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Karl Marx e a crítica da sociedade capitalista 
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As bases do pensamento de Marx
Filosofia alemã
Socialismo utópico francês 
Economia política clássica inglesa
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A interpretação dialética
Analisa a história como um movimento
Movimento conseqüente das próprias ações dos homens
Reflexão crítica sobre a realidade
Somente a dialética consegue apreender os movimentos do real
Papel central do pensamento na apreensão do real
O pensamento está inserido no próprio real
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A infra-estrutura como base da sociedade 
Todo o sistema de pensamento de Marx é erigido a partir do modo de produção capitalista
A anatomia da sociedade deve ser procurada na análise das relações de produção
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A CATEGORIA TRABALHO - DE ONDE ADVEM 
 A RIQUEZA OU O VALOR.
 Antigo sistema monetário – A fonte da riqueza estaria na circulação do dinheiro;
 Sistema manufatureiro – A fonte da riqueza viria do trabalho comercial;
 Fisiocratas – A fonte da riqueza residiria no trabalho agrícola;
 Liberalismo clássico – A fonte da riqueza é o trabalho puro e simples (Adam Smith);
 Adam Smith destacava o trabalho como um dos fatores de produção. 
 David Ricardo apresentou os outros: o capital e a terra e estruturou o seguinte esquema explicativo para a origem das riquezas:
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A CATEGORIA TRABALHO - DE ONDE ADVEM 
 A RIQUEZA OU O VALOR 
 	 
	FATORES DE PRODUÇÃO 			 PRODUTO 
 Capital 			Lucros e Juros
VALOR Trabalho 		Salário		Trabalho
		 Terra			Renda
 
 Ao final do processo, o Valor dos Fatores de Produção se igualariam ao Trabalho. Daí a abstração máxima alcançada pela Economia Política clássica.
 Assim: VALOR = TRABALHO HUMANO
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Para Engels "uma economia produz mercadorias quando os bens produzidos são para troca, para serem vendidos no mercado“.
	São pré-condições para a produção de mercadorias: Divisão da sociedade em classes sociais; Divisão social do trabalho e Propriedade privada dos meios de produção.
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O modo de produção capitalista
É composto pelos meios de produção e as relações de produção
Meios de produção: Maquinas, ferramentas, tecnologia, força de trabalho
Relações de produção: Somente por meio delas se realiza a produção. Elas variarão de acordo com os meios de produção. São as próprias relações e organizações entre os homens
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O modo de produção capitalista
É apenas no intercambio entre relações de produção e forças produtivas que se transformam em capital, somente por meio do trabalho tal relação é concretizada
As relações de produção condicionam as relações sociais
O capital é também uma relação social de produção. Relação de produção da sociedade burguesa
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O capital como relação social de produção
O capital não se constitui somente como meio de subsistência, de instrumento de trabalho e de matéria prima
Forma o chamado valor de troca, em que todos os produtos de que ele se constitui são mercadorias
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A mercadoria
Unidade básica do MPC, pela qual se erige o sistema capitalista
Valor de Uso: Utilidade da mercadoria (Qualitativo)
Valor de Troca: Pode ser trocada por uma porção de outra mercadoria (Quantitativo) 
Todas as mercadorias são produto da cristalização do trabalho humano e que o valor de troca é proporcional a quantidade de trabalho humano investido em cada uma dessas mercadorias
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A troca
É a própria troca entre mercadorias; assim o valor de uma mercadoria se exprime em uma mercadoria diferente
O dinheiro para Marx é como uma outra mercadoria qualquer. O dinheiro é visto como o equivalente universal de troca
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LEI DO VALOR: É a lei que explica a origem e a magnitude ou grandeza do valor das mercadorias. Sendo a mercadoria fruto do trabalho humano e sendo o trabalho humano a fonte do valor, temos que o valor de uma mercadoria é determinado pela quantidade ou tempo de trabalho socialmente necessário para a produção de determinada mercadoria. 
PREÇO: É a expressão monetária do valor, a forma como o valor aparece para a sociedade. 
O preço pode divergir do valor, influenciado pelas condições de oferta e procura, especialmente pelas condições de monopolização na venda ou mesmo na compra. 
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O segredo da mercadoria
Os homens em sociedade (capitalista) têm relações humanas em vista da produção das mercadorias, mas seus trabalhos organizados adquirem a forma de uma relação social dos produtos do trabalho
Isso significa que produzem mercadorias e só se comunicam entre si por intermédio dos produtos do trabalho, ou seja, por intermédio das mercadorias
Expressão da supremacia do Valor de Troca sobre o Valor de Uso. É a mercantilização de todas as relações sociais
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A exploração capitalista sobre o trabalhador
Mais Valia: é a quantidade de trabalho não paga ao trabalhador
Duas formas de extração da mais-valia 
Absoluta: Aumento da jornada de trabalho
Relativa: Aumento da intensidade do trabalho. Que pode se dar pelo incremento de tecnologia na produção, aumentando a produtividade da produção
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A exploração capitalista sobre o trabalhador
O valor da força de trabalho e a mais-valia variam em direções opostas
É só por meio da exploração da força de trabalho que o Capital consegue reproduzir seu ciclo: M-D-M’ e D-M-D’
Somente o trabalho humano gera valor, por isso a necessidade do capitalismo explorar o trabalho
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O que ambas tem em comum?
Ambos os circuitos se decompõem nas mesmas duas fases:
 M–D (VENDA) 
 D-M (COMPRA)
Em cada uma das duas fases se defrontam os mesmos elementos materiais, mercadoria e dinheiro e os mesmos personagens econômicos, um comprador e um vendedor;
Cada um dos dois circuitos constitui a unidade das mesmas fases antitéticas;
Em ambos os casos essa unidade é efetivada pela intervenção de três contratantes: um que apenas vende, outros só compra e o terceiro compra e vende alternadamente. 
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O que as distingue? 
A sucessão inversa de ambas as fases opostas de circulação;
Na circulação da mercadoria o dinheiro é gasto de uma vez por todas, enquanto na circulação do capital, o comprador gasta dinheiro para fazer dinheiro como vendedor;
Na forma M - D - M a mesma peça de moeda muda de lugar duas vezes, enquanto que em D - M - D quem muda de lugar duas vezes e a mesma mercadoria;
Na circulação simples das mercadorias, a dupla mudança de lugar da mesma peça de dinheiro ocasiona sua transferência definitiva de uma mão para outra, já na circulação D - M - D, a dupla mudança da mesma mercadoria ocasiona a volta do dinheiro a seu ponto de partida;
Na circulação M - D - M, o dispêndio do dinheiro nada tem a ver com o seu retorno. Em D - M - D, ao contrário, a volta do dinheiro é determinada pela maneira como foi despendido;
Em M - D - M, o objetivo final é o valor-de-uso, enquanto que em D - M - D o objetivo é o valor-de-troca.
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Comprar para vender, ou mais precisamente comprar para vender mais caro é a forma particular do capital mercantil D - M - D’;
O Capital industrial também é dinheiro que se converte em mais dinheiro, através de fatos que ocorrem fora da esfera da circulação, entre a compra e a venda, não ocorrendo nenhuma mudança na forma de movimento: 
 D-M...p...M’-D’;
No capital que rende juro, o Capital Bancário, a circulação D - M - D’ é abreviada pelo desaparecimento do estágio intermediário: D - D’;
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Portanto D - M - D’ é a forma geral do capital conforme ele aparece diretamente na circulação. 
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Duas características do MPC
1) A mercadoria constitui o caráter dominante e determinante dos seus produtos
Assim os agentes deste modo de produção (burgueses e proletários) são vistos como encarnações do capital e do trabalho assalariado. (trabalho concreto e trabalho abstrato)
2) Produção da mais-valia: finalidade direta e o móvel determinante da produção.
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As contradições do MPC
As duas características
do MPC não podem ser compreendidas por si só, mas como produtos das relações de produção que produzem o capitalismo
Assim entre o operário e o capitalista existe uma contradição, que é produzida desde o princípio de suas relações
A contradição inicia-se logo no início do sistema capitalista, quando produtor e meios de produção são separados
A própria apropriação desigual do trabalho está na base desta contradição. O resultado do trabalho alienado não pertence ao trabalhador
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As contradições do MPC
A burguesia cria, sem parar, meios de produção mais poderosos. Mas as relações de produção permanecem inalteradas
O regime capitalista é capaz de produzir cada vez mais mercadorias, porém a miséria permanece para a maioria
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As contradições do MPC
Os meios de produção capitalistas se transformam incessantemente, sua base é revolucionária, ao passo que os modos de produção anteriores eram essencialmente conservadores
Essa constante revolução se da às custas dos operários: pois o trabalho se torna parcelar; o próprio trabalhador não reconhece o produto do seu trabalho
Uma massa de trabalhadores é despejada no chamado exército de reserva industrial, pois o próprio sistema capitalista necessita deste exército para manter os salários a um nível baixo.
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A resolução das contradições do MPC
Para Marx os antagonismos do MPC desembocam na revolução proletária 
Essa revolução será resultado das próprias ações dos capitalistas, que produzirão os meios de sua destruição e seus próprios coveiros (o proletariado).
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As classes sociais
Duas classes fundamentais para entender o capitalismo
Burguesia: detentora dos meios de produção
Proletariado: Vendedor de sua própria força de trabalho
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O conflito da produção expresso na Superestrutura 
O antagonismo entre burguesia e proletariado se expressa também na superestrutura
É o que Marx chama de Luta de Classes, que para além da dimensão de luta econômica existe também a luta política
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O Estado na análise de Marx
A luta de classes seria mera ilustração sem a análise do Estado capitalista
O Estado precisa ser compreendido como uma colossal superestrutura e o poder organizado de uma classe social em seu relacionamento com as outras
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Estado e Sociedade
O Estado não está descolado da sociedade
O Estado é produto das contradições inerentes à própria sociedade
O Estado é a expressão essencial das relações de produção específicas do capitalismo
O monopólio do aparelho estatal, diretamente ou por meio de grupos interpostos, é a condição básica do exercício da dominação
O poder político é na verdade o poder organizado de uma classe para a opressão das outras
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Infra-estrutura e superestrutura
Infra-estrutura
Meios de produção
Relações de produção
Produção de mercadorias
Estado
Direito
Justiça
Religião
Ideologias
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Infraestrutura e superestrutura: Existência e Consciência
É a infraestrutura que condiciona o modo de vida dos homens
O modo de produção da vida material condiciona o processo de vida social, política e intelectual. 
Não é a consciência dos homens que determina a realidade; ao contrário, é a realidade social que determina sua consciência
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As análises de Marx para entender a contemporaneidade
Mercantilização de todas as relações humanas;
A política também se torna mercantilizada;
A ciência como trabalho morto é utilizada cada vez mais para explorar o trabalhador;
A globalização (ou a mundialização) do capital foi um fenômeno previsto por Marx em suas análises.
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Questões
 De acordo com a teoria de Marx, a desigualdade social se explica
A) pela distribuição da riqueza de acordo com o esforço de cada um no desempenho de seu trabalho.
B) pela divisão da sociedade em classes sociais, decorrente da separação entre proprietários e não proprietários dos meios de produção.
C) pelas diferenças de inteligência e habilidades inatas dos indivíduos, determinadas biologicamente.
D) pela apropriação das condições de trabalho pelos homens mais capazes em contextos históricos, marcados pela igualdade de oportunidades.
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Questões 
Segundo a concepção materialista da história, a divisão social do trabalho é o processo
A) que dá início à contradição na vida social ao separar os homens entre proprietários e não-proprietários.
B) de diferenciação de funções que caracteriza as sociedades complexas.
C) que estimula as aspirações ao consumo, tão necessárias ao regime capitalista de produção.
D) que atua diretamente no crescimento da demanda de mercado.
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Questões 
Acerca da metáfora da edificação (infra-estrutura e superestruturas), formulada por Karl Marx para sintetizar sua concepção materialista de história, marque a alternativa correta.
A) O Estado capitalista corresponde a uma superestrutura que engloba o direito burguês e boa parte do sistema político.
B) As relações sociais de produção constituem uma esfera superestrutural, pois nascem das normas jurídicas e instituições políticas.
C) A totalidade das dimensões da vida social, o tempo todo, é determinada pelas relações econômicas.
D) As ideologias produzem a vida e, por isto, pode-se entender, por exemplo, a sociedade escravista a partir das filosofias de Platão e Aristóteles.
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Os movimentos de mudança social que vimos ao longo dos séculos – a Revolução Francesa e a Revolução Industrial, no séc. XVIII e as Revoluções de 1848 em especial ajudaram a estabelecer o pensamento de que os operários das fábricas eram, antes de tudo, diferentes dos camponeses, ou com necessidades diferentes, criadas a partir do estabelecimento da riqueza como objetivo primário na vida das pessoas.
Claro que se pensarmos um pouco, há de se supor que algumas pessoas acabaram se destacando em suas riquezas, não precisando mais trabalhar e empregando trabalhadores e coisa do tipo.
O que a gente aprende na escola, em linhas gerais, é que esses demônios donos de fábricas obrigavam os coitadinhos com chicote nas costas por jornadas de trabalho (em torno de 80 horas por semana em 1780, e isso não é mentira) e alguns grupos formaram a Associação Internacional dos Trabalhadores ou Primeira Internacional.
Fazendo um milhão de recortes, a gente chega a Karl Marx, e em seus estudos, que ao denunciarem essa realidade hostil em que se tornou o trabalho na Europa da virada do século, é extremamente pontual e acertado em suas afirmações.
Entretanto, ao propor o futuro, erra feio.
Simplesmente pelo fato de que pressupõe que qualquer um é capaz de realizar qualquer atividade, até mesmo a descoberta de remédios, tecnologia em geral e afins.
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Em sua obra, Marx nega a ideia de que somente uma parte das pessoas é genial, e os exemplos de governos baseados em sua visão, das duas uma: ou morreram de dentro para fora, ou foram mortos pela ação natural do tempo.
Nossa experiência histórica mostra que toda essa igualdade social (trabalhadores derrubando os patrões, abolição da propriedade privada, sociedade sem classes, sem Estado, e pós-monetária, etc.) é na verdade – se podemos chamar assim – um benefício de parte desse grupo, geralmente aquele que se mantém no poder.
Simplificando, o fulano acorda de manhã, lê seu jornal enquanto toma seu café com torradas, depois entra em seu carro e segue para sua rotina diária.
Quando se eliminam as classes, e todos se tornam patrões, o empregado não tem mais a obrigação de imprimir seu jornal, o agricultor de plantar seus grãos… e posso dizer também que veículos poluem a natureza e você tem que andar a pé a partir de hoje, etc. Fato é que a produção que não é voltada ao consumo próprio se abala.
Mas não acaba aí, porque os trabalhadores que morreram em prol da causa devem ser honrados e aqueles que chegaram lá, estão agora por cima da carne podre, querem o mesmo jornal diário, o pãozinho com café, massagem… Criando uma nova ordem soviético-mundial, a dos corruptos.
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