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Prescrição e decadência

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Prescrição e decadência/caducidade [Art 205 e 206]
Ambos os fenômenos se enquadram como fato jurídico strictu sensu na medida em que por mais que a ocorrência dos mesmos também seja provenientes da inércia do homem, a prescrição e decadência ocorrem especialmente devido ao decurso de um lapso temporal previsto em lei. O fundamento de validade desses institutos é a estabilização das relações jurídicas na medida em que não é entendido como razoável a ideia de que o indivíduo possa cobrar um direito, dívida ou exercer o direito potestativo a qualquer tempo fixando a norma o prazo máximo para que isso aconteça findo qual aquela relação jurídica não poderá mais ser questionada nem mesmo o devido poderá ser cobrado. Na estrutura do código de 16 o legislador não especificava o que era decadências e o que era prescrição cabendo ao intérprete da norma compreender qual situação se daria a prescrição e a qual a decadência . O pos atual os prazos prescricionais então tratados nos arts 205 e 206 sendo atualmente o maior prazo de dez anos e quantos aos decadências estão espalhados pela parte geral especial do código habitualmente se fazendo referencia a decadência em homenagem o princípio da operabilidade já que fica facilitada a aplicação do instituto. 
Prescrição -> ideia direta imediata de crédito e débito. Falando em dívida: pode ser provenientes da lei, ex: batida de carro ou pode ser provenientes de acordo da manifestação de vontade, ex: aluguel que não pagou. Se não pagou a dívida opera se o fenômeno da prescrição. 
Na prescrição a situação concreta revela sempre uma relação direta, imediata de débito e crédito. Sempre estaremos diante do binômio prestação e pretensão. O indivíduo deve entregar uma determinada prestação assumida contratualmente ou provenientes da própria norma, de uma única vez ou de trato sucessivos a depender do caso concreto caso a prestação não seja entregue espontaneamente pelo devedor nasce para aquele que teria o direito de recebê-lo, o credor, o direito de exigir o cumprimento daquilo está previsto em lei ou for acordado. A partir do momento em que fica evidente o inadimplemento o credo tem a pretensão de ter seu crédito satisfatório e exercitara esse direito de valendo de medida judicial desde que o faça dentro do prazo previsto em lei sob pena de prescrição. A prescrição firmina estingue a possibilidade do credor de submeter o credor a um processo judicial visando o recebimento do seu crédito. Não se estingue a dívida mas sim a possibilidade de cobra lá na medida em que não é mais coercivo, passível de ser executado . Pretensão= tem direito a exigir a entrega de exigir a pretensão através da ida ao judiciário dentro do prazo de 3 anos. {Regra geral 10 anos}. [Art 882, 206]
O art 882 CC traz em seu texto uma das maiores aplicações da ideia de que prestação e pretensão não se confunde! Aquele que eventualmente venha a pagar uma dívida prescrita sabendo ou não que não estaria mais obrigado a realizar aquele pagamento não poderá exigir de volta aquilo que pagou. A norma compreende que cumpriu uma obrigação moral reconhecendo a existência de uma prestação e dessa forma não poderá tomar qualquer medida para ser restituído daquele pagamento. Habitualmente em doutrina se ensina que a prescrição extingue o direito de ação e não o direito em si o que significa que se é mais possível a ida ao judiciário porém a prestação continua existindo já que não foi paga. Proposta a ação objetivando a cobrança daquela dívida o prazo prescricional que até então vinha correndo em prejuízo ao credor cessa na medida embate naquele momento manifestou legitimamente o seu interesse em recebe lá aquela dívida. [Art 192 parte geral, 191 CC] 
Os prazos de prescrição são inafastáveis pelos interesses das partes de maneira que mesmo havendo consenso entre devedor e credor não poderão os mesmos aumentar ou diminuir os prazos previsto em lei que são de ordem pública. Trata se norma que contém evidente conteúdo imperativo. Da mesma forma após a prescrição se consumar o devedor poderá abrir mão dos direitos de alega lá fazendo está declaração de forma categórica ou praticando atos que revelem que está seria a sua intenção como por exemplo iniciar o pagamento da dívida nessa hipótese é perfeitamente possível renunciar a prescrição na medida em que o indivíduo estaria reconhecendo uma obrigação, prestação que deveria cumprir espontaneamente. Porém, e absolutamente inadmissível a idéia de possa abrir mão do direito de no futuro alegar uma prescrição que no momento da declaração de vontade ainda não se consumou. Assim, imaginado uma prescrição de 5 anos se o devedor nesse período comunica formalmente o credor que não pode apagar naquele momento abrindo mão do direito de alegar a prescrição futura sua manifestação de vontade não produz qualquer efeito e caso o credor não cobre no prazo legal poderá o devedor sustentar a prescrição. Averaçao do art 191 tem por fundamento a ideia de que o devedor se colocaria nas mãos do credor considerando que a dívida ficaria imprescritível. (Decreto lei 20910/32) [Retroativa 5 anos, contados desde a propositura da ação] . O art 194 revogado em 2006 vedava ao magistrado o reconhecimento de ofício da prescrição justificado na idéia de que a alegação incumbiria ao devedor que poderia não ter interesse em sustenta lá arcando assim com aquela prestação q ainda existia muito embora não fosse mais coercível. O CPC na época revogou essa norma entendo que quando a prescrição estivesse evidente o judiciário deveria reconhece lá na medida em que a prestação jurisdicional, a atividade do judiciário seria desenvolvida de maneira mais seria diminuindo assim o número de ações que lotam o judiciário. Caso o magistrado não perceba a prescrição total ou parcial o devedor poderá sustenta lá a todo e qualquer tempo no curso daquela demanda judicial não existindo assim prazo para que aquela alegação seja realizado. O art 196 deixa claro que qualquer alteração subjetiva em relação a pessoa do credor não afetará os prazos prescricionais. Assim, imaginado o prazo prescricional de 5 anos se o credor vem a óbito no 2º ano seus herdeiros possuíram mais 3 anos para cobrar a dívida e não de outros 5 anos como se poderia supor. A norma prevista no art 196 se aplica tanto ao credor pessoa física ou pessoa jurídica sem qualquer distinção. 
Causas suspensivas/ impeditivas estão tratadas nos art 197/201. As referidas causas se aplicam as ambas situações variando apenas em relação ao momento de sua ocorrência. Se os prazo prescricional se quer começou a correr a hipótese é de acusa impeditiva. Se o mesmo já vinha ocorrendo estamos diante anda suspensão do prazo prescricional as referidas causas poderão ocorrer inúmeras vezes no curso da prescrição e independem da conduta do interessado no sentido de suspende lá. No que diz respeito a suspensão o prazo ficará paralisado até que a causa suspensiva não esteja mais presente e depois, extinta a causa o prazo voltará a correr de onde parou aprontando de se assim o prazo transcorrido até aquele momento. A hipótese mais recorrente de causa impeditiva/suspensiva da prescrição é a tratada no art. 198 I CC, a norma deixa claro que não corre prescrição contra indivíduos absolutamente incapazes de maneira que ao completar 16 anos a prescrição começará a correr contra aquele que se tornou relativamente incapaz. Assim, se o menor com 10 anos de idade vem a ser vítima de um atropelamento com seqüelas definitivas o prazo para ajudar ação indenizatória contra o seu ofensor começará a contar da data em que completar 16 anos dispondo de 3 ou 5 anos a depender de quem seja o responsável elo pagamento. Se o mesmo era PJ de Direito público interno o prazo é de 5 anos, caso seja PJ de Direito Privado o prazo será de 3 anos. O mesmo raciocínio será aplicado aquele indivíduo que se tornou relativamente incapaz já que passou a ter discernimento reduzido. Em se tratando de alimentos estabelecidos em favor de menor há uma outra causa suspensiva a ser observada qualseja o poder familiar. Assim, os alimentos são devidos apenas a partir do momento em que são estabelecidos judicialmente e nesse contesto o credor disporá de dois anos para cobra-la (art. 206 pg 2°). Assim, imaginando que um indivíduo tenha estabelecido esses alimentos quando o menor possuía apenas 10 anos de idade a situação comportará uma causa impeditiva da prescrição na medida em que o prazo só começará a correr na data em que o menor não mais estiver sobre o poder familiar o que acontecerá ao completar os 18 anos e nesse momento disporá de dois anos para cobrar todo esse período atrasado. Ao completar a maioridade não há que se falar na extinção automática do dever de prestar alimentos devendo ser observado ainda que, no dia em que completar 18 anos e 1 mês ao poderá cobrar a prestação de alimentos atrasada apenas no que diz respeito aos dois últimos anos na medida em que, toda a dívida pretérita, anterior a este prazo se encontram prescritas. {art 198} A situação do art. 200 CC, será sempre uma nítida hipótese de causa impeditiva da prescrição e será aplicada naquelas situações em que o fato ensejar conseqüências criminais e civis também. As causas interruptivas da prescrição estão expressamente tratadas no art. 202 CC. A hipótese que deve habitualmente ser usada é a propositura da ação no prazo a que se refere a lei. Basta que a demanda (ação) seja distribuída antes que a prescrição se consume para que não exista prescrição. Das hipóteses tratadas no art. 202 CC, vale ressaltar a notificação judicial ou extrajudicial do devedor para efetivar o pagamento, a condição de dívida por parcelamento e até mesmo a renegociação. Em todas essas hipóteses a interrupção ocorrerá. É importante frisar que diferentemente do que ocorre na suspensão que pode acontecer inúmeras vezes no curso do prazo prescricional a interrupção mão possui o mesmo tratamento por parte da norma, de maneira que, se o credor adotar uma das medidas previstas dos incisos II o V do art. 202 CC, só poderá proceder dessa forma uma única vez que na segunda oportunidade deverá propor a ação sobre pena da dívida prescrever. As causas interruptivas exigem sempre uma conduta do interessado e sempre terão por efeito zerar o prazo prescricional que será todo ele reiniciado.

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