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CASO 1.civil v

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CASO 1
DISCURSIVA:
R- No caso exposto, estão sendo valorizados os princípios da dignidade da pessoa humana, da afetividade, do melhor interesse do menor e da não intervenção na comunhão da vida em família.
Partindo para a conceituação dos princípios, começando pelo o da dignidade da pessoa (art. 1º, III, da CF), pode-se extrair do caso em tela, que o reconhecimento da paternidade socioafetiva assegura o direito do pai adotivo, mesmo que não seja legalmente declarado como adotante, mas que tenha permanecido no seio familiar da criança, acompanhando seu crescimento e fortificando laços de amor e companheirismo recíprocos, tenha a possibilidade de ser declarado como pai daquele de quem ama como se seu verdadeiro filho fosse. Afinal, é digno de toda pessoa em seu âmago ter a oportunidade de se ter um filho, um descendente, e de um filho de se ter um pai, mesmo que seja aquele que o cria. 
Acerca do princípio da afetividade, talvez o principal fundamento das relações familiares, pode-se dizer que decorre da valorização contínua da dignidade da pessoa humana, e da valorização do afeto que se impera na relação entre familiares, a proximidade, o respeito mútuo de natural de pai e filho, sobrepondo-se ao caráter biológico, qual seja a parentalidade socioafetiva, baseada na posse do estado de filho. 
No tocante ao tema, destaca-se a solidificação da parentalidade socioafetiva na jurisprudência pátria exposta no enunciado nº 108 da I Jornada de Direito Civil, que prevê: “No fato jurídico do nascimento, mencionado no art. 1.603, compreende-se à luz do disposto no art. 1.593, a filiação consangüínea e também a socioafetiva” e na III Jornada de Direito Civil, idealizada pelo mesmo STJ e promovida em dezembro de 2004, aprovando o Enunciado nº 256, a qual dispõe: “a posse de estado de filho (parentalidade socioafetiva) constitui modalidade de parentesco civil”.
Sobre o princípio do melhor interesse do menor, pode-se discorrer acerca da supremacia da vontade da pessoa menor de idade, é ele, pois, que deve escolher quando, e com quem deseja permanecer, chamar de pai, a vista de que, somente ele, ninguém mais, sente o grau de afetividade, de amor paterno e os demais sentimentos que nutre por aquele seu parente que o chamam de socioafetivo.
Destaca-se o que expressa o artigo 227, caput da nossa constituição federal que assim prevê: 
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (CF)
E por último, mas não menos importante, passa-se a discorre sobre o princípio da não intervenção na comunhão da vida em família, este, pode-se dizer que é uma decorrência do princípio da autonomia privada, no sentido de que as próprias partes podem se manifestar as suas próprias vontades, estabelecendo o conteúdo e a disciplina da relação jurídicas em que participam. No âmbito da relação familiar, tal preceito nos traz a ideia de que o estado não deve intervir na relação de comunhão da vida em família, na relação conjugal e tanto menos na paternidade estabelecida, e não poderia ser entendido de outro modo, afinal, não se pode conceber a ideia de um Estado mandamental, que impõe modelos de família, ditando regras de comportamento e afetividade, tal reflexão de imposição estatal resta-se alocada entre a linha tênue do absurdo e a insanidade. 
Pois bem, pode-se concluir que a família, por ser a célula máter da sociedade humana, não pode sofrer qualquer intervenção no seio da comunhão entre pais e filhos, pois esta, possui em seu âmago a independência sobre as suas relações familiares estabelecidas, a afetividade deve reinar de maneira independente nesta pequena sociedade, manifestada por vontades, atitudes e sentimentos recíprocos que só fortalecem o convívio no seio familiar.
Objetiva:
Xc) O reconhecimento do casamento como única fonte de família e a união estável como realidade periférica; Errado.

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