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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE AGRONOMIA ENGENHARIA DE ALIMENTOS QUÍMICA E BIOQUÍMICA DE ALIMENTOS Aplicação da enzima transglutaminase em produtos proteicos i Goiânia - GO 2017 OBJETIVO Verificar a aplicação da enzima transglutaminase na reestruturação de carnes e proteína de soja. RESULTADOS E DISCUSSÕES A realização do experimento foi a partir de carne bovina, carne suína, carne de frango, proteína de soja texturizada e enzima Transglutaminase Activa TG-BP (ajinomoto). As carnes foram separadas em 7 amostras, e cada amostra dividida em duas, sendo uma com a carne acrescentada de 0,5 g da enzima transglutaminase e a outra sem a enzima. Após o acréscimo da enzima, todas as amostras foram incubadas em banho- maria a 50 °C, durante 1 hora. Em seguida, pode-se observar que as amostras acrescidas da enzima apresentaram textura mais firme e mais uniforme (Figuras de 1 a 7). Figura 1: Amostra de 48g de carne bovina com enzima/ sem enzima. Fonte: Dos autores. Figura 2: Amostra de 48g de carne de frango com enzima/ sem enzima. Fonte: Dos autores. Figura 3: Amostra de 48g de carne suína com enzima/ sem enzima. Fonte: Dos autores. Figura 4: Amostra de 48g de proteína de soja texturizada com enzima/ sem enzima. Fonte: Dos autores. Figura 5: Amostra de 24g de carne bovina + 24g de carne de frango com enzima/ sem enzima. Fonte: Dos autores. Figura 6: Amostra de 24g de carne bovina + 24g de carne de suína com enzima/ sem enzima. Fonte: Dos autores. Figura 7: Amostra de 24g de carne suína + 24g de carne de frango com enzima/ sem enzima. Fonte: Dos autores. Os resultados obtidos foram analisados pelos grupos através do tato, observando textura, uniformidade e firmeza para comparação das amostras. Pode-se observar que a sequência das amostras em que houve maior união e reestruturação dos pedaços foi: 1ª: carne suína com enzima transglutaminase; 2ª: carne bovina com enzima transglutaminase; 3ª: carne suína + carne de frango com enzima transglutaminase; 4ª: carne bovina + carne de frango com enzima transglutaminase; 5ª: carne suína + carne bovina com enzima transglutaminase; 6ª: carne de frango com enzima transglutaminase; 7ª: proteína texturizada com enzima transglutaminase. Figura 8: Resultado final: sequência de amostras em relação à maior uniformidade dos pedaços de carne. Fonte: Dos autores. A utilização da temperatura de 50 °C para incubação das carnes em banho-maria se deu pelo fato de essa temperatura ser ótima para ação da transglutaminase, conforme estudos feito por Motoki & Seguro (1998), mas antes dessa incubação, preocupou-se com a retirada máxima possível do ar presente dentro dos saquinhos em que as carnes foram embaladas, tentado-se produzir um ambiente próximo ao vácuo, pois a utilização de vácuo tem efeito significativo no aumento da solubilização das proteínas miofibrilares e reduz a quantidade de oxigênio disponível, que pode acelerar o processo de oxidação principalmente da mioglobina (MANDIGO, 1982). Após a incubação, foi possível constatar a diferença entre as amostras obtidas no experimento em relação ao seu respectivo controle (sem o acréscimo da enzima transglutaminase), o que permite afirmar a melhora da textura de todas as que tiveram ação enzimática, pois a maciez, reestruturação e uniformidade da carne obtida foi maior, havendo maior interação entre os pedaços que não se separavam tão facilmente como nas amostras sem a utilização da enzima. As ligações formadas pela transglutaminase exibem alta resistência à degradação proteolítica e resultam na formação de agregados proteicos irreversíveis como pode ser observado nas amostras que continham a enzima. O que pode ser constatado de acordo com Pietrasik & Li-Chan (2002), em que as amostras contendo transglutaminase exibiram melhores valores de dureza, elasticidade, coesividade e mastigabilidade significativamente quando comparados a produtos sem a adição de transglutaminase. CONCLUSÃO A enzima transglutaminase mostrou-se eficiente para unir os diversos pedaços de carnes e proteína de soja utilizados no experimento, promovendo a reestruturação da carne, proporcionando assim melhor aparência ao produto final. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MANDIGO, R. W. Processing Systems – Mixing, Temperature Control and Raw Materials. In: Proceedings International Symposium of Meat Science and Technology, Nebraska, p.235-243, 1982. MOTOKI, M., SEGURO, K. Transglutaminase and its use for food processing. Trends in Food Science and Technology, v. 8, n.5, p. 204-210, 1998. PIETRASIK, Z.; LI-CHAN, E.C.Y. Binding and textural properties of beef gels as affected by protein, k-carrageenan and microbial transglutaminase addition. Food Research international, v.35, p.91-98, 2002.
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