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Relatório 2 Amostragem de sol0o

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SUMÁRIO 
 
 
 
 
1. Introdução....................................................................................................................... 5 
2. Desenvolvimento............................................................................................................ 6 
2.1. Amostragem de solo................................................................................................ 6 
2.1.1. Como retirar as amostras................................................................................ 6 
2.1.2. Ferramentas.................................................................................................... 7 
2.1.3. Localização e frequência................................................................................. 7 
2.1.4. Cuidados na coleta do solo.............................................................................. 8 
2.2. Estabelecimento de valores de referência de qualidade para águas subterrâneas. 9 
2.2.1. Substâncias naturalmente presentes nas águas subterrâneas e as 
composições das águas subterrâneas.............................................................. 9 
2.2.2. Metodologia para derivação de valores de intervenção para solos e águas 
 Subterrâneas.................................................................................................10 
2.2.3. Valores de intervenção para águas subterrâneas........................................ 13 
2.2.3.1. Valores de intervenção....................................................................... 14 
2.3. Água superficial...................................................................................................... 15 
2.3.1. Classificação das amostras.......................................................................... 15 
2.3.1.1. Ações para preparação e execução do trabalho de campo............... 16 
2.3.1.2. Procedimentos a serem observados.................................................. 18 
2.3.2. Águas superficiais – ambiente lótico (rios, riachos e nascentes) ................ 19 
2.3.2.1. Águas de reservatório e lagos(perfis) – ambiente lêntico ................. 20 
2.4. Gases..................................................................................................................... 23 
2.4.1. Absorção de gases por gotas de soluções................................................... 24 
2.4.2. Utilização de gotas em amostragens e análises de gases........................... 26 
3. Conclusão..................................................................................................................... 29 
4. Referências bibliográficas............................................................................................ 30 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
 
Figura 1 – Esquema para coleta de solo............................................................................. 7 
Figura 2 – Enxadão e trado holandês que podem ser utilizados na coleta de amostra 
de solo................................................................................................................................. 8 
Figura 3 – Equipamentos não contaminados para retirada das amostras de solo............. 8 
Figura 4 – Esquema para retirada da amostra e envio ao laboratório................................ 9 
Figura 5 – Modelo para absorção de CO2 em uma gota de água de chuva..................... 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
 
Tabela 1 – Detecção de odores associados a compostos presentes no esgoto não 
tratado................................................................................................................................ 19 
Tabela 2 – Constante de Henry de alguns gases dissolvidos em água à 25ºC¹¹.............. 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
 
A amostragem do solo é a primeira e principal etapa de um programa de avaliação 
da fertilidade do solo, pois é com base na análise química da amostra do solo que se realiza 
a interpretação e que são definidas as doses de corretivos e de adubos. 
Neste sentido, ressalta-se que, no laboratório, não se consegue minimizar ou corrigir 
os erros cometidos na amostragem do solo. Assim, uma amostragem inadequada do solo 
resulta em uma análise inexata e em uma interpretação e recomendação equivocadas, 
podendo causar graves prejuízos econômicos ao produtor e danos ao meio ambiente. 
Uma amostragem criteriosa requer a observação não só do sistema agropecuário 
em uso, mas também de princípios relacionados com a seleção da área para amostragem 
e com a coleta das amostras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
 
 2.1 Amostragem de solo 
 
A amostragem é a etapa mais crítica de todo o processo de análise. Ela, em geral, 
devido às condições temporais, não pode ser repetida. Uma amostra mal coletada não 
revela, pelo seu aspecto, se é ou não representativa da gleba amostrada. Um resultado de 
análise suspeito pode ser verificado por meio da repetição da análise que será corrigida 
com a coleta de outra (fatores como umidade do solo, excesso de chuva, adubação e 
queimada pode alterar todo o resultado do obtido anteriormente). 
Em geral, a amostra de solo representa a camada arável de áreas que podem chegar 
a 10 hectares. No caso de áreas sob plantio convencional ou de culturas perenes, a 
amostragem de solo é feita na camada de 0cm – 20cm, o que representa um volume de 20 
milhões de litros (ou dm3) de solo, para esta uma camada arável (10.000m2 x 0,20m). Isso 
significa que se forem enviados cerca de 400g de solo para o laboratório, a amostra 
representará uma parte por 50 milhões de partes da camada arável, considerando a 
densidade do solo igual a 1,0kg/dm3. Se for considerado que em diversas análises de 
laboratório são empregados somente 10cm3 de solo, isso representará uma parte de 2 
bilhões de partes da camada arável, ou seja, a análise dessa pequena fração de solo deve 
refletir a fertilidade de um volume 2 milhões de vezes maior. Em lavouras manejadas no 
sistema plantio diretas (SPD), onde se recomenda uma amostragem na camada de 0 cm - 
10cm, 11 Amostragem e Cuidados na Coleta de Solo para Fins de Fertilidade esse valor 
seria 1,0 milhão de vezes maior. É importante destacar que todas as amostras de solo de 
uma área ou gleba tem que ser coletadas na mesma profundidade. 
 
 
 2.1.1 Como retirar as amostras 
 
 
A área a ser amostrada deve ser dividida em glebas de no máximo 10 hectares. Cada 
gleba deve ser a mais homogênea possível, com relação à vegetação, topografia, tempo 
de uso, produtividade e aplicações de calcário, gesso e fertilizantes. Áreas que diferem na 
paisagem como, por exemplo, em declividade, drenagem, cor e/ou tipo de solo, uso e 
tratamentos anteriores, devem ser amostradas separadamente. Áreas ou manchas de 
aspecto excepcional não devem ser amostradas ou, se desejado, devem ser amostradas 
separadamente (Figura 1). 
6 
 
 
Figura 1 − Esquema para coleta de solo. 
 
 
 2.1.2 Ferramentas 
 
 
A amostragem pode ser feita com diversas ferramentas, tais como: enxadeco ou 
enxadão, pá reta, tubo tipo sonda de amostragem, trados (holandês, caneco, etc.), pá de 
jardineiro, entre outros (Figura 2). Em qualquer caso é sempre necessário que as 
subamostras sejam retiradas de maneira uniforme em volume e profundidade desejada 
para que não ocorra uma sub ou superestimação dos atributos do solo dentro de um mesmotalhão. 
 
 
 2.1.3 Localização e frequência 
 
 
Retirar da superfície do solo as folhas, gravetos e demais restos culturais que 
possam comprometer a qualidade da amostragem. Se o objetivo da análise de solo for obter 
um resultado representativo da área, não retirar amostras simples próximas a casa, 
depósito de adubo e corretivos, cerca, brejos, voçorocas, curva de nível, árvores, sulcos de 
erosão, formigueiros, cupinzeiros, esterco, caminho, carreador, ou qualquer outra mancha 
não representativa da área. Fumantes devem lavar bem as mãos com água e sabão para 
evitar qualquer tipo de contaminação. 
A frequência da análise depende do grau da intensidade de utilização do solo. Em 
propriedades que fazem duas safras, ocorre maior exportação de nutrientes. O ideal é que 
o produtor realize as análises de solo todos os anos, evitando a falta ou o excesso de 
aplicação de fertilizantes, o que pode onerar a atividade. 
7 
 
 
Figura 2 − Enxadão e trado holandês que podem ser utilizados na coleta de mostra do 
solo. 
 
 
 2.1.4 Cuidados na coleta do solo 
 
 
Pode-se dispensar o uso de balde na coleta das amostras simples, substituindo-o 
por um saco resistente; juntar no saco plástico as amostras de cada ponto amostrado; 
misturar bem, quebrando os torrões, sem colocar as mãos no solo (para evitar 
contaminação da amostra); da terra misturada, passar para outro saco plástico menor 
(15cm x 25cm) já etiquetado (amostra composta); com o uso de luvas, misturar as amostras 
simples, usando o próprio saco plástico da amostra composta, no lado avesso; em seguida, 
use o mesmo saquinho como embalagem da amostra composta. Não utilizar baldes ou 
sacos de adubo no armazenamento da amostra. 
 
Figura 3 − Equipamentos não contaminados para retirada das amostras de solo. 
8 
 
A metodologia para coleta das amostras de solo com vários tipos de amostradores 
para posterior análise dos atributos químicos deve seguir o esquema indicado na Figura 4. 
 
 
Figura 4 − Esquema para retirada da amostra e envio ao laboratório. 
 
 
 
2.2. Estabelecimento de Valores de Referência de Qualidade para Águas 
Subterrâneas. 
 
Analogamente ao que foi definido para solos, no estabelecimento dos valores de 
referência de qualidade para as águas subterrâneas também serão considerados dois 
grupos de substâncias: as naturalmente ausentes (antrópicas) e as naturalmente presentes 
(metais). 
 
2.2.1. Substâncias Naturalmente Presentes nas Águas Subterrâneas e as 
 composições das águas subterrâneas 
 
 
A composição da água subterrânea é influenciada pelo material geológico na qual se 
insere. As características químicas das águas subterrâneas dependem, inicialmente, da 
composição das águas de recarga e, em seguida, de sua evolução química, influenciada 
diretamente pelas litologias atravessadas. 
 O teor de substâncias dissolvidas nas águas subterrâneas vai aumentando à medida 
que prossegue o seu movimento. As variações naturais de qualidade das águas 
subterrâneas são pequenas. Assim, características extremas ou diferentes daquelas 
esperadas indicam a presença de situações anômalas (corpos de minério, metamorfismo 
9 
 
de rochas, ação antrópica). 
Dentro deste contexto, há necessidade de se saber quais são os parâmetros 
químicos de uma determinada formação aquífera que podem ser considerados naturais ou 
provenientes de fontes antrópicas. O cromo total é um parâmetro que, de acordo com 
trabalhos publicados (Almodavar, 1995 e Hirata, 1993), tem suas origens bastante 
discutidas. Apesar de existirem fortes evidências de ser ocorrência natural, ainda há 
dúvidas sobre possíveis fontes antrópicas. Nas rochas sedimentares a presença de cromo 
pode estar associada a minerais de argila e, nas rochas ígneas, ao piroxênio. 
Recentemente, a presença de metais na água subterrânea, principalmente daqueles que 
são regulamentados em legislações de potabilidade, têm recebido maior atenção. Esses 
elementos raramente ocorrem de forma natural na água subterrânea em concentrações 
elevadas. As concentrações naturais de metais em águas subterrâneas, exceção feita ao 
ferro, encontram-se geralmente abaixo de 1 mg.L-1. Isto se deve a fatores de atenuação 
que regulam a solubilidade dos metais, como adsorção em minerais de argila, em 
hidróxidos de ferro e manganês e na matéria orgânica. (FREEZE e CHERRY, 1979). 
É de se supor, portanto, que os valores de referência de qualidade devam ser 
distintos, para cada aquífero. Estes valores poderão ser estabelecidos com base em dados 
de monitoramento da qualidade das águas subterrâneas, nos diferentes sistemas aquíferos 
freáticos do Estado, através de uma rede de poços que monitoram estes aquíferos em sua 
área de recarga. Isto se deve, ao fato de que os aquíferos freáticos são os primeiros a 
receber a influência da carga potencial poluidora, e, na maioria dos casos, os agentes de 
recarga dos aquíferos confinados e/ou profundos. 
 
 
2.2.2. Metodologia para derivação de valores de intervenção para solos e 
 Águas Subterrâneas 
 
 
Ainda existe uma atitude generalizada de subestimar os riscos de poluição das águas 
subterrâneas, observada pela falta de políticas e de ações voltadas para sua proteção. A 
poluição das águas subterrâneas nos países desenvolvidos não havia sido constatada até 
a década de 70, quando programas detalhados de monitoramento de poços começaram a 
detectar traços de compostos orgânicos sintéticos em poços de abastecimento público, 
sendo então criados programas governamentais e uma rigorosa legislação para água 
subterrânea. 
Dependendo da existência de fontes poluidoras e das condições ambientais, as 
10 
 
concentrações das substâncias de interesse ambiental nas águas subterrâneas podem 
ultrapassar os padrões de potabilidade. 
Segundo o Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas (CETESB,1999a), 
para que uma área seja classificada como contaminada, é necessária uma etapa de 
investigação confirmatória, onde são realizadas amostragens de solos e de águas 
subterrâneas nas áreas suspeitas de contaminação e os resultados analíticos comparados 
com valores orientadores que, no caso, são os valores de intervenção. 
Os valores de intervenção são derivados com base em risco, calculados a partir de 
cenários hipotéticos, que são conjuntos de parâmetros que definem o comportamento 
humano (quantidade ingerida de solo, água e vegetais, quantidade de ar inalada, tempo de 
permanência no local, etc.). 
Quando os níveis de concentração excedem esses valores, existe um risco potencial 
de efeitos adversos à saúde humana, indicando a necessidade de uma ação imediata com 
o objetivo de impedir o livre acesso de pessoas ao local e suspender o consumo de água 
captada em local sob possível influência da contaminação. 
Deverá ser efetuada, então, uma investigação detalhada com o objetivo de 
quantificar a contaminação através de um plano de investigação contendo as etapas de 
coleta de amostras, caracterização hidrogeológica, caracterização da fonte de 
contaminação, mapeamento completo das plumas de contaminação e identificação das 
vias de exposição, podendo ser aplicada uma avaliação de risco específica para determinar 
a necessidade, urgência e o alvo de remediação, como descrito no Manual de 
Gerenciamento de Áreas Contaminadas. 
As diferentes metodologias disponíveis para avaliação de risco são similares, no que 
diz respeito à necessidade de dados sobre a exposição da população afetada e sobre os 
efeitos dos contaminantes nesta população ou outros organismos indicadores. Estas 
metodologias entretanto, diferem em seus critérios específicos para definiros diferentes 
cenários de uso e ocupação do solo e as vias de exposição. 
Para proteção da qualidade do solo e das águas subterrâneas, cada país adota 
diferentes cenários, como por exemplo: 
 
 Holanda: multifuncionalidade do uso do solo; 
 Alemanha: parques infantis, áreas residenciais, parques recreacionais e áreas 
industriais/ comerciais; 
 Inglaterra: residencial e parques públicos; 
 Canadá: área agrícola, área residencial e área industrial; 
11 
 
 Estados Unidos: residencial e industrial 
 
Além disso, cabe ao Órgão Estadual de Controle da Poluição, a padronização de 
uma metodologia de avaliação de risco e todas as variáveis e premissas necessárias que 
poderão ser adotadas pelo usuário afim de utilizar qualquer modelo de avaliação de risco 
mais adequado à sua situação específica. A CETESB está no momento, desenvolvendo 
sua metodologia de avaliação de Risco. O fórum adequado para adaptação dos diferentes 
modelos de avaliação de risco disponíveis no mercado às condições nacionais é a 
Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT, tal como é efetuado nos Estados Unidos 
onde tais documentos são discutidos e publicados pela “American Standard Testing and 
Materials” - ASTM. 
Após revisão de literatura, selecionou-se para o estabelecimento dos valores de 
intervenção, no Estado de São Paulo, a Metodologia Holandesa, utilizando-se o modelo 
matemático de avaliação de risco C-Soil, como apresentado no relatório “Estabelecimento 
de Padrões de Referência de Qualidade e Valores de Intervenção para Solos e Águas 
Subterrâneas no Estado de São Paulo – relatório parcial” (CETESB, 1997b), desde que é 
o único que contempla uma ampla listagem de substâncias de interesse. Isto entretanto, 
não significa que a CETESB esteja selecionando este modelo como o único para avaliação 
de risco caso a caso, onde deverá ser aplicado o modelo mais adequado para cada situação 
especifica. 
Este modelo de exposição humana, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Saúde 
Pública e Meio Ambiente da Holanda (RIVM), simula o risco a que uma população está 
sujeita, quando exposta a um contaminante de interesse, presente no solo e nas águas 
subterrâneas, e consiste de fórmulas que descrevem as relações entre as concentrações 
dos contaminantes nas fases solo (sólida, líquida e gasosa) e o aporte dos mesmos aos 
seres humanos por diversas vias de exposição, viabilizando a comparação entre o ingresso 
total estimado e o nível de exposição máximo tolerável. 
A premissa básica é que, uma contaminação de solo ou água subterrânea, não é 
aceitável se o risco para a saúde humana exceder o Risco Máximo Tolerável (RMT). Para 
compostos não carcinogênicos, no modelo C-Soi,l o RMT é dado por um quociente de risco 
igual a 1, ou seja, o ingresso diário de um contaminante no organismo exposto (no caso, o 
ser humano) pode ser, no máximo, igual ao ingresso diário tolerável (torelable daily intake 
- TDI). Este é definido como a quantidade de um contaminante absorvida por um indivíduo 
durante toda a sua vida (expectativa de vida), expressa com base no peso corpóreo, sem 
antecipar efeitos negativos sobre sua saúde, de acordo com o conhecimento científico atual 
12 
 
e foi derivado pelo RIVM. 
Quando o TDI não é conhecido, o modelo utiliza o ingresso diário aceitável 
(acceptable daily intake- ADI) que foi determinada para substâncias presentes em aditivos 
alimentares, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ou a dose de referência (reference 
dose - RfD), utilizado pela EPA. A concentração tolerável no ar (toxicologically tolerable 
concentration in air – TCL) tem sido utilizada para algumas substâncias voláteis. O modelo 
também compara a concentração do contaminante estimada no ar de ambientes fechados 
sobre locais contaminados, com os limites para segurança. 
No caso das águas subterrâneas, o critério adotado considerou a necessidade de 
preservação deste recurso para a sua utilização pela população atual e futura, 
independentemente do uso e ocupação atual do solo. Desta forma, o valor de intervenção 
para substâncias nas águas subterrâneas foi estabelecido como sendo o Padrão de 
Potabilidade da Portaria 36 de 01/09/90, atualizada pela Portaria 1.469 de 29.12.2000 do 
Ministério da Saúde, exceto para algumas substâncias que estão naturalmente presentes 
em elevadas concentrações como cromo, ferro, alumínio, manganês e flúor. Esta análise 
será feita caso a caso. 
Para substâncias não legisladas pelas Portarias do MS, calculou-se o valor de 
intervenção utilizando-se a teoria do equilíbrio de partição solo – água. Desta forma, a partir 
de uma concentração máxima aceitável no solo, para um cenário agrícola/APMax, foi 
calculada a concentração da substância na solução do solo. Como é esperado que a 
concentração de uma substância nas águas de um aquífero seja menor que a sua 
concentração na solução do solo, esta foi dividida por um fator de atenuação e diluição 
(DAF), derivando-se assim, o valor de intervenção para as águas do aquífero freático. 
 
 
2.2.3. Valores de Intervenção para Águas Subterrâneas 
 
 
Para as águas subterrâneas foi considerado que este recurso hídrico deve ser 
preservado como uma reserva estratégica de abastecimento para sustentabilidade das 
gerações futuras em função da escassez de oferta de água superficial, seu atual nível de 
deterioração e o elevado custo de tratamento para seu fornecimento com qualidade. 
Além disso, atendendo ao artigo 18 do Decreto Estadual 32.955 (07/02/91) que 
regulamenta a Lei 6.134 (02/06/88) que dispõe sobre a preservação dos depósitos naturais 
de águas subterrâneas do Estado de São Paulo, as águas subterrâneas destinadas ao 
consumo humano, deverão atender aos padrões de potabilidade fixados na legislação 
13 
 
sanitária. 
Desta forma, estabeleceu-se como valores de intervenção para as águas 
subterrâneas, os Padrões de Potabilidade da Portaria 36, atualizada pela Portaria 1.469 de 
29.12.2000, do Ministério da Saúde, independentemente do uso atual e futuro deste recurso 
hídrico. Para substâncias que não estão regulamentadas pelas Portarias do MS, derivou-
se um valor de intervenção, a partir de uma concentração máxima aceitável no solo (risco) 
em um cenário agrícola/APMax. 
Em situações onde as águas subterrâneas não têm qualidade natural para consumo 
humano, o valor de intervenção deverá estar associado à qualidade do recurso hídrico 
superficial local. 
 
 
2.2.3.1. Valores de Intervenção 
 
 
Os valores de intervenção para solos e águas subterrâneas, foram derivados com 
base em avaliação de risco, apresentando-se como uma importante ferramenta para o 
suporte à decisão, no gerenciamento de áreas contaminadas, agilizando as ações de 
controle. 
Os valores de intervenção foram derivados inicialmente para 4 cenários (área de 
proteção máxima, agrícola, residencial e industrial). Em reuniões técnicas internas da 
CETESB, foi sugerida a adoção de cenário único (como na Holanda), mais restritivo. Nas 
oficinas de trabalho realizadas em março de 2000, este tema não foi discutido. Cabe 
ressaltar que, os países que adotam diferentes cenários de uso e ocupação, primam pelo 
cumprimento rigoroso de sua política de planejamento urbano diretamente ligado à 
municipalidade. 
Decidiu-se manter a distinção entre cenários, por julgar que apenas um cenário, além 
de não seguir a tendência mundial, torna o sistema de decisão muito rígido, causando ônus 
econômicos desnecessários. Para viabilizar a aplicação desta proposta, é necessário haver 
ação conjunta dos órgãos de controle de poluição e dos órgãos responsáveis pelo 
zoneamento urbano e industrial. Com a aplicação na prática dos valores orientadores, esteassunto poderá ser reavaliado. 
Considerando-se as sugestões da oficina de trabalho, efetuou-se uma reavaliação, 
mantendo-se três cenários de uso e ocupação do solo, a saber, agrícola/APMax, residencial 
e industrial. Os cenários área de proteção máxima e agrícola foram integrados, pois a 
quantificação das variáveis para definição do cenário APMax era superestimada, como por 
14 
 
exemplo 40 m3 /dia de volume de ar inalado, ingestão de 500 mg de solo e o consumo de 
2,5 litro de água por dia e as diferenças entre os valores de intervenção para os dois 
cenários eram mínimas, sendo que para muitas substâncias chegavam a inexistir. Em caso 
de existir mais de um tipo de uso e ocupação do solo na área em estudo, deverá ser 
utilizado os valores de intervenção do cenário mais restritivo. 
 
2.3. Água Superficial 
 
2.3.1. Classificação das amostras 
 
A coleta deve ser programada, preferencialmente, para o período da manhã, 
quando a temperatura do ar é mais baixa e há menor probabilidade de distorção dos re-
sultados. 
Na definição dos parâmetros, da quantidade de estações e da periodicidade do 
monitoramento, as diferenças regionais, geográficas, sociais e econômicas, as tensões 
exercidas sobre o reservatório e o orçamento disponível devem ser considerados. As 
ações decorrentes do uso e ocupação do solo, na bacia de drenagem dos reservatórios, 
são fatores determinantes das condições do ecossistema. Alguns tipos de reservatório 
requerem um planejamento mais elaborado, devido à localização e/ou à dimensão, a 
exemplo da proximidade de grandes centros industriais e urbanos. No caso da Cemig, a 
importância para a geração é um fator determinante do planejamento. 
 
Para manter os equipamentos e suprimentos em boas condições de uso, alguns cui-
dados são necessários: 
 Elaborar uma lista dos equipamentos e programar uma checagem periódica, de 
acordo com as recomendações dos fabricantes, especialmente quando houver uti-
lização de baterias. Se possível, tenha um sistema de backup das análises, que 
não exija baterias; 
 Substituir regularmente soluções e meios de cultura, a fim de conservá-los adequa-
dos para o uso; 
 Manter um diário de manutenção; 
 Estocar adequadamente os aparelhos especiais e produtos químicos, para preve-
nir deterioração ou contaminação. 
 
15 
 
Os frascos utilizados nas coletas sem garrafa coletora devem ser segurados pela 
parte de baixo e submersos a mais ou menos 20cm, com a boca levemente inclinada para 
cima. A boca do frasco deve estar contra a correnteza. 
Os meios de transportes para as amostras e os horários disponíveis devem estar 
anotados e cadastrados. A equipe deve assegurar o mínimo possível de variações no 
transporte das amostras até o local de análise. De acordo com o objetivo do monitora-
mento, as amostras podem ser classificadas como: 
 
 Contínuas ou permanentes – normalmente coletadas pela manhã, após uma ca-
racterização prévia do reservatório monitorado, com definição da periodicidade e 
do tamanho da rede de amostragem, conforme a necessidade da região e a impor-
tância estratégica da usina; 
 Emergencial – realizada em qualquer dia ou horário, em função de algum acidente 
ambiental, a exemplo de um derramamento de óleo, que compromete a vida aqu-
ática e viola a Lei de Crimes Ambientais. O roteiro para esse tipo de coleta deverá 
ser elaborado com base nas informações das equipes de campo da região afetada 
e da população ribeirinha. 
 
2.3.1.1. Ações para preparação e execução do trabalho de campo 
 
 
Pelo menos uma semana antes da coleta, no escritório: 
 
 Definir itinerário; 
 Providenciar inventário detalhado de estações de amostragens, mapas, coorde-
nadas (quando possível); 
 Elaborar lista de amostras requeridas em cada estação de amostragem; 
 Preparar tabela onde as leituras serão anotadas. 
 
Pelo menos um dia antes da coleta: 
 
 Separar todo o material e equipamento a serem utilizados; 
 Etiquetar os frascos das amostras com as seguintes informações: local de coleta, 
parâmetro, profundidade, data e identificação do ponto; 
 Preencher o cabeçalho das fichas de campo; 
 Verificar as baterias dos equipamentos; 
16 
 
 Verificar barco e motor (se necessário); 
 Confirmar acesso a locais restritos ou privados com a Coordenação local; 
 Certificar-se dos arranjos de viagens e/ou transporte de amostras com a coorde-
nação institucional; 
 Notificar a data e o horário de chegada das amostras ao(s) laboratório(s); 
 Averiguar condições locais de tempo e exequibilidade de viagem, com qualquer 
fonte de informação disponível. 
 
Amostragem: 
 
 Preparar os reagentes a serem utilizados na coleta e nas análises laboratoriais; 
 Verificar frascos de amostragem, reagentes, etiquetas e canetas; 
 Verificar materiais (caixas e gelo) para estocagem das amostras; 
 Certificar-se de que os amostradores/equipamentos estejam calibrados; 
 Providenciar botas de borracha de cano alto e/ou tênis náutico; 
 Verificar procedimentos padrões para amostragem. 
 
Para documentação: 
 
 Providenciar canetas, etiquetas, computadores, fichas de campo, etc. 
 
Testes no local: 
 
 Disponibilizar listagem de análises a serem realizadas no campo; 
 Checar estoques de produtos necessários (água destilada, tampão de pH, padrões 
e brancos); 
 
Como utilizar os equipamentos: 
 
 Disco de Secchi - todas as leituras devem ser feitas, preferencialmente, pelo 
mesmo operador, já que a sensibilidade de visão pode variar; 
 Rede de plâncton – deve ser confeccionada com materiais que não sofrem altera-
ções e deformações com o tempo, boca larga para uma grande área de filtração e ma-
lha adequada para cada tipo de uso (fito, zooplâncton). As mais indicadas são as de 
30-45μm; 
 
17 
 
Garrafa de van Dorn 
 
 Verificar periodicamente a estrutura física da garrafa, observando a vedação, o cabo 
de descida e a marcação; 
 Deve ser limpa constantemente, com água e escovão apenas, para evitar incrus-
tação de matérias e formação de lodo, capazes de contaminar as amostras coleta-
das. 
 
Controle de Equipamentos: 
 
Para que as medições sejam confiáveis, o controle dos equipamentos deve ser re-
alizado periodicamente, atendendo às especificações dos respectivos manuais, incluindo: 
 
 Calibração – comparar com um padrão; 
 Ajuste – alcançar a condição de aceitação. 
 
O laboratório deverá manter uma lista dos equipamentos, com os respectivos prazos 
de calibração/verificação. 
 
 
2.3.1.2. Procedimentos a serem observados 
 
Antes da coleta 
 
Água: 
 Solicitar autorização do responsável para colocação da embarcação na 
 
 Elaborar análise de risco; 
 Avisar a sala de controle da usina sobre a utilização da embarcação; 
 Assegurar boas condições físicas e mentais do condutor; 
 Verificar as condições de navegação (meteorologia e operação da usina); 
 Verificar as condições da embarcação, os equipamentos, os EPIs e a capacidade de 
carga; 
 Verificar o combustível; 
 Certificar-se do sistema de transporte do barco do abrigo até o reservatório; 
 Seguir as normas de segurança da Cemig e legislação vigente, conforme Ministério 
18 
 
da Marinha, durante os trabalhos. 
 
Observações de campo 
 
Presença de: 
 Materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: visualmente ausentes; 
 Substâncias que comuniquem gosto ou odor: visualmente ausentes; 
 Corantes provenientes de fontes antrópicas: visualmente ausentes; 
 Resíduos sólidos objetáveis: visualmente ausentes; 
 Marcas de enchentes nas margens, em caso de chuva recente, etc.Compostos Fórmula Química Odor 
Aminas CH3NH2, (CH3)3H peixe 
Amônia NH3 amoníaco 
Diaminas NH2(CH2)4NH2(CH2)5NH2 carne podre 
Sulfeto de hidrogênio H2S ovo podre 
Mercaptanas 
(Por ex., metil e etil) 
CH3SH, CH3(CH2)3SH repolho podre 
Mercaptanas 
(Por ex., butil e crotil) 
(CH3)3SH,CH3(CH2)3SH Jaritataca (gambá) 
Sulfetos orgânicos (CH3)2S, (C6H5)2S Couve podre 
Material fecal C9H9N fezes 
 
Tabela 1 − Detecção de odores associados a compostos presentes no esgoto não tratado. 
 
 
2.3.2. Águas superficiais – ambiente lótico (rios, riachos e nascentes) 
 
As coletas seguem as regras definidas para ambientes lênticos, já que em rios e 
córregos não há estratificação da água. As estações de coleta são escolhidas de acordo 
com a facilidade de acesso e as coletas são feitas com balde, a mais ou menos 20cm de 
profundidade. Os parâmetros físico-químicos são praticamente os mesmos do ambiente 
lêntico, exceto, por alguns poucos conforme a lista a seguir. O parâmetro hidrobiológico 
utilizado no monitoramento da Cemig para ambientes lóticos é o zoobênton, considerado 
o melhor bioindicador para águas doces. 
19 
 
Os rios são caracterizados por uma corrente unidirecional com taxa de velocidade 
da água relativamente alta, variando de 0,1 a 1m s-1, de acordo com o clima e o modelo 
de drenagem. A relação de parâmetros para as águas correntes inclui: 
 
 Temperatura da água e do ar - ºC 
 Cor verdadeira - mg Pt/L 
 Turbidez - UNT 
 pH 
 Condutividade elétrica - μS.cm-1 
 Sólidos totais em suspensão - mg/L 
 Sólidos totais dissolvidos – mg/L 
 Alcalinidade total em CaCO3 – mg/L 
 Cálcio – mg/L 
 Cloreto – mg/L 
 Sulfato – mg/L SO4 
 Fósforo total – mg/L de P 
 Nitrogênio amoniacal total - mg/L N 
 Nitrato - mg/L N 
 Oxigênio dissolvido - mg/L O2 
 Demanda bioquímica de oxigênio – DBO - mg/L O2 
 Óleos e graxas - mg/L 
 Ferro dissolvido - mg/L Fe 
 Manganês total – mg/L Mn 
 Índice de Fenóis - mg/L C6H5OH 
 Coliformes termotolerantes (Coliformes fecais) – VMP /100mL 
 Malacofauna qualitativa - org./m2 
 Densidade de cianobactérias - células/mL 
 Clorofila a - μg/L 
 
2.3.2.1. Águas de reservatório e lagos (perfis) - ambiente lêntico 
20 
 
 Os lagos e reservatórios são caracterizados por uma baixa taxa de velocidade da 
corrente multidirecional, de 0,001 a 0,01 m s –1 (valores superficiais). Muitos lagos têm 
períodos alternados de estratificação e mistura vertical, regulados pelas condições climáti-
cas e pela profundidade. Os parâmetros variam de acordo com os pontos do reservatório, 
conforme descrições a seguir: 
 
Na subsuperfície do reservatório, a relação de parâmetros inclui: 
 
 Transparência do disco de Secchi - m 
 Temperatura do ar - ºC 
 Óleos e graxas – mg/L 
 Temperatura da água (perfil ao longo de toda a coluna d’água do ponto, de um em 
um metro) - ºC 
 Coliformes termotolerantes (Coliformes fecais) - VMP /100mL 
 Densidade de cianobactérias - células/mL 
 Clorofila a - μg/L 
 Malacofauna qualitativa (às margens) - org./m2 
 
Na Metade da Zona Fótica do reservatório, a relação de parâmetros contempla: 
 
 Cor verdadeira - mg Pt/L 
 Turbidez - UNT 
 pH 
 Oxigênio Dissolvido – mg/L 
 Condutividade elétrica - μS.cm-1 
 Sólidos totais dissolvidos – mg/L 
 Sólidos em suspensão – mg/L 
 Alcalinidade total em CaCO3 – mg/L 
 Cálcio – mg/L 
 Cloreto – mg/L 
 Sulfato – mg/L SO4 
 Fósforo total – mg/L de P 
 Nitrogênio amoniacal total - mg/L N 
21 
 
 Nitrato - mg/L N 
 Demanda bioquímica de oxigênio – DBO – mg/L 
 Ferro dissolvido - mg/L Fe 
 Manganês total – mg/L Mn 
 Fenóis Totais (substâncias que reagem com 4-aminoantipirina) – mg/L 
 C6H5OH 
 Substâncias tensoativas que reagem com azul de metileno -mg/L LAS 
 Fitoplâncton qualitativo e quantitativo – cel/mL 
 Zooplâncton (arraste ao longo da coluna d’água a partir de um metro do fundo) – 
cel/mL 
 
No fundo do reservatório, a relação de parâmetros compreende: 
 
 Cor verdadeira - mg Pt/L 
 Turbidez – UNT 
 Cálcio – mg/L 
 pH 
 Oxigênio Dissolvido - mg/L 
 Condutividade elétrica - μS.cm-1 
 Sólidos totais dissolvidos - mg/L 
 Sólidos em suspensão – mg/L 
 Alcalinidade total em CaCO3 - mg/L 
 Sulfato total - mg/L SO4 
 Fósforo total - mg/L de P 
 Nitrogênio amoniacal total - mg/L N 
 Nitrato - mg/L N 
 Demanda bioquímica de oxigênio – DBO - mg/L 
 Ferro dissolvido - mg/L Fe 
22 
 
 Manganês total – mg/L Mn 
 
2.4. Gases 
 
Nos últimos anos, tem aumentado a demanda por técnicas de monitoramento de 
traços constituintes da atmosfera que sejam exatas, confiáveis, economicamente viáveis e 
fáceis de operar. Este fato resulta não somente da crescente preocupação com a qualidade 
do meio ambiente, mas também porque a poluição ambiental é uma questão global. Em 
acréscimo, o número dos compostos que precisam ser monitorados tem aumentado muito, 
não só porque novos compostos têm sido introduzidos no ambiente, mas também porque, 
muitos compostos aparentemente inofensivos no passado são agora reconhecidos como 
agressores do ambiente. Em resposta a essas necessidades um número cada vez maior 
de métodos de análises de gases e vapores no ar tem sido apresentados. 
A análise de componentes traços da atmosfera tem como problema geral a presença 
de contaminantes em baixa concentração dispersos em uma matriz extremamente com-
plexa sob o ponto de vista físico e químico. Como consequência direta deste problema, 
existem poucos métodos diretos de análise que sejam suficientemente sensíveis e seleti-
vos. 
Assim, a preconcentração na fase de amostragem é uma resposta que se tem dado 
para o problema, porque usualmente se concentra a espécie de interesse em uma matriz 
mais conveniente de se trabalhar no laboratório. A importância da preconcentração em 
análises de ar é tal que concorre com a determinação analítica como responsável pela 
repetibilidade e exatidão dos resultados finais. Um problema crítico que acompanha a 
amostragem de gases é a adsorção da espécie contaminante nas paredes do recipiente de 
amostragem. Quanto menor a concentração do gás amostrado maior será a perda relativa 
por adsorção. Deve-se, portanto, buscar o tipo de material para confeccionar o frasco de 
amostragem que resulte na menor interação entre o gás amostrado e as paredes do recipi-
ente. Também é importante o tratamento que a amostra recebe. Como regra geral, sempre 
que se aumenta o número de etapas entre a amostragem e a determinação aumenta-se o 
erro final. 
A preconcentração de gases e vapores tem sido feita empregando-se frascos borbu-
lhadores contendo soluções absorventes (impingers), tubos contendo sorventes sólidos 
(p.e., carvão ativo, sílica gel, Tenax, leitos impregnados e crioamostradores, onde a espécie 
de interesse é coletada em temperatura abaixo do seu ponto de ebulição. Limitações, tais 
23 
 
como, secagem da solução absorvente, dependência da geometria de construção do im-
pinger, eficiência de sorção/desorção de tubos sorventes e condensação de vapor de água, 
são sempre citadas como desvantagens do uso de cada técnica8. Dentro deste contexto, 
desenvolver uma metodologia analítica que amplie a disponibilidade de métodos analíticos 
e que satisfaça a demanda dos diferentes monitoramentos é uma expectativa da química 
analítica. Este trabalho descreve uma nova proposta para se coletar e analisar gases traços 
do ar, diretamente em uma gota de solução, que pode ser uma alternativa para minimizar 
alguns dos inconvenientes das técnicas usuais de preconcentração e posterioranálise. 
 
2.4.1. Absorção de Gases por Gotas de Soluções 
 
É de senso comum que a água da chuva limpa a atmosfera, sendo este um dos 
processos mais importantes de remoção de poluentes da atmosfera (rainout). Esta propri-
edade que é responsável pelo efeito conhecido como "chuva ácida", é também amplamente 
utilizada para reconhecer indiretamente a presença de diferentes espécies químicas na at-
mosfera. Neste caso, a facilidade da amostragem da água de chuva permite a avaliação de 
alguns componentes traços da atmosfera, o que é uma grande vantagem sobre outros mé-
todos de amostragens destes componentes na atmosfera. A dissolução de gases em gotas 
de água depende de alguns fatores, dentre os quais um dos mais importantes é a afinidade 
do gás pela água, geralmente relacionado com a sua solubilidade em água. O equilíbrio 
entre a fase gasosa e a líquida pode ser descrito pela lei de Henry: [C] = K * P 
 
 
 
Tabela 2 − Constante de Henry de alguns gases dissolvidos em água à 25ºC¹¹. 
 
24 
 
 
 
Figura 5 − Modelo para absorção de CO2 em uma gota de água de chuva. 
 
É preciso considerar que na superfície de uma gota existe também um movimento 
de saída de moléculas do líquido para o meio gasoso, que nada mais é do que o processo 
natural de evaporação. Esse contrafluxo, passa a ser uma barreira à entrada de partículas 
que poderiam também se agregar à gota. Assim, o processo da evaporação favorece a 
absorção gasosa em relação a absorção de partículas. Esta seletividade relativa é conve-
niente, já que o componente gasoso de interesse muitas vezes está presente tanto na fase 
gasosa como agregado a partículas, e a sua discriminação pode ter consequências ambi-
entais relevantes. 
Onde [C] é a concentração do gás dissolvido na fase líquida (mol.L-1); P é a pressão 
parcial do gás C na fase gasosa (atm); e K é a constante da lei de Henry (atm-1.mol.L-1). 
A tabela 1 apresenta alguns valores para a constante de Henry11. Os gases solúveis em 
água apresentam valores altos para a constante da lei de Henry (aproximadamente 105 
atm-1.mol.L-1) e gases pouco solúveis em água apresentam valores baixos para a mesma 
constante (aproximadamente atm-1.mol.L-1). Os valores de concentração estimados pela 
lei de Henry, nem sempre correspondem aos alcançados no seio da gota, já que reações 
no interior da gota podem consumir o gás dissolvido. A capacidade de absorção de gás 
também depende de outros fatores, como a temperatura que afeta diretamente a velocidade 
25 
 
de reação e inversamente a solubilidade do gás e de outras substâncias solúveis previa-
mente dissolvidas que podem diminuir a solubilidade do gás (efeito salting out). A figura 5 
mostra um possível modelo para absorção do gás carbônico por uma gota de água de 
chuva. 
 
2.4.2. Utilização de Gotas Em Amostragens e Análises De Gases 
 
Tendo-se em conta que alguns gases podem ser facilmente incorporados a gotículas 
de água, foi recentemente proposta a utilização de gotas para amostrar gases solúveis15. 
Neste trabalho a amônia gasosa (NH3) foi amostrada em uma gota de solução de ácido 
sulfúrico, com 2,25 μL de volume, que foi formada na ponta de um capilar. Após a amostra-
gem, a gota foi aspirada para dentro do capilar e convenientemente tratada e analisada por 
calorimetria. 
Experimentos desenvolvidos posteriormente16, mostraram que é possível simplificar 
este sistema e fazer a leitura colorimétrica diretamente na gota. Neste experimento, para 
formar cada gota usou-se uma solução do reagente de Griess- Saltzman17 que reage se-
letivamente com dióxido de nitrogênio (NO2) produzindo um composto róseo (λmáx 550 
nm). Para se fazer a leitura direta da variação da cor da gota construiu-se um sensor fotos-
sensível diretamente dentro da gota. Isto foi feito montando-se um gerador de gotas entre 
o espaço criado quando as bordas de dois tubos de Teflon e duas pontas de fibra ótica se 
tocam (figura 2). A luz emitida pela fonte (LED com λmax 555nm) foi levada para a gota 
através da fibra ótica F1. A luz transmitida foi recebida pela extremidade da outra fibra ótica 
F2, que conduzia o sinal ao fotodiodo. Um dos tubos de Teflon era usado para transportar 
a solução desde um béquer até o ponto gerador da gota, enquanto o outro tubo apenas 
servia de anteparo para a gota, tendo a outra extremidade lacrada. O fluxo da solução que 
escoava por gravidade era controlado por uma válvula solenoide que possibilitava cortá-lo 
em qualquer instante, o que permitia se trabalhar com o volume de gota mais conveniente. 
Depois de formada a gota de solução absorvente, fechava-se a válvula solenoide, man-
tendo- se a gota fixa e pendente. Passava-se então sobre a gota o ar contendo como con-
taminante o dióxido de nitrogênio. Dos gases incorporados à gota, apenas o dióxido de 
nitrogênio reage com a solução, formando a espécie colorida. A diferença entre a absor-
bância da gota antes da passagem do gás e a absorbância da gota quando o corante foi 
formado é proporcional à concentração do dióxido de nitrogênio amostrado. Os resultados 
mostram- se dependentes do volume da gota formada, da vazão com que o gás é amos-
trado e da umidade relativa do ar amostrado. 
26 
 
Controlando-se estes fatores, é possível fazer análises de dióxido de nitrogênio com 
concentrações no ar variando de 61- 191 μg.m-3 (30-95 ppb) com amostragens de 5 minu-
tos e fluxo de 0.13 L.min-1. A dificuldade de gerar a gota sempre em um mesmo ponto foi 
um inconveniente superado, colocando- se uma guia de metal em forma de U, entre os 
tubos de Teflon e as pontas das fibras óticas. Outro inconveniente não superado neste 
primeiro experimento foi a instabilidade da gota, que por falta de melhor sustentação era 
sensível a pequenos balanços externos ao equipamento. Este problema foi solucionado 
com um novo desenho para o gerador de gota18. Este modelo para gerador de gotas foi 
construído cortando-se um pequeno tubo plástico longitudinalmente formando um semici-
lindro. As fibras óticas foram fixadas em cada uma das bordas e acoplou-se um fino tubo 
de Teflon na sua parte superior para fazer o transporte da solução geradora da gota. O 
arranjo também foi testado com o reagente de Griess-Saltzman e seu comportamento ava-
liado. A influência do fluxo de amostragem mostrou ser menor que no modelo inicial. O novo 
sistema gerador de gota repetiu um bom comportamento para medidas de dióxido de nitro-
gênio em dezenas de partes por bilhão no ar, além de mostrar que é possível fazer uma 
nova determinação a cada 8 minutos (praticamente o tempo necessário para o desenvolvi-
mento da cor). A fluorescência também pode ser usada em determinações analíticas dentro 
da gota. O conhecido procedimento para determinação de sulfeto de hidrogênio que se 
baseia na diminuição da fluorescência (quenching) de uma solução de fluoresceína de mer-
cúrio II19, foi adaptado para ocorrer em uma gota de solução. Neste arranjo20 uma solução 
alcalina de fluoresceína de mercúrio II vai formar na ponta de um tubo de Teflon uma pe-
quena gota para coletar e posteriormente determinar sulfeto de hidrogênio. Uma fibra ótica 
colocada dentro deste tubo de Teflon transporta a luz de excitação (λmax 495 nm) proveni-
ente de uma fonte, para o interior da gota da solução. Um fotodiodo com filtro seletivo per-
mitindo a leitura da luz com λmax 530 nm foi colocado a 90 graus em relação ao tubo 
formador da gota. Formada a gota, o fotodiodo lê inicialmente o sinal da fluorescência da 
solução de fluoresceína de mercúrioII. 
Após a passagem da amostra gasosa contendo sulfeto de hidrogênio sobre a gota, 
ocorre o decréscimo da fluorescência, resultado da reação entre a fluoresceína de mercúrio 
IIe o sulfeto de hidrogênio. O arranjo em questão pode avaliar sulfeto de hidrogênio em 
concentrações entre 20 e 150 μg.m-3 no ar (cerca 15 até 100 ppb) com amostragens de 2 
minutos e com tempo total de análise inferior a 5 minutos. A oxidação do sulfeto amostrado 
por oxidantes presentes no ar atmosférico é uma das principais fontes de erro comum às 
diferentes metodologias de análises de sulfeto de hidrogênio no ar 21. Com a utilização da 
gota suspensa, o intervalo entre amostragem e análise é relativamente curto, e não ocorre 
27 
 
oxidação do sulfeto em grandeza significativa para interferir nos resultados. Avaliações so-
bre interferência de oxidantes mostraram que se pode analisar 50 ppb de sulfeto de hidro-
gênio em presença de 130 ppb de dióxido de nitrogênio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
3. CONCLUSÃO 
 
O solo, por mais uniforme que seja a sua aparência, como cor, textura, profundidade, 
declividade e demais características suscetíveis de serem observadas no campo, pode 
apresentar contudo uma variação5 pronunciada em outras, que afetam diretamente seu 
grau de fertilidade. Ainda mais, duas glebas do mesmo solo submetidas a tratos diferentes, 
como sequência de culturas, adubações etc., ao fim de algum tempo terão um grau de 
fertilidade diferente, o que pode ser constatado pelo rendimento ou produção por unidade 
de área das plantas cultivadas naquelas glebas. 
A composição da água subterrânea é influenciada pelo material geológico na qual se 
insere. As características químicas das águas subterrâneas dependem, inicialmente, da 
composição das águas de recarga e, em seguida, de sua evolução química, influenciada 
diretamente pelas litologias atravessadas. 
As águas superficiais são representadas pelas drenagens e rios que coletam as 
águas das chuvas que não se infiltram e não evaporam. As águas das chuvas também são 
conhecidas como águas freáticas. 
É de senso comum que a água da chuva limpa a atmosfera, sendo este um dos 
processos mais importantes de remoção de poluentes da atmosfera. Esta propriedade que 
é responsável pelo efeito conhecido como "chuva ácida", é também amplamente utilizada 
para reconhecer indiretamente a presença de diferentes espécies químicas na atmosfera. 
Neste caso, a facilidade da amostragem da água de chuva permite a avaliação de alguns 
componentes traços da atmosfera, o que é uma grande vantagem sobre outros métodos de 
amostragens destes componentes na atmosfera. A dissolução de gases em gotas de água 
depende de alguns fatores, dentre os quais um dos mais importantes é a afinidade do gás 
pela água, geralmente relacionado com a sua solubilidade em água. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
4. REEFERÊNCIAS BIBLIGOGRÁFICAS 
 
CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, SP 2001) 
UFPR (Amostragem de solo, perguntas e respostas, PR 2002) 
SISAGUA (Manual de Procedimentos de Coleta e Metodologias de Análise de Água, BH 
2009).

Outros materiais