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Escolas do pensamento econômico

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Economia Política
É a ciência social que estuda a produção, a distribuição e o consumo dos bens e serviços que são utilizados para satisfazer as necessidades humanas. 
Ciências sociais: é um ramo da ciência que estuda os aspectos sociais do mundo humano, ou seja, a vida social de indivíduos e grupos humanos. Isso inclui Antropologia, Estudos da comunicação, Economia, Economia política, Administração, Arqueologia, Contabilidade, Geografia humana, História, Linguística, Ciência política, Estatística, Psicologia social, Direito e Sociologia.
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1 - Conceitos Fundamentais da Economia
 - Origem Etimológica:
 - Termos Gregos oikos ( casa ) e nomos ( norma, Lei ).
 “ ADMINISTRAÇÃO DA CASA ”
 
 - ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS E ESCASSOS
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ESCASSEZ = LIMITAÇÃO DE RECURSOS EM TERMOS DE QUANTIDADE DISPONÍVEL PARA USO IMEDIATO.
 “ a sociedade precisa gerenciar bem seus recursos ”
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Qual o Objetivo da Administração destes Recursos ?
 - Atender uma série de necessidades Individuais e Coletivas que precisam ser satisfeitas para garantir a sobrevivência dos INDIVÍDUOS.
 Tais como :
 - ALIMENTAÇÃO
 - TRANSPORTE
 - EDUCAÇÃO
 - SAÚDE
 - BENS E SERVIÇOS EM GERAL
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O conjunto destes Bens e Serviços compõem a :
 - PRODUÇÃO ECONÔMICA
 - recursos naturais 
 - capital FATORES DE PRODUÇÃO
 - trabalho
 - Os fatores de produção são os elementos responsáveis pelos processos de fabricação dos mais variados tipos de BENS.
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Os Fatores de Produção Agrupam – se em :
 -TRABALHO – É a contribuição do ser Humano, na produção, em forma de atividade física ou mental;
 -CAPITAL – É o conjunto de equipamentos, ferramentas e máquinas, produzidos pelo homem, que não se destinam à satisfação das necessidades através do consumo, mas concorrem para a produção de bens e serviços, aumentando a eficiência do trabalho humano.
 -RECURSOS NATURAIS - São os elementos da natureza utilizados pelo homem com a finalidade de criar bens.
 
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COMBINAÇÃO DOS FATORES DE PRODUÇÃO-
 
TRABALHO
CAPITAL
RECURSOS NATURAIS
BENS E SERVIÇOS
Podemos então definir de certo modo a ECONOMIA como sendo o processo que combina fatores de produção para criar bens e serviços.
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- A RIQUEZA de um país:
 “ é formada pelos fatores de produção disponíveis, pelos bens que estão sendo produzidos e pelos que já o foram, mas ainda não desapareceram.”
 Temos ainda :
 - a população ( seu fator trabalho )
 - os recursos naturais ( terra, recursos minerais e etc. )
 - Infraestrutura em geral – energia – edifícios – etc.
 Resumindo - tudo o que a economia produziu ao longo de sua existência, e que foi preservado.
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Conceitos básicos 
Modo de produção 
•	uma estrutura global formada por estruturas regionais, com uma autonomia e dinâmica própria, ligadas a uma unidade dialética, ou seja, uma estrutura complexa formada por: 
 uma infraestrutura econômica;
 uma superestrutura jurídico-política;
 uma superestrutura ideológica. 
•	Uma estrutura global na qual existe sempre uma estrutura regional que domina as demais. 
•	Uma estrutura global na qual é sempre o nível econômico que determina, como estrutura global, em última instância, as outras estruturas. É importante acentuar que não é sempre a estrutura regional econômica que detém o papel dominante 
 
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Formação Social
É um termo que designa uma sociedade historicamente determinada, um todo social em um momento de sua existência. 
 A FS é uma combinação particular, específica, de vários modos de produção puros. Assim, a FS constitui por si mesma uma unidade complexa na qual domina um certo modo de produção, que determina o caráter dos outros.
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RECURSOS
É o que utilizamos para produzir. Podem ser limitados em quantidade, combináveis ou não. Classificam-se em:
Recursos Livres: são os recursos abundantes. Ex: ar, sol.
Recursos Econômicos: são os recursos escassos. Ex: água, terra agrícola.
Recursos Produtivos: são aqueles utilizados como fatores de produção. Ex: Terra, trabalho, capital, capacidade empresarial, tecnologia. Eles se dividem em humanos e não-humanos.
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NECESSIDADES HUMANAS
São diversificadas e insaciáveis. Sensação da falta de alguma coisa unida ao desejo de satisfazê-la
Recursos escassos:
São aqueles que não existem em abundância e que pagamos pela sua utilização
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BENS E SERVIÇOS
Bens: O que satisfaz nossas necessidades, podem ser livres ou econômicos. 
Serviços: Não se destina a produzir um bem, mas a satisfação da sociedade, através de uma atividade. Podemos diferenciar bem como algo tangível e serviço como algo não tangível.
 tangível(que pode ser tocado, palpável)
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Bens:
Livres são ilimitados existem em abundância;
Econômicos são os limitados podem ser: materiais ou serviços. 
Os bens materiais se dividem em de consumo e de capital.
Bens de consumo: são os bens materiais duráveis e não-duráveis.
Bens de capital: são o que utilizamos para produzir outros bens.
Os bens podem ser classificados também como intermediários e finais.
Intermediários: não estão pronto para o consumo, vão sofrer um processo de transformação.
Finais: já se encontram pronto para o consumo.
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SETORES ECONÔMICOS
Primário: Onde o produto se encontra da forma natural e não sofreu nenhum processo de transformação. Pesca, agricultura.
Secundário: Onde o produto extraído do setor primário vai passar por um processo de transformação. Indústria, construção.
Terciário: Setor onde ocorre a prestação de serviços. Bancos, comércio.
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Quatro perguntas fundamentais 
 
 - Diante da impossibilidade do atendimento pleno das necessidades humanas em virtude da escassez de recursos, quatro questões são levantadas.
 - O QUE PRODUZIR ?
 - QUANTO PRODUZIR ?
 - COMO PRODUZIR ?
 - PARA QUEM PRODUZIR ?
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Problema Econômico Fundamental
Quatro perguntas fundamentais 
 - O QUE PRODUZIR ?
 Indica que é necessário identificar a natureza das necessidades humanas, para saber quais os bens e serviços a produzir;
 - QUANTO PRODUZIR ?
 Reconhece a limitação existente na disponibilidade dos fatores produtivos.
 - COMO PRODUZIR ?
 É uma questão técnica, que indica que há várias maneiras de se combinarem os fatores de produção para se obterem bens e serviços.
 - PARA QUEM PRODUZIR ?
 Envolve a questão da distribuição dos bens e dos serviços produzidos entre os elementos da sociedade.
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Escolas do pensamento econômico
São diferentes correntes de pensamento que tentam identificar as opiniões dos diferentes economistas e pensadores. São teorias e métodos que o tempo e a modernidade não conseguiram derrubar e podem facilmente ser enquadrados nos tempos e atuais.
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História do pensamento econômico 
Pré-moderno (grego, romano, árabe), Moderno (mercantilismo, fisiocracia) e Contemporâneo (a partir de Adam Smith no final do século XVIII). 
A análise econômica sistemática tem se desenvolvido principalmente a partir do surgimento da Modernidade.
 
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Métodos na ciência econômica
Dedutivo:(abstrato, analítico)
Indutivo:(de observação, realista)
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BREVE HISTÓRICO DAS CIÊNCIAS ECONÔMICAS
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Contexto social da revolução comercial 
Revolução Comercial: conjunto de mudanças que marca a transição da economia estática e contrária ao lucro, dos fins da Idade Média, para o dinâmico regime capitalista do século XV e seguintes. 
•	II. Causas da Revolução Comercial 
•	A conquista do monopólio comercial do Mediterrâneo pelas cidades italianas; 
•	o desenvolvimento de um lucrativo comércio entre
as cidades italianas e os mercadores da Liga Hanseática, no norte da Europa; 
•	a introdução de moedas de circulação geral, como o ducado veneziano e o florim toscano; 
•	a acumulação de capitais excedentes, frutos das especulações comerciais, marítimas ou de mineração; 
•	a procura de materiais bélicos e o estímulo dado pelos novos monarcas ao desenvolvimento do comércio, afim de criar mais riquezas tributáveis; e 
a procura de produtos oriundos do extremo Oriente 
•	Essa combinação de fatores deu aos homens do começo da Renascença novos horizontes de opulência e poder e dotou-os com parte do equipamento necessário à expansão dos negócios. 
•	Era inevitável a insatisfação com o acanhado ideal das corporações medievais, que proibia o comércio lucrativo. 
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Causas da Revolução Comercial 
a acumulação de capitais excedentes, frutos das especulações comerciais, marítimas ou de mineração; 
•	a procura de materiais bélicos e o estímulo dado pelos novos monarcas ao desenvolvimento do comércio, afim de criar mais riquezas tributáveis; e a procura de produtos oriundos do extremo Oriente 
•	Essa combinação de fatores deu aos homens do começo da Renascença novos horizontes de opulência e poder e dotou-os com parte do equipamento necessário à expansão dos negócios. 
•	Era inevitável a insatisfação com o acanhado ideal das corporações medievais, que proibia o comércio lucrativo. 
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Origens do capitalismo
 O surgimento dos primeiros comerciantes e artesãos livres nas pequenas cidades medievais foi o germe de uma sociedade nova que, no decorrer de alguns séculos, substituiria o sistema feudal. 
No capitalismo, as classes não mais se relacionam pelo vínculo da servidão, mas pela posse ou carência de meios de produção e pela contratação livre do trabalho.
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Capitalismo
Capitalismo é o sistema econômico que se caracteriza pela propriedade privada dos meios de produção -- máquinas, matérias-primas, instalações. 
Nesse sistema, a produção e a distribuição das riquezas são regidas pelo mercado, no qual, em tese, os preços são determinados pelo livre jogo da oferta e da procura. 
O capitalista, proprietário dos meios de produção, compra a força de trabalho de terceiros para produzir bens que, após serem vendidos, lhe permitem recuperar o capital investido e obter um excedente denominado lucro.
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Condições
As duas condições essenciais que determinam o modo capitalista de produção são:
 (1) a existência de capital, conjunto de recursos que se aplica na compra de meios de produção e força de trabalho e 
(2) existência trabalhadores livres, que vendam sua força de trabalho em troca de salário. Definem-se assim as duas classes sociais básicas: a dos capitalistas e a dos assalariados.
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Países capitalistas
São chamados capitalistas os países cujo modo de produção dominante é o capitalista. Neles coexistem, no entanto, outros modos de produção e outras classes sociais, além de capitalistas e assalariados, como artesãos e pequenos agricultores.
 Nos países menos desenvolvidos, parte da atividade econômica assume formas pré-capitalistas, exemplificadas pelo regime da meia ou da terça, pelo qual o proprietário de terras entrega a exploração destas a parceiros em troca de uma parte da colheita.
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Outros elementos 
Outros elementos que caracterizam o capitalismo são a acumulação permanente de capital; a distribuição desigual da riqueza; o papel essencial desempenhado pelo dinheiro e pelos mercados financeiros;
a concorrência, embora modificada pela concentração monopolística; a inovação tecnológica ininterrupta e, nas fases mais
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Qual a fonte da riqueza das nações?
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MERCANTILISMO
Estoque de metais preciosos
Poder do Estado
Desenvolvimento do comércio
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Mercantilismo
Mercantilismo
O mercantilismo foi a política econômica adotada pelos monarquias europeias entre os séculos XV e XVIII. 
O mercantilismo valia-se de uma série de práticas econômicas cuja finalidade era abarrotar os cofres reais com a maior quantidade possível de ouro e prata possíveis, partindo da compreensão de que uma nação só era realmente rica se possuísse ouro e prata e grandes quantidades não importando a que custo tal objetivo seria alcançado.
O Estado passa a ter então uma presença Intervencionista, adotando práticas econômicas para realizar o seu objetivo principal.
Estas práticas receberam o nome de doutrinas. Dentre as principais temos:
¥ Metalismo – Acúmulo de metas preciosos a fim de aumentar o capital da nação;
¥ Protecionismo Alfandegário – Elevação de tarifas alfandegárias, com o intuito de impulsionar as exportações e frear as importações;
¥ Balança Comercial Favorável – Fruto do protecionismo, buscava a superação das exportações (superávit) sobre as importações (Déficit);
¥ As colônias (pacto colonial) – O expansionismo levou a “descoberta de novas terras”, as quais serviriam como mercados consumidores e fornecedoras de matérias-primas – o comércio colonial será monopolizado pela metrópole.
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As nove regras de Von Hornick
O pensamento mercantilista pode ser sintetizado através das nove regras de Von Hornick
1. Que cada polegada do chão de um país seja utilizada para a agricultura, a mineração ou as manufaturas.
2. Que todas as primeiras matérias que se encontrem num país sejam utilizadas nas manufaturas nacionais, porque os bens acabados têm um valor maior que as matérias-primas.
3. Que seja fomentada uma população grande e trabalhadora.
4. Que sejam proibidas todas as exportações de ouro e prata e que todo o dinheiro nacional seja mantido em circulação.
5. Que seja obstaculizado tanto quanto for possível toda a importação de bens estrangeiros
6. Que onde sejam indispensáveis determinadas importações devam ser obtidas de primeira mão, em troca de outros bens nacionais, e não de ouro e prata.
7. Que na medida que for possível, as importações sejam limitadas às primeiras matérias que possam acabar-se no país.
8. Que sejam procuradas constantemente as oportunidades para vender o excedente de manufaturas de um país aos estrangeiros, na medida necessária, em troca de ouro e prata.
9. Que não seja permitida nenhuma importação se os bens que se importam existissem suficiente e adequadamente no país.
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O início do mercantilismo
Expressão "mercantilismo“: forjada em 1763 por Victor de Riqueti, o marquês de Mirabeau. 
O objetivo da expressão foi caracterizar uma série de autores, que em seus escritos:
Apresentavam a supremacia comercial, o controle político e militar dos Estados para garantir o protecionismo comercial, que segunda sua visão era o caminho único para a prosperidade econômica nacional. 
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Contexto Histórico do mercantilismo 
O principal axioma mercantilista diz que a riqueza das nações faz-se de lucro monetário entesourado.
Os autores ditos "mercantilistas" tentaram desvendar as razões das práticas econômicas de uma Europa que tinha a navegação e o comércio como atividades mais lucrativas. 
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Contexto Histórico do mercantilismo
Primeiros escritos datam de meados do século XVI, período da expansão marítimo-comercial.
Os Estados absolutistas garantiam às cidades européias a propriedade dos lucros de suas atividades e o apoio militar para busca-lo em outras terras.
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Contexto Histórico do mercantilismo (cont.)
Algumas instituições medievais continuaram a existir até o séc. XVIII.
O feudalismo;
A Igreja; 
As corporações de ofício;
O mercantilismo vai aos poucos minando estas instituições feudais e criando uma classe de mercadores e trabalhadores livres.
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A moeda como fonte de riqueza 
Metalismo: doutrina mercantilista segundo a qual a moeda era a fonte de riqueza das nações.
O metalismo foi o principal axioma mercantilista.
Acumulação de riquezas = prosperidade econômica da nação.
Isso seria realizado através do comércio.
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Principais características do sistema econômico mercantilista
Monopólio
Metalismo
Industrialização
Protecionismo Alfandegário 
Expansão marítima 
Balança comercial favorável
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FISIOCRATAS
Quesnay - agricultura responsável pelo excedente de produção
Riqueza provinha da terra (recursos da natureza)
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LIBERALISMO ECONÔMICO
Riqueza encontrava-se no trabalho humano
Propriedade privada
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ESCOLA CLÁSSICA
Trabalho produtivo
Auto-regulação do mercado
Não-intervenção do Estado
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 INTRODUÇÃO AOS CLÁSSICOS DO PENSAMENTO ECONÔMICO
FISIOCRATAS
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FRANÇOIS QUESNAY 
QUESNAY, François, nascido em 1694 e falecido em 1774, economista francês. Líder da escola fisiocrata, a primeira escola de economia política.
Quesnay foi médico, primeiro de Madame de Pompadour e depois do rei Louis XV, na corte francesa. Suas primeiras publicações foram no campo da medicina. Seu conhecimento da circulação do sangue e sua fé no poder curativo da natureza ele leva para suas especulações na área econômica como um preceito de confiança na natureza como capaz de reger também a economia por via das inclinações naturais do homem. Somente depois dos 60 anos de idade publicou seu primeiro livro no assunto. Com o apoio de Madame de Pompadour, atraiu um grupo de economistas que o viam como seu líder.
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Tableau économique ("Quadro Econômico"),
O sistema de Quesnay foi exposto no seu Tableau économique ("Quadro Econômico"), de 1758, que mostrava esquematicamente as relações entre as diferentes classes econômicas e setores da sociedade e o "fluxo de pagamentos" entre elas. Com o Tableau, Quesnay criou o conceito de equilíbrio econômico, uma concepção tomada como ponto de partida nas análises econômicas desde então. É dele também o conceito de "capital fixo" e "capital circulante" e a noção de que o capital deve constituir uma reserva de riqueza a ser acumulada antes da produção; considerava que a poupança era potencialmente prejudicial porque, não aplicadas, podia perturbar o equilíbrio do fluxo de pagamentos
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Contexto histórico, significado e origem da fisiocracia
Influenciada pelo movimento iluminista (autores como Kunt, Rousseau, Hume, Voltaire), no século XVIII, a fisiocracia voltou-se contra as práticas mercantilistas. Defendia a prática do livre-cambismo e da liberdade política e social. 
 A palavra Fisiocracia significa “governo da natureza”.
 Os fisiocratas formaram a primeira escola de pensamento econômico.
 François Quesnay foi o mentor da fisiocracia, e seus principais pensamentos estão no artigo “Tableu Économique”(1759).
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Significado e origem da fisiocracia (cont.)
Os fisiocratas são vistos como reação ao mercantilismo, personalizado por Colbert, ministro de Luís XIV. 
 Os fisiocratas vislumbravam uma agricultura francesa nos moldes da inglesa (altamente produtiva e convertida à exploração capitalista).
 Adam Smith em viagem à França em 1765 conhece Quesnay , Turgot e os preceitos fisiocráticos.
 Estes influenciariam Smith ao redigir sua obra A Riqueza das Nações.
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A ordem da natureza: a filosofia da ordem natural
Os fisiocratas acreditavam na existência de uma ordem natural, absoluta e imutável que regia o universo. 
 Esta ordem manifestava-se no sistema econômico. 
 As intervenções estatais restritivas e regulatórias das atividades econômicas violavam a ordem natural.
 Quaisquer intervenções deveriam ser então evitadas, pois atentavam contra a geração do produto líquido, que nutria a vida produtiva.
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Origem da riqueza e o produto líquido
 Toda a riqueza advém da fertilidade da terra.
 Somente a agricultura é capaz de gerar excedente (produto líquido).
 Com essa concepção ocorre a seguinte mudança:
A origem do produto líquido sai da esfera da circulação (mercantilismo) para a esfera de produção (agricultura) !
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A sociedade tripartidada
Para os fisiocratas a sociedade era dividida em três classes sociais:
Classe produtiva; (Agricultores)
Classe proprietária;
Classe estéril. (Classe de industriais) 
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A estrutura social fisiocrática e suas implicações 
O conceito de produtividade do trabalho agrícola consiste em dois fatores: 
A formação do produto líquido;
O fato de que os produtos agrícolas tem a propriedade de satisfazer a subsistência. 
Os artesãos e mercadores dependem do setor agrícola para sobreviver. Apesar disso os primeiros são vitais para a existência deste setor, pois:
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A estrutura social fisiocrática e suas implicações (cont.) 
Produzem peças fundamentais para a sobrevivência, que não poderiam ser produzidas pelos agricultores, pelo tempo que estes perderiam nesta atividade (dedicando menos tempo à agricultura e assim reduzindo a produção total dos campos), e pela falta de habilidade nesta produção;
A produção manufatureira e o comércio colocam itens no mercado, que acabam sendo adquiridos às custas do trabalho agrícola, servindo de estímulo a este. 
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A estrutura social fisiocrática e suas implicações (cont.) 
Os proprietários não podem ser definidos nem como produtivos, nem como estéreis, sendo a única classe livre para decidir como gastar sua renda.
Os proprietários tem de cumprir dois deveres:
Cuidar para que a terra sempre se encontre em condições de ser cultivada. 
Despender sua renda nos setores produtivo e improdutivo, de forma a otimizar a produção nacional.
O lucro não pode ser visto como excedente, pois é utilizado para cobrir os custos de manutenção do patrão, sendo consumido por ele. Trata-se de uma recompensa pelos adiantamentos de capital e salários que possibilitaram mover a produção. 
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Repartição do Produto
Os fisiocratas descobriram o ciclo econômico; antes deles a economia tomava a forma de questões pontuais.
A circulação de bens é vista como uma cadeia, capaz de revelar a natureza social das relações econômicas.
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Tableou Économique – significado e pensamento
O Tableou Économique 
Os recursos necessários para cada pessoa colocar a produção de cada setor em movimento são chamados por Quesnay de adiantamentos, podendo ser de três tipos: 
Primitivos: Ferramentas, edifícios, alimentos para os trabalhadores, alimentos para os gados e etc.
Fundiários: Melhorias nas terras, pontes e etc.
Anuais: Salários, sementes e outras despesas com a mesma periodicidade.
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Entendendo o Tableu Économique
O Tableu representa a distribuição dos adiantamentos através dos setores econômicos, revelando a interdependência destes, e as diversas fases pelos quais a receita inicial passa até dar-se a sua reprodução e a formação do produto líquido. Tudo isso no período de um ano. Esquematicamente temos:
De posse dos adiantamentos anuais (receita guardada do período precedente), cada setor adquire o necessário para começar a operar: os agricultores compram sementes, e os artesãos matéria-prima. 
A parte dos adiantamentos anuais utilizada para comprar a produção dos outros setores passa a ser chamada pelo setor que a recebe de adiantamento primitivo. 
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Entendendo o Tableu Économique 
De posse dos adiantamentos primitivos, cada setor adquire o resto dos recursos necessários para produzir: os agricultores compram ferramentas e os artesãos alimento. 
Cada setor retém uma parte de sua produção para consumo próprio: os agricultores consomem parte da colheita e os artesãos usam as ferramentas que produzem. 
O restante da produção é distribuído entre os setores, sendo que somente para o setor produtivo sobra o excedente, com o qual é paga a renda aos proprietários 
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O imposto único 
Os fisiocratas defendiam a criação de um imposto único que incidisse sobre a renda dos proprietários.
O imposto único visava desonerar os demais setores e acabar com a excessiva carga tributária imposta pelos governos mercantilistas, que incidia múltiplas vezes sobre o setor agrícola, reduzindo sua capacidade de gerar o produto líquido. 
Assim obteria-se um sistema de impostos capaz de capturar uma receita satisfatória, de forma simples e livre de qualquer complicação que pudesse comprometer
o funcionamento do mercado. 
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Conclusão: Liberalismo, comércio externo e o papel do Estado 
Para a fisiocracia o estado tem um papel fundamental na busca da prosperidade econômica.
Para que os empresários agrícolas desempenhem adequadamente suas atividades, o governos tem de:
Garantir a liberdade do comércio;
Manter as vias de transporte em bom estado;
Garantir a segurança nos mares, com uma marinha militar capaz de fazer frente a outros países.
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Papel do Estado na Economia dos Fisiocratas
Impostos
Subsídios
Distribuição de Renda
Política Fundiária
Política Industrial
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OS EQUÍVOCOS DOS FISIOCRATAS
O grande erro dos fisiocratas consistiu no fato deles pensarem que a Economia Política trata das riquezas, entendendo estas apenas como bens materiais (por isso a única classe produtiva estava ligada à agricultura, pois esta "criava" bens materiais). Por esta razão a agricultura era considerada fecunda e a indústria não.
Mas a Economia Política estuda os produtos, visto que estes têm valor.
Em sua teoria Quesnay não levou em consideração que nos processos industriais existem mudanças quantitativas e qualitativas dos insumos e as novas utilidades criadas acrescentam valor às mercadorias, podendo se falar também em geração de excedente. Descartou, ainda, a possibilidade do aparecimento de monopólios, mesmo que a longo prazo, o que certamente elevaria os preços a níveis mais altos do que o custo médio total, gerando um excedente de produção, seja na atividade agrícola ou manufatureira.
 
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conclusão
Pode-se concluir que a Fisiocracia foi mais uma contribuição para a gestação do moderno pensamento econômico, tendo como principal idéia a valorização cada vez maior da terra, embora se equivocando na questão de que só os produtos retirados dela poderiam proporcionar riqueza. Quesnay, como seu principal pensador, através de suas teorias, alertou para a importância da circulação do capital nos setores da economia.
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ESCOLA CLÁSSICA
Ordem económica através do liberalismo e da interpretação
das inovações tecnológicas.
 O contexto foi influenciado pela Revolução Industrial,
caracterizando-se:
 Pela procura no equilíbrio do mercado (oferta e procura),
pelo ajuste de preços;
 Pela não intervenção do estado na atividade económica;
 E pela satisfação das necessidades humanas através da divisão do trabalho.
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ADAM SMITH (1723-1790)
“A Riqueza das Nações”-1776
Trabalho produtivo é o responsável pela riqueza da nações
Divisão do trabalho
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Adam Smith
* 1723 (Escócia) - † 1790
Segunda metade do século XVIII: início da 1ª Revolução industrial
Professor de “Filosofia moral” da Universidade de Glasgow
1759: A Teoria dos Sentimentos Morais
1776: A Riqueza das Nações
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Principais conceitos introduzidos
“Postulado da Racionalidade”
“Postulado do Equilíbrio”
“Conceito de Mão Invisível”
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Postulado da Racionalidade:
« ou do interesse próprio »
Cada pessoa, nas suas decisões procura escolher o agente económico que lhe parece melhor.
A racionalidade, por outras palavras, significa a recusa do desperdício, seleciona a melhor alternativa.
OS AGENTES ECONÓMICOS SÃO RACIONAIS
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Postulado do Equilíbrio:
Não se aplica às decisões de um agente económico mas à interação entre várias decisões racionais efetuadas por diferentes agentes económicos.
Diz simplesmente:
OS MERCADOS EQUILIBRAM-SE
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Conceito de “Mão Invisível”:
É a força que impulsiona cada um, seguindo
o seu interesse próprio, a satisfazer o bem estar social.
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Não acreditava na forma mercantilista de desenvolvimento económico, mas sim na concorrência que impulsiona o mercado que faz girar a economia.
 “Mão Invisível” – Mercados onde os governos não intervêm na economia.
 Neste caso os indivíduos perseguindo os seus interesses, decidem o que
 produzir, como produzir e para quem produzir.
 As classes sociais constituem-se em:
 Classe dos proprietários;
 Classe dos trabalhadores, que vivem de salários;
 Classe dos patrões, que vivem do lucro sobre o capital.
 A subordinação, na sociedade, deve-se a:
 Qualificações pessoais, idade, fortuna e origem.
 Afirmava que a livre concorrência levaria a sociedade à perfeição uma vez que a procura do lucro máximo promove o bem-estar da comunidade.
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Princípios de “A Riqueza das Nações”
A Economia entendida como a ciência que se ocupa da “Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações”
Trabalho (entendido como atividade produtiva) é a fonte de riqueza das nações. 
A produtividade diferenciada entre países é tida como a explicação dos diferentes níveis de riqueza entre as nações.
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Princípios de “A Riqueza das Nações”
A produtividade é causada pela “eficácia do trabalho”, e esta provém da divisão do trabalho (e não das propriedades naturais da terra):
Pelo aumento da destreza de cada trabalhador
Pela economia de tempo decorrente da “racionalização do processo de trabalho”
Pela invenção de um grande número de máquinas... permitindo a um só homem fazer o trabalho de muitos
São duas as condições prévias para a divisão do trabalho: extensão do mercado (decorrente da “propensão natural à troca” e da facilidade de transportes) e abundância de capitais (derivados dos lucros conseguidos a partir do “produto líquido do trabalho” e utilizados como “capacidade de comandar trabalho”).
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 A divisão do trabalho 
 “Um maior aproveitamento das forças produtivas do trabalho e da maior parte da habilidade, destreza e julgamento com que é sempre dirigido, ou aplicado, parece ter sido o efeito da divisão do trabalho”. 
 Motivos da eficiência da divisão do trabalho: 
•	Cada trabalhador desenvolve destreza crescente no desempenho de uma tarefa simples; 
•	Poupa-se tempo se o trabalhador não precisa mudar o tipo de trabalho que realiza; 
•	Pode-se inventar maquinaria para aumentar a produtividade, uma vez que as tarefas foram simplificadas e rotinizadas com a divisão do trabalho. 
•	O lado obscuro da divisão do trabalho: estupidifica a mente e embrutece a personalidade. “... em toda a sociedade desenvolvida e civilizada, este é o estado em que os operários pobres, isto é, a maior parte do povo, deve necessariamente cair, a menos que o governo tome algumas medidas para impedir isto”. 
•	O governo deveria promover a educação das pessoas comuns e escolas paroquiais gratuitas e possivelmente obrigatórias. 
 
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Princípios de “A Riqueza das Nações”
A política mais favorável à ampliação dos mercados e do capital é a da liberdade do comércio.
A maneira como o produto do trabalho é dividido entre os salários, renda fundiária e lucro é o que torna uma nação mais ou menos rica.
“O valor de qualquer mercadoria, para a pessoa que a possui...e que tenciona trocá-la por outras, é igual à quantidade de trabalho que lhe permite adquirir. Logo, o trabalho é a medida do real valor de troca de todas as mercadorias”
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As leis econômicas de uma sociedade livre. 
	Valor: 
	Valo-de-uso: expressa a utilidade de um objeto particular. 
	Valor-de-troca: expressa o poder de compra de outros bens que a posse daquele objeto contém 
	O valor de um bem para a pessoa que o possui, caso deseje trocar por outros bens, é igual a quantidade de trabalho que lhe permita adquirir ou comandar. 
	O trabalho é a medida real do valor-de-troca de todos os bens. 
	Contradição do valor-trabalho: produção que evitam grandes investimentos e garantem o mesmo retorno para seu trabalho. 
	Em uma sociedade em que os investimentos de capital se tornam importantes, os bens são trocados normalmente por outros bens, por dinheiro ou por trabalho a um valor suficiente para cobrir salários, lucros e aluguéis. 
	A quantidade de trabalho que um bem pode comprar excede a quantidade de trabalho envolvida em sua produção pelo montante de lucros e aluguéis. O valor é influenciado pelo custo de produção. 
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As leis econômicas
de uma sociedade livre
Preço de mercado 
•	Preço natural: é um preço a longo prazo, que é o menor preço ao qual os empresários continuam a vender seus bens. Quando um bem é vendido ao seu preço natural, haverá receita exatamente suficiente para pagar as taxas naturais de salário, lucros e rendas. 
•	Preço real ou de mercado: depende da oferta e da procura a curto prazo e tenderá a flutuar em torno do preço natural. 
c) Salários 
•	Conflito na determinação dos salários. 
•	Taxa salarial mínima: deve ser aquela que permita ao trabalhador com sua família sobreviver e perpetuar a oferta de trabalho. 
 	A variação da riqueza nacional determina a demanda por trabalho e o salário. 
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As leis econômicas de uma sociedade livre
d) Lucro
	Todo investimento está exposto ao risco de perda, de forma que a menor taxa de lucro deve ser suficiente para compensar essas perdas e ainda deixar um excedente para o empresário. 
	Lucro bruto: inclui a compensação pela perda e o excedente. 
	Lucro líquido: corresponde apenas ao excedente, a receita líquida do negociante. 
	Concorrência e salários podem reduzir o lucro. 
 e) Renda 
	 Na terminologia clássica, a renda é um preço pago pelo uso da terra. É o preço mais alto que o rendeiro pode pagar após a dedução dos salários, da depreciação do capital, dos lucros médios e de outras despesas de produção. 
	Preços altos, rendas elevadas. Preços baixos, rendas baixas. Mas Smith havia afirmado que a renda da terra entra no preço do produto. Que contradição. 
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 “Não se vêem povos pobres em terras vastíssimas, potencialmente férteis, em climas dos mais benéficos? E, inversamente, não se encontra, por vezes, uma população numerosa vivendo na abundância em um território exíguo? Ora, se essa é a realidade, é por existir uma causa sem a qual os recursos naturais nada são, por assim dizer; uma causa que, ao atuar, pode suprir a ausência de recursos naturais. Em outros termos, uma causa geral e comum de riqueza, causa que, atuando de modo desigual entre os diferentes povos, explica as desigualdades de riqueza de cada um deles; essa causa dominante é o trabalho.”
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 “Segundo seja maior ou menor a proporção existente entre o produto do trabalho – ou aquilo que no estrangeiro se adquire em troca desse produto – e o número de consumidores, encontrar-se-á a nação mais ou menos abastecida de todas as espécies de coisas necessárias ou cômodas de que necessite.”
(“Introdução e Plano de Obra” in A Riqueza das Nações”
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O que Fazem os Governos
Criam leis, regras e regulamentos
Compram e vendem bens e serviços
Cobram impostos e taxas
Fazem transferências monetárias (Pagamentos sem qualquer
serviço em troca)
Tentam estabilizar a economia (Ciclo económico –
flutuações na produção total, ou PIB, acompanhadas por
flutuações na taxa de inflação e no nível de desemprego)
Influenciam a afectação de recursos
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Críticas às suas Obras:
“Riqueza das Nações”
 Realça a ideia do homem movido pelo egoísmo;
 Este constitui-se na força impulsionadora do comportamento humano.
Egoísmo (ego + ísmo) é o hábito ou a atitude de uma pessoa colocar seus interesses, opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar, em detrimento (ou não) do ambiente e das demais pessoas com que se relaciona. Neste sentido, é o antônimo de altruísmo.
Ganância é um sentimento humano que se caracteriza pela vontade de possuir para si próprio tudo o que admira. É a vontade exagerada de possuir qualquer coisa. É um desejo excessivo direcionada principalmente à riqueza material, nos dias de hoje pelo dinheiro. Contudo é associada também a outras formas de poder, tal qual influencia às pessoas de tal maneira que seus praticantes chegam ao cúmulo de corromper terceiros e se deixar corromper, manipular e enganar chegando ao extremo de tirar a vida de seus desafetos.
Ambição é o desejo forte de fortuna, de glória, de honrarias, de poder ou de outra coisa qualquer, dependendo do contexto.
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TEORIA POPULACIONAL MALTHUSIANA
Thomas Robert Malthus nasceu a 14
de Fevereiro de 1766, Rookery, Surrey, Inglaterra. E faleceu a 23 de Dezembro de 1834, Bath.
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TEORIA POPULACIONAL MALTHUSIANA
Thomas Malthus foi um demógrafo e economista Inglês;
As suas teses pessimistas deram à Economia a alcunha de ciência Lúgubre (dismal science);
Terminou os estudos em Cambridge e tornou-se pastor anglicano em1797;
Em 1805 foi nomeado professor de História e de Economia política em um colégio da Companhia das Índias, em Haileybury;
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TEORIA POPULACIONAL MALTHUSIANA
Sua fama decorre dos livros que escreveu, sendo dois destes, acerca dos estudos sobre a população, que nos expõe a teoria Malthusiana:
“Um ensaio sobre o principio da população na medida em que afeta o melhoramento futuro da sociedade, com notas sobre as especulações de Mr.Godwin, M. Condorcet e outros escritores” (1798)
“Um ensaio sobre o principio da população ou uma visão dos seus efeitos passados e presentes na felicidade humana, com uma investigação das nossas expectativas quanto à remoção ou mitigação futura dos males que ocasiona”(1803)
“Princípios da economia politica” (1820)
“Definições em economia politica” (1827)
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TEORIA POPULACIONAL MALTHUSIANA
No primeiro ensaio - Apresenta uma crítica ao utopismo
No segundo ensaio – Há uma vasta elaboração de dados materiais Analisando a relação entre a produção de meios de subsistência e a evolução demográfica nos EUA e na Europa, Malthus concluiu que o crescimento populacional excedia a capacidade de produção de alimentos que a terra proporcionava. Enquanto o crescimento populacional tenderia a seguir um ritmo de progressão geométrica, a produção de alimentos cresceria segundo uma progressão aritmética.
Assim, a população tenderia a crescer além dos limites de sua sobrevivência, e disso resultariam a fome e a miséria.
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TEORIA POPULACIONAL MALTHUSIANA
O planeta terra possui 6 bilhões de habitantes, dos quais 1 bilhão passa fome. Em 1798 Thomas Malthus foi o primeiro a desenvolver uma teoria populacional relacionando crescimento populacional com a fome.
A teoria populacional malthusiana defende o seguinte princípio: a população cresce em uma progressão geométrica (1.2.4.8…),
enquanto os alimentos em uma progressão aritmética (1.2.3.4…).
 A solução defendida por Malthus seria a sujeição moral (retardar o casamento, elevar o preço das mercadorias, reduzir os salários,
praticar a castidade antes do casamento e somente ter o número de filhos que pudesse sustentar com suas próprias terras).
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TEORIA POPULACIONAL MALTHUSIANA
Na perspectiva de Malthus, existiam dois tipos de obstáculos:
Obstáculos positivos (A Fome, a Desnutrição, as Epidemias,
Doenças, as Pragas, as Guerras etc.) no sentido de aumentar a taxa
de mortalidade;
Obstáculos preventivos (as Práticas Anticoncepcionais Voluntárias) no sentido de reduzir a taxa de natalidade.
TEORIA POPULACIONAL MALTHUSIANA
A explosão demográfica nos países subdesenvolvidos, acompanhada da escassez de alimentos e suas consequências catastróficas, provocou uma tendência internacional do uso do planeamento familiar (distribuição gratuitas de pílulas anticoncepcionais, de preservativos, entre outros meios contraceptivos).
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TEORIA POPULACIONAL MALTHUSIANA
Essa teoria, quando foi elaborada, parecia muito consistente. Os erros de previsão estão ligados principalmente às limitações da época para a coleta de dados, já que Malthus tirou suas conclusões partindo da observação do comportamento demográfico em uma determinada região, com população predominantemente rural, e as considerou válidas para todo o planeta no transcorrer da história, sem considerar os progressos técnicos advindos da natural evolução humana. Não previu os efeitos decorrentes da urbanização na evolução demográfica e do progresso tecnológico aplicado à agricultura.
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TEORIA POPULACIONAL MALTHUSIANA
As principais falhas na teoria malthusiana são:
Corresponde a uma teoria
preconceituosa, onde só é permitido o relacionamento sexual a quem possua dinheiro.
Malthus não levou em consideração o avanço tecnológico do homem no sector agrícola, como por exemplo: mecanização, irrigação, melhoramento genético e etc.
A população do planeta afinal não duplicou a cada 25 anos, e a produção de alimentos se acelerou foi graças ao desenvolvimento tecnológico.
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TEORIA POPULACIONAL MALTHUSIANA
Desta forma podemos concluir que:
Malthus faz uma análise profunda a respeito da explosão demográfica do Planeta, afirmando que jamais teríamos uma sociedade feliz, devido a tendência (estatística) de que as populações sempre cresceriam mais que os meios de sua subsistência.
De fato, embora cada vez mais se avance na tecnologia de alimentos, remédios, habitações etc. estamos perdendo a corrida para a explosão demográfica, e o planeta ficando cada vez mais pobre em seus recursos naturais (renováveis ou não), explorados intensivamente e na esmagadora maioria das vezes, de forma irracional.
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Teoria de Malthus
A “Teoria da População” de Thomas Malthus publicada em 1798 demonstra sua preocupação diante da questão social agravada pela miséria crescente do operariado na Inglaterra. Segundo ele, a população crescia em progressão geométrica, enquanto os meios de subsistência cresciam em progressão aritmética, o que resultava em miséria e pobreza. Malthus era contrário a qualquer intervenção do Estado para tentar resolver o problema e afirmava que isso serviria apenas para estimular o aumento da população e o agravamento da questão. Para ele, a própria natureza seria incumbida de resolver tal problema, pois aumentaria a mortalidade devido à fome.
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Teoria de Malthus
O essencial da teoria de Malthus, se resume que há uma falta de concordância entre o poder de reprodução da espécie humana e a capacidade de produção dos meios de subsistência e que o excedente deve desaparecer”. 
“Um homem que nasce em um mundo já ocupado não tem o direito de reclamar parcela alguma de alimento, no grande banquete da natureza não há lugar para ele”. A natureza intima-o a sair e não tarda em executar essa intimação. 
Preocupado com o crescimento populacional acelerado, Malthus publica uma série de ideias alertando a importância do controle da natalidade, afirmando que o bem-estar populacional estaria intimamente relacionado com o crescimento demográfico do planeta. Ele acreditava que o crescimento desordenado acarretaria a falta de recursos alimentícios para a população gerando, como consequência, a miséria e a fome.
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Jean-Baptiste Say 
Jean-Baptiste Say (Lyon, 1767 - Paris, 1832), economista francês que formulou uma lei econômica, a lei de Say, que se manteve como princípio fundamental da economia ortodoxa até a grande depressão (1930). 
Filho de um comerciante trabalhou na firma de um amigo do pai na Inglaterra, onde estudou a obra do fundador da escola clássica, Adam Smith, cujo tratado The Wealth of Nations (1776) despertou-lhe o interesse pela economia política.
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Defensor da liberdade de produção e de consumo, e convicto de que o capitalismo sempre se ajusta às crises, criou uma escola própria quando elaborou a teoria segundo a qual é a utilidade, e não o trabalho, que determina o valor de um bem. Traité d'économie politique (1803) foi seu principal livro e a primeira obra do gênero publicada na França. 
De grande sucesso, foi proibido por razões políticas e só teve nova edição anos depois (1814). Outra obra importante foi Cours complet d'économie politique pratique (1828-1830), exposição geral de sua teoria.
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A Lei de Say estabelece que "quando um produtor de algum produto vende seu produto o dinheiro que o produtor obtém com a venda de seu produto está sendo gasto com a mesma vontade da venda de seu produto”. 
Trocando em miúdos, não existem crises de superprodução uma vez que tudo o que é produzido pode ser consumido já que a demanda de um bem é determinada pela oferta de outros bens de forma que a oferta agregada é sempre igual à demanda agregada. Embora seja possível que certos setores da economia tenham relativa superprodução em relação aos outros setores que sofrem de relativa sub-produção. 
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Say exige a segurança da propriedade privada, definição livre de preços, competição e mercados livres, como incentivos sustentáveis para manter os empreendedores sempre na busca de melhores soluções para problemas antigos e contemporâneos, para sinalizar aos empreendedores o que a população realmente deseja: que produtos, como, onde e quando.
 Say exige também baixos impostos e orçamentos equilibrados, que financiam a necessária estrutura legal e institucional da economia de mercado, deixando sempre aos cidadãos e seus descendentes, uma percentagem razoável dos frutos do seu trabalho.
 Hoje em dia adicionaríamos: permitindo também que eles vivam uma vida em liberdade e assumindo as suas responsabilidades. 
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Lei de Say
Formulação da Lei de Say: “Numa economia mercantil, como o objetivo do produtor é trocar as mercadorias por ele produzidas por outras mercadorias, o valor da produção de um produtor qualquer é igual ao valor de sua demanda por outras mercadorias”. 
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DAVID RICARDO (1772-1823)
“Princípios de Economia Política e Tributação” - 1817
Teorias de desenvolvimento econômico e comércio internacional
Teoria do Valor - valor da mercadoria determinado pela quantidade de trabalho
Teoria da Renda da Terra
Teoria das Vantagens Comparativas
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MILL (1806-1873)
“ Princípios de Economia Política” - 1848
Estado estacionário
A distribuição da renda e da riqueza são características particular de cada sociedade
Passagem do sistema econômico da propriedade privada para um sistema cooperativo, o socialismo
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MARX (1818-1883)
Sistema capitalista - explora o trabalhador
Idéia de “mais-valia”
Acumulação de capital, crescimento, exploração e alienação
“O Capital”
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ESCOLA MARGINALISTA E MARSHALL (1842-1924)
Reação ao socialismo
Valor depende da utilidade marginal
“Princípios de Economia Política” - 1890
Teoria neoclássica (clássicos + marginalistas)
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KEYNES (1883-1946)
“Teoria Geral do Emprego, do Juro e do Dinheiro” - 1936
Preocupação com o desemprego
Emprego depende da demanda agregada
Desemprego involuntário e rigidez de salários
Intervenção do Estado

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