 3º, V, da Lei 8.009/90. Sendo assim, poderia o imóvel ser penhorado, não podendo ser alegado por Caio e Alessandra que o imóvel é bem de família.
Questão objetiva 1
O negócio jurídico pelo qual o devedor entrega ao credor bem móvel como garantia de cumprimento de sua obrigação é denominado:
a) caução
b) penhor
c) hipoteca
d) antricrese
e) garantia fiduciária
Resposta: Letra “b".
Questão objetiva 2
(OAB SP 2008) A anticrese constitui:
a. Modo de aquisição da propriedade imóvel.
b. Direito real de garantia.
c. Direito do promitente comprador.
d. Direito ao uso de bem móvel de propriedade do devedor.
Resposta: Letra “b".
AULA 16
1- (TJRS 2012) Considere as assertivas abaixo.
I. A servidão não se constitui se o dono do prédio dominante é proprietário em condomínio do prédio serviente.
II. O prazo mínimo para o possuidor de um terreno urbano de 400 m 2 , com intenção de dono, sem justo título, sobre o qual construiu uma casa que serve de sua residência, usucapi-lo, é de 10 (dez) anos.
III. O condômino pode pedir, para uso próprio, a retomada do imóvel comum locado, mesmo sem a concordância dos demais condôminos.
Quais são corretas?
a. Apenas I
b. Apenas II
c. Apenas III
d. Apenas II e III
e. I, II e III
 
Resposta: 
2- (TJRR 2006) A respeito dos direitos das coisas, assinale a opção correta.
a. A preferência das hipotecas entre os vários credores hipotecários ocorre pela ordem cronológica do vencimento do título constitutivo, ou seja, paga-se integralmente ao credor hipotecário cujo título vença primeiro e, depois de satisfeito este, paga-se ao segundo credor ou ao terceiro, conforme a ordem cronológica do vencimento do título.
b. O direito de retenção consiste na faculdade do possuidor de boa-fé de manter o poder fático sobre a coisa alheia, objetivando receber do retomante a indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis nela realizadas.
c. No usufruto, a propriedade é fracionada, pois , enquanto o usufrutuário retira proveito econômico da coisa, remanesce em poder do nu-proprietário o conteúdo do direito, ou seja, a faculdade de disposição da coisa em sua substância, podendo este alienar, instituir ônus real ou dar qualquer outra forma de disposição ao objeto. Assim, o usufrutuário tem a posse direta e justa do bem alheio, podendo desfrutar da coisa como se fosse própria, contudo sem alterar-lhe a substância. Na defesa da posse, o usufrutuário pode valer-se dos remédios possessórios contra terceiros, mas não contra o nu- proprietário, que tem a posse indireta.
d. A tolerância do poder público quanto à ocupação dos bens públicos de uso comum ou especial por particulares faz nascer, para estes, direito assegurável pelos interditos possessórios, transmudando -se a posse precária em permissão de uso.
Resposta: 
3- (CEDAE RJ 2012) O usufruto é disciplinado pelo Código Civil. Segundo o regime aplicado, leia as assertivas abaixo:
I. O usufrutuário é obrigado a dar ciência ao dono de qualquer lesão produzida contra a posse da coisa, ou os direitos deste.
II. Se a coisa estiver segurada, incumbe ao usufrutuário pagar, durante o usufruto, as contribuições do seguro.
III. Se o usufrutuário fizer o seguro, ao mesmo caberá o direito dele resultante
contra o segurador.
IV. Se um edifício sujeito a usufruto for destruído sem culpa do proprietário, será este obrigado a reconstruí-lo.
V. Incumbem ao usufrutuário as despesas extraordinárias de conservação dos bens no mesmo estado em que os recebeu.
A alternativa correta é:
a. I e II são verdadeiras.
b. I, II e III são verdadeiras
c. I, IV e V são falsas
d. IV e V são verdadeiras
e. I, II e V são falsas
Resposta: 
4- (TJRJ 2012) Quanto à servidão, é correto afirmar:
a. Constituída para certo fim, a servidão poderá ser ampliada para usos diferentes.
b. A servidão pode ser removida, de um local para outro, pelo dono do prédio serviente e à sua custa, se em nada diminuir as vantagens do prédio dominante, ou pelo dono deste e à sua custa, se houver considerável incremento da utilidade e não prejudicar o prédio serviente.
c. Se as necessidades da cultura, ou da indústria, do prédio dominante impuserem à servidão maior largueza, o dono do serviente é obrigado a sofrê-la, sem direito à indenização pelo excesso 
d. As servidões prediais têm como característica a divisibilidade, podendo ser instituídas em favor de parte ideal do prédio dominante e incidir sobre parte ideal do prédio serviente.
Resposta: 
5 - (TRE MS 2013) A respeito dos direitos reais, assinale a opção correta.
a. Aquele que, trabalhando em matéria-prima totalmente alheia, obtiver espécie nova a perderá para o dono do material utilizado, ainda que haja boa-fé.
b. De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posteriormente à celebração da promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os adquirentes do imóvel.
c. O exercício do usufruto não pode ser transferido a título oneroso.
d. É possível a estipulação de cláusula que proíba o proprietário de alienar o imóvel hipotecado.
e. Os encargos e tributos que incidirem sobre imóvel que esteja sob o regime de exercício do direito de superfície permanecerão a cargo do proprietário e não do superficiário.
Resposta:
6 - (MPE RR 2012) Assinale a opção correta com referência ao direito das coisas.
A venda a non domino não constitui exemplo de propriedade aparente.
A detenção irregular de bem público de uso comum do povo comporta indenização das benfeitorias.
A coletividade desprovida de personalidade jurídica também pode ser possuidora.
O constituto-possessório ocorre quando o possuidor possui em nome alheio e passa a possuir em nome próprio.
É incabível a usucapião de bens pertencentes à sociedade de economia mista que explore atividade econômica.
7 - (TJPR 2011) Aponte se as assertivas a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F) e assinale a ún ica alternativa CORRETA:
( ) Ocorrendo turbação ou esbulho, o possuidor direto ou indireto tem o direito de ser mantido ou reintegrado na posse através dos interditos proibitórios.
( ) A ação de dano infecto é uma medida preventiva que o proprietário ou possuidor de um prédio pode propor contra o vizinho para assegurar segurança sossego e saúde aos moradores que o habitam.
( ) A lei civil consagra a usucapião extraordinária o prazo de 15 anos, sem interrupção e sem oposição para a usucapião extraordinária geral; são de 10 anos quando o possuidor estabelecer moradia habitual, ou nele realizar obras e serviços de caráter produtivo, denominando usucapião extraordinária de forma abreviada.
( ) O possuidor de área urbana com até 250 metros quadrados, que, por cinco anos ininterruptos e sem oposição, utilizar para guarnecer a sua família, poderá adquirir o domínio, desde que não seja proprietário de imóvel rural ou urbano.
V,F,F,V.
b. V,V,V,V.
c. F,V,V,V.
d. V,V,F,V.
Resposta: 
8- (TJMS 2012) A construtora Y adquire terreno urbano para fins de edificação de prédio de apartamentos. Assim, leva a efeito a incorporação imobiliária e toma financiamento junto ao Banco X, de modo a permitir a edificação. Institui em favor do Banco X dupla garantia, que consiste na hipoteca do terreno e na alienação fiduciária dos créditos. Todas as unidades autônomas, três anos depois, já são objeto de compromissos de compra e venda com os adquirentes dos apartamentos. Ocorre que a construtora não paga o financiamento e o banco é negligente no que tange ao exercício de seus direitos frente à cessão fiduciária doscréditos. Ao fim e ao cabo, o Banco X decide excutir a hipoteca, promovendo a penhora do terreno e da totalidade da edificação, em sede de execução de título extrajudicial que tem no polo passivo apenas a incorporadora. O edifício já está, a essa altura, pronto, tendo a posse sobre as unidades autônomas sido entregue aos promitentes compradores. Diante desses fatos, afirma-se:
I. A excussão da hipoteca deverá afetar todas as unidades autônomas, que permanecem como garantia do débito, ante o princípio da indivisibilidade da garantia real.
II. O incorporador tinha o dever jurídico ? portanto, cogente - de constituir patrimônio de afetação destinado à consecução da incorporação correspondente e à entrega das unidades imobiliárias aos respectivos adquirentes.
III. A hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posterior à celebração da promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os adquirentes do imóvel, de modo que estes poderão desconstituir a penhora por meio de embargos de terceiro.
IV. Somente com expressa anuência do agente financiador poderiam os promitentes compradores excluir suas unidades autônomas do âmbito da hipoteca, exceto se assumissem pessoalmente a parcela da dívida do incorporador, hipótese em que estaria configurada a sub-rogação legal.
Está(ão) CORRETA(S):
Apenas as assertivas I, II e IV.
Apenas a assertiva III.
Apenas as assertivas I e IV.
Apenas as assertivas II e III.
Apenas a assertiva II.
Resposta: 
9 - (MP AP Analista 2012) Considere:
I. Clotilde é possuidora de um terreno na cidade de Macapá por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, não possuindo título e nem boa-fé.
II. Vera Lúcia é possuidora de área de terra em zona rural com cem hectares, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, tornando-a produtiva pelo seu trabalho e tendo nela sua moradia, não sendo proprietária de imóvel rural ou urbano.
III. Tatiana exerce, por três anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre um apartamento de cem metros quadrados na cidade de Mazagão que utiliza como sua moradia e cuja propriedade dividia com seu ex-cônjuge, Lindoval, que abandonou o lar, não sendo proprietária de outro imóvel urbano ou rural.
De acordo com o Código Civil brasileiro, em regra, adquirirá o domínio integral dos respectivos imóveis aquelas indicadas APENAS em:
a. I e III.
b. II e III.
c. I e II.
d. I.
e. III
Resposta: 
10- (PC GO 2008) O direito brasileiro oferece ampla tutela para os direitos sobre as coisas, disciplinando, inclusive, intervenções entre prédios. Considerando-se que as servidões prediais são restrições à propriedade, constituídas em favor de um prédio sobre outro, é CORRETO afirmar:
a. A servidão não pode ser instituída em favor de parte ideal do prédio dominante ou incidir sobre parte ideal do prédio serviente.
b. A servidão não aparente pode ser estabelecida por meio de permissão de passagem, sendo dispensável a transcrição no registro de imóveis.
c. A servidão é obrigação do titular do domínio do imóvel serviente à prestação de fato negativo em favor do titular do imóvel dominante.
d. Nas servidões prediais, em razão da necessária relação entre si, é essencial a contiguidade entre prédios dominante e serviente.
Resposta: 
11- (TCM BA 2011) Na hipoteca e no penhor é:
Válida a cláusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento, se o bem tiver o mesmo valor da dívida ou se o credor restituir a diferença do valor em dinheiro.
Nula a cláusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, s e a dívida não for paga no vencimento, e, em nenhuma hipótese, poderá ocorrer a dação em pagamento.
Anulável a cláusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento, mas, após o vencimento, poderá o devedor dar a coisa em pagamento da dívida.
Anulável a cláusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento, e, em nenhuma hipótese, poderá ocorrer a dação em pagamento.
Nula a cláusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento, mas, após o vencimento, poderá o devedor dar a coisa em pagamento da dívida.
Resposta:
12- (MPE SP 2012) "X" edificou casa, em área urbana, na certeza de lhe pertencer a totalidade da área descrita junto à matrícula imobiliária. Constatou, porém, já concluída a construção, que por um erro na descrição das linhas limítrofes, a edificação invadiu uma vigésima parte do terreno de seu vizinho. Considerando isso, assinale a seguir a alternativa correta.
a. "X" adquirirá a propriedade da área invadida, devendo pagar o décuplo do valor do terreno lindeiro e a desvalorização da área remanescente.
b. Embora "X" estivesse de boa-fé, deverá demolir a parte da construção que invadiu o terreno alheio, ainda que com grave prejuízo para a edificação.
c. Estando "X" de má-fé, adquire a propriedade da área invadida apenas se o valor da construção exceder o do terreno.
d. Estando "X" de boa-fé, adquire a propriedade da parte do solo invadido e responde, por perdas e danos, correspondentes ao valor que a invasão acrescer à construção, mais o da área perdida e o da desvalorização da área remanescente.
e. A posse justa exercida por "X" e a boa-fé empreendida na construção serão suficientes para justificar pedido de usucapião da área invadida, o que deve ser requerido, porém, no lapso de 3 anos após a edificação.
Resposta:
13- (TJPB 2011) Com base na jurisprudência do STJ e na doutrina, assinale a opção correta acerca dos institutos da posse e dos direitos reais.
A confusão não extingue a hipoteca, pois a garantia pode incidir em bem próprio.
Um particular que ocupar, de boa-fé, lotes localizados em terras públicas terá direito a indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis, sob pena de retenção.
O penhor convencional, que só pode decorrer de ato entre vivos, exige que as partes acordem sobre o valor e as condições de pagamento.
O direito real de uso é instituído pelas mesmas modalidades do usufruto e, tal como este, pode ser cedido a título gratuito.
A renúncia ao usufruto não alcança o direito real de habitação, que decorre de lei e se destina a proteger o cônjuge sobrevivente, mantendo-o no imóvel destinado à residência da família.
Resposta:
14- (TJSE 2008) A respeito da propriedade e da posse, assinale a opção correta.
O direito de retenção consiste na faculdade do possuidor de boa -fé ou o detentor de coisa imóvel de manter o poder fático sobre a coisa alheia, objetivando proteger a sua posse ou receber a indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis realizadas no imóvel.
Se o proprietário, por meio de contrato verbal de comodato, permitir o uso gratuito de um imóvel por tempo indeterminado, o comodatário exerce legitimamente a posse e, sem a notificação necessária de que não mais tem interesse em manter o comodato, não há constituição em mora e, sem ela, também o proprietário não pode postular a reintegração de posse.
O convalescimento da posse adquirida de forma violenta, clandestina ou precária é permitido pela cessação da violência ou da clandestinidade e pelo decurso de ano e dia. Cessado o vício, a posse torna - se justa e o possuidor passa a ser considerado de boa-fé, reconhecendo-se-lhe o direito de retenção, seja por acessões seja por benfeitorias necessárias, úteis ou voluptuárias.
A descoberta é um modo de aquisição originária da propriedade móvel, segundo a qual aquele que encontrar coisa alheia, sem dono ou abandonada torna-se seu depositário e, transcorridos três anos sem que o proprietário a reclame, a propriedade consolida-sena pessoa do possuidor.
Adquire-se a propriedade por abandono de álveo quando houver acréscimo de terras às margens de um rio, provocado pelo desvio de águas ou afastamento dessas, descobrindo parte do álveo.
Resposta:
15- (TRF 2a. Região 2009) Com referência à disciplina legal relativa à posse, assinale a opção correta:
a. Havendo colheita antecipada, o possuidor deverá devolver os frutos colhidos no caso de ter cessado a boa-fé.
b. No que tange à indenização pelos danos causados ao bem, faz diferença ser a posse de boa -fé ou de má-fé.
c. Aquele que detiver a posse injustamente não poderá se utilizar dos interditos possessórios, mesmo em face de terceiros que não tenham posse.
d. O dono da posse deve indenizar as benfeitorias necessárias pelo seu valor atual, mesmo ao possuidor de má-fé, sob pena de enriquecimento sem causa.
e. O possuidor de boa-fé não responde pela perda da coisa, mas responde por sua deterioração, ainda que não lhe dê causa.
Resposta:
16- (OAB 2011) Félix e Joaquim são proprietários de casas vizinhas há cinco anos e, de comum acordo, haviam regularmente delimitado as suas propriedades pela instalação de uma singela cerca viva. Recentemente, Félix adquiriu um cachorro e, por essa razão, o seu vizinho, Joaquim, solicitou-lhe que substituísse a cerca viva por um tapume que impedisse a entrada do cachorro em sua propriedade. Surpreso, Félix negou-se a atender ao pedido do vizinho, argumentando que o seu cachorro era adestrado e inofensivo e, por isso, jamais lhe causaria qualquer dano. Com base na situação narrada, é correto afirmar que Joaquim:
a. Poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingresse na sua propriedade, contanto que arque com metade das despesas de instalação, cabendo a Félix arcar com a outra parte das despesas.
b. Poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingresse em sua propriedade, cabendo a Félix arcar integralmente com as despesas de instalação.
c. Não poderá exigir que Félix instale o tapume, uma vez que a cerca viva fora instalada de comum acordo e demarca corretamente os limites de ambas as propriedades, cumprindo, pois, com a sua função, bem como não há indícios de que o cachorro possa vir a lhe causar danos.
d. Poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingresse em sua propriedade, cabendo a Félix arcar com as despesas de instalação, deduzindo-se desse montante metade do valor, devidamente corrigido, correspondente à cerca viva inicialmente instalada por ambos os vizinhos.
Resposta:
17- (TJRO 2011) Acerca do Direito das Coisas, avalie as assertivas abaixo:
I. Os interditos possessórios previstos em nosso ordenamento são a Ação de Reintegração de
Posse, a Ação de Manutenção de Posse, o Interdito Proibitório e a Ação Reinvidicatória.
II. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância, mas quando o detentor exerce
poderes de fato sobre a coisa é considerado possuidor para todos os fins.
III. É de boa-fé a posse quando o possuidor, embora não ignore os vícios ou obstáculos que impedem a aquisição da coisa, está comprometido em sanar o vício ou remover os obstáculos em um prazo determinado.
IV. O direito à indenização por benfeitorias necessárias é devido ao possuidor de má-fé.
Está(ão) CORRETA(S):
Apenas as assertivas I e IV.
Apenas as assertivas II e III.
Apenas a assertiva I.
Apenas a assertiva IV.
Todas as assertivas.
Resposta:
18- (TJMA Titular de Serviços de Notas e Registros 2011) Assinale a alternativa correta:
a. Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel fungível que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor.
b. Nos condomínios edilícios, o condômino que não pagar a sua contribuição ficará sujeito aos juros moratórios convencionados ou, não sendo previstos, os de dois por cento ao mês e multa de até um por cento sobre o débito.
c. Aquele que por quinze anos, houver estabelecido no imóvel sua moradia habitual, sem interrupção, nem oposição, possuindo-o como seu, adquiri-lhe a propriedade, independentemente de título de boa fé, podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro noCartório de Registro de Imóveis.
d. Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente repelido.
 
Resposta:
19- (TJSE 2008) No que concerne aos direitos reais, assinale a opção correta.
a. A garantia real, no direito civil, ocorre quando o devedor, ou alguém por ele, destina determinado bem do seu patrimônio para a garantia de uma dívida. Essa sujeição cria
preferência, ou prelação, para o credor, que, na venda do bem, será o primeiro a receber, sem se sujeitar a concursos ou rateios.
b. Um pai poderá garantir a dívida de um seu descendente, hipotecando os seus bens particulares, sem a autorização de seu cônjuge e dos demais herdeiros.
c. O direito de superfície é a concessão para se construir ou plantar em solo alheio. A constituição desse direito opera- se por contrato oneroso, durante a sua vigência, e o detentor da propriedade superficiária poderá modificar unilateralmente a destinação da utilização do terreno, quando essa não beneficiar a propriedade economicamente.
d. O direito real de servidão de passagem exige, para o seu reconhecimento, o encravamento do imóvel dominante, consistente na ausência de saída pela via pública, fonte ou porto. É passível de proteção possessória e pode ser adquirido por usucapião, mesmo que a posse seja descontínua e não aparente.
e. O penhor, por ser contrato real que só se aperfeiçoa com a tradição do bem, exige a
transferência efetiva da posse pelo devedor ao credor do bem empenhado, qualquer que seja a espécie de penhor.
 
Resposta:
20- (TJPI 2007) Acerca da posse e da propriedade, assinale a opção correta.
a. Se os ramos de uma árvore, cujo tronco estiver na linha da divisa de duas propriedades, ultrapassarem a extrema de um dos prédios, o dono do prédio invadido deverá dar ciência ao seu confinante para que tome as providências necessárias para sanar o problema e, em caso de recusa ou omissão do vizinho, ele poderá cortar os ramos invasores, às expensas daquele.
b. Para que a posse exercida sobre um bem seja considerada de boa-fé, exige-se que seja examinada a inexistência de vícios extrínsecos que a infirmem ou, caso existentes, que o possuidor os ignore ou que tenha tomado conhecimento do vício da posse, em data posterior à sua aquisição, ou mesmo que, por erro inescusável, ou ignorância grosseira, desconheça o vício ou obstáculo jurídico que lhe impeça a aquisição da coisa ou do direito possuído.
c. A posse mantém o mesmo caráter de sua aquisição, podendo ser adquirida pelo próprio interessado, por seu procurador e pelo constituto possessório. Assim, se a aquisição foi violenta ou clandestina, esse vício se prende à posse enquanto ela durar, isto é, não convalesce, pois será sempre considera da posse injusta.
d. A posse ininterrupta e incontestada pelo prazo de 15 anos gera a propriedade de um bem imóvel por meio da usucapião ordinária, independentemente de título e de boa-fé, quando o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua morada, ou nele houver realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
e. Se o possuidor houver adquirido a posse do bem imóvel por meio de comodato verbal, por prazo indeterminado, a notificação ou interpelação do comodatário para a restituição e desocupação do imóvel é suficiente para constituí-lo em mora. Se o comodatário não desocupar o imóvel no prazo que lhe foi concedido, sua recusa constitui esbulho à posse do comodante, reparável por meio daação reintegratória.
Resposta:

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