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S U I C Í D I O PSICOLOGIA Niterói, 2017 VAMOS FALAR SOBRE O QUE MUITAS VEZES NÃO PERCEBEMOS? SUÍCIDIO DEFINIÇÃO Ato deliberado executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, mesmo que ambivalente, usando um meio que ele acredita ser letal. (Associação Brasileira de Psiquiatria, 2014) Na definição de Durkheim (1982) o termo suicídio refere-se a todas as causas de morte por uma ação da própria vítima, com a ciência do resultado. Fenômeno que tem características específicas em momentos históricos distintos. Um comportamento resultado de uma complexa interação de fatores psicológicos e biológicos, inclusive genéticos, culturais e socioambientais. Um marcador de sofrimento psíquico ou de transtornos psiquiátricos. MITOS & VERDADES O suicídio é uma decisão individual, já que cada um tem pleno direito a exercitar o seu livre arbítrio. Quando uma pessoa pensa em se suicidar terá risco de suicídio para o resto da vida. As pessoas que ameaçam se matar não farão isso, querem apenas chamar a atenção. Falar sobre suicídio não aumenta o risco. Falar com alguém sobre o assunto pode aliviar a angústia e a tensão que esses pensamentos trazem. MITOS & VERDADES Se uma pessoa que se sentia deprimida e pensava em suicidar- se, em um momento seguinte passa a se sentir melhor, normalmente significa que o problema já passou. Quando um indivíduo mostra sinais de melhora ou sobrevive a uma tentativa de suicídio, está fora de perigo. É proibido que a mídia aborde o tema suicídio. Quem quer se matar, vai se matar. EPIDEMIOLOGIA No mundo suicídio é a 2ª causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. No Brasil, de cada 100 habitantes, 17% das pessoas pensaram em tirar a própria vida. EPIDEMIOLOGIA A taxa de suicídio de adolescentes com idades entre 10 e 14 anos aumentou 40% nos últimos 10 anos e 33% entre aqueles com idades entre 15 e 19 anos. (Mapa da Violência, 2014) EPIDEMIOLOGIA As mulheres apresentam o maior índice de tentativa de suicídio, apesar de os homens liderarem a consumação do ato, cometendo 3 vezes mais suicídio que as mulheres. FATORES DE RISCO Os dois principais fatores de risco são a tentativa prévia de suicídio e os transtornos mentais. Compilação de 15.629 casos de suicídio (OMS). 35,8% Transtornos do humor 22,4% Uso de substâncias 11,6% Transtornos de personalidade FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO Transtornos do humor (ex.: depressão); Transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso de substâncias psicoativas (ex.: alcoolismo); Transtornos de personalidade (principalmente borderline, narcisista e antissocial); Esquizofrenia; Transtornos de ansiedade; Comorbidade potencializa riscos (ex.: alcoolismo + depressão). Transtornos Mentais FATORES DE RISCO Sexo masculino; Faixas etárias entre 15 e 35 anos e acima de 75 anos; Estratos econômicos extremos; Residentes em áreas urbanas; Desempregados; Aposentados; Isolamento social; Solteiros ou separados. Sociodemográficos FATORES DE RISCO Perdas recentes; Perdas de figuras parentais na infância; Dinâmica familiar conturbada; Datas importantes; Reações de aniversários; Personalidade com traços significativos de impulsividade, agressividade, humor lábil. Psicológicos FATORES DE RISCO Doenças orgânicas incapacitantes; Dor crônica; Lesões desfigurantes perenes; Epilepsia; Trauma medular; Neoplasias malignas; AIDS. Condições Clínicas Incapacitantes PREVENÇÃO A primeira medida preventiva é a educação! É preciso deixar de ter medo de falar sobre o assunto, derrubar tabus e compartilhar informações ligadas ao tema. Saber quais as principais causas e as formas de ajudar pode ser o primeiro passo para reduzir as taxas de suicídio no Brasil. Segundo a OMS, 90% dos suicídios podem ser evitados. PREVENÇÃO Frases ou publicações nas redes sociais que falem de solidão, isolamento, culpa, apatia, autodepreciação, desejo de vingança ou hostilidade fora do comum. Impulsividade: aumentar o uso de álcool ou drogas, mudanças drásticas de peso, dirigir perigosamente. Uso frequente de emojis negativos. Perguntas sobre métodos letais, como facas, armas ou pílulas. Enaltecer e glamorizar a morte. Desfazer-se de objetos pessoais e dar adeus. Reconheça os Sinais PREVENÇÃO Mostre que você se importa, que a pessoa não está sozinha. Ofereça ajuda sem julgar ou dar conselhos. Não compare sofrimentos: não exija que o seu amigo se sinta alegre por ter menos problemas que outras pessoas. Cada um lida com os sentimentos de forma particular. O melhor caminho é sugerir auxílio profissional. Por exemplo: “tudo bem se não quiser se abrir comigo, quer ajuda para encontrar um psicólogo?”. Ao ver uma postagem suspeita, notifique o Facebook e entre em contato com o amigo. Seja um Ombro Amigo Universidade Salgado de Oliveira Niterói - Ano 2017 Curso de Psicologia Disciplina Psicologia do Desenvolvimento II Orientadora: Renata Paes Alves Acadêmicos: Bruno Rosa Janis Oliveira Jonathan Schuenck Rhayanne Ramos Thayana Peres
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