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Contabilidade de Custos Prof. Msc. Mateus Rocha Menezes 2 Prof. Msc. Mateus Rocha Menezes Métodos de Custeio Variável ou Análise de Custo- Volume-Lucro (CVL) Os objetivos de aprendizagem Q1: Qual é a relação da Análise do custo-volume-lucro (CVL), e como é usado para tomada de decisão? Q2: Como são realizados os cálculos CVL para um único produto? Q3: Como são realizados os cálculos CVL para vários produtos? Q4: Qual é o ponto de equilíbrio? Q5: Quais os pressupostos e os gestores devem considerar as limitações quando se utiliza análise CVL? Q6: Como a margem de segurança e alavancagem operacional utilizado para avaliar o risco operacional? 4 Quantidade Quantidade Análise do Custo-Volume-Lucro ...técnica que usa os graus de variabilidade dos custos para medir o efeito de mudanças do volume sobre os lucros resultantes. Padrões comuns de comportamento dos custos 5 Estrutura das Demonstrações Comparativo Absorção e Custeio Variável Custeio por absorção Custos variáveis Custos fixos Despesas variáveis Despesas fixas Custeio variável Receita Receita Lucro Bruto Margem de contribuição Custos variáveis Custos fixos Despesas variáveis Despesas fixas Resultado Resultado 6 Tanto o método de custeio por absorção como o método de custeio variável utilizam os mesmos dados referentes à produção e aos custos. Eles se diferem apenas no tratamento dado aos custos fixos. O custeio por absorção apropria os custos fixos aos produtos, enquanto o custeio variável considera-os como despesas do período. Esses tratamentos dados aos custos fixos podem levar a resultados diferentes em um exercício social, como observado, no comparativo das DREs entre os métodos de custeio por absorção e variável. Estrutura das Demonstrações Comparativo Absorção e Custeio Variável 7 O custeio por absorção é o método mais tradicional de custeio. Todos os gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos. No Brasil, o Custeio por Absorção está contemplado no Pronunciamento Técnico CPC 16, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Apesar do surgimento de outros sistemas de custeio com o passar do tempo, o custeio por absorção é ainda o mais adotado pela Contabilidade, sendo válido tanto para fins de Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultados como também para a apuração de Lucros Fiscais. Comparativo Custeio por Absorção e Custeio Variável 8 Custeio por absorção seja ele departamentalizado ou não, é o método recomendado pela Receita Federal do Brasil para fins fiscal por absorver todos os custos ao produto. O custeio variável é para fins gerenciais, de tomada de decisão em relação a produção, precificação e vendas, pois nos remete à margem de contribuição, margem de segurança, grau de alvacagem operacional e o ponto de equilíbrio. Comparativo Custeio por Absorção e Custeio Variável 9 Análise do Custo-Volume-Lucro 10 Ponto de equilíbrio Margem de segurança Grau de Alavancagem Capacidade ociosa ...As Medidas O Significado... C a p a c id a d e m á x im a N ív e l d e o p e ra ç ã o P o n to d e e q u il íb ri o Margem de segurança Capacidade ociosa Receitas Custos Ponto de equilíbrio Qual é o Nível de operação ? O Modelo...O Modelo... Demonstração de Resultados Receitas Custos e despesas variáveis Margem de contribuição Custos e despesas fixas Resultado (+) ( - ) (=) ( - ) (=) Total Unitário 11 Ponto de equilíbrio Indica o nível de atividade no qual a empresa tem lucro zero, ou seja, onde os custos totais são iguais as receitas totais. Margem de segurança Quantidade excedente ao ponto de equilíbrio. Grau de Alavancagem operacional Mede o grau de sensibilização dos lucros às variações de venda. Custos e despesas fixas Margem de contribuição unitária Vendas – Ponto de equilíbrio Margem de contribuição Lucro líquido 12 Exemplo ... Empresa X Total Unitário % Vendas (1.000 unidades) 100.000,00 100,00 100 Custos + Despesas variáveis 60.000,00 60,00 60 Margem de Contribuição 40.000,00 40,00 40 Custos+Despesas fixas 30.000,00 Resultado 10.000,00 Ponto de equilíbrio Margem de segurança Grau de alavancagem $30.000,00 / $40,00 = 750 unidades = $ 75.000,00 1.000 u - 750 u = 250 unidades $100.000,00 - $75.000,00 = $25.000,00 $40.000,00 / $10.000,00 = 4 13 Exemplo ... Empresa Y Total Unitário % Vendas (1.000 unidades) 100.000,00 100,00 100 Custos + Despesas variáveis 30.000,00 30,00 60 Margem de Contribuição 70.000,00 70,00 40 Custos+Despesas fixas 60.000,00 Resultado 10.000,00 Ponto de equilíbrio Margem de segurança Grau de alavancagem $60.000,00 / $70,00 = 857,14 unidades = $ 85.714,30 1.000 u - 857 u = 143 unidades $100.000,00 - $85.714,30 = $14.285,70 $70.000,00 / $10.000,00 = 7 14 Empresa X Ponto de equilíbrio Margem de segurança Grau de alavancagem $30.000,00 / $40,00 = 750 unidades = $ 75.000,00 1.000 u - 750 u = 250 unidades $100.000,00 - $75.000,00 = $25.000,00 $40.000,00 / $10.000,00 = 4 Empresa Y Ponto de equilíbrio Margem de segurança Grau de alavancagem $60.000,00 / $70,00 = 857,14 unidades = $ 85.714,30 1.000 u - 857 u = 143 unidades $100.000,00 - $85.714,30 = $14.285,70 $70.000,00 / $10.000,00 = 7 15 Ponto de equilíbrio $ Quantidade Custos fixos Custos Totais Receitas PE PE 16 Método do Custeio Variável Análise de custo-volume-lucros 17 Classificação pela Variabilidade • Custos fixos - independem do volume de produção. • Custos variáveis - crescem com o aumento da quantidade produzida. 18 Método do Custeio Variável São alocados aos produtos os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas do período. 19 Método do Custeio Variável p = preço unitário cv = custo variável unitário (custos e despesas) mc = margem de contribuição unitária CF = Custo Fixo (Custos e Despesas de Estrutura) 20 A margem de contribuição unitária é o preço unitário de venda do produto menos seus custos e despesas unitários variáveis. mc = p - cv Margem de contribuição 21 mc = p – cv Representa a parcela do preço que está disponível para a cobertura dos custos fixos e para a geração do lucro. Margem de contribuição 22 QØ = ponto de equilíbrio (unidades físicas) mc = margem de contribuição unitária CF = custos fixos Ponto de equilíbrio (quantidade) QØ = CF mc • O ponto de equilíbrio é o nível de produção onde o lucro é nulo (zero). 23 QØ = ponto de equilíbrio (unidades físicas) p = preço unitário Ponto de equilíbrio (valor R$) RØ = QØ x p • O ponto de equilíbrio é o valor dofaturamento onde o lucro é nulo (zero). 24 Destrinchando o Ponto de Equilíbrio: Para Martins (2010, p. 257), “o ponto de equilíbrio, também chamado de ponto de ruptura, nasce da conjugação dos custos e despesas totais com as receitas totais”. No entanto, duas visões a respeito das receitas das organizações devem ser destacadas. A visão de uma economia de mercado onde a representação macroeconômica é não linear, pois cada unidade a mais produzida tende a trazer menos receita, e a visão particular onde a representação tende a ser linear, pois os preços praticados por ela são relativamente estáveis. Ou seja, sua receita total seria o preço vezes o número de unidades vendidas, sendo de fato uma relação linear. Desta forma, pode-se definir Ponto de Equilíbrio como “o nível de vendas no qual o lucro da empresa é igual a zero” (GARRISON 2007, p. 195). 25 Destrinchando o Ponto de Equilíbrio: Conforme Atkinson et al. (2008) para análise do ponto de equilíbrio deve-se considerar os custos como fixos e variáveis, lembrando-se que a equação dos custos pode ser dividida conforme a equação que se segue: C = F + (V x Q) Onde: C = custo total F = custo fixo V = custo variável por unidade Q = nível de produção em unidades 26 Destrinchando o Ponto de Equilíbrio: Considerando que a produção de Q unidades é vendida ao preço P por unidade, tem-se que a receita é P X Q. Logo, o lucro dessa operação será igual a: Lucro = Receitas – Custos = (P x Q) – [F + (V x Q)] = [(P – V) x Q] – F Conforme será mencionado posteriormente, a diferença existente entre Preço unitário e Custo Variável unitário é conhecida como Margem de contribuição unitária (MCU), que é o “aumento líquido no lucro quando aumentamos a produção e venda em uma unidade” (ATKINSON et al., 2008, p.193). 27 Destrinchando o Ponto de Equilíbrio: Portanto, a fórmula do lucro pode ser reescrita da seguinte forma: Lucro = MCU x Q – Custos Fixos Sabendo-se que Ponto de equilíbrio é o momento em que o lucro se iguala a zero, tem-se: 0 = MCU x Q – F Q =__F__ MCU O cálculo do ponto de equilíbrio em unidades é obtido dividindo-se o custo fixo pela margem de contribuição unitária. 28 Ponto de Equilíbrio: Contábil, Econômico e Financeiro Considere o exemplo a seguir, baseado em Martins, (2010, p. 261). •Preço de venda = R$ 800/un. •Custos + Despesas Variáveis = R$ 600/un. •Custos + Despesas Fixas = R$ 4.000.000/mês 29 Ponto de Equilíbrio Contábil Sabe-se que o ponto de equilíbrio será alcançado quando a soma das margens de contribuição cobrir os custos e despesas fixas. Nessa situação contabilmente a empresa não terá nem lucro nem prejuízo. PEC = 4.000.000 = 20.000 un./ano ou $ 16.000.000/ano de Vendas 800 – 600 30 Ponto de Equilíbrio Econômico No entanto, tal resultado economicamente geraria prejuízo para a empresa, pois não considera o custo do capital, o lucro mínimo desejado. Assim, supondo-se que o patrimônio da empresa fosse de R$ 10.000.000 e se esperasse um rendimento mínimo de 10% (1.000.000). O ponto de equilíbrio econômico seria: PEE = 4.000.000 + 1.000.000 = 25.000 un./ano ou $ 20.000.000/ano de Receitas 800 – 600 31 Ponto de Equilíbrio Financeiro Do mesmo modo tal ponto de equilíbrio não representa o resultado financeiro da empresa, pois tal resultado desconsidera as despesas que não representam saídas de dinheiro (por exemplo, depreciação) e adicionam o valor dos empréstimos e/ou de outras parcelas financeiras de desembolso obrigatório no período que não estejam computadas nos custos e despesas. Assim, considerando que a empresa tivesse R$ 800.000 em valores de depreciação. O Ponto de equilíbrio financeiro será: PEF = 4.000.000 – 800.000 = 16.000 un./ano ou $ 12.800.000/ano de Vendas 800 – 600 Vamos supor esse exemplo para 22.000 unidades do Produto... 32 Ponto de Equilíbrio Financeiro outras visões Essa é de fato uma hipótese simplista para o cálculo do Resultado Financeiro, pois estamos admitindo todas as receitas recebidas e todos os custos e despesas (exceto depreciação, é claro) pagos; mas também podemos admitir que o conceito de “Caixa” seja ampliado para “Disponível + Valores a Receber de Clientes — Valores a Pagar a Fornecedores dos Insumos (Bens e Serviços)”. Poderia também ser calculado outro Ponto de Equilíbrio Financeiro que levasse em conta eventuais divergências entre prazos de pagamento e de recebimento. 33 Ponto de Equilíbrio Financeiro outras visões Mais importante do que esse, todavia, é a elaboração de um segundo Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF2), que leve em consideração parcelas financeiras de desembolso obrigatório no período que não estejam computadas nos Custos e Despesas. Por exemplo, suponhamos que a empresa tenha feito um Empréstimo de $8.000.000 para somar a seus Recursos Próprios a fim de conseguir os recursos totais para operar; e, mais, que os encargos financeiros desses $8.000.000 já estejam contidos dentro dos $4.000.000 de Custos e Despesas Fixos. Entretanto, a parcela da amortização não estará lá colocada. 34 Ponto de Equilíbrio Financeiro outras visões Supondo que tenhamos que amortizar esse empréstimo em parcelas anuais de $2.000.000, concluímos que, financeiramente, a empresa precisa obter em cada período os $3.200.000 de desembolsos fixos dos Custos e Despesas mais essa parcela de $2.000.000. Logo, o Ponto de Equilíbrio Financeiro para conseguir esse objetivo será: PEF2 = 3.200.000 + 2.000.000 = 26.000 un./ano ou $ 20.800.000/ano de Vendas 800 – 600 35 Ponto de Equilíbrio Financeiro outras visões No ponto de equilíbrio financeiro o caixa gerado se iguala ao caixa consumido no período, ou seja, a geração líquida de caixa é igual a zero. (CARDOSO et al. 2007 p 129). Ainda segundo Cardoso et al. (2007) para determinar o ponto de equilíbrio financeiro, é necessário considerar o prazo médio de pagamento aos fornecedores, o prazo médio de pagamento aos clientes, as despesas fixas que não implicam em desembolsos periódicos, como a depreciação, e os desembolsos necessários para honrar os financiamentos, encargos e principal. PEF3 = Gastos Fixos Desembolsáveis + LAIR + Amortização de Dívida + Pagamento de Investimentos Margem de Contribuição unitária 36 Ponto de Equilíbrio Financeiro outras visões Utilizando as visões de Cardoso et al. (2007), anteriormente abordado, considere o exemplo a seguir: Preço de Venda: $500/un. Custos e Despesas Variáveis: $350/um. Custos e Despesas Fixos desembolsáveis ou Gastos Fixos desembolsáveis: $500.000/mês ($600.000 - $100.000 da depreciação) Lucro Líquido: $15.000/mês Alíquota de imposto de renda: 25% Amortização da dívida $120.000 (financiamento de $200.000, despesa de juros já computada nos gastos fixos, mas o principal deverá ser amortizado em 60% $200.000 x 60%). LAIR = 15.000 = 15.000 =20.000 1 - 0,25 0,75 PEF = 500.000 + 20.000 + 120.000 = 640.000 = 4.266,6 500 – 350 150 Verifica-se assim que, se a empresa produzir e vender 4.267 unidades ela vai satisfazer os acionistas e os financiamentos externos. 37 CUSTO DO PRODUTO NAS DECISÕES SOBRE PREÇO EMIX Decisões de custo: Curto Prazo X Longo Prazo 38 CUSTO DO PRODUTO NAS DECISÕES SOBRE PREÇO E MIX Decisões de custo: influência sobre o Preço 39 Equação do Lucro As operações financeiras de cada organização podem ser mostradas como uma relação simples entre receita total (RT), custo total (CT) e lucro operacional (LO) Lucro Operacional = Receita Total – Custo Total A equação do lucro é útil na determinação de qual volume é necessário para que determinado nível de lucro seja atingido. Suponha, por exemplo, que o gerente da Sport Autos esteja esperando vendas maiores em abril. Com os valores apresentados de: Preço(P) = 30.000, custo variável unitário(V) = 22.000, custo fixo(F) = 200.000 e margem de contribuição unitária (MC) = 8.000,00. O gerente faz o seguinte questionamento: a partir de qual volume de vendas a empresa passa a ter lucro? A fórmula para encontrar o volume, em unidades, correspondente a determinado nível de lucro é: Volume desejado em unidades = (Custo Fixo + Lucro Desejado) / MC unitária 40 Equação do Lucro Utilizando os dados da Sport Autos, calcula-se o volume para o qual o lucro operacional seja de R$ 120.000,00, a saber: Volume Desejado em unidades = (200.000,00 + 120.000,00) / (8.000,00) = 40 carros Comprovando que se a Sport Autos vender 40 carros, o lucro operacional será: LO = (P – V)(X) – F = (8.000,00 X 40) – 200.000,00 = 120.000,00 41 Utilização da análise CVL no cálculo de quantias desconhecidas Uma aplicação importante do modelo CVL é o cálculo de quantias desconhecidas. Por exemplo, suponha que, após examinar números que lhe são apresentados, o gerente da Sport Autos comente que “não conseguiremos 40 carros do fabricante para vender em abril; se somente conseguirmos 30 carros, ainda teremos lucro de R$ 120.000,00?” Pode- se chegar à resposta, considerando um volume de 30 carros e um lucro de R$ 120.000,00, na equação do lucro: LO = (P – V)(X) – F Calcula-se, portanto, a margem de contribuição necessária para cobrir o custo fixo de R$ 200.000,00 e gerar lucro operacional de R$ 120.000,00. 120.000,00 = (MC) 30 carros – 200.000,00 320.000,00 = (MC) 30 MC = 10.667,00 42 Utilização da análise CVL no cálculo de quantias desconhecidas Dessa forma, a margem de contribuição unitária deve passar de R$ 8.000,00 para R$ 10.667,00 para que a companhia obtenha um lucro de R$ 120.000,00. O aumento da MC deverá vir ou do aumento do preço de venda ou da diminuição do custo variável, ou da combinação de ambas. Este mesmo raciocínio pode ser adotado para fazer variações nos custos fixos. Por exemplo, mantendo-se a margem de contribuição unitária em 8.000, vendendo 30 carros, qual seria o custo fixo para que o lucro operacional seja de 120.000,00? 120.000,00 = (8.000 x 30 carros) – F 120.000,00 = 240.000 – F F = 120.000 43 Análise de CVL para Multiprodutos Nos exemplos anteriores, fez-se uma suposição que a Sport Autos compra e vende apenas uma linha de carros esportivos. Muitas companhias, no entanto, produzem e/ou vendem muitos produtos, com os mesmo ativos. A Dual Autos vende dois modelos de carros, Sport e Deluxe. Os preços e custos dos dois são os seguintes: 44 Análise de CVL para Multiprodutos A equação do lucro apresentada anteriormente precisa agora ser expandida, para considerar a contribuição de cada produto: LO = (MC do Sport x (X) do Sport) + (MC do Deluxe x (X) do Deluxe) – F Indiquemos o modelo Sport por (s) e o modelo Deluxe por (d), assim o lucro operacional da companhia é: LO = (R$ 5000,00(X)s) + (R$ 10.000,00(X)d) – R$ 300.000,00 45 Análise de CVL para Multiprodutos O gerente da Dual Autos tem acompanhado um debate que dois membros da equipe de vendas vêm travando, a respeito do ponto de equilíbrio da companhia. De acordo com um deles, a companhia precisa vender 60 carros por mês, para não ter lucro nem prejuízo. O outro, contudo, argumenta que vender 30 carros por mês é suficiente. Quem está com a razão? A resposta de 60 carros por mês está correta, se apenas o modelo Sport for vendido; também a de 30 carros por mês, se apenas o modelo Deluxe for vendido. Na realidade, a empresa tem vários pontos de equilíbrio. Isso fica evidente pela equação do lucro, que tem duas incógnitas. A figura 1 mostras alguns pontos de equilíbrio da Dual. 46 FIGURA 1 - Combinações de pontos de equilíbrio da Dual Autos 47 Análise de CVL para Multiprodutos A figura 2 é uma representação gráfica dos possíveis pontos de equilíbrio da companhia. O lucro operacional é zero para qualquer combinação de volumes, correspondente a qualquer ponto na reta ali mostrada. A linha interrompida, paralela à reta de pontos de equilíbrio, mostra as várias combinações de volumes que implicam um lucro operacional de R$ 10.000,00. Veja que qualquer combinação à direita da reta de pontos de equilíbrio implica lucro, e que combinações à esquerda implicam prejuízo. Uma empresa que produz e vende mais de um produto, a análise de custo/volume/lucro é muito mais complexa quando se tem apenas um produto, visto que existem várias soluções de quantidades possíveis, sendo recomendada nesses casos, a utilização do melhor mix do produto, de acordo com a lucratividade dos mesmos e a capacidade da empresa. 48 FIGURA 2 - Possíveis pontos de equilíbrio (em unidades) da Dual Autos 49 A análise de custo-volume-lucro (CVL), no caso de múltiplos produtos, a abordagem pode ser feita pelo uso da média ponderada da margem de contribuição unitária ou pela média ponderada da margem de contribuição percentual. (COGAN, 2013). Análise de CVL para Multiprodutos 50
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