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Direito coletivo do trabalho

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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
 FACULDADE DE DIRIETO
Disciplina: Direito Coletivo do Trabalho
Profª Drª. Veronica Altef Barros
PARTE II: DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
I- ASPECTOS GERAIS
Conceito: conjunto de princípios, regras e institutos que regem a existência e desenvolvimento das entidades coletivas trabalhistas, inclusive suas inter-relações, além das regras jurídicas trabalhistas criadas em decorrência de tais vínculos.
Os elementos integrantes do Direito Coletivo do Trabalho são: (a) organização sindical; (b) convenção coletiva de trabalho (direito normativo); (c) conflitos coletivos de trabalho; e (d) solução dos conflitos coletivos de trabalho.
Princípios:
Art. 8º da CF/88. É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;
é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município.
ao sindicato, cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;
a assembleia geral fixará a contribuição que- em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical, independentemente da contribuição prevista em lei;
ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho.
O aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
É vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
Princípio da liberdade associativa e sindical: 
- a liberdade sindical implica efetivamente: 
liberdade de fundação de sindicato, 
liberdade de adesão sindical;
liberdade de atuação;
liberdade de filiação do sindicato a associação sindical de grau superior.
Princípio da autonomia sindical: 
garantia de autogestão às organizações associativas e sindicais dos trabalhadores, sem interferência empresariais ou do Estado 
Princípio da interveniência sindical na normatização coletiva:
Art. 8º, IX.é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho.
Princípio da equivalência dos contratantes coletivos:
Princípio da lealdade e transparência na negociação coletiva:
Ex.: No caso de greve. 
Princípio da criatividade jurídica na negociação coletiva:
Art. 7º XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
Princípio da adequação setorial negociada:
OBS: Reforma Trabalhista: ART. 611-A
II – SISTEMA SINDICAL BRASILEIRO
2.1.Sistema confederativos:
- a organização sindical brasileira é composta de sindicatos, federações e confederações.
OBS: Centrais sindicais
- organização sindical: por categoria 
- (a) sindicato por categoria econômica; (b) sindicato por categoria profissional; (c) sindicato por categoria diferenciada.
2.2. Categoria:
- Conceito: 
Art. 511, CLT. È lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação de interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos, ou profissionais liberais, exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas.
- Classificação:
categoria econômica- 
Art. 511, § 1º. A solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades idênticas, similares ou conexas constitui o vínculo social básico que se denomina categoria econômica.
categoria profissional 
Art. 511, § 2º. A similitude de condições de vida oriunda da profissão ou trabalho em comum, em situação de emprego na mesma atividade econômica ou em atividades econômicas similares ou conexas, compões a expressão social elementar compreendida como categoria profissional.
categoria profissional diferenciada 
Art. 511, § 3º. Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em consequência de condições de vida singulares.
Unicidade sindical: 
Art. 8º, IX. é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município.
OBS: Pluralidade sindical: 
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
 FACULDADE DE DIRIETO
Disciplina: Direito Coletivo do Trabalho
Profª Drª. Veronica Altef Barros
PARTE II: DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
III- SUJEITOS DO DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
1. Sindicato:
- Conceito e natureza jurídica:
- Criação e registro:
- Formas de receita:
Contribuição Sindical, confederativa, assistencial, mensalidade sindical.
REFORMA TRABALHISTA:
“Art. 545.  Os empregadores ficam obrigados a descontar da folha de pagamento dos seus empregados, desde que por eles devidamente autorizados, as contribuições devidas ao sindicato, quando por este notificados.
Contribuição sindical 
“Art. 578.  As contribuições devidas aos sindicatos pelos participantes das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas entidades serão, sob a denominação de contribuição sindical, pagas, recolhidas e aplicadas na forma estabelecida neste Capítulo, desde que prévia e expressamente autorizadas.” (NR)  
“Art. 579.  O desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização prévia e expressa dos que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591 desta Consolidação.” (NR)  
“Art. 582.  Os empregadores são obrigados a descontar da folha de pagamento de seus empregados relativa ao mês de março de cada ano a contribuição sindical dos empregados que autorizaram prévia e expressamente o seu recolhimento aos respectivos sindicatos.
Contribuição confederativa 
Contribuição assistencial 
Mensalidade sindical 
- Entidades Sindicais de Grau Superior: Confederações e Federações:
- Confederações:
Ex: na categoria econômica: Confederação Nacional da Indústria, Confederação Nacional do Comércio, etc.
Na categoria profissional: Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria, Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, etc.
- Federações:
Ex. Federação dos Empregados do Comércio do Estado de São Paulo; FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
2. Centrais Sindicais: lei 11.648 de 31 de março de 2008.
- Conceito:
Art. 1º Parágrafo único.  Considera-se central sindical, para os efeitos do disposto nesta Lei, a entidade associativa de direito privado composta por organizações sindicais de trabalhadores. 
- Representação:
Art. 1o  A central sindical, entidade de representação geral dos trabalhadores, constituída em âmbito nacional, terá as seguintes atribuições e prerrogativas: 
- Atribuições:
Art. 1o  A central sindical, entidade de representação geral dos trabalhadores, constituída em âmbito nacional, terá as seguintes atribuições e prerrogativas: 
I - coordenar a representação dos trabalhadores por meio das organizações sindicais aela filiadas; e 
II - participar de negociações em fóruns, colegiados de órgãos públicos e demais espaços de diálogo social que possuam composição tripartite, nos quais estejam em discussão assuntos de interesse geral dos trabalhadores. 
- Requisitos para o exercício das atribuições:
Art. 2o  Para o exercício das atribuições e prerrogativas a que se refere o inciso II do caput do art. 1o desta Lei, a central sindical deverá cumprir os seguintes requisitos: 
I - filiação de, no mínimo, 100 (cem) sindicatos distribuídos nas 5 (cinco) regiões do País; 
II - filiação em pelo menos 3 (três) regiões do País de, no mínimo, 20 (vinte) sindicatos em cada uma; 
III - filiação de sindicatos em, no mínimo, 5 (cinco) setores de atividade econômica; e
IV - filiação de sindicatos que representem, no mínimo, 7% (sete por cento) do total de empregados sindicalizados em âmbito nacional. 
Parágrafo único.  O índice previsto no inciso IV do caput deste artigo será de 5% (cinco por cento) do total de empregados sindicalizados em âmbito nacional no período de 24 (vinte e quatro) meses a contar da publicação desta Lei. 
OBS: Art. 4o  A aferição dos requisitos de representatividade de que trata o art. 2o desta Lei será realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. 
Ex: CUT – Central Única dos Trabalhadores; FS – Força Sindical; UGT - União Geral dos Trabalhadores; CGTB - Central Geral dos Trabalhadores do Brasil
3- Representação dos trabalhadores nas empresas:
Art. 11 da CF/88. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.
REFORMA TRABALHISTA:
- Composição:
‘Art. 510-A. Nas empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de uma comissão para representá-los, com a finalidade de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.  
§ 1o  A comissão será composta: 
I - nas empresas com mais de duzentos e até três mil empregados, por três membros;  
II - nas empresas com mais de três mil e até cinco mil empregados, por cinco membros;  
III - nas empresas com mais de cinco mil empregados, por sete membros.  
§ 2o  No caso de a empresa possuir empregados em vários Estados da Federação e no Distrito Federal, será assegurada a eleição de uma comissão de representantes dos empregados por Estado ou no Distrito Federal, na mesma forma estabelecida no § 1o deste artigo.’ 
- Atribuições:
‘Art. 510-B.  A comissão de representantes dos empregados terá as seguintes atribuições: 
I - representar os empregados perante a administração da empresa; 
II - aprimorar o relacionamento entre a empresa e seus empregados com base nos princípios da boa-fé e do respeito mútuo;  
III - promover o diálogo e o entendimento no ambiente de trabalho com o fim de prevenir conflitos;  
IV - buscar soluções para os conflitos decorrentes da relação de trabalho, de forma rápida e eficaz, visando à efetiva aplicação das normas legais e contratuais; 
V - assegurar tratamento justo e imparcial aos empregados, impedindo qualquer forma de discriminação por motivo de sexo, idade, religião, opinião política ou atuação sindical;  
VI - encaminhar reivindicações específicas dos empregados de seu âmbito de representação;  
VII - acompanhar o cumprimento das leis trabalhistas, previdenciárias e das convenções coletivas e acordos coletivos de trabalho. 
§ 1o  As decisões da comissão de representantes dos empregados serão sempre colegiadas, observada a maioria simples.  
§ 2o  A comissão organizará sua atuação de forma independente.’  
- Eleição:
‘Art. 510-C.  A eleição será convocada, com antecedência mínima de trinta dias, contados do término do mandato anterior, por meio de edital que deverá ser fixado na empresa, com ampla publicidade, para inscrição de candidatura.  
§ 1o  Será formada comissão eleitoral, integrada por cinco empregados, não candidatos, para a organização e o acompanhamento do processo eleitoral, vedada a interferência da empresa e do sindicato da categoria.  
§ 2o  Os empregados da empresa poderão candidatar-se, exceto aqueles com contrato de trabalho por prazo determinado, com contrato suspenso ou que estejam em período de aviso prévio, ainda que indenizado.  
§ 3o  Serão eleitos membros da comissão de representantes dos empregados os candidatos mais votados, em votação secreta, vedado o voto por representação. 
§ 4o  A comissão tomará posse no primeiro dia útil seguinte à eleição ou ao término do mandato anterior.  
§ 5o  Se não houver candidatos suficientes, a comissão de representantes dos empregados poderá ser formada com número de membros inferior ao previsto no art. 510-A desta Consolidação.  
§ 6o  Se não houver registro de candidatura, será lavrada ata e convocada nova eleição no prazo de um ano.’  
- Mandato e efeitos no contrato de trabalho:
‘Art. 510-D.  O mandato dos membros da comissão de representantes dos empregados será de um ano. 
§ 1o  O membro que houver exercido a função de representante dos empregados na comissão não poderá ser candidato nos dois períodos subsequentes.  
§ 2o  O mandato de membro de comissão de representantes dos empregados não implica suspensão ou interrupção do contrato de trabalho, devendo o empregado permanecer no exercício de suas funções.  
§ 3o  Desde o registro da candidatura até um ano após o fim do mandato, o membro da comissão de representantes dos empregados não poderá sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.  
§ 4o  Os documentos referentes ao processo eleitoral devem ser emitidos em duas vias, as quais permanecerão sob a guarda dos empregados e da empresa pelo prazo de cinco anos, à disposição para consulta de qualquer trabalhador interessado, do Ministério Público do Trabalho e do Ministério do Trabalho.’”  
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
 FACULDADE DE DIRIETO
Disciplina: Direito Coletivo do Trabalho
Profª Drª. Veronica Altef Barros
PARTE II: DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
IV – CONFLITO COLETIVO DE TRABALHO
Conceito: 
1.2- Classificação: individuais ou coletivos
- Individuais: 
- Coletivos: 
2- Conflito coletivo de trabalho:
2.1- Classificação: econômicos ou jurídicos
- Econômicos, ou de interesse:
- Jurídicos, ou de direito:
3- Formas de solução de conflito:
Autotutela: Ex. Greve
Autocomposição: Negociação Direta; Mediação; Conciliação
Heterocomposição: Jurisdição e Arbitragem.
 
V- NEGOCIAÇÃO COLETIVA DE TRABALHO:
1- Conceito: 
- processo de autocomposição entre representações de categorias de trabalhadores e empregadores ou suas representações para estabelecer condições de trabalho destinadas a regular as relações individuais (objetivo imediato), bem como encontrar uma solução capaz de compor a paz social (objetivo mediato)
2 – Fundamentos: liberdade sindical e autonomia privada coletiva.
3- Autonomia privada coletiva: 
3.1- Conceito:
3.2 - Funções:
- jurídica/ normativa: 
- jurídica/ obrigacional
- jurídica/ compositiva:
- políticas:
- econômicas:
 3.3 – Normas internacionais do Trabalho:
Convenção n. 154 (1981) – “sobre o fomento da negociação coletiva”- destinada a complementar as normas da Convenção 98 – define a negociação coletiva em seu art. 2º, da seguinte forma: 
Art. 2º. Para os efeitos desta Convenção, o termo ‘negociação coletiva’ compreende todas as negociações que se realizam entre um empregador, um grupo de empregadores ou uma ou mais organizações de empregadores, de um lado, e uma ou mais organizações de trabalhadores, de outro, para:
definir condições de trabalho e termos de emprego; e/ou
regular as relações entre empregadores e trabalhadores; e/ou
regular as relações entre empregadores ou suas organizações e uma organização de trabalhadores ou organizações trabalhadores.
- Recomendação n. 163 (1981) - dispõe sobrea negociação coletiva de trabalho, tratando especificamente do seu método de aplicação e dos meios de promovê-la. Estabelece que, de acordo com a oportunidade e a necessidade, devem ser adotadas medidas que estejam em harmonia com as condições nacionais, no sentido de que, em síntese:
sejam reconhecidas, para fins de negociação coletiva, as organizações representativas das categorias;
os critérios de reconhecimento de organizações, às quais há de ser outorgado o direito de negociar coletivamente, devem ser pré-estabelecidos e objetivos quanto à natureza representativa das organizações;
na possibilidade de a negociação coletiva se estender a qualquer nível, nos países onde ela se desenvolve em níveis múltiplos, as partes devem assegurar-se da coordenação entre esses níveis;
as partes devem ainda precaver-se para que os negociadores, em todas aquelas esferas, passem por treinamento adequado, inclusive com a ajuda das autoridades públicas.
3.4 - Obrigação de negociar: 
Art. 616. Os Sindicatos representativos de categorias econômicas ou profissionais e as empresas, inclusive as que não tenham representação sindical, quando provocados, não podem recusar-se à negociação coletiva.
§ 4º. Nenhum processo de dissídio coletivo de natureza econômica será admitido sem antes se esgotarem as medidas relativas à formalização da Convenção ou Acordo correspondente.
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
 FACULDADE DE DIRIETO
Disciplina: Direito Coletivo do Trabalho
Profª Drª. Veronica Altef Barros
PARTE II: DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
VI - DIPLOMAS NEGOCIAIS COLETIVOS – CONVENÇÃO E ACORDO COLETIVO DE TRABALHO:
1. Conceito:
Art. 611 da CLT. Convenção coletiva de trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais do trabalho.
Art. 611, §1º. É facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar Acordos Coletivos com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das empresas acordantes às respectivas de trabalho.
OBS: Art. 617 - Os empregados de uma ou mais empresas que decidirem celebrar Acordo Coletivo de Trabalho com as respectivas empresas darão ciência de sua resolução, por escrito, ao Sindicato representativo da categoria profissional, que terá o prazo de 8 (oito) dias para assumir a direção dos entendimentos entre os interessados, devendo igual procedimento ser observado pelas empresas interessadas com relação ao Sindicato da respectiva categoria econômica.
§ 1º Expirado o prazo de 8 (oito) dias sem que o Sindicato tenha se desincumbido do encargo recebido, poderão os interessados dar conhecimento do fato à Federação a que estiver vinculado o Sindicato e, em falta dessa, à correspondente Confederação, para que, no mesmo prazo, assuma a direção dos entendimentos. Esgotado esse prazo, poderão os interessados prosseguir diretamente na negociação coletiva até final.
 ATENÇÃO: ART. 8º, CF
§ 2º Para o fim de deliberar sobre o Acordo, a entidade sindical convocará assembleia geral dos diretamente interessados, sindicalizados ou não, nos termos do art. 612. 
2. Distinção:
1ª- Sujeitos: 
OBS: § 2º As Federações e, na falta desta, as Confederações representativas de categorias   econômicas ou profissionais poderão celebrar convenções coletivas de trabalho para reger as relações das categorias a elas vinculadas, inorganizadas em Sindicatos, no âmbito de   suas representações. 
2ª- Âmbito de abrangência: 
3. Prevalência – Convenção e Acordo Coletivo:
- Princípio da norma mais favorável ao trabalhador;
Art. 620. As condições estabelecidas em Convenção, quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em Acordo.
REFORMA TRABALHISTA:
Art. 620.  As condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalho sempre prevalecerão sobre as estipuladas em convenção coletiva de trabalho.” (NR)  
4. Conteúdo:
Art. 613 - As Convenções e os Acordos deverão conter obrigatòriamente:                     
 I - Designação dos Sindicatos convenentes ou dos Sindicatos e empresas acordantes;
II - Prazo de vigência;                      
 III - Categorias ou classes de trabalhadores abrangidas pelos respectivos dispositivos;                        
 IV - Condições ajustadas para reger as relações individuais de trabalho durante sua vigência;                        
 V - Normas para a conciliação das divergências sugeridas entre os convenentes por motivos da aplicação de seus dispositivos;                        
 VI - Disposições sobre o processo de sua prorrogação e de revisão total ou parcial de seus dispositivos;                      
VII - Direitos e deveres dos empregados e empresas;                       
 VIII - Penalidades para os Sindicatos convenentes, os empregados e as empresas em caso de violação de seus dispositivos. 
REFORMA TRABALHISTA:
Art. 611-A.  A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: 
I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais; 
II - banco de horas anual;  
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas;  
IV - adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei no 13.189, de 19 de novembro de 2015; 
V - plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem como identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança; 
VI - regulamento empresarial;
 VII - representante dos trabalhadores no local de trabalho; 
VIII - teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente;  
IX - remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e remuneração por desempenho individual;  
X - modalidade de registro de jornada de trabalho;  
XI - troca do dia de feriado; 
XII - enquadramento do grau de insalubridade; 
XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho;  
XIV - prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas de incentivo;  
XV - participação nos lucros ou resultados da empresa. 
5. Duração:
Art. 614. § 3º Não será permitido estipular duração de Convenção ou Acordo superior a 2 (dois) anos. 
6. Aplicação dos diplomas negociais ao contrato de trabalho:
Súmula nº 277 do TST
CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO OU ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. EFICÁCIA. ULTRATIVIDADE (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
As cláusulas normativas dos acordos coletivos ou convenções coletivas integram os contratos individuais de trabalho e somente poderão ser modificadas ou suprimidas mediante negociação coletiva de trabalho.  
REFORMA TRABALHISTA:
“Art. 614.  
§ 3o  Não será permitido estipular duração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho superior a dois anos, sendo vedada a ultratividade.” (NR)  
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
 FACULDADE DE DIRIETO
Disciplina: Direito Coletivo do Trabalho
Profª Drª. Veronica Altef Barros
PARTE II: DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
VII - GREVE
ASPECTOS GERAIS:
- é de fato mecanismo de autotutela de interesses;
- coerção pelos particulares – a qual tem sido restringida. 
- Exceção à tendência restritiva: a greve;
Art. 9º, CF/88. É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
INSTITUTO DA GREVE – LEI 7783/89
- Conceito: paralisação provisória, parcial ou total, das atividades dos trabalhadores em face de seus empregadores ou tomadores deserviços, com o objetivo de exercer-lhes pressão, visando a defesa ou conquista de interesses coletivos, ou com objetivos sociais mais amplos.
Art. 2º. Suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador.
- Características:
- Caráter coletivo do movimento;
- Sustação de atividades contratuais;
- exercício coercitivo coletivo e direto: instrumento direto de pressão coletiva. 
OBS: Não autoriza atos de violência contra seu empregador, seu patrimônio, e contra colegas empregados.
Art. 15. A responsabilidade pelos atos praticados, ilícitos ou crimes cometidos, no curso da greve, será apurada, conforme o caso, segundo a legislação trabalhista civil ou penal.
- Enquadramento variável de seu prazo de duração: regra geral, trata-se de suspensão do contrato de trabalho. 
- Limitações ao Direito:
1ª- Não poderá ser deflagrada quando haja acordo, convenção coletiva ou sentença normativa em vigor, (art. 14). 
Art. 14 Constitui abuso do direito de greve a inobservância das normas contidas na presente Lei, bem como a manutenção da paralisação após a celebração de acordo, convenção ou decisão da Justiça do Trabalho.
Parágrafo único. Na vigência de acordo, convenção ou sentença normativa não constitui abuso do exercício do direito de greve a paralisação que:
I - tenha por objetivo exigir o cumprimento de cláusula ou condição;
II - seja motivada pela superveniência de fatos novo ou acontecimento imprevisto que modifique substancialmente a relação de trabalho.
2ª- Serviços cuja paralisação resulte prejuízo irreparável, pela deterioração irreversível de bens, máquinas e equipamentos (art. 9º) 
Art. 9º Durante a greve, o sindicato ou a comissão de negociação, mediante acordo com a entidade patronal ou diretamente com o empregador, manterá em atividade equipes de empregados com o propósito de assegurar os serviços cuja paralisação resultem em prejuízo irreparável, pela deterioração irreversível de bens, máquinas e equipamentos, bem como a manutenção daqueles essenciais à retomada das atividades da empresa quando da cessação do movimento.
Parágrafo único. Não havendo acordo, é assegurado ao empregador, enquanto perdurar a greve, o direito de contratar diretamente os serviços necessários a que se refere este artigo.
3ª- Serviços e atividades essenciais (art. 10 e art. 11)
Art. 11. Nos serviços ou atividades essenciais, os sindicatos, os empregadores e os trabalhadores ficam obrigados, de comum acordo, a garantir, durante a greve, a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
Parágrafo único. São necessidades inadiáveis, da comunidade aquelas que, não atendidas, coloquem em perigo iminente a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população.
Art. 10 São considerados serviços ou atividades essenciais:
I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis;
II - assistência médica e hospitalar;
III - distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos;
IV - funerários;
V - transporte coletivo;
VI - captação e tratamento de esgoto e lixo;
VII - telecomunicações;
VIII - guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares;
IX - processamento de dados ligados a serviços essenciais;
X - controle de tráfego aéreo;
XI compensação bancária.
- Requisitos: 
1º- Ocorrência de real tentativa de negociação, antes de deflagrar o movimento grevista (art. 3º)
Art. 3º Frustrada a negociação ou verificada a impossibilidade de recursos via arbitral, é facultada a cessação coletiva do trabalho.
Parágrafo único. A entidade patronal correspondente ou os empregadores diretamente interessados serão notificados, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, da paralisação.
3º- Aviso prévio à parte adversa: antecedência mínima de 48 horas da paralisação (art. 3º, § ú.) – serviços ou atividades essenciais – 72 horas (art. 13)
Art. 13 Na greve, em serviços ou atividades essenciais, ficam as entidades sindicais ou os trabalhadores, conforme o caso, obrigados a comunicar a decisão aos empregadores e aos usuários com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas da paralisação.
4º- Atendimento às necessidades inadiáveis da comunidade no contexto de greve em serviços ou atividades essenciais.
- Procedimento: 
Insatisfação – provocação do sindicato – convocação de assembleia – deliberação – pauta de reivindicações – tentativa de negociação diretamente com o patrão – negociação frustrada – nova assembleia – deliberação pela greve – comunicação no prazo legal à entidade patronal, ao patrão e à comunidade (conforme o caso) – greve. 
Art. 4º Caberá à entidade sindical correspondente convocar, na forma do seu estatuto, assembleia geral que definirá as reivindicações da categoria e deliberará sobre a paralisação coletiva da prestação de serviços.
§ 1º O estatuto da entidade sindical deverá prever as formalidades de convocação e o quorum para a deliberação, tanto da deflagração quanto da cessação da greve.
§ 2º Na falta de entidade sindical, a assembléia geral dos trabalhadores interessados deliberará para os fins previstos no "caput", constituindo comissão de negociação.
- Direitos e deveres dos grevistas:
Art. 6º São assegurados aos grevistas, dentre outros direitos:
I - o emprego de meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem à greve;
II - a arrecadação de fundos e a livre divulgação do movimento.
§ 1º Em nenhuma hipótese, os meios adotados por empregados e empregadores poderão violar ou constranger os direitos e garantias fundamentais de outrem.
§ 2º É vedado às empresas adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento.
§ 3º As manifestações e atos de persuasão utilizados pelos grevistas não poderão impedir o acesso ao trabalho nem causar ameaça ou dano à propriedade ou pessoa.
A) Direitos:
- utilização de meios pacíficos de persuasão;
- arrecadação de fundos por meios lícitos;
- livre divulgação do movimento;
- não serem constrangidos pelo empregador para comparecer ao trabalho;
- proteção contra a dispensa por parte do empregador;
- proteção contra a contratação de substitutos pelo empregador, salvo no caso de prejuízo irreparável (art. 9º, § ú); e no caso de abuso do direito de greve (art. 14).
B) Deveres:
- assegurar a prestação de serviços indispensáveis às necessidades inadiáveis da comunidade, quando realizando greve em serviços ou atividades essenciais;
- organizar equipes para manutenção de serviços cuja paralisação provoque prejuízos irreparáveis ou que sejam essenciais à posterior retomada das atividades pela empresa; não fazer greve após celebração de convenção ou acordo coletivo ou decisão judicial relativa ao movimento; respeitar direitos fundamentais de outrem; não produzir atos de violência, quer se trate de depreciação de bens, quer sejam ofensas físicas ou morais a alguém.
- Efeitos no contrato individual de trabalho:
Art. 7º Observadas as condições previstas nesta Lei, a participação em greve suspende o contrato de trabalho, devendo as relações obrigacionais, durante o período, ser regidas pelo acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho.
Parágrafo único. É vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos, exceto na ocorrência das hipóteses previstas nos arts. 9º e 14.
- Responsabilidade pelos atos praticados no curso da greve:
Art. 15 A responsabilidade pelos atos praticados, ilícitos ou crimes cometidos, no curso da greve, será apurada, conforme o caso, segundo a legislação trabalhista, civil ou penal.
Parágrafo único. Deverá o Ministério Público, de ofício, requisitar a abertura do competente inquérito e oferecer denúncia quando houver indício da prática de delito.
UNIVERSIDADEPRESBITERIANA MACKENZIE
FACULDADE DE DIRIETO
Disciplina: Direito Coletivo do Trabalho
Profª Drª. Veronica Altef Barros
PARTE II: DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
MEDIAÇÃO NOS CONFLITOS COLETIVOS DE TRABALHO
Art. 114, CF. § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. 
Art. 11, Lei 10192/91. Frustrada a negociação entre as partes, promovida diretamente ou através de mediador, poderá ser ajuizada a ação de dissídio coletivo.
 Art. 2º, Decreto 1572/95. Frustrada a negociação direta, na respectiva data-base anual, as partes poderão escolher, de comum acordo, mediador para composição do conflito.
        § 1º Caso não ocorra a escolha na forma do caput deste artigo, as partes poderão solicitar, ao Ministério do Trabalho, a designação de mediador.
        § 2º A parte que se considerar sem as condições adequadas para, em situação de equilíbrio, participar de negociação direta, poderá, desde logo, solicitar ao Ministério do Trabalho a designação de mediador.
a- integra o processo de negociação coletiva de trabalho;
Art. 3º. Portaria 817/95. O exercício da mediação integra o processo de negociação coletiva de trabalho e visa oferecer às partes informações sobre os efeitos e conseqüências do conflito, formular propostas ou recomendações às representações em litígio e estimulá-las à solução aceitável.
b.- objetivos (art. 3º Portaria 817/95): 
oferecer às partes informações sobre os efeitos e consequências do conflito; 
 formular propostas ou recomendações às representações em litígio; 
estimular solução aceitável;
c – Pressupostos para instauração do processo de mediação:
negociação direta frustrada (art. 2º, Dec. 1572/95)
OBS: Entende-se frustrada a negociação após esgotados os seguintes procedimentos (art 1º, § 1º, Portaria nº 817/95): 
apresentação ou recebimento da pauta de reivindicações;
análise da pauta pela representação patronal;
realização da 1ª reunião ou rodada de negociação;
inexistência de consenso entre as partes sobre o conteúdo total ou parcial da pauta de reivindicações.
parte que se considerar sem condições adequadas de equilíbrio para participar de negociação direta (art. 2º, § 2º, Dec. 1572/95);
d- Designação do mediador: 
Art. 2º, § 3º, Decreto 1572/95. A designação de que tratam os parágrafos anteriores poderá recair em:
        a) mediador previamente cadastrado nos termos do art. 4º desde que as partes concordem quanto ao pagamento dos honorários por ele proposto por ocasião da indicação; ou
        b) servidor do quadro do Ministério do Trabalho, sem ônus para as partes.
- No caso de não ocorrer a escolha de comum acordo ou quando não houver condições adequadas para participar de negociação direta, e as partes solicitarem ao Ministério do Trabalho a designação do mediador: 
Art. 3º Nos casos previstos nos §§ 1º e 2º do artigo anterior, a designação do mediador competirá:
        I - ao Delegado Regional do Trabalho, quando se tratar de negociação de âmbito local ou regional; ou
        II - ao Secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho, na hipótese de negociação de âmbito nacional.
e- Duração: Art. 11, § 3o, Lei 10192/91. Decreto 1572/95
 Art. 5º O mediador designado terá o prazo máximo de trinta dias para a conclusão do processo de negociação, salvo acordo expresso com as partes interessadas.
Parágrafo único. Tendo em vista circunstâncias de ordem pública, o Delegado Regional do Trabalho poderá solicitar redução no prazo de negociação.
Art. 6º Não alcançado o entendimento entre as partes, na negociação direta ou por intermédio de mediador, lavrar-se-á, de imediato, ata contendo:
        I - as causas motivadoras do conflito;
        II - as reivindicações de natureza econômica.
f- Procedimento: Portaria nº 3122/88
Art. 3º. As entidades sindicais e as empresas interessadas na conciliação ou na mediação encaminharão pedido por escrito, em 2 (duas) vias, contendo a matéria ou pauta de reivindicação a ser discutida.
Parágrafo único. Os órgãos regionais do Ministério do Trabalho atenderão às solicitações que versarem sobre interesses coletivos de categorias ou de empregados de uma ou mais empresas. 
Art. 4º. Autuado o pedido, será expedida comunicação aos interessados contendo a designação do dia, local e hora para a mesa-redonda.
§ 1º. A data da mesa-redonda será fixada pelo Delegado Regional do Trabalho, levando em consideração a gravidade do conflito e a urgência na busca da solução conciliatória.
§ 2º. A comunicação será remetida por via postal, facultando-se a entrega pelo requerente, mediante recibo.
Art. 5º. Na mesa-redonda, o Sindicato deverá ser representado por seu presidente ou por diretores e a empresa, por seu titular, diretor ou preposto com poderes para negociar, os quais far-se-ão acompanhar por advogado. 
Art. 6º. O não-comparecimento de uma das partes implicará na lavratura do termo de ausência, facultando-se ao interesse a instauração do dissídio coletivo. 
Art. 7º. O presidente da mesa-redonda poderá determinar às partes que prestem as informações consideradas necessárias à elucidação dos fatos. 
Art. 8º. Realizada a mesa-redonda, lavrar-se-á ata em tantas vias quantas necessárias, a qual deverá conter:
I - número do processo;
II - data e local da realização da mesa-redonda;
III - identificação das partes, nome dos seus representantes, com a indicação dos respectivos cargos;
IV - especificação das cláusulas em que houve acordo entre as partes;
V - requerimento e informações;
VI - cláusulas em que não houve acordo;
VII - assinaturas das partes.
Parágrafo único. O original da ata permanecerá no processo, sendo entregue cópia aos participantes da mesa-redonda."
DISSÍDIO COLETIVO
a- Conceito: processo que vai dirimir os conflitos coletivos do trabalho;
b- Objetivo: visando a criação, a modificação ou interpretação de normas que irão incidir no âmbito das categorias envolvidas.
c- Classificação:
- Os conflitos coletivos de trabalho se classificam em: 
- Econômicos ou de interesse: são aqueles em que os trabalhadores reivindicam novas e melhores condições de trabalho; Trata-se de ação constitutiva.
- Jurídicos ou de direito: É uma ação declaratória, cujo objeto reside apenas na interpretação de normas coletivas preexistentes que vigoram no âmbito de uma dada categoria.
- dissídio de greve;
d- Competência: 
- TST – se a base territorial sindical for superior à da jurisdição de um TRT;
- TRT – quando o dissídio envolver categorias profissionais sob a sua jurisdição;
Exceção: Se o sindicato tiver sua base territorial sobre todo o Estado de São Paulo, onde existem dois tribunais (São Paulo – 2ª e Campinas – 15ª) – competência do TRT da 2ª Região.
e- Partes: 
- Nomenclatura: suscitante e suscitado;
- Sindicato da categoria profissional e sindicato da categoria econômica ou empresa (s);
OBS: Quando não houver sindicato representativo da categoria econômica ou profissional, poderá o dissídio coletivo ser ajuizado pelas federações correspondentes e, na falta destes, pelas confederações respectivas, no âmbito de sua representação (art. 857, § único, CLT).
Art. 857 - A representação para instaurar a instância em dissídio coletivo constitui prerrogativa das associações sindicais, excluídas as hipóteses aludidas no art. 856, quando ocorrer suspensão do trabalho.
        Parágrafo único. Quando não houver sindicato representativo da categoria econômica ou profissional, poderá a representação ser instaurada pelas federações correspondentes e, na falta destas, pelas confederações respectivas, no âmbito de sua representação. 
- Ministério Público do Trabalho:
Art. 114. §3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. 
f- Pressupostos: 
- Negociação coletiva prévia: 
Art. 114, CF. § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. 
Art. 616, CLT - Os Sindicatos representativos de categorias econômicas ou profissionais e as empresas, inclusive as que não tenham representação sindical, quando provocados, não podem recusar-se à negociação coletiva. 
- Deliberação em assembleia: 
Art. 859, CLT - A representação dos sindicatos para instauração da instância fica subordinada à aprovação de assembleia, da qual participem os associados interessados na solução do dissídio coletivo, em primeira convocação, por maioria de 2/3 (dois terços) dos mesmos, ou, em segunda convocação, por 2/3 (dois terços) dos presentes. 
OBS: Princípio da liberdade sindical e autonomia sindical.
- “De comum acordo”: discussão de inconstitucionalidade no STF.
g- Procedimento: 
- Petição inicial: 
- deve ser obrigatoriamente escrita;
- dirigida ao presidente do Tribunal Regional do Trabalho, que tem competência originária para processá-lo, ou para o presidente do Tribunal Superior do Trabalho caso o conflito tenha extensão que ultrapasse a de um Tribunal Regional do Trabalho. 
- individualização por cláusulas das condições de trabalho pretendidas e com proposta de conciliação;
- deve conter os motivos do dissídio – os motivos que justificam as cláusulas constantes da pauta de reivindicações da categoria profissional; 
- documentos essenciais: 
- edital de convocação da assembleia geral da categoria; 
- ata da assembleia geral; 
- lista de presença da assembleia geral; registros da frustração da negociação coletiva; 
- norma coletiva anterior; instrumento de mandato passada pelo presidente do sindicato; - comprovação da concordância entre as partes. 
OBS: Entendimento doutrinário: Se o autor não colacionar documento comprobatório da concordância do réu com o ajuizamento da demanda, poderá o órgão judicial competente aplicar analogicamente o art. 870, § 1º, CLT e determinar a intimação do réu para que, no prazo assinalado, manifeste sua concordância ou não com a ‘instauração’ do dissídio. Decorrido o prazo sem manifestação do réu, haverá concordância tácita. Se o réu não concordar expressamente no prazo assinalado, o processo deverá ser extinto sem resolução do mérito. 
- Distribuição e encaminhamento para a Seção Especializada em Dissídio Coletivo nos Tribunais do Trabalho que a têm, ou para o Pleno, naqueles que não a têm, observado o disposto no regimento interno do Tribunal. 
- Citação do suscitado para audiência de conciliação e defesa; 
- Audiência de conciliação, presidida pelo presidente do Tribunal ou pelo vice-presidente ou pelo magistrado que o regimento interno indicar; 
Art. 860 - Recebida e protocolada a representação, e estando na devida forma, o Presidente do Tribunal designará a audiência de conciliação, dentro do prazo de 10 (dez) dias, determinando a notificação dos dissidentes, com observância do disposto no art. 841.
Art. 861 - É facultado ao empregador fazer-se representar na audiência pelo gerente, ou por qualquer outro preposto que tenha conhecimento do dissídio, e por cujas declarações será sempre responsável.
- Havendo conciliação, a lavratura da ata da seção do Tribunal da qual constará o que foi conciliado; 
- Encaminhamento, pelo relator, para o colegiado homologar a conciliação;
Art. 862 - Na audiência designada, comparecendo ambas as partes ou seus representantes, o Presidente do Tribunal as convidará para se pronunciarem sobre as bases da conciliação. Caso não sejam aceitas as bases propostas, o Presidente submeterá aos interessados a solução que lhe pareça capaz de resolver o dissídio.
        Art. 863 - Havendo acordo, o Presidente o submeterá à homologação do Tribunal na primeira sessão.
- Não havendo conciliação, prazo para manifestação do Ministério Público do Trabalho, e julgamento do dissídio pelo Tribunal; 
Art. 864 - Não havendo acordo, ou não comparecendo ambas as partes ou uma delas, o presidente submeterá o processo a julgamento, depois de realizadas as diligências que entender necessárias e ouvida a Procuradoria. 
OBS: Entendimento doutrinário: Nos dissídios de natureza econômica, instaurados de comum acordo pelas partes, não haverá a necessidade de resposta, sendo que, frustrada a conciliação em audiência, após a manifestação do MPT, haverá a sentença normativa.
- Publicação da sentença normativa, com o que passa a correr prazo para recurso ordinário ao TST em 8 dias; 
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Disciplina: Direito Coletivo do Trabalho
Profª Drª. Veronica Altef Barros
PARTE III: DIREITO ADMINISTRATIVO DO TRABALHO
CAP.1. O MINISTÉRIO DO TRABALHO:
- Decreto 8894/2016:
- Competência: 
Art. 1º  O Ministério do Trabalho, órgão da administração pública federal direta, tem como área de competência os seguintes assuntos:
I - política e diretrizes para a geração de emprego e renda e de apoio ao trabalhador;
II - política e diretrizes para a modernização das relações do trabalho;
III - fiscalização do trabalho, inclusive do trabalho portuário, e aplicação das sanções previstas em normas legais ou coletivas;
IV - política salarial;
V - formação e desenvolvimento profissional;
VI - segurança e saúde no trabalho;
VII - política de imigração; e
VIII - cooperativismo e associativismo urbanos.
- Estrutura organizacional: 
Art. 2º  O Ministério do Trabalho tem a seguinte estrutura organizacional:
I - órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado do Trabalho:
a) Gabinete;
b) Secretaria-Executiva:
1. Corregedoria;
2. Coordenação-Geral do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço;
3. Departamento de Tecnologia da Informação; e
4. Subsecretaria de Orçamento e Administração;
c) Consultoria Jurídica;
d) Ouvidoria-Geral;
e) Assessoria Especial de Controle Interno;
f) Assessoria Especial de Gestão Estratégica; e
g) Assessoria Especial de Apoio ao Ministro;
II - órgãos específicos singulares:
a) Secretaria de Políticas Públicas de Emprego:
1. Departamento de Emprego e Renda;
2. Departamento de Gestão de Benefícios; e
3. Departamento de Políticas de Empregabilidade;
b) Secretaria de Inspeção do Trabalho:
1. Departamento de Fiscalização do Trabalho; e
2. Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho;
c) Secretaria de Relações do Trabalho; e
d) Subsecretaria de Economia Solidária;
III - unidades descentralizadas: Superintendências Regionais do Trabalho;
IV - órgãos colegiados:
a) Conselho Nacional do Trabalho;
b) Conselho Nacional de Imigração;
c) Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço;
d) Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador; e
e) Conselho Nacional de Economia Solidária; e
V - entidade vinculada: Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - Fundacentro.
- Superintendência Regional do Trabalho: 
Art. 23.  Às Superintendências Regionais do Trabalho, unidades descentralizadas subordinadas diretamente ao Ministro de Estado, compete a execução, a supervisão e o monitoramento de ações relacionadas a políticas públicas afetas ao Ministério do Trabalho na sua área de jurisdição, especialmente as de:
I - fomento ao trabalho, ao emprego e à renda;
II - execução do Sistema Público de Emprego;
III - fiscalização do trabalho, da mediação e da arbitragem em negociação coletiva; e
IV - melhoria contínua nas relações do trabalho, na orientação e no apoio aocidadão.
CAP.2 DA FISCALIZAÇÃO DO TRABALHO 
- Competência: 
Art. 626 - Incumbe às autoridades competentes do Ministério do Trabalho, Industria e Comercio, ou àquelas que exerçam funções delegadas, a fiscalização do fiel cumprimento das normas de proteção ao trabalho.
- Locais sujeitos à inspeção: 
 Art. 9o,  Decreto 4552/02. A inspeção do trabalho será promovida em todas as empresas, estabelecimentos e locais de trabalho, públicos ou privados, estendendo-se aos profissionais liberais e instituições sem fins lucrativos, bem como às embarcações estrangeiras em águas territoriais brasileiras.
- Acesso do Auditor-fiscal: 
Decreto 4552/02
Art. 12.  A exibição da credencial é obrigatória no momento da inspeção, salvo quando o Auditor-Fiscal do Trabalho julgar que tal identificação prejudicará a eficácia da fiscalização, hipótese em que deverá fazê-lo após a verificação física.
Parágrafo único.  O Auditor-Fiscal somente poderá exigir a exibição de documentos após a apresentação da credencial.
Art. 13.  O Auditor-Fiscal do Trabalho, munido de credencial, tem o direito de ingressar, livremente, sem prévio aviso e em qualquer dia e horário, em todos os locais de trabalho mencionados no art. 9o.
Art. 14.  Os empregadores, tomadores e intermediadores de serviços, empresas, instituições, associações, órgãos e entidades de qualquer natureza ou finalidade são sujeitos à inspeção do trabalho e ficam, pessoalmente ou por seus prepostos ou representantes legais, obrigados a franquear, aos Auditores-Fiscais do Trabalho, o acesso aos estabelecimentos, respectivas dependências e locais de trabalho, bem como exibir os documentos e materiais solicitados para fins de inspeção do trabalho.
Art. 15.  As inspeções, sempre que necessário, serão efetuadas de forma imprevista, cercadas de todas as cautelas, na época e horários mais apropriados a sua eficácia.
OBS: 
1ª. Art. 20.  A obrigação do Auditor-Fiscal do Trabalho de inspecionar os estabelecimentos e locais de trabalho situados na área de inspeção que lhe compete, em virtude do rodízio de que trata o art. 6o, § 1o, não o exime do dever de, sempre que verificar, em qualquer estabelecimento, a existência de violação a disposições legais, comunicar o fato, imediatamente, à autoridade competente.
        Parágrafo único.  Nos casos de grave e iminente risco à saúde e segurança dos trabalhadores, o Auditor-Fiscal do Trabalho atuará independentemente de sua área de inspeção.
2ª. Art. 35.  É vedado aos Auditores-Fiscais do Trabalho e aos Agentes de Higiene e Segurança do Trabalho:
        I - revelar, sob pena de responsabilidade, mesmo na hipótese de afastamento do cargo, os segredos de fabricação ou comércio, bem como os processos de exploração de que tenham tido conhecimento no exercício de suas funções;
        II - revelar informações obtidas em decorrência do exercício das suas competências;
        III - revelar as fontes de informações, reclamações ou denúncias; e
        IV - inspecionar os locais em que tenham qualquer interesse direto ou indireto, caso em que deverão declarar o impedimento.
- Dupla visita: 
Art. 627 - A fim de promover a instrução dos responsáveis no cumprimento das leis de proteção do trabalho, a fiscalização deverá observar o critério de dupla visita nos seguintes casos:
quando ocorrer promulgação ou expedição de novas leis, regulamentos ou instruções ministeriais, sendo que, com relação exclusivamente a esses atos, será feita apenas a instrução dos responsáveis;
em se realizando a primeira inspeção dos estabelecimentos ou dos locais de trabalho, recentemente inaugurados ou empreendidos.
Decreto 4552/02
 Art. 23.  Os Auditores-Fiscais do Trabalho têm o dever de orientar e advertir as pessoas sujeitas à inspeção do trabalho e os trabalhadores quanto ao cumprimento da legislação trabalhista, e observarão o critério da dupla visita nos seguintes casos:
        I - quando ocorrer promulgação ou expedição de novas leis, regulamentos ou instruções ministeriais, sendo que, com relação exclusivamente a esses atos, será feita apenas a instrução dos responsáveis;
        II - quando se tratar de primeira inspeção nos estabelecimentos ou locais de trabalho recentemente inaugurados ou empreendidos;
        III - quando se tratar de estabelecimento ou local de trabalho com até dez trabalhadores, salvo quando for constatada infração por falta de registro de empregado ou de anotação da CTPS, bem como na ocorrência de reincidência, fraude, resistência ou      embaraço à fiscalização; e
        IV - quando se tratar de microempresa e empresa de pequeno porte, na forma da lei específica.
- Procedimento comum: 
- Registro e lavratura do auto de infração:
Art. 628.  Salvo o disposto nos arts. 627 e 627-A, a toda verificação em que o Auditor-Fiscal do Trabalho concluir pela existência de violação de preceito legal deve corresponder, sob pena de responsabilidade administrativa, a lavratura de auto de infração. 
 § 1º Ficam as empresas obrigadas a possuir o livro intitulado "Inspeção do Trabalho", cujo modelo será aprovado por portaria Ministerial. 
 § 2º Nesse livro, registrará o agente da inspeção sua visita ao estabelecimento, declarando a data e a hora do início e término da mesma, bem como o resultado da inspeção, nele consignando, se for o caso, todas as irregularidades verificadas e as exigências feitas, com os respectivos prazos para seu atendimento, e, ainda, de modo legível, os elementos de sua identificação funcional.  
- Defesa:
Art. 629, § 3º O infrator terá, para apresentar defesa, o prazo de 10 (dez) dias contados do recebimento do auto.
Art. 632 - Poderá o autuado requerer a audiência de testemunhas e as diligências que lhe parecerem necessárias à elucidação do processo, cabendo, porém, à autoridade, julgar da necessidade de tais provas.
Art. 633 - Os prazos para defesa ou recurso poderão ser prorrogados de acordo com despacho expresso da autoridade competente, quando o autuado residir em localidade diversa daquela onde se achar essa autoridade.
- Recurso:
Art. 635 -   De toda decisão que impuser multa por infração das leis e disposições reguladoras do trabalho, e não havendo forma especial de processo caberá recurso para o Diretor-Geral Departamento ou Serviço do Ministério do Trabalho e Previdência Social, que fôr competente na matéria. 
 Parágrafo único. As decisões serão sempre fundamentadas.
- Prazo: 
Art. 636. Os recursos devem ser interpostos no prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento da notificação, perante autoridade que houver imposto a multa, a qual, depois de os informar encaminhá-los-á à autoridade de instância superior. 
 
§ 1º - O recurso só terá seguimento se o interessado o instruir com a prova do depósito da multa. 
- Não provimento do recurso: 
Art. 639 - Não sendo provido o recurso, o depósito se converterá em pagamento.
- Multa:
Caso a multa não seja quitada, o débito é encaminhado à Procuradoria da Fazenda Nacional - PFN, órgão responsável pela inscrição em Dívida Ativa e cobrança executiva.
- Procedimento especial: 
Art. 627-A.  Poderá ser instaurado procedimento especial para a ação fiscal, objetivando a orientação sobre o cumprimento das leis de proteção ao trabalho, bem como a prevenção e o saneamento de infrações à legislação mediante Termo de Compromisso, na forma a ser disciplinada no Regulamento da Inspeção do Trabalho.  
- Decreto 4552/02:
Art. 27.  Considera-se procedimento especial para a ação fiscal aquele que objetiva a orientação sobre o cumprimento das leis de proteção ao trabalho, bem como a prevenção e o saneamento de infrações à legislação.
        Art. 28.  O procedimento especial para a ação fiscal poderá ser instaurado pelo Auditor-Fiscal do Trabalho quando concluir pela ocorrência de motivo grave ou relevante que impossibilite ou dificulte o cumprimento da legislação trabalhista por pessoas ou setor econômico sujeito à inspeção do trabalho, coma anuência da chefia imediata.
        § 1o  O procedimento especial para a ação fiscal iniciará com a notificação, pela chefia da fiscalização, para comparecimento das pessoas sujeitas à inspeção do trabalho, à sede da unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego.
        § 2o  A notificação deverá explicitar os motivos ensejadores da instauração do procedimento especial.
        § 3o  O procedimento especial para a ação fiscal destinado à prevenção ou saneamento de infrações à legislação poderá resultar na lavratura de termo de compromisso que estipule as obrigações assumidas pelo compromissado e os prazos para seu cumprimento.
        § 4o  Durante o prazo fixado no termo, o compromissado poderá ser fiscalizado para verificação de seu cumprimento, sem prejuízo da ação fiscal em atributos não contemplados no referido termo.
        § 5o  Quando o procedimento especial para a ação fiscal for frustrado pelo não-atendimento da convocação, pela recusa de firmar termo de compromisso ou pelo descumprimento de qualquer cláusula compromissada, serão lavrados, de imediato, os respectivos autos de infração, e poderá ser encaminhando relatório circunstanciado ao Ministério Público do Trabalho.
        § 6o  Não se aplica o procedimento especial de saneamento às situações de grave e iminente risco à saúde ou à integridade física do trabalhador.
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PARTE III: DIREITO ADMINISTRATIVO DO TRABALHO
(Cont.) CAP.2 DA FISCALIZAÇÃO DO TRABALHO 
FISCALIZAÇÃO INDIRETA: 
- Instrução Normativa SIT n.105/2014
- Conceito:
Art. 2º Considera-se fiscalização indireta aquela que envolve apenas análise documental, a partir de notificações aos empregadores, por via postal ou outro meio de comunicação, mediante a comprovação do recebimento, para apresentação de documentos ou para comprovação de cumprimento de obrigações, nas unidades descentralizadas do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, ou através de envio eletrônico de informações, em data e horário definidos.
- Modalidades:
Art. 2º. § 2º A fiscalização indireta pode ser:
I - Presencial: aquela que exige o comparecimento do empregador ou seu preposto à unidade descentralizada do MTE; ou
II - Eletrônica: aquela que dispensa o comparecimento do empregador ou seu preposto, exigindo apenas a apresentação de documentos em meio digital, via correio eletrônico institucional, à unidade descentralizada do MTE.
- Não comparecimento do empregador ou não envio dos documentos:
Art. 5º Caso o empregador, notificado nos termos do art. 3º, não compareça no dia e hora determinados, ou não envie os documentos exigidos na notificação na forma requerida, o AFT deve lavrar auto de infração capitulado no art. 630, §§ 3º ou 4º, da CLT, que deve ser obrigatoriamente acompanhado da via original do AR ou de outro documento que comprove o recebimento da respectiva notificação, independentemente de outras autuações ou procedimentos fiscais cabíveis.
PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO DO TRABALHO DOMÉSTICO:
- Instrução Normativa SIT n.110/2014
- Preferencialmente mediante procedimento de fiscalização indireta.
- Fiscalização indireta:
Considera-se fiscalização indireta a realizada por meio de sistema de notificações para apresentação de documentos nas unidades descentralizadas do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE.
OBS: Fiscalização no local de trabalho
Art. 4º Em caso de necessidade de fiscalização do local de trabalho, o AFT, após apresentar sua Carteira de Identidade Fiscal (CIF) e em observância ao mandamento constitucional da inviolabilidade do domicílio, dependerá de consentimento expresso e escrito do empregador para ingressar na residência onde ocorra a prestação de serviços por empregado doméstico.
- Procedimento da fiscalização indireta:
- será iniciada mediante a emissão de notificação por via postal, com Aviso de Recebimento - AR, que liste a documentação a ser apresentada e indique dia, hora e unidade descentralizada do MTE para a apresentação dos referidos documentos, fazendo-se constar expressamente a advertência de que o desatendimento à notificação acarretará a lavratura dos autos de infração cabíveis.
OBS: Impossibilidade de comparecimento:
Art. 2º, § 2º Em caso de impossibilidade de comparecimento, o empregador poderá fazer-se representar, independentemente de carta de preposição, por pessoa da família que seja maior de dezoito anos e capaz, resida no local onde ocorra a prestação de serviços pelo empregado doméstico e apresente a documentação requerida.
- Caso o empregador não compareça:
Art. 3º Caso o empregador, notificado para apresentação de documentos, não compareça no dia e hora determinados, o AFT deverá lavrar auto de infração capitulado no § 3º ou no § 4º do art. 630 da CLT, ao qual anexará via original da notificação emitida e, se for o caso, do AR que comprove o recebimento da respectiva notificação, independentemente de outras autuações ou procedimentos fiscais cabíveis.
PROCEDIMENTO DE EMBARGO E INTERDIÇÃO:
- Portaria n. 1719/ 2014
- Natureza: caráter de urgência e medida preventiva
- Objetivo: 
- evitar o dano à integridade física do trabalhador.
- Fato gerador do embargo ou interdição: 
- condição ou situação de trabalho que caracterize risco grave e iminente ao trabalhador.
Art. 3º § 1º Considera-se grave e iminente risco toda condição ou situação de trabalho que possa causar acidente ou doença relacionada ao trabalho com lesão grave à integridade física do trabalhador.
- Diferença:
Art. 3º. § 2º O embargo implica a paralisação total ou parcial da obra, considerada todo e qualquer serviço de engenharia de construção, montagem, instalação, manutenção ou reforma.
§ 3º A interdição implica a paralisação total ou parcial do estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento.
- Procedimento: 
OBS: Art. 6º. § 4º O processo administrativo de embargo ou interdição deverá ter tramitação prioritária, em todas as suas etapas.
Art. 5º Quando o Auditor Fiscal do Trabalho - AFT constatar, em verificação física no local de trabalho, grave e iminente risco que justifique embargo ou interdição, deverá lavrar com a urgência que o caso requer Relatório Técnico em duas vias, que contenha:
I - identificação do empregador com nome, inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ ou Cadastro de Pessoa Física - CPF, código na Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE e endereço do estabelecimento em que será aplicada a medida;
II - endereço do empregador, caso a medida seja aplicada em obra, local de prestação de serviço ou frente de trabalho realizada fora do estabelecimento;
III - identificação precisa do objeto da interdição ou embargo;
IV - descrição dos fatores de risco e indicação dos riscos a eles relacionados;
V - indicação clara e objetiva das medidas de proteção da segurança e saúde no trabalho que deverão ser adotadas pelo empregador;
VI - assinatura e identificação do AFT, contendo nome, cargo e número da Carteira de Identidade Fiscal - CIF; e
VII - indicação da relação de documentos que devem ser apresentados pelo empregador quando houver a necessidade de comprovação das medidas de proteção por meio de relatório, projeto, cálculo, laudo ou outro documento.
- Suspensão do embargo ou interdição: 
Art. 9º Caberá ao empregador requerer o levantamento do embargo ou da interdição a qualquer momento, após adoção das medidas de proteção da segurança e saúde no trabalho indicadas no Relatório Técnico.
Art. 11. A seção, setor ou núcleo de segurança e saúde no trabalho ou seção ou setor de inspeção do trabalho deverá providenciar nova inspeção no estabelecimento, local da prestação de serviço ou frente de trabalho, para verificação da adoção das medidas indicadas no Relatório Técnico.
- Recursos:
Art. 14. Contra os atosrelativos a embargo ou interdição, cabe a interposição de recurso administrativo à Coordenação-Geral de Recursos - CGR da Secretaria de Inspeção do Trabalho, que poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso.
Art. 15. O recurso deverá ser protocolizado na SRTE ou na GRTE mais próxima do município do local da interdição ou embargo, no prazo de dez dias contado da ciência do termo de embargo ou interdição, e será recebido e autuado em processo administrativo apartado no qual constituirá a peça inaugural, sendo suas folhas numeradas e rubricadas a tinta.
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE – FACULDADE DE DIREITO
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
Profª. Drª. Veronica Altef Barros
ROTEIRO – DIREITO ADMINISTRATIVO DO TRABALHO
PROGRAMA SEGURO-DESEMPREGO:
ASPECTOS GERAIS:
- Lei n.7998/90
- Objetivo: 
Art. 2º O programa do seguro-desemprego tem por finalidade:
I - prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa causa, inclusive a indireta, e ao trabalhador comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição análoga à de escravo;  
      
 II - auxiliar os trabalhadores na busca ou preservação do emprego, promovendo, para tanto, ações integradas de orientação, recolocação e qualificação profissional.     
 
 Art. 2o-A.  Para efeito do disposto no inciso II do art. 2o, fica instituída a bolsa de qualificação profissional, a ser custeada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT, à qual fará jus o trabalhador que estiver com o contrato de trabalho suspenso em virtude de participação em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador, em conformidade com o disposto em convenção ou acordo coletivo celebrado para este fim.  
- Modalidades: 
Seguro-Desemprego Formal
Seguro-Desemprego Pescador Artesanal
Bolsa de Qualificação Profissional
Seguro-Desemprego Empregado Doméstico
Seguro-Desemprego Trabalhador Resgatado
SEGURO DESEMPREGO FORMAL
- Requisitos para concessão:
Art. 3º Terá direito à percepção do seguro-desemprego o trabalhador dispensado sem justa causa que comprove:
I - ter recebido salários de pessoa jurídica ou de pessoa física a ela equiparada, relativos a:      (Redação dada pela Lei nº 13.134, de 2015)
a) pelo menos 12 (doze) meses nos últimos 18 (dezoito) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da primeira solicitação;      (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)
b) pelo menos 9 (nove) meses nos últimos 12 (doze) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da segunda solicitação; e      (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)
c) cada um dos 6 (seis) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando das demais solicitações;      (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)
II - (Revogado);      (Redação dada pela Lei nº 13.134, de 2015)
III - não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, previsto no Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, excetuado o auxílio-acidente e o auxílio suplementar previstos na Lei nº 6.367, de 19 de outubro de 1976, bem como o abono de permanência em serviço previsto na Lei nº 5.890, de 8 de junho de 1973;
IV - não estar em gozo do auxílio-desemprego; e
V - não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de sua família.
VI - matrícula e frequência, quando aplicável, nos termos do regulamento, em curso de formação inicial e continuada ou de qualificação profissional habilitado pelo Ministério da Educação, nos termos do art. 18 da Lei no 12.513, de 26 de outubro de 2011, ofertado por meio da Bolsa-Formação Trabalhador concedida no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), instituído pela Lei no 12.513, de 26 de outubro de 2011, ou de vagas gratuitas na rede de educação profissional e tecnológica.      (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)
OBS: Art. 3º. § 4o  O registro como Microempreendedor Individual - MEI, de que trata o art. 18-A da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, não comprovará renda própria suficiente à manutenção da família, exceto se demonstrado na declaração anual simplificada da microempresa
 individual.  (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016)  
- Prazo de concessão: 
Art. 4o O benefício do seguro-desemprego será concedido ao trabalhador desempregado, por período máximo variável de 3 (três) a 5 (cinco) meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo, contados da data de dispensa que deu origem à última habilitação, cuja duração será definida pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat).  
§ 2o A determinação do período máximo mencionado no caput observará a seguinte relação entre o número de parcelas mensais do benefício do seguro-desemprego e o tempo de serviço do trabalhador nos 36 (trinta e seis) meses que antecederem a data de dispensa que originou o requerimento do seguro-desemprego, vedado o cômputo de vínculos empregatícios utilizados em períodos aquisitivos anteriores:      (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)
I - para a primeira solicitação:       (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)
a) 4 (quatro) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 12 (doze) meses e, no máximo, 23 (vinte e três) meses, no período de referência; ou      (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)
b) 5 (cinco) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 24 (vinte e quatro) meses, no período de referência;      (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)
II - para a segunda solicitação:      (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)
a) 3 (três) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 9 (nove) meses e, no máximo, 11 (onze) meses, no período de referência;      (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)
b) 4 (quatro) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 12 (doze) meses e, no máximo, 23 (vinte e três) meses, no período de referência; ou      (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)
c) 5 (cinco) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 24 (vinte e quatro) meses, no período de referência;      (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)
III - a partir da terceira solicitação:       (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)
a) 3 (três) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 6 (seis) meses e, no máximo, 11 (onze) meses, no período de referência;      (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)
b) 4 (quatro) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 12 (doze) meses e, no máximo, 23 (vinte e três) meses, no período de referência; ou      (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)
c) 5 (cinco) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 24 (vinte e quatro) meses, no período de referência.       (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)
§ 3o A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será havida como mês integral para os efeitos do § 2o.      (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)
Quantidade de Parcelas
 
Fonte: http://trabalho.gov.br/seguro-desemprego/modalidades/seguro-desemprego-formal
- Valor do benefício: 
TABELA PARA CÁLCULO DO BENEFÍCIO
SEGURO-DESEMPREGO
JANEIRO/2017
Calcula-se o valor do Salário Médio dos últimos três meses anteriores a dispensa e aplica-se na fórmula abaixo:
Tabela com Valores para 2017
	Faixas de Salário Médio
	Valor da Parcela
	Até R$ R$ 1.450,23
	Multiplica-se saláriomédio por 0.8 (80%)
	De R$ 1.450,24 até R$ 2.417,29
	O que exceder a R$ 1.450,23 multiplica-se por 0.5 (50%) e soma-se a R$ 1.160,18.
	Acima de R$ 2.417,29
	O valor da parcela será de R$ 1.643,72 invariavelmente.
Obs: O valor do benefício não poderá ser inferior ao valor do Salário Mínimo: R$ 937,00
Fonte: http://trabalho.gov.br/seguro-desemprego/modalidades/seguro-desemprego-formal
SEGURO DESEMPREGO – PESCADOR ARTESANAL – Lei 10779/03
- Concessão:
Art. 1o O pescador artesanal de que tratam a alínea “b” do inciso VII do art. 12 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, e a alínea “b” do inciso VII do art. 11 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, desde que exerça sua atividade profissional ininterruptamente, de forma artesanal e individualmente ou em regime de economia familiar, fará jus ao benefício do seguro-desemprego, no valor de 1 (um) salário-mínimo mensal, durante o período de defeso de atividade pesqueira para a preservação da espécie.       (Redação dada pela Lei nº 13.134, de 2015)
OBS:
§ 4o Somente terá direito ao seguro-desemprego o segurado especial pescador artesanal que não disponha de outra fonte de renda diversa da decorrente da atividade pesqueira.       (Incluído dada pela Lei nº 13.134, de 2015)
§ 5o O pescador profissional artesanal não fará jus, no mesmo ano, a mais de um benefício de seguro-desemprego decorrente de defesos relativos a espécies distintas.       (Incluído dada pela Lei nº 13.134, de 2015)
§ 6o A concessão do benefício não será extensível às atividades de apoio à pesca nem aos familiares do pescador profissional que não satisfaçam os requisitos e as condições estabelecidos nesta Lei.       (Incluído dada pela Lei nº 13.134, de 2015)
Art. 2º. § 1o Para fazer jus ao benefício, o pescador não poderá estar em gozo de nenhum benefício decorrente de benefício previdenciário ou assistencial de natureza continuada, exceto pensão por morte e auxílio-acidente.       (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)
- Em síntese, requisitos: 
- Exercer a pesca de forma ininterrupta, sozinho ou em regime de economia familiar;
- Estar impedido de pescar, em função de período de defeso da espécie que captura. 
- Ter cadastro ativo no Registro Geral de Pesca (RGP) há pelo menos um ano, como pescador profissional artesanal;
- Ser segurado especial da Previdência Social, na condição de pescador artesanal;
- Comercializar a sua produção a pessoa física ou jurídica, comprovando a contribuição previdenciária, nos últimos 12 meses imediatamente anteriores ao requerimento do benefício ou desde o último período de defeso até o início do período atual, o que for menor;
- Não estar em gozo de nenhum benefício de prestação continuada da Assistência Social ou da Previdência Social, exceto auxílio-acidente, auxílio-reclusão e pensão por morte; e
- Não ter vínculo de emprego ou outra relação de trabalho ou fonte de renda diversa da decorrente da atividade pesqueira.
Fonte: http://trabalho.gov.br/seguro-desemprego/modalidades/seguro-desemprego-pescador-artesanal
SEGURO DESEMPREGO – BOLSA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL – Lei 7998/90
- Concessão:
Art. 2º. II - auxiliar os trabalhadores na busca ou preservação do emprego, promovendo, para tanto, ações integradas de orientação, recolocação e qualificação profissional.      
 Art. 2o-A.  Para efeito do disposto no inciso II do art. 2o, fica instituída a bolsa de qualificação profissional, a ser custeada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT, à qual fará jus o trabalhador que estiver com o contrato de trabalho suspenso em virtude de participação em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador, em conformidade com o disposto em convenção ou acordo coletivo celebrado para este fim.
- Valor do benefício:
Da mesma forma como é calculado o Seguro-Desemprego, modalidade Formal, o valor mensal do benefício Bolsa Qualificação baseia-se na média dos três últimos salários recebidos pelo trabalhador.
SEGURO DESEMPREGO DO EMPREGO DOMÉSTICO – Lei Complementar 150/2014
- Concessão:
Art. 26.  O empregado doméstico que for dispensado sem justa causa fará jus ao benefício do seguro-desemprego, na forma da Lei no 7.998, de 11 de janeiro de 1990, no valor de 1 (um) salário-mínimo, por período máximo de 3 (três) meses, de forma contínua ou alternada. 
- Requisitos:
O empregado doméstico dispensado sem justa causa que comprovar:
- Ter trabalhado como empregado doméstico pelo menos 15 meses nos últimos 24 meses;
- Não estar recebendo nenhum benefício da Previdência Social, exceto auxílio-acidente e pensão por morte;
- Não possuir renda própria para seu sustento e de sua família.
Fonte: http://trabalho.gov.br/seguro-desemprego/modalidades/seguro-desemprego-empregado-domestico
 
SEGURO DESEMPREGO – TRABALHADOR RESGATADO- Lei 7998/90
Art. 2o-C O trabalhador que vier a ser identificado como submetido a regime de trabalho forçado ou reduzido a condição análoga à de escravo, em decorrência de ação de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego, será dessa situação resgatado e terá direito à percepção de três parcelas de seguro-desemprego no valor de um salário mínimo cada, conforme o disposto no § 2o deste artigo.       
 § 1o  O trabalhador resgatado nos termos do caput deste artigo será encaminhado, pelo Ministério do Trabalho e Emprego, para qualificação profissional e recolocação no mercado de trabalho, por meio do Sistema Nacional de Emprego - SINE, na forma estabelecida pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador - CODEFAT.   
- Em síntese, requisitos:
 Ter sido comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição análoga à de escravo;
- Não estar recebendo nenhum benefício da Previdência Social, exceto auxílio-acidente e pensão por morte.
- Não possui renda própria para seu sustento e de sua família.
Fonte: http://trabalho.gov.br/seguro-desemprego/modalidades/seguro-desemprego-trabalhador-resgatado
PROGRAMA SEGURO EMPREGO – PSE
- Lei 13189/2015 – alterada pela lei 13456/2017 
- Objetivos: 
Art. 1º  Fica instituído o Programa Seguro-Emprego (PSE), com os seguintes objetivos:                    (Redação dada pela Lei nº 13.456, de 2017)
I - possibilitar a preservação dos empregos em momentos de retração da atividade econômica; 
II - favorecer a recuperação econômico - financeira das empresas; 
III - sustentar a demanda agregada durante momentos de adversidade, para facilitar a recuperação da economia; 
IV - estimular a produtividade do trabalho por meio do aumento da duração do vínculo empregatício; e 
V - fomentar a negociação coletiva e aperfeiçoar as relações de emprego. 
Parágrafo único. O PSE consiste em ação para auxiliar os trabalhadores na preservação do emprego, nos termos do inciso II do caput do art. 2º da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990.                    (Redação dada pela Lei nº 13.456, de 2017)
- Adesão: 
Art. 2o  Podem aderir ao PSE as empresas de todos os setores em situação de dificuldade econômico-financeira que celebrarem acordo coletivo de trabalho específico de redução de jornada e de salário.                     (Redação dada pela Lei nº 13.456, de 2017)
§ 1o  A adesão ao PSE pode ser feita perante o Ministério do Trabalho até o dia 31 de dezembro de 2017, observado o prazo máximo de permanência de vinte e quatro meses, na forma definida em regulamento, respeitada a data de extinção do programa.                     (Redação dada pela Lei nº 13.456, de 2017)
- Requisitos: art. 3º
I - celebrar e apresentar acordo coletivo de trabalho específico, nos termos do art. 5o; 
II - apresentar  ao  Ministério  do Trabalho solicitação de adesão ao PSE;                    (Redação dada pela Lei nº 13.456, de 2017)
III - apresentar a relação dos empregados abrangidos, especificando o salário individual; 
IV - ter registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ há, no mínimo, dois anos; 
V - comprovar a regularidade

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