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A ECONOMIA NO BRASIL

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A economia do Brasil
A economia do Brasil tem um produto interno bruto (PIB) nominal de 1,775 trilhões de dólares estadunidenses[18] (4,14 trilhões de reais), assim foi classificada como a sétima maior economia do mundo em 2011, em números brutos (comparação país a país, sem considerar quantidade de habitantes) segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), considerando o PIB de 2,39 trilhões de dólares para 2012,[18] e também a sétima, de acordo com o Banco Mundial (considerando um PIB de 2,09 trilhões de dólares em 2010)[19] e o World Factbook da CIA (estimando o PIB de 2011 em 2,28 trilhões de dólares).[20] É a segunda maior do continente americano, atrás apenas da economia dos Estados Unidos. Com a desvalorização do real ocorrida em 2012, a economia voltou a ser a sétima do mundo.[21] Porém, segundo relatório do Fundo Monetário Internacionalde 2014, o Brasil é o 62.º país do mundo no ranking do PIB per capita (que é o valor final de bens e serviços produzidos num país num dado ano, dividido pela população desse mesmo ano), com um valor de 11 310 dólares estadunidenses por habitante. Os EUA estão em 8.º lugar com 54 980 dólares estadunidenses por habitante, a Alemanha em 18.º com 44 999 dólares estadunidenses por habitante, e o Japão em 25.º com 39 100 dólares estadunidenses por habitante.[22]
Segundo o banco de investimento Goldman Sachs, a economia brasileira deve tornar-se a quarta maior do mundo por volta de 2050.[23] O Brasil é uma das chamadas potências emergentes: é o "B" do grupo BRICS. É membro de diversas organizações econômicas, como o Mercado Comum do Sul (Mercosul), a União de Nações Sul-Americanas (UNASUL), o G8+5, o G20 e o Grupo de Cairns. Tem centenas de parceiros comerciais, e cerca de 60% das exportações do país referem-se a produtos manufaturados e semimanufaturados.[24] Os principais parceiros comerciais do Brasil em 2008 foram: Mercosul e América Latina (25,9% do comércio), União Europeia (23,4%), Ásia (18,9%), Estados Unidos (14,0%) e outros (17,8%).[25] Alguns especialistas em economia, como o analista Peter Gutmann, afirmam que em 2050 o Brasil poderá vir a atingir estatisticamente o padrão de vida verificado em 2005 nos países da Zona Euro.[26] De acordo com dados do Goldman Sachs, o Brasil atingirá em 2050 um PIB de 11,3 trilhões de dólares e um PIB per capita de 49 759 dólares estadunidenses, tornando-se a quarta maior economia do planeta.[27]
Segundo o Fórum Econômico Mundial, o Brasil foi o país que mais aumentou sua competitividade em 2009, ganhando oito posições entre outros países, superando a Rússia pela primeira vez e fechando parcialmente a diferença de competitividade com a Índia e a China, economias BRIC. Importantes passos dados na década de 1990 para estabilizar a economia, como sustentabilidade fiscal, medidas tomadas para liberalizar e abrir a economia, impulsionaram significativamente os fundamentos do país em matéria de competitividade, proporcionando um melhor ambiente para o desenvolvimento do setor privado.[28][29]Porém, entre 2010 e 2014, o Brasil foi o país que mais perdeu posições no ranking mundial de competitividade. De 2010 a 2014, caiu do 38º lugar para o 54º entre as 60 economias analisadas pelo International Institute for Management Development(IMD) e pela Fundação Dom Cabral. O estudo avalia as condições oferecidas pelos países para que as empresas que neles atuam tenham sucesso nacional e internacionalmente, promovendo crescimento e melhorias nas condições de vida da sua população. Na análise, os critérios avaliados são: desempenho econômico, infraestrutura e eficiência dos seus governos e empresas.[30]
Posteriormente, na década de 2000 o avanço da inclusão social, com programas com o Bolsa Família e os sucessivos aumentos no salário mínimo, possibilitou a ascensão de 30 milhões de brasileiros à classe média o que fortaleceu seu mercado consumidor, tornando-o mais atraente para os investidores internacionais elevando seu investimento estrangeiro direto. Somado ao surgimento da "nova classe média", a retomada dos investimentos em infraestrutura, como transporte e energia, sustentaram o crescimento econômico até a crise mundial de 2008.
O país dispõe de setor tecnológico sofisticado e desenvolve projetos que vão desde submarinos a aeronaves (a Embraer é a terceira maior empresa fabricante de aviões no mundo).[31] O Brasil também está envolvido na pesquisa espacial. Possui um centro de lançamento de satélites e foi o único país do Hemisfério Sul a integrar a equipe responsável pela construção do Estação Espacial Internacional (EEI).[32] É também o pioneiro na introdução, em sua matriz energética, de um biocombustível- o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar.[33] Em 2008, a Petrobras criou a subsidiária, a Petrobras Biocombustível, que tem como objetivo principal a produção de biodiesel e etanol, a partir de fontes renováveis, como biomassa e produtos agrícolas.
Quando os exploradores portugueses chegaram no século XV, as tribos indígenas do Brasil totalizavam cerca de 2,5 milhões de pessoas, que praticamente viviam de maneira inalterada desde a Idade da Pedra. Da colonização portuguesa do Brasil(1500-1822) até o final dos anos 1930, os elementos de mercado da economia brasileira basearam-se na produção de produtos primários para exportação. Dentro do Império Português, o Brasil era uma colônia submetida a uma política imperial mercantil, que teve dois grandes ciclos de produção econômica: o açúcar e o ouro. A economia do Brasil foi fortemente dependente do trabalho escravizado africano até o fim do século XIX — inícios do ciclo do café. Desde então, o Brasil viveu um período de crescimento econômico e demográfico forte, acompanhado de imigração em massa da Europa(principalmente de Portugal, Itália, Espanha e Alemanha) até os anos 1930. Na América, os Estados Unidos, o Brasil, o Canadá e a Argentina (em ordem decrescente) foram os países que receberam a maioria dos imigrantes. No caso do Brasil, as estatísticas mostram que 4,5 milhões de pessoas emigraram para o país entre 1882 e 1934.
O Brasil atrelou a sua moeda, o real, ao dólar americano em 1994. No entanto, após a crise financeira da Ásia Oriental, a crise russa em 1998[34] e uma série de eventos adversos financeiros que se seguiram, o Banco Central do Brasil alterou temporariamente sua política monetária para um regime de flutuação gerenciada, enquanto atravessava uma crise de moeda, até que definiu a modificação do regime de câmbio livre flutuante em janeiro de 1999.[35] O país recebeu um pacote de resgate de US$ 30,4 bilhões do Fundo Monetário Internacional, em meados de 2002,[36] uma soma recorde. O Banco Central brasileiro pagou o empréstimo do FMI em 2005, embora pudesse pagar a dívida até 2006.[37] Uma das questões que o Banco Central do Brasil recentemente tratou foi um excesso de fluxos especulativos de capital de curto prazo para o país, o que pode ter contribuído para uma queda no valor do dólar frente ao real durante esse período.[38] No entanto, o investimento estrangeiro direto (IED), relacionado a longo prazo, menos investimento especulativo em produção, estima-se ser de US$ 193,8 bilhões para 2007.[39] O monitoramento e controle da inflação atualmente desempenha um papel importante nas funções do Banco Central de fixar as taxas de juro de curto prazo como uma medida de política monetária.[40]
Atualmente, com uma população de cerca de 200 milhões e recursos naturais abundantes, o Brasil é um dos dez maiores mercados do mundo, produzindo 35 milhões de toneladas de aço, 26 milhões de toneladas de cimento, 3,5 milhões de aparelhos de televisão e 5 milhões de geladeiras. Além disso, cerca de 70 milhões de metros cúbicos de petróleo estão sendo processados anualmente em combustíveis, lubrificantes, gás propano e uma ampla gama de mais de cem produtos petroquímicos. Além disso, o Brasil tem pelo menos 161.500 quilômetros de estradas pavimentadas e mais de 108.000 megawatts de capacidade instalada de energia elétrica.
Seu PIB real per capita ultrapassou US$ 8.000em 2008, devido à forte e continuada valorização do real, pela primeira vez nesta década. Suas contas do setor industrial respondem por três quintos da produção industrial da economia latino-americana.[24] O desenvolvimento científico e tecnológico do país é um atrativo para o investimento direto estrangeiro, que teve uma média de US$ 30 bilhões por ano nos últimos anos, em comparação com apenas US$ 2 bilhões/ano na década passada,[24] evidenciando um crescimento notável. O setor agrícola, também tem sido notavelmente dinâmico: há duas décadas esse setor tem mantido Brasil entre os países com maior produtividade em áreas relacionadas ao setor rural.[24] O setor agrícola e o setor de mineração também apoiaram superávits comerciais que permitiram ganhos cambiais maciços e pagamentos da dívida externa.
Com um grau de desigualdade ainda grande, a economia brasileira tornou-se uma das maiores do mundo. De acordo com a lista de bilionários da revista Forbes de 2011, o Brasil é o oitavo país do mundo em número de bilionários, à frente inclusive do Japão, com um número bastante superior aos dos demais países latino americanos.[41]

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