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Anotações teoria política Unidade I

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Teoria Política – Unidade I
Video 1
- A palavra política denomina arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados e a aplicação desta arte aos negócios internos da nação (política interna) ou aos negócios externos (política externa). Nos regimes democráticos, a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância.
- Ciência política é o estudo da política, dos sistemas políticos, das organizações e dos processos políticos. Envolve o estudo da estrutura (e das mudanças de estrutura) e dos processos de governo, ou qualquer sistema equivalente de organização humana que tente assegurar segurança, justiça e direitos civis.
-Estado e poder: Existe no interior da ciência política uma discussão acerca do objeto de estudo desta ciência, que, para alguns, é o Estado e, para outros, o poder. A primeira posição restringe o objeto de estudo da ciência política; a segunda, amplia. A posição da maioria dos cientistas políticos é essa visão mais abrangente de que o objeto de estudo da ciência política é o poder.
-Estado na teoria política: O indivíduo tem a necessidade de viver em sociedade e ter garantida a sua integridade, subsistência e liberdade. Porém, assim como a vida em sociedade traz benefícios (divisão do trabalho, subsistência, defesa) acarreta também limitações (liberdade parcial, divisão dos bens, imposição da vontade geral sobre a individual.
- Por que o homem vive em sociedade?
a) Decorrência da própria natureza humana (necessidade).
b) Coação irresistível (obrigação).
- O homem é um ser social por natureza. Defensores: Aristóteles, Cícero e Santo Tomás de Aquino.
Mesmo que a teoria da sociedade natural considere a existência do impulso associativo natural, não quer dizer que os defensores dessa teoria eliminaram a participação da vontade humana, pois o indivíduo, consciente da importância da vida social, busca favorecê-la, aperfeiçoando suas relações.
Teoria naturalista - Aristóteles: É o maior precursor da teoria da sociedade natural, ou seja, de que “o homem é por natureza um animal social”, “o homem é naturalmente um animal político”, “os agrupamentos irracionais ocorrem tão somente pelo instinto, pois, entre os animais, somente o homem possui a razão, tendo noções de bem e mal, justo e injusto”. Aristóteles influenciou fortemente, com suas ideias naturalistas, entre outros, o Romano Cícero, no século I a.C. e Santo Tomás de Aquino.
Teoria contratualista: A sociedade é produto de um acordo de vontades, ideia de que a origem do Estado está no contrato social. Defensores: Hobbes, Locke e Rousseau. Parte-se do princípio de que o Estado foi constituído a partir de um contrato firmado entre as pessoas. A ideia é defender que o Estado se originou de um consenso das pessoas em torno de alguns elementos essenciais para garantir a existência social.
Thomas Hobbes (1588-1679): autor da obra “Leviatã”: Acreditava que o contrato foi feito porque o homem é o lobo do próprio homem. Há no homem um desejo de destruição e de manter o domínio sobre o seu semelhante. Por isso a necessidade de um poder que esteja acima das pessoas individualmente. Assim, o Estado surge como forma de controlar os “instintos de lobo” que existem no ser humano e, dessa forma, garantir a preservação da vida das pessoas. Porém, para que isso aconteça os cidadãos devem transferir o seu poder ao governante, que irá agir como soberano absoluto a fim de manter a ordem.
Jonh Locke (1632-1704): Parte do princípio de que o Estado existe não porque o homem é o lobo do homem, mas em função da necessidade de existir uma instância acima do julgamento parcial de cada cidadão, de acordo com os seus interesses.
-Os cidadãos livremente escolhem o seu governante, delegando-lhe poder para conduzir o Estado, a fim de garantir os direitos essenciais expressos no pacto social.
-O Estado deve preservar o direito à liberdade e à propriedade privada. As leis devem ser expressão da vontade da assembleia e não da vontade de um soberano. Locke é um opositor ferrenho da tirania e do absolutismo.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1780): autor da obra “O Contrato Social”
Rousseau considera que o ser humano é essencialmente bom, porém a sociedade o corrompe. Ele considera que o povo tem a soberania. Daí, conclui que todo o poder emana do povo e, em seu nome, deve ser exercido. O governante nada mais é do que o representante do povo, ou seja, recebe uma delegação para exercer o poder em nome do povo. Rousseau defende que o Estado se origina de um pacto formado entre os cidadãos livres que renunciam à sua vontade individual para garantir a realização da vontade geral.
Resposta: a)Política
Video 2
Estado Moderno: A necessidade de ordem e de uma autoridade central são as causas predominantes para a transformação de Estado Medieval em Estado Moderno. Elementos essenciais do Estado:
a) População: grupo de pessoas que residem em determinado território.
b) Território: espaço físico sobre o qual o Estado exerce soberania.
c) Soberania: organização de ordem jurídica imposta nos limites do território com o objetivo de limitar juridicamente até o limite das fronteiras.
d) Finalidade: inúmeras correntes a conceituam e todas afunilam como objetivo.
Tipos de estado:
Estado liberal: é aquele que não interfere na liberdade de seus indivíduos, não exercendo sobre eles qualquer tipo de controle.
Estado de direito: é aquele em que vigora o regime da legalidade estrita, expresso no princípio “suporta a lei que fizestes”.
Formas para o Estado exercer o poder:
Político: exercido de forma absoluta, incondicionada e ilimitada, perpetuando-se com a finalidade única de manter a eficácia da atuação estatal.
Jurídico: exercido de forma a assegurar a finalidade legal do Estado, já que sua gênese se encontra no Direito
Governo: complexo de normas jurídicas que disciplinam o exercício do poder, isto é, governo é o aspecto dinâmico do poder, a ação.
Diferenças entre governo e poder
- Poder: é a capacidade do governante de se impor aos governados.
- Poder constituinte: é a capacidade de criar ou modificar a ordem jurídica, existente no Estado.
- Cidadania: é o conjunto de direitos do indivíduo no plano político, que lhe permite votar e assumir cargo eletivo, assim, interferindo no processo governamental
Regime político: é o complexo de princípio e instituições políticas que caracterizam determinada concepção de Estado e de sociedade, orientando seu ordenamento jurídico, mediante a produção de normas que o institucionalizam e que regulam o exercício do poder pelo Estado.
Formas de governo: é expressão que indica se o poder é exercido de modo vitalício ou temporário.
Segundo Aristóteles:
- Realeza: é a forma de governo em que apenas um indivíduo tem o poder.
- Aristocracia: é a forma de governo em que um grupo reduzido de indivíduos detém o poder.
- Democracia: é a forma de governo exercida por todo o povo, no interesse da sociedade.
Maquiavel propõe nova classificação de formas de governo: em sua visão, o governo ideal seria composto pela reunião da monarquia, aristocracia e democracia em um único governo.
Montesquieu:
- Republicano: é aquele em que o povo, ou parcela dele, possui o poder soberano, podendo ser aristocrata ou democrata.
- Monárquico: é aquele em que apenas um indivíduo governa, de acordo com as leis existentes.
- Despótico: é aquele em que apenas um indivíduo governa, conforme sua vontade, sem levar em consideração as leis existentes.
Monarquia: Monarquia é uma forma de governo em que o indivíduo governa como chefe de Estado, geralmente de maneira vitalícia ou até a sua abdicação. A pessoa que encabeça uma monarquia é chamada de monarca. Na monarquia, o governo é comandado por uma pessoa, que é colocada à parte de todos os outros membros do Estado. Existem monarquias em que o monarca detém poderes políticos ilimitados, porém existem outras que são constitucionais.
República é uma forma de governo na qual um representante, normalmente chamado de presidente,é escolhido pelo povo para ser o chefe do país, podendo ou não acumular com o Poder Executivo.
A forma de eleição é, normalmente, realizada por voto livre e secreto, em intervalos regulares, variando conforme o país. 
-Presidencialista: O presidente escolhido pelo povo para um mandato regular, acumula as funções de chefe de Estado e chefe de Governo. Para conseguir a governabilidade do governo, o presidente deve negociar com o Legislativo, caso não possua maioria. Como chefe de Estado, é o presidente que escolhe os chefes dos grandes departamentos ou ministérios. Há a separação dos poderes.
-Parlamentarismo: O presidente apenas responde à chefia de Estado, estando a chefia de governo atribuída a um representante escolhido de forma indireta pelo Legislativo. É um sistema de governo no qual o Poder Executivo depende do apoio direto ou indireto do parlamento para ser constituído e para governar. Não há uma separação nítida entre os Poderes Executivo e Legislativo. 
Resposta: c) Cidadania
Video 3
Democracia: é o processo de convivência social em que ocorre a afirmação da cidadania de um povo, sendo-lhe garantidos os direitos fundamentais, mediante o exercício direto ou indireto do poder que dele emana, e que visa ao seu benefício. Seus valores básicos são: liberdade e igualdade. Princípios básicos: soberania popular e participação do povo no poder. Uma democracia pode existir em um sistema presidencialista ou parlamentarista, republicano ou monárquico.
-Direta: seria uma forma ideal de exercício de poder, pela qual todos os cidadãos participam ativamente dos processos decisórios da sociedade.
-Indireta: é aquela em que o governo é exercido por representantes do povo, livre, periódica e legalmente eleitos pelos governados por meio do sufrágio universal, devendo tomar decisões em nome de toda a sociedade.
-Semidireta: consiste em um sistema basicamente representativo, em que são adotados mecanismos que permitem a participação popular na tomada de determinadas decisões, como referendo e a iniciativa legislativa.
Ditadura é o regime de governo em que o governante (ou grupo de governante) não responde à lei, e/ou não tem legitimidade conferida pela escolha popular. Podem existir regimes ditatoriais de líder único ou coletivos. Diz-se que um governo é ditatorial quando é exercido sem o consentimento dos governados.
Absolutismo é uma teoria política que defende que uma pessoa (geralmente um monarca) deve deter um poder absoluto. O governante é independente de outro órgão, seja ele judicial, legislativo, religioso ou eleitoral. Autores como Maquiavel e Thomas Hobbes são teóricos associados ao absolutismo.
O autoritarismo descreve uma forma de governo caracterizada pela ênfase na autoridade do Estado. É um sistema político controlado por legisladores não eleitos que usualmente permitem algum grau de liberdade individual. Nas relações humanas, o autoritarismo pode se manifestar quando um governo age sobre a vida dos cidadãos. Essa dominação pode se dar através do poder financeiro, econômico ou pela coação.
Anarquismo - sociedade sem poder, dado que os indivíduos de uma dada sociedade se auto-organizariam de tal forma que garantiriam que todos teriam em todas as circunstâncias a mesma capacidade de decisão. Sem ter nenhum poder central, onde todos estariam livres. 
Principais características do regime político democrático: livre participação dos governados nas decisões fundamentais dos governantes. Garantias legais de efetiva proteção aos direitos dos cidadãos.
Principais características do regime político autoritário: determinado grupo governante exerce o poder dentro de um regime de legalidade preexistente, por eles estabelecido e imposto à sociedade, com pouca ou nenhuma participação popular nas decisões.
Principais características do regime político totalitário: existe uma corrente ideológica única, imposta por partido de massa, de forma que o poder político é exercido de forma concentrada e centralizada, por um grupo dominante.
- Poder Executivo é o poder do Estado que, nos moldes da Constituição de um país, possui a atribuição de governar o povo e administrar os interesses públicos, cumprindo fielmente as ordenações legais. No presidencialismo, o líder do Poder Executivo é o Presidente, que acumula a função de chefe de Estado e chefe de Governo. No sistema parlamentarista, o Executivo depende do apoio do parlamento para ser constituído e para governar
- Poder Judiciário é exercido pelos juízes e possui a capacidade e a prerrogativa de julgar de acordo com as regras constitucionais e leis criadas pelo Poder Legislativo. O juiz é um cidadão investido de autoridade pública com o poder de exercer a atividade jurisdicional, julgando os conflitos de interesse que são submetidas à sua apreciação. O juiz é o membro do Poder Judiciário, administrador da justiça do Estado.
- Poder Legislativo é o poder do Estado ao qual é atribuída a função de legislar. É representado por legisladores, ou seja, aqueles que devem elaborar as leis que regulam o Estado. Entre as funções do Poder Legislativo está a de fiscalizar o Poder Executivo, votar as leis orçamentárias e, em situações específicas, julgar determinadas pessoas, como o presidente da República ou os próprios membros da assembleia
Resposta: d) Democrático
Video 4
Nicolau Maquiavel: É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, pelo fato de escrever sobre o Estado e o governo como realmente são e não como deveriam ser. “O Príncipe” é o livro mais conhecido de Maquiavel. A obra apresenta os tipos de principado existente e expõe as características de cada um deles. Defende a necessidade do príncipe basear suas forças em exércitos próprios.
- A ética se contrapõe à ética cristã herdada por ele da Idade Média. Para a ética cristã, as atitudes dos governantes e os Estados em si estavam subordinados a uma lei superior e a vida humana destinava-se à salvação da alma. A finalidade das ações dos governantes passa a ser a manutenção da pátria e o bem geral da comunidade, não o próprio, de forma que uma atitude não pode ser chamada de boa ou má a não ser sob uma perspectiva histórica.
- A natureza humana seria essencialmente má e os seres humanos deveriam obter os máximos de ganhos a partir do menor esforço, apenas fazendo o bem quando forçados a isso. Como consequência, acha inútil imaginar Estados utópicos, visto que nunca antes postos em prática e prefere pensar no real. Assim, entende que o governante não pode esperar o melhor dos homens ou que eles ajam segundo o que se espera deles.
Karl Marx: Intelectual e revolucionário alemão, fundador da doutrina comunista moderna. Criticou o anarquismo por sua visão tida como ingênua do fim do Estado. Entendia que era necessário por fim as condições sociais que fazem do Estado uma necessidade e uma realidade. Marx esteve sempre ligado às lutas operárias direta ou indiretamente.
- O capital: Grande obra de Marx é “O Capital”, na qual trata de fazer uma extensa análise da sociedade capitalista. É predominantemente um livro de Economia Política.
- Mais-Valia: O conceito de mais-valia foi empregado por Karl Marx para explicar a obtenção dos lucros no sistema capitalista. O trabalho gera riqueza, portanto, a mais-valia seria o valor extra da mercadoria. A diferença entre o que o empregado produz e o que ele recebe. Marx e Engels reconhecem no Estado somente uma finalidade: a opressão de uma classe sobre outra.
- A teoria marxista leva à negação do Estado, isto é, assim, prevê o desaparecimento do Estado. Afinal, se o Estado é instrumento para proteger os interesses da classe dominante e não havendo mais classes sociais após a revolução proletária, não há mais razão da existência de um aparato como o Estado, que, em uma sociedade harmonizada, será extinguido naturalmente.
Estado Democrático de direito: É o que realiza a convivência humana em uma sociedade livre e solidária, regulada por leis justas, em que o povo é adequadamente representado, participando ativamente da organizaçãosocial e política, permitida a convivência de ideias opostas, expressas publicamente.
Direitos fundamentais do homem: 
-Inalienabilidade: consiste na impossibilidade jurídica de transferir os direitos (à vida, liberdade), por não terem conteúdo patrimonial.
- Imprescritibilidade: consiste na possibilidade jurídica de pleitear sua tutela sem qualquer limite de tempo, pois consiste em direitos de cunho personalíssimos.
- Irrenunciabilidade: consiste na impossibilidade jurídica de o indivíduo abrir mão de seus direitos.
Constituição Federal Brasileira de 1988:
- individuais;
- coletivos;
- sociais;
- nacionalidade;
- políticos;
- econômicos.
-Gerações e tipologia de direitos humanos:
1ª geração: direitos individuais.
2ª geração: direitos coletivos.
3ª geração: direitos dos povos ou de solidariedade.
4ª geração: direitos que visam a estabelecer regras para o avanço tecnológico, científico e da informação.
-Tipologia dos direitos: Direitos civis; Direitos políticos e Direitos sociais.
Resposta: e) Maquiavel

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