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Aula de História do Direito Eduardo Pimenta

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Curso de Direito
Semestre 02 – HISTÓRIA DO DIREITO
PROFESSOR: EDUARDO PIMENTA
História do Direito
HOMO INTELECTUS >>> compreende um pouco mais do que o Homo Médio. Ele supera um regramento.
Existe um regramento energético ao universo que muitas vezes a ciência não explica.
Como se comporta é saber antes como se comportava com razão do feito energético.
SENECA: “a natureza não tolera que o bem prejudique os bons.” Isto se refere ao feito energético em que toda ação compreende à uma ação.
JUSTOS: na medida que você age com justiça o universo energético te protege. 
CONTINUAÇÃO DE AULA:
Direito Romano – Ou Ulpiano.
Classificação do Direito Civil
>>> Pessoas
>>> Benz / Coisas
>>> Questões Obrigacionais
>>> Questões Intelectuais
O Direito do indivíduo, tem delimitação universal (territorial), mas também se aplica ao ambiente virtual.
Verificar:
>>> Art. 434 CC
Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto:
I - no caso do artigo antecedente;
II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta;
III - se ela não chegar no prazo convencionado.
>>> Art. 225 CC
Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
Art. 225. As reproduções fotográficas, cinematográficas, os registros fonográficos e, em geral, quaisquer outras reproduções mecânicas ou eletrônicas de fatos ou de coisas fazem prova plena destes, se a parte, contra quem forem exibidos, não lhes impugnar a exatidão.
>>> Art. 373 CPC
Lei nº 13.105 de 16 de Março de 2015
Art. 373. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
§ 2o A decisão prevista no § 1o deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.
§ 3o A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando:
I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
§ 4o A convenção de que trata o § 3o pode ser celebrada antes ou durante o processo.
(Livro: O Direito Puro de Edmond Picard)
Direitos Humanos >>> vem de pessoas na classificação romana.
1789 – Revolução Francesa >>> Direitos Individuais
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (em francês: Déclaration des Droits de l'Homme et du Citoyen) é um documento culminante da Revolução Francesa, que define os direitos individuais e coletivos dos homens (tomada a palavra na acepção de "seres humanos") como universais. Influenciada pela doutrina dos "direitos naturais", os direitos dos homens são tidos como universais: válidos e exigíveis a qualquer tempo e em qualquer lugar, pois permitem à própria natureza humana. Na imagem da Declaração, o "Olho da Providência" brilhando no topo representa uma homologação divina às normas ali presentes, mas também alimenta teorias da conspiração no sentido de que a Revolução Francesa foi motivada por grupos ocultos. 
Inspirada nos pensamentos dos iluministas, bem como na Revolução Americana(1776), a Assembléia Nacional Constituinte da França revolucionária aprovou em 26 de agosto de 1789 e votou definitivamente a 2 de outubro a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, sintetizado em dezessete artigos e um preâmbulo dos ideais libertários e liberais da primeira fase da Revolução Francesa (1789-1799). Pela primeira vez são proclamados as liberdades e os direitos fundamentais do homem de forma econômica, visando abarcar toda a humanidade. Ela foi reformulada no contexto do processo revolucionário numa segunda versão, de 1793. Serviu de inspiração para as constituições francesas de 1848 (Segunda República Francesa) e para a atual, e também foi a base da Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada pelas Nações Unidas. 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
Estes são os artigos tratados na declaração original de 1789: 
Art.1.º Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.
Art. 2.º A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.
Art. 3.º O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhum corpo, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente.
Art. 4.º A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo: assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.
Art. 5.º A lei proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é vedado pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene.
Art. 6.º A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formação. Ela deve ser a mesma para todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os cidadãos são iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes e dos seus talentos.
Art. 7.º Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os que solicitam, expedem, executam ou mandam executar ordens arbitrárias devem ser punidos; mas qualquer cidadão convocado ou detido em virtude da lei deve obedecer imediatamente, caso contrário torna-se culpado de resistência.
Art. 8.º A lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e ninguém pode ser punido senão por força de uma lei estabelecida e promulgada antes do delito e legalmente aplicada.
Art. 9.º Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado e, se julgar indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda da sua pessoa deverá ser severamente reprimido pela lei.
Art. 10.º Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, incluindo opiniões religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei.
Art. 11.º A livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do homem; todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei.
Art. 12.º A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública; esta força é, pois, instituída para fruição por todos, e não para utilidade particular daqueles a quem é confiada.
Art. 13.º Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração é indispensável uma contribuição comum que deve ser dividida entre os cidadãos de acordo com suas possibilidades.
Art. 14.º Todos os cidadãos têm direito de verificar, por si ou pelos seus representantes, da necessidade da contribuição pública, de consenti-la livremente, de observar o seu emprego e de lhe fixar a repartição, a coleta, a cobrança e a duração.
Art. 15.º A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público pela sua administração.
Art. 16.º A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição.Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode ser privado, a não ser quando a necessidade pública legalmente comprovada o exigir e sob condição de justa e prévia indenização.
1878 – Revolução Industrial >>> Direitos do Trabalhador / Sociais
O trabalho assalariado é a relação de trabalho caracterizada pela troca da força de trabalho por salário. Difere-se das demais relações de trabalho por prescindir de relações de dependência extra-econômicas (na escravidão, por exemplo, o trabalhador é propriedade do senhor de escravos, enquanto na servidão o trabalhador está ligado à terra e é dependente do senhor de terra). Transformado em forma principal das relações de trabalho com o advento do capitalismo industrial, caracteriza também a transformação da força de trabalho em mercadoria. 
Pré-História
No chamado Período Paleolítico, os seres humanos viviam em pequenos grupos nômades, cuja organização é pouco hierarquizada.
O sistema de salário nesta época não existia nem tão pouco o dinheiro. No interior da tribo não havia trocas mercantis, mas o escambo era praticado nas relações entre diferentes grupos nômades.
Com o sedentarismo, ocorreu uma crescente hierarquização das sociedades, um sistema de castas (sacerdotes, guerreiros, artesãos e camponeses) se formou com base no trabalho escravo. Ainda há um amplo debate entre os estudiosos sobre o que causou essa hierarquização.
Idade Antiga
A Idade antiga surge com base no trabalho escravo, pois assim surgiram as primeiras civilizações. Desta forma, os escravos eram grande parte da sociedade. Porém, o trabalho assalariado passou então a ser comum nas relações de pequeno porte, como a contratação de alguém por um artesão, ou por um político. Por mais que estes últimos contratassem trabalhadores assalariados, eles raramente tinham chances de enriquecer-se apenas através deles, pois a riqueza era medida, sobretudo, pela posse de terra e de escravos.
Idade Média
Na Idade Média (feudalismo), a sociedade é totalmente transformada, e a servidão substitui em grande parte a escravidão, mas pode-se dizer que o trabalho assalariado continue o mesmo: acordos entre pequenos empresários com pessoas comuns; riqueza medida pela posse da terra; e dificuldade de mobilidade social.
As camponesas trabalhavam muito: cuidavam das crianças, fiavam a lã, teciam e ajudavam a cultivar as terras. As mulheres com um nível social mais alto tinham uma rotina igualmente atribulada, pois administravam a gleba familiar quando seus maridos estavam fora, em luta contra os vizinhos ou em cruzadas à Terra Santa. Atendimento aos doentes, educação as crianças também eram tarefas femininas.
Idade Moderna
No início da Idade Moderna, o capitalismo comercial se desenvolveu em escala mundial com as descobertas marítimas e o trabalho escravo tornou-se novamente comum, principalmente nas colônias. No entanto, pelos países europeus, cada vez é mais difícil encontrar escravos trabalhando nas cidades, embora no campo a servidão ainda predomine. Nas cidades europeias predomina o serviço livre e algumas vezes o assalariado. Movimentos filosóficos como Renascentismo e Iluminismo, apoiavam a facilidade de mobilidade social, e tendiam a abominar a escravidão.
Idade Contemporânea
Neste Período, basicamente dois fatores vão finalizar a escravidão e a servidão e tornar o trabalho assalariado o protagonista das relações de produção:
Revolução Industrial: com base na mão de obra livre decorrente do cercamento dos campos ingleses e a acumulação de capital nas mãos da nascente burguesia daquele país, criou a chamada classe operária (ou proletariado) e aumentou a produção. Expandiu-se no século XIX a outros países e fez com que países industrializados, como a Inglaterra, incentivassem a abolição da escravidão para a ampliação dos mercados consumidores e de mão de obra;
Revoluções Burguesas: revoluções como a Americana e a Francesa foram impulsionadas pelo iluminismo, que era contrário à escravidão.
1914 – 1ª Guerra Mundial >>> Direito Social / Prestacional
O pagamento de reparações onerosas impostas aos perdedores após a Primeira Guerra Mundial, durante um período inflacionário em toda a Europa na década de 1920 – outro resultado direto dos efeitos materiais de uma guerra catastrófica – causou uma hiperinflação da moeda alemã, o Reichsmark , por volta de 1923. Aquele período de hiperinflação combinado com os efeitos da Grande Depressão (iniciada em 1929) abalou seriamente a estabilidade da economia da Alemanha, acabando com as economias pessoais da classe média e gerando desemprego em massa.
O caos econômico em muito colaborou para aumentar a agitação social, desestabilizando a já frágil República de Weimar. Os esforços das potências europeias ocidentais para marginalizar a Alemanha, tiveram como resultado o enfraquecimento e isolamento de seus líderes democratas, fazendo surgir entre a população alemã a idéia de que era necessário recuperar seu prestígio nacional através da remilitarização e da expansão territorial.
A reviravolta social e econômica que se seguiu à Primeira Guerra Mundial em muito contribuiu para desestabilizar a incipiente democracia alemã, permitindo assim a ascensão de muitos partidos radicais de direita na Alemanha durante a República de Weimar. Tão destrutiva quanto as rígidas determinações do tratado de Versalhes era a crescente convicção de muitos alemães de que haviam sido "apunhalados pelas costas" pelos "criminosos de novembro" – ou seja, por aqueles que haviam ajudado a formar o novo governo de Weimar e a negociar a paz que os alemães tanto desejavam, mas que foi tratada de forma desastrosa no Tratado de Versalhes.
Muitos alemães pareciam haver se esquecido de que haviam, eles mesmos, elogiado a queda do Kaiser [Imperador], aprovado a reforma parlamentar democrática e comemorado o armistício. Eles faziam questão de apenas se lembrar de que a esquerda alemã – os socialistas, comunistas e, no imaginário popular também os judeus, – havia entregue a honra alemã em um tratado de paz vergonhoso, mesmo que nenhum exército estrangeiro houvesse pisado em solo alemão. O mito da Dolchstosslegende (punhalada nas costas) foi criado e difundido por já aposentados líderes militares alemães da época da Guerra que, já em 1918 sabendo que a Alemanha não mais tinha condições de manter a guerra, haviam aconselhado o Kaiser a pedir a paz. A lenda criada ajudou a desacreditar ainda mais os círculos socialistas e liberais alemães, que eram os que mais se dedicavam a manter a frágil experiência democrática alemã.
Os Vernunftsrepublikaner ("republicanos racionais"), entre eles o historiador Friedrich Meinecke e o escritor alemã que havia recebido o prêmio Nobel, Thomas Mann, inicialmente haviam resistido à reforma democrática mas, devido aos problemas do pós-guerra sentiram-se na obrigação de apoiar a República de Weimar, como a menos pior das alternativas possíveis. Eles tentaram afastar seus compatriotas da polarização entre a esquerda e a direita radicais. As promessas da direita nacionalista alemã de revisar o Tratado de Versalhes, pela força caso necessário, conquistavam cada vez mais simpatizantes em círculos respeitados pela opinião pública. Enquanto isso, os rumores de uma iminente ameaça comunista, após a eclosão da Revolução Bolchevique na Rússia e dos breves golpes e revoluções comunistas na Hungria (Bela Kun) e na própria Alemanha (i.e. a Revolta Espartacista, Spartakusaufstand ), começavam a alterar o equilíbrio da balança da opinião política alemã decididamente em prol das causas da direita.
Enquanto os agitadores da esquerda cumpriam pesadas sentenças na cadeia por gerarem inquietação política, os ativistas radicais de direita, como Adolf Hitler, cujo Partido Nazista havia tentado depor o governo da Bavária e iniciar uma "revolução nacional" no Beer Hall Putsch em novembro de 1923, cumpriram apenas nove meses dos cinco anos de suas sentenças por traição, considerada crime capital. Foi enquanto cumpria sua sentença na prisão, que Hitlerescreveu seu manifesto político, Mein Kampf (Minha Luta).
As dificuldades criadas pela agitação social e econômica após a Guerra, pelos termos onerosos do tratado de paz, e pelo simples medo de uma possível tomada do poder pelos comunistas, fez com que as classes médias alemãs colocassem em dúvida as soluções democráticas pluralistas da Alemanha de Weimar. Os problemas também alimentaram o desejo da população para ter um governo com grande autoridade, um tipo de liderança que os eleitores alemães, eventual e infelizmente encontraram em Adolf Hitler e em seu Partido Nacional-Socialista. Condições semelhantes também beneficiaram os sistemas de direita autoritários e totalitários do leste europeu, iniciando-se pelos países derrotados. Todos esses eventos colaboraram para o aumento dos níveis de intolerância e para a concordância popular com o anti-semitismo e com as violentas formas de discriminação contra as minorias nacionais da região.
Por fim, a destruição e a perda catastrófica de vidas ocorridas durante a Primeira Guerra Mundial resultou no que poderia ser descrito como desespero cultural em muitas nações que haviam participado dos combates. A decepção com as políticas nacionais e internacionais e um sentimento de desconfiança em relação aos líderes políticos e funcionários governamentais, permeavam a consciência de um público que havia testemunhado os danos de um conflito devastador que havia durado quatro anos. A maioria dos países europeus perdeu práticamente toda uma geração de homens jovens. Embora alguns escritores glorificassem a violência da guerra e o contexto nacional do conflito, como o alemão Ersnt Jünger, em sua obra datada de 1920, entitulada “Tempestades de Aço”, Stahlgewittern, na verdade foi o relato vivo e realista dos combates nas trincheiras, retratados na obra-prima de Erich Maria Remarque “Nada de Novo no Front” (Im Westen nichts Neues), datada de 1929, que conseguiu captar a experiência das tropas nas frentes de batalha e expressar a alienação da "geração perdida", que retornava ao lar após a Guerra e se sentia incapaz de se adaptar aos tempos de paz, e ao mesmo tempo era tragicamente incompreendida pelos civis que não haviam testemunhado os horrores da Guerra em primeira mão.
Em alguns círculos, essa indiferença e essa desilusão com as políticas bélicas e os conflitos auxiliaram a aumentar o sentimento pacifista. Nos Estados Unidos a opinião pública era a favor do retorno ao isolacionismo; e esse sentimento popular foi o fundamento da recusa do senado norte-americano em ratificar o Tratado de Versalhes e aprovar a inclusão dos EUA na Liga das Nações proposta pelo presidente Wilson. Para uma geração de alemães, aquela alienação social e desilusão política foi retratada na obra “E agora, seu moço?” (Kleiner Mann, was nun?), do escritor alemão Hans Fallada, uma história sobre um alemão "comum" em meio ao tumulto da crise econômica e do desemprego, e igualmente vulnerável às palavras sedutoras dos políticos radicais de esquerda e de direita. A obra de Fallada, de 1932, retratou com precisão a Alemanha de sua época: um país imerso em inquietações econômicas e sociais e polarizado entre as duas extremidades do espectro político. Muitas das causas dessa desordem tiveram suas origens na Primeira Guerra Mundial e no período que a seguiu; e o caminho em seguida tomado pela Alemanha resultaria em uma guerra ainda mais destrutiva nos anos vindouros.
1945 – 2ª Guerra Mundial >>> Direito dos Povos
As duas Grandes Guerras Mundiais, verdadeiro flagelo, trouxeram para a humanidade, segundo o Preâmbulo da Carta das Nações Unidas (ONU-1945-) “sofrimentos indizíveis” e, ao mesmo tempo, despertaram nos seres humanos e nos povos de diferentes culturas, línguas, raças, sem distinção de sexo, opção sexual e gênero, a consciência de “praticar a tolerância e viver em paz, uns com os outros, como bons vizinhos” para manter a paz e a segurança internacionais e promover o progresso econômico, social e cultural, reafirmando, obviamente, “a fé nos direitos fundamentais do homem, da dignidade e no valor do ser humano, na igualdade de direito dos homens e das mulheres, assim como das nações grandes e pequenas...” 
Observa-se no mesmo Preâmbulo da Carta das Nações Unidas a preocupação constante dos representantes dos povos em São Francisco, de “preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra”, isto é, evitar o uso das forças armadas para defender interesses pessoais, ao invés de interesses comuns suscetíveis de promover melhores condições de vida de todos os povos, desenvolvendo, para tanto, “relações amistosas entre as nações, baseadas no respeito ao princípio de igualdade de direito e de autodeterminação dos povos, e tomar outras medidas apropriadas ao fortalecimento da paz universal.” 
O presente artigo procura analisar as conquistas e perdas relativas à evolução dos direitos humanos nesses 70 anos de história da humanidade após a Segunda Guerra Mundial , bem como sua efetividade na Era da globalização e da Sociedade de Risco no tocante às questões ambientais à luz do Direito Internacional, tendo em vista a implementação da Corte Penal Internacional (CPI) diante das violações sistemáticas dos direitos humanos por crimes de genocídio, crimes de guerra, crimes contra a humanidade e agressão, de conformidade com o Estatuto de Roma (1998).
Há de ressaltar, em primeiro momento, que vivemos em um mundo em transformação, com inovações tecnológicas na indústria e no setor de informática. Apesar desses avanços tecnológicos, persistem, ainda, os conflitos armados, acarretando os intermináveis deslocamentos de pessoas (refugiados, refugiados ambientais e imigrantes) e as violações de direitos humanos. O grande desafio atualmente é, exatamente, como promover a efetividade dos direitos humanos no contexto internacional em uma sociedade marcada por conflitos armados, desigualdades sociais, doenças endêmicas (malária, ebola, dengue, HIV e H1N1) e hegemonia das grandes potências e surgimento de grupos radicais islâmicos.
Mais do que uma época de transformações, vivemos atualmente uma transformação de época, mas as aspirações humanas – de um mundo mais justo e solidário – permanecem as mesmas ao longo dos séculos. O mundo contemporâneo é certamente distinto do mundo dos “fundadores” do Direito Internacional; não obstante, é notável que a aspiração humana a uma unidade harmônica da humanidade, como já assinalado, permanece a mesma.  
Sabe-se que a humanidade, após a Segunda Guerra Mundial, entrou em uma nova fase de repensar as formas de relações e cooperações entre Estados devido à bipolarização que se desenhava entre o capitalismo, de um lado, representado pelos Estados Unidos, e o socialismo, sustentado pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Diante dos atos bárbaros que ultrajaram a consciência da humanidade e do compromisso dos Estados membros da ONU de “promover, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades do homem e a observância desses direitos e liberdades”, a Assembleia Geral das Nações Unidas, proclamou, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Tal época revela também o surgimento de uma terceira via apontada pelos Estados denominados de “Terceiro Mundo” em Bandung (Indonésia), em 1955, para fortalecer a cooperação econômica e cultural entre países asiáticos e africanos, visando o fim do colonialismo e uma nova força política em uma época dominada pela Guerra Fria. Na América Latina, há de mencionar a Conferência Interamericana sobre Problemas da Guerra e da Paz, na Cidade do México (1945) e, mais tarde a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (1969) ou Pacto de São José da Costa Rica.
A conferência de Bandung gerou a política do “Não-Alinhamento” dos Estados pobres em face dos Estados industrializados. Fato esse importante para entender melhor a descolonização e instauração dos regimes militares em vários Estados, bem como o translado da Guerra Fria no continente africano mediante guerras interpostase o apoio ao regime de apartheid na África do Sul que, em abril de 1994, foi desmoronado com a eleição do Nelson Mandela, o Madiba.
Pode-se indagar se, nesses 70 anos pós-guerra, a humanidade tirou a lição dos atos bárbaros praticados durante as duas Grandes Guerras Mundiais e se houve realmente evolução dos direitos humanos?
Diante das atrocidades praticadas durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), consideradas crimes de guerra e crimes contra a humanidade, bem como as agressões entre Estados ou contra indivíduos que continuam sendo cometidos no século XXI, torna-se difícil falar em comemoração ou celebração do fim de uma das Grandes Guerras Mundiais. Contudo, pode-se lembrar a vitória dos aliados, mas sem olvidar de refletir sobre o possível declínio da humanidade quanto à efetividade de tão sonhada “Comunidade Internacional” e do cumprimento dos propósitos e princípios da Organização das Nações Unidas e dos direitos contidos tanto na Declaração universal dos Direitos Humanos (1948) como nos dois Pactos Internacionais de 1966.
O não respeito dos princípios fundamentais a qualquer ordenamento jurídico levaria o exercício do próprio direito à arbitrariedade e às violações dos direitos fundamentais, ou seja, à dignidade humana.
Daí a necessidade de um olhar clínico sobre os acontecimentos mundiais 70 anos depois da Segunda Grande Guerra Mundial. No âmbito do direito internacional, há de ressaltar a bipolarização do mundo, ou seja, a formação de dois blocos para governar o mundo, o capitalismo e o socialismo, levando os Estados à Guerra Fria, temendo-se uma terceira Guerra Mundial, o movimento dos não alinhados e os repetidos golpes de Estado. Além disso, há de lembrar a instauração da ditadura militar em vários Estados na África, Ásia e América Latina, inaugurando-se, portanto, uma era de tratamentos cruéis, desumanos, degradantes e de desaparecimentos. Época de triste memória que é lembrada, atualmente, com a instalação de Comissões da Verdade em vários países para dar direito ao acesso à justiça as vítimas ou famílias de vítimas, bem como para reescrever a história e resgatar a memória das vítimas, promovendo, para tanto, a reconciliação e a paz social. Nada de revanchismo, mas de buscar a verdade para corrigir os erros do passado a fim de que tais atrocidades inimagináveis ou indizíveis jamais se repitam.
Importante reconhecer que ocorreram mudanças significativas no direito internacional, tendo em visto a queda do muro de Berlim (1989), o fim e o desmembramento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) durante o governo de Gorbatchev com a perestroika e a glasnost e a formação de novos Estados, a guerra nos Bálcãs seguida de limpeza étnica de muçulmanos bósnios pelos sérvios (1993), o genocídio de Ruanda (1994) caracterizado pelos massacres de tutsis e hutus moderados pelos hutus, acarretando nos dois casos a criação de tribunais penais internacionais “ad hoc” em Haia (Holanda) e em Arusha (Tanzânia), um para os crimes na ex-Iugoslávia (TPIY) e o outro para os crimes ocorridos em Ruanda (TPIR). Mais tarde, seguindo a mesma lógica de tolerância zero contra a impunidade dos indivíduos que praticaram crimes de genocídio, crimes de guerra, crimes contra a humanidade e agressão, foi criada o Tribunal Penal Internacional (1998), permanente, independente e complementar às jurisdições penais nacionais.
São mecanismos protetores aos quais, acrescentam-se, com mais atuação no exercício de suas competências, a Corte Europeu de Direitos Humanos, em Estrasburgo, e a Corte Interamericana de Direitos Humanos, em São José da Costa Rica. Carece de efetividade o Tribunal Africano de Direitos Humanos e dos Povos, instituído em 2006, em Arusha (Tanzânia), pois muitos crimes, inclusive, os relativos às agressões sexuais contra as mulheres e outras formas de violações de direitos humanos são cometidos no continente africano, mas seus autores jamais foram julgados por aquele Tribunal, além de proteger os chefes de Estado ditadores e sanguinários que se eternizam no poder.
Nota-se, ainda, as ondas de violências que sacudiram o Oriente Médio e alguns países árabes na África, precisamente, Tunísia, Algéria, Egito, Líbia e Mali. É a chamada “Primavera Árabe” que provocou a queda de alguns ditadores como Kadafi da Líbia, Mubarack do Egito e Ben Ali da Tunísia. Viu-se, nesses protestos, a Era da liberdade dos povos oprimidos, silenciados por muitos anos, e o advento da democracia participativa nos moldes ocidentais. Da esperança passou-se às incertezas, à cultura de morte imposta pelo ressurgimento de grupos de radicais islâmicos (Al-Shebab na Somália, Al Qaeda no Oriente Médio e no Magreb Islâmico e Boka Haran na Nigéria). Mais um desafio para a humanidade dilacerada pelos conflitos, pelo ódio, espírito de vingança.
Observa-se que, ainda, continua o cometimento dos crimes gravíssimos com alcance internacional, desrespeitando-se a vida humana, pois, nem a instalação do TPI tem intimidado seus autores. Algumas das violações dos direitos humanos vêm dos Estados considerados grandes potências mundiais em nome de “intervenções humanitárias”, de “guerra e legítima defesa preventiva”, “ação de preempção” e de “direito de perseguição”.
Antonio Augusto Cançado Trindade critica tais doutrinas positivistas e realistas vistas como “preocupante declínio no cultivo da ciência jurídica e das ciências sociais.”[6] Para o autor, esses doutrinadores “prestam um desserviço ao Direito Internacional, ignoram os princípios gerais do direito, além de desvendar as distorções, letargia e a indigência mental de segmentos da ‘doutrina’ jusinternacionalista contemporânea.”[7]
Percebe-se que os massacres, as execuções sumárias, as torturas, a escravidão na vida atual, o uso da força bruta, as violações graves dos direitos humanos que assombraram a humanidade, por duas vezes, se fazem cada vez mais presentes nos tempos modernos e continuam marcando a nova geração. “A força do direito” tem sido substituída pelo “direito da força”. A força do terror tem se alastrado nas trilhas dos direitos conquistados para a valorização e a promoção do ser humano. O que é um desserviço para a humanidade e, ao mesmo tempo, um desastre na Era dos direitos previsto por Norberto Bobbio.
As violações sistemáticas de direitos humanos na Síria, no Iraque, no Afeganistão, na Venezuela e as atrocidades cometidas pelo autoproclamado “Estado Islâmico”, e o impasse no diálogo entre Israel e a Palestina refém do radicalismo do grupo Hamas, são um retrocesso pelo direito internacional, bem como o unilateralismo americano não coaduna com o sonho da efetividade da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948).
Daí, a necessidade de repensar o direito internacional na visão de uma nova ordem jurídica em um mundo de conflitos armados e de degradação do Meio Ambiente e dos ecossistemas.
Todavia, vale mencionar a importância do Direito Internacional do Meio ambiente que despertou a consciência da humanidade sobre os problemas cruciais e urgentes relativos à proteção, preservação e conservação do meio ambiente humano, ou seja, um bem de uso comum de todos os povos. A nova ordem mundial que se espera deve levar em conta a questão ambiental, promovendo a qualidade de vida, o equilíbrio ecológico e o bem-estar de todos os povos, fazendo com que haja recursos para as gerações presentes e futuras.
1980 – Engenharia Genética >>> Direitos Transindividuais
O Código de Defesa do Consumidor possui, dentre as suas grandes características, o mérito e importância de ter definido, de forma objetiva, os chamados direitos transindividuais, tema do direito tão controvertido à época da publicação do referido código (anos 1990). A Lei nº 8.078/90 distinguiu os direitos metaindividuais entre Direitos Difusos, Direitos Coletivos e Direitos Individuais Homogêneos.
A classificação dos Direitos Coletivos adotada pelo CDC se utiliza dos seguintes critérios: Titularidade, Divisibilidade e Origem.
O primeiro critério assevera que a coletividade é osujeito de direito, podendo esta ser representada por pessoas indeterminadas, sendo indetermináveis (no caso de direitos difusos) ou determináveis (como se dá com os direitos coletivos e com os individuais homogêneos).
Os autores salientam que “para cada espécie de direito coletivo há um único titular, consistente no sujeito coletivo (comunidade, coletividade, categoria, classe ou grupo), por conseguinte, deve-se afastar a equivocada assertiva de que são vários e indeterminados os titulares dos direitos coletivos” (2010, p. 40.).
Já o critério de Divisibilidade, diz respeito à possibilidade de partilha, por assim dizer, entre os membros da coletividade; e a Origem consiste no critério que identifica o surgimento desta coletividade através de uma mesma situação de fato, uma relação jurídica-base ou de direitos equivalentes.
1.2.1. DIREITOS DIFUSOS
Os direitos difusos foram conceituados pelo Código de Defesa do Consumidor como direitos ou interesses “transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato” (art. 81, parágrafo único, inc. I).
A primeira característica consiste na transindividualidade. Desta forma, os direitos difusos não se restringem a esfera de direitos e deveres de caráter individual, não só ultrapassando tal limite, mas transcendendo, assim, o próprio indivíduo. Nas palavras de Rodolfo de Camargo Mancuso, os direitos difusos são “interesses que depassam a esfera de atuação dos indivíduos isoladamente considerados, para surpreendê-los em sua dimensão coletiva” (apud FIORILLO, 2007, p. 6).
A segunda característica diz respeito à natureza indivisível dos direitos difusos, o que gera a impossibilidade de cindi-los, partilhá-los, e somente podem ser considerados como um todo. Utilizando-se expressão de Elpídio Donizetti e Marcelo Cerqueira, essa indivisibilidade “significa que necessariamente a ofensa do bem atinge a todos os membros integrantes da coletividade” (2010, p. 45). Sandra Lengruber da Silva tratou do tema de forma interessante ao afirmar que “a natureza indivisível refere-se ao objeto destes direitos, pertencentes a todos os titulares e ao mesmo tempo a nenhum especificamente, do que decorre que tanto a lesão como a satisfação de um interessado implica obrigatoriamente na lesão ou satisfação de todos” (2004, p. 42).
O CDC assevera ainda que os direitos difusos possuem como titulares pessoas indeterminadas, ou seja, não há individuação. O que se pode determinar é apenas a coletividade titular do direito difuso em tela, não os seus integrantes, conforme afirma Elpídio Donizetti e Marcelo Cerqueira: “o sujeito coletivo nos direitos difusos abrange um conjunto de indivíduos indeterminados e indetermináveis. Note-se que indeterminados são apenas os membros da comunidade; esta, como titular do direito material, é perfeitamente determinada. Aliás, a extensão da comunidade vai depender da abrangência do próprio direito difuso, podendo equivaler, p. ex., a toda a população brasileira ou apenas aos habitantes de certa cidade” (2010, p. 45).
Por fim, para haver a caracterização de direitos difusos, é necessário que estes sujeitos indeterminados estejam ligados entre si por uma circunstância de fato, ou seja, ligadas por uma situação na qual não exista um vínculo comum de natureza jurídica. Elpídio Donizetti e Marcelo Cerqueira asseveram que “basta certo evento acarretar lesão ou ameaça de lesão a um bem indivisível entre indivíduos indetermináveis para que esses se unam, que queiram, ou não, formando uma coletividade” (2010, p. 47). Desta forma, esta coletividade passará a ser considerada como titular direito difuso “de proteção do bem indivisível lesado ou ameaçado” (2010, p. 47), nas palavras dos autores.
1.2.2. DIREITOS COLETIVOS EM SENTIDO ESTRITO
A segunda espécie de direito metaindividual foi tratada pelo Código de Defesa do Consumidor como os direitos ou interesses “transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si, ou com a parte contrária por uma relação jurídica base” (art. 81, parágrafo único, inc. II), intitulados pelo CDC como Direitos ou Interesses Coletivos. Ressalte-se que as características de Transindividualidade e natureza indivisível tratadas no item anterior possuem a mesma aplicação para esta espécie de direito coletivo. No entanto, uma parte da doutrina diverge desta aplicação, conforme o exposto abaixo.
Vicente Greco Filho, ao criticar o Código de Defesa do Consumidor, afirma que os direitos coletivos são divisíveis, uma vez que além de pertencerem a uma coletividade, pertencem também a cada um que integra esta (1995, p. 321).
Posicionamento semelhante é o de Fernando Grella Vieira (1993, p. 42-43) que assevera que é possível a discriminação da lesão em relação a cada indivíduo pertencente à categoria, uma vez que as pessoas atingidas individualmente são passíveis de determinação. Assim, nas palavras de Sandra Lengruber da Silva, “não está afastada a possibilidade da tutela individual do mesmo fato, podendo, inclusive, tais direitos comportar, eventualmente, a disponibilidade do ponto de vista da pessoa individualmente afetada” (2004, p. 44).
Desta forma, faz-se mister uma observação acerca da Titularidade desta espécie de direito metaindividual. O dispositivo legal assevera que os titulares do direito ou interesse coletivo são grupo, categoria ou classe de pessoas, sendo, portanto, pessoas indeterminadas, porém determináveis. Posicionam-se de forma semelhante Elpídio Donizetti e Marcelo Cerqueira ao afirmarem que “ao contrário do que ocorre nos direitos difusos, as pessoas que compõem a coletividade titular do direito coletivo em sentido estrito, embora sejam indeterminadas em um primeiro momento, podem ser determinadas posteriormente” (2010, p. 47).
Ao tratar do tema, Fredie Didier Jr. e Hermes Zaneti Jr. afirmam que “o elemento diferenciador entre o direito difuso e o direito coletivo é, portanto, a determinabilidade e a decorrente coesão como grupo, categoria ou classe anterior a lesão, fenômeno que se verifica nos direitos coletivos stricto sensu e não ocorre nos direitos difusos” (2009, p. 75). Para estes autores resta indiferente a identificação da “pessoa titular”, pois a prestação jurisdicional será realizada de forma indivisível, concluindo que “para fins de tutela jurisdicional, o que importa é a possibilidade de identificar um grupo, categoria ou classe, vez que a tutela se revela indivisível, e a ação coletiva não está ‘à disposição’ dos indivíduos que serão beneficiados” (2009, p. 75).
Por fim, os direitos coletivos em sentido estrito possuem origem em uma relação jurídica base, ou seja, a existência de uma prévia relação jurídica entre os membros da coletividade envolvida no caso, ou entre essa e a parte adversa. Atente-se ao caráter de anterioridade da relação jurídica ao fato lesivo ou que apresenta ameaça de lesão. Desta forma, diferentemente, do que ocorre no caso dos direitos difusos, no qual o vínculo jurídico entre os membros da comunidade só surge após o evento lesivo, “a relação jurídica a que se refere a lei é a preexistente à lesão ou ameaça de lesão ao direito do grupo, categoria ou classe de pessoas, não podendo ser confundida com a relação originária da lesão ou ameaça de lesão”, como preleciona Sandra Lengruber da Silva (2004, p. 43).
1.2.3. DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
Por fim, CDC trata dos Direitos Individuais Homogêneos conceituando-os como “os decorrentes de origem comum” (art. 81, parágrafo único, inc. III). Ressalte-se que os Direitos e Interesses Individuais Homogêneos não são direitos metaindividuais, pois, como afirma Sandra Lengruber da Silva, “os direitos individuais homogêneos são aqueles de natureza individual, divisíveis e individualizáveis, com titularidade determinada, que, por apresentarem, origem comum, podem ser tratados coletivamente” (2004, p. 47) (grifou-se).
Posição semelhante é a adotada por Elpídio Donizetti e Marcelo Cerqueira, ao afirmarem que“os direitos individuais homogêneos correspondem àqueles direitos que, embora individuais em essência, são tratados coletivamente por ficção jurídica, em razão da sua origem comum. Assim, em função da eficácia, conveniência e segurança jurídica de se conferir proteção coletiva a uma gama de direitos individuais decorrentes da mesma origem, tratou a lei de, artificialmente, criar a espécie ‘direito individual homogêneo’, cuja titularidade é atribuída a um conjunto de pessoas molecularmente consideradas” (2010, p. 49-50).
Desta forma, como o próprio conceito assim determina, esta espécie de direito tratada pelo CDC no terceiro inciso do parágrafo único do artigo 81 trata-se de direito individual com as características e essências dos direitos já positivados nos códigos anteriores ao consumeirista. Contudo, a única diferença entre os direitos individuais homogêneos e todos os outros individuais consiste na origem pelo qual aquele surge no plano jurídico, qual seja: a origem comum.
Nesse sentido, posiciona-se Antônio Gidi, ao afirmar que “a homogeneidade decorre da circunstância de serem os direitos individuais provenientes de uma origem comum. Isso possibilita, na prática, a defesa coletiva de direitos individuais, porque as peculiaridades inerentes a cada caso concreto são irrelevantes juridicamente, já que as lides individuais, no que diz respeito às questões de direito são muito semelhantes e, em tese, a decisão deveria ser a mesma em todos e em cada um dos casos” (1995 apud DONIZETTI e CERQUEIRA, 2010, p. 50).
Ressalte-se que, caracterizada a origem comum de direitos individuais, a tutela coletiva se mostrará como mais adequada, tendo em vista o objetivo do legislador de tratar tais direitos de forma molecular (o que evitará a proliferação de causas “atômicas”) e, principalmente, evitando a prolação de sentenças divergentes.
Desta forma, percebe-se que o CDC possibilitou uma verdadeira adequação das situações jurídicas que envolviam uma coletividade a uma das classificações acima apontadas, fazendo com que seja dada uma tutela condizente com a espécie de direito transindividual tratado pelo ordenamento jurídico. Portanto, mais que inovadora, a atitude do legislador se mostrou necessária para uma efetiva tutela jurisdicional dos direitos que ultrapassam a esfera da individualidade, pois caracterizando tais direitos, o CDC se aproxima da tão almejada garantia de Acesso à Justiça em tempos nos quais a sociedade se depara com direitos que não condizem mais com os conflitos de cunho individualistas.
CONTINUAÇÃO DE AULA
REGRA >>> LEI: Não se nega o Direito e a Justiça às pessoas.
Para se ter poder sobre uma pessoa, no fator psicológico, usa-se: forca, economia, admiração intelectual.
ORDENAÇÃO DO IMPÉRIO NO BRASIL
ORDENAÇÃO DO IMPÉRIO NO BRASIL ATÉ 1916 >>> a base passou a ser o poder.
CÓDIGO CIVIL 1916/2001 >>> com a revolução francesa em 1789, começa o Código Civil e os Direitos Individuais.
CÓDIGO CIVIL DE 2002 >>> influenciado pelo Direito Alemão.
CONTINUAÇÃO DE AULA ANTERIOR
Declaração Universal dos Direitos Humanos – 1948.
	PESQUISAR: CARTA DO JOÃO SEM TERRA
Declaração de Direito dos Ingleses de 1689
>>> Por princípio, todos nascem livres, ou seja, temos o chamado livre arbítrio. 
Estas são duas prerrogativas que nem sempre são devidamente respeitadas.
Estes valores são externados como princípios por Zaratrusta e também no Estoicismo. Através disto, começa-se através do raciocínio, o pensamento e questionamento que retratarão tais valores. 
No Estoicismo encontra-se tais princípios na própria Bíblia Sagrada, conforme cartas trocadas entre Sêneca e Paulo. Aí começamos a perceber a influência e importância da liberdade humana no regramento das pessoas.
 A liberdade e responsabilidade é extremamente proporcional ao livre arbítrio. 
Todavia, se raciocinar dentro do conceito filosófico, o Estoicismo destaca que tal responsabilidade é na verdade do campo energético.
A Revolução Francesa é na verdade o marco dos Direitos Individuais, pregando que se você nasce livre, você tem o livre arbítrio. Todavia, a chamada geo-governança, acarretou o acontecimento da 2ª Guerra Mundial (1939 - 1945). 
HERMENEUTICA
Dentro do Ordenamento Jurídico, existe uma hierarquia.
>>> Constituição Federal
>>> Emendas Constitucionais
>>> Decretos – envolvem tratados internacionais
>>> Leis Ordinárias
>>> Resoluções
CONTINUAÇÃO DE AULA
O conceito de JUSTIÇA pode ser facilmente definido dentro da HISTÓRIA DO DIREITO, como um controle social feito pelas decisões proferidas pelo Poder Judiciário.
Logo, temos alguns pontos como o FATO, e por consequência a LEI, que posteriormente origina duas vertentes extremamente importantes: DIREITO ÚTIL e DIREITO INÚTIL.
Ainda nestas duas vertentes, tem-se também o DEVER ORDINÁRIO de acordo com o Art. 5º, II da CF, e também o DIREITO SUCESSIVO de acordo com os Art. 186 e 927 do CC.
>>> O Art. 5º, inciso II da CF, é bem claro ao dizer que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei.
>>> Já o Art. 186 do CC que trata de Atos Ilícitos, diz claramente que aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar o direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
>>> O Art. 927 do CC que trata especificamente da Responsabilidade Civil e Obrigação de Indenizar, diz claramente que aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
O mapa mental abaixo, serve apenas para uma melhor compreensão das definições de FATO JURÍDICO
CONTINUAÇÃO DE AULA
Commom Law >>> Origem anglo-saxônica >>> Direito Comum / Lei Comum
Direito Continental >>> LINDB – Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
Lei Nº 12376/10 >>> 
Art. 5º, II >>> ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão em virtude da lei.
Art. 4º >>> Lei que se utiliza de:
>>> Analogia
>>> Usos e Costumes
>>> Princípios Gerais do Direito
Usa-se ANALOGIA porque isto está devidamente previsto em lei, porém, vale ressaltar que ANALOGIA NÃO É LEI. Portanto, usar ou não tal recurso é absolutamente correto dentro do Direito. Mas vale ressaltar a argumentação do Advogado. 
	JUSTIÇA pode ser facilmente definido dentro da HISTÓRIA DO DIREITO, como um controle social feito pelas decisões proferidas pelo Poder Judiciário.
>>> OBS: Art. 133 da CF >>> O advogado e indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
OBS:
MUNDO GLOBALIZADO
UNCITRAL – Decreto Lei 8327/14 – regulamenta as compras internacionais
>>> Existem Leis, onde o Estado se importa.
>>> E tem também, Leis Universais, através de tratados, convenções internacionais, et .
CONTINUAÇÃO DE AULA
2º BIMESTRE
Fatos históricos da História do Direito
>>> 1446 à 1514 – Ordenações Afonsinas > Legislação Portuguesa
>>> 1514 à 1603 – Ordenações Manuelinas
>>> 1603 à 1916 – Ordenações Filipinas > 
>>> 1917 à 2002 – Código Civil
>>> 2002 à Atualmente – Código Civil
OBS: No Cödigo Civil, criou-se um trabalho interessante entre Rui Barbosa e Clóvis Beviláqua. Nosso Código Civil tem origem no Direito Alemão. 
Verificar inteiramente a LINDB >>> Lei Nº 12376/16.
>>> Código Comercial – 1850 > Ainda em vigor até os dias de hoje, com poucas alterações. “Lex Mercatoria”.
Dois pontos a serem enfatizados na História do Direito.
Conteúdo e Finalidade da Lei >>> Para isto se faz necessário entender a organização destas leis.
CONTINUAÇÃO DE AULA
Lei >>> Regramento Social
Estrutura
Economia / Comunicação (Internet) – nestes dois tópicos temos a interação das pessoas e povos.
Não muito distante, tem-se os bens e direitos.
Em um mundo globalizado, temos então o pluralismo jurídico.
No pluralismo jurídico temos:
LEIS NACIONAIS >>> Estado / Federal – Código Civil Brasileiro
LEIS ESTRANGEIRAS >>> De Outro Estado / Federal – Código Civil Francês, Argentino, Uruguaio, etc.
LEIS INTERNACIONAIS>>> Leis comuns à todos os Estados desde que estes sejam signatários daquele ordenamento. DUDH.
PESQUISAR: LINDB – 12376/10 – Art. 1º ao 6º e também Art. 7º ao 12.
UNCITRAL: Lei Nº 8743/14
PESQUISAR: Nigel Farage - BREXIT

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