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CONDUÇÃO DO ESTÍMULO - DOR Profa. Eline Matheus Profa. Eline Matheus HISTÓRICO •1860 - Albert Niemann - cocaína - folhas de Erythroxylon coca •1880 - Von Anrep - uso como anestésico local •1884 - Freud - uso clínico •1884 - Koller - oftalmologia •1884 - Hall - odontologia •1885 - Halsted - bloqueio nervoso em cirurgia •1885 - Corning - anestesia medular em cães •1892 - Einhorn - derivados sintéticos da cocaína •1905 - síntese da procaína Éster do ácido benzóico Profa. Eline Matheus COCAÍNA ORIGEM : Erythroxylon coca MECANISMO DE AÇÃO: •Inibe o uptake dos neurohormônios adrenérgicos •Ação anetésica local ( bloqueiam os canais de sódio) EFEITOS: •Bem estar •Euforia •Agitação •Excitação •Pequenas quantidades = atividade motora •Grandes quantidades = convulsões e tremores •Vômitos •Disforia •Depressão respiratória •Aumento da temperatura corporal ( pelo aumento da atividade muscular, aumento da produção de calor e diminuição da perda de calor ) DURAÇÃO DOS EFEITOS: ½ vida = 50 minutos Profa. Eline Matheus Éster do ácido benzóico FAMÍLIA ÉSTER - PROCAÍNA FAMÍLIA AMIDA - LIDOCAÍNA Profa. Eline Matheus TIPO ÉSTER LIPOSSOLUBILIDADE HIDROSSOLUBILIDADE Profa. Eline Matheus Profa. Eline Matheus TIPO AMIDA NH C O CH3 CH3 N H7C3 H ROPIVACAÍNA Profa. Eline Matheus • o aumento do peso molecular resulta em maior potência anestésica (extensão máxima de 9 Angströms). • o crescimento da cadeia intermediária aumenta a solubilidade lipídica e diminui a solubilidade em água • alterações no grupo aromático ou amino interferem com os coeficientes de partição lipídio/água = a presença de um radical butila no anel aromático da TETRACAÍNA aumenta em 100 vezes a lipossolubilidade = maior potência anestésica e maior duração de efeito em relação à PROCAÍNA • a introdução de radicais alquila no anel aromático altera a configuração tridimensional da molécula = os dois radicais metila no anel da LIDOCAÍNA dificultam a sua hidrólise e favorecem a sua difusibilidade. • a substituição do radical metila no nitrogênio aminado por butila (MEPIVACAÍNA BUPIVACAÍNA) = aumenta a lipossolubilidade RELAÇÃO ESTRUTURA-ATIVIDADE • a introdução de um halogênio na posição 2 do anel aromático (PROCAÍNA CLORPROCAÍNA) = aumenta a velocidade de hidrólise e reduz a toxicidade • a ausência do radical metila na posição 6 do anel aromático (PRILOCAÍNA) = metabolização mais rápida e toxicidade menor quando comparada à LIDOCAÍNA • o grupo carbonila (-C=O) é crucial para a atividade anestésica • bases fracas • sais (hidrocloretos) de ácidos são solúveis em água • em solução: N+H3R (catiônica) e Cl - (aniônica) • em solução: RN+H3 RNH2 + H + • o tamanho molecular influencia na dissociação do anestésico do seu receptor. Moléculas pequenas se dissociam mais rapidamente Canal de Na+ de cérebro de mamíferos > 300.000 daltons MECANISMO DE AÇÃO Causa bloqueio reversível do Potencial de Ação responsável pela condução nervosa. Causa paralisia motora e sensorial na área inervada. 4 domínios 6 segmentos (260.000 daltons)(33.000 daltons) (38.000 daltons) S4= sensores de voltagem Carregados positivamente (lisina e arginina)- estado aberto Figure 20–3. The local anesthetic receptor site. A. A drawing of the pore structure of a bacterial K+ channel (KcsA), which is related to the sodium channel. The KcsA channel has two transmembrane segments, analogous to the S5 and S6 segments of sodium channels. The S6-like segment forms the walls of the inner pore while the P loop forms the narrow ion selectivity filter at its extracellular (top) end. Four separate KcsA subunits form the pore in their center; only two of the subunits are shown here. B. A structural model of the local anesthetic receptor site. The S6 segments from domains I, III, and IV of the sodium channel α subunit are illustrated, based on the structure of the KcsA channel (panel A). The amino acid residues in these three transmembrane segments that contribute to the local anesthetic receptor site are indicated in single letter code and are presented in space-filling representation (light blue). An etidocaine molecule (black) is illustrated bound in the receptor site. Substitutions of the light blue residues with alanine reduce the affinity for local anesthetic block of sodium channels. It therefore is likely that the side chains of these amino acid residues contact bound local anesthetics in their receptor site. I1760 and I409 likely form the outer boundary of the local anesthetic receptor site. Mutations of I1760 allow drug access to the receptor site from the extracellular side. (Reproduced from Yarov-Yarovoy et al, 2002, with permission; © the American Society for Biochemistry and Molecular Biology.) L= Leu N= Asn I= Ileu F= Phe Y= Tyr Um nervo em repouso é muito menos sensível ao AL do que aquele que é repetidamente estimulado BIOTRANSFORMAÇÃO desmetilação OH hidrólise BENZOILECGONINA OH ÁCIDO BENZÓICO + ECGONINA OH HO H hidrólise OH HO pABA + DIETILAMINOETANOL N-desalquilação H HO MONOETILGLICINA XILIDIDA O3SO XILIDIDA CLORPROCAÍNA (éster) Rápido início de ação e curta duração. Toxicidade aguda reduzida pela rápida metabolização. A toxicidade parece ser conseqüência do metabisulfito como conservante. PROCAÍNA (éster) Introduzido em 1905. Uso apenas para infiltração. É de baixa potência, início lento e curta duração de ação. TETRACAÍNA (éster) De início lento e de longa duração. É mais potente e tem maior duração de ação do que a procaína e lidocaína. Alta lipossolubilidade (grupo butila)= permanece mais tempo no canal. Apresenta maior toxicidade pela lenta metabolização do que os outros ésteres. É usado na anestesia espinhal e tópica. MEPIVACAÍNA (amida) De ação intermediária. Propriedades farmacológicas iguais à da lidocaína, porém é mais tóxica ao neonato e não deve ser administrado na obstetricia. ARTICAÍNA (amida) Rápido início de ação (1 a 6 min) e duração de 1h. O grupo éster no anel tiofeno é metabolizado pelas esterases. O rápido metabolismo diminui a toxicidade. Usada na odontologia. PRILOCAÍNA (amida) De ação intermediária. Causa pouca vasodilatação e pode ser usado sem vasoconstritores. Causa metemoglobinemia (o-toluidina) que pode ser tratada com administração IV de azul de metileno (1 a 2 mg/kg) EMLA (Mistura Eutética de Anestésico Local) Combinação de Prilocaína + Lidocaína usada topicamente. É clinicamente útil pq possui maior concentração de AL do que as preparações tópicas convencionais. Profa. Eline Matheus ETIDOCAÍNA (amida) Rápido início de ação e longa duração. Não é usada no parto e na analgesia pós-operatória. ROPIVACAÍNA (amida) Rápido início de ação e longa duração. Menos cardiotóxica do que a Bupivacaína (o S-enanciomêro é menos cardiotóxico do que o R). É um pouco menos potente do que a bupivacaína em produzir anestesia. BUPIVACAÍNA (amida) Mistura racêmica. Rápido início de ação e longa duração. É usada no parto e na analgesia pós-operatória por produzir maior bloqueio sensorial do que motor. Produz cardiotoxicidade (arritmia ventricular e depressão miocárdica) por dissociar mais lentamente do canal de Na+ do que a lidocaína durante a diástole. A levobupivacaína é mais potente, mais segura e menos cardiotóxica. FARMACODINÂMICA: •HIPERSENSIBILIDADE: dermatite alérgica •SNC: HIPERVENTILAÇÃO EUFORIA INQUIETAÇÃO EXCITAÇÃO VERBORRÉIA DESORIENTAÇÃO CONFUSÃO VERTIGEM TREMORES CONVULSÃODEPRESSÃO EXAUSTÃO COMA PARADA RESPIRATÓRIA PARADA CARDÍACA •ACV: BRADICARDIA HIPOTENSÃO (ROPI e BUPI são vasoconstritoras) •SINAPSES: BLOQUEIA A TRANSMISSÃO •TNM: BLOQUEIA A TRANSMISSÃO •MÚSCULOS: RELAXAMENTO •SANGUE: METEMOGLOBINEMIA (PRILOCAÍNA) USOS: 1. TÓPICO 2. INFILTRAÇÃO 3. BLOQUEIO NERVOSO 4. MEDULA: EPIDURAL (peridural) E RAQUE (subaracnóide) 5. EV: FIBRILAÇÃO CARDÍACA \ TOXICIDADE: 1. HIPOTENSÃO 2. BRADICARDIA 3. PARADA CARDÍACA Profa. Eline Matheus Profa. Eline Matheus O agente vasoconstritor que se tem mostrado mais eficaz é a adrenalina, em solução a 1:200.000, ou seja, 5 g/mL (1 gota para cada 10 mL da solução). Essa concentração mostrou-se mais satisfatória porque assegura retardo de absorção, aumenta a duração do efeito e produz manifestações cardiovasculares mínimas. soluções mais concentradas (1:100.000 ou 1:50.000) são usadas em odontologia, mas estas concentrações elevadas obrigam o uso de volumes menores e aumentam o risco das reações sistêmicas da adrenalina LIDOCAÍNA + EPINEFRINA (1:200.000) LIDOCAÍNA + NOREPINEFRINA (1:50.000) LIDOCAÍNA + FENILEFRINA (1:2500) MEPIVACAÍNA + EPINEFRINA (1:100.000) MEPIVACAÍNA + NOREPINEFRINA (1:100.000) PRILOCAÍNA + FELIPRESSINA (0,03 UI/mL) BUPIVACAÍNA + EPINEFRINA (1:200.000)
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