Buscar

Aula 5 Análise de CVL 2015

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Contabilidade de Custos 
Prof. Msc. Mateus Rocha Menezes 
2 
Prof. Msc. Mateus Rocha Menezes 
 
 
Métodos de Custeio Variável ou Análise de Custo-
Volume-Lucro (CVL) 
 
Os objetivos de aprendizagem 
 
Q1: Qual é a relação da Análise do custo-volume-lucro (CVL), e como é 
usado para tomada de decisão? 
Q2: Como são realizados os cálculos CVL para um único produto? 
 
Q3: Como são realizados os cálculos CVL para vários produtos? 
 
Q4: Qual é o ponto de equilíbrio? 
Q5: Quais os pressupostos e os gestores devem considerar as limitações 
quando se utiliza análise CVL? 
Q6: Como a margem de segurança e alavancagem operacional utilizado 
para avaliar o risco operacional? 
4 
Quantidade 
 
Quantidade 
 
Análise do Custo-Volume-Lucro 
...técnica que usa os graus de variabilidade dos custos para 
medir o efeito de mudanças do volume sobre os lucros 
resultantes. 
 Padrões comuns de comportamento dos custos 
 
5 
 Estrutura das Demonstrações 
Comparativo Absorção e Custeio Variável 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Custeio por absorção 
 Custos variáveis 
 Custos fixos 
 Despesas variáveis 
 Despesas fixas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Custeio variável 
 Receita Receita 
 Lucro Bruto Margem de contribuição 
 Custos variáveis 
 Custos fixos 
 Despesas variáveis 
 Despesas fixas 
 Resultado Resultado 
 
6 
Tanto o método de custeio por absorção como o método de 
custeio variável utilizam os mesmos dados referentes à produção 
e aos custos. Eles se diferem apenas no tratamento dado aos 
custos fixos. O custeio por absorção apropria os custos fixos aos 
produtos, enquanto o custeio variável considera-os como 
despesas do período. 
 
Esses tratamentos dados aos custos fixos podem levar a 
resultados diferentes em um exercício social, como observado, no 
comparativo das DREs entre os métodos de custeio por absorção 
e variável. 
 Estrutura das Demonstrações 
Comparativo Absorção e Custeio Variável 
7 
O custeio por absorção é o método mais tradicional de custeio. 
Todos os gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos 
para todos os produtos ou serviços feitos. No Brasil, o Custeio por 
Absorção está contemplado no Pronunciamento Técnico CPC 16, 
do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Apesar do 
surgimento de outros sistemas de custeio com o passar do tempo, 
o custeio por absorção é ainda o mais adotado pela Contabilidade, 
sendo válido tanto para fins de Balanço Patrimonial e 
Demonstração de Resultados como também para a apuração de 
Lucros Fiscais. 
 
Comparativo Custeio por Absorção e Custeio 
Variável 
8 
Custeio por absorção seja ele departamentalizado ou não, é o 
método recomendado pela Receita Federal do Brasil para fins 
fiscal por absorver todos os custos ao produto. 
 
O custeio variável é para fins gerenciais, de tomada de decisão 
em relação a produção, precificação e vendas, pois nos remete à 
margem de contribuição, margem de segurança, grau de 
alvacagem operacional e o ponto de equilíbrio. 
Comparativo Custeio por Absorção e Custeio 
Variável 
9 
Análise do Custo-Volume-Lucro 
10 
 Ponto de equilíbrio 
 Margem de segurança 
 Grau de Alavancagem 
 Capacidade ociosa 
...As Medidas 
O Significado... 
C
a
p
a
c
id
a
d
e
 m
á
x
im
a
 
N
ív
e
l 
d
e
 o
p
e
ra
ç
ã
o
 
P
o
n
to
 d
e
 
e
q
u
il
íb
ri
o
 
 Margem de segurança 
 Capacidade ociosa 
Receitas Custos 
Ponto de equilíbrio 
Qual é o Nível de operação ? 
O Modelo...O Modelo...
Demonstração de Resultados
Receitas
Custos e despesas variáveis
Margem de contribuição
Custos e despesas fixas 
Resultado
(+)
( - )
(=)
( - )
(=)
Total Unitário
 
11 
 Ponto de equilíbrio 
 Indica o nível de atividade no qual a empresa tem lucro zero, ou seja, 
 onde os custos totais são iguais as receitas totais. 
 Margem de segurança 
 Quantidade excedente ao ponto de equilíbrio. 
 Grau de Alavancagem operacional 
 Mede o grau de sensibilização dos lucros às variações de venda. 
Custos e despesas fixas 
Margem de contribuição unitária 
Vendas – Ponto de equilíbrio 
Margem de contribuição 
Lucro líquido 
 
12 
Exemplo ... 
Empresa X 
Total Unitário % 
Vendas (1.000 unidades) 100.000,00 100,00 100 
Custos + Despesas variáveis 60.000,00 60,00 60 
Margem de Contribuição 40.000,00 40,00 40 
Custos+Despesas fixas 30.000,00 
Resultado 10.000,00 
 
Ponto de equilíbrio 
Margem de segurança 
Grau de alavancagem 
$30.000,00 / $40,00 = 750 unidades 
 = $ 75.000,00 
1.000 u - 750 u = 250 unidades 
$100.000,00 - $75.000,00 = $25.000,00 
$40.000,00 / $10.000,00 = 4 
13 
Exemplo ... 
Empresa Y 
Total Unitário % 
Vendas (1.000 unidades) 100.000,00 100,00 100 
Custos + Despesas variáveis 30.000,00 30,00 60 
Margem de Contribuição 70.000,00 70,00 40 
Custos+Despesas fixas 60.000,00 
Resultado 10.000,00 
 
Ponto de equilíbrio 
Margem de segurança 
Grau de alavancagem 
$60.000,00 / $70,00 = 857,14 unidades 
 = $ 85.714,30 
1.000 u - 857 u = 143 unidades 
$100.000,00 - $85.714,30 = $14.285,70 
$70.000,00 / $10.000,00 = 7 
14 
Empresa X 
Ponto de equilíbrio 
Margem de segurança 
Grau de alavancagem 
$30.000,00 / $40,00 = 750 unidades 
 = $ 75.000,00 
1.000 u - 750 u = 250 unidades 
$100.000,00 - $75.000,00 = $25.000,00 
$40.000,00 / $10.000,00 = 4 
Empresa Y 
Ponto de equilíbrio 
Margem de segurança 
Grau de alavancagem 
$60.000,00 / $70,00 = 857,14 unidades 
 = $ 85.714,30 
1.000 u - 857 u = 143 unidades 
$100.000,00 - $85.714,30 = $14.285,70 
$70.000,00 / $10.000,00 = 7 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ponto de 
equilíbrio 
$ 
Quantidade 
Custos 
fixos 
Custos 
Totais 
Receitas 
PE 
PE 
 
16 
Método do 
Custeio Variável 
Análise de 
custo-volume-lucros 
17 
Classificação pela Variabilidade 
• Custos fixos - independem do 
volume de produção. 
 
• Custos variáveis - crescem com 
o aumento da quantidade 
produzida. 
18 
Método do 
Custeio Variável 
São alocados aos produtos os custos 
variáveis, ficando os fixos 
separados e considerados como 
despesas do período. 
19 
Método do Custeio Variável 
p = preço unitário 
cv = custo variável unitário (custos e 
despesas) 
mc = margem de contribuição 
unitária 
CF = Custo Fixo (Custos e Despesas 
de Estrutura) 
 
20 
 A margem de contribuição unitária é 
o preço unitário de venda do produto 
menos seus custos e despesas 
unitários variáveis. 
 mc = p - cv 
Margem de contribuição 
21 
 mc = p – cv 
 
 Representa a parcela do preço que 
está disponível para a cobertura 
dos custos fixos e para a geração 
do lucro. 
Margem de contribuição 
22 
QØ = ponto de equilíbrio (unidades físicas) 
mc = margem de contribuição unitária 
CF = custos fixos 
 
Ponto de equilíbrio (quantidade) 
QØ = 
CF 
mc 
• O ponto de equilíbrio é o nível de 
produção onde o lucro é nulo (zero). 
23 
QØ = ponto de equilíbrio (unidades físicas) 
p = preço unitário 
 
Ponto de equilíbrio (valor R$) 
RØ = QØ x p 
• O ponto de equilíbrio é o valor dofaturamento onde o lucro é nulo (zero). 
24 
Destrinchando o Ponto de Equilíbrio: 
 
Para Martins (2010, p. 257), “o ponto de equilíbrio, também chamado de 
ponto de ruptura, nasce da conjugação dos custos e despesas totais com 
as receitas totais”. No entanto, duas visões a respeito das receitas das 
organizações devem ser destacadas. A visão de uma economia de 
mercado onde a representação macroeconômica é não linear, pois cada 
unidade a mais produzida tende a trazer menos receita, e a visão 
particular onde a representação tende a ser linear, pois os preços 
praticados por ela são relativamente estáveis. Ou seja, sua receita total 
seria o preço vezes o número de unidades vendidas, sendo de fato uma 
relação linear. 
 
Desta forma, pode-se definir Ponto de Equilíbrio como “o nível de 
vendas no qual o lucro da empresa é igual a zero” (GARRISON 2007, p. 
195). 
 
25 
Destrinchando o Ponto de Equilíbrio: 
 
Conforme Atkinson et al. (2008) para análise do ponto de 
equilíbrio deve-se considerar os custos como fixos e variáveis, 
lembrando-se que a equação dos custos pode ser dividida 
conforme a equação que se segue: 
 
C = F + (V x Q) 
 
Onde: 
 
C = custo total 
F = custo fixo 
V = custo variável por unidade 
Q = nível de produção em unidades 
 
26 
Destrinchando o Ponto de Equilíbrio: 
 
Considerando que a produção de Q unidades é vendida ao preço P por 
unidade, tem-se que a receita é P X Q. Logo, o lucro dessa operação será 
igual a: 
 
Lucro = Receitas – Custos 
 = (P x Q) – [F + (V x Q)] 
 = [(P – V) x Q] – F 
 
Conforme será mencionado posteriormente, a diferença existente entre 
Preço unitário e Custo Variável unitário é conhecida como Margem de 
contribuição unitária (MCU), que é o “aumento líquido no lucro quando 
aumentamos a produção e venda em uma unidade” (ATKINSON et al., 
2008, p.193). 
27 
Destrinchando o Ponto de Equilíbrio: 
 
Portanto, a fórmula do lucro pode ser reescrita da seguinte forma: 
 
Lucro = MCU x Q – Custos Fixos 
 
Sabendo-se que Ponto de equilíbrio é o momento em que o lucro se 
iguala a zero, tem-se: 
 
0 = MCU x Q – F 
 
Q =__F__ 
 MCU 
 
O cálculo do ponto de equilíbrio em unidades é obtido dividindo-se o 
custo fixo pela margem de contribuição unitária. 
28 
Ponto de Equilíbrio: Contábil, Econômico e Financeiro 
Considere o exemplo a seguir, baseado em Martins, (2010, p. 261). 
 
•Preço de venda = R$ 800/un. 
•Custos + Despesas Variáveis = R$ 600/un. 
•Custos + Despesas Fixas = R$ 4.000.000/mês 
 
29 
Ponto de Equilíbrio Contábil 
 
 
 
Sabe-se que o ponto de equilíbrio será alcançado quando a soma das 
margens de contribuição cobrir os custos e despesas fixas. Nessa situação 
contabilmente a empresa não terá nem lucro nem prejuízo. 
 
 
PEC = 4.000.000 = 20.000 un./ano ou $ 16.000.000/ano de Vendas 
 800 – 600 
 
30 
Ponto de Equilíbrio Econômico 
 
No entanto, tal resultado economicamente geraria prejuízo para a 
empresa, pois não considera o custo do capital, o lucro mínimo desejado. 
Assim, supondo-se que o patrimônio da empresa fosse de R$ 10.000.000 
e se esperasse um rendimento mínimo de 10% (1.000.000). O ponto de 
equilíbrio econômico seria: 
 
 
PEE = 4.000.000 + 1.000.000 = 25.000 un./ano ou $ 20.000.000/ano de Receitas 
 800 – 600 
 
31 
Ponto de Equilíbrio Financeiro 
 
Do mesmo modo tal ponto de equilíbrio não representa o resultado 
financeiro da empresa, pois tal resultado desconsidera as despesas que 
não representam saídas de dinheiro (por exemplo, depreciação) e 
adicionam o valor dos empréstimos e/ou de outras parcelas financeiras 
de desembolso obrigatório no período que não estejam computadas nos 
custos e despesas. Assim, considerando que a empresa tivesse R$ 
800.000 em valores de depreciação. O Ponto de equilíbrio financeiro 
será: 
 
 
PEF = 4.000.000 – 800.000 = 16.000 un./ano ou $ 12.800.000/ano de Vendas 
 800 – 600 
 
Vamos supor esse exemplo para 22.000 unidades do Produto... 
32 
Ponto de Equilíbrio Financeiro outras visões 
 
 
Essa é de fato uma hipótese simplista para o cálculo do Resultado 
Financeiro, pois estamos admitindo todas as receitas recebidas e todos os 
custos e despesas (exceto depreciação, é claro) pagos; mas também 
podemos admitir que o conceito de “Caixa” seja ampliado para 
“Disponível + Valores a Receber de Clientes — Valores a Pagar a 
Fornecedores dos Insumos (Bens e Serviços)”. Poderia também ser 
calculado outro Ponto de Equilíbrio Financeiro que levasse em conta 
eventuais divergências entre prazos de pagamento e de recebimento. 
 
 
33 
Ponto de Equilíbrio Financeiro outras visões 
 
Mais importante do que esse, todavia, é a elaboração de um segundo 
Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF2), que leve em consideração 
parcelas financeiras de desembolso obrigatório no período que não 
estejam computadas nos Custos e Despesas. Por exemplo, suponhamos 
que a empresa tenha feito um Empréstimo de $8.000.000 para somar a 
seus Recursos Próprios a fim de conseguir os recursos totais para operar; 
e, mais, que os encargos financeiros desses $8.000.000 já estejam 
contidos dentro dos $4.000.000 de Custos e Despesas Fixos. Entretanto, 
a parcela da amortização não estará lá colocada. 
 
 
34 
Ponto de Equilíbrio Financeiro outras visões 
 
Supondo que tenhamos que amortizar esse empréstimo em parcelas 
anuais de $2.000.000, concluímos que, financeiramente, a empresa 
precisa obter em cada período os $3.200.000 de desembolsos fixos dos 
Custos e Despesas mais essa parcela de $2.000.000. 
 
Logo, o Ponto de Equilíbrio Financeiro para conseguir esse objetivo será: 
 
 
 
PEF2 = 3.200.000 + 2.000.000 = 26.000 un./ano ou $ 20.800.000/ano de Vendas 
 800 – 600 
 
35 
Ponto de Equilíbrio Financeiro outras visões 
 
No ponto de equilíbrio financeiro o caixa gerado se iguala ao caixa 
consumido no período, ou seja, a geração líquida de caixa é igual a zero. 
(CARDOSO et al. 2007 p 129). 
 
Ainda segundo Cardoso et al. (2007) para determinar o ponto de 
equilíbrio financeiro, é necessário considerar o prazo médio de 
pagamento aos fornecedores, o prazo médio de pagamento aos clientes, 
as despesas fixas que não implicam em desembolsos periódicos, como a 
depreciação, e os desembolsos necessários para honrar os 
financiamentos, encargos e principal. 
 
 
PEF3 = Gastos Fixos Desembolsáveis + LAIR + Amortização de Dívida + Pagamento de Investimentos 
 Margem de Contribuição unitária 
36 
Ponto de Equilíbrio Financeiro outras visões 
Utilizando as visões de Cardoso et al. (2007), anteriormente abordado, 
considere o exemplo a seguir: 
 
Preço de Venda: $500/un. 
Custos e Despesas Variáveis: $350/um. 
Custos e Despesas Fixos desembolsáveis ou Gastos Fixos desembolsáveis: $500.000/mês 
($600.000 - $100.000 da depreciação) 
Lucro Líquido: $15.000/mês 
Alíquota de imposto de renda: 25% 
Amortização da dívida $120.000 (financiamento de $200.000, despesa de juros já computada nos 
gastos fixos, mas o principal deverá ser amortizado em 60% $200.000 x 60%). 
 
LAIR = 15.000 = 15.000 =20.000 
 1 - 0,25 0,75 
 
PEF = 500.000 + 20.000 + 120.000 = 640.000 = 4.266,6 
 500 – 350 150 
 
Verifica-se assim que, se a empresa produzir e vender 4.267 unidades ela vai satisfazer os 
acionistas e os financiamentos externos. 
37 
CUSTO DO PRODUTO NAS DECISÕES SOBRE PREÇO EMIX 
Decisões de custo: Curto Prazo X Longo Prazo 
38 
CUSTO DO PRODUTO NAS DECISÕES SOBRE PREÇO E MIX 
Decisões de custo: influência sobre o Preço 
39 
Equação do Lucro 
As operações financeiras de cada organização podem ser mostradas 
como uma relação simples entre receita total (RT), custo total (CT) e 
lucro operacional (LO) 
 
Lucro Operacional = Receita Total – Custo Total 
 
A equação do lucro é útil na determinação de qual volume é necessário para que 
determinado nível de lucro seja atingido. Suponha, por exemplo, que o gerente da Sport 
Autos esteja esperando vendas maiores em abril. Com os valores apresentados de: 
Preço(P) = 30.000, custo variável unitário(V) = 22.000, custo fixo(F) = 200.000 e 
margem de contribuição unitária (MC) = 8.000,00. O gerente faz o seguinte 
questionamento: a partir de qual volume de vendas a empresa passa a ter lucro? 
 
A fórmula para encontrar o volume, em unidades, correspondente a determinado nível 
de lucro é: 
 
Volume desejado em unidades = (Custo Fixo + Lucro Desejado) / MC unitária 
 
40 
Equação do Lucro 
Utilizando os dados da Sport Autos, calcula-se o volume para o qual o 
lucro operacional seja de R$ 120.000,00, a saber: 
 
Volume Desejado em unidades = (200.000,00 + 120.000,00) / (8.000,00) 
= 40 carros 
 
Comprovando que se a Sport Autos vender 40 carros, o lucro operacional 
será: 
 
LO = (P – V)(X) – F = (8.000,00 X 40) – 200.000,00 = 120.000,00 
 
41 
Utilização da análise CVL no cálculo de quantias desconhecidas 
Uma aplicação importante do modelo CVL é o cálculo de quantias 
desconhecidas. Por exemplo, suponha que, após examinar números que 
lhe são apresentados, o gerente da Sport Autos comente que “não 
conseguiremos 40 carros do fabricante para vender em abril; se somente 
conseguirmos 30 carros, ainda teremos lucro de R$ 120.000,00?” Pode-
se chegar à resposta, considerando um volume de 30 carros e um lucro 
de R$ 120.000,00, na equação do lucro: 
 
LO = (P – V)(X) – F 
 
Calcula-se, portanto, a margem de contribuição necessária para cobrir o 
custo fixo de R$ 200.000,00 e gerar lucro operacional de R$ 120.000,00. 
120.000,00 = (MC) 30 carros – 200.000,00 
320.000,00 = (MC) 30 
MC = 10.667,00 
42 
Utilização da análise CVL no cálculo de quantias desconhecidas 
Dessa forma, a margem de contribuição unitária deve passar de R$ 
8.000,00 para R$ 10.667,00 para que a companhia obtenha um lucro de 
R$ 120.000,00. O aumento da MC deverá vir ou do aumento do preço de 
venda ou da diminuição do custo variável, ou da combinação de ambas. 
 
Este mesmo raciocínio pode ser adotado para fazer variações nos custos 
fixos. Por exemplo, mantendo-se a margem de contribuição unitária em 
8.000, vendendo 30 carros, qual seria o custo fixo para que o lucro 
operacional seja de 120.000,00? 
 
120.000,00 = (8.000 x 30 carros) – F 
120.000,00 = 240.000 – F 
F = 120.000 
43 
Análise de CVL para Multiprodutos 
Nos exemplos anteriores, fez-se uma suposição que a Sport Autos 
compra e vende apenas uma linha de carros esportivos. Muitas 
companhias, no entanto, produzem e/ou vendem muitos produtos, com 
os mesmo ativos. 
A Dual Autos vende dois modelos de carros, Sport e Deluxe. Os preços e 
custos dos dois são os seguintes: 
 
44 
Análise de CVL para Multiprodutos 
A equação do lucro apresentada anteriormente precisa agora ser 
expandida, para considerar a contribuição de cada produto: 
 
LO = (MC do Sport x (X) do Sport) + (MC do Deluxe x (X) do 
Deluxe) – F 
 
Indiquemos o modelo Sport por (s) e o modelo Deluxe por (d), assim o 
lucro operacional da companhia é: 
 
LO = (R$ 5000,00(X)s) + (R$ 10.000,00(X)d) – R$ 300.000,00 
 
45 
Análise de CVL para Multiprodutos 
O gerente da Dual Autos tem acompanhado um debate que 
dois membros da equipe de vendas vêm travando, a respeito 
do ponto de equilíbrio da companhia. De acordo com um 
deles, a companhia precisa vender 60 carros por mês, para não 
ter lucro nem prejuízo. O outro, contudo, argumenta que 
vender 30 carros por mês é suficiente. Quem está com a razão? 
A resposta de 60 carros por mês está correta, se apenas o 
modelo Sport for vendido; também a de 30 carros por mês, se 
apenas o modelo Deluxe for vendido. Na realidade, a empresa 
tem vários pontos de equilíbrio. Isso fica evidente pela 
equação do lucro, que tem duas incógnitas. A figura 1 mostras 
alguns pontos de equilíbrio da Dual. 
46 
FIGURA 1 - Combinações de pontos de equilíbrio da Dual Autos 
47 
Análise de CVL para Multiprodutos 
A figura 2 é uma representação gráfica dos possíveis pontos de 
equilíbrio da companhia. O lucro operacional é zero para qualquer 
combinação de volumes, correspondente a qualquer ponto na reta ali 
mostrada. 
A linha interrompida, paralela à reta de pontos de equilíbrio, mostra as 
várias combinações de volumes que implicam um lucro operacional de 
R$ 10.000,00. Veja que qualquer combinação à direita da reta de pontos 
de equilíbrio implica lucro, e que combinações à esquerda implicam 
prejuízo. 
Uma empresa que produz e vende mais de um produto, a análise de 
custo/volume/lucro é muito mais complexa quando se tem apenas um 
produto, visto que existem várias soluções de quantidades possíveis, 
sendo recomendada nesses casos, a utilização do melhor mix do 
produto, de acordo com a lucratividade dos mesmos e a capacidade da 
empresa. 
48 
FIGURA 2 - Possíveis pontos de equilíbrio (em unidades) da Dual Autos 
49 
 
 
A análise de custo-volume-lucro (CVL), no caso de múltiplos 
produtos, a abordagem pode ser feita pelo uso da média 
ponderada da margem de contribuição unitária ou pela média 
ponderada da margem de contribuição percentual. (COGAN, 
2013). 
Análise de CVL para Multiprodutos 
50

Outros materiais