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Responsabilização dos Gestores 
perante os Tribunais de Contas
Conselheira Subst. Milene Dias da Cunha
Os Tribunais de Contas – TC´s
 “... se o Estado, ao ofender a ordem jurídica, viola o direito de alguém, 
fere um direito individual, lesa um direito subjetivo, o ofendido pode 
buscar no Poder Judiciário a recondução do Estado ao campo da 
licitude e à reparação dos prejuízos sofridos. Porém - e este é o ponto 
que desejo frisar e que justifica toda a introdução que acabo de fazer - 
se o Estado rompe, fratura, o quadro da legitimidade, mas não 
ofende direitos individuais, direitos subjetivos, que se passará?.” 
(Celso Antonio Bandeira de Mello)
“(Pelos caminhos do mundo,
nenhum destino se perde:
há os grandes sonhos dos homens, e a 
surda força dos vermes.)” 
(CECÍLIA MEIRELLES,  ROMANCEIRO DA INCONFIDÊNCIA, 
ROMANCE XXXIV OU DE JOAQUIM SILVÉRIO )
Controle Externo na CF/88
Legitimidade do Controle Externo
Parlamento
Art. 70, CF/88
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão - 1789
 Art. 14.º Todos os cidadãos têm direito de verificar, por si ou pelos 
seus representantes, da necessidade da contribuição pública, de 
consenti-la livremente, de observar o seu emprego e de lhe fixar a 
repartição, a colecta, a cobrança e a duração.
 Art. 15.º A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente 
público pela sua administração.
Controle Externo na CF/88
Controle Externo exercido com o auxílio
Tribunais de Contas
Art. 71, caput, CF/88
Sistemas de Tribunais de Contas
 Sistema Francês – a posteriori;
 Sistema Italiano – a priori;
 Sistema Belga – Lei Própria (Lei das Contas)
 Sistema adotado no Brasil - Eclético
Atividade Jurisdicional dos Tribunais de Contas
 STF diz julgamento das contas de responsáveis por 
haveres públicos 
EXCLUSIVA DAS CORTES DE CONTAS
 Artigos 914 e seguintes do Código Processo Civil (Ação de Prestação de 
Contas) é IMPRÓPRIA para exigir prestação de contas de gestor omisso.
 Processos nos Tribunais de Contas – princípios próprios da atividade 
jurisdicional:
◦ Devido processo legal;
◦ Contraditório e ampla defesa;
◦ Prazos para contestação;
◦ Recursos, etc.
Atividade Jurisdicional dos Tribunais de Contas
 Súmula 347 do STF: O Tribunal de Contas, no 
exercício de suas atribuições, pode apreciar a 
constitucionalidade das leis e atos do Poder 
Público.
Atividade Jurisdicional dos Tribunais de Contas
 Quando entregamos nosso dinheiro nas mãos de 
alguém para que cuide do nosso futuro, o que 
esperamos?
Accountability
 do que
 como
 onde
 o motivo
 valor do que foi feito
Eficiência
Eficácia 
Efetividade da gestão 
evidenciando o grau de legitimidade dos programas governamentais 
implementados
 Responsabilidade: política, econômica e social
 Questão de democracia
 Accountability no Direito Brasileiro – LRF
Pilares do regime de Gestão Fiscal
–Planejamento
–Transparência
–Controle
–Responsabilização
Accountability
Dimensões do processo de contas públicas
Julgamento da gestão do administrador
Pu
nib
ilid
ade
 do
 
ges
tor
 fal
tos
o
Tridimensionalidade 
do processo de 
contas
Reparação do 
prejuízo causado ao 
erário
Julgamento da gestão do Administrador
• Natureza política;
• Responsabilidade política administrativa;
• Inabilitação para cargo público;
• Declaração de Inidoneidade;
• A desaprovação das contas atinge os direitos políticos:
• inabilitação para cargo público eletivo;
• extinção de mandato eletivo, como ocorre no caso do Prefeito 
(Decreto- Lei 201/67, art. 6º, III c/c LC 64/90, art. 1º, I, g) e no de 
Vereador (Decreto- Lei 201/67, art. 8º, IV c/c LC 64/90, art. 1º, I, g)
Dimensões do processo de contas públicas
Punibilidade do gestor faltoso
• Natureza sancionatória;
• Responsabilidade penal;
• Aplicação de multas;
• Princípios aplicáveis ao direito penal:
• legalidade;
• irretroatividade;
• responsabilidade pessoal;
• ausência de responsabilidade objetiva;
• extinção da punibilidade com a morte do responsável.
Dimensões do processo de contas públicas
Reparação do prejuízo causado ao erário
• Natureza indenizatória;
• Responsabilidade civil;
• Ressarcimento ao erário;
• Acontece quando o Tribunal emite acórdão com imputação de 
débito ao responsável – título executivo;
• Prescrição dos ilícitos (art. 37, §5º, CF/88)
• EXCEÇÃO: Ações de Ressarcimento
Única ação a produzir efeitos após o falecimento do responsável
Dimensões do processo de contas públicas
Princípio da Prestação de Contas na Constituição de 1988
Prestará 
contas 
qualquer 
pessoa
física
jurídica
pública
privada
que
utilize
arrecade
guarde
gerencie
administre
dinheiros
bens
valores
públicos
ou pelos 
quais a 
União 
responda, 
ou em 
nome dela 
assuma 
obrigações
Prestar Contas
Em regra, o DEVER DE PRESTAR CONTAS É INTRANSFERÍVEL, salvo a 
reparação do dano patrimonial
Se o Gestor falece antes de satisfazer a obrigação de prestar 
contas, pode uma lei exigir tal prestação dos sucessores civis?
“O dever de prestar contas não é penalidade, mas tão somente 
um corolário da obrigação de natureza civil, a qual a morte não 
extingue como regra” (Jorge Jacoby)
E se não houver lei que discipline o assunto?
Omissão no dever de prestar contas
 A omissão é:
◦ ato de improbidade administrativa;
◦ Crime comum;
◦ Fato gerador de inelegibilidade;
◦ Motivo para instauração de tomada de contas especial;
◦ Motivo para intervenção do Estado no Município (CF, art. 35, II).
Decreto-Lei 201/67, art. 1º, VI expressa que é dever do Prefeito “prestar 
contas anuais da administração financeira do Município à Câmara de 
Vereadores, ou ao órgão que a Constituição do Estado indicar, nos prazos 
e condições estabelecidos”.
Regimes Jurídicos das Contas Públicas
 A) Contas de Governo
 B) Contas de Gestão
Contas de Governo
 Art. 71, I c/c art. 49, IX, primeira parte, da CF/88
◦ Parecer prévio
 “São contas globais que demonstram o retrato da situação das finanças 
da unidade federativa” (STJ – ROMS nº 11.060/GO)
Foco conduta do administrador
Funções políticas de planejar, organizar, dirigir e 
controlar as políticas públicas idealizadas nas leis 
orçamentárias (PPA, LDO, LOA)
Contas de Governo
 Relevância das Auditorias Operacionais
 Tribunal de Contas verifica:
◦ Equilíbrio fiscal;
◦ Reflexo da administração financeira e orçamentária no 
desenvolvimento econômico e social do ente federado;
◦ Cumprimento da LRF quanto à transparência fiscal
◦ Administração dos recursos recebidos via convênios/parcerias
“As contas de governo são CONTAS DE RESULTADO”
Contas de Governo
 Julgamento
◦ Foco na legitimidade
◦ Parecer prévio:
◦ pela aprovação;
◦ pela aprovação com ressalva;
◦ pela desaprovação; ou
◦ Com abstenção de opinião.
Art. 31, §2º, CF/88 – A manifestação do Tribunal de Contas só deixará de 
prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara 
Municipal
Contas de Governo
 Qual a natureza do julgamento das contas dos Chefes do Executivo?
 Caso o Tribunal de Contas atrase na emissão do parecer prévio, pode o 
Legislativo efetuar o julgamento? E se for o Legislativo quem atrasar o 
julgamento?
 Como o julgamento é político, deve-se observar o princípio do devido 
processo legal?
 A aprovação das contas pelo Parlamento elide a responsabilidade nas 
demais esferas?
Contas de Governo
 Art. 71, II, da CF/88 – contas dos ordenadores de despesa.
◦ Ordenador de despesa é toda e qualquer autoridade de cujos atos 
resultarem emissão de empenho, autorização de pagamento, 
suprimento ou dispêndio de recursos da Administração Pública 
(Decreto-Lei 200/67, art. 80,§1º).
STF – MS 23.627-2/DF e MS 23.875-5/DF - Administração Indireta em 
suas atividades típicas de direito privado
Contas de Gestão
 Objeto – demonstrar:
◦ Fluxo financeiro;
◦ Licitações realizadas;
◦ Créditos orçamentários consignados;
◦ Fases de execução da despesa;
◦ Processamento despesa mediante adiantamentos, subvenções, 
auxílios, e contribuições;
Contas de Gestão
 Objeto – demonstrar:
◦Cumprimento das normas legais referente à gestão de 
pessoal;
◦Controle da gestão patrimonial referente ao tombamento de 
bens públicos e movimentação de material do almoxarifado;
◦Alienações de bens móveis e imóveis;
◦Obediência às normas de transparência fiscal.
Contas de Gestão
 Enquanto nas CONTAS DE GOVERNO, serão analisados os 
macroefeitos da gestão pública; no julgamento das CONTAS DE 
GESTÃO, será analisado, separadamente, cada ato 
administrativo que compõe a gestão contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial do ente público, 
quanto à legalidade, legitimidade e economicidade, aplicações 
de subvenções e renúncias de receitas.
Contas de Gestão
 Julgamento
◦Foco na legalidade;
◦Competência exclusiva dos Tribunais de Contas;
◦Julgamento técnico;
◦Promovido em concurso com o Ministério Público de 
Contas.
Contas de Gestão
As contas anuais do Chefe do Executivo
 Art. 84, XXIV, CF/88: compete privativamente ao Presidente da 
República prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro 
de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas 
referentes ao exercício anterior.
 Obrigação personalíssima
 Recomendação
◦ Separar as contas, para que sejam processadas em autos 
distintos, quando ocorrer que o cargo de Prefeito tenha sido 
ocupado por mais de uma pessoa durante o exercício financeiro.
As contas anuais do Chefe do Executivo
As contas de gestão de convênios/parcerias
 Não é personalíssima a obrigação de prestar contas
 A obrigação nasce diretamente do convênio
 Prefeito age em nome do município
 Quando os valores do convênio se incorporam ao patrimônio 
do ente beneficiado?
• Súmula 208/STJ: compete à Justiça Federal processar e julgar 
Prefeito Municipal por desvio de verba sujeita à prestação de contas 
perante órgão federal.
• Súmula 209 do STJ: compete à Justiça Estadual processar e julgar 
Prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio 
municipal.
As contas de gestão de convênios/parcerias
 Decreto Estadual 733/2013 – regulamenta a prestação de Contas 
dos Convênios.
 Lei 6.286/2000 – Lei Colares – proíbe o repasse de transferências 
voluntárias aos municípios em atraso com a folha de pagamento 
dos funcionalismo público e em prestar contas aos TC´s.
 Art. 126, §2º, RI/TCEPA – multa ao gestor que transferir recursos 
estaduais à beneficiário omisso.
As contas de gestão de convênios/parcerias
 Resolução 22.773/2008 – TSE: o julgamento de contas relativas à 
convênio firmado entre Estado e Município, bem como daquelas 
referentes a recursos repassados pela União a Municípios, compete, 
respectivamente, aos Tribunais de Contas do Estado e da União. Nesses 
casos, a decisão desfavorável dos Tribunais de Contas implica 
inelegibilidade regulada na alínea g, inciso I, art. 1º da LC 64/90, 
modificada pela LC 135/2010
As contas de gestão de convênios/parcerias
 No julgamento das contas, o Tribunal aplicará:
◦ As sanções previstas em lei, conforme o caso;
◦ Assinará prazo para adoção das providências necessárias ao exato 
cumprimento da lei;
◦ Representará ao poder competente sobre irregularidades ou 
abusos apurados.
Atuação dos Tribunais de Contas
O caso do Chefe do executivo ordenador de despesas
 E quando o chefe do Executivo desempenha funções de 
ordenador de despesa, o TC julga ou emite parecer prévio?
◦STJ, ROMS 11.060/GO: DUPLO JULGAMENTO
◦Fundamento: artigo 71, II, parte final
◦Regime de julgamento determinado pela natureza dos atos a 
que se referem, e não por causa do cargo ocupado por quem 
os pratica.
 Contas de governo – PARECER PRÉVIO
 Contas de gestão – ACÓRDÃO
◦Súmula 107 – TCE/MG: “os Chefes de Poder Municipal, ao 
atuarem como ordenadores de despesas, terão seus atos 
julgados pelo Tribunal de Contas e serão responsabilizados 
pessoalmente por eventuais ilegalidades”.
O caso do Chefe do executivo ordenador de despesas
 Lei da Ficha Limpa (LC 135/2010), art. 1º, I, g:
◦ O disposto no inciso II, art. 71 da CF/88 se aplica a todos os 
ordenadores de despesa, sem exclusão dos mandatários que 
houverem agido nessa condição.
Boa evolução do Direito aplicável ao Controle Externo
O caso do Chefe do executivo ordenador de despesas
O TCE/PA a um clique
CONTATO
• TCE/PA
• Tv. Quintino Bocaiúva, 1585
• CEP 66.035-190 – Belém – Pará
• www.tce.pa.gov.br
• MILENE DIAS DA CUNHA
• Conselheira Subst. TCE/PA
• E-MAIL : milene.cunha@tce.pa.gov.br
	Slide 1
	Os Tribunais de Contas – TC´s
	Slide 3
	Controle Externo na CF/88
	Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão - 1789
	Controle Externo na CF/88
	Sistemas de Tribunais de Contas
	Atividade Jurisdicional dos Tribunais de Contas
	Atividade Jurisdicional dos Tribunais de Contas
	Atividade Jurisdicional dos Tribunais de Contas
	Slide 11
	Accountability
	Slide 13
	Dimensões do processo de contas públicas
	Slide 15
	Slide 16
	Slide 17
	Princípio da Prestação de Contas na Constituição de 1988
	Prestar Contas
	Omissão no dever de prestar contas
	Regimes Jurídicos das Contas Públicas
	Contas de Governo
	Slide 23
	Slide 24
	Slide 25
	Slide 26
	Slide 27
	Slide 28
	Slide 29
	Slide 30
	Slide 31
	As contas anuais do Chefe do Executivo
	Slide 33
	As contas de gestão de convênios/parcerias
	Slide 35
	Slide 36
	Slide 37
	Slide 38
	O caso do Chefe do executivo ordenador de despesas
	Slide 40
	Slide 41
	O TCE/PA a um clique
	Slide 43

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