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revogação de prisão preventiva

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AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DE DIREITO DA COMARCA DE PIRAPORINHA DO OESTE/GO
PROCESSO Nº: XX
	JOSÉ DA SILVA, nacionalidade, estado civil, CPF nº, RG n, residente e domiciliado em, já devidamente qualificado nos autos do processo crime em epígrafe, vem, por seu advogado, com fundamentos no artigo 5º, LXXV, CF e art 316, CPP, requerer a Vossa Excelência a revogação da prisão preventiva, pelos motivos que passa a expor:
	Inicialmente, cabe abordar z manifesta falta de análise acerca da eventual possibilidade de aplicação das medidas cautelares diversas da prisão preventiva constantes no art. 319, CPP.
	Como se verifica, a decisão que decretou a cautelar é omissa na análise da eventual aplicação das medidas diversas da prisão elencadas no artigo 319, CPP.
Art 319, CPP: “São medidas cautelares diversas da prisão: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
IX - monitoração eletrônica. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 1º (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 2º (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 3º (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 4º A fiança será aplicada de acordo com as disposições do Capítulo VI deste Título, podendo ser cumulada com outras medidas cautelares. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).”
	Em segundo plano de abordagem, se deve combater o fundamento utilizado para o decreto prisional da conveniência de instrução criminal, vez que o réu, por não mais ocupar cargo público de qualquer espécie, não tem acesso a eventuais documentos que o juízo teme que sejam destruídos.
	Ademais, ao que parece, toda prova documental já foi colacionada aos autos desde a época do inquérito policial; sendo a prova documental pré-constituída e preexistente.
	Nessas duas abordagens alhures está evidente a falta de fundamentação da decisão prisional cautelar, em manifesto desacordo com o artigo 93, IX, CF.
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: 
IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei, se o interesse público o exigir, limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes;
	
	Desta forma, entende o STJ/SP:
STJ - HABEAS CORPUS HC 307723 SP 2014/0277465-3 (STJ)
Data de publicação: 06/04/2015
Ementa: PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. EXCESSO DE PRAZO NA FORMAÇÃO DA CULPA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO VERIFICADO. FEITO COMPLEXO. REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. RECURSO IMPROVIDO. 1. É uníssona a jurisprudência desta Corte no sentido de que o constrangimento ilegal por excesso de prazo só pode ser reconhecido quando seja a demora injustificável, impondo-se adoção de critérios de razoabilidade no exame da ocorrência de constrangimento ilegal. 2. No caso, a complexidade do feito, constatada pela pluralidade de réus (12), custodiados em comarcas distintas, justificam maior demora na instrução do feito, já em fase final de instrução (com a colheita dos interrogatórios deprecados), não restando constatada clara mora estatal na ação penal. 3. Habeas corpus denegado.
Neste diapasão o professor Paulo Rangel disserta com maestria, sendo citado pelo professor Rogério Greco em obra já mencionada: “a prisão preventiva deverá ser decretada quando houver provas seguras de que o acusado, em liberdade, irá se desfazer (ou está se desfazendo) de seus bens de raiz, ou seja, tentando livrar-se de seu patrimônio com escopo de evitar o ressarcimento dos prejuízos causados pela prática do crime. Ou ainda, se há comprovação de que se encontra em lugar incerto e não sabido com a intenção de se subtrair à aplicação da lei, pois uma vez em fuga, não se submeterá ao império da justiça”.
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência, na forma do artigo 316, CPP a revogação da prisão preventiva para que o réu possa continuar exercitando a sua defesa em liberdade.	
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. (Redação dada pela Lei nº 5.349, de 3.11.1967)
Junta esta, 
Pede deferimento
LOCAL, DATA
ADVOGADO
AOB/RJ

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