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DO CONSELHO DE SENTENÇA 2

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DO CONSELHO DE SENTENÇA
O conselho de sentença realiza o julgamento ao responder os quesitos, que são as perguntas que o presidente do júri faz aos jurados sobre o fato criminoso e demais circunstâncias essenciais ao julgamento.
Conselho de Sentença é um órgão do tribunal do júri composto por 7 jurados
 A constituição do conselho de sentença está prevista no artigo 447 do Código de Processo Penal, que trata da composição do Tribunal do Júri, prevendo que o mesmo é composto de um juiz de direito, que é seu presidente, e de 7 jurados leigos (membros da comunidade), que são sorteados dentre uma lista de 25 indicados.
 O conselho de sentença realiza o julgamento ao responder os quesitos, que são as perguntas que o presidente do júri faz aos jurados sobre o fato criminoso e demais circunstâncias essenciais ao julgamento. Os jurados decidem sobre a matéria de fato e se o acusado deve ser absolvido ou não.
COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE SENTENÇA
A atual redação do art. 447 do CPP descreve a composição do Tribunal do Júri. Um juiz togado será seu presidente e vinte e cinco jurados (sorteados de uma lista prévia) deverão comparecer ao Tribunal no dia aprazado. Desses vinte e cinco, sete constituirão o Conselho de Sentença em cada sessão em que houver julgamento.
 A defesa e a acusação farão a escolha, dentre os vinte e cinco presentes, de sete jurados, chamados de juízes leigos, que serão os responsáveis pela decisão da causa, após os debates. Havendo menos de quinze jurados presentes, a sessão do Plenário do Tribunal do Júri será adiada.
DO SORTEIO DOS JURADOS
O Juiz procede ao sorteio dos jurados, dentre os presentes, para formar o conselho de sentença (sete jurados), mas antes adverte que não poderão servir no mesmo conselho:
I - marido e mulher; 
II - ascendente e descendente; 
III - sogro e genro ou nora; 
IV - irmãos e cunhados, durante o cunhadio; 
V - tio e sobrinho; 
VI – padrasto, madrasta ou enteado.
O mesmo impedimento ocorrerá em relação às pessoas que mantenham união estável reconhecida como entidade familiar.
Não poderá servir o jurado que:
I - tiver funcionado em julgamento anterior do mesmo processo, independentemente da causa determinante do julgamento posterior;
 II - no caso do concurso de pessoas, houver integrado o Conselho de Sentença que julgou o outro acusado; 
III – tiver manifestado prévia disposição para condenar ou absolver o acusado.
O juiz adverte ainda aos senhores jurados que, uma vez sorteados, não poderão se comunicar com outras pessoas nem manifestar sua opinião sobre o processo, sob pena de exclusão do conselho. Poderão sempre dirigir a palavra ao juiz.
Realizado o sorteio, o juiz pede aos jurados que desliguem os celulares, antes de serem recolhidos pelos oficiais de justiça.
Em seguida, o juiz dispensa os jurados que não foram sorteados, ressaltando que deverão comparecer no próximo julgamento para o qual foram sorteados.
Após, o juiz concita os jurados a examinarem com imparcialidade a causa, e que deem a decisão de acordo com suas consciências e com os ditames da Justiça. Pede a todos que ergam a mão direita à frente e respondam: “Assim o prometo”.
O oficial de justiça distribui aos jurados cópia da pronúncia e do relatório do processo.
DOS QUESITOS
 Através dos quesitos, serão apresentados aos jurados os pontos fundamentais sobre os quais estes emitirão seu julgamento. É a forma que a lei encontrou para que não haja uma interlocução direta do juiz ou das partes com os jurados, a fim de manter intacta a isenção e imparcialidade dos juízes leigos. 
Os quesitos serão formulados com observância das seguintes regras: o primeiro versará sobre o fato principal, de conformidade com o libelo; se entender que alguma circunstância, exposta no libelo, não tem conexão essencial com o fato ou é dele separável, de maneira que este possa existir ou subsistir sem ela.
O juiz desdobrará o quesito em tantos quantos forem necessários; se o réu apresentar, na sua defesa, ou alegar, nos debates, qualquer fato ou circunstância que por lei isente de pena ou exclua o crime, ou o desclassifique, o juiz formulará os quesitos correspondentes, imediatamente depois dos relativos ao fato principal, inclusive os relativos ao excesso doloso ou culposo quando reconhecida qualquer excludente de ilicitude.
Se for alegada a existência de causa que determine aumento de pena em quantidade fixa ou dentro de determinados limites, ou de causa que determine ou faculte diminuição de pena, nas mesmas condições, o juiz formulará os quesitos correspondentes a cada uma das causas alegadas; se forem um ou mais réus, o juiz formulará tantas séries de quesitos quantos forem eles. 
Também serão formuladas séries distintas, quando diversos os pontos de acusação; quando o juiz tiver que fazer diferentes quesitos, sempre os formulará em proposições simples e bem distintas, de maneira que cada um deles possa ser respondido com suficiente clareza. 
 A lei determina, ainda, que serão formulados quesitos relativamente às circunstâncias agravantes e atenuantes, previstas nos arts. 44, 45 e 48 do Código Penal, observado o seguinte: 
a) para cada circunstância agravante, articulada no libelo, o juiz formulará um quesito; 
b) se resultar dos debates o conhecimento da existência de alguma circunstância agravante, não articulada no libelo, o juiz, a requerimento do acusador, formulará o quesito a ela relativo; 
c) o juiz formulará, sempre, um quesito sobre a existência de circunstâncias atenuantes, ou alegadas, e; 
d) se o júri afirmar a existência de circunstâncias atenuantes, o juiz o questionará a respeito das que Ihe parecerem aplicáveis ao caso, fazendo escrever os quesitos respondidos afirmativamente, com as respectivas respostas.
ORDEM DOS QUESITOS
A ordem de formulação dos quesitos está estabelecida no art. 483 do CPP:
“Os quesitos serão formulados na seguinte ordem, indagando sobre:
I – a materialidade do fato; 
II – a autoria ou participação;
 III – se o acusado deve ser absolvido; 
IV – se existe causa de diminuição de pena alegada pela defesa; 
V – se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação.”
A maioria 4 votos, de 7, em cada um desses quesitos, define o resultado: condenado ou absolvido. Se recusada a materialidade, a autoria ou se absolvido o acusado: absolvido! Se aceita a materialidade, a autoria, e recusada a absolvição: condenado!
VOTAÇÃO DOS QUESITOS
Antes de proceder-se à votação de cada quesito, o juiz mandará distribuir pelos jurados pequenas cédulas, feitas de papel opaco e facilmente dobráveis, contendo umas a palavra "sim" e outras a palavra "não", a fim de, secretamente, serem recolhidos os votos (art.485). 
 Assim que sejam distribuídas as cédulas, o juiz lerá o quesito que deva ser respondido com sim ou não e um oficial de justiça recolherá as cédulas com os votos dos jurados, e outro, as cédulas não utilizadas.
 Cada um dos oficiais apresentará, para esse fim, aos jurados, uma urna ou outro receptáculo que assegure o sigilo da votação (art.486). 
Após a votação de cada quesito, o presidente, verificados os votos e as cédulas não utilizadas, mandará que o escrivão escreva o resultado em termo especial e que sejam declarados o número de votos afirmativos e o de negativos (art.487). As decisões do júri serão tomadas por maioria de votos (art.488).
Se a resposta a qualquer dos quesitos estiver em contradição com outra ou outras já proferidas, o juiz, explicando aos jurados em que consiste a contradição, submeterá novamente à votação os quesitos a que se referirem tais respostas. Se, da mesma forma, pela resposta dada a qualquer dos quesitos, o juiz verificar que ficam prejudicados os seguintes, assim o declarará, dando por finda a votação, cujo termo será assinado pelo juiz e pelos jurados (arts.489 a 491).

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