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162 APOSTILA 2012 Enfermagem UTI

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CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL 
 
Unidade de Aperfeiçoamento e Qualificação 
 
Av. Transversal Quadra 21 Conjunto “M” Lote 23 Térreo 
 Edifício CENED Paranoá - DF CEP: 71.572-113 
 
 
 
 
Formação continuada do profissional 
Aperfeiçoamento e atualização em diversas áreas 
Cursos de aperfeiçoamento para o público 
 
 
 
 
 
ENFERMAGEM NA UNIDADE DE 
TERAPIA INTENSIVA 
Carga horária: 180 horas 
 
 
 
 
 
 
 
Elaboração: Equipe Técnica do CENED 
Brasília, Distrito Federal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CENED – Centro de Educação Profissional DISTRITO FEDERAL 
Fones: (61) 3369-6366 / 3408-1576 / 9605-9723 www.ceneddf.com.br E-mail: secretaria@ceneddf.com.br 
Obra de propriedade exclusiva do CENED, com Direitos Autorais registrados no 
Cartório do 2º Ofício, Sobradinho/DF, Registro n° 89.681 
CENED – Centro de Educação Profissional 
 
 
 
 
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL 
 
Unidade de Aperfeiçoamento e Qualificação 
 
Av. Transversal Quadra 21 Conjunto “M” Lote 23 Térreo 
 Edifício CENED Paranoá - DF CEP: 71.572-113 
 
INFORMAÇÕES DO CURSO 
 
Curso: ENFERMAGEM NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
Quantitativo de seções: 4 
Carga horária: 180 Horas 
 
 TUTORIA DO CENED 
 
Para esclarecer dúvidas, trocar ideias, apresentar sugestões, o cursista do 
CENED poderá recorrer à tutoria, pelos seguintes meios: 
 
 Telefones: (61) 3369-6366 / 3408-1576 / 9605-9723 
 E-mail: tutoria@ceneddf.com.br 
 Fax: (61) 3369-5192 
 Pessoalmente: Avenida Transversal Qd. 21 Conj. “M” Lt 23 Térreo Edifício CENED
 Paranoá–DF CEP: 71.572-113 
 
www.ceneddf.com.br 
E-mail: tutoria@ceneddf.com.br 
E-mail: secretaria@ceneddf.com.br 
E-mail: informacoes@ceneddf.com.br 
 
O CENED TEM A SATISFAÇÃO DE ESTAR COM VOCÊ NESTE CURSO! 
 
 
 
 
 
 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 2 
CENED – Centro de Educação Profissional 
 
 
 
 
 
Objetivos 05 
Introdução 06 
 
SEÇÃO 1 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI 
Estrutura física da UTI 08 
Ambientes da UTI 08 
Equipamentos e materiais que são utilizados na UTI 12 
Controle de qualidade dos serviços prestados na UTI 37 
Verificação da Aprendizagem 1 39 
 
SEÇÃO 2 
CARACTERIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE TRATAMENTO INTENSIVO 
Tipos de serviços de tratamento intensivo 41 
Requisitos básicos dos serviços de tratamento intensivo 41 
Indicações para admissão e alta 42 
Modelo de diagnóstico 42 
Verificação da Aprendizagem 2 46 
 
SEÇÃO 3 
REQUISITOS OPERACIONAIS BÁSICOS PARA AS UNIDADES DE TRATAMENTO 
INTENSIVO - ADULTO, PEDIÁTRICA E NEONATAL 
Requisitos gerais 48 
Recursos humanos 48 
Recursos assistenciais 50 
Processos de trabalho na UTI 51 
Procedimentos realizados na UTI 52 
Gerenciamento de riscos e notificação de eventos adversos 53 
Verificação da Aprendizagem 3 54 
 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 3 
CENED – Centro de Educação Profissional 
 
SEÇÃO 4 
TÉCNICAS E TECNOLOGIAS PARA CUIDAR EM TERAPIA INTENSIVA 
Tecnologia e humanização 56 
Humanização em UTIs 56 
Aspiração endotraqueal 58 
Aspiração em sistema aberto e fechado 59 
Monitorização hemodinâmica não invasiva 62 
Monitorização hemodinâmica invasiva 67 
Cuidados de enfermagem na monitorização hemodinâmica invasiva 70 
Verificação da Aprendizagem 4 82 
 
Respostas das Verificações da Aprendizagem 84 
Referências Bibliográficas e Eletrônicas 85 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este material foi revisado tendo em vista o novo Acordo Ortográfico da Língua 
Portuguesa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DOCUMENTO DE PROPRIEDADE DO CENED 
 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 
 
 
Nos termos da legislação sobre direitos autorais, é proibida a reprodução total ou parcial deste documento, por 
qualquer forma ou meio – eletrônico ou mecânico, inclusive por processos xerográficos de fotocópia e de 
gravação – sem a permissão expressa e por escrito do CENED. 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 4 
CENED – Centro de Educação Profissional 
 
OBJETIVOS 
 
Este curso pretende levar o cursista a: 
• Conhecer e compreender a estrutura física de uma UTI; 
• Conhecer os profissionais que são responsáveis pela UTI e os cuidados de 
enfermagem no ambiente crítico; 
• Obter conhecimento para planejar, organizar e supervisionar as atividades na Unidade 
de Terapia Intensiva; 
• Saber gerenciar o processo de trabalho em Unidades de Terapia Intensiva; 
• Desenvolver análise crítica e construtiva sobre a assistência de enfermagem ao 
paciente numa Unidade de Terapia Intensiva; 
• Dominar a manipulação da tecnologia disponível nas UTIs; 
• Desenvolver a capacidade de monitoramento dos sinais vitais dos pacientes críticos 
que se encontram em UTIs. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 5 
CENED – Centro de Educação Profissional 
 
INTRODUÇÃO 
 
A Unidade de Terapia Intensiva é um setor de alta complexidade no ambiente 
hospitalar. A UTI geral é uma unidade intensiva para vários tipos de pacientes, com doenças 
graves, politraumatizados, em pós-operatórios de cirurgias complexas ou de procedimentos 
com potencial risco de morte nas próximas horas seguintes. 
A monitoração da qualidade dos serviços prestados torna-se cada dia mais 
fundamental para a segurança do paciente crítico. O objetivo principal de uma UTI é manter 
uma estrutura capaz de fornecer suporte para pacientes graves, com potencial risco de morte. 
 No Brasil, a implantação das Unidades de Terapia Intensiva (U.T.I.), teve início na 
década de 70. O surgimento da prática em UTI marcou um dos maiores progressos obtidos 
pelos hospitais do nosso século, visto que, antes dela, o cuidado ao doente grave realizava-
se nas próprias enfermarias, faltando, assim, área física adequada, recursos materiais e 
humanos para melhor qualidade desse cuidado ao paciente necessitado de atenção integral 
especializada. 
As UTIs são altamente especializadas, tanto em recursos materiais como em recursos 
humanos, e possuem como função principal a restauração da saúde e da vida a partir da 
combinação de cuidados intensivos de enfermagem com constante atuação de médicos 
intensivistas no atendimento ao paciente crítico. São unidades hospitalares - destinadas ao 
atendimento de pacientes graves ou de risco - que dispõem de assistência médica e de 
enfermagem ininterruptas, juntamente com equipe multiprofissional e interdisciplinar, 
(médicos, enfermeiros, farmacêuticos, terapeuta ocupacional, fisioterapeutas, nutricionistas, 
psicólogos e assistentes sociais), com equipamentos específicos próprios, recursos humanos 
especializados e com acesso a outras tecnologias destinadas a diagnóstico e a tratamento 
terapêutico. 
Além desse potencial, uma equipe de UTI deve responder a uma série de requisições, 
tais elas como: capacitação; competência; agilidade; raciocínio rápido; capacidade de 
adaptar-se de imediato a cada situação que se apresente à sua frente com habilidade e 
destreza; disponibilidade para ficar limitado ao ambiente hospitalar; disposição para cuidar de 
pacientes críticos; preparação para adaptar-se aos ruídos dos aparelhos; preparação para a 
luta diária entre a vida e a morte; conhecimento técnico-científico; educação contínua e 
permanente. 
Diante das características específicas da UTI, o trabalho em equipe torna-se 
categórico, pois esse profissional deve estar preparado para o enfrentamento de 
intercorrências emergentes. 
Segundo Galvão; Trevizan; Sawada, 1998, em relação às atividades desenvolvidas 
pelos enfermeiros de uma UTI, pode-se afirmar queapesar desses profissionais estarem 
envolvidos na prestação de cuidados diretos ao paciente, em muitos momentos existe uma 
sobrecarga das atividades administrativas em detrimento das atividades assistenciais e de 
ensino: "quando o enfermeiro assume sua função primordial de coordenador da assistência 
de enfermagem, implementando-a por meio de esquema de planejamento, está garantindo o 
desenvolvimento de suas atividades básicas (administrativas, assistenciais e de ensino) e 
promovendo, consequentemente, a melhor organização do trabalho da equipe, que passa a 
direcionar seus esforços em busca de um objetivo comum que é o de prestar assistência de 
qualidade, atendendo às reais necessidades apresentadas pelos pacientes sob seus 
cuidados” (CHAVES, 1993). 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 6 
CENED – Centro de Educação Profissional 
Essas unidades podem atender grupos etários específicos como: neonatal, crianças e 
adultos, de acordo com as rotinas hospitalares internas; especializada, voltada para pacientes 
atendidos por determinada especialidade. Todo hospital de nível terciário, com capacidade 
instalada igual ou superior a 100 leitos, deve dispor de leitos de tratamento intensivo, e todo 
hospital que atenda gestante de alto risco deve dispor de leitos de tratamento intensivo adulto 
e neonatal. 
É importante tanto para o paciente como para a família compreender a UTI como uma 
etapa fundamental para a superação da doença, porém tão importante também é aliviar e 
proporcionar conforto ao paciente, independentemente do prognóstico. A equipe está 
orientada no respeito à dignidade e autodeterminação de cada pessoa internada, 
estabelecendo e divulgando a humanização nos seus trabalhos, buscando amenizar os 
momentos vivenciados pelo paciente e família. 
As doenças são inúmeras, o que torna muito difícil a compreensão de todas elas. 
Porém, os mecanismos de morte são poucos e comuns a todas as doenças. É atuando 
diretamente nos ditos mecanismos de morte que o médico intensivista tira o paciente de um 
estado crítico de saúde com perigo iminente de morte, colocando-o em uma condição que 
possibilite a continuidade do tratamento da doença que o levou a tal estado (doença de base). 
Exemplos mais comuns de doenças que levam à internação em UTI são: infarto, problema 
respiratório, cerebral, hipotensão, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 7 
CENED – Centro de Educação Profissional 
 
SEÇÃO 1 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA – UTI 
 
Estrutura física da UTI 
Toda UTI deve ocupar área física própria, dentro do hospital, de acesso restrito, 
constituindo-se em uma unidade física exclusiva, e possuir acesso facilitado às Unidades de 
Tratamento Semi-Intensivo, de Urgência/Emergência, Centro Cirúrgico e, quando existentes 
no hospital, Ambulatório, Centro Obstétrico e demais unidades correlacionadas. 
As Unidades de Tratamento Intensivo devem obedecer aos requisitos quanto à 
estrutura física previstos no Regulamento Técnico, além de estar em conformidade com os 
critérios de circulação interna e externa, de instalações prediais ordinárias e especiais 
(hidrossanitárias; elétricas e eletrônicas; fluído-mecânicas; de oxigênio e ar comprimido), de 
condições ambientais de conforto, de condições de controle de infecções e de condições de 
segurança contra incêndio, determinados na Portaria GM/MS nº 1.884 de 11/11/1994 - 
Normas para Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde ou a que vier a 
substituí-la. 
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a UTI é uma 
Unidade Assistencial que abriga pacientes que requeiram assistência médica, de 
enfermagem, laboratorial e radiológica do Centro de Terapia Intensiva (CTI), como por 
exemplo: Unidade Coronariana, Unidade Pediátrica, Unidade Neurológica, entre outras. 
Ressalta-se que a CTI é considerada como o agrupamento de duas ou mais Unidades 
de Terapia Intensiva, incluindo, quando existentes, as unidades de tratamento intensivo, em 
uma mesma área física. 
 
Ambientes da UTI 
Toda Unidade de Tratamento Intensivo deve possuir, no mínimo, os seguintes 
ambientes para o desenvolvimento de suas atividades: 
• Área Coletiva de Tratamento e/ou Quartos de Pediatria ou Adulto, em UTIs Adulto e 
Pediátrica; 
• Área Coletiva de Tratamento de Neonatologia, em UTI Neonatal; 
• Quarto de Isolamento; 
• Posto/Área de Serviços de Enfermagem; 
• Área para Prescrição Médica; 
• Sala de Utilidades; 
• Sala Administrativa; 
• Copa; 
• Rouparia; 
• Sala de Preparo de Equipamentos/Material; 
• Depósito de Equipamentos/Material; 
• Sanitário com Vestiário para Funcionários; 
• Sanitário ou Banheiro para Pacientes, em UTIs Adulto ou Pediátrica; 
• Sala de Espera para Acompanhantes e Visitantes; 
• Sanitário para o Público; 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 8 
CENED – Centro de Educação Profissional 
• Depósito de Material de Limpeza; 
• Sala de Reuniões/Entrevista; 
• Quarto de Plantão, com Banheiro; 
• Área de Estar para a equipe de saúde; 
• Expurgo. 
 
 
 Figura 1.1- Leito UTI adulto 
 
De acordo com a imagem acima, observa-se que cada leito vem separado por um 
boxe, onde há um lavatório com torneira de abertura eletrônica. Vale ressaltar que a 
importância da higienização das mãos na prevenção da transmissão das infecções 
hospitalares é baseada na sua capacidade de abrigar microrganismos e de transferi-los de 
uma superfície para outra, por contato direto, pele com pele, ou indireto, por meio de objetos. 
Lavar as mãos, nesse prosaico ato, reside a mais importante profilaxia contra as infecções 
hospitalares, que, conjugada a outras estratégias, representa medidas imprescindíveis para o 
controle de infecção no ambiente hospitalar. 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 9 
CENED – Centro de Educação Profissional 
 
Figura 1.2 - Incubadora Neonatal com paciente em fototerapia (radiação ultravioleta para o tratamento inicial da 
icterícia) 
 
 
 Figura 1.3- Leito de UTI pediátrico 
 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 10 
CENED – Centro de Educação Profissional 
 
 Figura 1.4– Expurgo 
Um dos objetivos do expurgo é reduzir a carga microbiana dos artigos, tornando-os 
seguros para manuseio posterior e aptos para sofrerem desinfecção/esterilização. O expurgo 
deve ser projetado de forma a ficar separado das demais áreas do Centro de Material e 
Esterilização (CME), pela sua característica de utilidade, atividades de recepção, separação e 
limpeza de materiais considerados “sujos” e, portanto, obrigatoriamente, deve ser realizado 
em ambientes próprios e exclusivos a essa finalidade, assim como o uso de paramentação 
adequada. A barreira física serve, também, para impedir o fluxo de pessoas da área 
contaminada para a área limpa. 
Em se tratando de Posto de Enfermagem/Área de Serviços, deve atender aos 
seguintes requisitos: 
 
 Figura 1.5 - Posto de Enfermagem 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 11 
CENED – Centro de Educação Profissional 
• Possuir 1 Posto de Enfermagem/Área de Serviços para cada 10 leitos/berços ou 
incubadoras; 
• Estar instalado de forma a permitir completa observação dos leitos/berços ou 
incubadoras, seja observação visual ou por meio eletrônico, devendo, neste caso, 
dispor de uma central de monitores. 
 
As áreas coletivas de tratamento devem dispor de: 
• Painéis opacos, ou com possibilidade de opacidade, retráteis ou não, entre os leitos, 
seja em UTI Pediátrica ou de Adulto; 
• Lavatórios exclusivos para uso da equipe de assistência, obedecendo à proporção de 1 
lavatório para cada 5 leitos/berços ou incubadoras. Os lavatórios devem ser dotados de 
torneiras com dispositivosautomáticos que permitam a interrupção do fluxo de água sem o 
uso das mãos. Devem dispor, ainda, de sabão, antisséptico e papel toalha ou jato de ar 
quente para secagem das mãos. 
 
As paredes dos quartos individuais e de isolamento devem ser constituídas por painel 
de material transparente ou com possibilidade de transparência, abrangendo, no mínimo, uma 
área correspondente a 80 cm acima do piso até 210 cm de altura, para que a equipe possa 
permitir a observação contínua e a distância de pacientes e monitores. 
Quanto aos leitos dos pacientes, é necessário destacar um para casos em que seja 
necessário fazer isolamento de clientes contaminados ou puerperal de risco. 
Os boxes podem ser separados por paredes de vidro ou por cortinas que possam ser 
afastadas para que a equipe consiga ter uma visão geral do espaço onde se encontram os 
pacientes. 
Na UTI Pediátrica deve ser prevista poltrona para acompanhante junto aos leitos, sem 
que isso implique aumento de área prevista para cada leito. A sala administrativa deve estar 
situada dentro da área física da UTI. 
A sala de espera para acompanhantes e visitantes deve situar-se anexa à unidade, 
com acesso direto à Sala Administrativa. 
Deve ser previsto um quarto de isolamento, com sanitário ou banheiro, para cada 10 
leitos de UTI, ou fração. O quarto de isolamento deve ser provido de antecâmara e lavatório 
exclusivo para uso da equipe de assistência, além de bancada com pias de despejo. 
O Depósito de Material de Limpeza (DML) deve possuir um tanque de lavagem, e essa 
área deverá ter seu espaço reservado no planejamento arquitetônico das instituições de 
saúde. 
Todas as áreas onde estão localizados leitos de UTI devem dispor de iluminação 
natural e relógio posicionado de forma a que possa ser observado pelo paciente. 
 
Materiais e equipamentos que são utilizados na UTI 
A Unidade de Terapia Intensiva deve dispor de materiais e equipamentos de acordo 
com a complexidade do serviço prestado, necessários ao atendimento de sua demanda. Os 
materiais e equipamentos utilizados, nacionais ou importados, devem estar regularizados 
junto à ANVISA, de acordo com a legislação vigente. 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 12 
CENED – Centro de Educação Profissional 
Devem estar disponíveis, para uso exclusivo da UTI Adulto, materiais e equipamentos 
de acordo com a faixa etária e biótipo do paciente. 
 
 
 Figura 1.6 - Divisão de leitos por boxe de UTI 
 
Cada leito de UTI Adulto deve possuir, no mínimo, os seguintes equipamentos e 
materiais: 
• Cama hospitalar com ajuste de posição, grades laterais e rodízios, para fornecer aos 
pacientes a melhor proteção contra quedas, bem como prevenção contra úlcera de pressão, 
cuidados de enfermagem como mudança de decúbito dos pacientes acamados ou debilitados 
de 2/2hs, e sempre evitar deixar o paciente em atrito com a área lesada. Para as mudanças 
de decúbito devem ser considerados os déficits neurológicos, lesões musculoesqueléticas ou 
áreas particulares da pele com risco elevado de formação de úlceras. Lembrando sempre que 
o paciente nunca deve ficar posicionado diretamente sobre a úlcera, e se isso for impossível, 
ele deve estar sobre uma superfície redutora de pressão; 
• Monitor de beira de leito com visoscópio, um para cada leito, equipamento utilizado 
para o acompanhamento de funções vitais, que evoluiu bastante, integrando várias funções 
no mesmo equipamento; eletrocardiograma (batidas do coração), pressão arterial, oximetria 
periférica, entre outros; 
• Equipamento para ressuscitação manual do tipo balão autoinflável, com reservatório e 
máscara facial: 1(um) por leito, com reserva operacional de 1 (um) para cada 2 (dois) leitos; 
possibilita eficiente ventilação artificial com ar ou ar enriquecido de oxigênio; 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 13 
CENED – Centro de Educação Profissional 
• Estetoscópio - instrumento utilizado por profissionais da área de saúde para ausculta 
de qualquer som vascular, respiratório ou de outra natureza em qualquer região do corpo. É 
composto por três partes fundamentais. A peça auricular tem formato anatômico para 
adaptar-se ao canal auditivo. Os tubos são condutores do som; 
 
 
 
• Conjunto para nebulização – o nebulizador é um aparelho que serve para realizar a 
inalação de um determinado medicamento ou até mesmo somente para umidificar as vias 
aéreas com soro fisiológico, com o objetivo de melhorar a respiração ou tratar de doenças 
respiratórias; 
• 4 (quatro) equipamentos para infusão contínua e controlada de fluidos ("bomba de 
infusão"), com reserva operacional de 1 (um) equipamento para cada 3 (três) leitos: 
Equipamento utilizado para infundir medicamentos e soluções com precisão e segurança; 
• Fita métrica; 
• Equipamentos e materiais que permitam monitorização contínua de frequência 
respiratória. 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 14 
CENED – Centro de Educação Profissional 
 
 
Figura 1.7- Conjunto para nebulização 
 
Cada UTI adulto deve dispor, no mínimo, de: 
• Materiais para punção lombar- procedimento médico por meio do qual se colhe líquido 
encefalorraquidiano, contido na medula espinhal (dentro da coluna) e cérebro, para 
diagnóstico de alterações ou infecções neurológicas como a meningite. Também se realiza 
para introduzir medicamentos, na maioria, em tratamentos de quimioterapia, e produto de 
contraste em exames radiológicos. O doente é deitado e colocado de lado, com o pescoço 
dobrado para baixo e as pernas encolhidas (posição fetal). Em doentes obesos, o médico 
pode optar por colocar o doente em posição ereta. O médico palpa a coluna para encontrar a 
4ª e 5ª vértebra lombar L4-L5) e faz a desinfecção desse local e zona circundante. 
 
 
Figura 1.8 - Punção lombar 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 15 
CENED – Centro de Educação Profissional 
 
 
 
• Materiais para drenagem liquórica em sistema fechado. 
• Oftalmoscópio. 
• Otoscópio. 
• Negascópio - utilizado no diagnóstico por imagens para a visualização de radiografias; 
• Máscara (macro ou micro) facial que permite diferentes concentrações de Oxigênio: 1 
(uma) para cada 2 (dois) leitos; as máscaras faciais permitem correção eficiente nas trocas 
gasosas em pacientes mais dispneicos (falta de ar), ou seja, que respiram de boca aberta. 
• Materiais para aspiração traqueal em sistemas aberto e fechado; 
• Aspirador a vácuo portátil. 
• Equipamento para mensurar pressão de balonete de tubo/cânula endotraqueal 
("cuffômetro"). 
• Bandejas para procedimentos de: diálise peritoneal, método de substituição da 
atividade renal, permitindo a retirada de substâncias tóxicas ao organismo e remoção de 
líquido, não eliminados pela falta de diurese. Poderá ser feita a filtragem direta do sangue 
(hemodiálise), ou indiretamente, utilizando-se a membrana peritoneal (diálise peritoneal), 
drenagem torácica (esvaziamento de conteúdo líquido ou gasoso patologicamente retido na 
cavidade pleural); toracotomia (intervenção que consiste na abertura da parede torácica para 
observar os órgãos internos, obter amostras de tecido para a sua análise e para o tratamento 
das doenças dos pulmões, do coração ou das artérias principais); punção pericárdica, 
curativos, flebotomia (procedimento cirúrgico por meio do qual se insere um cateter em uma 
veia periférica, tanto para a administração de medicamentos em pacientes de difícil acesso 
venoso, como para a colocação de um cateter até o coração, com o objetivo de monitorar a 
pressão venosa central em pacientes que apresentam quadros graves); acesso venoso 
profundo; punção lombar; sondagem vesical e traqueostomia. 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 16 
CENED – Centro de Educação Profissional 
• Ventilômetro portátil - aparelho concebido com a finalidade de analisara expiração de 
indivíduos para que possa ser estabelecido, por meio dos valores por ele fornecidos, o limiar 
anaeróbio ventilatório, e mesmo outras variáveis, quando o equipamento é acoplado a outros 
aparelhos como volume de oxigênio, gás carbônico e coeficiente respiratório. 
• Capnógrafo: 1 (um) para cada 10 (dez) leitos - equipamento utilizado para captar a 
saída do gás carbônico (CO2) que ocorre a cada expiração do ar de nossos pulmões. O 
equipamento capta o CO2, pois é interposto entre o tubo ventilatório do paciente e o 
ventilador mecânico. Assim sendo, geralmente é utilizado em pacientes sob ventilação 
artificial. 
• Ventilador pulmonar mecânico microprocessado (também conhecido como Ventilador 
Mecânico, e muitas vezes chamado equivocadamente de respirador mecânico ou artificial, é o 
aparelho responsável por manter a ventilação pulmonar, propiciando ao organismo condições 
para que possa manter as trocas gasosas (= respiração esta feita pelo paciente e não pela 
máquina). A maioria desses aparelhos permitem otimizar, além da ventilação, a troca gasosa, 
por meio de estratégias ventilatórias adequadas para esse fim: 1 (um) para cada 2 (dois) 
leitos, com reserva operacional de 1 (um) equipamento para cada 5 (cinco) leitos, devendo 
dispor, cada equipamento, de no mínimo 2 (dois) circuitos completos. 
• Equipamento para ventilação pulmonar mecânica não invasiva (1 (um) para cada 10 
(dez) leitos, quando o ventilador pulmonar mecânico microprocessado não possuir recursos 
para realizar a modalidade de ventilação não invasiva. 
• Pontos de oxigênio e ar comprimido medicinal com válvulas reguladoras de pressão e 
pontos de vácuo para cada leito. 
• Cilindro de Oxigênio e ar comprimido, disponíveis no hospital. 
• Materiais de interface facial para ventilação pulmonar não invasiva: 1 (um) conjunto 
para cada 5 (cinco) leitos; materiais para drenagem torácica em sistema fechado (consiste em 
um método de assistência ventilatória aplicada à via aérea do paciente, com máscaras 
faciais/nasais que funcionam entre paciente/ventilador em substituição às próteses traqueais 
(tubo orotraqueal, nasotraqueal, ou cânula de traqueostomia), procedimento que tem como 
objetivo a manutenção da troca gasosa (hipoxemia, que é a deficiência anormal de 
concentração de oxigênio no sangue arterial e hipercapnia, que é excesso de dióxido de 
carbono no organismo, resultante do mesmo metabolismo);facilitar ventilação alveolar; 
diminuir o trabalho respiratório; diminuir a dispneia (falta de ar). 
• Materiais para “traqueostomia”; procedimento cirúrgico realizado com pequena incisão 
na traqueia para retirar cânula de intubação orotraqueal (tubo na boca) e colocar uma 
pequena cânula nessa incisão. Isto é realizado para proporcionar maior conforto nos 
pacientes que se encontram com desmame difícil da ventilação ou com quadro neurológico 
sem a percepção de desmame precoce da ventilação. Além do conforto, diminui a incidência 
de lesões na faringe e cordas vocais. (Desmame da ventilação é um procedimento de gradual 
retirada do suporte oferecido pelo respirador mecânico; o desmame tem início quando o 
paciente começa a respirar espontaneamente, ou seja, à medida que o quadro clínico se 
estabiliza e os fatores responsáveis pela insuficiência respiratória são controlados. Poderá 
durar algumas horas ou vários dias. 
• Foco cirúrgico portátil; 
• Materiais para acesso venoso profundo; 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 17 
CENED – Centro de Educação Profissional 
• Materiais para flebotomia; 
• Materiais para monitorização de pressão venosa central; 
• Materiais e equipamento para monitorização de pressão arterial invasiva: 1 (um) 
equipamento para cada 5 (cinco) leitos, com reserva operacional de 1 (um) equipamento para 
cada 10 (dez) leitos; 
• Materiais para punção pericárdica; 
• Monitor de débito cardíaco; 
• Eletrocardiógrafo portátil: 1 (um) equipamento para cada 10 (dez) leitos; 
• kit ("Carro ressuscitador") contendo medicamentos e materiais para atendimento às 
emergências: 1 (um) para cada 5 (cinco) leitos ou fração; 
• Equipamento desfibrilador e cardioversor, com bateria: 1 (um) para cada 5 (cinco) 
leitos; 
• Marcapasso cardíaco temporário, eletrodos e gerador: 1 (um) equipamento para cada 
10 (dez) leitos; 
• Equipamento para aferição de glicemia capilar, específico para uso hospitalar: 1 (um) 
para cada 5 (cinco) leitos; 
• Materiais para curativos; 
• Materiais para cateterismo vesical de demora em sistema fechado; 
• Dispositivo para elevar, transpor e pesar o paciente; 
• Poltrona com revestimento impermeável destinada à assistência aos pacientes: 1 
(uma) para cada 5 leitos ou fração. Visto que além de ser uma área de ambiente critico, há 
uma existência grande de risco aumentado para desenvolvimento de infecções relacionadas 
à assistência à saúde, seja pela execução de processos envolvendo artigos críticos, seja de 
material biológico com susceptibilidade aumentada aos agentes infecciosos, então, é de 
fundamental importância a equipe de enfermagem realizar uma higienização e desinfecção no 
equipamento de forma a não ter a formação de bactérias. Esse tipo permeável é indicado por 
não apresentar condições de formação e desenvolvimento de fungos e bactérias. É de 
responsabilidade do profissional da área da saúde deixá-la sempre limpa e seca. 
• Maca para transporte, com grades laterais suporte para soluções parenterais e suporte 
para cilindro de oxigênio: 1 (uma) para cada 10 (dez) leitos ou fração; 
• Equipamento(s) para monitorização contínua de múltiplos parâmetros (oximetria de 
pulso, pressão arterial não invasiva; cardioscopia; frequência respiratória) específicos para 
transporte, com bateria: 1 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração; 
• Ventilador mecânico específico para transporte, com bateria: 1(um) para cada 10 (dez) 
leitos ou fração; 
• Kit ("maleta") para acompanhar o transporte de pacientes graves, contendo 
medicamentos e materiais para atendimento às emergências: 1 (um) para cada 10 (dez) leitos 
ou fração; 
• Cilindro transportável de oxigênio; 
• Relógios e calendários posicionados de forma a permitir visualização em todos os 
leitos; 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 18 
CENED – Centro de Educação Profissional 
• Refrigerador, com temperatura interna de 2 a 8°C, de uso exclusivo para guarda de 
medicamentos, com monitorização e registro de temperatura. 
 
 
 
Figura 1.9 - Aspirador a vácuo portátil Figura 1.10 – Negatoscópio 
 
 
 
 
Figura 1.11 – Monitor Multiparâmetro 
 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 19 
CENED – Centro de Educação Profissional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 1.13 – Cilindro transportável de oxigênio Figura 1.12 – Ventilador Pulmonar 
 
Os kits para atendimento às emergências devem conter, no mínimo: ressuscitador 
manual com reservatório, cabos e lâminas de laringoscópio, tubos/cânulas endotraqueais, 
fixadores de tubo endotraqueal, cânulas de Guedel e fio guia estéril. Esses materiais e 
equipamentos são de emergência, caso paciente tenha uma parada respiratória, a Cânula 
introduzida através da boca ou narina até a traqueia, vai permitir a passagem do ar até os 
pulmões. 
Demais materiais e medicamentos a compor esses kits devem seguir protocolos 
assistenciais para esse fim, padronizados pela unidade e baseados em evidências científicas. 
A quantidade dos materiais e medicamentos desses kits deve ser padronizada pela unidade, 
de acordo com sua demanda. Os materiais utilizados devem estar de acordo com a faixa 
etária e biótipo do paciente (lâminas de laringoscópio, tubos endotraqueais de tamanhos 
adequados), para que se preste uma assistência qualificada. 
A unidade deve fazer uma lista(check list) com todos os materiais e medicamentos a 
compor esses kits e garantir que estejam sempre prontos para uso. 
Na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica devem estar disponíveis, para uso 
exclusivo, materiais e equipamentos de acordo com a faixa etária e biótipo do paciente. 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 20 
CENED – Centro de Educação Profissional 
Cada leito de UTI Pediátrica deve ter, no mínimo, os seguintes equipamentos e 
materiais: 
• Berço hospitalar com ajuste de posição, grades laterais e rodízios; 
• Equipamento para ressuscitação manual do tipo balão autoinflável, com reservatório e 
máscara facial1(um) por leito, com reserva operacional de 1 (um) para cada 2 (dois) leitos; 
lembrando que sempre tem que ser testados a cada plantão pela equipe de enfermagem. 
• Estetoscópio; 
• Conjunto para nebulização; 
• Quatro (4) equipamentos para infusão contínua e controlada de fluidos ("bomba de 
infusão"), com reserva operacional de 1 (um) para cada 3 (três) leitos; 
• Fita métrica; 
• Poltrona removível, com revestimento impermeável, destinada ao acompanhante: 1 
(uma) por leito; 
• Equipamentos e materiais que permitam monitorização contínua de: frequência 
respiratória e oximetria de pulso. A medida da concentração de oxigênio no sangue, 
habitualmente, na UTI é realizada de forma contínua, sem invadir o organismo, com a 
colocação de um eletrodo na ponta dos dedos (oximetria periférica); frequência cardíaca; 
cardioscopia (exame direto dos movimentos do coração); temperatura; pressão arterial não 
invasiva, lembrando que esse equipamento sempre tem que ser testado, a cada plantão, pela 
equipe de enfermagem. 
 
Cada UTI pediátrica deve dispor, no mínimo, de: 
• Berço aquecido de terapia intensiva: 1(um) para cada 5 (cinco) leitos; 
• Estadiômetro; 
• Balança eletrônica portátil; 
• Oftalmoscópio; 
• Otoscópio; 
• Materiais para punção lombar; 
• Materiais para drenagem liquórica em sistema fechado; 
• Negatoscópio; 
• Capacetes ou tendas para oxigenoterapia; 
• Máscara facial que permite diferentes concentrações de oxigênio: 1 (um) para cada 2 
(dois) leitos; 
• Materiais para aspiração traqueal em sistemas aberto e fechado; 
• Aspirador a vácuo portátil; 
• Equipamento para mensurar pressão de balonete de tubo/cânula endotraqueal 
("cuffômetro"); 
• Capnógrafo: 1 (um) para cada 10 (dez) leitos; 
• Ventilador pulmonar mecânico microprocessado: 1 (um) para cada 2 (dois) leitos, com 
reserva operacional de 1 (um) equipamento para cada 5 (cinco) leitos, devendo dispor, 
cada equipamento, de no mínimo 2 (dois) circuitos completos. 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 21 
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• Equipamento para ventilação pulmonar não invasiva: 1(um) para cada 10 (dez) leitos, 
quando o ventilador pulmonar microprocessado não possuir recursos para realizar a 
modalidade de ventilação não invasiva; 
• Materiais de interface facial para ventilação pulmonar não invasiva: 1 (um) conjunto 
para cada 5 (cinco) leitos; 
• Materiais para drenagem torácica em sistema fechado; 
• Materiais para traqueostomia; 
• Foco cirúrgico portátil; 
• Materiais para acesso venoso profundo, incluindo cateterização venosa central de 
inserção periférica (PICC); 
• Material para flebotomia; 
• Materiais para monitorização de pressão venosa central; materiais e equipamento para 
monitorização de pressão arterial invasiva: 1 (um) equipamento para cada 5 (cinco) leitos, 
com reserva operacional de 1 (um) equipamento para cada 10 (dez) leitos; 
• Materiais para punção pericárdica; 
• Eletrocardiógrafo portátil; 
• kit ("carrinho") contendo medicamentos e materiais para atendimento às emergências: 
1 (um) para cada 5 (cinco) leitos ou fração; 
• Equipamento desfibrilador e cardioversor, com bateria, na unidade; 
• Marca-passo cardíaco temporário, eletrodos e gerador: 1 (um) equipamento para a 
unidade; equipamento responsável pela geração de estímulo elétrico artificial para o coração; 
• Equipamento para aferição de glicemia capilar, específico para uso hospitalar: 1 (um) 
para cada 5 (cinco) leitos ou fração; 
• Materiais para curativos; 
• Materiais para cateterismo vesical de demora em sistema fechado; 
• Maca para transporte, com grades laterais, com suporte para equipamento de infusão 
controlada de fluidos e suporte para cilindro de oxigênio: 1 (uma) para cada 10 (dez) leitos ou 
fração; 
• Equipamento(s) para monitorização contínua de múltiplos parâmetros (oximetria de 
pulso, pressão arterial não invasiva; cardioscopia; frequência respiratória) específico para 
transporte, com bateria: 1 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração; 
• Ventilador pulmonar específico para transporte, com bateria: 1 (um) para cada 10 (dez) 
leitos ou fração; 
• Kit ("maleta") para acompanhar o transporte de pacientes graves, contendo 
medicamentos e materiais para atendimento às emergências: 1 (um) para cada 10 (dez) leitos 
ou fração; 
• Cilindro transportável de oxigênio; 
• Refrigerador, com temperatura interna de 2 a 8°C, de uso exclusivo para guarda de 
medicamentos, com monitorização e registro de temperatura; 
• Os kits para atendimento às emergências devem conter, no mínimo: ressuscitador 
manual com reservatório, cabos e lâminas de laringoscópio, tubos/cânulas endotraqueais, 
fixadores de tubo endotraqueal, cânulas de Guedel e fio guia estéril; 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 22 
CENED – Centro de Educação Profissional 
• Demais materiais e medicamentos a compor esses kits devem seguir protocolos 
assistenciais para esse fim, padronizados pela unidade e baseados em evidências científicas. 
A quantidade dos materiais e medicamentos desses kits deve ser padronizada pela unidade, 
de acordo com sua demanda; 
• Os materiais utilizados devem estar de acordo com a faixa etária e biótipo do paciente 
(lâminas de laringoscópio, tubos endotraqueais de tamanhos adequados). 
 
 
 
 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 23 
CENED – Centro de Educação Profissional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 1.14 – Kit para intubação orotraqueal Figura 1.15 – Cânula para traqueostomia 
 
 
 
 Figura 1.16 – Processo da Intubação orotraqueal e traqueostomia 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 24 
CENED – Centro de Educação Profissional 
 
 
 
 Figura 1.17 – Marca-passo temporário 
 
Na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, devem estar disponíveis, para uso 
exclusivo, materiais e equipamentos de acordo com a faixa etária e biótipo do paciente. 
Dentro da unidade de cuidados intensivos neonatais são internados, principalmente, os 
recém-nascidos prematuros, que correm risco de vida e necessitam de cuidados 24h por dia, 
bem como aqueles que sofreram algum problema no nascimento. 
A assistência ao prematuro em UTIs neonatais tem passado por importantes 
transformações. Nesse contexto algumas intervenções têm sido recomendadas e 
implementadas nas unidades neonatais para instrumentalizar o trabalho da equipe de saúde, 
tais como: a liberação de visitas de outros membros da família, a permanência dos pais junto 
ao filho internado, a implementação de grupos de apoio aos familiares, o incentivo à 
participação da mãe no cuidado ao bebê e na tomada de decisão do tratamento, dentre 
outras. 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 25 
CENED – Centro de Educação Profissional 
No entanto, apesar dos avanços da literatura e advento da legislação dos direitos da 
criança, a situação do prematuro em nossa realidade não mudou muito. Hoje, na maioria dos 
hospitais, a visita dos pais/família aos recém-nascidos (RNs) internados ainda é restrita e 
controlada por normas rígidas e a inserção da mãe no cuidadoao prematuro ainda é limitada. 
No cotidiano das UTINs é comum não se permitir a presença da mãe, justificada pela 
execução de procedimentos invasivos, horário da visita médica, espaço físico pequeno e 
escassez de recursos humanos. Quanto aos outros membros da família, a situação é ainda 
mais difícil; poucos são os serviços que permitem a entrada de familiares que não os pais, 
além de não permitir que eles participem dos cuidados. 
 
Cada leito de UTI neonatal deve possuir, no mínimo, os seguintes equipamentos 
e materiais: 
• Incubadora com parede dupla (a incubadora é um dispositivo especialmente concebido 
para proporcionar ao recém-nascido as condições ambientais ideais quando tiver dificuldades 
para se adaptar ao meio externo, sobretudo em relação à temperatura, desempenhando um 
papel semelhante a um berço de temperatura controlada. É uma espécie de berço revestido 
por um habitáculo de plástico transparente, com uma abertura nas laterais para a enfermeira 
poder aceder ao bebé e fornecer-lhe todo tipo de cuidado sem que seja necessário retirá-lo 
do seu interior, já que a incubadora se encontra constituída por instrumentos que permitem 
controlar com precisão a temperatura, a humidade e a concentração de oxigénio no seu 
interior. A duração da permanência do recém-nascido na incubadora depende do peso e das 
condições do bebê. Embora a maioria dos prematuros costume permanecer várias semanas 
na incubadora, até que o seu peso atinja, no mínimo, 2 kg, existem alguns recém-nascidos 
que apenas são mantidos na incubadora durante alguns dias em observação. Vale ressaltar 
que em recém nascidos com peso inferior a 1.500g a higiene corporal deve ser realizada 
dentro das incubadoras para evitar a perda de calor pelo mecanismo de evaporação. 
• Equipamento para ressuscitação manual do tipo balão autoinflável com reservatório e 
máscara facial: 1(um) por leito, com reserva operacional de 1 (um) para cada 2 (dois) 
leitos; 
• Estetoscópio; 
• Conjunto para nebulização; 
• Dois (2) equipamentos tipo seringa para infusão contínua e controlada de fluidos 
("bomba de infusão"), com reserva operacional de 1 (um) para cada 3 (três) leitos; 
• Fita métrica; 
• Equipamentos e materiais que permitam monitorização contínua de: frequência 
respiratória; oximetria de pulso; frequência cardíaca; cardioscopia; temperatura; 
pressão arterial não invasiva, lembrando que sempre têm que ser testados a cada 
plantão pela equipe de enfermagem. 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 26 
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Cada UTI neonatal deve dispor, no mínimo, de: 
• Berços aquecidos de terapia intensiva para 10% dos leitos; 
• Equipamento para fototerapia: 1 (um) para cada 3 (três) leitos; A fototerapia é o 
tratamento indicado nos casos de icterícia neonatal (caracterizada pela coloração amarelada 
da pele, das mucosas e das escleróticas). Este distúrbio decorre da elevação das 
concentrações de bilirrubina no sangue e pode ter muitas causas. O acúmulo de bilirrubina no 
cérebro pode causar uma doença chamada Kernicterus, a qual traz grandes problemas ao 
desenvolvimento da criança. Na maioria dos casos, sua origem é fisiológica, cedendo nos 
primeiros dias após o nascimento. O recém-nascido (RN) é submetido à terapêutica da 
fototerapia, popularmente conhecida como banho de luz. Esse tratamento reduz a bilirrubina 
a uma forma que pode ser excretada na urina e nas fezes, e consiste na exposição do RN 
despido a uma fonte de luz fluorescente ou halógena. O recém-nascido (RN) submetido ao 
tratamento em fototerapia exige cuidado especial e depende de uma equipe multidisciplinar, 
em especial da enfermagem, que o acompanha 24 horas, exigindo assim profissionais, 
preparados para diagnosticar e intervir com rapidez e eficiência nas intercorrências, 
prestando uma assistência de enfermagem baseada em conhecimento científico e 
sistematizado em fototerapia. Dentre os cuidados de enfermagem prestados ao recém-
nascido em fototerapia inclui-se a promoção da motilidade gastrointestinal através da 
alimentação e estímulo às evacuações, que tem por objetivo promover a eliminação da 
bilirrubina. 
 
Cuidados de enfermagem 
 Controle do tempo de permanência da lâmpada fluorescente ligada, com anotação de 
data e número de horas/dias. 
 Manter as lâmpadas a 50 centímetros do RN, pois nesta distância o RN receberá as 
radiações sem sofrer queimaduras. 
 O RN poderá em berço ou isolete. 
 O RN deverá estar despido, sendo fundamental o uso de fraldas para proteção, do 
períneo e das gônadas, da ação do calor. 
 Proteção ocular para impedir o ressecamento da córnea, evitando assim lesões graves 
por ação da luz. 
 Controle rigoroso da temperatura corporal, pois pode ocorrer um hiperaquecimento 
pela ação do calor da lâmpada. 
 Controle do estado de hidratação do RN, pois pode ocorrer desidratação devido à 
sudorese pela ação do calor. 
 Mudança frequente de decúbito para que a despigmentação seja uniforme. 
 Limpeza frequente do berço e limpeza do RN. 
 Retirada do RN da fototerapia para amamentação, mesmo que a prescrição seja 
contínua. 
 A fototerapia pode ser intermitente ou continua de acordo com a prescrição médica. 
 Retirada do RN da fototerapia, 15 minutos antes do banho, para que seu corpo não 
sinta a diferença de temperatura. 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 27 
CENED – Centro de Educação Profissional 
 
 
 Figura 1.18- Fototerapia em recém-nascido 
 
• Stadiômetro - equipamento para medir a estatura/altura de pessoas de pé ou deitadas; 
• Balança eletrônica portátil: 1 (uma) para cada 10 (dez) leitos; 
• Oftalmoscópio - é um exame que visa observar a região posterior do globo ocular, que 
compreende: a retina, o disco óptico, a coroide e os vasos sanguíneos ali presentes; 
• Otoscópio - instrumento que serve para examinar a membrana do tímpano ou para 
auscultar o ouvido; 
• Material para punção lombar; 
• Material para drenagem liquórica em sistema fechado; 
• Negatoscópio; 
• Capacetes e tendas para oxigenoterapia: 1 (um) equipamento para cada 3 (três) leitos, 
com reserva operacional de 1 (um) para cada 5 (cinco) leitos; 
• Materiais para aspiração traqueal em sistemas aberto e fechado; 
• Aspirador a vácuo portátil; 
• Capnógrafo: 1 (um) para cada 10 (dez) leitos; 
• Ventilador pulmonar mecânico microprocessado: 1 (um) para cada 2 (dois) leitos, com 
reserva operacional de 1 (um) equipamento para cada 5 (cinco) leitos, devendo dispor cada 
equipamento de, no mínimo, 2 (dois) circuitos completos. Ventiladores mecânicos: pacientes 
são colocados sob ventilação mecânica por diversos motivos. Se houver dificuldade de 
proteger a via aérea por encefalopatia ou isquemia cerebral maciça, devem ser intubados por 
via oral ou nasal até a traqueia para reduzir a possibilidade de aspiração. Se houver 
hipoxemia refratária ao uso de ventilação via máscara, o ventilador mecânico fornecerá 
concentrações maiores de O2 até os alvéolos e também a pressão fornecida causará 
abertura dos alvéolos colapsados. Se houver insuficiência respiratória com volumes correntes 
inadequados, o ventilador fornecerá volume previamente programado à frequência definida. 
Os pacientes permanecem sob ventilação mecânica até a resolução da doença de base. 
Quando isso ocorre, o médico e os fisioterapeutas diminuem o papel do ventilador 
(“desmame”), até a remoção do tubo endotraqueal, chamada extubação; 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 28 
CENED – Centro de Educação Profissional 
• Equipamento para ventilação pulmonar não invasiva: 1 (um) para cada 5 (cinco) leitos, 
quando o ventilador pulmonar microprocessado não possuir recursos para realizar a 
modalidade de ventilação não invasiva; 
• Materiais de interface facial para ventilação pulmonar não invasiva (máscara ou 
pronga): 1 (um) por leito;• Materiais para drenagem torácica em sistema fechado; 
• Material para traqueostomia; 
• Foco cirúrgico portátil; 
• Materiais para acesso venoso profundo, incluindo cateterização venosa central de 
inserção periférica (PICC); 
• Material para flebotomia; 
• Materiais para monitorização de pressão venosa central; 
• Materiais e equipamento para monitorização de pressão arterial invasiva; 
• Materiais para cateterismo umbilical e exsanguíneo, transfusão; 
• Materiais para punção pericárdica; 
• Eletrocardiógrafo portátil disponível no hospital; 
• Kit ("carrinho") contendo medicamentos e materiais para atendimento às emergências: 
1 (um) para cada 5 (cinco) leitos ou fração; 
• Equipamento desfibrilador e cardioversor, com bateria, na unidade; 
• Equipamento para aferição de glicemia capilar, específico para uso hospitalar: 1 (um) 
para cada 5 (cinco) leitos ou fração, sendo que as tiras de teste devem ser específicas para 
neonatos; (coleta de sangue de capilares sanguíneos, geralmente do dedo, por meio da 
perfuração cutânea por uma lanceta e a dosagem de glicose é verificada em aparelhos 
próprios para esse fim. Valores da glicose (Normal: glicemia de jejum entre 70 mg/dl e 
99mg/dl e inferior a 140mg/dl 2 horas após sobrecarga de glicose. Intolerância à glicose: 
glicemia de jejum entre 100 a 125mg/dl. Diabetes: 2 amostras colhidas em dias diferentes 
com resultado igual ou acima de 126mg/dl. ou quando a glicemia aleatória (feita a qualquer 
hora) estiver igual ou acima de 200mg/dl na presença de sintomas); 
• Cuidados de enfermagem que devem ser realizados: Lavar as mãos; reunir o material 
(Cuba rim, com: Luva de Procedimentos; Lanceta específica ou Agulha 13X 4,5, em caso de 
absoluta inexistência da lanceta; dispositivo de leitura glicêmica; Caixa de fita reagente para 
glicose; Bolas de algodão embebido em álcool a 70%); orientar o cliente e/ou o 
acompanhante sobre o que será feito; calçar as luvas de procedimento; colocar a fita teste no 
aparelho próprio para aferição de glicemia capilar; abrir o invólucro da lanceta ou da agulha; 
escolher um dos quirodáctilos que esteja com uma boa perfusão periférica; segurar o 
quirodáctilo com a mão não dominante, fazendo uma leve pressão para “acúmulo sanguíneo” 
no local; fazer a antissepsia com o algodão embebido no álcool a 70%; com a mão 
dominante, dar uma picada superficial com a lanceta ou agulha 13 x 4,5 na ponta do 
quirodáctilo do cliente; ao sair sangue do quirodáctilo, colocar uma gota do mesmo na fita 
teste; no local perfurado pressionar com o algodão seco; aguardar a leitura realizada pelo 
aparelho; recolher o material; desprezar o material utilizado na caixa Descarpack; retirar as 
luvas de procedimento e desprezá-las; lavar as mãos; comunicar o resultado ao enfermeiro 
da unidade ou ao médico se necessário (hipoglicemia “significa baixo nível de glicose no 
sangue, vai para abaixo de 60 mg/dl, ou hiperglicemia, caracterizada pela quantidade 
excessiva de glicose no sangue, é causada por pouca insulina, resistência à insulina ou 
ingestão alimentar aumentada”); anotar o procedimento em impresso próprio, no prontuário 
do cliente; 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 29 
CENED – Centro de Educação Profissional 
• Materiais para curativos; 
• Materiais para cateterismo vesical de demora em sistema fechado; 
• Incubadora para transporte, com suporte para equipamento de infusão controlada de 
fluidos e suporte para cilindro de oxigênio: 1 (uma) para cada 10 (dez) leitos ou fração; 
• Equipamento(s) para monitorização contínua de múltiplos parâmetros (oximetria de 
pulso, cardioscopia) específica para transporte, com bateria: 1 (um) para cada 10 (dez) 
leitos ou fração; 
• Ventilador pulmonar específico para transporte, com bateria: 1 (um) para cada 10 (dez) 
leitos ou fração; 
• Kit ("maleta") para acompanhar o transporte de pacientes graves, contendo 
medicamentos e materiais para atendimento às emergências: 1 (um) para cada 10 (dez) leitos 
ou fração. A equipe de enfermagem tem que realizar check list na maleta verificando 
quantidade de matérias e medicamentos, bem como sua data de vencimento; 
• Cilindro transportável de oxigênio; evitar pancadas nos cilindros, notar requisitos de 
recarga (para o principal e para os tanques portáteis); sempre desligar a válvula quando não 
estiver em uso. Sempre verificar suas configurações e certificar se o oxigênio está fluindo 
corretamente; 
• Poltronas removíveis, com revestimento impermeável, para acompanhante: 1 (uma) 
para cada 5 leitos ou fração; 
• Refrigerador, com temperatura interna de 2 a 8°C, de uso exclusivo para guarda de 
medicamentos: 1 (um) por unidade, com conferência e registro de temperatura a 
intervalos máximos de 24 horas. 
 
 
 Figura 1.19 – Incubadora para transporte 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 30 
CENED – Centro de Educação Profissional 
 
 Figura 1.20 – Carrinho de parada cardiorrespiratória com desfibrilador 
 
 
 
 
 Figura 1.21 – Ressuscitador pulmonar (Ambu) Adulto, Infantil e Neonatal 
 
 
 
 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 31 
CENED – Centro de Educação Profissional 
 
 
Figura 1.22 – Aparelho de capnografia e oximetria 
 
Outros equipamentos ou materiais podem substituir os listados neste regulamento 
técnico, desde que tenham sua eficácia propedêutica e terapêutica comprovada e sejam 
regularizados pela ANVISA. 
Os kits para atendimento às emergências devem conter, no mínimo: ressuscitador 
manual com reservatório, cabos e lâminas de laringoscópio, tubos/cânulas endotraqueais, 
fixadores de tubo endotraqueal, Cânulas de Guedel e fio guia estéril. 
O ressuscitador manual é indicado para ser utilizado como auxiliar à respiração 
artificial e reanimação cardiopulmonar. O Reanimador pode ser usado em um paciente que 
esteja em apneia ou para aumentar a ventilação e/ou fornecer oxigênio a um paciente que 
esteja respirando espontaneamente. Toda manipulação do aparelho pressupõe 
conhecimentos médicos para aplicação e assistência de Processos Inalatórios. 
Cânula de Guedel (Cânula Orofaríngea – COF) 
A queda de língua representa grande parte dos óbitos em ambiente pré-hospitalar, 
principalmente em vítimas de trauma. O princípio deste recurso é manter mecanicamente 
abertas as vias aéreas de um paciente que se encontra sem o reflexo do vômito. Vários 
tamanhos são encontrados e cabe ao profissional escolher o tamanho adequado a cada 
paciente. 
 A Cânula de Guedel visa manter a língua posicionada anteriormente e deixando-a fora 
da parede posterior da faringe. Alguns aspectos devem ser observados no uso desse 
dispositivo. Indicações para pacientes incapazes de manter vias aéreas pérvias. Prevenção 
de mordedura do tubo TOT em pacientes intubados. 
A COF causa reflexo de vômitos, seu uso é contraindicado em pacientes reativos à sua 
inserção ou conscientes. 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 32 
CENED – Centro de Educação Profissional 
 
 
Figura 1.22 - Cânula de Guedel - todas as numerações Figura 1.23 Introdução da Cânula de Guedel 
 
 
Fio guia 
O uso do guia introdutor é particularmente útil, ao superar três situações comumente 
encontradas durante intubações traqueais difíceis: 
• Visualização incompleta da glote (a ponta mais fina e angulada para cima do introdutor 
é mais fácil de ser direcionada para a laringe, mesmo às cegas); 
• Maior tamanho relativo do Tubo Traqueal (TT) pode dificultar a visão da fenda glótica 
(o guia introdutor, por ser bem mais estreito que este TT, tem sua passagem em 
direção à glote melhor visualizada); 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 33 
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• Dentes protrusos, forçando o TT a seguir um caminho mais tortuoso da boca até a 
abertura glótica (um guia introdutor, por ser maisfino, vence esse trajeto com maior 
facilidade). Estes artefatos, apesar de sua simplicidade, estão entre os instrumentos mais 
importantes no auxílio da intubação traqueal, principalmente em casos de laringoscopia. 
 
 
Figura 1.24 - Materiais utilizados para Intubação Traqueal 
 
 
 Figura 1.1 Figura 1.2 
Conforme demonstra na figura 1.1 ao introduzir o Tubo Traqueal (TT) pela extremidade 
proximal do guia, deslizando-o até que a extremidade proximal do guia introdutor seja 
novamente exposta. A figura 1.2 demonstra que a introdução do guia tem que ser mantida 
firme na posição, e cuidadosamente deslizar do TT para a laringe. 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 34 
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Quando o TT estiver corretamente posicionado, retirar o guia, insuflar o balonete e 
confirmar a intubação. Uma das complicações que podem ocorrer com a introdução do fio 
guia é após uma reintubação difícil com várias tentativas em pós-operatório imediato de 
glossectomia (com hematoma e sangramento), ocorrer perfuração na parede lateral da 
faringe; outra sequela atípica relatada foi a ocorrência de sangramento por trauma à traqueia, 
com atelectasia do pulmão direito pela presença de coágulos no brônquio direito. 
 
 
Figura 1.25 - Tubo traqueal juntamente com o fio guia inserido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 1.26 - Preparativo com o laringoscópio para intubação Figura1. 27- Lâmina e cabo de laringoscópio 
 
 
O material de intubação deve conter cânulas de todos os tamanhos. O laringoscópio é 
usado para visualizar a traqueia aonde vai a cânula, e a ponta da lâmina deve ser inserida na 
valécula (espaço acima da epiglote). Tracionar o laringoscópio para cima e para trás 
realizando, assim, a elevação da epiglote para que as cordas vocais sejam visualizadas; não 
fazer movimentos de báscula com o laringoscópio, para evitar traumas dentários. 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 35 
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 Figura1. 28 - Valécula 
O processo de intubação é a introdução de um tubo na luz da traqueia para assegurar 
a passagem de ar para as vias aéreas. Ela pode ser realizada através das narinas (via naso 
traqueal), boca (via orotraqueal) ou abertura da parede da traqueia (transtraqueal). 
 
Introdução do tubo orotraqueal 
Identificada a fenda glótica, o tubo é introduzido pelo canto direito da boca até que o 
balonete ultrapasse a glote. A seguir, o laringoscópio é retirado e o balonete deve ser 
insuflado. 
O balonete se comunica com o exterior através de um fino manguito de insuflação. No 
terço proximal deste manguito localiza-se um balão piloto que tem a finalidade de indicar o 
grau de insuflação do balonete. Seu objetivo é evitar a aspiração pulmonar e promover uma 
vedação eficiente, facilitando a ventilação com pressão positiva. 
 
 
 Figura1. 28 – Tubo Traqueal com o balonete insuflado 
. 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 36 
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 Figura 1.29 – Ressuscitador manual com reservatório 
 
Demais materiais e medicamentos a compor esses kits devem seguir protocolos 
assistenciais para este fim, padronizados pela unidade e baseados em evidências científicas. 
A quantidade dos materiais e medicamentos desses kits deve ser padronizada pela 
unidade, de acordo com sua demanda. 
 
Controle de qualidade na UTI 
O controle de qualidade dos serviços prestados na UTI deve ser de extrema 
importância, visto que na UTI concentram-se pacientes clínicos ou cirúrgicos mais graves, 
necessitando de monitorização e suporte contínuos de suas funções vitais. Esse tipo de 
clientela apresenta doenças ou condições clínicas predisponentes a infecções. Muitos deles 
já se encontram infectados ao serem admitidos na unidade e, a absoluta maioria, é submetida 
a procedimentos invasivos ou imunossupressivos com finalidades diagnóstica e terapêutica. 
Portanto, compete a cada serviço de tratamento intensivo prover os meios de riscos de 
natureza química, física e microbiológica inerentes ao tratamento, assim como o registro de 
dados de relevância para o controle de qualidade do serviço, devendo este dispor de um 
relatório mensal dos indicadores, calculados especificamente para cada UTI. 
• Taxa de procedimentos para ventilação mecânica, traqueostomia, métodos dialíticos, 
nutrição parenteral (define-se pela administração endovenosa de macro e micronutrientes, 
por meio da via periférica ou central), monitorização hemodinâmica invasiva, pressão 
intracraniana e acesso venoso profundo; 
• Taxa de mortalidade geral; 
• Taxa de mortalidade institucional; 
• Média de permanência; 
• Índice de intervalo de substituição; 
• Média de paciente por dia; 
• Taxa de complicações e intercorrências; 
• Taxa de infecção hospitalar. 
 
A associação de doenças e fatores iatrogênicos faz com que os pacientes sejam mais 
susceptíveis à aquisição de infecções. A resposta imunológica do paciente em terapia 
intensiva frente ao processo infeccioso é deficiente. Os seus mecanismos de defesa estão 
comprometidos tanto pela doença motivadora da hospitalização quanto pelas intervenções 
necessárias para o diagnóstico e tratamento. 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 37 
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A implantação de uma UTI segura é um esforço de toda a equipe e é o resultado de 
uma cooperação em todos os níveis. São características da cultura de uma UTI segura: 
liderança firme e respeitosa, geralmente exercida por um intensivista experiente e 
comprometido com a qualidade contínua no cuidado; comunicação aberta, responsável e 
produtiva entre todos os membros da equipe médica, de enfermagem, de fisioterapeutas, de 
psicólogos, de nutricionistas, de fonoaudiólogos entre outros; espírito de equipe entre todos 
os profissionais que trabalham juntos, de forma organizada, cooperativa, complementar e 
responsável; reação rápida e eficiente aos desafios de mudança na busca de novos 
resultados; estabelecimento de uma cultura de prevenção de riscos por meio da adoção de 
processos claros e definidos pelos profissionais que executam as ações de saúde; relato 
sistemático e reação rápida para correção dos eventos adversos, com foco na correção dos 
processos, por meio da adoção de um modelo baseado no princípio não punitivo, defendendo 
que, na maioria das vezes, os erros são consequência de uma sequência de eventos e não 
de um único ato isolado. 
Para se conservar uma equipe quantitativa e qualitativamente capacitada para atender 
às demandas da UTI, é fundamental o conhecimento da realidade da UTI para a adequação 
da estrutura a ser oferecida. Os pacientes gravemente enfermos necessitam de profissionais 
qualificados e em número suficiente para o atendimento de rotina e para as emergências que 
surgem naturalmente dentro de uma UTI. Conhecer exatamente a demanda dos pacientes 
que uma UTI atende é fundamental para definir a quantidade e a qualificação dos 
profissionais que formam a equipe de atendimento. 
A padronização dos equipamentos e o treinamento intenso no seu uso são estratégias 
importantes para reduzir erros, porque diminuem a necessidade de confiar na memória e 
aumentam a chance de uso correto da tecnologia. É de grande importância treinar 
intensivamente toda a equipe para indicar, usar e interpretar corretamente os equipamentos 
antes de colocá-los em uso. E também estabelecer protocolos de manutenção preventiva e 
ter um plano de contingência para eventuais falhas de cadaequipamento. 
Há necessidade de realização de reuniões periódicas com toda a equipe da UTI para 
consenso e comunicação de objetivos estratégicos de curto, médio e longo prazo. Apresentar 
claramente os novos protocolos e rotinas, treinando os profissionais da equipe. Divulgar 
sistematicamente os resultados alcançados, as metas atingidas ou não e os planos de 
melhoria; organizar as visitas multidisciplinares diárias, discutindo os casos, acertando os 
planos e estabelecendo objetivos comuns e específicos para cada profissional; atender às 
demandas dos familiares, mantendo-os informados da evolução do paciente e dos objetivos a 
serem perseguidos; manter uma boa comunicação com outras áreas do hospital para facilitar 
o fluxo e a logística da UTI e promover uma eficiente comunicação entre os médicos da UTI e 
os outros especialistas, tornando consensuais tratamentos e objetivos comuns; estabelecer 
um canal de informação dos eventos adversos ocorridos, possibilitando a avaliação de erros 
na estrutura ou nos processos para que possam ser rapidamente corrigidos e evitando a 
repetição desses eventos. 
Tudo isso é necessário, e ainda um controle de qualidade para estabelecer uma 
comunicação efetiva entre todos da equipe, para os pacientes terem uma assistência de 
qualidade e segurança nos profissionais no ato de seus procedimentos. 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 38 
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 VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM 1 
 
01. Tratando-se de uma UTI, uma equipe multiprofissional e interdisciplinar é melhor 
composta por: 
 
A. Enfermeiros, farmacêuticos, terapeuta, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e 
assistentes sociais. 
B. Administradores, médicos, enfermeiros, farmacêuticos, terapeuta, fisioterapeutas, 
nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais. 
C. Médicos, enfermeiros, farmacêuticos, terapeuta, fisioterapeutas, nutricionistas, 
psicólogos e assistentes sociais. 
D. Médicos, farmacêuticos, terapeuta, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e 
assistentes sociais. 
E. Família, administradores, médicos, enfermeiros, farmacêuticos,terapeuta ocupacional, 
fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais. 
 
02. O surgimento da prática em UTI marcou um dos maiores progressos obtidos 
pelos hospitais do nosso século. A implantação das UTIs, no Brasil, ocorreu: 
 
A. Na década de 60. 
B. Na década de 70. 
C. Na década de 80. 
D. Na década de 90. 
E. Nenhuma das alternativas anteriores. 
 
03. Em relação à estrutura de uma UTI, é CORRETO afirmar: 
 
A. A monitoração da qualidade de serviços prestados torna-se a cada dia fundamental 
para segurança do paciente crítico. 
B. O objetivo principal de uma UTI é manter uma estrutura capaz de fornecer suporte 
para pacientes graves, com potencial risco de morte. 
C. A Unidade de Terapia Intensiva é um setor de alta complexidade no ambiente 
hospitalar. 
D. As UTIs são altamente especializadas, tanto em recursos materiais como em recursos 
humanos. 
E. Todas as alternativas estão corretas. 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 39 
CENED – Centro de Educação Profissional 
04. São exemplos comuns de doenças que levam a internação em UTI: 
 
A. Infarto agudo do miocárdio; desconforto respiratório; Acidente Vascular Cerebral; 
hipotensão arterial refratária entre outros. 
B. Hipotireoidismo; desconforto respiratório; Acidente Vascular Cerebral; hipertensão 
arterial refratária entre outros. 
C. Infarto agudo do miocárdio; desconforto respiratório; acidente agudo cerebral; 
hipotensão arterial refratária entre outros. 
D. Infarto agudo do miocárdio; desconforto respiratório; acidente agudo cerebral; 
hipertensão arterial refratária entre outros. 
E. Nenhuma das alternativas anteriores. 
 
05. “A UTI é uma unidade assistencial que abriga pacientes que requeiram 
assistência médica, de enfermagem, laboratorial e radiológica do Centro de 
Terapia Intensiva (CTI), como por exemplo: Unidade Coronariana, Unidade 
Pediátrica, Unidade Neurológica entre outras”. Essa é uma conceituação: 
 
A. Do INCA. 
B. Do COFEN. 
C. Do CRM. 
D. Da ANVISA. 
E. Do CFM. 
 
06. As Unidades de Tratamento Intensivo devem obedecer aos requisitos quanto à 
estrutura física previstos no Regulamento Técnico. São requisitos estabelecidos 
pela ANVISA: 
 
A. Possuir 02 Postos de Enfermagem/Área de Serviços para cada 10 leitos/berços ou 
incubadoras. 
B. Possuir 01 Posto de Enfermagem/Área de Serviços para cada 10 leitos/berços ou 
incubadoras. 
C. Possuir 01 Posto de Enfermagem/Área de Serviços para cada 20 leitos/berços ou 
incubadoras. 
D. Possuir 01 Posto de Enfermagem/Área de Serviços para cada 15 leitos/berços ou 
incubadoras. 
 
 
 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 40 
CENED – Centro de Educação Profissional 
 
SEÇÃO 2 
CARACTERIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE TRATAMENTO INTENSIVO 
 
Tipos de serviços de tratamento intensivo 
 A Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) constitui-se de um conjunto de elementos 
funcionalmente agrupados, destinado ao atendimento de pacientes graves ou de risco que 
exijam assistência médica e de enfermagem ininterruptas, além de equipamento e recursos 
humanos especializados. À UTI pode estar ligada uma Unidade de Tratamento Semi-
Intensivo. 
Unidade de Tratamento Semi-Intensivo (Unidade Semi-Intensiva) - que se constitui de 
um conjunto de elementos funcionalmente agrupados, destinado ao atendimento de 
pacientes, preferencialmente oriundos da UTI, que requeiram cuidados de enfermagem 
intensivos e observação contínua, sob supervisão e acompanhamento médico. 
Serviço de Tratamento Intensivo Móvel - que se constitui de um conjunto de elementos 
funcionalmente agrupados e uma frota de veículos devidamente projetados e equipados, 
destinados a garantir suporte avançado de vida durante o transporte de pacientes graves ou 
de risco, no atendimento de emergência pré-hospitalar e no transporte inter-hospitalar. Este 
serviço pode ser parte integrante do serviço do hospital ou constituir-se em um prestador 
autônomo de Serviço de Tratamento Intensivo Móvel. 
Os serviços de Tratamento Intensivo dividem-se de acordo com a faixa etária dos 
pacientes atendidos, nas seguintes modalidades: 
• Neonatal - destinado ao atendimento de pacientes com idade de 0 a 28 dias. 
• Pediátrico - destinado ao atendimento de pacientes com idade de 29 dias a 18 anos 
incompletos. 
• Adulto - destinado ao atendimento de pacientes com idade acima de 14 anos. 
 
Ressalta-se que pacientes na faixa etária de 14 a 18 anos incompletos podem ser 
atendidos nos Serviços de Tratamento Intensivo Adulto ou Pediátrico, de acordo com o 
manual de rotina dos serviços. 
 Denomina-se UTI Especializada aquela destinada ao atendimento de pacientes em 
uma especialidade médica ou selecionados por grupos de patologias, podendo compreender: 
cardiológica, coronariana, neurológica, respiratória, trauma, queimados, dentre outras. 
 Centro de Tratamento Intensivo (CTI) - é o nome que se dá ao agrupamento, numa 
mesma área física, de duas ou mais UTIs, incluindo-se, quando existentes, as Unidades de 
Tratamento Semi-Intensivo, e é destinado a pacientes que exigem cuidados intensos em 
função de importantes dependências, mas que não necessitam de monitoramento 
permanente. Essa unidade dispõe de praticamente todos os recursos humanos e 
tecnológicos da UTI. 
 
Requisitos básicos dos serviços de tratamento intensivo 
Segundo regulamento da ANVISA é obrigatória a existência de UTI em todo hospital 
secundário ou terciário com capacidade igual ou superior a 100 leitos. 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 41 
CENED– Centro de Educação Profissional 
O número de leitos de UTI em cada hospital deve corresponder de 6% a 10% do total 
de leitos existentes no hospital, a depender do porte e complexidade deste, e levando-se em 
conta os seguintes parâmetros referenciais: 
• 5% de leitos UTI Adulto em se tratando de Hospitais Gerais; 
• 5% de leitos UTI Pediátricos em relação ao total de leitos pediátricos do Hospital; 
• 5% de leitos de UTI Neonatal em relação ao número de leitos obstétricos do Hospital; 
• 10% de leitos de UTI Especializada, em se tratando de Hospitais Gerais que realizem 
cirurgias complexas como Neurocirurgia, Cirurgia Cardíaca e que atendam trauma e 
queimados; 
• Hospital Materno-Infantil que atenda gravidez/parto de alto risco deve dispor de UTIs 
Adulto e Neonatal. 
 
É permitida somente a instalação de Unidade de Tratamento Semi-Intensivo nos 
hospitais que disponham de UTI e cuja modalidade seja correspondente à da UTI existente 
no hospital. 
Todo hospital que possua Serviços de Tratamento Intensivo ou Atendimento de 
Emergência, mesmo não dispondo de UTI, deve contar com um Serviço de Tratamento 
Intensivo Móvel para prestar assistência ao paciente crítico, caso ocorra alguma 
intercorrência e esse paciente venha a necessitar de cuidados intensivos. É de fundamental 
importância a presença de profissionais capacitados, bem como de equipamentos, para 
realizar qualquer tipo de procedimento terapêutico a esse paciente. Esse transporte pode ser 
próprio, contratado ou conveniado. 
 
Indicações para admissão e alta 
As indicações para admissão e alta da Unidade de Tratamento Intensivo e Unidade de 
Tratamento Semi-Intensivo são atribuições exclusivas do Médico Intensivista, o mesmo que 
conhece e aplica técnicas avançadas para restabelecer funções comprometidas quando há 
risco de morte. 
Apresentará indicação para admissão em Unidade de Tratamento Intensivo: 
• Paciente grave ou de risco, com probabilidade de sobrevida e recuperação. 
• Paciente em morte cerebral, por tratar-se de potencial doador de órgãos. 
• Deve ter alta da UTI todo paciente, tão logo cessadas as causas que justificaram sua 
internação, podendo, a critério do Intensivista, ser encaminhado para a Unidade de 
Tratamento Semi-Intensivo. 
 
Serão admitidos na Unidade de Tratamento Semi-Intensivo pacientes oriundos da UTI 
e/ou de outras unidades do hospital, a critério do Médico Intensivista. 
 
Modelo de diagnóstico 
 Condições específicas ou doenças para determinar a adequação de internação na UTI. 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 42 
CENED – Centro de Educação Profissional 
Sistema cardiovascular 
• Infarto agudo do miocárdio com complicações. 
• Choque cardiogênico. 
• Arritmias complexas que exigem acompanhamento de intervenção. 
• Insuficiência cardíaca congestiva aguda, com insuficiência respiratória e/ou 
necessidade de suporte hemodinâmico. 
• Emergências hipertensivas. 
• Angina instável, especialmente com arritmias, instabilidade hemodinâmica ou 
persistente dor no peito . 
• Recuperação pós-PCR. 
• Tamponamento cardíaco ou constrição com instabilidade hemodinâmica. 
• Dissecando aneurismas da aorta. 
• Bloqueio cardíaco completo, dentre outros. 
 
Sistema respiratório 
• Insuficiência respiratória aguda, necessitando de suporte ventilatório. 
• Embolia pulmonar com instabilidade hemodinâmica(TEP). 
• Edema agudo de pulmão com IRPA. 
• Pacientes em uma unidade de cuidados intermediários, que estão demonstrando 
deterioração respiratória. 
• Hemoptise maciça. 
• Insuficiência respiratória com intubação iminente, dentre outros. 
 
Distúrbios neurológicos 
• AVC agudo com estado mental alterado. 
• Coma: metabólica, tóxica ou anóxica. 
• Hemorragia intracraniana com potencial para hérnia. 
• Hemorragia subaracnóidea aguda. 
• Meningite com estado mental alterado ou com comprometimento respiratório. 
• Sistema nervoso central ou doenças neuromusculares com deterioração neurológica 
ou função pulmonar. 
• Pacientes neurocirúrgicos estáveis que necessitam de drenagem lombar para 
tratamento de fístula liquórica. 
• Estado de mal epiléptico. 
• Pacientes estáveis com traumatismo raquimedular agudo. 
• Pós-operatório imediato de neurocirurgias durante período de VM Cerebrais mortas. 
• Morte encefálica ou paciente com potencial de morte encefálica que está sendo tratado 
agressivamente enquanto determina o estado de doação de órgão. 
• Vasoespasmo. 
• Traumatismo cranioencefálico grave. 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 43 
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Sistema gastrointestinal 
• Hemorragias digestivas com risco, incluindo hipotensão, angina e persistência de 
sangramento. 
• Ruptura de varizes de esôfago sem evidência de retorno de sangue claro pela SNG e 
com sinais vitais estáveis. 
• Encefalopatia Hepática aguda com dados vitais estáveis e crônica grau 3 e 4. 
• Insuficiência hepática fulminante. 
• Pancreatite grave. 
• Perfuração esofágica com ou sem mediastinite. 
 
Sistema Endócrino-Metabólico 
• Cetoacidose diabética complicada com instabilidade hemodinâmica, alteração do nível 
de consciência, insuficiência respiratória ou acidose metabólica grave; 
• Cetoacidose diabética necessitando de infusão de insulina venosa contínua ou 
frequentes injeções de insulina regular, durante uma fase precoce de recuperação da 
cetoacidose; 
• Crise tireoidiana ou Coma mixematoso; 
• Estado de hipotireoidismo ou de tireoitoxicose necessitando monitorização frequente; 
• Estado hiperosmolar com coma e/ou instabilidade hemodinâmica; 
• Estado hiperosmolar com resolução do coma; 
• Insuficiência adrenal com instabilidade hemodinâmica e/ou hidroeletrolítica; 
• Hipercalcemia grave com alteração do nível de consciência necessitando de 
monitorização hemodinâmica; 
• Hipo ou hipernatremia com convulsões e/ou alteração do nível de consciência; 
• Hipo ou hipermagnesemia com instabilidade hemodinâmica ou arritmias; 
• Hipo ou hipercalemia com arritmias ou fraqueza muscular; 
• Hipofosfatemia com fraqueza muscular. 
 
Cirúrgico 
• Pacientes no pós-operatório imediato, necessitando de monitorização hemodinâmica 
e/ou suporte ventilatório; 
• Pacientes no pós-operatório imediato de cirurgia de grande porte que se encontram 
estáveis hemodinamicamente, mas que podem necessitar de expansão volêmica ou 
transfusão, devido a maiores perdas de líquidos; 
• Pacientes no pós-operatório imediato que necessitem de monitorização intensiva 
durante as primeiras 24 horas. Alguns exemplos seriam pacientes submetidos à 
endarterectomia de carótida; revascularização de membros inferiores associado à presença 
de comorbidades de alto risco; pacientes neurocirúrgicos necessitando de frequentes exames 
neurológicos; revisão da DVP e transplante de órgãos: cardíaco, renal e hepático. 
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva 44 
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Geral 
• Sepse grave (presença de ≥ 1 disfunção de órgão); 
• Monitorização dos pacientes com Insuficiência Renal aguda com uremia; 
• Lesões provocadas pelo ambiente (insolação, quase afogamento hipotermia); 
• Ingestão de drogas com instabilidade hemodinâmica; 
• Qualquer paciente necessitando de frequente monitorização neurológica, pulmonar ou 
cardíaca por ingestão de drogas ou superdosagem que estejam estáveis 
hemodinamicamente; 
• Convulsões após autoingestão de drogas; 
• Pacientes obstétricas de alto risco admitidas em qualquer momento da sua gravidez e 
período de pós-parto apresentando complicações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM 2 
 
01. Com relação à UTI, julgue as

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