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Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 81 3. Lei 8.159/91 Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências. Essa é a lei mais importante no estudo da Arquivologia. Ela é pequena e fácil. Mas importantíssima para que você tenha um bom resultado na prova. É conhecida, no popular, como a Lei dos Arquivos. !∀#∃%&∋( ∗ +∗,#(,∗−./, 0/1∀∗, Art. 1º - É dever do Poder Público a gestão documental e a proteção especial a documentos de arquivos, como instrumento de apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como elementos de prova e informação. Comentários: Veja que a lei impõe ao Poder Público a gestão documental arquivística. Há que se ter cuidado, pois a Constituição Federal, em seu artigo 216 diz que a responsabilidade é da Administração Pública. Uma diferença sutil, mas já explorada em prova. Art. 2º - Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos. Art. 3º - Considera-se gestão de documentos o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente. Comentários: Lembre-se que a produção e recebimento de documentos está relacionado à acumulação. O artigo define arquivo e essa é uma das melhores definições que há, elogiada até por doutrinadores. Não interessa o suporte (papel, cd, dvd...) ou o teor dos documentos. Observe que entidades privadas também são destacadas. Lembre-se que a gestão documental ocorre nas fases corrente e intermediária. Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 81 Art. 4º - Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, contidas em documentos de arquivos, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujos sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, bem como à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas. Comentários: Esse artigo nos remete à Lei 12.527/11. É um direito constitucional ter acesso à informação, ressalvando-se os casos de sigilo (graus ultrassecreto, secreto e reservado). Falaremos mais disso, por ora, é o suficiente. Veja o que consta no artigo 5° da Constituição Federal !!!∀∀∀ ∃ %&∋&( )∗+ ∋,−.,)& / −.0.1.− ∋&( 2−34&( 5617,0&( ,89&−+/:;.( ∋. (.< ,8).−.((. 5/−),0<7/−= &< ∋. ,8).−.((. 0&7.),>& &< 3.−/7= ?<. (.−4& 5−.()/∋/( 8& 5−/≅& ∋/ 7.,= (&1 5.8/ ∋. −.(5&8(/1,7,∋/∋.= −.((/7>/∋/( /?<.7/( 0<Α& (,3,7& (.Α/ ,+5−.(0,8∋Β>.7 Χ (.3<−/8:/ ∋/ (&0,.∋/∋. . ∋& ∆()/∋&Ε Φ&7).+&( Χ Γ., ΗΕΙϑΚΛΚΙΜ Art. 5º - A Administração Pública franqueará a consulta aos documentos públicos na forma desta Lei. Art. 6º - Fica resguardado o direito de indenização pelo dano material ou moral decorrente da violação do sigilo, sem prejuízo das ações penal, civil e administrativa. Comentários: O acesso aos documentos públicos será franqueado, ou seja: permitido, liberado. E o sigilo é fator fundamental sendo considerado até mesmo crime a sua violação. CAPÍTULO II DOS ARQUIVOS PÚBLICOS Art. 7º - Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias. Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 81 Comentários: A Lei explica e descreve a Teoria das 3 Idades. O nosso, já famoso, CIP, estudado em outro momento. 1. Corrente (ou arquivo de primeira idade) 2. Intermediária (ou arquivo de segunda idade) 3. Permanente (ou arquivo de terceira idade) Art. 9º - A eliminação de documentos produzidos por instituições públicas e de caráter público será realizada mediante autorização da instituição arquivística pública, na sua específica esfera de competência. Veja que instituição arquivística pública e de caráter público não pode destruir documentação sem prévia autorização. Se um instituto estadual quiser se desfazer de algum conjunto de documentos, deverá submeter esse desejo ao Instituto responsável na esfera estadual. Art. 10º - Os documentos de valor permanente são inalienáveis e imprescritíveis. Os arquivos permanentes possuem valor histórico e não podem ser vendidos, trocados ou doados (alienados) e também são imprescritíveis (não se extinguem por não serem usados). CAPÍTULO III DOS ARQUIVOS PRIVADOS Art. 11 - Consideram-se arquivos privados os conjuntos de documentos produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em decorrência de suas atividades. Art. 12 - Os arquivos privados podem ser identificados pelo Poder Público como de interesse público e social, desde que sejam considerados como conjuntos de fontes relevantes para a história e desenvolvimento científico nacional. Comentários: Perceba que os arquivos privados também podem ser considerados de interesse público e social pelo Poder Público. Mas para isso ocorrer, é necessário Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 81 um decreto expedido pelo Presidente da República (art. 22 do Decreto 4.073/2002). Art. 13 - Os arquivos privados identificados como de interesse público e social não poderão ser alienados com dispersão ou perda da unidade documental, nem transferidos para o exterior. Parágrafo único - Na alienação desses arquivos o Poder Público exercerá preferência na aquisição. Art. 14 - O acesso aos documentos de arquivos privados identificados como de interesse público e social poderá ser franqueado mediante autorização de seu proprietário ou possuidor. Art. 15 - Os arquivos privados identificados como de interesse público e social poderão ser depositados a título revogável, ou doados a instituições arquivísticas públicas. Art. 16 - Os registros civis de arquivos de entidades religiosas produzidos anteriormente à vigência do Código Civil ficam identificados como de interesse público e social. Aqui não há muita relevância para sua prova. Destaco o artigo 16. Os registros civis de arquivos de entidades religiosas produzidos anteriormente à vigência do Código Civil ficam identificados como de interesse público e social. CAPÍTULO IV DA ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE INSTITUIÇÕES ARQUIVÍSTICAS PÚBLICAS Art. 17 - A administração da documentação pública ou de caráter público compete às instituições arquivísticas federais, estaduais, do DistritoFederal e municipais. § 1º - São Arquivos Federais o Arquivo Nacional os do Poder Executivo, e os arquivos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. São considerados, também, do Poder Executivo os arquivos do Ministério da Marinha, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério do Exército e do Ministério da Aeronáutica. Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 81 § 2º - São Arquivos Estaduais os arquivos do Poder Executivo, o arquivo do Poder Legislativo e o arquivo do Poder Judiciário. § 3º - São Arquivos do Distrito Federal o arquivo do Poder Executivo, o Arquivo do Poder Legislativo e o arquivo do Poder Judiciário. § 4º - São Arquivos Municipais o arquivo do Poder Executivo e o arquivo do Poder Legislativo. § 5º - Os arquivos públicos dos Territórios são organizados de acordo com sua estrutura político-jurídica. Art. 18 - Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Executivo Federal, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda, e acompanhar e implementar a política nacional de arquivos. Parágrafo único - Para o pleno exercício de suas funções, o Arquivo Nacional poderá criar unidades regionais. Art. 19 - Competem aos arquivos do Poder Legislativo Federal a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Legislativo Federal no exercício das suas funções, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda. Chamo atenção para possíveis pegadinhas com o artigo 17. Note que os arquivos federais (art. 18 §1°) e estaduais e Distrito Federal (art. 18 §2° e 3°) são compostos por: arquivo do Poder Executivo, o Arquivo do Poder Legislativo e o arquivo do Poder Judiciário. Mas quando vemos os Arquivos Municipais, temos apenas o arquivo do Poder Executivo e do Poder Legislativo. Não há arquivo do Poder Judiciário. Art. 20 - Competem aos arquivos do Poder Judiciário Federal a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Judiciário Federal no exercício de suas funções, tramitados em juízo e oriundos de cartórios e secretarias, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda. Art. 21 - Legislação estadual, do Distrito Federal e municipal definirá os critérios de organização e vinculação dos arquivos estaduais e municipais, bem como a gestão e o acesso aos documentos, observado o disposto na Constituição Federal e nesta Lei. ∀#∃%&∋() ∗ Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 81 +) #∀,−−) , +) −./.() +)− +)∀∋0,1&)− ∃23(.∀)− Os artigos 22 a 24 foram revogados pela Lei 12.527 de 2011, que regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2odo art. 216 da Constituição Federal. Vamos estudá-la também. DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 25 - Ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa, na forma da legislação em vigor, aquele que desfigurar ou destruir documentos de valor permanente ou considerado como de interesse público e social. Art. 26 - Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ), órgão vinculado ao Arquivo Nacional, que definirá a política nacional de arquivos, como órgão central de um Sistema Nacional de Arquivos (SINAR). § 1º - O Conselho Nacional de Arquivos será presidido pelo Diretor-Geral do Arquivo Nacional e integrado por representantes de instituições arquivísticas e acadêmicas, públicas e privadas. § 2º - A estrutura e funcionamento do conselho criado neste artigo serão estabelecidos em regulamento. Veja a importância que é dada aos arquivos no art. 25. Aquele que desfigurar ou destruir documentos de valor permanente ou considerado como de interesse público e social estará sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa. O art. 26 trata da criação do Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ) e do Sistema Nacional de Arquivos (SINAR). Ambos são regulamentados pelo Decreto 4.073/2002. Veja um resumo de cada um para não se confundir. CONARQ – vinculado ao Arquivo Nacional. SINAR – estrutura organizada, na forma de sistemas, composta por vários arquivos do país. Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 81 1. Com relação à política de acesso aos documentos de arquivo, julgue o item subsecutivo. A política de acesso aos documentos de arquivo tem, atualmente, como fundamento a Lei n.º 8.159/1991, conhecida como Lei dos Arquivos. Comentários: A Lei 8.159/1991 trata da política nacional de arquivos públicos e privados, mas a política de acesso aos documentos de arquivo está disciplinada na Lei de Acesso à Informação – Lei 12.527/2011. Questão capiciosa e errada. Gabarito: Errada 2. (CESPE – TRE-MS – TEC. JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A lei de arquivos — Lei n.º 8.159/1991 — dispõe que: a) os documentos privados não podem ser considerados de interesse público. b) a administração pública deve definir os custos relativos à consulta aos documentos públicos. c) o Arquivo Nacional do Poder Executivo, os arquivos do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e aqueles dos ministérios da Marinha, das Relações Exteriores, do Exército e da Aeronáutica são considerados arquivos federais. d) os registros civis de arquivos de entidades religiosas não podem ser identificados como de interesse público e social. e) os arquivos privados são os conjuntos de documentos produzidos ou recebidos exclusivamente por pessoas físicas. Comentários: Vamos ver cada uma das alternativas: a)mos documentos privados não podem ser considerados de interesse público. Veja no artigo 12 da Lei 8.159/1991 que é perfeitamente possível que os documentos privados sejam considerados como de interesse público e social. Para isso, devem ser considerados como conjuntos de fontes relevantes para a história e desenvolvimento científico nacional. Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 81 b) a administração pública deve definir os custos relativos à consulta aos documentos públicos. O Art. 5º da Lei 8.159/1991 diz que a “Administração Pública franqueará a consulta aos documentos públicos na forma desta Lei”. Franquear quer dizer, liberar, permitir. Logo, não há custo algum a ser definido. c) o Arquivo Nacional do Poder Executivo, os arquivos do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e aqueles dos ministérios da Marinha, das Relações Exteriores, do Exército e da Aeronáutica são considerados arquivos federais. Transcrição do § 1º do art. 17 da Lei 8.159/1991. Esse é o gabarito. d) os registros civis de arquivos de entidades religiosas não podem ser identificados como de interesse público e social. Veja o art. 16 da Lei 8.159/1991: “Os registros civis de arquivos de entidades religiosas produzidos anteriormente à vigência do Código Civil ficam identificados como de interesse público e social”e) os arquivos privados são os conjuntos de documentos produzidos ou recebidos exclusivamente por pessoas físicas. Art. 11 - Consideram-se arquivos privados os conjuntos de documentos produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em decorrência de suas atividades. Gabarito: C 3. (CESPE – TCE-ES – ANALISTA ADMINISTRATIVO – ARQUIVOLOGIA) De acordo com a legislação arquivística em vigor, a Política Nacional de Arquivos é definida pelo a) Sistema Nacional de Arquivos. b) Sistema de Serviços Gerais. c) Conselho Nacional de Arquivos. d) Arquivo Nacional. Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 81 e) Ministério da Justiça. Comentários: Essa é a típica questão de “lei seca”, ou seja, basta saber a lei e acertar. Art. 26 - Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ), órgão vinculado ao Arquivo Nacional, que definirá a política nacional de arquivos, como órgão central de um Sistema Nacional de Arquivos (SINAR). Note que o CONARQ – Conselho Nacional de Arquivos - foi criado pela Lei 81.59/91 e ele é quem DEFINE a política nacional de arquivos. Gabarito: C 4. (CESPE – 2013 – CNJ – ANALISTA JUDICIÁRIO – ARQUIVOLOGIA) Com relação às políticas públicas de arquivo e à legislação arquivística, julgue os itens que se seguem. Os arquivos do Poder Judiciário estadual são considerados arquivos estaduais. Comentários: Escolhi essa questão por dois motivos. É questão de nível superior para cardo de Arquivista. Isso assusta. E o mais importante: a questão é tão óbvia que dá medo de marcar. Mas é isso mesmo. Se você tem uma noção sobre os 3 Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) fica ainda mais fácil fazer essa associação. Art. 17 - A administração da documentação pública ou de caráter público compete às instituições arquivísticas federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais. § 1º - São Arquivos Federais o Arquivo Nacional, os do Poder Executivo, e os arquivos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. São considerados, também, do Poder Executivo os arquivos do Ministério da Marinha, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério do Exército e do Ministério da Aeronáutica. § 2º - São Arquivos Estaduais os arquivos do Poder Executivo, o arquivo do Poder Legislativo e o arquivo do Poder Judiciário. Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 81 Gabarito: Certa 5. (CESPE – 2012 – TJ-RR – AUXILIAR ADMINISTRATIVO) No que se refere à legislação arquivística, julgue os itens seguintes. Os documentos de arquivo considerados de valor permanente ou histórico são inalienáveis e imprescritíveis. Comentários: Os documentos de terceira idade (permanentes) são inaliáveis e imprescritíveis. Inalienáveis – não podem ser vendidos, doados ou trocados. Imprescritíveis – sua guarda é definitiva. Veja a definição da Lei 8.159/1991. Art. 10º - Os documentos de valor permanente são inalienáveis e imprescritíveis. Gabarito: Certa 4.Decreto 4.915/2003 – SIGA – Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo O Decreto 4.915/2003 dispõe sobre o Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo - SIGA, da administração pública federal, e dá outras providências. Esse decreto serve para regulamentar (é para isso que decretos servem) o art. 30 do Decreto-Lei no 200, de 25 de fevereiro de 1967, no art. 18 da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e no Decreto no 4.073, de 3 de janeiro de 2002. Ele repete várias disposições constantes de outras leis e decretos. Não irei repetir esses artigos, a não ser quando julgar pertinente. E vou destacar apenas o que é relevante para o seu estudo. Esse decreto copia quase tudo da Lei 8.159/91. Art. 1o Ficam organizadas sob a forma de sistema, com a denominação de Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo - SIGA, as atividades de gestão de documentos no âmbito dos órgãos e entidades da administração pública federal. Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 81 O artigo 1° já mostra a que veio: as atividades de gestão de documentos (na administração pública federal) ficam organizadas de forma sistêmica (em forma de sistema), cujo nome é SIGA – Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo. Esse é o artigo mais importante para sua prova! Mesmo sendo federal, costuma aparecer em provas estaduais e municipais. Isso é para você ver a influência desse decreto. Art. 2o O SIGA tem por finalidade: I - garantir ao cidadão e aos órgãos e entidades da administração pública federal, de forma ágil e segura, o acesso aos documentos de arquivo e às informações neles contidas, resguardados os aspectos de sigilo e as restrições administrativas ou legais; II - integrar e coordenar as atividades de gestão de documentos de arquivo desenvolvidas pelos órgãos setoriais e seccionais que o integram; III - disseminar normas relativas à gestão de documentos de arquivo; IV - racionalizar a produção da documentação arquivística pública; V - racionalizar e reduzir os custos operacionais e de armazenagem da documentação arquivística pública; VI - preservar o patrimônio documental arquivístico da administração pública federal; Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 81 Esse artigo, que parece confuso, está relacionado ao fato de que quando estivermos falando de gestão de documentos, o Arquivo Nacional é quem manda. Mas a estrutura administrativa dos órgãos permanece a mesma. Apenas nos temas relacionados à gestão de documentos é que o Arquivo Nacional tem maior relevância. Ficou confuso? Olhe para o gráfico esquemático acima e tudo ficará mais fácil. Vamos explicar, parte a parte: i) Os órgãos setoriais do SIGA ! quais são os órgãos setoriais? Os ministérios ou órgãos equivalentes. ii) vinculam-se ao órgão central ! qual o órgão central (olhe o gráfico)? O Arquivo Nacional! iii) para os estritos efeitos do disposto neste Decreto ! mas essa vinculação só vale para os fins desse decreto, ou seja, a gestão de documentos. Acho que agora desenrolou. Certo? Resumindo: a) Art. 9. Os órgãos setoriais do SIGA vinculam-se ao órgão central para os estritos efeitos do disposto neste Decreto (...) Significa: b) ministérios ou órgãos equivalentes vinculam-se ao Arquivo Nacional, mas essa vinculação só vale para os fins desse decreto, ou seja, a gestão de documentos. Logo, a=b. Gostou da “matemática”? rs. E os demais artigos, Ronaldo? São muito específicos e mais cobrados em cargos da área de Arquivologia. Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 81 6. (CESPE – 2012 – TJ-RR – AUXILIAR ADMINISTRATIVO)No que se refere à legislação arquivística, julgue os itens seguintes. Os arquivos do TJ/RR são considerados arquivos federais, razão por que devem ser organizados conforme as orientações do Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo (SIGA). Comentários: Essa questão é fácil para quem fez a prova ou estuda para Tribunais. Para os demais, pode confundir. Então, antes de confirmar sua resposta, saiba que o TJ (Tribunal de Justiça) é estadual. E o SIGA cuida da atividades de gestão de documentos no âmbito dos órgãos e entidades da administração pública federal. Esse é o erro. Gabarito: Errada 7. (CESPE – 2011 – EBC – ANALISTA – ARQUIVOLOGIA) Julgue os itens que se seguem, relativos a políticas públicas de arquivo e a legislação arquivística. A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) compõe o Sistema Nacional de Arquivos, mas não faz parte do Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo (SIGA). Comentários: EBC é uma empresa pública federal. Agora você pode seguir seu raciocínio. O SIGA cuida de atividades de gestão de documentos no âmbito dos órgãos e entidades da administração pública federal. A EBC, portanto, faz pare do SIGA – Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo. Gabarito: Errada 8. (CESPE – 2014 – POLÍCIA FEDERAL – ARQUIVISTA) Acerca das políticas públicas de arquivo e da legislação arquivística, julgue os itens a seguir. Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 81 As ações na área de arquivo do DPF são orientadas pelo Sistema de Informações Administrativas e estão sob a responsabilidade do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Comentários: Quando se fala em gestão de documentos no âmbito federal, quem manda é o Arquivo Nacional! Não se esqueça disso. Vale a pena ver de novo: Art. 9o Os órgãos setoriais do SIGA vinculam-se ao órgão central para os estritos efeitos do disposto neste Decreto, sem prejuízo da subordinação ou vinculação administrativa decorrente de sua posição na estrutura organizacional dos órgãos e entidades da administração pública federal. Gabarito: Errado 9. (CESPE – MPU – 2013 – ANALISTA ARQUIVOLOGIA) A respeito de sistemas e redes de arquivo, julgue o item subsecutivo. A racionalização da produção da documentação arquivística é finalidade do SIGA. Comentários: É isso mesmo o que traz o Decreto 4.915/2003 em seu artigo 2°, IV. O SIGA tem por finalidade: IV - racionalizar a produção da documentação arquivística pública; É um “controlCêControlvê” do decreto! Gabarito: Certa 5. Decreto 4.073/2002 - CONARQ Vamos estudar os artigos mais cobrados. Se você estiver com tempo sobrando, leia todo o Decreto, mas para fins de concurso e de custo/benefício, não julgo que valha a pena o estudarmos por inteiro aqui. Recomendo que saiba muito bem os artigos que coloquei na aula. São os que já foram cobrados ou que têm mais “cara de prova”. Vamos lá! Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 81 Art. 1° O Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, órgão colegiado, vinculado ao Arquivo Nacional, criado pelo art. 26 da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991, tem por finalidade DEFINIR a política nacional de arquivos públicos e privados, bem como exercer orientação normativa visando à gestão documental e à proteção especial aos documentos de arquivo. Veja que já destaquei na própria lei o que há de mais importante nesse artigo. O CONAR (Conselho Nacional de Arquivos) é responsável pela definição da política nacional de arquivos públicos e privados. É comum você encontrar pegadinhas nas questões, tentando misturar os conceitos do CONARQ e SINAR. Ainda estudaremos o segundo, mas já anote o seguinte: CONARQ – DEFINE a política nacional dos arquivos públicos e privados. SINAR – IMPLEMENTA a política nacional dos arquivos públicos e privados. É igual lá em casa! Minha esposa, chamada de CONARQ, DEFINE que eu tenho que trocar a lâmpada e eu, Ronaldo SINAR, tenho que IMPLEMENTAR e fazer a troca da lâmpada. Art. 2° Compete ao CONARQ: I - estabelecer diretrizes para o funcionamento do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR, visando à gestão, à preservação e ao acesso aos documentos de arquivos; II - promover o inter-relacionamento de arquivos públicos e privados com vistas ao intercâmbio e à integração sistêmica das atividades arquivísticas; III - propor ao Ministro de Estado da Justiça normas legais necessárias ao aperfeiçoamento e à implementação da política nacional de arquivos públicos e privados; IV - zelar pelo cumprimento dos dispositivos constitucionais e legais que norteiam o funcionamento e o acesso aos arquivos públicos; Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 81 V - estimular programas de gestão e de preservação de documentos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal, produzidos ou recebidos em decorrência das funções executiva, legislativa e judiciária; VI - subsidiar a elaboração de planos nacionais de desenvolvimento, sugerindo metas e prioridades da política nacional de arquivos públicos e privados; VII - estimular a implantação de sistemas de arquivos nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, dos Estados, do Distrito Federal e nos Poderes Executivo e Legislativo dos Municípios; VIII - estimular a integração e modernização dos arquivos públicos e privados; IX - identificar os arquivos privados de interesse público e social, nos termos do art. 12 da Lei no 8.159, de 1991; X - propor ao Presidente da República, por intermédio do Ministro de Estado da Justiça, a declaração de interesse público e social de arquivos privados; (Redação dada pelo Decreto nº 7.430, de 2011) XI - estimular a capacitação técnica dos recursos humanos que desenvolvam atividades de arquivo nas instituições integrantes do SINAR; XII - recomendar providências para a apuração e a reparação de atos lesivos à política nacional de arquivos públicos e privados; XIII - promover a elaboração do cadastro nacional de arquivos públicos e privados, bem como desenvolver atividades censitárias referentes a arquivos; XIV - manter intercâmbio com outros conselhos e instituições, cujas finalidades sejam relacionadas ou complementares às suas, para prover e receber elementos de informação e juízo, conjugar esforços e encadear ações; Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 81 XV - articular-se com outros órgãos do Poder Público formuladores de políticas nacionais nas áreas de educação, cultura, ciência, tecnologia, informação e informática. Art. 3° São membros conselheiros do CONARQ: I - o Diretor-Geral do Arquivo Nacional, que o presidirá; II - dois representantesdo Poder Executivo Federal; III - dois representantes do Poder Judiciário Federal; IV - dois representantes do Poder Legislativo Federal; V - um representante do Arquivo Nacional; VI - dois representantes dos Arquivos Públicos Estaduais e do Distrito Federal; VII - dois representantes dos Arquivos Públicos Municipais; VIII - um representante das instituições mantenedoras de curso superior de arquivologia; IX - um representante de associações de arquivistas; X - três representantes de instituições que congreguem profissionais que atuem nas áreas de ensino, pesquisa, preservação ou acesso a fontes documentais. § 1o Cada Conselheiro terá um suplente. § 2o Os membros referidos nos incisos III e IV e respectivos suplentes serão designados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, respectivamente. § 3° Os conselheiros e suplentes referidos nos inciso II e V a X serão designados pelo Presidente da República, a partir de listas apresentadas pelo Ministro de Estado da Justiça, mediante indicações dos dirigentes dos órgãos e entidades representados § 4° O mandato dos Conselheiros será de dois anos, permitida uma recondução. Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 81 § 5° O Presidente do CONARQ, em suas faltas e impedimentos, será substituído por seu substituto legal no Arquivo Nacional. Art. 4° Caberá ao Arquivo Nacional dar o apoio técnico e administrativo ao CONARQ. Art. 5o O Plenário, órgão superior de deliberação do CONARQ, reunir-se-á, em caráter ordinário, no mínimo, uma vez a cada quatro meses e, extraordinariamente, mediante convocação de seu Presidente ou a requerimento de dois terços de seus membros. § 1° O CONARQ funcionará na sede do Arquivo Nacional. § 2° As reuniões do CONARQ poderão ser convocadas para local fora da sede do Arquivo Nacional, por deliberação do Plenário ou ad referendum deste, sempre que razão superior indicar a conveniência de adoção dessa medida. Art. 6° O CONARQ somente se reunirá para deliberação com o quorum mínimo de dez conselheiros. Art. 7° O CONARQ poderá constituir câmaras técnicas e comissões especiais, com a finalidade de elaborar estudos, normas e outros instrumentos necessários à implementação da política nacional de arquivos públicos e privados e ao funcionamento do SINAR, bem como câmaras setoriais, visando a identificar, discutir e propor soluções para questões temáticas que repercutirem na estrutura e organização de segmentos específicos de arquivos, interagindo com as câmaras técnicas. Parágrafo único. Os integrantes das câmaras e comissões serão designados pelo Presidente do CONARQ, ad referendum do Plenário. Art. 8° É considerado de natureza relevante, não ensejando qualquer remuneração, o exercício das atividades de Conselheiro do CONARQ e de integrante das câmaras e comissões. Comentários. Bom, todo o capítulo I desse decreto é dedicado ao CONARQ. Recomendo que leia todos os artigos, mas não fique preocupado em decorar, por exemplo, todos os membros conselheiros do CONARQ. É bem difícil ver questões do tema, ainda mais para cargos administrativos (não arquivistas). Mas as bancas têm aprofundado cada vez mais, portanto, todo cuidado é pouco. Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 81 Vou colocar aqui o que mais aparece nas provas e os temas que julgo mais importantes. Anota aí! Antes de avançar, lembre-se que: CONARQ – DEFINE a política nacional dos arquivos públicos e privados. SINAR – IMPLEMENTA a política nacional dos arquivos públicos e privados. Compete ao CONARQ: • Estabelecer diretrizes para o funcionamento do SINAR (Sistema Nacional de Arquivos) • Promover o inter-relacionamento de arquivos públicos e privados • Zelar pelo cumprimento dos dispositivos constitucionais e legais • Estimular programas de gestão e preservação de documentos públicos de âmbito federal, estadual, do distrito federal e municipal, produzidos ou recebidos em funções executiva, legislativa e judiciária; • Identificar os arquivados privados de interesse público e social; • Promover a elaboração do cadastro nacional de arquivos públicos e privados; No artigo 3° temos a lista dos membros conselheiros do CONARQ. Vou listar alguns para que a estrutura geral vá ficando mais clara. Dentre outros, O Diretor-Geral do Arquivo Nacional é membro do CONARQ (será o presidente), assim como um outro representante do Arquivo Nacional. O mandato dos membros conselheiros é de dois anos, permitida uma recondução. Na falta do presidente do CONARQ o substituo será o seu representante legal do Arquivo Nacional. O CONARQ funcionará na sede do Arquivo Nacional, que proverá o apoio técnico e administrativo. O CONARQ poderá constituir câmaras técnicas e comissões especiais, com a finalidade de elaborar estudos, normas e outros instrumentos necessários à Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 81 implementação da política nacional de arquivos públicos e privados e ao funcionamento do SINAR, bem como câmaras setoriais, visando a identificar, discutir e propor soluções para questões temáticas que repercutirem na estrutura e organização de segmentos específicos de arquivos, interagindo com as câmaras técnicas. Já falamos o suficiente sobre o CONARQ. Vamos partir para o SINAR. Aos poucos, tudo vai ficando mais claro. Capítulo II DO SISTEMA NACIONAL DE ARQUIVOS Art. 10. O SINAR tem por finalidade implementar a política nacional de arquivos públicos e privados, visando à gestão, à preservação e ao acesso aos documentos de arquivo. Art. 11. O SINAR tem como órgão central o CONARQ. Art. 12. Integram o SINAR: I - o Arquivo Nacional; II - os arquivos do Poder Executivo Federal; III - os arquivos do Poder Legislativo Federal; IV - os arquivos do Poder Judiciário Federal; V - os arquivos estaduais dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; VI - os arquivos do Distrito Federal dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; VII - os arquivos municipais dos Poderes Executivo e Legislativo. § 1o Os arquivos referidos nos incisos II a VII, quando organizados sistemicamente, passam a integrar o SINAR por intermédio de seus órgãos centrais. Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 81 § 2o As pessoas físicas e jurídicas de direito privado, detentoras de arquivos, podem integrar o SINAR mediante acordo ou ajuste com o órgão central. Art. 13. Compete aos integrantes do SINAR: I - promover a gestão, a preservação e o acesso às informações e aos documentosna sua esfera de competência, em conformidade com as diretrizes e normas emanadas do órgão central; II - disseminar, em sua área de atuação, as diretrizes e normas estabelecidas pelo órgão central, zelando pelo seu cumprimento; III - implementar a racionalização das atividades arquivísticas, de forma a garantir a integridade do ciclo documental; IV - garantir a guarda e o acesso aos documentos de valor permanente; V - apresentar sugestões ao CONARQ para o aprimoramento do SINAR; VI - prestar informações sobre suas atividades ao CONARQ; VII - apresentar subsídios ao CONARQ para a elaboração de dispositivos legais necessários ao aperfeiçoamento e à implementação da política nacional de arquivos públicos e privados; VIII - promover a integração e a modernização dos arquivos em sua esfera de atuação; IX - propor ao CONARQ os arquivos privados que possam ser considerados de interesse público e social; X - comunicar ao CONARQ, para as devidas providências, atos lesivos ao patrimônio arquivístico nacional; XI - colaborar na elaboração de cadastro nacional de arquivos públicos e privados, bem como no desenvolvimento de atividades censitárias referentes a arquivos; XII - possibilitar a participação de especialistas nas câmaras técnicas, câmaras setoriais e comissões especiais constituídas pelo CONARQ; XIII - proporcionar aperfeiçoamento e reciclagem aos técnicos da área de arquivo, garantindo constante atualização. Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 81 Art. 14. Os integrantes do SINAR seguirão as diretrizes e normas emanadas do CONARQ, sem prejuízo de sua subordinação e vinculação administrativa. Comentários. Vejamos o mais importante desses artigos: O SINAR tem por finalidade implementar a política nacional de arquivos públicos e privados, visando à gestão, à preservação e ao acesso aos documentos de arquivo. Isso cai na prova!! Lembre-se de que o CONARQ DEFINE e o SINAR, IMPLEMENTA. § 2o As pessoas físicas e jurídicas de direito privado, detentoras de arquivos, podem integrar o SINAR mediante acordo ou ajuste com o órgão central. Compete aos integrantes do SINAR: I - promover a gestão, a preservação e o acesso às informações e aos documentos na sua esfera de competência, em conformidade com as diretrizes e normas emanadas do órgão central; V - apresentar sugestões ao CONARQ para o aprimoramento do SINAR; 10. (CESPE – 2015 – MPOG – ARQUIVISTA CARGO 3) A respeito das políticas públicas de arquivo, julgue o item a seguir. Uma das competências do Conselho Nacional de Arquivos é implementar a política nacional de arquivos públicos e privados. Comentários: É uma questão relativamente difícil, pois vai no detalhe! Mas é legal para ficarmos atentos a uma diferença relevante entre o SINAR e CONARQ. O CONARQ, conforme art. 1 do Decreto 4.073/2002 define a política nacional de arquivos públicos e privados, bem como exercer orientação normativa visando à gestão documental e à proteção especial aos documentos de arquivo. Já o SINAR, conforme art. 10 do Decreto 4.073/2002, tem por finalidade implementar a política nacional de arquivos públicos e privados, visando à gestão, à preservação e ao acesso aos documentos de arquivo. Resumindo: Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 81 CONARQ ! DEFINE SINAR ! IMPLEMENTA Gabarito: Errada. 6. Lei. 12.682/2012 – Elaboração e arquivamentos de documentos eletromagnéticos Essa lei trata da elaboração e o arquivamento de documentos em meios eletromagnéticos. Vamos ver apenas o que é mais importante para sua prova. Mas se tiver um tempinho, pode ler por inteiro. Essa aqui é a lei ideal, tem apenas 8 artigos e boa parte deles, foram vetados. Tanto é que vou colocar todos os que “sobreviveram” http://www.planalto.gov.br/ccivil 03/ ato2011-2014/2012/Lei/L12682.htm Art. 1o A digitalização, o armazenamento em meio eletrônico, óptico ou equivalente e a reprodução de documentos públicos e privados serão regulados pelo disposto nesta Lei. Parágrafo único. Entende-se por digitalização a conversão da fiel imagem de um documento para código digital. Art. 3o O processo de digitalização deverá ser realizado de forma a manter a integridade, a autenticidade e, se necessário, a confidencialidade do documento digital, com o emprego de certificado digital emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP - Brasil. Parágrafo único. Os meios de armazenamento dos documentos digitais deverão protegê-los de acesso, uso, alteração, reprodução e destruição não autorizados. Digitalizar algo é transformar na linguagem binária, ou seja, uma sequência de “0” e “1”. Se você pega um papel e o insere em um scanner, vai ter um documento convertido para código digital. Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 81 A integridade, a autenticidade e, se necessário, a confidencialidade do documento digital, devem ser mantidas com o emprego de certificado digital. Lá na SEFAZ SP, nós recebemos um certificado digital para fazer qualquer consulta. E aqui, a recomendação não é diferente, visando a segurança de que os dados contidos no original, foram exatamente “transferidos” para sua cópia digital. Art. 4o As empresas privadas ou os órgãos da Administração Pública direta ou indireta que utilizarem procedimentos de armazenamento de documentos em meio eletrônico, óptico ou equivalente deverão adotar sistema de indexação que possibilite a sua precisa localização, permitindo a posterior conferência da regularidade das etapas do processo adotado. Bom, vamos recorrer ao nosso DBTA (Dicionário Brasileiro de Termos Arquivísticos) Indexação: processo pelo qual documentos ou informações são apresentados por termos, palavras-chave ou descritores, propiciando a recuperação da informação. E o que são descritores? Descritor: Palavra ou grupo de palavras que designa um conceito ou um assunto preciso, excluindo outros sentidos e significados. Resuminho? Os documentos em meio eletrônico, ótico ou equivalente também devem ser armazenados. E devem usar um sistema de indexação. E para que serve isso? Para facilitar a localização desse documento eletrônico. Tudo deve estar organizado. Seja em meio físico, seja em meio digital. Art. 6o Os registros públicos originais, ainda que digitalizados, deverão ser preservados de acordo com o disposto na legislação pertinente. Esse artigo é importantíssimo!! Significa que mesmo que você digitalize algum registro público, o seu original deverá ser preservado. Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 81 7. LAI – Lei de Acesso à Informação 12.527/2011 e Decreto 7.724/2012 Agora vamos atacar aLei 12.527/2011 (entrou em vigor em 2012) conhecida como Lei de Acesso à Informação – LAI. É uma norma muito importante para a Administração Pública e, para nós, os cidadãos. Ela inverteu o paradigma, a regra já estabelecida do acesso à informação, tornando a transparência a regra e tornou o sigilo a exceção. Isso ficará claro ao começarmos a navegar pelos artigos. Também vamos estudar o Decreto 7.724 que regulamenta a LAI (vou chamá-la pelo apelido a partir de agora). Saiba que um decreto costuma ser muito parecido com a própria lei. Geralmente há poucas mudanças. Por isso, não vou reproduzir o decreto inteiro. Estudaremos a lei e o decreto em conjunto e vou chamar sua atenção quando for pertinente. Se você fosse imprimir apenas a LAI e o Decreto, teria quase o mesmo número de páginas de todo esse PDF (com comentários, questões e outras leis/decretos comentados). Obs.: sempre que eu estiver falando sobre o decreto, vou colocar o símbolo abaixo ou usarei essa formatação aqui: Decreto 7.724/2012. Combinados? Vamos começar o passeio por alguns dos pontos mais conceituais e importantes. Essa parte é muito relevante e vou repetir alguns conceitos ao longo da aula. Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), a informação sob a guarda do Estado é sempre pública, devendo o acesso a ela ser restringido apenas em casos específicos. Dessa forma, é permitido a qualquer cidadão o pedido de acesso às informações públicas. E o que é informação pública? Aquilo que não é classificada como sigilosa, conforme o que está previsto na Lei. A Lei de Acesso à Informação Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 81 nasceu para regulamentar o artigo 5º, XXXIII, além do inciso II, § 3º, artigo 37, e o § 2º do art. 216, todos da Constituição Federal, para garantir ao cidadão o exercício do seu direito de acesso à informação. Mas não se preocupe com esses artigos. A ideia aqui é te mostrar de onde veio a LAI e você precisa saber que ela nasce do documento jurídico mais importante do nosso país: a Constituição Federal. Principais Aspectos: Veja algumas características positivas da LAI, extraídas da CGU: • Acesso é a regra, o sigilo, a exceção (divulgação máxima) • Requerente não precisa dizer por que e para que deseja a informação (não exigência de motivação) • Hipóteses de sigilo são limitadas e legalmente estabelecidas (limitação de exceções) • Fornecimento gratuito de informação, salvo custo de reprodução (gratuidade da informação) • Divulgação proativa de informações de interesse coletivo e geral (transparência ativa) • Criação de procedimentos e prazos que facilitam o acesso à informação (transparência passiva) Abrangência: E quem está sujeito à LAI? Esse tipo de assunto é mais ligado ao Direito Administrativo, mas não custa nada dar uma olhada. Note como ela é abrangente. Toda a administração pública está incluída e até mesmo entidades sem fins lucrativos que receberam recursos públicos estão sujeitas a ela. Faz sentido! Se houve dinheiro público (meu e seu), precisamos saber, como Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 81 cidadãos, como essa grana foi usada. Isso também é abordado no Decreto 7.724/2012 (artigos 63 e 64). Exceções à LAI. Mas não é porque existe uma Lei de Acesso à Informação que nós podemos ter acesso a tudo. Não é bem assim. Você pode até saber quanto eu ganho como servidor, mas não pode requisitar meus dados pessoais, concorda? E dados sensíveis à segurança do país? Também não podem ser disponibilizados a qualquer tempo. Vamos avançar. As informações sob a guarda do Estado são públicas. O acesso a elas deve ser restrito apenas em casos específicos e por período de tempo determinado. A LAI lista como exceções à regra de acesso: • os dados pessoais; • as informações classificadas por autoridades como sigilosas; • e as informações sigilosas com base em outras leis. Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 81 Você pode fazer pedidos de desclassificação ou reavaliação da classificação. Isso para o caso de você não concordar com a classificação de uma informação, por achar que ela não se enquadra nas hipóteses de sigilo previstas na Lei de Acesso ou que deveria estar classificada em outra categoria. → Informações sigilosas com base em outras leis: são aquelas informações protegidas por outras legislações, tais como os sigilos bancário, fiscal e industrial. Já está ficando claro que a LAI não é bagunça, certo? Só para exemplificar melhor, vamos pular para o Decreto 7.724. É ele que regulamenta a lei no Poder Executivo Federal. As leis costumam ser muito genéricas e não dizem exatamente como as coisas devem acontecer. Quem diz o passo a passo de como a lei deve ser cumprida é o regulamento. É como se fosse um “manual”. O Decreto 7.724/2012 (art. 13), prevê que não serão atendidos pedidos de informação que sejam: I - genéricos; II - desproporcionais ou desarrazoados; ou III - que exijam trabalhos adicionais de análise, interpretação ou consolidação de dados e informações, ou serviço de produção ou tratamento de dados que não seja de competência do órgão ou entidade. Ou seja, não pode sair pedindo qualquer coisa, sem sentido ou absurda, sem propósito ou razão. 8. Comentários à LAI – Lei de Acesso à Informação 12.527/2011 e Decreto 7.724/2012 Agora que você já possui uma visão geral da Lei 12.527, vamos direto aos artigos. Recomendo que a leia por inteiro. Aqui, irei indicar os temas já cobrados Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 81 e os com mais “cara de prova”. E é nesses que dedicarei mais parte das explicações. Vou negritar e colorir os pontos mais relevantes. A metodologia para o estudo dessa Lei e Decreto será a seguinte: 1) artigos relevantes ou mais complicados – serão comentados logo abaixo do texto extraído da lei. 2) artigos com menos cobrança em provas ou que têm menos possibilidade de serem cobrados (não estou dizendo que eles não cairão na prova!), terão apenas o texto da lei reproduzido. 3) artigos muito importantes – terão os comentários e questões comentadas logo abaixo deles ou ao final da parte teórica. Para ter acesso à lei original: http://www.planalto.gov.br/ccivil 03/ ato20112014/2011/lei/l12527.htm#art 47 CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1° Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5°, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal. Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei: I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo,incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público; II - as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Art. 2° Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres. Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 81 Parágrafo único. A publicidade a que estão submetidas as entidades citadas no caput refere-se à parcela dos recursos públicos recebidos e à sua destinação, sem prejuízo das prestações de contas a que estejam legalmente obrigadas. Comentários: Esses artigos iniciais são importantes, pois trazem a fundamentação e o porquê de a LAI (Lei de Acesso à informação) existir. Note que sua criação foi “provocada” pela Constituição Federal. ALERTA: Não se preocupe em entender a diferenciação entre administração direta e indireta, empresas públicas e fundações públicas, sociedades de economia mista e etc. Isso é assunto para o Direito Administrativo e, na prova de Arquivologia, não vão te perguntar isso. Aqui, o foco é a letra da lei, ou seja, o que vai aparecer na questão é exatamente igual ao que está escrito na lei. No máximo, ele será reescrito e você vai precisar identificar o contexto. Não se apegue a “detalhes”que não tem a ver com a matéria. O tempo é curto. Coooooorre! Vejamos o quadro ilustrativo para deixar claro quem deve obedecer à LAI para compreender esses primeiros artigos. Estão subordinados à LAI: Nesse finalzinho (entidades sem fins lucrativos) cabem duas observações: “A publicidade a que estão submetidas as entidades citadas no caput refere- se à parcela dos recursos públicos recebidos e à sua destinação (...)” Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 81 Publicidade é um princípio do Direito Administrativo, mas o que interessa a você é que sua essência é que as informações sejam públicas e disponíveis aos cidadãos. Você já pode saber o que é “caput” se já estiver estudando Direito. Mas sei que sempre tem alguém que nunca ouviu falar desses termos. Caput nada mais é do que a “cabeça”, ou seja, o enunciado de artigo de lei ou regulamento. Nesse caso, o caput é o artigo 2°. Pronto. Agora tô tranquilo. Avancemos. E no Decreto Decreto 7.724/2012? O artigo 5° mostra mais algumas exceções à aplicação da LAI: Art. 5° § 2o Não se sujeitam ao disposto neste Decreto as informações relativas à atividade empresarial de pessoas físicas ou jurídicas de direito privado obtidas pelo Banco Central do Brasil, pelas agências reguladoras ou por outros órgãos ou entidades no exercício de atividade de controle, regulação e supervisão da atividade econômica cuja divulgação possa representar vantagem competitiva a outros agentes econômicos. Art. 6o O acesso à informação disciplinado neste Decreto não se aplica: I - às hipóteses de sigilo previstas na legislação, como fiscal, bancário, de operações e serviços no mercado de capitais, comercial, profissional, industrial e segredo de justiça; Ora, o Poder Público tem acesso a muitas informações sigilosas, concorda? E não é porque existe a LAI que o Governo poderá sair dizendo por aí quanto uma empresa fatura ou quanto lucra. Há informações que são estratégicas, pois se caírem nas mãos dos concorrentes, pode acabar com toda sua vantagem competitiva. E tudo que está sujeito ao sigilo (fiscal, bancário, industrial...), previsto em outras leis, não pode ser disponibilizado ao público. ∀234 56 (7 829:;<=>;?397 82;≅=7397 ?;73Α ∋;= <;73=?Α>Β7; Α Α77;Χ∆2Α2 9 <=2;=39 Ε∆?<Α>;?3ΑΦ <; Α:;779 Γ =?Ε92>ΑΗΙ9 ; <;≅;> 7;2 ;ϑ;:∆3Α<97 ;> :9?Ε92>=<Α<; :9> 97 82=?:Κ8=97 ΛΜ7=:97 <Α Α<>=?=732ΑΗΙ9 8ΝΛΦ=:Α ; :9> Α7 7;Χ∆=?3;7 <=2;32=Ο;7Π ∗ Β 9Λ7;2≅Θ?:=Α <Α 8∆ΛΦ=:=<Α<; :9>9 82;:;=39 Χ;2ΑΦ ; <9 7=Χ=Φ9 :9>9 ;ϑ:;ΗΙ9Ρ ∗∗ Β <=≅∆ΦΧΑΗΙ9 <; =?Ε92>ΑΗΣ;7 <; =?3;2;77; 8ΝΛΦ=:9Τ =?<;8;?<;?3;>;?3; <; 79Φ=:=3ΑΗΣ;7Ρ Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 81 ∗∗∗ Β ∆3=Φ=ΟΑΗΙ9 <; >;=97 <; :9>∆?=:ΑΗΙ9 ≅=ΑΛ=Φ=ΟΑ<97 8;ΦΑ 3;:?9Φ9Χ=Α <Α =?Ε92>ΑΗΙ9Ρ ∗Υ Β Ε9>;?39 Α9 <;7;?≅9Φ≅=>;?39 <Α :∆Φ3∆2Α <; 32Α?78Α2ς?:=Α ?Α Α<>=?=732ΑΗΙ9 8ΝΛΦ=:ΑΡ Υ Β <;7;?≅9Φ≅=>;?39 <9 :9?329Φ; 79:=ΑΦ <Α Α<>=?=732ΑΗΙ9 8ΝΛΦ=:Α4 Comentários: O foco na publicidade e transparência são expostos mais uma vez. É por causa dessa lei (e decreto) que os alunos conseguem ver o salário dos professores que são servidores (rs). A publicidade deve ser a regra e o sigilo, exceção. Há informações, como o orçamento público, que devem ser divulgadas, mesmo que ninguém as peça. A tecnologia da Informação visa facilitar os pedidos de informação. Normalmente você não precisa ir a um órgão. Você pede ou consulta pela internet. A ideia por trás de tudo, é que haja maior controle social da administração pública, ou seja, que o cidadão participe cada vez mais da gestão da coisa pública. ∀234 Ω6 #Α2Α 97 ;Ε;=397 <;73Α ∋;=Τ :9?7=<;2ΑΒ7;Π ∗ Β 456789:;<7= <Α<97Τ 829:;77Α<97 9∆ ?Ι9Τ Ξ∆; 89<;> 7;2 ∆3=Φ=ΟΑ<97 8Α2Α 829<∆ΗΙ9 ; 32Α?7>=77Ι9 <; :9?Ψ;:=>;?39Τ :9?3=<97 ;> Ξ∆ΑΦΞ∆;2 >;=9Τ 7∆8923; 9∆ Ε92>Α39Ρ ∗∗ Β >7?≅9Α5Β7= ∆?=<Α<; <; 2;Χ=7329 <; =?Ε92>ΑΗΣ;7Τ Ξ∆ΑΦΞ∆;2 Ξ∆; 7;ΖΑ 9 7∆8923; 9∆ Ε92>Α39Ρ ∗∗∗ Χ 456789:;<7 ∆4Ε4Φ7∆:Π ΑΞ∆;ΦΑ 7∆Λ>;3=<Α 3;>892Α2=Α>;?3; Γ 2;732=ΗΙ9 <; Α:;779 8ΝΛΦ=:9 ;> 2ΑΟΙ9 <; 7∆Α =>82;7:=?<=Λ=Φ=<Α<; 8Α2Α Α 7;Χ∆2Α?ΗΑ <Α 79:=;<Α<; ; <9 /73Α<9Ρ ∗Υ Β 456789:;<7 ΓΑ∆∆7:Φ= ΑΞ∆;ΦΑ 2;ΦΑ:=9?Α<Α Γ 8;779Α ?Α3∆2ΑΦ =<;?3=Ε=:Α<Α 9∆ =<;?3=Ε=:Μ≅;ΦΡ Υ Β Β8:Β:9Α5Β7 >: 456789:;<7= :9?Ζ∆?39 <; ΑΗΣ;7 2;Ε;2;?3;7 Γ 829<∆ΗΙ9Τ 2;:;8ΗΙ9Τ :ΦΑ77=Ε=:ΑΗΙ9Τ ∆3=Φ=ΟΑΗΙ9Τ Α:;779Τ 2;829<∆ΗΙ9Τ 32Α?78923;Τ 32Α?7>=77Ι9Τ <=732=Λ∆=ΗΙ9Τ Α2Ξ∆=≅Α>;?39Τ Α2>ΑΟ;?Α>;?39Τ ;Φ=>=?ΑΗΙ9Τ Α≅ΑΦ=ΑΗΙ9Τ <;73=?ΑΗΙ9 9∆ :9?329Φ; <Α =?Ε92>ΑΗΙ9Ρ Υ∗ Β >4∆Γ754Η4Φ4>:>Α= Ξ∆ΑΦ=<Α<; <Α =?Ε92>ΑΗΙ9 Ξ∆; 89<; 7;2 :9?Ψ;:=<Α ; ∆3=Φ=ΟΑ<Α 892 =?<=≅Κ<∆97Τ ;Ξ∆=8Α>;?397 9∆ 7=73;>Α7 Α∆392=ΟΑ<97Ρ Υ∗∗ Χ :≅ΒΑ5Β4?4>:>Α= Ξ∆ΑΦ=<Α<; <Α =?Ε92>ΑΗΙ9 Ξ∆; 3;?ΨΑ 7=<9 829<∆Ο=<ΑΤ ;ϑ8;<=<ΑΤ 2;:;Λ=<Α 9∆ >9<=Ε=:Α<Α 892 <;3;2>=?Α<9 =?<=≅Κ<∆9Τ ;Ξ∆=8Α>;?39 9∆ 7=73;>ΑΡ Υ∗∗∗ Β 45ΒΑΕ84>:>Α= Ξ∆ΑΦ=<Α<; <Α =?Ε92>ΑΗΙ9 ?Ι9 >9<=Ε=:Α<ΑΤ =?:Φ∆7=≅; Ξ∆Α?39 Γ 92=Χ;>Τ 32Θ?7=39 ; <;73=?9Ρ ∗[ Β Γ849:84Α>:>Α= Ξ∆ΑΦ=<Α<; <Α =?Ε92>ΑΗΙ9 :9Φ;3Α<Α ?Α Ε9?3;Τ :9> 9 >Μϑ=>9 <; <;3ΑΦΨΑ>;?39 8977Κ≅;ΦΤ 7;> >9<=Ε=:ΑΗΣ;74 Muita coisa, né? Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 81 É! Mas pode parar de preguiça e dar atenção especial a esses incisos (I a IX). Vou colocar esse artigo em outro formato mais agradável para ter certeza de que você vai DECORÁ-LO. Principalmente os incisos VI a IX, pois os demais, creio que já estejam mais claros para você depois de ter estudado as outras aulas. E o Decreto 7.724/2012 que regulamenta a LAI?Ele traz as mesmas definições em seu artigo 3°, porém inclui mais algumas: .. Χ >:>7∆ Γ87?Α∆∆:>7∆ Β <Α<97 7∆Λ>;3=<97 Α Ξ∆ΑΦΞ∆;2 98;2ΑΗΙ9 9∆ 32Α3Α>;?39 892 >;=9 <; 829:;77Α>;?39 ;Φ;32∴?=:9 9∆ 892 >;=9 Α∆39>Α3=ΟΑ<9 :9> 9 ;>82;Χ9 <; 3;:?9Φ9Χ=Α <Α =?Ε92>ΑΗΙ9Ρ Ι. 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Releia o artigo 4° e incisos da Lei 12.2527. ∀234 6 ) :?Α∆∆7 Θ 456789:;<7 <; Ξ∆; 32Α3Α ;73Α ∋;= :9>82;;?<;Τ ;?32; 9∆3297Τ 7∆ >48Α4Β7∆ >Α 7ΗΒΑ8= ∗ Β 92=;?3ΑΗΙ9 79Λ2; 97 829:;<=>;?397 8Α2Α Α :9?7;:∆ΗΙ9 <; Α:;779Τ Λ;> :9>9 79Λ2; 9 Φ9:ΑΦ 9?<; 89<;2Μ 7;2 ;?:9?32Α<Α 9∆ 9Λ3=<Α Α =?Ε92>ΑΗΙ9 ΑΦ>;ΖΑ<ΑΡ ∗∗ Β =?Ε92>ΑΗΙ9 :9?3=<Α ;> 2;Χ=73297 9∆ <9:∆>;?397Τ 829<∆Ο=<97 9∆ Α:∆>∆ΦΑ<97 892 7;∆7 _2ΧΙ97 9∆ ;?3=<Α<;7Τ 2;:9ΦΨ=<97 9∆ ?Ι9 Α Α2Ξ∆=≅97 8ΝΛΦ=:97Ρ ∗∗∗ Β =?Ε92>ΑΗΙ9 829<∆Ο=<Α 9∆ :∆739<=Α<Α 892 8;779Α ΕΚ7=:Α 9∆ ;?3=<Α<; 82=≅Α<Α <;:922;?3; <; Ξ∆ΑΦΞ∆;2 ≅Κ?:∆Φ9 :9> 7;∆7 _2ΧΙ97 9∆ ;?3=<Α<;7Τ >;7>9 Ξ∆; ;77; ≅Κ?:∆Φ9 ΖΜ 3;?ΨΑ :;77Α<9Ρ ∗Υ Β =?Ε92>ΑΗΙ9 82=>Μ2=ΑΤ Κ?3;Χ2ΑΤ Α∆3ς?3=:Α ; Α3∆ΑΦ=ΟΑ<ΑΡ Υ Β =?Ε92>ΑΗΙ9 79Λ2; Α3=≅=<Α<;7 ;ϑ;2:=<Α7 8;Φ97 _2ΧΙ97 ; ;?3=<Α<;7Τ =?:Φ∆7=≅; Α7 2;ΦΑ3=≅Α7 Γ 7∆Α 89ΦΚ3=:ΑΤ 92ΧΑ?=ΟΑΗΙ9 ; 7;2≅=Η97Ρ Υ∗ Β =?Ε92>ΑΗΙ9 8;23=?;?3; Γ Α<>=?=732ΑΗΙ9 <9 8Α32=>∴?=9 8ΝΛΦ=:9Τ ∆3=Φ=ΟΑΗΙ9 <; 2;:∆2797 8ΝΛΦ=:97Τ Φ=:=3ΑΗΙ9Τ :9?32Α397 Α<>=?=732Α3=≅97Ρ ; Υ∗∗ Β =?Ε92>ΑΗΙ9 2;ΦΑ3=≅ΑΠ Αα Γ =>8Φ;>;?3ΑΗΙ9Τ Α:9>8Α?ΨΑ>;?39 ; 2;7∆Φ3Α<97 <97 829Χ2Α>Α7Τ 829Ζ;397 ; ΑΗΣ;7 <97 _2ΧΙ97 ; ;?3=<Α<;7 8ΝΛΦ=:Α7Τ Λ;> :9>9 >;3Α7 ; =?<=:Α<92;7 829897397Ρ Λα Α9 2;7∆Φ3Α<9 <; =?78;ΗΣ;7Τ Α∆<=392=Α7Τ 82;73ΑΗΣ;7 ; 39>Α<Α7 <; :9?3Α7 2;ΑΦ=ΟΑ<Α7 8;Φ97 _2ΧΙ97 <; :9?329Φ; =?3;2?9 ; ;ϑ3;2?9Τ =?:Φ∆=?<9 82;73ΑΗΣ;7 <; :9?3Α7 2;ΦΑ3=≅Α7 Α ;ϑ;2:Κ:=97 Α?3;2=92;74 β χ6 ( Α:;779 Γ =?Ε92>ΑΗΙ9 82;≅=739 ?9 :Α8∆3 ?Ι9 :9>82;;?<; Α7 =?Ε92>ΑΗΣ;7 2;Ε;2;?3;7 Α 829Ζ;397 <; 8;7Ξ∆=7Α ; <;7;?≅9Φ≅=>;?39 :=;?3ΚΕ=:97 9∆ 3;:?9Φ_Χ=:97 :∆Ζ9 7=Χ=Φ9 7;ΖΑ =>82;7:=?<Κ≅;Φ Γ 7;Χ∆2Α?ΗΑ <Α 79:=;<Α<; ; <9 /73Α<94 Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 81 β δ6 ε∆Α?<9 ?Ι9 Ε92 Α∆392=ΟΑ<9 Α:;779 =?3;Χ2ΑΦ Γ =?Ε92>ΑΗΙ9 892 7;2 ;ΦΑ 8Α2:=ΑΦ>;?3; 7=Χ=Φ97ΑΤ ] Α77;Χ∆2Α<9 9 Α:;779 Γ 8Α23; ?Ι9 7=Χ=Φ97Α 892 >;=9 <; :;23=<Ι9Τ ;ϑ32Α39 9∆ :_8=Α :9> 9:∆Φ3ΑΗΙ9 <Α 8Α23; 79Λ 7=Χ=Φ94 β 59 ( <=2;=39 <; Α:;779 Α97 <9:∆>;?397 9∆ Γ7 =?Ε92>ΑΗΣ;7 ?;Φ;7 :9?3=<Α7 ∆3=Φ=ΟΑ<97 :9>9 Ε∆?<Α>;?39 <Α 39>Α<Α <; <;:=7Ι9 ; <9 Α39 Α<>=?=732Α3=≅9 7;2Μ Α77;Χ∆2Α<9 :9> Α ;<=ΗΙ9 <9 Α39 <;:=7_2=9 2;78;:3=≅94 β Ω6 ∀ ?;ΧΑ3=≅Α <; Α:;779 Γ7 =?Ε92>ΑΗΣ;7 9ΛΖ;39 <; 8;<=<9 Ε92>∆ΦΑ<9 Α97 _2ΧΙ97 ; ;?3=<Α<;7 2;Ε;2=<Α7 ?9 Α234 χ9Τ Ξ∆Α?<9 ?Ι9 Ε∆?<Α>;?3Α<ΑΤ 7∆Ζ;=3Α2Μ 9 2;789?7Μ≅;Φ Α >;<=<Α7 <=7:=8Φ=?Α2;7Τ ?97 3;2>97 <9 Α234 5δ <;73Α ∋;=4 β φ6 ∗?Ε92>Α<9 <9 ;ϑ32Α≅=9 <Α =?Ε92>ΑΗΙ9 79Φ=:=3Α<ΑΤ 89<;2Μ 9 =?3;2;77Α<9 2;Ξ∆;2;2 Γ Α∆392=<Α<; :9>8;3;?3; Α =>;<=Α3Α ΑΛ;23∆2Α <; 7=?<=:Θ?:=Α 8Α2Α Α8∆2Α2 9 <;7Α8Α2;:=>;?39 <Α 2;78;:3=≅Α <9:∆>;?3ΑΗΙ94 β ⊥6 Υ;2=Ε=:Α<Α Α Ψ=8_3;7; 82;≅=73Α ?9 β φ6<;73; Α23=Χ9Τ 9 2;789?7Μ≅;Φ 8;ΦΑ Χ∆Α2<Α <Α =?Ε92>ΑΗΙ9 ;ϑ32Α≅=Α<Α <;≅;2ΜΤ ?9 82ΑΟ9 <; χγ η<;Οα <=Α7Τ Ζ∆73=Ε=:Α2 9 ΕΑ39 ; =?<=:Α2 3;73;>∆?ΨΑ7 Ξ∆; :9>829≅;> 7∆Α ΑΦ;ΧΑΗΙ94 A LAI tenta proteger o cidadão de diversas formas no artigo 7°. Ele deve ter acesos à informação primária, íntegra, autêntica e atualizada e pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitação e contratos administrativos. Mas não é festa na floresta. Você, cidadão, não pode ter acesso as informações referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. Mas....e se apenas uma parte da informação for sigilosa? Aí é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo. E se o servidor, de uma autarquia federal, por exemplo, negar o acesso? Se a negativa não for fundamentada (ou seja, sem um bom motivo) pode acarretar em medidas disciplinares contra ele (art. 32). E se o funcionário estivesse com preguiça e não quisesse fornecer as informações? Aí, o espertão diz que o documento sumiu....e agora? O interessado na informação “desaparecida” poderá requerer à autoridade competente a imediata abertura de sindicância para apurar o desaparecimento da respectiva documentação. E o “malandrão” terá 10 dias para justificar o fato e conseguir testemunhas que comprovem sua versão. Claro que nem sempre Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 81 será malandragem, às vezes o documento some mesmo. Usei esse exemplo para facilitar sua compreensão. ∀234 ι6 ϕ <;≅;2 <97 _2ΧΙ97 ; ;?3=<Α<;7 8ΝΛΦ=:Α7 829>9≅;2Τ 45>ΑΓΑ5>Α5ΒΑ9Α5ΒΑ >Α 8ΑΡ≅Α849Α5Β7∆Σ Α <=≅∆ΦΧΑΗΙ9 ;> Φ9:ΑΦ <; ΕΜ:=Φ Α:;779Τ ?9 Θ>Λ=39 <; 7∆Α7 :9>8;3ς?:=Α7Τ <; =?Ε92>ΑΗΣ;7 <; =?3;2;77; :9Φ;3=≅9 9∆ Χ;2ΑΦ 892 ;Φ;7 829<∆Ο=<Α7 9∆ :∆739<=Α<Α74 β χ6 κΑ <=≅∆ΦΧΑΗΙ9 <Α7 =?Ε92>ΑΗΣ;7 Α Ξ∆; 7; 2;Ε;2; 9 :Α8∆3Τ <;≅;2Ι9 :9?73Α2Τ ?9 >Κ?=>9Π ∗ Β 2;Χ=7329 <Α7 :9>8;3ς?:=Α7 ; ;732∆3∆2Α 92ΧΑ?=ΟΑ:=9?ΑΦΤ ;?<;2;Η97 ; 3;Φ;Ε9?;7 <Α7 2;78;:3=≅Α7 ∆?=<Α<;7 ; Ψ92Μ2=97 <; Α3;?<=>;?39 Α9 8ΝΛΦ=:9Ρ ∗∗ Β 2;Χ=73297 <; Ξ∆Α=7Ξ∆;2 2;8Α77;7 9∆ 32Α?7Ε;2ς?:=Α7 <; 2;:∆2797 Ε=?Α?:;=297Ρ ∗∗∗ Β 2;Χ=73297 <Α7 <;78;7Α7Ρ ∗Υ Β =?Ε92>ΑΗΣ;7 :9?:;2?;?3;7 Α 829:;<=>;?397 Φ=:=3Α3_2=97Τ =?:Φ∆7=≅; 97 2;78;:3=≅97 ;<=3Α=7 ; 2;7∆Φ3Α<97Τ Λ;> :9>9 Α 39<97 97 :9?32Α397 :;Φ;Λ2Α<97Ρ Υ Β <Α<97 Χ;2Α=7 8Α2Α 9 Α:9>8Α?ΨΑ>;?39 <; 829Χ2Α>Α7Τ ΑΗΣ;7Τ 829Ζ;397 ; 9Λ2Α7 <; _2ΧΙ97 ; ;?3=<Α<;7Ρ ; Υ∗ Β 2;78973Α7 Α 8;2Χ∆?3Α7 >Α=7 Ε2;Ξ∆;?3;7 <Α 79:=;<Α<;4 β δ6 #Α2Α :∆>82=>;?39 <9 <=789739 ?9 :Α8∆3Τ 97 _2ΧΙ97 ; ;?3=<Α<;7 8ΝΛΦ=:Α7 <;≅;2Ι9 ∆3=Φ=ΟΑ2 39<97 97 >;=97 ; =?732∆>;?397 Φ;ΧΚ3=>97 <; Ξ∆; <=78∆7;2;>Τ 7;?<9 9Λ2=ΧΑ3_2=Α Α <=≅∆ΦΧΑΗΙ9 ;> 7Κ3=97 9Ε=:=Α=7 <Α 2;<; >∆?<=ΑΦ <; :9>8∆3Α<92;7 η=?3;2?;3α4 β 56 (7 7Κ3=97 <; Ξ∆; 32Α3Α 9 β δ9 <;≅;2Ι9Τ ?Α Ε92>Α <; 2;Χ∆ΦΑ>;?39Τ Α3;?<;2Τ ;?32; 9∆3297Τ Α97 7;Χ∆=?3;7 2;Ξ∆=7=397Π ∗ Β :9?3;2 Ε;22Α>;?3Α <; 8;7Ξ∆=7Α <; :9?3;Ν<9 Ξ∆; 8;2>=3Α 9 Α:;779 Γ =?Ε92>ΑΗΙ9 <; Ε92>Α 9ΛΖ;3=≅ΑΤ 32Α?78Α2;?3;Τ :ΦΑ2Α ; ;> Φ=?Χ∆ΑΧ;> <; ΕΜ:=Φ :9>82;;?7Ι9Ρ ∗∗ Β 8977=Λ=Φ=3Α2 Α Χ2Α≅ΑΗΙ9 <; 2;ΦΑ3_2=97 ;> <=≅;2797 Ε92>Α397 ;Φ;32∴?=:97Τ =?:Φ∆7=≅; ΑΛ;2397 ; ?Ι9 82982=;3Μ2=97Τ 3Α=7 :9>9 8ΦΑ?=ΦΨΑ7 ; 3;ϑ39Τ <; >9<9 Α ΕΑ:=Φ=3Α2 Α Α?ΜΦ=7; <Α7 =?Ε92>ΑΗΣ;7Ρ ∗∗∗ Β 8977=Λ=Φ=3Α2 9 Α:;779 Α∆39>Α3=ΟΑ<9 892 7=73;>Α7 ;ϑ3;2?97;> Ε92>Α397 ΑΛ;2397Τ ;732∆3∆2Α<97 ; Φ;ΧΚ≅;=7 892 >ΜΞ∆=?ΑΡ ∗Υ Β <=≅∆ΦΧΑ2 ;> <;3ΑΦΨ;7 97 Ε92>Α397 ∆3=Φ=ΟΑ<97 8Α2Α ;732∆3∆2ΑΗΙ9 <Α =?Ε92>ΑΗΙ9Ρ Υ Β ΧΑ2Α?3=2 Α Α∆3;?3=:=<Α<; ; Α =?3;Χ2=<Α<; <Α7 =?Ε92>ΑΗΣ;7 <=789?Κ≅;=7 8Α2Α Α:;779Ρ Υ∗ Β >Α?3;2 Α3∆ΑΦ=ΟΑ<Α7 Α7 =?Ε92>ΑΗΣ;7 <=789?Κ≅;=7 8Α2Α Α:;779Ρ Υ∗∗ Β =?<=:Α2 Φ9:ΑΦ ; =?732∆ΗΣ;7 Ξ∆; 8;2>=3Α> Α9 =?3;2;77Α<9 :9>∆?=:Α2Β7;Τ 892 ≅=Α ;Φ;32∴?=:Α 9∆ 3;Φ;Ε∴?=:ΑΤ :9> 9 _2ΧΙ9 9∆ ;?3=<Α<; <;3;?392Α <9 7Κ3=9Ρ ; Υ∗∗∗ Β Α<93Α2 Α7 >;<=<Α7 ?;:;77Μ2=Α7 8Α2Α ΧΑ2Α?3=2 Α Α:;77=Λ=Φ=<Α<; <; :9?3;Ν<9 8Α2Α 8;779Α7 :9> <;Ε=:=ς?:=ΑΤ ?97 3;2>97 <9 Α234 χ <Α ∋;= ?9 χγ4γλιΤ <; χλ <; <;Ο;>Λ29 <; δγγγΤ ; <9 Α234 λ9 <Α Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 81 !9?≅;?ΗΙ9 79Λ2; 97 +=2;=397 <Α7 #;779Α7 :9> +;Ε=:=ς?:=ΑΤ Α829≅Α<Α 8;Φ9 +;:2;39 ∋;Χ=7ΦΑ3=≅9 ?9 χι⊥Τ <; λ <; Ζ∆ΦΨ9 <; δγγι4 β Ω6 (7 µ∆?=:Κ8=97 :9> 898∆ΦΑΗΙ9 <; Α3] χγ4γγγ η<;Ο >=Φα ΨΑΛ=3Α?3;7 Ε=:Α> <=78;?7Α<97 <Α <=≅∆ΦΧΑΗΙ9 9Λ2=ΧΑ3_2=Α ?Α =?3;2?;3 Α Ξ∆; 7; 2;Ε;2; 9 β δ9Τ >Α?3=<Α Α 9Λ2=ΧΑ392=;<Α<; <; <=≅∆ΦΧΑΗΙ9Τ ;> 3;>89 2;ΑΦΤ <; =?Ε92>ΑΗΣ;7 2;ΦΑ3=≅Α7 Γ ;ϑ;:∆ΗΙ9 92ΗΑ>;?3Μ2=Α ; Ε=?Α?:;=2ΑΤ ?97 :2=3]2=97 ; 82ΑΟ97 82;≅=7397 ?9 Α234 5Βν <Α ∋;= !9>8Φ;>;?3Α2 ?9 χγχΤ <; Ω <; >Α=9 <; δγγγ η∋;= <; 1;789?7ΑΛ=Φ=<Α<; ο=7:ΑΦα4 O mais importante desse artigo está no caput. Vale a releitura: Art. 8° É dever dos órgãos e entidades públicas promover, independentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas. As informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas (em sua posse) devem ser promovidas, INDEPENDENTEMENTE DE REQUERIMENTOS, pelos órgãos e entidades públicas. Há informações produzidas pelos órgãos públicos que interessam a toda a população (ou deveria interessar). Por isso, nós não precisamos pedir que o Governo publique quanto gastou para construir uma ponte. Isso deve estar disponível, mesmo que ninguém peça essa informação. Ficou claro? Isso já caiu em prova. Avancemos! Adiante, os parágrafos listam os dados mínimos que devem constar na divulgação de informações. No § 2o é determinado que os órgãos e entidades públicas deverão utilizar todos os meios e instrumentos legítimos de que dispuserem, sendo obrigatória a divulgação em sítios oficiais da rede mundial de computadores (internet). Mas observe que há uma exceção à regra (sempre, né?) EXCEÇÃO: os municípios com menos de 10.000 habitantes ficam dispensados da divulgação obrigatória na internet. Mas, não são dispensados de divulgar, em tempo real, as informações relativas à Lei de Responsabilidade Fiscal (aquela das pedaladas). A LAI também se preocupou garantir a acessibilidade de conteúdo para pessoas com deficiência, em consonância com a Lei n° 10.098/2000 e da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, de 2008. Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 81 No âmbito do Poder Executivo Federal, o SIC é uma unidade física existente pelo menos na sede de todos os órgãos e entidades do poder público, em local identificado e de fácil acesso, aberto ao público e pronto para atender o cidadão. Compete a cada estado e município, em legislação própria, obedecidas as normas gerais estabelecidas na LAI, definir regras específicas quanto à criação e funcionamento do Serviço de Informação ao Cidadão (art. 45 da LAI). ∀#∃%&∋() ... +) ∃Μ)∀,+.0,1&) +, #∀,−−) Ω .1Λ)Μ0#ΝΠ) −Α;<7 . +7 ∃Α>4>7 >Α #?Α∆∆7 ∀234 χγ4 Ξ≅:ΦΡ≅Α8 45ΒΑ8Α∆∆:>7 Γ7>Α8Ψ :Γ8Α∆Α5Β:8 ΓΑ>4>7 >Α :?Α∆∆9 Α =?Ε92>ΑΗΣ;7 Α97 _2ΧΙ97 ; ;?3=<Α<;7 2;Ε;2=<97 ?9 Α234 χ9 <;73Α ∋;=Τ 892 Ξ∆ΑΦΞ∆;2 >;=9 Φ;ΧΚ3=>9Τ >ΑςΑ5>7 7 ΓΑ>4>7 ?75ΒΑ8 : 4>Α5Β464?:;<7 >7 8ΑΡ≅Α8Α5ΒΑ Α : Α∆ΓΑ?464?:;<7 >: 456789:;<7 8ΑΡ≅Α84>:Ζ [ ∴] #Α2Α 9 Α:;779 Α =?Ε92>ΑΗΣ;7 <; =?3;2;77; 8ΝΛΦ=:9Τ Α =<;?3=Ε=:ΑΗΙ9 <9 2;Ξ∆;2;?3; ?Ι9 89<; :9?3;2 ;ϑ=Χς?:=Α7 Ξ∆; =?≅=ΑΛ=Φ=Ο;> Α 79Φ=:=3ΑΗΙ94 β ⊥] )∆ Κ8Ε<7∆ Α Α5Β4>:>Α∆ >7 Γ7>Α8 ΓΥΗΦ4?7 >ΑςΑ9 ς4:Η4Φ4ϑ:8 :ΦΒΑ85:Β4ς: <; ;?:Α>=?ΨΑ>;?39 <; 8;<=<97 <; Α:;779 Γ78 9Α47 >Α ∆Α≅∆ ∆_Β47∆ 764?4:4∆ 5: 45ΒΑ85ΑΒΖ [ ] −<7 ςΑ>:>:∆ Ρ≅:4∆Ρ≅Α8 Αα4Εβ5?4:∆ 8ΑΦ:Β4ς:∆ :7∆ 97Β4ς7∆ >ΑΒΑ8945:5ΒΑ∆ >: ∆7Φ4?4Β:;<7 >Α 456789:;ΤΑ∆ >Α 45ΒΑ8Α∆∆Α ΓΥΗΦ4?7Ζ Veja que agora não estamos mais falando das informações que devem ser obrigatoriamente oferecidas pelo Poder Público, independentemente de requerimento (transparência ativa). Agora estamos falando de como deve ser um pedido de acesso à informação, em que o órgão ou entidade pública são passivos, ou seja, são provocados por alguém – pessoa natural(física) ou jurídica. E o que é a Transparência Passiva? Assim como estabelece mecanismos da chamada “Transparência Ativa”, a LAI e Decreto 7.724 (arts. 9 a 24) estabelecem procedimentos e ações a serem realizados pelos órgãos e entidades públicas de forma a garantir o atendimento. A “Transparência Passiva” ocorre quando algum órgão ou ente é demandado Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 81 pela sociedade a prestar informações que sejam de interesse geral ou coletivo, desde que não sejam resguardadas por sigilo. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter: i) a identificação do requerente; ii) e a especificação da informação requerida. Ou seja, você precisa se identificar e detalhar, especificar o que deseja. Mas em casos de informações de interesse público a identificação do requerente não pode ser “abusiva”, ou seja, ser usada de forma a pedir dados demais que dificultem o acesso às informações. Art. 13. Não serão atendidos pedidos de acesso à informação: I - genéricos; II - desproporcionais ou desarrazoados; ou III - que exijam trabalhos adicionais de análise, interpretação ou consolidação de dados e informações, ou serviço de produção ou tratamento de dados que não seja de competência do órgão ou entidade. Art. 14. São vedadas exigências relativas aos motivos do pedido de acesso à informação. Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo –PF – ESCRIVÃO – Prof. Ronaldo Fonseca Prof Ronaldo Fonseca – Aula 1 Prof. Ronaldo Fonseca www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 81 Da mesma forma que o a pessoa jurídica ou física (natural) não tem que dar satisfação do porquê ela estar pedindo o acesso à informação ela também tem obrigações, como não pedir nada genérico, desproporcional ou desarrazoados. Ou seja, não pode ser um pedido vago e nem algo em sentido. Quer um exemplo? Tive uma ideia maluca aqui. Vou pedir a seguinte informação: Quero saber quantos pregos foram usados para construir o prédio sede da Presidência da República. Isso é totalmente desproporcional e desarrazoado. O meu pedido, insano, não será atendido. ∀234 χχ4 ( _2ΧΙ9 9∆ ;?3=<Α<; 8ΝΛΦ=:Α <;≅;2Μ Α∆392=ΟΑ2 9∆ :9?:;<;2 9 Α:;779 =>;<=Α39 Γ =?Ε92>ΑΗΙ9 <=789?Κ≅;Φ4 β χ9 κΙ9 7;?<9 8977Κ≅;Φ :9?:;<;2 9 Α:;779 =>;<=Α39Τ ?Α Ε92>Α <=78973Α ?9 :Α8∆3Τ 9 _2ΧΙ9 9∆ ;?3=<Α<; Ξ∆; 2;:;Λ;2 9 8;<=<9 <;≅;2ΜΤ ;> 82ΑΟ9 ?Ι9 7∆8;2=92 Α δγ η≅=?3;α <=Α7Π ∗ Β :9>∆?=:Α2 Α <Α3ΑΤ Φ9:ΑΦ ; >9<9 8Α2Α
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