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5 0 segurança e meio ambiente

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Introdução
Preservação do meio ambiente: 
uma questão de cidadania
Saúde e segurança no trabalho: 
comprometimento de todos
Riscos ambientais e ergonômicos 
no ambiente de trabalho 
Equipamentos de proteção
Análise de riscos e perigos
A prevenção de acidentes 
Análise de acidentes e incidentes 
Considerações finais
Anexos
Referências bibliográficas
Nesta unidade
Edgar Allan Poe
Introdução
Preservação do meio ambiente: 
uma questão de cidadania
Saúde e segurança no trabalho: 
comprometimento de todos
Riscos ambientais e ergonômicos 
no ambiente de trabalho 
Equipamentos de proteção
Análise de riscos e perigos
A prevenção de acidentes 
Análise de acidentes e incidentes 
Considerações finais
Anexos
Referências bibliográficas
Edgar Allan Poe
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SISTEMA AMBIENTAL
IntroduçãoIntrodução
tema SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE (SMS) é um ponto estratégico
do programa de EXCELÊNCIA DE GESTÃO AMBIENTAL DA PETROBRAS, e, por tra-
tá-lo de forma integrada, se aproxima da definição de sistema ambiental
feita na primeira conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente (Es-
tocolmo, 1972).
Definiu-se, então, meio ambiente1 como o sistema físico e biológico
global no qual o homem e outros organismos vivem, um todo complexo
no interior do qual muitos elementos interagem. Esta definição apresen-
ta o sistema ambiental dentro de um escopo abrangente com interação de
fatores de ordem física, biológica, socioeconômica e cultural, como mos-
tra o diagrama abaixo.
Unidade 1
1. Material de
apoio extraído
do curso de
Gestão
Ambiental /
LATEC/UFF,
utilizado na
disciplina
EIA/RIMA do
prof. Flávio
Gomes de
Almeida –
Departamento
de Geografia
da Universidade
Federal
Fluminense.
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Ar
Água
Plantas
Solos
Animais
Microorganismos
SUBSISTEMA A SUBSISTEMA B
Cultura
Arte
Educação
Saúde
Segurança
História
Economia
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Para se ter uma dimensão da dinâmica e da complexidade das relações
entre os elementos do sistema ambiental, basta lembrar, por exemplo, o
processo de produção de bens e serviços. Se, de um lado, ele possibilita
o acesso ao emprego, à renda e, com isso, torna possível o consumo, de
outro, se utiliza de matérias-primas retiradas da natureza e que, depois de
transformadas, voltam ao ambiente natural na forma de resíduos, em
muitos casos trazendo danos ao meio ambiente e ao homem.
Ao retirar do meio ambiente2 os materiais necessários para produzir
bens, altera-se o equilíbrio dos ecossistemas e arrisca-se ao esgotamento
de diversos recursos naturais, que não são renováveis, ou, quando o são,
têm sua renovação prejudicada pela velocidade da extração, superior à
capacidade de a natureza se recompor.
Os impactos no meio ambiente muito freqüentemente decorrem do tipo
de indústria existente no local, do que ela produz e, principalmente, de
como produz. É necessário, pois, fazer planos de curto e longo prazo, a fim
de diminuir tais impactos na natureza, bem como na segurança e saúde
no trabalho.
Os processos produtivos podem causar malefícios à saúde humana de
duas formas: ao degradar a natureza – pela poluição do ar, dos rios e ma-
res, por exemplo –, o homem, como parte integrante do meio ambiente,
também é afetado; além disso, os próprios processos produtivos contêm
riscos à saúde e segurança do trabalhador. Atualmente, acidente de tra-
balho é uma questão que preocupa os empregadores, empregados e go-
vernantes, e suas conseqüências acabam afetando a todos.
De um lado, é necessário que os trabalhadores adotem um comporta-
mento seguro no trabalho, usando os equipamentos de proteção individual
e coletiva; de outro, cabe aos empregadores prover a empresa com esses
equipamentos, orientar quanto ao seu uso, fiscalizar as condições da ca-
deia produtiva e a adequação dos equipamentos de proteção.
A redução do número de acidentes só será possível na medida em que
cada um – trabalhador, patrão e governo – assuma, em todas as situações,
atitudes preventivas, capazes de resguardar a segurança de todos.
Nos próximos tópicos, os temas meio ambiente, saúde e segurança
no trabalho serão tratados com o propósito de esclarecer, enfatizar a re-
levância, e, como conseqüência, ampliar o debate e a participação acer-
ca dessa temática.
É questão de cidadania.
2. SENAI-RJ.
Série Cursos
Livres – Palavras
iniciais, 2002.
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Preservação do
meio ambiente
Uma questão de cidadania
Preservação do
meio ambiente
Uma questão de cidadania
rande parte dos problemas ambientais, como poluição, desequilíbrio
no solo, inundações catastróficas, extinção de animais, tem suas causas
atribuídas ao desenvolvimento de produtos, a qualquer preço, sem se pre-
ocupar com a degradação do meio ambiente. Um exemplo é a destruição
de uma parte da camada de ozônio, que protege a Terra, pela emissão de
gases químicos industriais.
Até há poucas décadas, não se imaginava como seria importante con-
ciliar o desenvolvimento industrial com o equilíbrio ecológico. Hoje, sabe-
se que o meio ambiente é um aliado da competitividade industrial. A ado-
ção de programas ecoeficientes traz consigo a redução do consumo de
matérias-primas, de água e de energia, além da possibilidade de reapro-
veitamento e reutilização de rejeitos.
Os projetos1 eram analisados visando apenas atingir os objetivos de via-
bilidade técnica e econômica, valendo-se da análise custo-benefício como
ferramenta básica para a avaliação das alternativas. Sob este enfoque, a in-
clusão dos aspectos ambientais, mesmo quando contemplados, era obtida
pela estimativa de valor monetário dos impactos, sendo os impactos favo-
ráveis considerados como benefícios e os adversos, como custos. A introdu-
ção da Avaliação de Impactos Ambientais2 (AIA) vem tornar possível a in-
clusão de outros valores de natureza ética, cultural e política, assim como
uma visão interdisciplinar sobres os aspectos ambientais, que privilegia uma
abordagem integrada, englobando também aspectos econômico-sociais
Os avanços alcançados pela política ambiental, em termos de legisla-
ção ambiental, a partir da década de 1970, surgem como resposta às pres-
Unidade 1
1. Material de
apoio extraído
do curso de
Gestão
Ambiental /
LATEC/UFF,
utilizado na
disciplina
EIA/RIMA do
prof. Flávio
Gomes de
Almeida –
Departamento
de Geografia
da Universidade
Federal
Fluminense.
2. A Avaliação
de Impacto
Ambiental
(AIA) teve sua
origem com a
promulgação
da National
Environmental
Policy Act
(NEPA), nos
Estados Unidos
da América, em
janeiro de 1970.
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sões dos movimentos ambientalistas e como resultado da mudança dos
valores sociais em relação à proteção ambiental. Nos anos 1990, conferên-
cias internacionais, relatórios (Relatório Brundtland,3 UNCED/UNESCO, em
1987, ECO-92, no Rio de Janeiro) e, mais recentemente, em 2002, a RIO+10,
na África do Sul, marcaram novos posicionamentos políticos na defesa do
ecossistema.
Em relação aos aspectos legais, destaca-se a NBR ISO 14001 – Sistemas
de Gestão Ambiental: Especificação e Diretrizes para Uso –, internacio-
nalmente aceita, que especifica os requisitos de um sistema de gestão
ambiental, permitindo que uma organização formule sua política e obje-
tivos baseada nos requisitos legais e nas informações referentes aosim-
pactos ambientais significativos.
A NBR ISO 14001 se aplica aos aspectos ambientais que possam ser
controlados pela organização e sobre os quais tenha influência; em si, ela
não prescreve critérios específicos de desempenho ambiental.
Destaca-se também a importância dos dispositivos da NR-9, no que se
refere à prevenção de riscos ambientais. A NR-9 estabelece a obrigatori-
edade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregado-
res e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Pro-
grama de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Este Programa visa à
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, pela antecipa-
ção, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de
riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de tra-
balho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recur-
sos naturais.
Vários aspectos relativos à identificação de risco, bem como à relação
de medidas de proteção coletiva e individual, de eliminação ou redução
da utilização ou da formação de agentes prejudiciais à saúde, foram re-
gulamentados pela NR-9, além do PPRA.
As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabe-
lecimento da empresa, sob a responsabilidade do empregador e com a
participação dos trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade
dependentes das características dos riscos e das necessidades de contro-
le, estabelecidos através de levantamentos feitos pelo Programa de Con-
trole Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), previsto na NR-7.
Para o monitoramento da exposição dos trabalhadores e das medidas
de controle, deve ser realizada uma avaliação sistemática e repetitiva da
3. Marco de
posicionamentos
em favor do
desenvolvimento
sustentável,
tendo como foco
principal a
preservação do
meio ambiente e
da biodiversidade,
a diminuição do
consumo de
energia, o uso
de tecnologias
ecologicamente
adaptadas, o
controle do
crescimento
populacional etc.
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exposição a um dado risco, visando à introdução ou modificação de tais
medidas, sempre que preciso.
Considerando que cada indústria possui um sistema produtivo próprio,
é, portanto, necessário analisá-lo em sua especificidade, para determinar
seu impacto sobre o meio ambiente, sobre a saúde e os riscos que o siste-
ma oferece à segurança dos trabalhadores, propondo alternativas que
possam levar à melhoria de condições de vida para todos.
Tome NotaTome Nota
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Saúde e segurança
no trabalho
Comprometimento de todos
Saúde e segurança
no trabalho
Comprometimento de todos
rapidez e a intensidade do processo de industrialização induziram
mudanças aceleradas, mas nem sempre precedidas de estudos técnicos
adequados. Isto gerou sérios danos em relação à saúde e segurança do
trabalhador.
Uma pesquisa1 da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com a Or-
ganização Internacional do Trabalho (OIT) e o Ministério do Trabalho e do
Emprego, revelou que:
Unidade 1
Os dados da pesquisa revelam informações estarrecedoras, principal-
mente quando se constata a existência de um aparato legal, que regula-
menta desde as ações para formação de profissionais e prevenção de aci-
dentes, até a fiscalização e punição dos acidentes de trabalho.
As ações governamentais relativas à segurança e à saúde no trabalho
no Brasil abrangem três ministérios: o Ministério de Educação (MEC), o
PÉSPEITOABDÔMENROSTOMÃOS
Em 1997, o Brasil gastou US$ 5,8 bilhões
com acidentes de trabalho. Desse total, 85% foram
pagos pelas empresas onde ocorreram os acidentes.
Por conseqüência, aumentam os custos de produção
Os acidentes de trabalho fazem 1.080 vítimas por
dia, das quais 15 são fatais
Nos operários, as partes do corpo mais freqüentemente
atingidas em acidentes de trabalho são, na ordem:
1. Ver
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Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Ministério da Previdência e
Assistência Social (MPAS).
O MTE é o mais diretamente envolvido com a segurança e saúde no
trabalho. Amparado pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), esta-
belece e fiscaliza o cumprimento das normas e procedimentos para o de-
senvolvimento do trabalho, por intermédio de duas Secretarias com atri-
buições específicas para essas questões: a Secretaria de Fiscalização do
Trabalho e a Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, além da Fun-
dação Jorge Duprat de Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho
(Fundacentro) – órgão prevencionista do Estado. O Anexo 1 contém uma
relação dos títulos das principais Normas Regulamentadoras da área de
saúde e segurança no trabalho.
A Secretaria de Fiscalização do Trabalho atua por meio das diversas
Delegacias Regionais do Trabalho (DRT) e tem por finalidade assegurar,
em todo o território nacional, a aplicação das disposições legais e regula-
mentares, incluindo as convenções internacionais ratificadas, dos atos e
decisões das autoridades competentes e das convenções.
A análise dos dados do Ministério do Trabalho sobre fatores causais
relacionados com a ocorrência dos acidentes fatais, investigados no perí-
odo de junho a setembro 2001, revela que “modo operatório inadequado
à segurança”, “falta ou inadequação de análise de riscos”, ao lado de “de-
mais fatores causais”, este representando 62%, são os fatores responsá-
veis pelo maior número de acidentes fatais, conforme o diagrama abaixo.
Modo operatório inadequado à segurança / perigoso – 62%
Sistema/dispositivo de proteção ausente / inadequado por concepção – 8%
Falta ou inadequação de análise de risco da tarefa – 6%
Falha na antecipação / detecção de risco / perigo – 5%
Procedimentos de trabalho inexistentes ou inadequados – 3%
Uso impróprio / incorreto de equipamentos / materiais / ferramentas – 3%
Ausência / insuficiência de treinamento – 3%
Outros fatores do indivíduo não especificados – 3%
Falta de planejamento / de preparação do trabalho – 3%
Circulação de informações deficientes entre contratantes e contratadas – 2%
Demais fatores causais – 2%
FFFFFAAAAATOR CAUSAL / ACIDENTE FTOR CAUSAL / ACIDENTE FTOR CAUSAL / ACIDENTE FTOR CAUSAL / ACIDENTE FTOR CAUSAL / ACIDENTE FAAAAATTTTTALALALALAL
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Em 1802, o Parlamento inglês aprovou a “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes”,
que estabeleceu o limite de 12 horas de trabalho por dia, proibiu o trabalho noturno
e introduziu medidas de higiene nas fábricas. O não-cumprimento desta lei obrigou
o Parlamento a criar, em 1833, a “Lei das Fábricas”, que determinou a inspeção
das fábricas, instituiu a idade mínima de 9 anos para o trabalho, proibiu o trabalho
noturno aos menores de 18 anos e limitou a jornada de trabalho em 12 horas
diárias e 69 horas por semana.
Em 1897, criou-se a Inspetoria das Fábricas como órgão do Ministério do Trabalho
Britânico, com o objetivo de realizar exames de saúde periódicos no trabalhador e
estudar as doenças profissionais, principalmente nas fábricas pequenas ou
desprovidas de serviços médicos próprios.
Foi, paralelamente, instituída nos países europeus e nos Estados Unidos uma
legislação progressiva em defesa da saúde do trabalhador.
No Brasil, somente em 1923 criou-se a Inspetoria de Higiene Industrial e Profissional
junto ao Departamento Nacional de Saúde, no Ministério do Interior e Justiça.
Em 1934,foi introduzida a Inspetoria de Higiene e Segurança do Trabalho, no
Departamento Nacional do Trabalho, do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
O presidente Getúlio Vargas, neste mesmo ano, promulgou a Segunda Lei de Acidente
do Trabalho. Ainda em seu governo, 10 anos depois, foi publicada a Terceira Lei.
Neste período da nossa história, a legislação trabalhista se consagra na CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho), onde a Higiene e Segurança do Trabalho
ocupa todo o capítulo V.
Em 22 de dezembro de 1977, foi publicada a Lei nº 6.514, que altera o capítulo V,
do título II da Legislação da CLT. Decorrente dessa lei, foram baixadas 28 Normas
Regulamentadoras, na Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978.
Para que ocorra um acidente2 é necessário que pelo menos uma das
duas causas o preceda: que haja uma ação (ou omissão) contrariando pre-
ceitos de segurança, praticada por uma pessoa, ou que haja no local uma
condição de risco que caracterize insegurança no ambiente de trabalho.
Contudo, o maior risco do acidente reside no fato de não se acreditar
na possibilidade de sua existência.
A prancha abaixo apresenta uma síntese dos antecedentes históricos da
segurança e saúde do trabalho, sobretudo do ponto de vista da legislação,
que tiveram sua origem na Inglaterra, berço da Revolução Industrial.
2. Ver
MONTEIRO.
SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO: UMA HISTÓRIA
Tome NotaTome Nota
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Riscos ambientais e
ergonômicos no
ambiente de trabalho
Riscos ambientais e
ergonômicos no
ambiente de trabalho
Unidade 1
urante anos, os profissionais da área de segurança afirmaram que
acidentes são causados e podem ser prevenidos pela eliminação dessas
causas. A partir da década de 1960, quando as empresas começaram a
introduzir algum tipo de programa de segurança, essas duas afirmativas
forneceram grande parte da base para os esforços de prevenção de aci-
dentes. Os programas de segurança baseavam-se numa definição aberta
sobre causas de acidentes, incluindo tudo e qualquer coisa relacionada
com o funcionário ou seu ambiente que contribuísse para um acidente.
Essas causas podiam incluir as ações dos funcionários ou inércia dos
supervisores ou da gerência. Embora tais idéias ainda forneçam um pon-
to básico de partida para a segurança, a natureza do local de trabalho in-
dustrial mudou profundamente, nos últimos anos.
Máquinas sofisticadas substituíram a força muscular, computadores
eliminaram a papelada, laser e outros equipamentos automáticos muda-
ram a natureza do trabalho. Novos produtos e técnicas de processamen-
to introduziram novas preocupações sobre radiação, produtos químicos e
tóxicos, ruído e outras condições de risco.
A ergonomia, estudo de como o local de trabalho pode ser projetado para
se ajustar às necessidades físicas e de segurança do empregado, foi reconhe-
cida. Introduziram-se novas técnicas de análise de segurança de sistemas para
identificar riscos no local de trabalho, nas etapas de instalação de equipamen-
tos, na construção de edifícios e de sistemas sofisticados com antecedência.
O termo ambiente de trabalho é hoje bem mais amplo. Por ambiente que-
remos dizer não só o ambiente físico, mas também os mecanismos utilizados
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para monitorar as condições de segurança e saúde. Isso inclui o sistema
de gerência – que indica quem é responsável e quem tem a obrigação de
cumprir determinadas ações –, os procedimentos para descobrir e corrigir
riscos, além de treinamento necessário para a capacitação do funcionário.
O ambiente atual também inclui a cultura da organização: se a gerên-
cia e os supervisores convenceram ou não os funcionários de que a segu-
rança é uma alta prioridade; se os funcionários acreditam ou não que a
gerência está realmente comprometida com a segurança; se a gerência e
os funcionários percebem corretamente as necessidades recíprocas de
segurança e saúde; se os funcionários recebem ou não comunicações re-
gulares sobre segurança; se os supervisores recebem ou não uma avalia-
ção sobre seus respectivos desempenhos em segurança e saúde; ou se
existem outros mecanismos para demonstrar o compromisso da empresa
com a segurança e saúde ocupacional.
Ao promover um programa de segurança, é preciso estar consciente de
que essa não é uma tarefa fácil, pois se trata de convencer a todos da im-
portância das normas de segurança e também de lutar contra o precon-
ceito em torno dos equipamentos de segurança. Um programa educacio-
nal torna-se, portanto, indispensável para que as questões de prevenção
de acidentes sejam esclarecidas e para acabar com a idéia de que o uso
de equipamentos de proteção é prova de fragilidade e incapacidade por
parte do trabalhador.
O primeiro passo para a elaboração de um programa de segurança é
conhecer o local de trabalho e suas características, tais como: as dimensões,
a iluminação, a ventilação, o ruído, a poeira, os gases, os vapores. Além disso,
leva-se em conta a movimentação e a postura corporal em que se trabalha,
o ritmo de trabalho, a ocupação principal, o horário etc. A Ergonomia pode
ser muito útil nesse processo. É necessário, também, distinguir nos ambi-
entes de trabalho o que é seguro, perigoso ou ameaça de risco para a vida,
saúde, integridade física e mental humanas, suas formas de controle e
os limites de tolerância permitidos.
Riscos ambientais e
limites de tolerância
A legislação brasileira define, na
NR-15, item 15.1.5, limite de to-
lerância a agentes de risco como:
A concentração ou intensidade
máxima ou mínima, relacionada com a
natureza e o tempo de exposição ao
agente, que não causará dano à saúde
do trabalhador, durante sua vida laboral
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Segundo a NR-9, são considerados riscos ambientais os agentes físicos,
químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em fun-
ção de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição,
são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
São as diversas formas de energia a que possam estar expostos os traba-
lhadores, tais como ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas
extremas, radiações, bem como o infra-som e o ultra-som. Entre os agen-
tes de riscos físicos, destacam-se:
Provavelmente, o agente de risco físico mais comum na indústria, consi-
derando que as atividades industriais são, geralmente, “barulhentas”. Os
seus efeitos no organismo humano são relacionados
com alterações emocionais, como irritação e can-
saço, que levam o trabalhador à quebra de con-
centração. O ruído excessivo, além de ser desa-
gradável e prejudicial, pode causar interferên-
cia nas comunicações, dificultando a percepção
dos sinais de perigo. Em caso extremo, pode pro-
vocar a perda de audição, sem dúvida seu pior efei-
to. Os efeitos do ruído sobre o sistema nervoso podem resultar em:
AGENTES FÍSICOS
RUÍDO
Hipertensão, modificação do ritmo cardíaco e do calibre
dos vasos sangüíneos
Sensação de zumbido nos ouvidos e outros ruídos
Dor (no caso de ruído de impacto)
Perturbações gastrointestinais
Diminuição da visão noturna
Dificuldade na percepção das cores
Perda temporária da capacidade auditiva
✔
✔
✔
✔
✔
✔
✔
ATENÇÃ0ATENÇÃ0
O limite de tolerância a
ruídos em situações de
trabalho é de 85 decibéis
para 8 horas de
atividades diárias
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Esses efeitos podem ser controlados deacordo com as orientações e os
procedimentos de Monitoração Ambiental do Ruído e dos Programas de
Controle do Ruído. O controle sistemático do nível de ruído no ambiente
de trabalho é definido pelas seguintes etapas:
O Programa para o Controle de Ruídos (PCR), utilizado com o propósi-
to de gerenciar o ruído e suas causas no ambiente de trabalho, consiste
nas ações de:
Mapeamento (identificação dos equipamentos e dos locais
com níveis de ruído elevado)
Dosimetria (verificação da dose de ruído a que a pessoa ficou
exposta), através do dosímetro
Aplicação de medidas capazes de diminuir ou eliminar,
na fonte, o ruído
✔
✔
✔
A iluminação industrial tem como principal objetivo facilitar a visualiza-
ção dentro do local de trabalho. Desta forma, as atividades poderão ser
realizadas em condições aceitáveis de eficiência e segurança. Boas con-
dições de iluminação reduzem o cansaço, a taxa de erros e de acidentes
e, ainda, contribuem para a melhoria da qualidade de vida do trabalhador.
Quando inadequada, a iluminação é um agente de risco de acidentes.
ILUMINAÇÃO INDUSTRIAL
Manutenção das máquinas e equipamentos e
uso de protetores auriculares
A entrega de protetores auriculares ao trabalhador,
por si só, não é suficiente. Ela deve ser acompanhada
de treinamento e de supervisão constante, garantindo
que todos os funcionários expostos ao ruído estejam
conscientes da importância do seu uso
Realização de exame audiométrico
ATENÇÃO
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Dois importantes aspectos devem ser observados em relação à ilumi-
nação industrial:
São os mais importantes a serem considerados, sendo os principais:
ACOMODAÇÃO VISUAL
Capacidade que o olho tem de enfocar os objetos a diferentes distâncias.
Esta capacidade varia sensivelmente com a idade das pessoas.
ADAPTAÇÃO VISUAL
Capacidade que o olho tem de se adaptar a diferentes níveis de luminosida-
de, entendendo-se por níveis as condições de muito claro e muito escuro.
A iluminação necessária para realizar uma determinada tarefa é definida
pela complexidade da atividade, dificuldade visual, visão média das pes-
soas envolvidas e nível de desempenho desejado (velocidade e precisão
na identificação visual).
A qualidade da iluminação do ambiente depende de uma série de fa-
tores, como, por exemplo, o funcionamento de todas as luminárias, con-
dições de limpeza das lâmpadas e luminárias, tipo de lâmpadas, idade das
lâmpadas, limpeza do teto e paredes. A medição da iluminação do local
de trabalho é feita por instrumentos apropriados chamados luxímetros.
É a transmissão de energia pelo es-
paço em forma de ondas eletromag-
néticas, que são movimentos de
energia interagindo entre correntes
elétricas e campos magnéticos.
As ondas eletromagnéticas po-
dem ser propagadas por processos
naturais, como a luz do sol e as ondas
do mar, assim como por diversos pro-
cessos e aparelhos criados pelo ho-
mem. Veja a prancha ao lado.
1 FATORES FISIOLÓGICOS DA VISÃO
2 CARACTERÍSTICAS DA BOA ILUMINAÇÃO
RADIAÇÃO
 A lâmpada
ONDAS LUMINOSAS
Ultra-sônicas (na medicina, servem para
transformar em imagens as ondas emitidas
pelos órgãos do corpo) e de rádio (ondas
curtas, médias, altas, moduladas)
ONDAS SÔNICAS
Microondas, aparelhos de aquecimento
ou de refrigeração do ambiente,
lâmpadas que emitem raios ultravioletas
ou infravermelhos, raio LASER, aparelhos
que emitem raios X etc.
ONDAS TÉRMICAS
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As radiações podem ser classificadas em dois grupos principais: ioni-
zantes e não-ionizantes.
As radiações ionizantes têm o poder de ionizar a matéria ao incidir sobre
ela, ou seja, ao atingirem um átomo, têm a capacidade de subdividi-lo em
duas partes. Este efeito é chamado de ionização, e as duas partículas for-
madas são denominadas de “par iônico”.
As principais radiações ionizantes utilizadas nas indústrias são os raios
X e Gama, que são ondas eletromagnéticas, como a luz, constituídas de
fótons, sendo apenas diferenciadas por suas origens: a radiação Gama é
oriunda do núcleo atômico, e os raios X, das camadas de elétrons do átomo.
As radiações ionizantes se apresentam de duas formas:
FORMA NATURAL
Radiações encontradas em vários elementos minerais que compõem a cros-
ta terrestre (superfície de nosso planeta). São elementos radioativos: o
urânio-238, o potássio-40, o carbono-14 etc.
FORMA ARTIFICIAL
Suas aplicações podem ser utilizadas em várias áreas, tais como pesquisa
(laboratórios de pesquisa e de reatores nucleares), medicina (tratamento
de doenças e pesquisas médicas e biológicas) e indústria (análises quími-
cas, pesquisa de correção e difusão de metais, verificação de falhas em
estruturas metálicas e identificação de soldas defeituosas).
A RADIAÇÕES IONIZANTES
Estes são os procedimentos básicos que o trabalhador deve adotar:
Sinalização apropriada nas áreas que contêm substâncias radioativas
Distanciamento adequado entre o trabalhador e a substância radioativa
Controle do tempo de exposição à substância
Colocação de parede de chumbo ou concreto, isolando a
substância radioativa
Uso de roupas especiais
Manipulação através de garras mecânicas
Prevenção do contato direto do material radioativo com o nosso corpo
✔
COMO EVITAR CONTAMINAÇÃO POR SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS
✔
✔
✔
✔
✔
✔
ATENÇÃ0ATENÇÃ0
O limite de tolerância
para radiações ionizantes
é definido pela
Resolução nº 12/88 da
Comissão Nacional
de Energia
Nuclear (CNEN)
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As radiações não-ionizantes, ao incidirem sobre o corpo humano, fazem com
que a energia interna aumente sem controle, podendo levar a sérias lesões
e doenças. Os seus efeitos ainda
não são totalmente conhecidos.
As radiações não-ionizantes es-
tão presentes em alguns equipa-
mentos. Veja na prancha ao lado.
Quanto à
é importante destacar:
É a que ocorre com mais fre-
qüência na indústria, em geral, nos
trabalhos com solda elétrica, máqui-
nas heliográficas, reprodutoras de
fotolitos, operação com metais em
fusão, corte com maçarico e lâmpa-
das germicidas. Ocorre, também,
na exposição prolongada ao sol, em
trabalhos feitos ao ar livre. Nestes
casos, luvas e roupas adequadas
servem de proteção contra as queimaduras provocadas pela radiação.
A exposição prolongada ao sol é capaz de produzir irritações e
queimaduras graves na pele e nos olhos, sendo necessário o uso de pro-
tetor para a pele e lentes escuras para proteção dos olhos.
A úlcera córnea, a conjuntivite e o câncer de pele são conseqüên-
cias comuns do excesso de exposição à radiação ultravioleta.
Quanto à radiação infravermelha ou calor radiante, vale destacar que
ela é emitida por corpos cuja superfície se encontra numa temperatura
maior que a do ambiente ao redor deles. A exposição pode ocorrer pela
presença do sol no ambiente doméstico e industrial, assim como nas se-
guintes situações industriais:
Operação de fornos metalúrgicos e siderúrgicos
B RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES
Copiadoras heliográficas
RADIAÇÕES ULTRAVIOLETAS
Solda elétrica
RADIAÇÕES VISÍVEIS
Lâmpada para fisioterapia
RADIAÇÕES INFRAVERMELHAS
Tomografia computadorizada
LASER
Forno microondas doméstico
MICROONDAS
Controle remoto para aeromodelismo
RADIOFREQÜÊNCIAS
Aparelho para ultra-sonografia
ULTRA-SOM
radiação infravermelha
radiação ultravioleta ,
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Fabricaçãoe transformação do vidro
Forja e operações com metais quentes
Secagem e cozedura de tintas, vernizes e recobrimentos protetores
Desidratação de material têxtil, papel, couro, alimentos
Soldagem elétrica
O principal efeito é o térmico, podendo provocar, entre outras conse-
qüências, queimaduras na pele, cataratas e, em casos extremos, lesões
na retina.
Os tipos ideais de proteção para os trabalhadores são os protetores fa-
ciais com visor colorido, aventais, roupas especiais e outros equipamen-
tos que protejam da carga térmica adicional.
Os sintomas produzidos pelo calor ou pelo frio podem ser reversíveis, isto
é, da mesma forma que surgem, podem desaparecer tão logo a pessoa volte
para um ambiente com boas condições térmicas.
A legislação em vigor determina que os locais de trabalho deverão ter
ventilação natural, compatível com o serviço realizado, e que a ventilação
artificial será obrigatória sempre que a ventilação natural não preencher
as condições de conforto térmico.
É um risco presente numa série de atividades profissionais desenvolvidas na
indústria em geral, assim como em atividades executadas a céu aberto, como
a construção naval, a construção civil e o trabalho no campo.
Estudos físicos e biológicos comprovam que a saú-
de do ser humano sofre danos graves quando expos-
ta por muito tempo a temperaturas elevadas, po-
dendo causar sérios problemas cardiológicos. Pa-
ralelamente, o calor excessivo aumenta a produ-
ção de suor, o que provoca perda de água e sal,
acarretando o risco de desidratação.
Um ambiente de trabalho com alta temperatura
causa fadiga no homem, diminui o seu rendimento e
afeta-lhe o raciocínio, acarretando erros de percepção e perturbações psi-
cológicas, que o levam ao esgotamento e à prostração.
TEMPERATURA
A CALOR – TEMPERATURA ELEVADA
ATENÇÃ0ATENÇÃ0
O limite de tolerância para
exposição ao calor, medido pelo
termômetro de Globo, está definido
na NR-15, Anexo 3, e requer alguns
cálculos, considerando a
temperatura seca e úmida,
o que é bastante diferente do
tipo de temperatura ambiente
que estamos
acostumados a ver
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Existem quatro categorias principais de doenças devidas ao calor:
O controle do calor deve ser feito, primeiramente, na fonte e, em se-
guida, em sua trajetória, deixando a aplicação do controle ao pessoal como
complemento das medidas anteriores ou quando constituir a única solu-
ção viável.
São as medidas aplicadas ao meio ambiente de trabalho, isto é, alterações
na fonte ou ação na trajetória, não envolvendo diretamente o trabalhador.
As medidas indicadas são:
Insuflação de ar fresco no local onde permanece o trabalhador
Maior circulação do ar existente no local de trabalho
Exaustão dos vapores de água emanados
Utilização de barreiras refletoras (alumínio polido, aço inoxidável) ou
absorventes (ferro ou aço oxidado) de radiação infravermelha, coloca-
das entre a fonte e o trabalhador
Automatização do processo, como, por exemplo, mudança do transporte
manual de carga para transporte com esteira ou ponte rolante
São aplicadas com o objetivo de minimizar a sobrecarga térmica e preser-
var sua saúde. Entre elas destacam-se:
Exames médicos
Aclimatação (adaptação)
Ingestão de água e sal (sob orientação médica)
Limitação do tempo de exposição
Equipamento de proteção individual
Educação e treinamento
1 MEDIDAS DE CONTROLE RELATIVAS AO AMBIENTE
2 MEDIDAS DE CONTROLE RELATIVAS AO PESSOAL
Exaustão do calor
Desidratação
Câimbras do calor
Choque térmico
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A exposição ao frio intenso pode, indiretamente, ser a origem de muitas
doenças reumáticas e respiratórias. Por outro lado, de maneira direta, causa
deficiência no desempenho do trabalho e favorece a ocorrência de aciden-
tes, pois o frio intenso provoca a diminuição da sensibilidade dos dedos e
da flexibilidade das articulações. As atividades ou operações, executadas
no interior de câmaras ou condições similares que exponham os trabalhado-
res ao frio sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres em lo-
cal de trabalho (NR-15 - Anexo 9).
B FRIO – BAIXA TEMPERATURA
Seleção adequada de pessoal (exames médicos),
devendo-se excluir os diabéticos, portadores de disritmia,
fumantes, alcoólatras, alérgicos ao frio, portadores de
problemas articulares, de doenças vasculares periféricas
e os que já tenham sofrido lesões devido ao frio
Aclimatação (adaptação)
Redução do tempo de exposição
Vestimentas adequadas
Educação e treinamento
MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA O FRIO
Tudo o que usamos no processo de fabricação depende direta ou indire-
tamente do manuseio de substâncias químicas para obter objetos ou
produtos de uso comum. Estas substân-
cias muitas vezes perigosas, depois de
transformadas, tornam-se úteis e seguras.
Milhares delas são manipuladas diaria-
mente nas indústrias de todo o mundo.
A segurança e a higiene das pessoas que
lidam com essas substâncias dependem
do conhecimento de suas propriedades
físico-químicas e toxicológicas. Os agen-
tes químicos mais comuns podem se
apresentar nos estados gasoso, sólido e
líquido. Veja a prancha ao lado.
AGENTES QUÍMICOS
Monóxido de carbono, vapores
solventes, amônia, sulfeto de
hidrogênio etc.
GASOSO
Soda em escamas, pós, poeiras de
sílica, de granito, de algodão
SÓLIDO
Ácido sulfúrico, água sanitária
(hipoclorito de sódio), querosene
etc., ou qualquer combinação deles
LÍQUIDO
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É importante enfatizar que apenas a presença no ambiente de produ-
tos ou agentes não quer dizer que exista perigo para a saúde. Existem
fatores que influenciam a toxicidade dos contaminantes ambientais, isto
é, a quantidade de substâncias venenosas que contaminam o ambiente.
O risco apresentado pelas substâncias químicas vai depender dos se-
guintes fatores:
CONCENTRAÇÃO
É a medida de um produto composto de várias substâncias.
SENSIBILIDADE INDIVIDUAL
É o nível de resistência de cada um. Varia de pessoa para pessoa.
TEMPO DE EXPOSIÇÃO
É o tempo em que o organismo fica exposto ao contaminante.
VIAS DE PENETRAÇÃO
É por onde penetram os agentes químicos no organismo humano, conta-
minando-o. Eles podem penetrar no corpo através da pele (via cutânea),
do aparelho respiratório (via respiratória), do aparelho digestivo (via di-
gestiva) e dos órgãos de visão e audição.
As vias de penetração por ação de agentes químicos são:
Os ácidos, álcalis e solventes, ao atingirem a pele, podem ser ab-
sorvidos e provocar lesões como caroços ou chagas, também conhecidos
como acne química, podendo comprometer as mucosas dos olhos, da boca
e do nariz. A soda em escamas e os pós também podem penetrar na pele
e contaminar o trabalhador. Acidentes como esses podem ocorrer quan-
do os trabalhadores manipulam produtos químicos sem equipamentos de
proteção individual (EPI), como luvas, aventais, botas, máscaras, óculos.
Ocorre pela ingestão acidental ou não de substâncias nocivas
(ácidos, álcalis, solventes), presentes em alimentos contaminados ou es-
tragados, bem como na saliva. Hábitos inadequados de se alimentar ou
ingerir líquidos no local de trabalho, umedecer os lábios com a língua, usar
as mãos para beber água e a falta de higiene contribuem para a ingestão
CUTÂNEA
DIGESTIVA
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de substâncias nocivas. Conforme o tipo de produto ingerido, podem ocor-rer lesões, tais como queimaduras na boca, esôfago e estômago.
As substâncias penetram pelo nariz e pela boca, afetando
a garganta e chegando aos pulmões. Através da circulação sangüínea, po-
dem seguir para outros órgãos, onde manifestarão seus efeitos tóxicos.
Substâncias químicas na forma de pó em suspensão no ar muito peque-
nas podem vencer as barreiras naturais das vias respiratórias, chegando
a atingir as partes mais profundas do pulmão.
Existe, portanto, risco de contaminação, se os trabalhadores não usa-
rem os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), ou se não houver sis-
temas de ventilação ou exaustão adequados.
As substâncias químicas contaminantes, nas formas de neblinas, né-
voas, fumos, poeiras, gases, vapores e fumaças são as mais freqüentemente
encontradas nos ambientes de trabalho. Vejamos cada uma delas:
São partículas líquidas resultantes de um processo de dispersão mecâni-
ca, produzidas geralmente pelo ar ou gás através de um líquido ou em
conseqüência da ocorrência de um vazamento. Em geral o problema maior
das neblinas é que suas partículas carregam metais nocivos. As neblinas
mais perigosas são as que contêm chumbo vindo do carregamento de
baterias de automóvel e as que contêm ácido crômico formado na opera-
ção de cromação de metais. Embora não sejam problemas freqüentes, tra-
zem preocupações aos trabalhadores dessas indústrias.
São partículas líquidas que se assemelham a gotículas resultantes da con-
densação de vapores sobre certos núcleos, como o gás clorídrico e anidri-
do sulfúrico. As névoas são de tamanho menor que as partículas de nebli-
na. Todos esses agentes químicos que se apresentam sob a forma de par-
tículas não se misturam bem no ar e tendem a desaparecer, dificultando
deste modo a obtenção de amostras representativas.
São partículas sólidas suspensas no ar, resultantes da condensação de
vapores, geralmente provenientes da volatilização de metais em fusão e
RESPIRATÓRIA
NEBLINAS
NÉVOAS
FUMOS
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quase sempre acompanhada de oxidação. Os fumos metálicos agem no
organismo, entrando através do pulmão e passando para a corrente san-
güínea. Provocam intoxicações cuja periculosidade dependerá do metal
de que é formada, como, por exemplo, os fumos de óxido de zinco nas
operações de soldagem de ferro, de chumbo em trabalhos a temperaturas
acima de 5.000oC e de outros metais em operações de fusão.
São partículas sólidas em suspensão, resultantes da desintegração mecâ-
nica, quer pelo simples manuseio, quer em conseqüência de operações de
trituração, moagem, broqueamento, polimento, explosões, implosões e
similares. Em geral, por serem grandes, tendem a se depositar com rapi-
dez. Elas se classificam em:
POEIRAS ORGÂNICAS
Formadas por substâncias químicas que contêm carbono em sua compo-
sição. Podem ser sintéticas, quando resultantes de produtos orgânicos
naturais como a madeira.
POEIRAS INORGÂNICAS
Constituídas de sílica e de metais.
POEIRAS BIOLÓGICAS
Formadas por organismos vivos ou parte deles, como fungos, vegetais, pólens.
Quanto à sua ação sobre o organismo humano, as poeiras se classifi-
cam, ainda, conforme a prancha. A poeira traz, em vários casos, efeitos no-
civos a longo prazo, pois
vão-se depositando no
interior do pulmão, di-
minuindo a capacidade
respiratória da pessoa.
Esses efeitos são irrever-
síveis e causam grande
sofrimento, podendo,
inclusive, levar a pes-
soa à morte.
POEIRAS
Irritantes – Cimento, de álcalis, de cromatos
Tóxicas – Chumbo, de arsênico, de fósforo
Cancerígenas – Cromatos e uratos
Infectantes – Fungos e bactérias
Fibrosantes – Sílica e berilo
Inertes – Gesso e mármore
Alergisantes – Fungos e pêlos
Mistas – As que têm mais de uma ação,
de arsênico, por exemplo
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São substâncias que, em condições normais de pressão e temperatura, es-
tão em estado gasoso. Podem-se apresentar também no estado líquido. São
altamente difusíveis, podendo ser mais leves ou mais pesados que o ar.
Sempre que o gás se apresenta em estado gasoso, tem a tendência a
se misturar bem no ar do ambiente, não havendo uma separação sensí-
vel. O gás de cozinha (GLP) é um bom exemplo. Quando abrimos o regis-
tro do queimador do fogão, não vemos a substância, mas, ao sentirmos o
cheiro, sabemos que está ali. Quando acendemos o fósforo e o gás entra
em combustão, vemos então a chama e sentimos o calor dela resultante.
GASES
Gás butano ou gás de cozinha e o tetracloreto
de carbono, usados na fabricação de gás
refrigerante existente no ar-condicionado
CONHEÇA ESSES GASES
ANESTÉSICOS
Dióxido de carbono, proveniente da combustão, e
nitrogênio, usado para resfriamento de alimentos
ASFIXIANTES
Gás sulfúrico, também chamado gás de poço
IRRITANTES
São dispersões de moléculas no ar que se podem condensar para for-
mar líquidos ou sólidos em condições normais. O vapor é uma caracte-
rística das substâncias, sejam sólidas, sejam líquidas. A gasolina, por
exemplo, que é sempre encontrada em estado líquido na temperatura
ambiente, quando o dia está muito quente, pela sua constituição, co-
meça a liberar vapores e, com isto, vai diminuindo o volume. Com o
calor, a quantidade de gasolina do tanque de um carro diminui, mes-
mo que não haja consumo.
VAPORES
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As fumaças são substâncias químicas que podem ser chamadas também
de mistas. São partículas extremamente pequenas, constituídas de vapo-
res, gases e partículas sólidas ou líquidas que resultam da combustão in-
completa de substâncias carbonáceas.
A combustão de determinados elementos orgânicos, como vegetais e
óleo de petróleo, produz fumaça.
No caso de agentes de riscos químicos, as medidas de precaução com-
preendem procedimentos, orientações e principalmente normas para o
manuseio, transporte e armazenamento, que devem ser observadas. En-
tre elas, enfatizamos as seguintes medidas:
FUMAÇAS
MEDIDAS DE PROTEÇÀO
✔
✔
✔
✔
✔
A primeira medida de proteção, e talvez a mais eficaz,
é o esclarecimento de todos que operam ou manipulam
substâncias químicas
Existem normas de controle internacionais que determinam que
as substâncias devem conter no invólucro ou recipiente
as instruções de segurança para o manuseio e o procedimento
correto no caso de vazamento. Elas devem ser lidas, antes de
as substâncias serem utilizadas
Nas áreas onde se armazenam os frascos e recipientes com
substâncias químicas, deve haver instruções e informações
sobre a segurança dos produtos, assim como os equipamentos
de proteção individual: óculos de proteção, máscaras, luvas e
avental apropriados. Eles devem estar próximos e em bom
estado de conservação para uso
As instalações devem visar diminuir a exposição do trabalhador,
como as capelas com exaustão
O uso dos equipamentos de proteção adequados é imprescindível
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Os agentes biológicos1 são os microorganismos (vírus, bactérias, protozo-
ários e fungos) e os vermes, capazes de provocar inúmeras doenças.
As mais comuns são água e alimentos contaminados, contato direto com
doente e via animais (mosquitos, moscas e outros animais).
Em certos tipos de atividades profissionais, há maior probabilidade de
o trabalhador contrair determinadas doenças cujos agentes transmissores
são os biológicos. Entre as principais doenças profissionais causadas por
agentes biológicos presentesno local de trabalho, podemos mencionar as
relacionadas na prancha ao lado.
AGENTES BIOLÓGICOS
OS AGENTES E AS DOENÇAS
FORMAS DE TRANSMISSÃO
Algumas doenças da pele, candidíase
FUNGOS
Amebíase, leishmaniose, doença de chagas,
giardíase, toxoplasmose, malária
PROTOZOÁRIOS
Tuberculose, sífilis, leptospirose, lepra, pneumonia,
tétano, cólera, botulismo, tifo
BACTÉRIAS
Gripe, caxumba, febre amarela, dengue, sarampo,
hepatites, raiva, Aids
VÍRUS
Teníase, esquistossomose, ascaridíase
VERMES
1. Por se tratar
de um assunto
bastante técnico
e específico,
vamos abordar
apenas as noções
gerais de maior
importância,
no ambiente
de trabalho.
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eDOENÇA E CONTAMINAÇÃO
Picada do mosquito que a transmite
MALÁRIA
Por ingestão de alimentos enlatados,
contaminados
BOTULISMO
Por lesões externas em contato
com excrementos de animais,
terra na presença do agente.
Pode ser prevenida com a vacinação
TÉTANO
Por gotículas de saliva contendo o
agente (bacilo). Pode ser prevenida
com a vacinação (BCG)
TUBERCULOSE
Salmonella typhi – por alimentos,
principalmente leite e produtos à
base de ovos
TIFO
Água e alimentos contaminados por
urina de rato
LEPTOSPIROSE
Por animais domésticos, principalmente
pela urina de gato
TOXOPLASMOSE
Por água e alimentos contaminados.
Prevenção pela higiene
AMEBÍASE
Por relações sexuais e pelo sangue.
Prevenção por uso de
preservativo e cuidado no
manuseio e utilização de materiais
AIDS
Penetra pela mucosa digestiva,
por alimentos contaminados
BRUCELOSE
Por gotículas de saliva contendo
vírus, pelo ar
GRIPE
Pelo ar
MENINGITE MENINGOCÓCICA
Pelo contato sexual
SÍFILIS
Pela água e ingestão de alimentos
contaminados. Prevenção pela higiene
CÓLERA
Os tipos mais comuns são: A, B e C
Hepatite A
Pela ingestão de água contaminada
com a presença do agente
Hepatite B
Pela relação sexual e
pelo sangue contaminado
Hepatite C
Pelo sangue contaminado
HEPATITE
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Os trabalhadores das indústrias onde os agentes biológicos são freqüen-
temente encontrados devem praticar prevenção mais rigorosa, como va-
cinação, esterilização, rigorosa higiene pessoal, cuidados com as roupas e
com o ambiente de trabalho, mantendo um controle médico permanente.
Porém, só é considerada doença profissional a adquirida em função da
atividade profissional exercida.
Pela NR-15 (Anexo 14 – Agentes biológicos – 115.047-2 / I4), as ativi-
dades profissionais que envolvem agentes biológicos, cuja insalubrida-
de é caracterizada pela avaliação qualitativa, são:
Trabalho ou operações em contato permanente com:
Pacientes em isolamento por doenças infectocontagiosas, bem como
objetos de seu uso, não previamente esterilizados
Carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de
animais portadores de doenças infectocontagiosas (carbunculose, bru-
celose, tuberculose)
Esgotos (galerias e tanques)
Lixo urbano (coleta e industrialização)
Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou
com material infectocontagioso, em:
Hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos
de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saú-
de humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com
os pacientes e com os objetos de uso desses pacientes, não previamente
esterilizados)
Hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimen-
tos destinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se ape-
nas ao pessoal que tenha contato com tais animais)
Contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro,
vacinas e outros produtos
Laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão-só ao
pessoal técnico)
Gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-
se somente ao pessoal técnico)
INSALUBRIDADE DE GRAU MÁXIMO
INSALUBRIDADE DE GRAU MÉDIO
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Cemitérios (exumação de corpos)
Estábulos e cavalariças
Resíduos de animais deteriorados
Riscos ergonômicos
São os fatores de ordem instrumental
e estrutural, como equipamentos, fer-
ramentas, mobiliários, layout do local
de trabalho etc., que interferem de
forma nociva na relação homem-tra-
balho, colocando em risco a saúde fí-
sica e mental do trabalhador, bem
como a produtividade.
De uma maneira geral, podemos clas-
sificar a ergonomia em dois tipos:
É a que se encarrega do projeto do local de trabalho, da adequação da
máquina ou do sistema de produção, da organização do trabalho e da for-
mação de pessoal. É, portanto, preventiva e está direcionada para os fa-
tores ergonômicos positivos.
Ao contrário da ergonomia de concepção, a de correção atua de maneira
limitada, modificando ou corrigindo elementos parciais do posto de tra-
balho. Tem, portanto, uma eficiência limitada, pois sua ação é corretiva.
Os agentes de riscos ergonômicos podem levar os trabalhadores de di-
versas atividades profissionais a sofrerem de males como artrite, artrose,
bursite, lombalgias, varizes, fadiga etc. Eles podem ser classificados em:
FATORES ERGONÔMICOS POSITIVOS
São os que proporcionam condições ideais de trabalho. O estudo ergonô-
mico sobre as condições ideais de trabalho inclui:
Levantamento, transporte e descarga de materiais
Equipamentos e mobiliário e sua disposição no ambiente (layout)
Organização do trabalho
Movimentos corporais, postura do trabalhador
ERGONOMIA
É uma palavra de origem grega que quer
dizer ERGO = trabalho e NOMO = lei
Definição
Ergonomia é uma ciência que estuda
todos os aspectos relacionados entre o
homem e seu local de trabalho, com o
objetivo de adaptar esse homem ao
ambiente, possibilitando maior produção,
com menor desgaste físico e mental
A ERGONOMIA DE CONCEPÇÃO
B ERGONOMIA DE CORREÇÃO
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FATORES ERGONÔMICOS NEGATIVOS
Posição de trabalho viciosa
Fadiga decorrente da má organização do trabalho
Ritmos inadequados de trabalho
Trabalhos repetitivos por longa jornada de trabalho etc.
A ergonomia, procurando melhorar a relação homem-trabalho, atua
sobre três importantes aspectos, que são:
É o local, o lugar em que o trabalhador exerce a sua atividade, ocupa uma
função. Por isto, os postos de trabalho devem ser apropriados ao homem.
Eles se classificam em:
São aqueles que oferecem aos seus usuários conforto, boa visualização, li-
berdade de movimentos e procuram adequar as dimensões do ambiente,
a disposição dos maquinários e dos móveis com o tipo físico do usuário.
São os postos que oferecem aos seus usuários desconforto, fadiga, dificul-
dades de postura, relações de tamanho incompatíveis etc.
A postura do trabalhador ao realizar suas atividades deve ser a mais con-
fortável possível, principalmente quando o trabalho é realizado por vári-
as horas na mesma posição. A posição sentada, por exemplo, representa
um aspecto importante do desconforto de postura quando é mantida du-
rante um longo tempo.
 Os problemas de postura podem gerar dores de cabeça, dores na nuca,
nos ombros, nas costas e nas pernas.
No caso de desconforto de postura, devem ser estudadas as condições
de trabalho sob três aspectos:
Movimentos, postura e esforço mental ligados à atividade e à organiza-
ção da mesma.
POSTO DE TRABALHO
POSTOS ADEQUADOS
POSTOS INADEQUADOS
DESCONFORTODE POSTURA
A TAREFA A SER EXECUTADA
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A localização do posto de trabalho em relação à iluminação, à climatiza-
ção, ao ruído.
Tamanho e outros aspectos físicos.
Deve-se à necessidade de ler em condições difíceis. Este esforço, seja ele
maior, seja menor, nem sempre está relacionado com a existência de do-
enças visuais. Muitos sintomas de desconforto visual são devidos à má pos-
tura, à iluminação inadequada do posto de trabalho (quantidade impró-
pria de iluminação ou má localização das fontes luminosas).
Alguns sintomas da fadiga visual são as dores nos olhos, a sensação
de ardência e irritação, visão trocada, ofuscamento, visão dupla e dores
de cabeça.
O AMBIENTE DE TRABALHO
A MORFOLOGIA DO OPERADOR
DESCONFORTO/FADIGA VISUAL
Todos esses problemas de saúde dimi-
nuem a eficiência do trabalhador e, assim,
trazem preocupações para a empresa
A falta de boas condições causa a dimi-
nuição da eficiência do trabalho, a re-
dução da produção, desperdício de ma-
terial, faltas em excesso, aumento das
doenças, aumento dos acidentes de tra-
balho, rotatividade da mão-de-obra etc.
AS CONSEQÜÊNCIAS
A saúde não diz respeito somente ao bom estado dos órgãos do corpo, mas, também, ao
bom funcionamento do cérebro, onde são registrados sentimentos como medo, alegria,
tristeza, amor, tranqüilidade, irritação, indiferença, desinteresse etc.
Nosso equilíbrio emocional é influenciado pelo ambiente de trabalho. Qualquer dese-
quilíbrio de natureza física e/ou emocional pode gerar fadiga.
A fadiga e os demais efeitos negativos dos agentes de riscos ergonômicos sobre a saú-
de do trabalhador podem ser atenuados, se não totalmente evitados, caso sejam adota-
das medidas de controle e gerenciamento conforme foram mencionadas.
É IMPORTANTE LEMBRAR
RISCOS AMBIENTAIS E ERGONÔMICOS: UM RESUMO
Proporcionar medidas de controle do
estado de saúde do trabalhador
Obrigá-lo a passar por exames médi-
cos antes de ser admitido na empresa
e depois ser assistido periodicamente
AS RECOMENDAÇÕES
Tome NotaTome Nota
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Equipamentos de
proteção
Equipamentos de
proteção
Unidade 1
s atividades profissionais normalmente envolvem o manuseio e a ope-
ração de todo tipo de ferramentas, de máquinas, de utensílios e de aces-
sórios. Além disso, usam sistemas elétricos e hidráulicos e lidam, habitu-
almente, com produtos perigosos como gases tóxicos, defensivos agríco-
las cancerígenos, radiações, líquidos inflamáveis e/ou tóxicos etc.
O aperfeiçoamento tecnológico e a preocupação com o trabalho de risco
passaram a modificar o mercado, que começou a dispor de recursos mais
modernos de proteção como: luvas, botas e óculos, que protegem apenas
parte do corpo; o macacão dos pilotos de corrida e dos bombeiros, que apre-
sentam proteção integral; além de equipamentos de proteção coletiva.
Os equipamentos de proteção podem ser classificados em dois tipos:
EPIEPIEPIEPIEPI
Equipamentos
de Proteção
Individual
EPCEPCEPCEPCEPC
Equipamentos
de Proteção
Coletiva
Equipamentos de Proteção Individual
Os EPI são equipamentos de uso pessoal, cujo objetivo é dar proteção ao
trabalhador, isto é, diminuir ou evitar lesões. São fornecidos gratuitamen-
te aos empregados da empresa, devem ser adequados aos riscos que cor-
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rem no exercício de sua função e estar em perfeito estado de conservação
e funcionamento. Os EPI são empregados geralmente nas seguintes cir-
cunstâncias:
O EPI deve oferecer a proteção mais completa possível à região do corpo
ameaçada diretamente e cumprir as características da prancha abaixo.
O EPI é um assunto tão importante
que existem exigências internacionais
para que eles sejam aceitos e válidos em
qualquer país. Cada país pode ter os seus
equipamentos de proteção, mas só serão
aceitos em outros países se seguirem as
normas técnicas internacionais.
Quanto à utilização, o EPI pode ser:
PERMAN ENTE
É aquele a que o empregado tem direito pelo exercício da função, sendo
destinado ao seu uso exclusivo, como capacetes, botas, luvas etc.
COMPLEMENTAR
É aquele necessário à realização de trabalho sob condições especiais e que
deve ser devolvido após o término, como óculos especiais, máscaras, cin-
to de segurança etc. A determinação correta para a utilização do EPI deve
considerar os seguintes passos:
Quando o trabalhador se expõe diretamente a fatores
agressivos que não são controláveis por outros meios
técnicos de segurança
Quando o trabalhador se expõe a riscos apenas em
parte controlados por outros recursos técnicos
Em casos de emergência, ou seja, quando a rotina do
trabalho é quebrada por qualquer anormalidade e se
torna necessário o uso de proteção complementar e
temporária pelos trabalhadores envolvidos
Provisoriamente, em período de instalação, reparo ou
substituição dos meios que impedem o contato do
trabalhador com o agente agressivo
Proteger adequadamente
Ser resistente
Ser prático
Ser confortável,
sempre que possível
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Verificar a existência ou não de arranjos perigosos, de produtos químicos
ou de condições insalubres no ambiente que sejam ou que possam vir a
ser agressivos ao trabalhador.
Determinar a intensidade e a extensão do risco, quanto às possíveis con-
seqüências para o trabalhador. Verificar quantos trabalhadores estão su-
jeitos ao risco e com que freqüência ficam expostos a ele.
A partir da identificação e avaliação dos riscos, o supervisor poderá espe-
cificar o EPI adequado para sua equipe de trabalho em relação a cada ta-
refa. Para tanto, é importante que ele seja treinado pela equipe de SMS,
ou pela CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).
Devido à importância do uso de equipamentos de proteção adequados
e confiáveis, são atribuídas responsabilidades ao empregador, ao empre-
gado e ao fabricante.
1 IDENTIFICAÇÃO DO RISCO
2 AVALIAÇÃO DO RISCO EXISTENTE
3 ESCOLHA DO EPI ADEQUADO
Adquirir o tipo de equipamento adequado à atividade do empregado
Fornecer ao empregado somente o equipamento aprovado pelo Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) e de empresas cadastradas na Secretaria de Segurança
e Saúde do Trabalhador deste Ministério
Instruir todos os empregados sobre a necessidade e a maneira correta de usar e de
manter os equipamentos de proteção individual
Acompanhar junto ao usuário a realização de testes, visando à sua adequação
Tornar obrigatório o uso do equipamento
Substituir, imediatamente, o equipamento quando for danificado ou extraviado
Responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica
Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada
Possuir uma relação de equipamentos de proteção individual por função
Fazer cumprir a obrigatoriedade quanto ao uso através de técnicas comportamentais
Proporcionar aos empregados facilidades para guardar, limpar e manter o seu EPI
RESPONSABILIDADES DO EMPREGADOR QUANTO AO EPI
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Comercializar ou colocar à venda somente o
equipamento que tiver Certificado de Aprovação
(CA), do Ministério do Trabalho (MTE)
Renovar o CA, o Certificado de Registro do
Fabricante (CRF) e o Certificado de Registro
Importador (CRI), quando estiver vencido o prazo
de validade estipulado pelo MTE
Requerer novoCA quando houver alteração das
especificações do equipamento aprovado
A seleção do equipamento adequado está relacionada com o tipo de
uso, as características do equipamento, da atividade a ser realizada e do
trabalhador. Portanto, é necessário conhecer bem os tipos de equipamen-
to de proteção individual e sua utilização, apresentados a seguir:
Existem vários equipamentos de proteção individual, específicos para cada
atividade profissional e para cada parte do corpo que deve ser protegida.
Usar o equipamento apenas para a finalidade
a que se destina
Responsabilizar-se pela guarda e conservação
do equipamento
Comunicar ao empregador qualquer alteração
que o torne impróprio para o uso
RESPONSABILIDADES DO
EMPREGADO QUANTO AO EPI
✔
TIPOS DE EPI
✔
✔
RESPONSABILIDADES DO
FABRICANTE E DO IMPORTADOR
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✔
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A cabeça deve ser protegida nos
locais onde há perigo de impacto e
de penetração de objetos que
caem ou se desprendem e são lan-
çados a distância, de queimaduras
de origem elétrica e em trabalhos
a céu aberto.
Alguns tipos de EPI para partes da cabeça:
Bonés, redes, gorros etc.
Capacetes de segurança com aba inteira ou frontal, que podem ser de
plástico, de fibra de vidro etc.
Protetores faciais com visor plásti-
co, com visor de tela, com antepa-
ro aluminizado, máscara para sol-
dador com elmos, escudos etc.
Óculos para soldador e trabalhos de
corte a quente, em forma de concha,
com lentes coloridas azul-cobalto,
verde ray-ban; óculos contra impac-
to com lentes de resina sintética, com
lentes de cristal ático endurecido.
Protetor auricular tipo tampão, mol-
dado ou moldável para inserção,
protetor auricular e tipo concha.
1 PROTEÇÃO PARA A CABEÇA
PROTEÇÃO DOS OLHOS
PROTEÇÃO DA FACE
PROTEÇÃO DO COURO CABELUDO
PROTEÇÃO DOS OUVIDOS
PROTEÇÃO DO CRÂNIO
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Usado para proteger o nariz e a boca.
Máscaras faciais ou semifaciais
com filtros purificadores de ar. Os
filtros podem ser mecânicos (algo-
dão) e químicos (carvão ativado
com fornecimento de ar por cilin-
dros de ar comprimido, compresso-
res ou ventoinhas).
Deve ser fornecida proteção para o corpo inteiro em áreas onde exista o
risco de contaminação por produtos químicos, o perigo de impacto e pe-
netração de objetos que caem, em locais de baixa temperatura e onde há
risco de queimaduras. Deve ser fornecida proteção ao tronco quando existe
o risco de cortes e atritos, tais como no manuseio de chapas com arestas
cortantes, para trabalhos a quente e no manuseio de produtos químicos.
Alguns tipos de EPI para o tronco:
Avental de raspa de couro para solda elétrica e oxicorte a quente e no
manuseio de chapas grandes, com arestas cortantes
Avental de lona para trabalhos secos sem risco de combustão, e contra
riscos leves de cortes e atritos
Avental de amianto, amianto aluminizado ou fibra de vidro aluminizado
para trabalhos em locais de altas temperaturas
Avental de plástico – PVC – para manuseio de ácidos ou produtos quí-
micos, evitando o umedecimento da roupa
Macacões, jalecos, jaquetas, capas etc.
PROTEÇÃO DAS VIAS RESPIRATÓRIAS
2 PROTEÇÃO PARA O TRONCO
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Devem ser protegidos sempre que houver a possibilidade de ocorrerem
lesões nos pés, dedos ou planta do pé, ou contra dermatites. Essa preocu-
pação tem por objetivo a proteção contra agentes externos. Em certos ti-
pos de indústrias podem ser necessárias outras características, como iso-
lante de eletricidade, resistência a agentes químicos, a altas temperatu-
ras, à eletricidade estática etc. Alguns tipos de EPI para os pés são: sapa-
tos com ou sem biqueira de aço, botas com ou sem biqueiras de aço, chan-
cas, perneiras, caneleiras, calças especiais.
As mãos devem ser protegidas sempre que houver a presença de materi-
ais ou objetos cortantes ou perfurantes, produtos químicos corrosivos ou
perigosos à saúde, como soda cáustica, solventes, materiais ou objetos
aquecidos ou frios, choque elétrico etc. Alguns tipos de EPI para as mãos:
luvas compostas de vários materiais e formatos, tais como luvas de punho,
de cano, de meio dedo, com ilhoses de metal, de malha de aço, de borra-
cha, de raspa de couro, de napa, de PVC, de lona, de lã, de amianto; man-
gas de couro, de amianto aluminizado, de lona, de borracha; dedeiras de
couro, de borracha de PVC; munhequeiras dedais, luvas de algodão, de
malha metálica.
3 PROTEÇÃO PARA OS MEMBROS
PROTEÇÃO DOS PÉS
PROTEÇÃO DAS MÃOS
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Devem ser utilizados cremes de proteção para neutralizar a absorção dos
agentes químicos pela pele.
Cinto de segurança, cinturões com corda (suspensório, em atividades a
mais de 2 metros de altura do piso), quando houver risco de queda.
Roupas completas de amianto aluminizado ou fibra de vidro aluminizado.
Roupa completa de tecido forrado com lã ou conjunto de casaco e calça
de náilon.
Usar a aba voltada para a frente a fim de proteger o rosto
Mantê-lo ajustado firmemente à cabeça, regulando a suspensão inter-
na (carneira)
Substituir a peça interna de sustentação, a carneira, e ajuste, no caso
de danos, cortes parciais e totais, perdas de regulagem etc.
Substituí-lo, no caso de rachaduras no casco
4 PROTEÇÃO PARA A PELE
5 PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS
6 PROTEÇÃO CONTRA ALTAS/BAIXAS TEMPERATURAS
CALOR
FRIO
ALGUNS CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO DOS EPI
CAPACETE
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Manter o capacete limpo de manchas de óleo ou de qualquer outro
produto químico. Para limpeza, usar água corrente a 60oC e sabão neu-
tro. Nunca utilizar na limpeza qualquer produto químico
Regular as hastes de modo a obter um ajuste adequado no rosto
Ajustar as conchas laterais de forma a evitar a penetração de partículas
Não utilizar em ambientes com poeira em suspensão
Não utilizar para proteger contra partículas líquidas
Ajustar a tira elástica de modo a conseguir adequada vedação sobre o rosto
Substituir os óculos quando não for mais possível conseguir vedação
Manter sempre à mão um pano limpo para a limpeza e desembaçamen-
to das lentes
Se o modelo tiver dispositivos para exalação, mantê-los permanente-
mente limpos e desobstruídos
Caso as lentes estejam arranhadas, providenciar a sua substituição
Guardar em local fechado e protegido para evitar contaminação e su-
jeira nas lentes
Manter a coroa, ou seja, o dispositivo de fixação, ajustada à cabeça, a
fim de conseguir boa fixação
Substituir o protetor no caso de danos no visor ou na coroa
Remover manchas de óleo no visor utilizando água morna e sabão
neutro
Não utilizar nenhum produto químico
Mantê-lo permanentemente limpo e guardar em local livre de poeira
e de outros contaminantes do ar
Abrir o arco apenas o suficiente para encaixá-lo sobre as orelhas, a fim
de não quebrá-lo
Ajustar a concha para a posição onde é menor o nível de ruído percebido
Quando as esponjas de selagem, localizadas internamente nas conchas,
se danificarem ou sujarem, substituir o par de conchas
ÓCULOS DE SEGURANÇA CONTRA IMPACTO DE PARTÍCULAS SÓLIDAS
ÓCULOS DE SEGURANÇA AMPLA VISÃO CONTRA PARTÍCULAS LÍQUIDAS
PROTETOR FACIAL COM VISOR DE PLÁSTICO TRANSPARENTE
ABAFADOR DE RUÍDO
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Substituir a roupa quando estiver com rasgos, furos
Após utilização, lavar o equipamento com água em abundância e sa-
bão neutro
Concluída a lavagem, secar bem
Mantê-las limpas de óleo e permanentemente secas
Substituí-las no caso de danos
Não tocar em superfícies aquecidas com temperaturas superiores a 65oC
Não segurar objetos, nem permitir o contato com líquidos cuja tempe-
ratura seja superior a 65ºC
Não utilizar as luvas em trabalhos com circuitos elétricos energizados
Mantê-las sempre limpas, usando água morna e sabão neutro, e secas
Verificar as luvas no momento de calçar e retirar. A roupa, após o uso,
poderá conter resíduos de produtos químicos
Verificar a voltagem segura de trabalho por meio de faixas coloridas
no punho, que identificam a voltagem e o Registro de Inspeção
Fazer também uma inspeção visual e teste com ar comprimido na luva,
antes do uso, para detectar possíveis cortes ou furos
Usar uma luva de pelica ou couro de porco sobre a luva de borracha
para protegê-la de algum corte ou furo
Mantê-las limpas, lavando-as com água e sabão neutro
No caso de ressecamento, rachadura ou qualquer outro dano, providen-
ciar a imediata substituição
É proibido utilizá-la em ambientes onde há deficiência de oxigênio
Não oferece proteção contra gases, vapores ou partículas líquidas
Substituí-la diariamente, ou imediatamente, quando houver dificulda-
des de respiração
ROUPA RESISTENTE A PRODUTOS QUÍMICOS – PVC
LUVA RESISTENTE A ABRASIVOS
LUVAS RESISTENTES A PRODUTOS QUÍMICOS
LUVAS RESISTENTES À ALTA VOLTAGEM
BOTAS RESISTENTES A PRODUTOS QUÍMICOS
MÁSCARA CONTRA POEIRAS
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Usar somente o filtro indicado para a proteção do(s) contaminante(s)
presente(s)
É proibido utilizá-la em ambientes onde há deficiência de oxigênio
Após o uso, deve ser higienizada
Guardar em recipiente fechado, seco e limpo,
abrigado da luz
Quando o filtro não estiver em uso, deve per-
manecer vedado
Manter um registro de uso dos filtros, com
o objetivo de providenciar a sua substituição
aos primeiros sinais de saturação
MÁSCARA COM FILTROS QUÍMICOS
SUGESTÃO DE LISTA DE VERIFICAÇÃO NA UTILIZAÇÃO DE EPI
1. Existe na sua área sinalização para o uso obrigatório de EPI?
2. Em todas as atividades, estão sendo usadas roupas de trabalho
adequadas e resistentes?
3. Durante as atividades em que existe perigo para os olhos estão
sendo usados óculos protetores de ampla visão e protetores faciais?
4. Em áreas de trabalho com ruído muito alto, são usados
equipamentos adequados para proteção dos ouvidos?
5. Em todos os lugares sujeitos à ocorrência de vapores, gases ou
espécies de pó nocivas à saúde, dispõe-se dos equipamentos específicos
de proteção respiratória? Estão sendo usados corretamente?
6. Para atividades com risco de queda, dispõe-se de cintos e cordas de
segurança? Estão sendo usados corretamente?
7. Para manuseio de substâncias perigosas, dispõe-se dos
equipamentos protetores pessoais necessários (óculos protetores contra
ácidos, macacões de PVC ou aventais e botas de borracha)? Estão sendo
usados corretamente?
8. Os equipamentos de proteção (capacetes, óculos de segurança etc.)
são usados também pelas chefias e pelos encarregados da supervisão?
9. Todos os equipamentos de proteção pessoal existentes na minha
Unidade são controlados quanto ao seu estado? E são submetidos a uma
manutenção regular?
10. Os equipamentos de proteção de uso individual estão guardados
em local próprio?
11. Empreiteiros e visitantes também recebem todos os equipamentos
de proteção individual necessários?
ITENS DE VERIFICAÇÃO NÃOSIM
IMPORTANTE
Um equipamento, apesar
de ser capaz de oferecer
100% de proteção,
quando não é usado,
NÃO oferece
proteção alguma
IMPORTANTE
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Equipamentos de Proteção ColetivaEquipamentos de Proteção ColetivaEquipamentos de Proteção ColetivaEquipamentos de Proteção ColetivaEquipamentos de Proteção Coletiva
São os equipamentos instalados nos ambientes de trabalho, visando pro-
teger a saúde e a integridade física dos que ali exercem suas funções. São
eles que neutralizam ou atenuam o risco na fonte, ou seja, no lugar em que
ele se manifesta. Para ilustrar, veja os exemplos na prancha abaixo.
PROTEÇÃO COLETIVA
Protetores dos pontos de operação em serras, em
furadeiras, em prensas
Sistemas de isolamento de operações ruidosas
Exaustores de poeiras, vapores e gases nocivos
Dispositivos de proteção em escadas, corredores,
guindastes e esteiras transportadoras
Anteparos rígidos, em sistema de guarda-corpo
e rodapé, onde houver risco de queda
Guardas de proteção de máquinas e equipamentos
Balaustres, corrimãos, placas de aviso,
exaustores
Ventiladores, extintores
Guarda-corpos de mangueiras e hidrantes
EQUIPAMENTOS UTILIZAÇÃO DOS
EQUIPAMENTOS DE
USO COLETIVO
Um exemplo de uso de
proteção coletiva é a
ventilação por
exaustão de ar
Este tipo de ventilação
retira o poluente do meio
logo após o seu
desprendimento, evitando
assim que o mesmo
chegue a ser aspirado
pelos trabalhadores
Evita-se, dessa forma,
o uso de proteção
respiratória
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Análise de riscos
e perigos
Análise de riscos
e perigos
ara proporcionar a compreensão das questões que serão aqui apresen-
tadas, é necessário definir:
É a condição, o estado ou a qualidade de seguro
daquilo em que se pode confiar, que não
representa, em princípio, perigo ou risco para
nossa vida, saúde, integridade física e mental
É a possibilidade de ocorrer dano ou perda
e que não depende da nossa vontade.
Este potencial está diretamente ligado
às forças da natureza e às coisas produzidas
pelo homem. Não depende da situação,
pois existe em decorrência das leis naturais
São todos os procedimentos do homem que
contrariem normas de prevenção de acidentes
ATO INSEGURO✔
PERIGO✔
SEGURANÇA✔
Unidade 1
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Risco
É a possibilidade de que um determinado perigo se torne real, concreto,
causando um dano, uma perda. O resultado da ação de enfrentar o peri-
go depende do homem.
O risco aceitável é aquele que não causa mal às pessoas, ao meio am-
biente ou às propriedades.
É desse modo que convivemos com o perigo. Sabemos que ele existe,
conhecemos seu potencial e procuramos adotar medidas para mantê-lo no
menor nível possível de ocorrência.
Os riscos podem ser classificados:
Se a estocagem estiver fora da área urbana, podemos considerar um
risco baixo
Se as instalações apresentam problemas na manutenção, mesmo que
a fábrica esteja fora da área urbana, ou se as instalações estão em boas
condições de manutenção e se situam próximas à área urbana, pode-
mos considerar um risco médio
Se as instalações apresentam problemas de manutenção e a estocagem
está próxima à área urbana, podemos considerar um risco alto
Conhecidos e devidamente controlados: uma sala de transformadores
isolada e fechada; uma casa de máquinas e compressores com elevado
nível de ruído, mas totalmente fechada e sinalizada
Conhecidos, porém ainda não aceitavelmente controlados: o produto
químico hexano, por exemplo, ainda é muito utilizado em alguns tipos de
solventes, podendo gerar problemas à saúde do trabalhador
Ainda desconhecidos, mas perfeitamente identificáveis (através de
metodologias já empregadas pela empresa). Esse

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