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INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA DE GRANDES ANIMAIS POLIGÁSTRICOS E MONOGÁSTRICOS

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA- UNOESC
MEDICINA VETERINÁRIA – 4° FASE 
SEMIOLOGIA I 
PROFESSORA: KAMILA DIAS MACIEL 
ACADÊMICA: POLYANA S. CESA 
ESTUDO TEÓRICO DE SEMIOLOGIA I (GRANDES ANIMAIS)
CAMPOS NOVOS, 2017
INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA
Conceitos Gerais:
Sintoma X Sinal...
Sintoma é um fenômeno anormal, orgânico ou funcional, pelo qual as doenças se revelam no animal (tosse, claudicação, dispnéia).
Sinal, por sua vez, não se limita à observação da manifestação anormal apresentada pelo animal, envolve, principalmente a avaliação e a conclusão que o clínico retira dos sintomas observados ou a partir dos métodos físicos de exame.
Atualmente em medicina veterinária, existem diferentes correntes de pensamento, de acordo com a escola que se segue.... Sintoma é um indício de doença; sinal é o raciocínio feito após a observação de um determinado sintoma.
Sintomas são descritos na literatura como:
Sintomas locais; (quando a manifestação patológica aparecem claramente, circunscrita e em estreita relação com o órgão envolvido, como claudicação);
Sintomas gerais; (manifestações patológicas resultantes do comprometimento orgânico como um todo ou por envolvimento de um órgão ou de um determinado sistema, levando, conseqüentemente, a prejuízos de outras funções do organismo;
Sintomas principais; (fornecem subsídio sobre provável sistema orgânico envolvido);
Sintomas patognomônicos; (somente pertencem ou representam uma determinada enfermidade).
Os sintomas podem ser classificados:
Iniciais: são os primeiros sintomas observados ou os sintomas reveladores da doença;
Tardios: quando aparecem no período de plena estabilização ou declínio da enfermidade;
Residuais: quando se verifica aparente recuperação do animal, como as mioclonias que ocorrem em alguns casos de cinomose.
Síndrome: na era moderna, síndrome é o conjunto de sintomas clínicos, de múltiplas causas e que afetam diversos sistemas; quando adequadamente reconhecidos e considerados em conjunto, caracterizam, por vezes, determinada enfermidade ou lesão (síndrome de Schiff-Sherrington, síndrome cólica).
Diagnóstico: reconhecer uma dada enfermidade por suas manifestações clinicas, bem como de prever a sua evolução, ou melhor, o seu prognóstico.
As principais causas de erro no estabelecimento do diagnóstico são:
Anamnese incompleta ou preenchida erroneamente;
Exame físico superficial ou feito as pressas;
Conhecimento ou domínio insuficiente dos métodos dos exames físicos disponíveis;
Impulso precipitado em tratar o paciente antes mesmo de se estabelecer o diagnóstico.
O diagnóstico pode ser provável, provisório ou presuntivo.
Prognóstico: ao lado do diagnóstico, é importante estabelecer o prognóstico, que consiste em se prever a evolução da doenças e suas prováveis conseqüências. O prognóstico é orientado a partir de três aspectos: 
Perspectiva de salvar a vida;
Perspectiva de recuperar a saúde ou de curar o paciente;
Perspectiva de manter a capacidade funcional dos órgãos acometidos.
Tratamento: é o meio utilizado para combater a doença. Do conhecimento do estado do animal pelo exame clínico, surge a inspiração das medidas necessárias para a solução do processo patológico. É possível utilizar meios cirúrgicos, medicamentosos e dietéticos; as vezes, ocorre uma combinação desses recursos; em outras, o tratamento é feito individualmente, de acordo com cada caso.
Quanto a finalidade, o tratamento pode ser:
Causal: quando se opta por um meio que combata a causa da doença (hipocalcemia: administra-se cálcio)
Sintomático: quando visa combater apenas os sintomas (anorexia) ou abrandar o sofrimento do animal (analgésicos, antipiréticos)
Patogênicos: procura modificar o mecanismo de desenvolvimento da doença no organismo (tétano: usa-se soro antitetânico antes que as toxinas cheguem aos neurônios)
Vital: quando se procura evitar o aparecimento de complicações que possam fazer o animal correr risco de morte (transfusão sanguínea em pacientes com anemia grave).
No diagnóstico, o clínico alcança a afirmação de seus conhecimentos; no prognóstico, prevendo corretamente a evolução da doença, o clínico terá a contraprova do seu acerto e, no sucesso da terapia recomendada, a confirmação da sua competência. 
Semiotécnica e a ciência do diagnóstico:
Aporte humano básico: 
Conhecimento 
Raciocínio
Visão, audição, tato, olfação
Sensatez
Organização
Paciência.
Os principais métodos de exploração física são:
Inspeção;
Palpação;
Auscutação;
Percussão;
Olfação. 
O objetivo do exame físico é obter informações válidas sobre a saúde do paciente. 
INSPEÇÃO: 
Utilizando o sentido da visão, esse procedimento de exame se inicia antes mesmo da anamnese, sendo o mais antigo método de exploração clínica e um dos mais importantes.
O exame deve ser feito em um lugar com boa iluminação, de preferência sob a luz solar; no entanto, em caso de iluminação artificial, utilize uma luz de cor branca e de boa intensidade.
Observe o animal, se possível, em seu ambiente de origem, juntamente com seus pares (família ou rebanho). Inicialmente, observe a distância, pois as anormalidades de postura e de comportamento são mais facilmente perceptíveis.
Não se precipite, não faça a contenção nem manuseie o animal antes de uma inspeção cuidadosa.
A observação do animal pode oferecer inúmeras informações úteis para o diagnóstico, tais como estado mental, postura e marcha, condição física ou corporal, estado de pelos e pele, formato abdominal...
A inspeção pode ser dividida em:
Panorâmica: quando o animal é visualizado como um todo (condição corporal).
Localizada: atentando-se para alterações em uma determinada região do corpo (glândula mamária, face, membros).
Direta: sendo a visão o principal meio utilizado pelo clínico, observam-se principalmente os pelos, a pele, as mucosas, os movimentos respiratórios, as secreções, o aumento de volume, as cicatrizes, as claudicações, dentre outros. É denominada, por alguns, de ectoscopia, visto que se pratica sobre a superfície do corpo.
Indireta: feita com auxílio de aparelhos, tais como: (otoscópio, ultrassonografia...)
PALPAÇÃO
É a utilização do sentido tátil ou da força muscular, usando-se as mãos, as pontas dos dedos, o pinho, ou até instrumentos, para melhor determinar as características de um sistema orgânico ou da área explorada.
A palpação apresenta inúmeras variantes que podem ser sistematizadas da seguinte maneira:
Palpação com a mão espalmada, usando toda a palma de uma ou de ambas as mãos.
Palpação com a mão espalmada, usando apenas as polpas digitais e a parte ventral dos dedos.
Palpação com o polegar e o indicador, formando uma pinça.
Palpação com o dorso dos dedos ou das mãos (específico para avaliação de temperatura).
Digitopressão: realizada com a polpa polegar ou indicador, que consiste na compressão de uma área com diferentes objetivos: pesquisar a existência de dor, detectar edema (Godet positivo) e avaliar circulação cutânea.
Punhopressão: é feita com a mão fechada, particularmente em grandes ruminantes, com a finalidade de avaliar a consistência de estruturas de maior tamanho (rúmen, abomaso) e para denotar, também, aumento de sensibilidade na cavidade abdominal.
Vitopressão: é realizada com a ajuda de uma lamina de vidro comprimida contra a pele, analisando-se a área por meio da própria lâmina. Sua principal aplicação é possibilitar a distinção entre eritema e púrpura (o eritema desaparece e a púrpura não se altera com a vitro ou digitopressão).
Para a pesquisa de flutuação, aplica-se a palmam da mão sobre um lafo da tumefação, enquanto a mão oposta exerce sucessivas compressões perpendiculares à superfície cutânea. Havendo líquido, a pressão determina um leve rechaço do dedo da mão esquerda, ao que se denomina flutuação.
TIPOS DE CONSISTÊNCIA:
A consistência de determinada estrutura pode ser definida das seguintes maneiras:
Mole: quando a estrutura reassumir seu formato normal após cessar aaplicação de pressão à mesma (tecido adiposo); é uma estrutura macia, porém flexível.
Firme: quando a estrutura, ao ser pressionada, oferece resistência, mas acaba cedendo e voltando ao normal ao final da pressão (fígado, músculo).
Dura: quando a estrutura não cede, por mais forte que seja a pressão (ossos e alguns tecidos tumorais).
Pastosa: quando a estrutura cede facilmente à pressão e permanece a impressão do objeto que a pressionava, mesmo quando cessada (edema: sinal de Godet positivo).
Flutuante: determinada pelo acúmulo de líquidos tais como sangue, soro, pus e urina, em uma estrutura ou região; resulta em um movimento ondulante, mediante a aplicação de pressão alternada. Se o líquido estiver muito comprimido, pode não haver ondulações.
Crepitante: observada quando determinado tecido contém ar ou gás em seu interior. À palpação, a sensação é de movimento de bolhas gasosas; é facilmente verificada nos casos de enfisema subcutâneo.
AUSCULTAÇÃO:
A auscultação consiste na avaliação dos ruídos que os diferentes órgãos produzem espontaneamente, sendo esta a principal diferença entre auscultação e percussão, na qual os sons são produzidos pelo examinador, a fim de se obter uma resposta sonora.
O método de auscultação é usado principalmente no exame dos pulmões, em que é possível evidenciar os ruídos respiratórios normais e os patológicos; no exame do coração, para auscultação das bulhas cardíacas normais e suas alterações e para conhecer sopros e outros ruídos característicos inerentes ao sistema digestório de cada espécie. A auscultação pode ser: 
Direta ou Imediata: quando se aplica o ouvido, protegido por um pano, diretamente na área examinada, evitando, assim, o contato com a pele do animal. As desvantagens são óbvias, incluindo a dificuldade de manter-se um contato íntimo com animais irrequietos e de excluir os sons provenientes do meio externo, além de a pele do animal esta úmida e conter resto de rezes ou secreções cutâneas, dentre outras.
Indireta ou Mediata: quando se utilizam aparelhos de auscultação (estetoscópio, fonendoscópio, Doppler).
Há algumas regras básicas para que seja feita melhor avaliação dos ruídos produzidos no interior dos mais variados órgãos:
Utilize um aparelho de auscultação de boa qualidade;
Ausculte em um ambiente tranqüilo, livre de ruídos acessórios;
Detenha a sua atenção no ruído que está ouvindo; procure individualizá-lo, para melhor compreender a origem, o tempo de ocorrência e as características sonoras;
Evite acidentes – ausculte somente quando o animal estiver adequadamente contido.
Tipos de ruídos detectados na auscultação:
Os ruídos detectados por meio do método de auscultação podem ser classificados como:
Aéreos: quando ocorrem pela movimentação de massas gasosas (movimentos inspiratórios: passagem de ar pelas vias respiratórias).
Hidroaéreos: causados pela movimentação de massas gasosas em um meio líquido (borborigmo intestinal).
Líquidos: produzidos pela movimentação de massas líquidas em uma estrutura (sopro anêmico).
Sólidos: devem-se ao atrito de duas superfícies sólidas rugosas, como o esfregar de duas folhas de papel (roce pericárdico nas pericardites).
 PERCUSSÃO
É o ato ou o efeito de percutir. Trata-se de um método físico de exame, em que, por meio de pequenos golpes ou batidas, aplicados em determinada parte do corpo, torna-se possível obter informações sobre a condição dos tecidos adjacentes e, mais particularmente, das porções mais profundas. 
Quando se percute diretamente com os dedos de umas das mãos a área a ser examinada, denomina-se Percussão Direta ou Imediata, sendo mais comumente conhecida a percussão Digital. 
Quando se interpõe o dedo de uma das mãos (médio) ou outro instrumento (plessímetro) entre a área a ser percutida e objeto percutor (martelo e/ou dedo), a percussão é descrita como Indireta ou Mediata, em que se destacam a percussão Digitodigital e a martelo-plessimétrica.
Para realizar a percussão digitodigital, é necessário golpear a segunda falange do dedo médio estendido de uma das mãos com a porção ungueal do dedo médio da outra mão, agora encurvado.
Na percussão martelo-plessimétrica, golpeamos com um martelo o plessímetro colocado na área a ser examinada; a partir desse método (indicado para grandes animais), conseguimos uma percussão mais profunda.
Por meio da percussão, é possível obter três tipos fundamentais de sons: 
Claro: se o órgão percutido contiver ar que possa se movimentar, produz um som de média intensidade, duração e ressonância, que é o som claro, o mesmo que se ouve ao percurtir o pulmão sadio. É produzido também por gases e paredes distendidas. Quanto menos espessos forem os tecidos que cobrem o órgão percutido, maior será sua zona vibratória e, portanto, mais alto será o som. Se o volume do órgão for pequeno, o som será menos intenso. Isso explica a variação de intensidade do som das distintas zonas da parede torácica. Por isso, o som claro do tórax passa gradualmente a ser maciço, à proporção que percute nas regiões superiores e anterior do tórax.
Timpânico: os órgãos ocos, com grande cavidades repletas de ar ou gás e com as paredes semidistendidas, produzem um som de maior intensidade e ressonância, que varia conforme a pressão do ar ou gás contido, como se fosse um tambor a percurtir. É o som que se ouve quando se percute o abdome.
Maciço: as regiões compactas, desprovidas completamente de ar, produzem um som de pouca ressonância, curta duração e fraca intensidade, chamado de mate ou maciço, idêntico ao que se obtém percutindo-se a musculatura da coxa; pode ser ouvido também nas regiões hepática e cardíaca.
Sons especiais: algumas vezes, as respostas sonoras, à percussão, adquirem ressonâncias especiais, como é o caso do som metálico, semelhante ao ruído de uma placa metálica vibrante, de eco, parecido com o tinir de uma campainha. 
Para a detecção desse tipo de som, existe uma técnica que combina com a auscultação indireta com percussão (percussão auscultatória), que consiste em posicionar o fonendoscópio em determinada região do corpo e percutir simultaneamente. 
É ouvido em cavidades cheias de ar ou gás, como nos casos avançados de timpanismo com grande distensão das paredes do rúmen, pois, em lugar do som timpânico, ouve-se o som metálico; trata-se de um tom mais alto que o hipersonoro.
Existe outro som denominado “panela rachada”, pois o tipo de resposta sonora lembra o percutir de uma panela de barro rachada. Essa resposta sonora é resultante da saída do ar ou do gás contido em determinada cavidade, sob pressão, através de pequenos orifícios, como pode ser verificado em alguns casos de estenose (p. ex., deslocamento ou torção de abomaso), com fechamento parcial do piloro. 
 OLFAÇÃO
Tem-se, ainda, outro método de avaliação física que se baseia na avaliação pelo olfato do clínico, empregado no exame das transpirações cutâneas, do ar expirado e das excreções. 
A técnica de olfação é simples, sendo necessária apenas a aproximação razoável da área do animal a ser examinada. Para analisar o odor do ar expirado, aproxima-se a mão, em formato de concha, das fossas nasais do animal e devia-se o ar expirado para o nariz do examinador, individualizando-o.
MÉTODOS COMPLEMENTARES DE EXAME 
Os exames complementares, quando realizados posteriormente físico do animal, aumentam acentuadamente as possibilidades de se identificar com precisão e rapidez as modificações orgânicas provocadas por diferentes enfermidades. 
De maneira geral, as principais razões para a realização dos exames complementares são:
Confirmar a ocorrência ou a causa da doença;
Avaliar a gravidade do processo mórbido;
Determinar a evolução de uma doença específica; 
Verificar a eficácia de determinado tratamento.
Atualmente, vários exames estão disponíveis para o auxílio diagnóstico, dentre os quais têm destaque os descritos a seguir.
Punção exploratória: é a pesquisa de órgãos ou cavidades internas, por meio da passagem de um trocarter, agulha, cânula e similar, dos quais é retirado materialpara ser examinado com relação aos seus aspectos físico, químico, citológico e bacteriológico. Com este procedimento, é possível inferir, dependendo do material obtido, sobre hematoma, abscesso e derrame cavitário. 
Biopsia: consiste na coleta de pequenos fragmentos teciduais de órgãos como pulmões, fígado, rins, dentre outros, para a realização de exame histopatológico. 
Exames laboratoriais: incluem exames físico-químicos, hematológicos, bacteriológico, parasitológico e determinações enzimáticas. 
Inoculações diagnósticas: havendo suspeita de determinada enfermidade, inocula-se o material proveniente do animal doente em animais de laboratório, para verificar o aparecimento da doença. Isso requer técnica especial para cada um dos processos suspeitos (p.ex., para diagnosticar botulismo, inocula-se em camundongos, por via intraperitoneal, extrato hepático, conteúdo do rúmen, conteúdo intestinal ou soro sanguíneo).
Reações alérgicas: são exames que provocam respostas sensíveis nos animais, mediante a inoculação em seus tecidos de algum antígeno sob a forma de uma proteína derivada de microrganismos específicos que estejam ou tenham infectado o animal (teste da tuberculina).
CONTENCÃO FÍSICA DOS ANIMAIS 
Cuidados durante contenção física: 
• Evitar movimentos bruscos e/ou violentos (estresse-exame); 
• Socializar com o paciente! 
• Evitar pisos lisos e escorregadios;
• Iniciar com a contenção padrão mais simples para a espécie (em cães, por exemplo, usar mordaça; em equinos, cabresto) e, quando necessário, evoluir para métodos mais enérgicos e radicais (focinheiras, cachimbos, formigas, troncos de contenção).
A contenção mecânica tem como principal finalidade restringir, tanto quanto possível, a atividade física do animal, na tentativa de avaliar o paciente e/ou executar outros procedimentos (curativos, administração de medicamentos).
Tanto para o examinador quanto para alguns proprietários, é sempre um momento delicado dentro do contexto de inter-relacionamento “proprietário-veterinário”, visto que há uma certa relutância, por parte dos donos, no momento de imobilizar esses animais para exame.
Os principais objetivos da contenção dos animais é: 
Proteger o examinador, o auxiliar e o animal;
Facilitar o exame físico;
Evitar fugas e acidentes como fraturas;
Possibilitar procedimentos diversos (medicação injetável, curativos, cateterização, exames radiográficos, coleta de sangue etc.).
É importante proceder às manipulações físicas com calma, evitando movimentos bruscos e/ou violentos, os quais possam vir e alterar de maneira significativa os parâmetros vitais em virtude do estresse promovido, principalmente em animais mais arredios. A socialização com o paciente é um passo importante no momento da aproximação do mesmo, visto que, muitas vezes, uma abordagem inadequada pode ser fatal (tétano, dispnéia acentuada por estenose de vias respiratórias, insuficiência cardíaca grave etc.).
Equinos:
Antes de abordar os eqüinos, deve-se observar o comportamento do animal na tentativa de se ter uma idéia sobre a sua possível reação a um provável manuseio (coices, mordidas), atentando-se, por exemplo, para o posicionamento das orelhas, visto que, em geral, ao abaixá-las, os animais traiçoeiros demonstram a intenção de resistir ao aprisionamento.
O veterinário ou o ajudante deve se aproximar posicionando-se à esquerda desses animais, em virtude de a colocação de equipamento como arreios e sela ser realizada pelo lado mencionado. Antes eu um cavalo seja contido e examinado, deve-se inicialmente pegá-lo. Quando o cavalo é cooperativo, essa etapa é muito fácil de ser vencida, bastando, para isso, manter o cabresto ou a corda de modo estendido e realizar uma aproximação vagarosa.
Uma vez admitida a aproximação, deve-se fazer a abordagem manual, acariciando o dorso do animal, em seguida, apreendendo-o pela paleta esquerda, passando o braço ao redor do seu pescoço. Posteriormente aplica-se uma corda ou cabresto. A maioria dos animais tolera uma abordagem realizada da maneira descrita, mas caso o animal estranhe esse procedimento, afastando bruscamente a cabeça ou saltando, perde-se a oportunidade de pegá-lo. Se necessário, o cavalo pode ser tocado para um canto da cerca, o que facilitará a captura. Se vários animais estão juntos, é melhor conduzir todos para um bom brete ou piquete e depois isolar o animal que se deseja conter.
Muitas vezes, o animal não admite a aproximação, pois se encontra em um piquete grande, o que possibilita a sua fuga. Quando acuado, fica dando voltas, mirando e acompanhando o examinador com um discreto desvio de cabeça e com a sua traseira, ameaçando desferir golpes com os seus membros posteriores. 
Quando contidos, alguns eqüídeos podem tentar morder a pessoa que estiver posicionada mais próxima de sua cabeça (examinador, tratador, proprietário etc.). Nesse caso, a colocação do bucal ou do cachimbo auxiliará de maneira satisfatória a manipulação. 
Os animais novos ou adultos muito mansos podem ser contidos apenas com o auxilio das mãos, segurando-se as orelhas, os lábios, as crinas, a cauda e/ou a pele do pescoço. 
Os potros não acostumados com o manuseio de pessoas, ao contrário do que possa parecer, são perigosos e podem morder ou coicear. A contenção de potros em posição quadrupedal também pode ser feita posicionando-se ao seu lado e passando-se uma das mãos em volta da musculatura peitoral, e a outra por trás da coxa ou na base da cauda, suspendendo-a.
O cachimbo ou pito é um excelente instrumento para ser usado na maioria dos animais não cooperativos, pois a sua passagem pelo lábio inferior ou superior, com posterior rotação, induzirá dor considerável, o que obrigará o animal a se manter quieto, mesmo nos casos de intervenções dolorosas. No entanto, alguns animais não deixam que se coloque o cachimbo, e/ou, quando o fazem, irritam-se e suam muito. A passagem do cachimbo na orelha deve ser evitada em virtude do provável dano a cartilagem aural, o que causará uma alteração irreversível do seu posicionamento (orelha pêndula, caída), com subseqüente prejuízo estético. 
Para colocar o cachimbo: 
Segure o cabo do cachimbo com a mão que tenha maior firmeza e agilidade.
Coloque os dedos da mão oposta sob a laçada e segure o lábio superior, elevando-o discretamente. 
Deslize a laçada por entre os seus dedos, envolvendo o máximo que puder o lábio superior.
Aperte a laçada rapidamente com a mão com a qual segura o cabo do cachimbo.
Fique atento para possíveis reações do animal (manotadas, saltos etc.). 
DERRUBAMENTO DE EQUINOS:
O derrubamento de eqüinos pode ser realizado utilizando-se caneleiras e cordas, ou somente cordas. Vejamos os métodos mais comumente utilizados.
MÉTODO DE TRAVÕES: Podem ser usadas caneleiras ou travões, argolas ou anéis, que são um jogo de quadro correias de tamanho pequeno, geralmente feitas de couro cru, grossas e resistentes. Uma das extremidades contém uma forte fivela fixa que prende a caneleira no membro. A corda a ser puxada pelos auxiliares serve, também, para unir as caneleiras e desequilibrar o animal, devendo ser, portanto, resistente e comprida. O animal deve ser conduzido para o local de derrubamento, obrigatoriamente macio (grama, areia, maravalhas, serragem etc.), livre de objetos contundentes ou perfurantes. Colocam-se as peias nos quatro membros do animal, em região acima do boleto. Fixa-se a corda na caneleira mestra e passa-se a corda por entre as argolas das caneleiras traseiras, do membro anterior oposto e, por fim, pelo anel da caneleira mestra. As argolas dos membros anteriores são colocadas para trás e as argolas dos membros posteriores para frente. 
Puxa-se a corda nessa direção. Os ajudantes devem ser posicionados na cabeça do animal, segurando-se a focinheira ou o cabresto (para evitar trauma e direcionar a queda do animal), na escápula (para empurrar o animal e tirar-lhe o equilíbrio) e outro, na cauda, para diminuir o impacto do corpo do animal contra a cama ou chão protegido. A corda, uma vez tracionada,aproximará os membros do animal, desequilibrando-o, derrubando- o para o lado em que é impelido pelos ajudantes colocados na cabeça, na escápula e na cauda. A derrubada deve ser sincrônica, com os auxiliares atuando conjuntamente e ao mesmo tempo. Uma vez o animal no chão, trata-s logo de manter os travões reunidos e a cabeça pressionada contra a cama, para evitar que o animal se levante.
MÉTODO ANTIGO: É um dos processos de derrubamento mais fáceis de execução. No meio de uma corda bem comprida, arma-se um anel que fica colocado na base do pescoço; as duas extremidades, cruzando sobre o pescoço, passam de volta por dentro do anel, dirigem-se para trás, contornam as quartelas posteriores e são trazidas e puxadas diretamente para trás, ou passam novamente pelo anel do pescoço, e são direcionadas para trás.
MÉTODO NACIONAL: Este método também é eficiente e, assim como o antigo, apresenta a vantagem de utilizar apenas uma corda para a sua realização. É feito passando-se o meio de uma corda comprida sobre o pescoço, bem em sua base, de maneira que permaneça a frente da musculatura peitoral, deixando as duas extremidades com o mesmo comprimento. Passam-se ambas as extremidades das cordas por baixo do pescoço e por entre os membros anteriores e, então, pela região do boleto de ambos os membros posteriores, transpassando cada ponta da corda por entre a corda que envolve o pescoço, do respectivo lado. As duas extremidades são direcionadas para a região posterior do animal, e assim, são tracionadas ou puxadas por dois auxiliares. A presença de um ajudante na parte da cabeça do animal é importante e não deve ser desprezada.
OVINOS E CAPRINOS 
Dentre os pequenos ruminantes domésticos, os ovinos são mais difíceis para capturar, visto que os caprinos são mais curiosos e costumam a aproximação do examinador. Um ovino é mais facilmente abordado quando deixado junto com o grupo, sendo a sua imobilização relativamente simples, quando capturado. Para a contenção e a derrubada de caprinos e ovinos, empregam-se diversos métodos, tais como:
Segurar ou laçar o membro posterior (tíbia) e puxá-lo para trás e para cima (esse método é arriscado e, quando realizado inadequadamente e/ou em pacientes fortes, jovens e/ou arredios, pode ocasionar luxações e fraturas).
Montar sobre o animal e contê-lo pelos chifres.
Pegá-lo pelos chifres, colar, barba ou, em último caso, pelas orelhas.
Outra maneira seria o ajudante se posicionar lateralmente ao animal e, com uma das mãos, segurar a prega do godinho ou do flanco e, com a outra, a mandíbula do animal, mantendo-o parado. O ajudante pode, em algumas ocasiões, derrubar o animal para avaliação. Para tanto, estando o animal contido e o auxiliar com o mesmo posicionamento inicial, retira-se o apoio da porção posterior do animal com o joelho mais próximo da referida região e, com uma manobra rápida das mãos, posiciona-se o animal sentado (verticalmente), preso entre os seus joelhos. Esse posicionamento é de grande utilidade para avaliar a região de prepúcio e do apêndice vermiforme ou vermicular, por exemplo, na tentativa de se confirmar sua obstrução parcial ou total por cálculos. 
Para animais menos cooperativos, coloque-os em decúbito lateral, e com um dos joelhos, prenda cuidadosamente o pescoço do animal, segurando os membros posteriores com uma das mãos. 
BOVINOS
A maioria dos procedimentos de exame físico pode ser realizada com o animal em posição quadrupedal, desde que se faça uma boa contenção da cabeça e se limitem os movimentos dos membros e do corpo. 
Com relação às fêmeas de bovinos, deve-se fazer a aproximação pelo lado direito, por onde são correntemente ordenhadas. 
Ao contrário dos eqüinos, os bovinos atacam com as extremidades anteriores em sentido lateral, descrevendo, com elas, um semicírculo com movimento para trás. Ocasionalmente, podem lançar golpes curtos para a parte posterior. As vacas ficam mais tranqüilas quando se aproxima o bezerro do seu úbere. 
Animais nervosos podem se mover rapidamente para os lados, o que leva a ocorrência de acidentes no caso de um examinador ou auxiliar estar desatento. Além disso, os touros e as vacas ninfomaníacas podem atacar com a cabeça, aprisionando o examinador contra a parede.
De maneira geral, os bovinos leiteiros podem ser conduzidos por um cabresto, com um condutor posicionando à frente e a certa distância do animal. Não se recomenda ficar de costas para os animais machos da raça Holandesa, pois podem ser traiçoeiros, cabecear ou chifrar violentamente e de maneira fatal o condutor. Nesses casos, é recomendável que o condutor permaneça atrás do animal, encorajando-o a caminhar por meio de vocalizações e batendo com a extremidade da corda dos membros posteriores do animal. Não é interessante que os animais corram enquanto estão sendo conduzidos, visto que a corda pode provocar lesões na Mao da pessoa que a está segurando. Aparelhos que emitem choques elétricos podem ser utilizados nos animais que relutam e caminhar ou levantar-se. 
Nos animas mansos, a cabeça pode ser mantida pela contenção manual: agarrando-se a base de um dos chifres ou uma das orelhas com uma das mãos e o septo nasal entre o polegar e o dedo médio ou indicador da outra mão, exercendo considerável pressão. A pressão manual adequada é possível somente por determinado tempo, principalmente se o animal for muito grande ou pouco cooperativo.
Alguns animais, quando soltos em piquetes, não admitem a aproximação, sendo necessário, muitas vezes, que duas pessoas, cada uma posicionada atrás de lateralmente ao animal, conduzam-no para um dos cantos do piquete, visando a diminuição de sua movimentação e, conseqüentemente, a contenção, ou os amarrem em um mourão, uma estaca grossa, fincada firmemente no solo. Muitos animais acostumados com a manipulação do homem (animais produtores de leite, de exposição) tornam possível o exame pela simples colocação do cabresto e de uma peia em seus membros posteriores.
Outra maneira de se conter esses animais é colocando-os em um tronco de contenção. Essa missão é facilitada juntando-se outros animais ao bovino bravio (amadrinhamento) e, no momento da sua passagem por um brete, prendendo-o no tronco de contenção quando estiver posicionado entre ele. O tronco de contenção também pode ser utilizado por eqüídeos.
Tanto os bovinos com chifres quanto os descornados podem ser contidos por um instrumento metálico conhecido, vulgarmente, pelo nome de formiga, que é colocado entre as narinas e seguro por um auxiliar. A formiga é útil principalmente nos animais bravios e/ou não cooperativos, os quais poderão, até certo ponto, ser mantidos imóveis, em virtude da dor na região nasal provocada por esse instrumento.
DERRUBAMENTO DE BOVINOS:
Deve-se tomar cuidado na derrubada de bovinos para evitar traumas aos chifres, costelas, ossadura pélvica e/ou abortos. Desse modo, o animal deve ser lentamente derrubado em local macio, segurando-se com cuidado a sua cabeça e prestando-lhe assistência. Além de evitar a ocorrência de acidentes, o auxiliar também posiciona o animal no local em que se deseja, ou seja,o lado mais adequado onde o mesmo deve permanecer para o procedimento. O derrubamento perfeito é aquele em que o animal parece estar “caindo em pé”, em câmara lenta. Quedas rápidas ou abruptas para os lados devem ser evitas pelos riscos que proporcionam. Quando não houver preferência para o lado do decúbito, deve-se optar pelo lado esquerdo, nos casos de vacas prenhes ou recém-paridas (deslocamento de abomaso), ou direito, em animais machos e em fêmeas sem as condições reprodutivas ou que tenham tido jejum alimentar prévio (asfixia por timpanismo gasoso). 
A utilização de cordas compridas (+- 15 m) é recomendada para a derrubada de bovinos. 
Independentemente do método escolhido, a colocação de peias nos animais deve ser feita, uma vez que ajudará a tirar o equilíbrio dos membros posteriores, facilitando a queda e a manutenção do anima em decúbito. 
MÉTODO DE RUEFF:
Fixam-se ambas as extremidades dos chifresem suas bases ou no pescoço por um laço com nó escorregadio.
Com uma das mãos, segura-se a corda sobre o tórax, passando-se sua extremidade por baixo da região ventral do tórax no sentido oposto ao corpo, levando-a, em seguida, novamente por cima e por dentro da parte da corda que está sendo segura.
Repete-se a mesma operação no nível dos flancos; a ponta da corda sai para trás.
Faz-se tração firme, lenta e contínua sobre a corda, o que fará com que o animal cai vagarosamente, acompanhado por um ajudante em sua cabeça.
MÉTODO ITALINO:
Passa-se metade de uma corda comprida pelo pescoço, na frente da cernelha.
Cruzam-se ambas as extremidades das cordas por baixo do pescoço e, mais uma vez, sobre a região torácica, passando as pontas das cordas entre os membros posteriores.
Cada extremidade livre é puxada por um homem, enquanto um terceiro assistente segura a cabeça do animal.
→ Após a derrubada e a realização dos procedimentos pertinentes, o bovino deve ser colocado em decúbito lateral; a permanência do animal por um longo período nessa posição faz com que haja maior acumulo de gás no compartimento do rúmen, por impedir o ato da eructação e, consequentemente, a eliminação do gás formado, levando a um quadro de timpanismo, em algumas situações, tais como nos casos de hipocalcemia, fratura de membtros, processos dolorosos no sistema músculo esquelético e botulismo, torna-se difícil manter o animal em decúbito esternal, mesmo que temporariamente, sendo necessário alternar o lado que o animal fica deitado, várias vezes durante o dia, na tentativa de minimizar a necrose isquêmica que ocorre com resultado da compressão exercida sobre a musculatura. 
Breves batidas podem ser dadas com a palma da mão em toda a área muscular comprometida, para melhorar a irrigação local. 
CONTENÇÃO QUÍMICA 
Introdução: 
Muitas vezes, durante a realização de um exame clinico em animais de grande porte, em especial nos eqüinos, há necessidade de se empregarem métodos de contenção química que, em associação aos meios de contenção física já descritos de cada espécie, facilitam a obtenção do diagnóstico de técnicas de exame auxiliares, tais como ultrassonografia, radiografia e coleta de material biológico para exames laboratoriais.
A contenção farmacológica eficaz tornaria os pacientes mais calmos e tranqüilos, indiferentes ao meio que os cerca, reduzindo suas reações de defesa a estímulos externos, tais como ruídos e toques. Além disso, favorece a manipulação de determinada região do corpo ou mesmo a movimentação de um local para outro. 
O emprego de agentes tranqüilizantes, sedativos e analgésicos tem como um dos objetivos principais reduzir a ansiedade e o estresse experimentados pelo paciente. 
Por quê utilizar contenção química?
Animais de grande porte agressivos, difícil conter fisicamente. 
Procedimentos clínico – cirúrgico pouco invasivo. 
Exame detalhado 
Quais fármacos usar? 
Acepromazina 
Xilazina
Morfina
Butorfanol
Diazepan 
ACEPROMAZINA: 
É um tranqüilizante fenotiazínico. Muito empregada na espécie eqüina como medicação pré-anestésica em procedimentos de anestesias intravenosa ou inalatória e na contenção química para realização de exames clínicos. Ela pode ser utilizada como agente isolado ou associada a outros fármacos. Produz efeito tranqüilizante de leve a moderado, no qual o paciente apresenta desinteresse pelo ambiente, sonolência e apatia. Entretanto, o animal permanece responsivo a estímulos externos, especialmente se forem dolorosos, tornando-se alerta, também, na presença de ruídos, toques e a qualquer movimento brusco próximo à sua cabeça. A acepromazina não apresenta efeito analgésico, não sendo indicada em procedimentos que produzam dor.
O mecanismo de ação da acepromazina, assim como de outras fenotiazinas, consiste no bloqueio de neurotransmissores adrenérgicos, principalmente a dopamina, em receptores localizados no tronco cerebral, sistema límbico e gânglio basal, causando efeito depressor central e redução na atividade motora.
A acepromazina é mais indicada para a contenção química de animais de comportamento dócil, para se proceder a exames clínicos simples e não invasivos, como os de cavidade oral, conduto auditivo externo e radiográficos. 
Tranqüilizante fenotiazínico.
Vias de administração – IM, IV.
Dose: 0,02 a 0,05 mg/kg.
Usar com cautela em animais estressados ou com hipotensão.
Latência: 15 minutos.
Tranquilização: 6 a 10 horas 
Reduz tenção aos estímulos externos.
Potencializa a ação dos opióides.
Paralisia peniana persistente (priapisna).
Efeitos respiratórios, em minutos.
Hipotensão.
AGONISTA ALFA 2 ADRENERGÉTICO
XILAZINA:
Dose: 0,5 a 1mg/kg (IV); 1 a 2,2 mg/kg (IM).
Latência: 3 a 5 minutos (IV).
Os efeitos circulatórios da xilazina administrada pela via intravenosa incluem bradicardia e hipertensão de curta duração (l a 2 minutos), seguida de hipotensão por um período mais longo (aproximadamente 60 minutos), acompanhada de redução no débito cardíaco. A hipertensão inicial é produzida por um efeito vasoconstritor periférico devido à estimulação simultânea de receptores a1 localizados no leito vascular que, logo em seguida, é revertido pela redução do tônus simpático.
Em eqüinos, após alguns minutos da administração de xilazina, podem-se observar os sinais clínicos de sedação como o abaixamento da cabeça, ptoses palpebral e labial, abertura do quadrilátero de apoio (mais evidente é o afastamento dos membros anteriores), ataxia intensa, exposição peniana e apoio alternado dos membros posteriores na "pinça" do casco.
A xilazina reduz a motilidade propulsiva do sistema gastrointestinal, principalmente no jcjuno, no ceco, na flexura pélvica e no cólon ventral direito de equinos, os movimentos do rúmen de bovinos e pequenos ruminantes. Esse efeito é de importância particular em bovinos, pois, após a administração, eles adotam a posição de decúbito, que impede a eructação normal.
A xilazina é utilizada para alívio da dor visceral em equinos portadores de síndrome cólica.
DETOMIDINA:
Dose: 0,01 a 0,02 mg/kg (IV); 0,02 a 0,04 mg/kg (IM).
Latência: 3 a 5 minutos (IV).
DEXMEDETOMIDINA:
+ seguro que a Xilazina.
+ eficaz 
Depressão profunda
Efeitos respiratórios mínimos 
Relaxamento muscular 
Reduz débito cardíaco (taquicardia)
Aumento da FC
Ataxia 
OPIÓIDES: 
BUTORFANOL:
Dose: 0,01 a 0,03 mg/kg (IV).
Latência: 3 a 5 minutos.
Pode estar associado a outros tranqüilizantes.
Seu emprego isolado mais freqüente destina-se aos casos de alívio da dor visceral na síndrome cólica em eqüinos, facilitando o exame clínico, ou na analgesia pós-operatória.
O butorfanol é também empregado em associação com a acepromazina ou com os agonistas a, para produzir uma sedação intensa, acompanhada de analgesia.
Morfina:
Dose: 0,3 a 0,5 mg/kg (IV)
Latência: 3 a 5 minutos 
Sedar antes 
Evitar risco com excitação.
OPIÓIDES:
Analgesia
Associação com outros fármacos 
Excitação 
Depressão respiratória 
BENZODIAZEPÍNICOS:
A ação relaxante muscular de origem central dos benzodiazepínicos produz ataxia intensa nos animais adultos, o que muitas vezes pode se tornar um problema durante a realização de um exame ou outro procedimento clínico.
Os benzodiazepínicos também podem ser associados à acepromazina, produzindo tranqüilização mais intensa, acompanhada de ataxia, que pode em alguns animais, induzir o decúbito.
DIAZEPAN/MIDAZOLAN
DIAZEPAN:
Mais utilizados em pequenos ruminantes
O diazepam e o midazolam são muito eficientes como sedativos em potros jovens, que adotam a posição de decúbito logo após a administração intravenosa de ambos os agentes.
Relaxamento muscular e sedação
Diazepan (IV) oleosa
Dose: 0,25 a 0,5 mg/kg (IV)
MIDAZOLAN:
Dose: 0,4 a 0,6 mg/kg (IV)
Sedação e decúbito por 10 a 20 minutos
Cálculo do peso corporal: 
A determinação do peso corporal do paciente é um procedimento importante e deve ser sempre realizada antes da administração de qualquer fármaco. Contudo, em muitas situações, isso não é possível, seja pelaausência de equipamentos adequados no local do exame, ou pelo comportamento agitado do paciente, impedindo a sua contenção física e o posicionamento no interior de uma balança de grandes animais. 
As doses clínicas para cada medicamento foram estabelecidas com referencia ao peso corporal de cada espécie em quilogramas. Qualquer erro na estimativa do peso do paciente pode resultar em administração de sobredoses ou subdoses, podendo se tornar um problema grave devido aos efeitos depressores sobre os sistemas que essas substâncias apresentam. 
Jejum hídrico e alimentar:
A interrupção no fornecimento de alimentos e água nem sempre é possível antes da contenção química para a realização de um exame clínico de rotina. Em situações nas quais esse procedimento possa ser realizado, quando há tempo hábil entre o primeiro contato do veterinário com o proprietário e o momento do exame,os jejuns hídrico e alimentar são altamente recomendáveis, especialmente antes de procedimentos em que se realiza o emprego de fármacos depressores do SNC.
Uma das finalidades do jejum é a melhora da capacidade ventilatória do paciente, pois o esvaziamento gástrico reduz a pressão que o estômago exerce sobre o diafragma, aumentando a expansão pulmonar e a capacidade funcional residual (CFR).
Nos ruminantes, a compressão do rúmen sobre o diafragma pode se tornar um problema grave, pois esses animais costumam estar em decúbito minutos após a administração de substâncias depressoras do SNC. 
Durante o decúbito, outra complicação que pode ocorrer nos ruminantes é a regurgitação do conteúdo gástrico, com a posterior aspiração desse material, podendo levar a obstrução total das vias respiratórias e ao óbito, ou ainda ao desenvolvimento de pneumonia aspirativa.
O jejum sólido reduziria o volume do conteúdo rumenal, diminuindo os efeitos ventilatórios e a possibilidade de aspiração do conteúdo gástrico. No entando, manter um paciente em decúbito lateral por um período prolongado, mesmo que submetido ao jejum sólido, pode causar compressão pulmonar, pela produção contínua de gases no compartimento rumenal oriundos da fermentação bacteriana.
O jejum sólido em eqüinos adultos deve ser entre 12 e 16 horas e o hídrico, de 2 horas, para que seja realizada a administração dos agentes tranqüilizantes. 
Em bovinos, caprinos e ovinos, o protocolo de jejum recomendado é mais longo, devendo iniciar 72 horas antes da realização do procedimento. No terceiro e segundo dias anteriores, deve-se fornecer apena a metade da ração diária do pacienye e, 24 horas antes, jejum sólido completo, o jejum hídrico deve ser de 6 horas.
Vias de Administração:
As vias mais empregadas para administração de fármacos na contenção química de grandes animais são a intravenosa e a intramuscular.
A administração de um fármaco, em bolo, pela via intravenosa, produz altas concentrações sanguíneas da substância, em curto período, sendo possível observar o início dos seus efeitos poucos minutos após, pois o princípio ativo, administrado diretamente na corrente circulatória, chega rapidamente ao SNC.
Todos os agentes tranqüilizantes e sedativos devem ser aplicados lentamente por essa via (aproximadamente 1 ml/ 5 s ), devido aos seus efeitos depressores cardiorrespiratórios, que podem ser intensificados em administração muito rápidas. 
A veia jugular externa é a mais utilizada, sendo de fácil localização. No entanto, durante a venopunção em eqüinos adultos que apresentam pescoço longo e esguio, ou em potros e pôneis miniatura, deve-se ter alguns cuidados, pois há o risco de, acidentalmente, a artéria carótida interna ser puncionada e o fármaco ser administrado na circulação arterial, chegando assim, a concentrações elevadas no SNC. Quando isso ocorre, o cavalo assume a posição de decúbito antes do término ou logo após a aplicação, e apresenta reações de excitação e convulsões, podendo, em alguns casos, ocorrer o óbito, dependendo da natureza do fármaco e da dose administrada.
A absorção dos fármacos pela via intramuscular é mais lenta que pela via intravenosa. Esse período depende do tipo de solução administrada, das propriedades físico-químicas da substância ativa e do fluxo sanguíneo no local de aplicação. Devido a isso, o início dos efeitos sedativos pode ser variável, e sua intensidade pode apresentar-se menor quando acompanhada à via intravenosa; no entanto, sua duração geralmente é mais longa, devido ao fato da absorção do local de aplicação para a corrente sanguínea ser prolongada.
Essa via é aplicada para a administração de volumes pequenos de fármacos em diversos grupos musculares. Os locais de aplicação mais empregados no eqüino são:
Região do pescoço, compreendendo uma área triangular, acima das vértebra s
 
SEMIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO 
O consumo de água é controlado pelo centro da sede no hipotálamo, através de osmorreceptores. A quantidade de água ingerida varia de acordo com a temperatura ambiente (estação do ano), espécie animal, tipo de trabalho, idade e quantidade de água contida nos alimento. 
A ingestão normal de água é denominada de (normodipsia). 
O aumento no consumo de água (polidipsia) ocorre quando há perda excessiva de líquido corporal (desidratação), que pode se dever a vômitos constantes, diabetes, nefrite intersticial aguda, diarréia, etc. 
Às vezes, os animais apresentam uma sede excessiva, apenas temporária, durante os estágios iniciais de muitas doenças febris. 
A diminuição da quantidade de água ingerida é caracterizada semiologicamente como (hipodipsia ou oligodipsia), sendo o seu grau máximo chamado de adipsia (insuficiência renal). 
→Em eqüinos a quantidade de água necessária pode aumentar de 300 a 400% com trabalho intenso sendo executado em temperaturas ambientais elevadas. Os eqüinos, após a execução de trabalho moderado sozinho (temperatura moderada), podem ter um aumento do consumo diário em torno de 60 a 80% e, após execução de trabalho árduo (sem elevação intensa na temperatura), em torno de 120% acima da ingestão normal. 
	RESUMO DA SEQUÊNCIA DO EXAME CLÍNICO DO SISTEMA DIGESTTÓRIO DE RUMINANTES
	Identificação do Paciente
	- Raça, 
- Idade, 
- Sexo, 
- Procedência.
	Anamnese
	- Emagrecimento, 
-Tempo de evolução, 
- Tipo de alimentação, características macroscópicas das fezes. 
	Exame Físico Geral
	- Condição Nutrional;
- Comportamento e postura (se possível, durante a alimentação e defecação);
- Estado de pêlos e pele;
- Tipo de respiração;
- Assimetria abdominal, gemidos;
- Corrimentos (boca, ânus, etc.);
- Coloração de mucosas, linfonodos;
- Parâmetros vitais: temperatura corporal, freqüência cardíaca, freqüência respiratória, freqüência dos ruídos ruminais.
	Especifico 
	-Natureza das contrações ruminais. 
-Grau de preenchimento e consistência do conteúdo rumenal. 
- Presença de sons anormais (metálicos, maciço, rechaço, etc.). 
- Presença de dor na região abdominal anterior (xifóide). 
- Outros: apetite, mastigação, deglutição, defecação, etc.
	Exames Complementares 
	- Exame do líquido rumenal e peritoneal, Laparotomia, Ferroscopia, Fezes, etc. 
- Outros: hemograma, bioquímico, etc.
DESENVOLVIMENTO DOS PRÉ-ESTÔMAGOS 
Embriologicamente, os pré-estômagos dos ruminantes se desenvolvem como uma bolsa acessória do fundo do abomaso. A diferença anatômica entre retículo, rúmen e omaso ocorre posteriormente, na organogênese. 
Anatomicamente, os pré-estômagos podem ser considerados como duas estruturas primárias: o compartimento ruminorreticular e omasal, que são, funcionalmente, separados por uma prega que forma o óstio reticuloomasal. Ao nascer, o bezerro já apresenta os quatro compartimentos gástricos, quais sejam: o rúmen, o retículo, o omaso e o abomaso. Contudo, o compartimento ruminorreticular é pouco desenvolvido nessa fase, ocupando cerca de 30% do volume total dos reservatórios, ao passo que omaso e abomaso ficam com os 70% restantes.
Em um animal adulto, essas proporções se encontraminvertidas, com o rúmen e o retículo perfazendo mais de 80% e omaso e abomaso menos de 20% do volume total.
Uma capacidade de até 235 litros para o compartimento ruminorreticular tem sido descrita e, raras vezes, a capacidade do referido compartimento em bovinos de grande porte ultrapassa os 100 litros.
Há alterações de apetite/fome? 
Animal come coisas estranhas?
Ingestão de água?
Hidratado ou não?
Bov.: 48-45 L ou mais (confinado); 
Equinos: 5-6 L / 100 kg PV 
Ovinos e Caprinos: 3-6 L / dia.
BOCA:
 • Lábios, dentes e língua íntegros? 
• Lábios: apreensão alim. (equinos, ovinos, caprinos); 
• Dentes: apreensão alim. (eqüinos, ovinos e caprinos) e mastigação;
 • Língua: apreensão do alimento (bovinos) e deglutição. 
Boca, Faringe e Esôfago: 	
Independentemente da queixa principal do proprietário, a avaliação do sistema digestório dos animais ruminantes deve ser sempre iniciada pelo exame da cavidade bucal. Na boca, 
operam-se três funções de extrema importância para a digestão: apreensão, mastigação e insalivação dos alimentos. A inspcção externa permitirá observar se a boca está ou não adequadamente fechada, se existem lesões aparentes como fístulas, feridas, edemas, bem como assimetria dos lábios ou da rima labial.
→ O fechamento incompleto da cavidade bucal, acompanhado, muitas vezes, da eliminação de filetes de saliva (sialorréia) e/ou de alimentos, pode indicativo de processos inflamatórios de toda a cavidade bucal (estomatite) como, por exemplo, da língua (glossite), de fratura de mandíbula, ou mesmo, de luxação da articulação temporomandibular. 
→ De fato, as mesmas causas podem acarretar alterações na mastigação dos alimentos que conseguiram ser eendidos, sendo realizada de maneira superficial e lenta. Contudo, deve-se reconhecer que os ruminantes, diferentemente dos animais carnívoros, apresentam normalmente mastigação demorada e com amplos movimentos de lateralidade. Os problemas da mastigação são relativamente raros em ruminantes e, quando ocorrem, usualmente são de origem localizada.
DEGLUTIÇÃO: 
Disfagia: Dificuldade para deglutir. Pode ser acompanhado ou não de alimento caindo pela boca. Ocorrem em várias doenças, como obstrução parcial, paralisia muscular, processos dolorosos, etc. 
Aerofagia: deglutição de ar. Comum em animais em situação de bem-estar animal pobre, como eqüinos estabulados. 
Odinofagia: deglutição dolorosa. 
 
Ruminantes: deglutição e redeglutição. A língua dos ruminantes tem uma base forte. Na 
hora da deglutição ocorre a contração concêntric	 a da musculatura da faringe. Nos 
ruminantes, por causa da necessidade de colher grandes quantidades de alimento e 
fazer essa grande quantidade chegar ao depósito de armazém, que é o rúmen, eles 
desenvolveram essa base musculosa na língua chamada promontório. A contração da musculatura da faringe mais o movimento retrógrado da língua vai literalmente 
“socando” o alimento no esôfago. 
O promontório determina o tônus da língua, empurra o alimento que é apreendido e 
acumulado no esôfago. 
Obs.: encefalites e outras doenças centrais causam paralisia do nervo glossofaríngeo, levando a problemas na deglutição.
ERUCTAÇÃO: 
Os ruminantes eructa grandes quantidades de gás. Os outros animais também eructam, com exceção dos eqüinos. 
A eructação pode estar: 
Aumentada: grande quantidade de concentrado no rúmen. 
Diminuída:
Ausente: ,morte da microbiota ruminal, pode haver a não eliminação dos gases; ausência de material de qualidade clara na alimentação animal.
com alta produção de gás → risco de timpanismo em ruminanDiminuíd
→ OBS: Se os eqüídeos eructarem: grave dispersia, produção exagerada de gases. 
Os ruminantes não eliminam gases por via retal, os eqüídeo sim.
Ruminação: Movimento específico do rúmen. 
Sentido do movimento: inicia nos pilares craniais longitudinais, prosseguindo pelos 
pilares caudais longitudinais. A onda de contração vem deste movimento. A contração 
leva à movimentação do material q ue está dentro do rúmen. O retículo tem 
mecanorreceptores que identificam a superfície e a tensão do alimento. Se predomina 
uma quantidade de alimento f ibroso, o retículo sinaliza para o animal q ue ele está em 
regressão rumenal e precisa ir a um lugar tranquilo para processar o alimento ingerido. 
Esse processamento é a remastigação, que é precedida por movimentos anti -
peristálticos no esôfago (regurgitação), e possui um componente voluntário. A 
ruminação, por outro lado, é involuntária. 
 
Camadas do rúmen: 
- 1ª Camada: sólida → partículas mais densas, material que j á f oi remastigado e se 
deposita facilmente no fundo. Som maciço a percussão. 
- 2ª Camada: líquida → é a maior camada. O som não é maciço à percussão, pois 
devido à ação de microrganismos, ocorre produção de gás, que atravessa 
 
 
constantemente essa camada. Por esse motivo apresenta som maciço não 
completamente 
- 3ª Camada: pastosa → alimento que o animal acabou de comer. Som sub-maciço. 
- 4ª Camada: gasosa → Som timpânico 
Essas camadas ocorrem no repouso, quando ocorre o movimento ruminal, elas se 
misturam e depois retomam os seus lugares. 
 
Funções da ruminação: 
Expor o alimento para ação dos microrganismos e de enzimas. 
Conduzir o alimento até o retículo. 
 
Alterações: 
- Atonia: parada do rúmen. É incompatível com a vida. O animal morre r apidamente por 
insuficiência respiratória. Tem microrganismos dependentes da movimentação do 
rúmen que morrem se cessar a movimentação, e o ruminante é dependente desses 
microrganismos. 
- Hipotonia: diminuição dos movimentos do rúmen/movimentos incompletos. 
 
Movimentos ruminais: são irregulares. Podem ocorrer 13 movimentos em 1 minuto e 
permanecer por 3 minutos. 
RUMEN: 
Nos ruminantes adultos, o rúmen é o maior compartimento digestório sendo, portanto, o mais acessível ao exame físico. Os sacos dorsal e ventral do rúmen ocupam a maior parte da metade esquerda da cavidade abdominal e estendem-se consideravelmente para a direita do plano medial ventral do sétimo ou oitavo espaço intercostal esquerdo até a entrada pélvica. 
Ele é comprimido de lado a lado e pode ser descrito como possuindo duas faces: a face parietal (ou esquerda) é convexa e se relaciona com o diafragma e a face visceral (ou direita) é um tanto irregular e se relaciona principalmente ao omaso, abomaso, intestino, fígado, pâncreas e rim esquerdo. 
A inspeção direta do flanco esquerdo fornece informações sobre o grau de plenitude do rúmen. Normalmente, o flanco esquerdo apresenta-se moderadamente tenso, um pouco mais distendido que o flanco do lado oposto. 
Em algumas situações, pode-se observar maior retração do flanco (côncavo), principalmente nos casos de perda parcial de apetite ou anorexia, causadas por doenças caquetizantes como, por exemplo, tuberculose, leucose e processos dolorosos localizados na cavidade bucal. 
A observação do inverso (flanco protuberante, distendido) é mais frequente na rotina prática, podendo se localizar na porção superior, como nos casos de acúmulo de gás (timpanismo) ou na região inferior do rúmen, como verificado nas compactações ruminais (sobrecarga por grãos). De maneira geral, as alterações do contorno tendem a abaular, inicialmente, a parede abdominal esquerda e, posteriormente, a porção ventral e a parede lateral direita do abdome, à medida que o gás vai se acumulando no compartimento rumenal. A distensão da parede abdominal esquerda é mais comumente causada por enfermidades que afetam o rúmen. Contudo, o deslocamento abomasal também promove modificações de volume nessa região.
→ A palpação da parede abdominal esquerda deve ser realizada da fossa paralombar dorsal esquerda em sentido à prega lateral (prega do flanco). Os achadosde palpação devem ser comparados com os obtidos ao exame visual para determinar, com segurança, o grau de repleção e o tipo de material presente no compartimento rumenal. 
A palpação pode ser superficial, profunda e retal. 
A palpação superficial é realizada com a palma da mão ou as pontas dos dedos (usada para avaliar a intensidade e frequência das contrações ruminais que, quando ocorre, empurra o punho para fora do flanco); a profunda (realizada com a mão fechada), de grande auxílio na avaliação do tipo de conteúdo rumenal, é baseada na resistência encontrada (pastosa - normal) como, também, na constatação de aumento de sensibilidade (ruminite). 
A região abdominal correspondente à porção ventral do rúmen apresenta maior resistência à pressão manual em virtude da grande quantidade de material sólido presente e, a dorsal, menor resistência, pela camada de gás presente. 
A exploração retal fornece resultados melhores que a palpação pelo flanco, pois todo o saco dorsal é acessível. Ao se elevar o assoalho abdominal, parte do saco ventral pode também ser sentida. A palpação retal c um procedimento útil para identificar quais órgãos são responsáveis pelas anormalidades detectadas durante o exame visual do animal e a característica do material promotor de tal alteração. A ausculta com um potente recurso a ser empregado na avaliação do sistema digestório; entretanto, nem sempre a presença de ruídos no rúmen é indicativa de motilidade rumenal normal e, dessa forma, uma atenção cuidadosa deve ser dada a seu ritmo, sua duração e sua natureza. E importante lembrar que a ausculta do rúmen não só fornece informações sobre a atividade do rúmen como também dos outros reservatórios gástricos, já que os movimentos desse compartimento estão intrinsecamente ligados aos dos demais. A cada cinco minutos os bovinos apresentam de 7 a 12 movimentos ruminais; os ovinos, de 7 a 14 e os caprinos, de 6 a 12. O número de contrações vai depender do tipo de alimento ingerido e do intervalo decorrido entre a última refeição e o exame. Na rotina prática, ausculta-se por cerca de dois minutos e deve haver, pelo menos, de duas a quatro movimentações. A motilidade normal resulta em um profundo, sonoro e prolongado ruído que toma a forma de um murmúrio periódico que se exacerba e depois decresce. São ouvidos dois ruídos, um aéreo e outro sólido, que ocorrem quase concomitantemente e que correspondem às contrações primária (ciclo de mistura) e secundária (ciclo da eructação) do rúmen. 
O desprendimento da massa gasosa do material alimentar para a sua superfície origina um ruído semelhante ao estourar de bolhas chamado de crepitação. E mais perceptível na região dorsal do rúmen. Já o choque do material sólido contra a parede rumenal durante as respectivas contrações é denominado de deslizamento. É mais evidente na porção ventral.
ANAMNESE: 
• Qual alimento, volume e freqüência de alimentação? (+fácil em confinamento ou animal isolado)
 • Animal já teve problema parecido? Duração da doença? Foi tratado? Com o que? Curou-se? • Houve mudança na dieta? De funcionário? 
• Verificar alimento: 
• Mofado? 
• Úmido? 
• Pastagem recém adubada? Plantas tóxicas nos piquetes? Aplicação herbicida? 
• Acesso acidental a um outro alimento? 
• INSPEÇÃO DO FLANCO ESQUERDO: 
• Assimetria do abdomen: Esquerdo, direito, uni, bilateral, dorsal ou ventral?
• Timpanismo gasoso.
 • Assimetria do abdomen: uni, bilateral, dorsal ou ventral?
•Acidose Ruminal
• Indigestão Simples.
•Gases
•Sólido + Líquido
• Timpanismo espumoso.
• Compactação do rúmen.
• INSPEÇÃO DO ABDOMEN (BILATERAL):
 • Colapso do rúmen e Indigestão vagal.
 • Ascite.
INSPEÇÃO DO FLANCO DIREITO: 
• Se houver abaulamento: 
• Deslocamento/torção abomaso direito; 
• Dilatação/torção do Ceco; 
• Pneumoperitônio.
 • EXAME FÍSICO GERAL: 
• Dor abdominal? 
• Alteração apetite de apetite (parcial ou total)?
• EXAME FÍSICO ESPECÍFICO: 
• BOCA: 
• Adequadamente fechada? 
• Abrir boca e avaliar. Como? 
• Lesões nos lábios, bochechas, gengivas, língua, dentes, palato? 
• Salivação intensa? 
• EXAME FÍSICO ESPECÍFICO: 
• FARINGE: 
• Palpação externa e interna: 
• Corpo estranho? 
• Lesão? 
• Dor?
• EXAME FÍSICO ESPECÍFICO: 
• ESÔFAGO: 
• Cervical até entrada do tórax; 
• Palpação externa ou sonda esofágica ou nasoesofágica: 
• Corpo estranho (laranja, sabugo milho, mandioca, tumores, leucose, actinobacilose); 
• Obstrução —> timpanismo.
• EXAME FÍSICO ESPECÍFICO: 
• RÚMEN: 
• Normalmente alterações ocorrem nesta ordem: 
• Lado abd. esquerdo porção ventral 
• Lado abd. direito.
 • EXAME FÍSICO ESPECÍFICO: 
• RÚMEN: 
• Flanco lado esquerdo: 
• + tenso e distendido que lado direito (alimentos); 
• Se retração: baixo consumo (menor apetite, anorexia, tuberculose) 
 • EXAME FÍSICO ESPECÍFICO: 
• RÚMEN: 
• Flanco lado esquerdo: 
• + distensão: 
• Superior: gás; 
• Inferior: Compactação fibrosa ou grãos. 
 • Cicatriz no flanco dir ou esq? Recidiva? 
• Palpação e auscultação (9-13 costela até flanco esquerdo): 
• f ruminal (1-3/min); 
• Tipo de alimento. 
• EXAME FÍSICO ESPECÍFICO: 
• RETÍCULO: 
• Atrás cartilagem xifóide +lado esq. 
• Difícil visualização! 
• 1) Palpação profunda; 
• 2) Avaliar animal em locomoção, ladeiras, tentam elevar membros torácicos; 
• 3) Prova do bastão (reticulite por CE) 
• 4) Beliscamento/pinçamento da coluna;
• EXAME FÍSICO ESPECÍFICO: 
• OMASO: 
• Inacessível ao exame físico geral 
• Somente por laparotomia.
 • EXAME FÍSICO ESPECÍFICO: 
• ABOMASO: 
• Maior em animais jovens —> palpação. 
• Verificar se há deslocamento (esq ou dir): som de “ping". 
• Maior contorno abdominal direito 
• EXAME FÍSICO ESPECÍFICO: 
• Área A+B é gás no rúmen ou DAE? 
• 1) Aspiração com agulha na parte ventral para avaliar pH; 
• 2) Sonda, soprar e auscultar intensidade do som; 
• 3) Palpação retal; 
• 4) Laparotomia exploratória. 
EXAME FÍSICO ESPECÍFICO: 
• FÍGADO: 
• Peq. rum: 8-10 espaço intercostal lado dir 
• + volume (hepatomegalia): palpação atrás arco costal ou palpação retal.
• EXAME FÍSICO ESPECÍFICO: 
• ALÇAS INTESTINAIS: 
• Lado direito do abdomen; 
• Avaliação por palpação profunda e retal: 
• +volume? Sensibilidade? (timpanismo por torção ceco, parada peristaltismo, invaginação, obstrução int.) 
• Auscultação: 
• Avaliar f , intensidade e duração dos borborignos (maior em enterites).
• EXAME FÍSICO ESPECÍFICO: 
• RETO E ÂNUS: 
• Prolapso anal? 
• Reto vazio? 
• Consistência e coloração das fezes?
• EXAME COMPLEMENTARES: 
• EXAME DE FEZES: 
• Volume?? 
• Dificilmente estimado à campo 
• Normal BOV: 25-45 kg/dia 
• Normal OV: 1 kg/dia
 • Maior volume: diarréia 
• Menor volume: pouca água, alimento, redução trânsito (DA). 
• Não defecação: obstrução ou atresia anal em bezerros. 
• Coloração: 
• Normal= amarelada/acizentada e pastosa (lactantes) ou verde a castanho e semi-sólido (bovinos pasto ou confinado) ou verde escuro a negra e esférico (ovinos). 
• Anormal= +negra (menor trânsito digestivo por obstrução ou acidose; obstrução ducto biliar) ou avermelhada (hemorragia int, reto)
• Normal Bov= Pastosa-firme (*dietas +água); 
• Normal Ov/Cap= Síbalas (*unidas em pastagem fresca).
• Aumento (+duras)= redução do trânsito intestinal ou do consumo de água. 
• Diminuição (+moles)= diarréia.
• Odor: 
• Normal= não deve ser repugnante. 
• Anormal= Fétido ou ácido (acidose ruminal).
 • Conteúdo anormal: 
• Muco (excesso em processo inflamatório ou constipação intestinal), fibrina, areia, corpo estranho (pedras) ou fibra/grãos não digeridos (acidose ruminal; digestão inapropriada; problema de mastigação). 
• Por que ovinos e vacas tem fezes diferentes? 
• Ovelhas: menor consumo de água (2-4 L), maior retenção de água pelo I.G., cólon segmentado e com maior quantidade de voltas. 
• Bovinos: maior consumo de água (50-80 L), maior produção de saliva (100-200 L), menor retenção de água pelo I.G., cólon não segmentado.
• EXAMECOMPLEMENTARES: 
• PARACENTESE ABDOMINAL: 
• Local: 
• Bov.: Quadrante abdominal cranial, 5 cm à dir da cicatriz umbilical; 
• Bezerros: decúbito lat esq e dorsal e caudal ao umbigo 
• Peq Rum.: ponto + ventral abd à direita linha média
 • Utilizar uma agulha 30x7 ou 40x12 (sem anestesia); • Cânula ou Trocater (anestesia!)
• Coletar 2 fracos (com/sem EDTA);
• EXAME COMPLEMENTARES: 
• LAPAROMOTOMIA EXPLORATÓRIA: 
• Avaliar cav. abdominal e rúmen (conteúdo e parede); 
• Lado esquerdo: acesso rúmen, retículo e omaso; 
• Lado direito: Omaso, abomaso, intestino, órgão reprodutores, rins e fígado. 
• EXAME COMPLEMENTARES: 
• CONTEÚDO RUMINAL: 
• Odor: 
• normal= alimento fermentado; 
• anormal= ácido (acidose, refluxo) ou amoniacal (alcalose)
• EXAME COMPLEMENTARES: 
• CONTEÚDO RUMINAL: 
• Consistência: 
• Levemente viscosa= normal; 
• Muito viscosa/pegajosa= timpanismo espumoso; 
• Pouco viscosa ou aquosa= longo jejum ou inatividade microbiana; 
• EXAME COMPLEMENTARES: 
• CONTEÚDO RUMINAL: 
• Sedimentação/flutuação: 
• Avaliar componentes alimentares. 
• pH (medir rápido!): 
• Normal= 5,5 - 7,5;
• EXAME COMPLEMENTARES: 
• CONTEÚDO RUMINAL: 
• pH (medir rápido!): 
• Aumentado (>7)= longo jejum, ingestão uréia ou outras fontes N; 
• Baixo (<5,5)= alto consumo concentrado (amido) ou refluxo abomasal 
 • EXAME COMPLEMENTARES: 
• CONTEÚDO RUMINAL: 
• Redução azul de metileno: 
• Avaliar atividade bact anaer rum. —> desaparece azul!
 • 20 mL líq ruminar + 1 mL azul metileno (0,03%): 
• Anormal: >8 min (anorexia ou acidose) 
• Muitos grãos: +/- 1 min; • Pasto + grãos: +/- 3 min; • Só pastagem: 3-5 min;
		 
QUESTÕES 
Durante o atendimento clínico o veterinário constatou que o cavalo estava com intensa desidratação. 
Quais as possíveis alterações que poderiam ser observadas durante o exame físico desse animal?
Para hidratar o animal, quais as vias de aplicação poderiam ser utilizadas?
Um médico veterinário durante um atendimento em um bovino da raça Nelore constatou: mucosa rósea, brilhosa e úmida, TPC em 2 s, temperatura retal 40,5°C, freqüência cardíaca em 100/min, freqüência respiratória em 50/min e freqüência ruminal em 1/min. Esse animal pode ser considerado sadio? Explique.
Uma vaca pós-parto apresentou redução abrupta no consumo alimentar e na produção de leite. A principal suspeita clínica é deslocamento de abomaso.
Nesse caso, qual o principal exame físico não complementar que deve ser realizado? Descreva a anormalidade desde exame físico nesse caso.
Qual exame complementar que pode ser realizado para confirmação do deslocamento de abomaso? Descreva o resultado deste exame se houvesse confirmação.
Em um atendimento veterinário observou que um bovino macho apresentava obstrução esofágica e um conseqüente timpanismo ruminal. Quais os exames físicos (complementares e não complementares) poderiam ser realizados para confirmar essa suspeita clínica. 
Durante o exame físico a aferição da temperatura é um dos procedimentos básicos que devem ser efetuados. Descreva como pode e deve ser realizado a aferição da temperatura, indicando os cuidados e possíveis locais de aferição
Uma vaca precisa ser examinada pois apresentou queda na produção de leite. Porém, para maior segurança e tranqüilidade durante o exame clínico, é necessário realizar a contenção desse animal. De acordo com os conhecimentos de contenção física e derruba para bovinos, responda as seguintes questões:
Quais os possíveis métodos físicos de contenção física que poderiam ser utilizados? Qual desses métodos são mais indicados caso o animal for agressivo?
Se houver a necessidade de derrubar o animal para realizar algum procedimento clínico, qual método escolheria e como você realizaria o derrubamento? Explique. 
Após exame clínico foi observado a necessidade de aplicação de 2 medicamentos, um deles via intravenosa e outra via intramuscular. Qual local de aplicação pode ser utilizado e quais os cuidados durante esses procedimentos? 
Quais os objetivos de se realizar a contenção dos animais? 
R.: Proteger o examinador, o auxiliar e o animal, facilitar o exame, evitar fugas e acidentes e permitir procedimentos diverso (medicação injetável, cateterismo, raspada, coleta de sangue, curativo, etc.).
Quais as recomendações par se realizar uma boa contenção? 
R.: Evitar movimentos brusco, para não assustar o animal; Interagir e conquistar a confiança do paciente; 
Iniciar a contenção pelo método mais simples e; utilizar material adequado para cada tipo de animal e procedimentos, pessoal habilitado, ambiente e posições adequadas.
Qual o método de contenção mais indicado para decúbito, em vacas de leite? 
R.: Método de contenção australiano, onde o animal se deita “em câmera lenta”. 
 O teste com azul de metileno, do líquido ruminal tem qual objetivo? 
R.: Potencial redox e atividade bacteriana. 
 O t este da barra de ferro é utilizado para observar resposta dolorosa de qual órgão do sistema digestório dos ruminantes? 
R.: Retículo
SISTEMA DIGESTÓRIO DE EQUINOS 
BOCA: 
• Lábios; 
• Bochechas; 
• Gengivas; 
• Palato duro e mole; 
• Língua; 
• Glândulas salivares; 
• Dentes.
• DENTES: 
Temporários (de leite): 2 [I 3/3 C 0/0 P 3/3 M 0/0]
 Permanentes: 2 [I 3/3 C 1/1 P 3/3 M 3/3]
< 6 anos boa estimativa da idade 
>6 anos baixa estimativa pelo desgaste
ESTÔMAGO: 
• + esquerdo do plano mediano; 
• Produção ácido clorídrico e pepsina: 
• digestão das proteínas. 
• Alta atividade motora —> Redução tamanho de partículas.
INTESTINO DELGADO: 
• Duodeno; 
• Jejuno; 
• Íleo.
Piloro, duodeno, jejuno e íleo 
• A digestão ocorre no lúmen e mucosa: 
• Enzimas pâncreas e fígado (proteínas, carboidratos e gordura). 
• Absorção de nutrientes.
INTESTINO GROSSO: 
• Ceco
 • Cólon ventral direto (CVD) 
• Flexura esternal 
• Cólon ventral esquerdo (CVE) 
• Flexura pélvica 
• Cólon dorsal esquerdo (CDE) 
• Flexura diafragmática 
• Cólon dorsal direito (CDD) 
• Cólon transverso (CT) 
• Cólon menor (CM) 
• Reto
Digestão microbiana:
 • 50% energia; 
• carboidratos solúveis e insolúveis (celulose).
Por que os equinos têm maior predisposição a problemas digestivos? 
• Estômago com pequena volume (8-20 L); 
• "Incapacidade" de vômito (forte cárdia e ausência centro vômito no SNC); 
• Cólon dorsal esquerdo frequentemente há torção e invaginação; 
• Flexura pélvica com diminuição abrupta do diâmetro e frequentemente fica presa no ligamento nefroesplênico.
ANAMNESE: 
• Idade: 
• Neonato —> cólicas por retenção mecônio; úlceras gástricas e hérnias 
• + velhos —> hérnia inguinal (machos) ou torção uterina
ANAMNESE: 
• Manejo alimentar: 
• Mudança brusca de alimentação ou tratador? 
• Final de semana? 
• Qual o alimento?
 • Quantidade e qualidade
ANAMNESE: 
• Início do problema digestivo: 
• Crônico= sem alterações circulares graves (IG); 
• Agudo= alterações circulares graves (estômago e ID; ex: dilatação ou torção gástrica).
Manifestações ou TTO anteriores: 
• Problema foi alimentar ou parasitário? 
• Já fez laparotomia? 
• Foi intermitente? (úlcera gástrica) 
• Qual medicamento utilizado?
Defecação e micção: 
• Qual a consistência das fezes? 
Alimentos mau digeridos? 
• Qual o odor, coloração e quantidade de fezes e urina? 
• Algum cheiro repugnante? 
• Expulsão de gás?
Ingestão de água: 
• Animal está hidratado? 
• Animal prenhe? Quantos meses?
EXAME FÍSICO GERAL 
• Inspeção: 
• Comportamento alterado? 
Balança cabeça com f? Resistência ao freio? Queda no desempenho? 
• Aparência externa? Pelagem e emagrecimento?
Qual o formato do abdomen? (ceco e cólon); 
• Feridas, cama ou terra no dorso/cabeça? (rolamento por dor)
Quadro 5.16 - Sinais de dor abdominal observados na inspeção de um cavalo com cólica. 
• Escavar o chão. 
• Bater com apata no chão. 
• Olhar para o flanco. 
• Mexer na água com o focinho. 
• Morder o flanco. 
• Escoicear o abdome. 
• Rolar. 
• Sentar. 
• Sudorese intensa. 
• Hiperexcitabilidade/depressão.
BOCA: 
• Fenda palatina em potros: 
• Aspiração leite —> pneumonia!
• Abrir boca e avaliar: 
• Integridade dos lábios, bochechas, língua, dentes?
BOCA: 
• Qual o odor? 
• Salivação intensa? 
• Testes de pastejo: 
• Avaliar apreensão, mastigação e deglutição do pasto.
ESÔFAGO: 
• Normalmente não palpável externamente; 
• Quando palpável: 
• Sonda nasoesofágica; 
• Obstrução alimentar (rolão milho, ração peletizada, frutas); 
• Estenose (tumor, abcessos, divertículo, lifonodo);
ESÔFAGO: 
• Muito comum a obstrução alimentar e o comportamento do animal estará alterado:
 • Animal ansioso, inquieto, estica o pescoço, tosse ao engolir; 
• Se houver crepitação no tec. subcutâneo na região veia jugular é sinal de ruptura do esôfago.
ABDOMEN:
Palpação externa: Dor? Peritonite? Cólica? 
• Percussão/auscultação: 
• Normal: borborigno intestinal; 
• Anormal: f reduzida ou aumentada de ruídos, som metálico (timpanismo).
EXAMES COMPLEMENTARES COMUNS: 
• SONDA NASOESOFÁGICA 
• ABDOMINOCENTESE
SONDA NASOESOFÁGICA: 
• Sempre realizada nos casos de cólica ou hidratação.
 • Para que? 
• Retirada de ar ou alimento (compactação ou timpanismo); 
• Diagnostico; 
• TTO.
• Tipos de sonda?
 • Como passar a sonda? 
• Quais os cuidados? 
• Em alguns casos fixar sonda no cabresto.
PALPAÇÃO RETAL: 
• Pra que fazer? 
• Como fazer? 
• Como estão as fezes?
PARACENTESE ABDOMINAL: 
• Técnica invasiva de baixo risco 
• Como se faz? 
• Sobre a linha branca caudal à apófise xifóide; 
• Volume máx. 50-60 mL (mto líq= ascite);
 • 1 tubo com e outro sem EDTA.
• Avaliar coloração: • Normal= amarelo-pálido, claro e proteínas
SEMIOLOGIA DOS RECÉM-NASCIDOS 
• Recém-nascido: 
• É o período fisiológico onde o animal depende exclusivamente do colostro para proteção imunológica. 
• Potros e bezerros: até +/- 30 dias de idade
Características do recém-nascido: 
• Reserva de gordura limitada; 
• Baixa capacidade gliconeogênica; 
• Concentração baixa ou ausente de imunoglobulinas;
• Imaturidade intestinal; 
• Baixa atividade de enzimas digestivas e pepsina estomacal; 
• Alta atividade da lactase, renina e lipase salivar.
• Recém-nascido: 
• Alta mortalidade (+/- 35%) no Brasil!! 
• Pouco interesse dos proprietários, veterinários e técnicos
 • Colocar as fêmeas pré-parto em local de fácil e frequente visualização!!
Anamnese do recém nascidos: 
• Tipo de nascimento; 
• Sistema Imune; 
• Entrada de novos animais; 
• Local de crescimento;
 • Comportamento.
 • Tipo de nascimento: 
• Parto prematuro? distócico? Como foi o parto? Tamanho do filhote? 
• Mãe ficou doente durante gestação? Tratamentos/vacinas? Raça? Primípara? Mastite? Condição corporal da mãe? 
• Mãe aceitou ou rejeitou o filho? A mãe está sadia?
• Sistema imune: 
• Bezerros, potros, cordeiros e cabritos dependem do colostro! 
• Imunidade passiva colostral (absorção intestinal); 
• Pode ser afetado: • alto teor de cortisol endógeno (estresse) ou utilização de dexametasona para indução do parto (reduz fagocitose dos neutrófilos); def. proteica, minerais e vit. no filhote.
• Colostro: 
• IgG, IgA, IgM e IgE.; 
• Carboidrato (lactose);
 • Gordura (triglicerídeos); 
• Proteína (caseína e albumina); 
• Vit A, E; 
•Minerais; 
• Componentes bioativos com atividade microbiana (lisozima, lactoperoxidase). 
• Colostro:
Fornecer de 10-15% do PV, em duas refeições, na primeiras 12h (melhor ainda até 6h)!!! (natural ou sonda) 
• Leite de vaca para cabrito ou cordeiro= 20-40% do PV. 
 • Importância do banco do colostro! 
• Colostro de boa qualidade • Colostrômetro (Ig). 
Entrada de novos animais: 
• Principal fonte de novas doenças! 
• Histórico e examinar os animais adquiridos; 
• Evitar de misturá-los aos já existentes, principalmente os suspeitos de estarem com doenças (diarréia, secreções, tosses, dispnéia, linfonodos aumentados…)
• Local de crescimento: 
• Local limpo, seco e temperatura amena!
• Higiene nas mamadeiras e bebedouros; 
• Evitar local com poeira; 
• Separação por faixa etária (patógenos e competição): 
• até 10 dias;
 • 2-4 semenas • >1 mês
Comportamento: 
• Tentativa de se levantar, caminhar e mamar em até 30 min é normal! 
• >30 min= animais com hipóxia ou fracos 
• Primeira mamada= 2-3h de vida
Exame Físico Geral: 
• Postura e nível de consciência; 
• Exame das mucosas; 
• Sistema Linfático; 
• Funções vitais (FC, FR, temperatura)
• Postura e nível de consciência: 
• Potros: decúbito esternal ou lateral; 
• Bezerros: decúbito esternal; 
• Alteração congênita aparente?
Normal: alertas, espertos e curiosos; 
• Animais depressão ou apáticos: 
• Choque endotóxico 
• Hipoglicemia
 • Hipóxia 
• Desidratação.
Animal prematuro: 
• Baixo PV; 
• Fraqueza; 
• Incapacidade de ficar em pé; 
• Dificuldade de mamar e manter T; 
• Orelhas pêndulas;
Exame das mucosas: 
• Normal: rósea, úmida, TPC 1-2s 
• Mucosa congesta, com petéquias: indicativo de septicemia; 
• Mucosa ictérica: TPB, isoeritrólise, doença hepática (sinais neurológicos);
 • Mucosa cianótica: hipóxia.
• Sistema linfático: 
• Normalmente maiores do que os animais adultos; 
• Mesma avaliação física que em adultos;
• Funções vitais: 
• FR e FC mais elevadas que os adultos nas primeiras semanas de vida; 
• Normal o filho iniciar a respiração após +/-1 min;
Exame Físico Específico: 
• Sistema digestório: 
• Estado da boca? 
• Abdomen: umbigo, hérnias, lesões, auscultação alças intestinais (lado esquerdo); 
• Anus (atresia anal) e coloração das fezes (diarréia?); 
• Expulsão do mecônio? 
• Exame Físico Específico: 
• Sistema cardiovascular e respiratório: 
• Similar ao adulto, porém observar parâmetros para animais jovens; 
• Alterações podem estar relacionadas com doenças congênitas (raro): 
• dispnéia, taquicardia, anoxia, cianose, relutância para se exercitar; 
• Exame Físico Específico: 
• Sistema cardiovascular e respiratório: 
• Avaliar frequência e o padrão respiratório à distância: taquipneia, dispnéia, hipóxia; 
• Corrimento nasal: aspiração mecônio (castanho esverdeado); 
• Palpação do tórax: fraturas durante parto;
Semiologia dos Recém-nascidos 
• Exame Físico Específico: 
• Sistema urogenital: 
• Umbigo: 
• Corte 2-3 dedos e boa desinfecção (iodo 7%). Risco de onfalite e septcemia!! 
• Cicatrizado 10-14 dias.
• Exame Físico Específico: 
• Sistema urogenital: 
• Palpação testículos, prepúcio, pênis, vulva: 
• Retenção de testículos? Hipoplasia? 
• Hermafrodita ou pseudo hermafrodita? 
• “free-martin”? + comum em bovinos que ovinos e caprinos.
• Exame Físico Específico: 
• Sistema Musculoesquelético: 
• Semelhante aos adultos; 
• Anomalias: ausência parcial ou total ou má formação do membro, hipoplasia do tecido ósseo; 
• Fraturas.
• Exame Físico Específico: 
• Sistema Nervoso: 
• Similar a adultos; 
• Comportamento, consciência, postura, movimentos; • “head tilt” e “head pressing”; 
• Congênitos: morfologia do crânio;

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