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1 CÁPSULAS 2 1 O QUE SÃO CÁPSULAS ? Forma Farmacêutica sólida destinada a encapsulação de fármacos sólidos, semi-sólidos e líquidos em invólucro gelatinoso, Administradas pela via oral, Invólucro é hidrossolúvel e rompe para liberação do fármaco. Cápsulas 3 2 CLASSIFICAÇÃO Tipo: Cápsulas de gelatina DURA ou MOLE. Natureza do material a ser encapsulado: Sólidos (pós, granulados, comprimidos) Semi-sólidos (pastas) Líquidos (suspensões e soluções oleosas) * Soluções aquosas ? Tamanho: Cápsulas, Microcápsula, Nanocápsulas (nanotecnologia). Liberação: Imediata, Modificada (Retardada, Repetida, Prolongada). Cápsulas 4 3 VANTAGENS FF com excelente estabilidade e conservação Possibilidade de ajuste de dose quanto a peso e idade, Mascara sabor e odor desagradável de fármacos, Melhor proteção do fármaco contra oxidações, fotólise e hidrólise, Facilidade de administração e conveniência para o paciente. 4 DESVANTAGEM Idosos e Crianças têm dificuldade de engolir preparações sólidas. Cápsulas 5 5 CÁPSULAS DE GELATINA DURA Invólucro gelatinoso duro e hidrossolúvel, Forma ovóide, Coradas, Opacas ou Transparentes, Utilizadas na encapsulação de pós, grânulos, suspensões ou soluções oleosas. Cápsulas de Gelatina dura 6 Como são produzidas as cápsulas de gelatina dura? GELATINA NF: obtida da hidrólise parcial do colágeno de pele e ossos de animais, FÓMULA: GELATINA (polímero formador da parede) ÁGUA(fase dispersnate) AÇÚCAR (umectante, sabor agradável) OPACIFICANTE (TiO2) (impede a passagem de luz) CORANTES (facilta identificação) Cápsulas de Gelatina dura 7 COMPONENTES Corpo: parte que recebe a formulação Tampa: lacra a cápsula evitando extravasamento P R O D U Ç Ã O I N D U S T R I A L Moldes são imersos na dispersão de gelatina quente, Espessura da parede depende do tempo de imersão, Remoção do molde e secagem do material com ar, Corte do corpo e da tampa no tamanho desejado União: CORPO + TAMPA = CÁPSULA Como são produzidas as cápsulas de gelatina dura? 8 FECHAMENTO DA CÁPSULA Há 3 tipos Corpo + tampa + selante Corpo + Tampa (mais utilizada) Cápsulas de Gelatina dura 9 ENCHIMENTO DAS CÁPSULAS - OPERAÇÕES I-SELEÇÃO DOS EXCIPIENTES II-REDUÇÃO DO TAMANHO DAS PARTÍCULAS (TRITURAÇÃO) III-TAMIZAÇÃO (AJUSTE DA GRANULOMETRIA) IV-PESAGEM E MISTURA DOS COMPONENTES V-ENCAPSULAÇÃO OU ENCHIMENTO 10 I-SELEÇÃO DOS EXCIPIENTES Se o fármaco ocupar menos que 90% do volume da cápsula devemos adicionar diluente. EXCIPIENTES DILUENTE aumentam o volume da formulação até uma quantidade manipulável, possibilitando enchimento correto da cápsula (concentração variável). Exemplos: Diluentes solúveis: lactose, manitol, solbitol. Diluentes insolúveis: amido, celulose microcristalina, fosfato de cálcio. Cápsulas de Gelatina dura 11 DESINTEGRANTES spromovem a desintegração da massa de pó, facilitando a dissolução do fármaco (concentração 2-10%). Polímeros absorvem água, expandem volume desintegrando a massa de pó. Exemplos: amido, glicolato de amido sódico, celulose, carboximetilcelulose, polivinilpirrolidona de cadeia cruzada (Crospovidona®) LUBRIFICANTES reduzem atrito entre pós ou grânulos e as superfícies metálicas (concentração 0,1-1%). Exemplos: ácido esteárico e estearato de magnésio. ENCHIMENTO DAS CÁPSULAS 12 DESLIZANTES reduzem atrito entre as partículas e melhoram as propriedades de fluxo dos pós e grânulos facilitando o enchimento das cápsulas. (Concentração de 0,1-1%) Exemplo: Óxido de sílica coloidal. Melhora o desvio padrão do peso médio das cápsulas (melhor fluxo – capsulas om melhor qualidade) AGLUTINANTES são excipientes que melhoram as propriedades de adesão entre as partículas do pó possibilitando a formação de grânulos. Exemplos: solução glicose, sacarose, amido, gelatina, polivinilpirrolidona, carboximatilcelulose. GRÂNULOS que têm melhores propriedades de fluxo do que os pós. ENCHIMENTO DA CÁPSULA 13 II-REDUÇÃO DO TAMANHO DAS PARTÍCULAS Trituração ENCHIMENTO DA CÁPSULA Gral com pistilo (farmácia) Moinhos de bolas (indústria) “Tamanho de partículas semelhantes garante mistura de pós uniforme” Martelos Pinos Facas 14 IV-PESAGEM E MISTURA DOS PÓS Gral com Pistilo (farmácia) Misturador em V (indústria) III-TAMISAÇÃO “Uniformização do tamanho das partículas evita segregação dos pós” ENCHIMENTO DA CÁPSULA 15 V-ENCAPSULAÇÃO OU ENCHIMENTO PLACAS ENCAPSULADORAS FARMÁCIA MAGISTRAL ENCHIMENTO DA CÁPSULA 16 Tamanho Volume de enchimento (mL) 5 0,13 4 0,20 3 0,28 2 0,37 1 0,48 0 0,67 00 0,95 000 1,36 ESCOLHA DO TAMANHO DA CÁPSULA O tamanho das cápsulas varia com o volume de enchimento. Escolha: depende do volume ocupado pela massa de pó por cápsula. FARMÁCIA MAGISTRAL 17 Exercício 1 Determine o tamanho da cápsula para enchimento do fármaco A ? Há necessidade de diluente ? Formulação Fármaco A..............200mg Preparar 20 cápsulas FARMÁCIA MAGISTRAL Densidade do fármaco (d)= 0,95g/mL Fármaco A: 65% de pureza Diluente: amido (Vap= 0,77 mL/g) 18 Exercício 2 Como determinar o tamanho da cápsula para enchimento do fármaco B ? Formulação Fármaco B..............600mg Preparar 20 cápsulas Volume aparente (Vap)= 1,73mL/g Fármaco B: 82% de pureza Diluente: lactose (Vap= 0,84 mL/g) 19 OPERAÇÔES PARA ENCHIMENTO MANUAL 1-Cápsulas são abertas manualmente, 2-Corpo é colocado nos orifícios da placa e a tampa é reservada, 3-Pó é distribuído sobre a superfície com o auxílio de uma espátula, 4-Cápsulas são fechadas com a tampa, retiradas da placa e limpas. 5-Acondicionar em potes plástico com rótulo. 5-Controle de qualidade das cápsulas (peso médio e desvio padrão, n=10 cápsulas) 6-Determinação da uniformidade de conteúdo (Espectrofotômetro) FARMÁCIA MAGISTRAL 20 INDÚSTRIA FARMACÊUTICA Máquinas de enchimento de cápsulas com PÓS ou GRÂNULOS, Grânulos: têm melhor propriedade de fluxo do que os pós e são mais fáceis de encapsular. Produção: 200.000 cápsulas por hora. ENCHIMENTO DA CÁPSULA 21 Cápsula constituída de invólucro gelatinoso flexível e hidrossolúvel. Forma elíptica ou esférica. Parede pode ser colorida ou transparente. 6 CÁPSULAS DE GELATINA MOLE 22 Que tipos de formulações podem ser encapsuladas? CÁPSULAS DE GELATINA MOLE Invólucro de gelatina (gelatina, plastificante, água) Matriz de enchimento Matriz lipofílica (óleos vegetais) Matriz hidrofílica (polietilenoglicol) Solução oleosa Suspensão oleosa Solução Suspensão Limitações: soluções ou suspensões aquosas que rompem a parede. 23 TIPOS Cápsulas para administração oral: após deglutida a parede sofre dissolução, rompe e libera o fármaco, Cápsulas mastigáveis: parede aromatizada com sabor agradável, liberação imediata na boca Cápsulas de dissolução bucal: liberação lenta do fármaco na boca, Cápsulas com lacre descartável (Twist-off softgels):administração de medicamento via oral (uso pediátrico). Quebra o lacre e administra o conteúdo. CÁPSULAS DE GELATINA MOLE 24 CÁPSULAS DE GELATINA MOLE MASTIGÁVEL TWIST-OFF SOFTGEL Uso pediátrico 25 VANTAGENS Grande capacidade industrial, Atraentes e facilmente deglutidas, Excelente estabilidade (fármaco protegido pela matriz e cápsula), Melhor biodisponibilidade para alguns fármacos. CÁPSULAS DE GELATINA MOLE 2 4 6 12 Tempo (h) 30 20 10 60 C on ce nt ra çã o pl as m át ic a ( g/ m L ) Cápsula de gelatina mole (400mg em solução) Comprimidos (400mg) Gráfico da Concentração plasmática x tempo para o Ibuprofeno 26 PRODUÇÃO Formulação: Gelatina (63-47%) Plastificante (29-48%) (glicerina, propilenoglicol) Modificador (X-Y%) (TiO2, Corantes) Água (5-8%) CÁPSULAS DE GELATINA MOLE OPERAÇÕES 1º Preparação das fitas de gelatina mole 2º Injeção da Formulação entre as fitas 3º Corte e Lacre 4º Ejeção, Lavagem e Secagem da Cápsula. 27 “Praticidade e conveniência com a mesma efetividade terapêutica” 5 ml de um xarope ou uma formulação em gotas podem ser transformados em 1 cápsula!!!! CÁPSULAS DE GELATINA MOLE CAPSULAS DE GELATINA MOLE X SOLUÇÕES 28 CAPSULAS DE GELATINA MOLE X DURA X COMPRIMIDOS Cápsulas de gelatina mole com matriz lipofílica é capaz de melhorar a biodiponibilidade de fármacos hidrofóbicos (cinarizina). 2 4 6 12 Tempo (h) 100 150 C on ce nt ra çã o pl as m át ic a (n g/ m L ) Cápsula de gelatina mole (solução) (ASC= 665ngh/mL ) Comprimidos (ASC= 406ngh/mL ) Cápsula de gelatina dura (ASC= 451ngh/mL ) 50 Concentração plasmática x tempo para 3 formulações de cinarizina Dose de cinarizina 500mg para as 3 formulações (teste em cães). Problemas circulatórios 29 ENCHIMENTO DE CÁPSULAS COM PÉLLETS 30 VANAGENS ESTABILIDADE FORMATO ESFÉRICO: BOM FLUXO DISTRIBUIÇÃO DE TAMANHO ESTREITA LIBERAÇÃO MODIFICADA: ENTÉRICA E SUSTENADA 31 ESTRUTURA DO SISTEMA SISTEMA MATRICIAL SISTEMA REVESTIDO 32 EXEMPLOS PELLETES REVESTIDOS COM MATERIAL GASTRO- RESISTENTE PARA LIBERAÇÃO ENTÉRICA OMEPRAZO ITRACONAZOL TACROLIMUS 33 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Farmacotécnica: Formas Farmacêuticas & Sistemas de Liberação de Fármacos. ANSEL, H.C.; POPOVICH, N. G.; ALLEN, L. V., JR. 2000, 6º ed., Ed., Premier. Tecnologia Farmacêutica. PRISTA, J.N; ALVES, A. C; MORGADO, R. 1996, 4º Ed., Fundação Calouste Gulberkian. Delineamento de Formas Farmacêuticas. AULTON, M.E. 2005, 2º Ed., Artmed. A practical guide to contemporany pharmacy practice. THOMPSON, J.E., 1998, Lippincott Williams & Wilhins. Princípios de Físico-Química em Farmácia. FLORENCE, A.T. & ATTWOOD, D. 2003, Editora da Universidade de São Paulo.
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