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Unidade III ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL Prof. Eduardo Pimenta Unidade III Direito do trabalho. Relação entre o direito do trabalho e outras searas. Direito Coletivo do Trabalho. Relações coletivas de trabalho. Liberdade e organização sindical, previstas no artigo 8º da Constituição Federal. Negociação coletiva. Representação dos trabalhadores nas empresas. Direito individual do trabalho. Definições. Unidade III Contrato de trabalho. Admissão do empregado. Alterações no contrato de trabalho. Suspensão e interrupção do contrato de trabalho. Regras aplicadas às relações individuais do trabalho. Conceito de salário e remuneração. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Extinção do contrato de trabalho. Unidade III Assédio moral ou violência moral no trabalho. O que a vítima deve fazer? A quem recorrer? Liberdade de informação na internet. O habeas data. Os códigos de ética e o acesso não autorizado. Crimes virtuais. Tipificação penal. Unidade III Lei Azeredo – Cartões de crédito. Pirataria e propriedade industrial. O Marco Civil da Internet e a Lei Carolina Dieckmann. 5 Direito do trabalho Com o surgimento das novas tecnologias e a consequente criação de novos empregos, surgem também as lides (conflitos) trabalhistas. Podemos conceituar o Direito do Trabalho como o “complexo de princípios, regras e institutos jurídicos que regulam a relação empregatícia de trabalho, individual ou coletivamente considerada, e outras relações normativamente especificadas”. (DELGADO, 2005) 5 Direito do trabalho A função central do Direito do Trabalho consiste na melhoria das condições de pactuação da força de trabalho na ordem socioeconômica. Vale ressaltar que a classificação do ramo justrabalhista no segmento de Direito Privado, na medida em que a categoria nuclear do Direito do Trabalho é essencialmente uma relação entre particulares. Ressalte-se que a tutela do Estado sobre as relações privadas, ou mesmo sobre interesses coletivos, não é incompatível com a natureza de Direito Privado. 5.1 Relação entre o direito do trabalho e outras searas O parágrafo único do art. 8 da CLT, in verbis: “o Direito comum será fonte subsidiária do Direito do Trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste”. Os Princípios Gerais de Direito são valores (standards) que se irradiam por todos os segmentos da ordem jurídica, cumprindo o relevante papel de assegurar organicidade e coerência integradas à totalidade do universo normativo de uma sociedade política. 5.1 Relação entre o direito do trabalho e outras searas A relação de trabalho e relação de emprego extrai-se a seguinte conclusão: a relação de emprego é, do ponto de vista técnico-jurídico, apenas uma das modalidades específicas de relação de trabalho juridicamente configuradas. O Direito Romano fornece apenas duas modalidades de contratação de trabalho livre, nenhuma delas assimilável, tecnicamente, à relação de emprego: a locatio operis e a locatio operarum. 5.1 Relação entre o direito do trabalho e outras searas Locatio operis: contratação de um trabalho especificado segundo seu resultado: a obra. Locatio operarum: importa os serviços pactuados, o trabalho prestado. Locação de serviços. 5.2 Direito Coletivo do Trabalho Direito Coletivo do Trabalho é o segmento do Direito do Trabalho encarregado de tratar da organização sindical, da negociação coletiva, dos contratos coletivos, da representação dos trabalhadores e da greve. Nasceu com o reconhecimento do Direito de associação dos trabalhadores, ocorrido após a Revolução Industrial. 5.2 Direito Coletivo do Trabalho Assim como o berço da Revolução Industrial foi a Inglaterra, ali também tiveram início os sindicatos, que consistiam na reunião de trabalhadores na luta por melhores salários, jornadas de trabalho reduzidas e melhores condições de trabalho. 5.2.1 Relações coletivas de trabalho Podem-se entender as relações coletivas do trabalho como fruto da necessidade dos trabalhadores de defenderem, em conjunto, suas reivindicações perante o poder econômico (proveniente, em regra, dos empregadores). Denomina-se liberdade sindical o direito dos trabalhadores e empregadores de se organizarem e constituírem livremente seus sindicatos, sem interferência do Estado. 5.2.2 Liberdade e organização sindical, previstas no artigo 8º da Constituição Federal A liberdade sindical é o direito que o trabalhador ou empregador tem de se organizar e constituir livremente as agremiações que desejarem, no número por eles idealizado, visando a promoção de seus interesses ou dos grupos que irão representar, sem que sofram interferência do Estado. A liberdade sindical também compreende o direito de ingresso e de retirada do sindicato respectivo. 5.2.2 Liberdade e organização sindical, previstas no artigo 8º da Constituição Federal Os sindicatos têm autonomia no sentido de terem liberdade de organização interna, redigindo seus próprios estatutos e podendo eleger livremente seus representantes, que devem tratar apenas de temas ligados aos interesses profissionais ou econômicos da categoria, não devendo tratar de assuntos políticos. 5.2.2 Liberdade e organização sindical, previstas no artigo 8º da Constituição Federal Já a organização sindical refere-se ao fato de os sindicatos serem entidades privadas, formadas por pessoas físicas (trabalhadores) ou pessoas jurídicas (empresas) que têm atividades profissionais ou econômicas, visando à defesa dos interesses coletivos ou individuais de seus membros ou da categoria. 5.2.2 Liberdade e organização sindical, previstas no artigo 8º da Constituição Federal Os sindicatos têm funções de representação, negociação, arrecadação, assistência e postulação judicial no que se refere aos interesses gerais da categoria ou aos interesses individuais dos associados, relativas à atividade ou profissão exercida. O sindicato deve registrar-se no Ministério do Trabalho para fins de cadastro e para que se verifique a unicidade do sindicato na mesma base territorial. 5.2.2 Liberdade e organização sindical, previstas no artigo 8º da Constituição Federal O sindicato deve registrar-se no Ministério do Trabalho para fins de cadastro e para que se verifique a unicidade do sindicato na mesma base territorial. Ainda se exige que o sindicato, por se tratar de pessoa jurídica de Direito Privado, registre seu estatuto no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas, passando a ter personalidade jurídica, ou seja, passando a existir no mundo jurídico. Interatividade A locatio operarum é caracteriza da pela: a) Contratação de um trabalho específico. b) Trabalho noturno. c) Locação de serviços. d) Todas as respostas acima. e) Nenhuma das opções acima. 5.2.2.1 Entidades sindicais de grau superior Federações: de acordo com o artigo 534 da CLT (BRASIL,1943), são entidades sindicais de grau superior organizadas nos Estados-membros da União. Confederações: de acordo com o artigo 535 da CLT (BRASIL,1943), são organizações sindicais de âmbito nacional que, para serem formadas, necessitam congregar pelo menos três federações. CUT, CGT, Força Sindical: são entidades sem previsão legal. Podem atuar na sociedade, mas sem poder de representação judicial. 5.2.2.1 Entidades sindicais de grau superior O imposto sindical foi instituído pela Constituição de 1937 para fns de custear as atividades dos sindicatos. Atualmente, aprevisão para sua cobrança está no artigo 513, alínea e, da CLT: “São prerrogativas dos sindicatos: e) impor contribuições a todos aqueles que participam das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas” (BRASIL, 1943). 5.2.3 Negociação coletiva A negociação coletiva é um procedimento que visa superar as divergências entre as partes. O resultado desse procedimento é o acordo ou convenção coletiva. A negociação é obrigatória no sistema jurídico brasileiro. Frustrada a negociação coletiva ou arbitragem, é facultado às partes ajuizar o dissídio coletivo. Cabe aos sindicatos realizar a negociação coletiva. 5.2.4 Representação dos trabalhadores nas empresas A representação dos trabalhadores é um conjunto de meios destinados a promover os interesses dos trabalhadores com os empregadores sobre as condições de trabalho. O artigo 11 da Constituição Federal que “nas empresas de mais de duzentos empregados, e assegurada a eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores” (BRASIL, 1988). 5.2.4 Representação dos trabalhadores nas empresas O representante dos trabalhadores é eleito de forma direta entre os empregados com os seguintes objetivos: em primeiro lugar, solucionar conflitos internos da empresa, sem ter de buscar o Judiciário; em segundo, fiscalizar o cumprimento da legislação trabalhista, das normas coletivas e das normas de Segurança e Medicina do Trabalho; e, finalmente, cabe ao representante a possibilidade de negociação direta dos trabalhadores com a empresa, no que diz respeito a melhores condições salariais e de trabalho, prestigiando a negociação entre as partes. 5.2.4.1 Distinção entre o representante dos trabalhadores e o representante sindical O representante sindical é a pessoa escolhida mediante eleição no âmbito do sindicato para representar a categoria e ser seu dirigente. O representante dos trabalhadores é eleito no âmbito de sua empresa e irá defender os interesses apenas de seus colegas de trabalho, diferentemente do dirigente sindical, que representa toda a categoria. Além disso, o representante dos trabalhadores não precisa ser sindicalizado. 5.3 Direito individual do trabalho 5.3.1 Definições 5.3.1.1 Relação de trabalho É um gênero que engloba todas as relações em que se tem prestação de serviço por pessoa física para outro tomador. Exemplos: trabalho voluntário, autônomo, eventual, empregado. 5.3.1.2 Relação de emprego É uma das espécies da relação de trabalho e formar-se-á sempre que o trabalho for prestado por um empregado para um empregador. A doutrina critica muito a expressão contrato de trabalho, que é utilizada em Direito como sinônimo de relação de emprego, e afirma que a denominação deveria ser contrato de emprego. 5.3.1.3 Elementos caracterizadores da relação de emprego e de empregado Os elementos caracterizadores da definição de empregado estão no artigo 3º da CLT: “Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob dependência deste e mediante salário” (BRASIL, 1943). São partes dessa relação: Pessoa física (pessoa natural); Continuidade: o empregado presta serviços com regularidade; Pessoalidade: o contrato de trabalho é celebrado intuito personae; Onerosidade: o empregado recebe salário; Subordinação, Alteridade: significa que o empregado presta serviços por conta alheia. 5.3.1.4 Empregado Define-se como empregado “toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”. Lei no 8036/90 – FGTS – artigo 15 [...] § 2º Considera-se trabalhador toda pessoa física que prestar serviços a empregador, a locador ou tomador de mão de obra, excluídos os eventuais, os autônomos e os servidores públicos, civis e militares sujeitos a regime jurídico próprio. 5.3.1.5 Tipos de empregados Empregado rural: atividade agrícola ou pecuária ou em atividade industrial agrária. Jovem aprendiz: aprendiz é o jovem que estuda e trabalha (14 a 24 anos incompletos). Empregado público: é aquele que presta serviços a órgãos públicos. Empregado acionista: tendo o requisito da subordinação, ele pode ser empregado e acionista. 5.3.1.5 Tipos de empregados Estagiário: Lei nº 11.788/2008, o estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa a preparação para o trabalho produtivo de educandos. Trabalhador autônomo: é a pessoa física que exerce, por conta e risco próprio, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não. Empregado terceirizado: terceiros que desempenham algumas atividades que não constituem sua atividade final (objeto principal). 5.3.1.5 Tipos de empregados Trabalhador eventual: é aquele que presta serviços de natureza urbana ou rural em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego. Trabalhador avulso: Esse tipo de trabalhador surgiu da necessidade de carga e descarga de mercadorias nos portos. As características do trabalhador avulso são: a intermediação de um sindicato na colocação de mão de obra, a curta duração dos serviços prestados a um beneficiado e a remuneração paga em forma de rateio procedido pelo sindicato. 5.3.1.5 Tipos de empregados Segundo o artigo 7º, inciso XXXIV, da Constituição Federal (BRASIL, 1988), os direitos trabalhistas para os empregados são os mesmos que para os trabalhadores avulsos. Estes não são subordinados nem ao sindicato, nem ao tomador de serviços. 5.3.1.6 Empregador (artigo 2º da CLT) A CLT considera empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Alguns dispositivos legais trazem a conceituação do que vem a ser empregador: Lei nº 5889/79, art. 3º: “considera-se empregador rural para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agroeconômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados”. Interatividade São tipos de empregados: a) Empregado rural; Empregado público. b) Jovem aprendiz; Empregado acionista. c) Estagiário; Trabalhador autônomo; Empregado terceirizado. d) Trabalhador eventual; Trabalhador avulso. e) Todas as opções acima. 3.2.8.1 Efeitos dos atos a serem arquivados nas juntas comerciais (artigo 36 da Lei nº 8.934/94) Grupo econômico: sob o aspecto objetivo, não há necessidade de o grupo econômico, para fins do Direito do Trabalho, revestir-se das modalidades jurídicas típicas do Direito Econômico ou do Direito Comercial. Quanto ao nexo relacional Inter empresas, há duas vertentes. Uma delas restringe a configuração do grupo a ocorrência de nexo de efetiva direção hierárquica entre suas empresas componentes (art. 2º, § 2º, CLT). A outra reduz a uma relação de simples coordenação entre as empresas do grupo o nexo relacional exigido pela ordem jurídica (art. 3º, Lei nº 5.889/73). 5.3.2 Contrato de trabalho É o acordo de vontades entre empregado e empregador, pelo qual estabelecem as condições de trabalho. É o início da relação de emprego. O contrato de trabalho, segundo o artigo 443 da CLT (BRASIL, 1943), é bilateral, consensual, oneroso, comutativo e de trato sucessivo. 5.3.3 Admissão do empregado Os processos seletivos podem ser feitos mediante um simples anúncio de vagas ou um grande processo seletivo, realizado inclusive por empresas especializadas em recrutamentode pessoal. 5.3.3 Admissão do empregado Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS); Cédula de identidade; Título de eleitor; Certificado de reservista; Cadastro de Pessoa Física (CPF); Exame médico; Fotografias; Certidão de nascimento; 5.3.3 Admissão do empregado Certidões de nascimento dos filhos menores de 14 anos ou inválidos de qualquer idade, necessárias para o pagamento do salário-família; Caderneta de vacinação e comprovação escolar dos filhos, para pagamento do salário-família; Para quem tem filho de até seis anos de idade, caderneta de vacinação; a partir dos sete anos, comprovação semestral de frequência a escola; Declaração da escola que confirme estar frequentando algum curso (apenas para os estudantes menores de idade). 5.3.3 Admissão do empregado O empregado será admitido por prazo determinado ou indeterminado, conforme o artigo 443 da CLT (BRASIL, 1943). Os contratos por prazo determinado são sempre especificados. Presume-se, por regra, que quando o prazo do contrato não tiver ficado estabelecido ou combinado, o contrato seja por prazo indeterminado. 5.3.4 Alterações no contrato de trabalho A regra é que contrato de trabalho não sejam, valendo a regra da imodificabilidade ou inalterabilidade do contrato. O artigo 468 da CLT determina que: “[...] nos contratos individuais só é licita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento e, ainda assim, desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos aos empregados, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia” (BRASIL, 1943). 5.3.4 Alterações no contrato de trabalho São requisitos de validade para alteração contratual: o consentimento do empregado; a garantia de que não resultará em prejuízo ao empregado. De acordo com o artigo 442 da CLT (BRASIL, 1943), terá eficácia jurídica o documento assinado pelo empregado que concordar com a alteração contratual ou a sua aceitação tácita, ou seja, quando ele não se opuser a mudança. 5.3.4 Alterações no contrato de trabalho Com relação a mudança de local de trabalho, devem-se tomar alguns cuidados. Diz o artigo 469 da CLT: “ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa que resultar do contrato, não se considerando transferência a quem não acarretar a mudança de domicílio” (BRASIL, 1943). Interatividade São documentos necessários para admissão no trabalho, para o homem: a) Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). b) Cédula de identidade. c) Título de eleitor. d) Certificado de reservista. e) Todas as respostas acima. 5.4 Assédio moral ou violência moral no trabalho As leis já aprovadas definem assédio moral no trabalho como todo tipo de ação, gesto ou palavra que atinja, pela repetição, a autoestima e a segurança de um indivíduo, fazendo-o duvidar de si e de sua competência, implicando dano ao ambiente de trabalho, a evolução da carreira profissional ou a estabilidade do vínculo empregatício do funcionário, tais como: marcar tarefas; tomar crédito de ideias; ignorar ou excluir um funcionário só se dirigindo a ele através de terceiros; sonegar informações de forma insistente; espalhar rumores maliciosos; criticar com persistência; e subestimar esforços. 5.4 Assédio moral ou violência moral no trabalho O artigo 483 da CLT assim descreve este fato: Art. 483 – O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes ou alheios ao contrato; b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; c) correr perigo manifesto de mal considerável; 5.4 Assédio moral ou violência moral no trabalho d) não cumprir o empregador às obrigações do contrato; e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama; f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários. 6 Liberdade de informação na internet “A liberdade de comunicação consiste num conjunto de direitos, formas, processos e veículos, que possibilitam a coordenação desembaraçada da criação, expressão e difusão do pensamento e da informação” (SILVA, 1998). Conforme descreve Cretella Junior (1986), “a necessidade da comunicação humana leva o homem a difundir ideias e opiniões, primeiro, de modo direto, mediante a utilização de recursos primários, depois, com o advento gradativo da técnica, por meio de todos os instrumentos adequados a transmissão da mensagem”. 6 Liberdade de informação na internet Com a globalização, essa necessidade vem impulsionando a demanda por mais informações, que passam a constituir-se em bens valiosos. O crescente acesso aos computadores e à internet, decorrente de incentivos e ações vinculadas a inclusão digital de camadas cada vez maiores da população, provocou, simultaneamente, aumento no número de crimes praticados, até por quem não é considerado um especialista em utilização dos meios eletrônicos. 6.1 O habeas data A instituição do habeas data na Constituição Federal de 1988, art. 5º, inciso LXXII, alíneas a e b, foi prevista a possibilidade de impetrá-lo: para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo (BRASIL, 1988a). 6.2 Os códigos de ética e o acesso não autorizado Prevenir que atacantes alcancem seus objetivos pelo acesso não autorizado ou uso não autorizado dos computadores e suas redes (HOWARD, 1997, p. 43). A segurança em um Sistema de Informação (SI) visa protegê-lo contra ameaças à confidencialidade, à integridade e à disponibilidade das informações e dos recursos sob sua responsabilidade (BRINKLEY; SCHELL, 1995, p. 44-45). 6.2 Os códigos de ética e o acesso não autorizado Tais sistemas são formados por muitos componentes que podem estar em diversos locais, tornando-os mais vulneráveis a muitos riscos ou ameaças. Essa vulnerabilidade é maior num mundo de computação em rede sem fio. As ameaças podem ser classificadas em: Não intencionais: relacionadas a erros humanos, riscos ambientais e falhas de sistema; Intencionais: referentes ao roubo ou uso indevido de dados, fraudes na internet, destruição por vírus e ataques semelhantes. 6.2 Os códigos de ética e o acesso não autorizado Uma das normas mais utilizadas é a ISO 17799, que pode ser aplicada a empresas de qualquer tipo ou porte. Dentre os objetivos da política de segurança, podem-se destacar: a especificação das ações seguras e daquelas não seguras; os mecanismos de segurança, que visam prevenir ou detectar ataques, ou, ainda, recuperarem-se destes; a prevenção, que visa impedir o sucesso dos ataques; 6.2 Os códigos de ética e o acesso não autorizado a detecção, capaz de determinar se um ataque está ocorrendo ou já ocorreu; a recuperação, que é complexa, porque a natureza de cada ataque é diferente. 6.3 Crimes virtuais A metodologia empregada nos crimes virtuais é a mesma adotada nos crimes habituais; o que difere são as técnicas empregadas, pois, neste caso, na maioria das vezes, o instrumento é a internet, mas o fim que se pretende é o mesmoda conduta já tipificada. A intenção do criminoso pode ser a de ludibriar uma pessoa para obter uma vantagem financeira ou pessoal, enganar suas vitimas ou mesmo furtar informações particulares com o intuito de utilizá-las em proveito próprio. 6.3.1 Tipificação penal O tipo Penal é a conduta do agente caraterizadora de uma ação definida como crime. 6.3.1.1 A pedofilia O crime de pedofilia é tipificado no art. 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente, in verbis: Art. 241 – Vender ou expor a venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. 6.3 Crimes virtuais 6.3.1 Tipificação penal 6.3.1.1 A pedofilia Art. 241-A – Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explicito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. 6.3 Crimes virtuais 6.3.1 Tipificação penal 6.3.1.1 A pedofilia 6.3.1.2 A ameaça 6.3.1.3 Furto qualificado (desvio de dinheiro) 6.3.1.4 A calúnia (crime contra a honra) 6.3.1.5 A discriminação religiosa, de raça e de etnia 6.3.1.6 O estelionato 6.3.1.7 A fraude contra os cartões de crédito e a captura de senhas por monitoramento e interceptação 6.3.2 Lei Azeredo – Cartões de crédito A lei aprovada estabelece punição para quem usar dados de cartão de credito na internet sem autorização do proprietário. A fraude, que será equiparada a de falsificação de documento, tem pena prevista de um a cinco anos de prisão. Art. 298 – Falsificação de documento particular/cartão. Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa. 6.3.3 Pirataria e propriedade industrial A Lei nº 9.609/98 estabelece prisão para a pirataria praticada contra a propriedade intelectual do programa de computador e sua comercialização indevida. O alcance ora revelado pela lei e no sentido de evitar que a pirataria dos programas de computador possa facilitar o monitoramento e a interceptação dos computadores. 6.3.4 O Marco Civil da Internet e a Lei Carolina Dieckmann O Marco Civil da Internet é uma lei que estabelece direitos e deveres na utilização da internet no Brasil. A nova versão do Marco Civil trás os princípios básicos para nortear a internet no país, como os direitos dos usuários, as obrigações dos provedores e as responsabilidades do Poder Público. 6.3.4.1 Lei Carolina Dieckmann A Lei no 12.737/12 criminaliza a invasão de computadores ou outros dispositivos eletrônicos conectados ou não à internet para obter ou adulterar dados. Além de multa, a pena varia entre três meses e um ano de prisão. 6.3.4.1 Lei Carolina Dieckmann “Invasão de dispositivo informático”. Art. 154-A – Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não a rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita. Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. Interatividade São princípios básicos para o marco civil da internet: a) Os direitos dos usuários. b) As obrigações dos provedores. c) As responsabilidades do Poder Público. d) Todas as respostas acima. e) Nenhuma das respostas acima. Resposta São princípios básicos para o marco civil da internet: a) Os direitos dos usuários. b) As obrigações dos provedores. c) As responsabilidades do Poder Público. d) Todas as respostas acima. e) Nenhuma das respostas acima. ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 Unidade III Unidade III Unidade III Unidade III 5 Direito do trabalho 5 Direito do trabalho 5.1 Relação entre o direito do trabalho e outras searas 5.1 Relação entre o direito do trabalho e outras searas 5.1 Relação entre o direito do trabalho e outras searas 5.2 Direito Coletivo do Trabalho 5.2 Direito Coletivo do Trabalho 5.2.1 Relações coletivas de trabalho 5.2.2 Liberdade e organização sindical, previstas �no artigo 8º da Constituição Federal 5.2.2 Liberdade e organização sindical, previstas �no artigo 8º da Constituição Federal 5.2.2 Liberdade e organização sindical, previstas no artigo 8º da Constituição Federal 5.2.2 Liberdade e organização sindical, previstas no artigo 8º da Constituição Federal 5.2.2 Liberdade e organização sindical, previstas no artigo 8º da Constituição Federal Interatividade Resposta 5.2.2.1 Entidades sindicais de grau superior 5.2.2.1 Entidades sindicais de grau superior 5.2.3 Negociação coletiva 5.2.4 Representação dos trabalhadores nas empresas 5.2.4 Representação dos trabalhadores nas empresas 5.2.4.1 Distinção entre o representante dos trabalhadores e o representante sindical 5.3 Direito individual do trabalho�5.3.1 Definições�5.3.1.1 Relação de trabalho 5.3.1.2 Relação de emprego 5.3.1.3 Elementos caracterizadores da relação de emprego e de empregado 5.3.1.4 Empregado 5.3.1.5 Tipos de empregados 5.3.1.5 Tipos de empregados 5.3.1.5 Tipos de empregados 5.3.1.5 Tipos de empregados 5.3.1.6 Empregador (artigo 2º da CLT) Interatividade Resposta 3.2.8.1 Efeitos dos atos a serem arquivados nas juntas comerciais (artigo 36 da Lei nº 8.934/94) 5.3.2 Contrato de trabalho 5.3.3 Admissão do empregado 5.3.3 Admissão do empregado 5.3.3 Admissão do empregado 5.3.3 Admissão do empregado 5.3.4 Alterações no contrato de trabalho 5.3.4 Alterações no contrato de trabalho 5.3.4 Alterações no contrato de trabalho Interatividade Resposta 5.4 Assédio moral ou violência moral no trabalho 5.4 Assédio moral ou violência moral no trabalho 5.4 Assédio moral ou violência moral no trabalho 6 Liberdade de informação na internet 6 Liberdade de informação na internet 6.1 O habeas data 6.2 Os códigos de ética e o acesso não autorizado 6.2 Os códigos de ética e o acesso não autorizado 6.2 Os códigos de ética e o acesso não autorizado 6.2 Os códigos de ética e o acesso não autorizado 6.3 Crimes virtuais 6.3.1 Tipificação penal 6.3.1.1 A pedofilia 6.3 Crimes virtuais�6.3.1 Tipificação penal�6.3.1.1 A pedofilia 6.3 Crimes virtuais�6.3.1 Tipificação penal 6.3.2 Lei Azeredo – Cartões de crédito 6.3.3 Pirataria e propriedade industrial 6.3.4 O Marco Civil da Internet e a Lei Carolina Dieckmann 6.3.4.1 Lei Carolina Dieckmann 6.3.4.1 Lei Carolina Dieckmann Interatividade Resposta Slide Number 71
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