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FOCA NO RESUMO COMPETENCIA TRIBUTARIA E PRINCIPIOS

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FOCA NO RESUMO – COMPETENCIA TRIBUTARIA
Garantias e privilégios do credito tributário = 
 A Garantia é o modo de assegurar o direito, de dar eficácia ao cumprimento de uma obrigação. Confere segurança e estabilidade ao crédito tributário, ou regularidade ou comodidade ao recebimento do tributo. Segundo alguns doutrinadores, somente a Lei Complementar Federal pode instituir garantias e privilégios do crédito tributário. Outros entendem que, com base em sua competência complementar, os Estados e Municípios podem legislar sobre a matéria. Todos os bens e as rendas do sujeito passivo servem de garantia para o Fisco, ou seja, respondem pelo crédito tributário. As garantias reais mais comuns são a hipoteca e o penhor. Somente prevalecem sobre o crédito tributário os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis. 
São absolutamente impenhoráveis (art. 649 do CPC): a) os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; b) as provisões de alimentos e combustíveis necessários à manutenção do devedor e de sua família durante um mês; c) o anel nupcial e os retratos de família; d) os vencimentos dos magistrados, dos professores e dos funcionários públicos, o soldo e os salários, salvo para pagamento de pensão alimentícia; e) os equipamentos militares; f) os livros, as máquinas, os utensílios e os instrumentos, necessários ou úteis para o exercício de qualquer profissão; g) as pensões, as tenças, ou os montepios, percebidos dos cofres públicos, ou de institutos de previdência, bem como os provenientes de liberdade de terceiros, quando destinados ao sustento do devedor ou da sua família; h) os materiais necessários para obras em andamento, salvo se estas forem penhoradas; i) o seguro de vida. Também é impenhorável o bem de família (Lei 8009/90).
O  Privilégio - deve ser entendido como regalia que a lei concede a determinado crédito de ser pago com preferência dos outros. 
A Preferência –é o pagamento prioritário de um crédito em desfavor daqueles que com eles concorrem. O crédito tributário prevalece sobre os demais créditos, com exceção dos créditos trabalhistas. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. Após a Lei Complementar 118/2005, as multas fiscais, moratórias ou punitivas, poderão ser incluídas no crédito habilitado em falência ou concordata. Ordem de preferência para recebimento de créditos tributários pelas pessoas jurídicas de direito público: 1º) em primeiro lugar – créditos da União e INSS conjuntamente e “pro rata”, e depois as demais autarquias federais; 2º) em segundo lugar – créditos dos Estados e DF e suas autarquias conjuntamente e “pro rata”; 3º) em terceiro lugar – os créditos dos municípios e suas autarquias conjuntamente e “pro rata”.
Conceito: São prerrogativas do Fisco quando exige tributo, na busca do bem comum, para compelir o administrado ao pagamento do tributo.
1- Garantias e Privilégios
Caráter não exaustivo - Previstas no art. 183 do CTN, sem ter o caráter de exaustividade.
Sujeição - Todos os bens e rendas estão sujeitos a cobrança, mesmo o que declarados por vontade sejam estabelecidos com cláusula de inalienabilidade e impenhorabilidade.
Responsabilidade Solidária - quando contraído em proveito da família (art. 124, I, do CTN).
Inalienabilidade e o Novo CPC 
Art. 833. São impenhoráveis:
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; (não se aplica as execuções fiscais).
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; 
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor; 
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2o; 
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado; 
VI - o seguro de vida; VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; 
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família; 
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social; 
X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos; 
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei; XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra. 
§ 1o A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao próprio bem, inclusive àquela contraída para sua aquisição. § 2o O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora para pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimos mensais, devendo a constrição observar o disposto no art. 528, § 8o, e no art. 529, § 3o. § 3o Incluem-se na impenhorabilidade prevista no inciso V do caput os equipamentos, os implementos e as máquinas agrícolas pertencentes a pessoa física ou a empresa individual produtora rural, exceto quando tais bens tenham sido objeto de financiamento e estejam vinculados em garantia a negócio jurídico ou quando respondam por dívida de natureza alimentar, trabalhista ou previdenciária.
Art. 1º, da Lei nº 8.009/90 - aplica-se a execução fiscal, com exceção das contribuições de empregados domésticos e tributos ligados ao imóvel. 
Obs: Existe polêmica quanto à possibilidade de haver renúncia ao bem de família legal.
Fraude à Execução Fiscal - Art. 185 do CTN - bens inscritos em dívida ativa. Caso ainda não esteja inscrito em dívida ativa, necessário o ajuizamento de ação pauliana ou revocatório, bem como o preenchimento de todos os requisitos legais.
Indisponibilidade dos bens (art.185-A) - Necessidade do preenchimento de três requisitos: 1) citação; 2) não apresentação de bens à penhora; e 3) frustração das diligências.
Obs: Não se confunde com a penhora via Bacenjud.
Preferência do Crédito Tributário - Tem preferência sobre os outros créditos, salvo o trabalhista e o decorrente de acidente de trabalho (art. 186 do CTN).
Falência - Os créditos extraconcursais, próprios da administração da massa, preponderam sobre os fiscais, assim como os créditos com garantia real (no limite do bem gravado)
Obs: A multa tributária prefere somente os chamados créditos subordinados, o que bem distingue os valores decorrentes do tributas e das penalidades.
Preferência - Art. 187 do CTN c/c Súmula 497 (preferência das autarquias sobre os entes políticos).
Legalidade:
As garantias e privilégios estão previstas nos arts. 183 a 193 do CTN.
O rol do CTN não taxativo, pois podem ser criadas outras garantias e privilégios em razão da natureza e das particularidades de cada tributo, desde que seja por lei.
O fato de ser atribuída ao crédito uma garantia ou um privilégio não altera a sua natureza (crédito não deixará de ser tributário.)
Garantia geral do fisco:
Responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas de qualquer origem ou natureza do sujeito passivo, seu espólio ou massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus, excetuados os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.
(É necessário apresentar prova da quitação de todosos tributos relativos à atividade mercantil (certidão negativa), para: a) concessão de concordata; b) declaração da extinção das obrigações do falido; c) julgamento da partilha ou adjudicação; d) celebração de contrato ou proposta em concorrência pública da União, Distrito Federal e Municípios e de sua autarquias, salvo disposição em contrário.
Art. 191. A extinção das obrigações do falido requer prova de quitação de todos os tributos.
Art.191- A. A concessão de recuperação judicial depende da apresentação da prova de quitação de todos os tributos.
Quanto à liquidação de pessoa jurídica de direito privado, o crédito tributário é visto como encargo: serão exigíveis os vencidos e vincendos, no decurso da liquidação; gozam de preferência em relação aos outros créditos tributários.
Em relação ao inventário e ao arrolamento: o crédito é visto como encargo o monte; serão exigíveis os vencidos e vincendos; gozam de preferência.
Concurso de preferências
Ocorre quando há mais de uma esfera (U, E, M, e DF) para receber o crédito tributário. Neste caso, deve ser observada a seguinte ordem: União, Estados, Distrito Federal, Territórios Federais e Municípios.
Por outro lado, o artigo 184 do Código Tributário Nacional determina:
 “Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.”
A segunda parte do dispositivo legal torna ineficazes as garantias reais ofertadas anteriores ao estado de insolvência, colocando o terceiro, credor do devedor inscrito, em situação equiparada ao do quirografário, ainda que previna-se com as medidas assecuratórias para a preservação dos seus direitos.
A fraude à execução, assim decretada, torna ineficazes os atos praticados, por oneração ou alienação.
Direito de preferências
Art.186.  O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho  ou do acidente de trabalho.
Parágrafo único. Na falência:
I. O crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantias reais, no limite do valor do bem gravado.
II. A lei poderá estabelecer limites e condições para preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho.
III. A multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados.
Concurso de credores ou habilitação em falência, concordata, inventário ou arrolamento.
Nesse caso não há sujeição por parte do crédito tributário.
Art.187.  A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento.
Ainda quanto aos privilégios, estipula o Código Tributário Nacional a ordem de preferência entre os credores, em evidente afronta ao princípio da igualdade e autonomia entre os entes públicos. Consoante o parágrafo único do artigo 187, o concurso de preferência somente se verifica entre pessoas de direito público, na seguinte ordem:
 “I - União;
II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata;
III - Municípios, conjuntamente e pró rata.”
 A matéria foi sumulada pelo STF, que considerou o concurso de preferência entre os entes públicos compatível com o disposto na Constituição Federal.  
A Súmula 563 reporta-se à uma situação ultrapassada, tratando da compatibilidade do dispositivo do Código Tributário Nacional em face da Constituição de 1967, que privilegiava a União frente aos Estados Federados. Os municípios, àquela altura, sequer guardavam o status de ente federativo. 
 A atual constituição, que tem por diretriz a igualdade e a dignidade, não teria recepcionado tal dispositivo.
Art. 188. São extra concursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência.
Presunção de fraude na alienação ou onerarão de bens ou rendas ou seu começo por sujeito passivo em débito com o fisco.
Se alguém é devedor do fisco e vende ou por qualquer outra forma aliena ou onera algum bem depois de inscrito o seu débito tributário como dívida ativa, presume- se de que o ato teve como objetivo frustrar a execução do crédito tributário, salvo se devedor reservar bens ou rendas suficientes para o pagamento total da dívida.
Art. 185.  Presume-se fraudulenta a alienação ou onerarão de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida inscrita.
Parágrafo único.  O dispositivo neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida ativa.
Art. 185- A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens públicos de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial.
§ 1° A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-á ao valor exigível, devendo o juiz determinar o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens ou valores que excederem esse limite.
§ 2° Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de que trata o caput deste artigo enviarão imediatamente ao juízo a relação discriminada dos bens e direitos cuja indisponibilidade houver promovido.
Falência e Concordata
O crédito tributário visto como encargo da massa falida e do concordatário. Serão exigíveis os vencidos e vincendos, curso do processo falimentar, terão preferência sobre quaisquer outros e às próprias dívidas da massa. Se a penhora é feita antes da decretação da falência, a execução fiscal prossegue até a pecúnia ser remetida à massa falida; se a penhora é feita após decretação da falência, a penhora será feita no rosto dos autos da falência e a execução fiscal prossegue até julgamento final.
CONCLUSÃO
Portanto a redação falha de determinados dispositivos legais tem levado juristas e principalmente as Fazendas Públicas a sustentar que o crédito tributário tem preferência sobre o crédito trabalhista nas ações falimentares. O Código Tributário Nacional concede ao Crédito Tributário  diversos privilégios que o faz superar os demais créditos previstos em Lei. Analisamos, inclusive, entendimentos contrários a essa gama de privilégios do Poder Público em relação ao contribuinte que, para alguns, gera discriminação. Por outro lado, devido ao princípio da supremacia do interesse público, não há como tal situação comportar o que chamam de “discriminação”. De fato, o crédito tributário goza de alguns privilégios e garantias não muito comuns e que não são aplicáveis a outros créditos, porém, o crédito tributário tem legalmente o direito de possuí-los. No tocante ao concurso de preferência previsto no artigo 187 do Código Tributário Nacional, de fato, viola princípio constitucional previsto no inciso III do artigo 19 da Constituição Federal. Porém, nada obstante aos entendimentos compatíveis com o acima, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a constitucionalidade do referido artigo em Súmula 563. Quanto à preferência do Crédito Tributário no processo de falência e concordata, o artigo 188 do Código Tributário Nacional prevê um “super privilégio” ao Crédito Tributário, que supera o Crédito Trabalhistanos processos dessa espécie.
Garantias e Privilégios do Crédito Tributário 
A matéria sobre as garantias e os privilégios do crédito tributário encontra-se regulada pelos artigos 183 a 192 do Código Tributário Nacional.
Paulo de Barros Carvalho (Curso de Direito Tributário, 16 ed., p. 518) associa as garantias do crédito aos meios jurídicos assecuratórios que cercam o direito subjetivo do Estado de receber a prestação do tributo.  Da mesma forma, liga os privilégios à posição de superioridade de que desfruta o crédito tributário, com relação aos demais créditos.
1. Garantias do Crédito Tributário
O artigo 183 do Código Tributário Nacional estatui que:
Art. 183. A enumeração das garantias atribuídas neste Capítulo ao crédito tributário não exclui outras que sejam expressamente previstas em lei, em função da natureza ou das características do tributo a que se refiram.
Parágrafo único. A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não altera a natureza deste nem a obrigação tributária a que correspondam.
Observa-se a partir da leitura do caput  do artigo acima mencionado, que o rol legal das garantias atribuídas ao crédito tributário não é obstativo de outras tantas que, estando previstas de modo expresso em lei, venham a incrementá-lo.
Nesse passo, em geral, não se trata de uma enumeração exaustiva ou taxativa, mas, sim, exemplificativa, cabendo aos legisladores federal, estadual, distrital e municipal a inclusão de outras hipóteses não abarcadas pelo Diploma Tributário, desde que previstas em lei expressa.
Respondem pelo pagamento do crédito tributário todos os bens do sujeito passivo, incluindo-se aqueles sobre os quais pesem ônus reais e aqueles sujeitos à cláusula de inalienabilidade e impenhorabilidade, irrelevante a data da constituição do ônus ou da cláusula, ressalvados, menciona o Código Tributário Nacional “… os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis” (artigo 184 do Código Tributário Nacional). Nesse sentido dispõe o artigo 184 do CTN:
Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.
Nesse passo, em consonância com a parte final do art. 184 do CTN, a única hipótese de mitigação do onipresente alcance da dívida tributária sobre o patrimônio do particular se dá quando a lei declarar o bem ou a renda absolutamente impenhoráveis.
O artigo 649 do CPC traz a lume a relação dos bens não afetados pela penhorabilidade, a saber:
Art. 649. São absolutamente impenhoráveis:
I-          Os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
II-        Os móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;
III-       Os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor;
IV-      Os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, observado o disposto no § 3º deste artigo;
V-       Os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício de qualquer profissão;
VI-      O seguro de vida;
VII-     Os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;
VIII-   A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família;
IX-      Os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social;
X-       Até o limite de 40 ( quarenta) salários mínimos, a quantia depositada em caderneta de poupança;
XI-      Os recursos públicos do fundo partidário recebidos, nos termos da lei, por partido político.
Como se vê, o inciso I do artigo 649 do CPC, considera absolutamente impenhoráveis, inclusive os bens declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução. A doutrina tem entendido, porém, que a intenção do legislador, ao redigir o artigo 184 do CTN, era colocar a salvo da execução fiscal apenas os bens e rendas cuja impenhorabilidade absoluta decorra exclusivamente da lei, e não da vontade dos particulares. Daí ser prevalente o entendimento de que a cláusula de impenhorabilidade ou inalienabilidade, por ato voluntário, nenhum efeito produz contra o Fisco.
A lei 8.009/90 estabeleceu a impenhorabilidade do bem de família, assim entendido o imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar (art. 1°). A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados (art. 1°, parágrafo único). Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de transporte, obras de arte e adornos suntuosos (art. 2°). No caso de imóvel locado, a impenhorabilidade aplica-se aos bens móveis quitados que guarneçam a residência e que sejam de propriedade do locatário (art. 2°, parágrafo único).
A própria lei 8.009/90 traz, em seu artigo 3°, algumas situações em relação às quais a impenhorabilidade do bem em de família não pode ser oposta. No que diz respeito aos créditos tributários, não pode ela ser invocada nos processos de execução para a cobrança das contribuições previdenciárias relativas aos trabalhadores da própria residência, nem dos impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar. Não poderá ainda alegar a impenhorabilidade do bem de família aquele que, sabendo-se insolvente, adquire de má-fé imóvel mais valioso para transferir a residência familiar, desfazendo-se ou não da moradia antiga (art. 4°). Neste caso, poderá o juiz, na respectiva ação do credor, transferir a impenhorabilidade para a moradia familiar anterior, ou anular-lhe a venda, liberando a mais valiosa para execução ou concurso, conforme a hipótese (art. 4°, §1°).
A alienação ou oneração de bens ou rendas do sujeito passivo em débito com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa em fase de execução, presume-se fraudulenta.
É o que dispõe o artigo 185 do CTN, atualizado pela LC n. 118/2005:
“Art. 185. Presume-e fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa.
A presunção de fraude só se integraliza nos casos em que houve prévia ciência oficial do ato de inscrição, a partir do qual “o presumir” adquire ares de definitividade, tornando-se absoluto.
Portanto, se o débito já está regularmente inscrito como dívida ativa, qualquer alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo pelo sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, será considerada fraudulenta.
Essa presunção não se forma quando o sujeito passivo reserva, antes da alienação ou oneração, bens ou rendas suficientes ao total do pagamento da dívida em fase de execução (artigo 185 e parágrafo único).
“Art. 185. (…)
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.”
A lei complementar n° 118/2005 acrescentou, ainda, ao CTN o artigo 185-A:
Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bensà penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial.
§ 1o A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-á ao valor total exigível, devendo o juiz determinar o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens ou valores que excederem esse limite.
§ 2o Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de que trata o caput deste artigo enviarão imediatamente ao juízo a relação discriminada dos bens e direitos cuja indisponibilidade houverem promovido.
Esse dispositivo trouxe a baila o instituto da penhora eletrônica (penhora on-line) tem serventia apenas quando esgotados todos os outros meios e forma para o encontro de bens do devedor. Caso contrário, a medida se mostra incabível, porquanto o bloqueio das contas bancárias, prejudicando o normal funcionamento da empresa, traduz-se em excesso fiscal.
2. Preferências ou Privilégios do Crédito Tributário
Uma vez conhecidas as garantias que dispõe o crédito tributário, devemos conhecer o seu status, quando se emparelha com outros créditos a que faz jus a entidade impositora. Pergunta-se: até que ponto deve o Fisco preferir receber o crédito tributário a receber outros montantes?
O Código Tributário Nacional, em seu artigo 186, que foi expressivamente alterado com a LC 118/2005, detalha a preferência do crédito tributário por qualquer outro, seja qual for a natureza ou o tempo da constituição, salvo os créditos decorrentes da legislação do trabalho.
“Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for a natureza ou o tempo da constituição deste, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente do trabalho (…).”
Como se observa, faz-se mister memorizar: segundo esse dispositivo, os créditos tributários possuem preferência em relação aos demais, ressalvados, agora, os créditos trabalhistas e os créditos de acidente do trabalho. Portanto, com a previsão da preferência ao crédito acidentário, o crédito tributário acabou perdendo mais uma posição na corrida arrecadatória da Fazenda. Não esqueça que o dispositivo, antes da alteração promovida pela LC 118/05, só fazia menção aos créditos trabalhistas.
A situação muda ainda mais na falência. Nesta fase, conforme dispõe o artigo 186, o crédito tributário também ficará atrás. Observe o dispositivo:
“Art. 186. (…)
Parágrafo único – Na falência:
I-             o crédito tributário NÃO prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias possíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado:
II-            a lei poderá estabelecer limites e condições para preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho; e
III-           a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados.” (grifo nosso)
Para exata compreensão do dispositivo, deve o leitor se ater aos conceitos explicativos, na seguinte ordem:
– Importâncias passíveis de restituição ( Lei de Falências, Lei n. 11.101/2005, art. 85), significam os bens e direitos pertencentes a terceiros, mas que foram arrecadados no processo de falência ou que se encontram em poder do devedor na data da decretação da falência;
– Créditos com garantia real (hipoteca, penhor), no limite do bem gravado – dizem respeito a uma preferência afeta ao crédito tributário que detêm os bens gravados por garantia real, até o valor do referido bem, de acordo com a disposição do parágrafo primeiro do art. 83 da Lei de Falências.
– Créditos trabalhistas: baseia-se em seu caráter alimentício, dentro dos limites do razoável.
– Créditos relativos à multa;
– Créditos extraconcursais (Lei de Falências, Lei n. 11.101/2005, art. 84): são aqueles surgidos como decorrentes da administração da própria massa falida, ocorridos no curso do processo de falência. Estão fora do concurso por terem sido realizados pelo devedor no curso do processo falimentar ou recuperação judicial. Observe o art. 188, caput, do CTN:
“Art. 188. São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência.”
Veja também o artigo 84 da Lei de Falências, que define quais serão os créditos extraconcursais, prestando-se bastante atenção ao inciso V, atinente aos “créditos tributários extraconcursais”:
Art. 84. Serão considerados créditos extraconcursais e serão pagos com precedência sobre os mencionados no art. 83 desta Lei, na ordem a seguir, os relativos a:
I-             remunerações devidas ao administrador judicial e seus auxiliares, e créditos relativos a serviços prestados após a decretação da falência;
II-            quantias fornecidas à massa pelos credores;
III-           despesas com arrecadação, administração, realização do ativo e distribuição do seu produto, bem como custas do processo de falência;
IV-          custas judiciais relativas às ações e execuções em que a massa falida tenha sido vencida;
V-           obrigações resultantes de atos jurídicos válidos praticados durante a recuperação judicial, nos termos do art. 67 desta Lei, ou após a decretação da falência, e tributos relativos a fatos geradores ocorridos após a decretação da falência, respeitada a ordem estabelecida no art. 83 desta Lei.” (grifo nosso)
Por fim, o art. 83 da Lei de Falências apresenta a ordem de preferência dos créditos que devem vir imediatamente atrás dos extraconcursais mencionados. Não se esqueça que o caput do art. 84 da Lei n. 11.101/2005 indica a prevalência dos créditos extraconcursais, em relação aos créditos indicados no art. 83 da mencionada Lei.
É de tal ordem, entretanto, o privilégio do crédito tributário, que sua cobrança judicial não está sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. É o que dispõe o artigo 187 do CTN, com redação dada pela lei complementar n° 118/2005.
“Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento.
O parágrafo único desse artigo, porém, estabelece o concurso de preferência entre as diferentes pessoas jurídicas de direito público.
Parágrafo único. O concurso de preferência somente ser verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem:
I. União;
II. Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pro rata;
III. Municípios, conjuntamente e pro rata.
Para Ricardo Lobo Torres (Curso de direito financeiro e tributário, 12 ed., p. 319), “o concurso de preferência somente pode existir entre as pessoas de direito público. E, nesse caso, os créditos tributários da União têm preferência sobre os do Estado ou do Município; os dos Estados e do Distrito Federal são pagos conjuntamente e pro rata, no que sobejar o crédito da Fazenda Nacional; e em último lugar vêm os créditos tributários dos Municípios, que são pagos também conjuntamente e pro rata (art. 187 do CTN)”.
Apesar de alguns doutrinadores entenderem que tal dispositivo não se apresenta em consonância com o Princípio Federativo, constante no art. 60, § IV, da CF, entretanto, o STF já foi instado a se pronunciar sobre a constitucionalidade do art. 187, parágrafo único, do CTN, reconhecendo sua constitucionalidade. Tendo editado a Súmula n. 563, que determina que: “o concurso de preferência a que se refere o parágrafo único do art. 187 do CTN é compatível com o disposto no art. 9º, I da Constituição Federal” (tal artigo se referia, no regime constitucional anterior, à regra similar ao comando previsto, atualmente, no art. 19, III, in fine, da CF, que proíbe diferenças entre aspessoas políticas).}
Portanto, memorize: ordem de concurso de preferência;
1º lugar: União, INSS e Autarquias Federais;
2º lugar: Estados, Distrito Federal e Autarquias Estaduais;
3º lugar: Municípios e Autarquias Municipais.
Deste modo, se o patrimônio do devedor for insuficiente para pagar todos os créditos tributários, primeiro a União receberá os seus. Se sobrar dinheiro, os Estados, Distrito Federal e Territórios receberão seus créditos, conjuntamente e pro rata, isto é, proporcionalmente ao valor de seus respectivos créditos. Por fim, é a vez dos Municípios, que também receberão seus créditos de forma proporcional.
A lei complementar n° 118/2005 alterou a redação do caput do artigo 188 do CTN, estabelecendo que “São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência”.
O §1° do artigo 188 dispõe que “contestado o crédito tributário, o juiz remeterá as partes ao processo competente, mandando reservar bens suficientes à extinção total do crédito e seus acrescidos, se a massa não puder efetuar a garantia da instância por outra forma, ouvido, quanto à natureza e valor dos bens reservados, o representante da Fazenda Pública interessada”. O processo competente a que alude este dispositivo tanto pode ser o processo administrativo, caso ainda não esteja encerrado, quanto o processo judicial.
Dispõe, por fim, o §2° do artigo 188 que as disposições ora vistas para o processo de falência, são aplicáveis também aos processos de concordata.
As disposições que acabamos de ver em relação à massa falida aplicam-se também aos processos de inventário, arrolamento e liquidação de pessoas jurídicas.
Com efeito, dispõe o artigo 189 do CTN que “São pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em inventário ou arrolamento, ou a outros encargos do monte, os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo do de cujus ou de seu espólio, exigíveis no decurso do processo de inventário ou arrolamento”. E o parágrafo único desse artigo manda aplicar, em caso de contestação, o disposto no §1º do artigo 188.
Da mesma forma, diz o artigo 190 do CTN que “São pagos preferencialmente a quaisquer outros os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito privado em liquidação judicial ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação”.
Os artigos 191 a 193 do CTN tratam de algumas situações em que se exige do sujeito passivo prova de quitação de tributos. Por isso, não obstante estejam inseridos na seção que trata das preferências do crédito tributário, dispõem eles, na verdade, sobre medidas de garantia de seu recebimento.
Diz o artigo 191 que “não será concedida concordata nem declarada a extinção das obrigações do falido, sem que o requerente faça prova da quitação de todos os tributos relativos à sua atividade mercantil”.
A lei complementar n° 118/2005, por sua vez, acrescentou ao CTN o artigo 191-A, estabelecendo que a concessão de recuperação judicial depende da apresentação da prova de quitação de todos os tributos, observado o disposto nos arts. 151, 205 e 206 do CTN.
O artigo 192 estabelece que “nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será proferida sem prova da quitação de todos os tributos relativos aos bens do espólio, ou às suas rendas”.
Já o artigo 193 estatui que “salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum departamento da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em concorrência pública sem que o contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre”.
Observe que, no que se refere à possibilidade de o Poder Público contratar com quem lhe deve, o CTN não é muito rigoroso, pois exige a prova de quitação apenas dos tributos relacionados à atividade objeto da contratação e, ainda assim, somente os devidos à entidade política contratante. E, mais do que isso, abre ainda a possibilidade de a lei dispensar a prova de quitação.
Mas a lei n° 8.666/93, que estabelece normas para licitações e contratos da Administração Pública, no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, conhecida como Lei das Licitações, adotou postura bem mais rígida, em seu artigo 29, exigindo, para habilitação nas licitações públicas: a) prova de regularidade fiscal para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal do domicílio ou sede do licitante; e b) prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Acerca do assunto, é oportuno destacar também a disposição do artigo 195, §3°, da Constituição Federal: “A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios
IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS
INTRODUÇÃO
Pode-se afirmar que ás espécies de tributos, segundo o art. 145 da Constituição Federal de 1988 combinado com o art. 5º do Código Tributário Nacional, existem três espécies de tributos no Brasil, quais sejam: impostos taxas e contribuições de melhoria. Tal entendimento leva-nos à intelecção de que prevalece no Direito Tributário Brasileiro a Teoria Tripartida dos Tributos.
Ocorre, todavia, que a Doutrina e a Jurisprudência entendem que, além das três espécies mencionadas, há que se considerarem "tributos" os Empréstimos Compulsórios e as Contribuições Parafiscais, totalizando cinco espécies tributárias que corroboram a existência da teoria prevalecente denominada Teoria Pentapartida dos Tributos.
Dessa forma, passamos a dissertas de forma detalhada um tributo unilateral cujo a denominação é o Imposto, cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Trata-se de tributo não vinculado à atividade estatal, mas que se refere à atividade do particular, estando vinculado ao âmbito privado do contribuinte, Para que haja o pagamento do imposto, basta a realização, pelo particular, do fato gerador, sendo conhecido pela Doutrina como "tributo se causa" ou não contraprestacional.
O imposto serve para o custeio das despesas públicas gerais ou universais. Abarca, assim, os serviços públicos universais e indivisíveis do Estado.
Ressalte-se que o Princípio da Capacidade Contributiva se refere, a essa modalidade de tributo, como se nota da dicção do artigo 145, § 1º, da Constituição Federal conforme lê-se a seguir:
Art. 145, § 1º: "Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultando à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte".
Vale lembrar, que a lista dividida entre impostos Federais, Estaduais e Municipais, encontra-se enumerada de modo taxativo na Constituição Federal, porém os impostos só poderão ser criados por meio de lei, ato normativo de natureza infraconstitucional.
IMPOSTO FEDERAL EM ESPÉCIE
Os impostos federais são regidos ao Ordenamento Jurídico pelos arts. 153 e 154, da CF, sendo eles:
Imposto de Importação
Imposto de Exportação
Impostos sobre Grandes Fortunas
IPI
Imposto de Renda
Impostos Residuais da União
IOF
IEG (Imposto Extraordinário de Guerra)
ITR (Imposto sobre Propriedade Territorial Rural)
Dos imposto acima elencados, todos de competência única de serem instituídos pela União, 3 deles serão abordados com mais profundidade.
ITR – Art. 153, VI, da CF e Arts. 29 a 31, do CTN.
Atualmente, o ITR tem a função predominantemente extrafiscal, funcionando como instrumento auxiliar do disciplinamento estatal da propriedade rural. É considerado um importante instrumentode política agrária.
A sujeição passiva abrange aquele que detém qualquer direito de gozo, relativamente ao bem imóvel rural, seja pleno ou limitado.
O ITR tem como fato gerador à propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localizada fora da zona urbana do município.
A Base de Cálculo é o valor fundiário do imóvel, consoante o art. 30 do CTN.
As Alíquotas deverão ser proporcionais e progressivas, segundo o grau de utilização da área rural. A fixação da alíquota é feita segundo critérios do art. 11 da Lei n° 9.393/96.
IMPOSTO ESTADUAL EM ESPÉCIE
Os impostos estaduais são regidos e orientados a luz do art. 155, da CF com a seguinte redação:
Art. 156: Compete aos Estados ao Distrito Federal instituir :impostos sobre
I – impostos sobre:
(...)
a) transmissão "causa mortis" e doação de quaisquer bens ou direitos.
b) operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transportes interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que a operações e as prestações se iniciem no exterior;
c) propriedade de veículos automotores;
Simplificando o aduzidos acima, o artigo prevê que os Estados são competentes para instituir o ITCMD, ICMS e IPVA. São estes que passaremos a dissertar agora.
ITCMD – Art. 155, I, "a", da CF c/c Arts. 35 a 42, do CTN
O ITCMD é um dos impostos mais antigos na história da tributação, havendo relatos de sua exigência em Roma, sob a forma de vigésima sobre heranças e doações. São Sujeitos Passivos do ITCMD os herdeiros ou o legatário ou qualquer das partes adstritas à doação na forma da lei.
Ao legislador estadual é concedida a faculdade de eleger o responsável tributário. Por exemplo, se, por ocasião da lavratura do instrumento público, o tabelião não exigiu a prova de quitação do imposto de transmissão, ele ficará responsável pelo pagamento do tributo. No caso da doação, o doador pode ser escolhido para ocupar a posição de responsável tributário, caso o donatário não recolha o imposto.
O Fato Gerador do ITCMD é a transmissão de propriedade de quaisquer bens, transmissão (cessão) de direitos em decorrência de falecimento de seu titular e transmissão e cessão gratuitas. A transmissão é a passagem jurídica da propriedade ou de bens e direitos de uma pessoa para outra. Ocorre em caráter não oneroso, seja pela ocorrência da morte ou a doação.
Consoante a dicção do art. 35 do CTN, a Base de Cálculo será o valor venal dos bens ou direitos transmitidos e da doação. Em princípio, representará o valor de mercado do bem objeto da transmissão, não devendo superá-lo. O cálculo é feito sobre o valor dos bens na data da avaliação, observada a alíquota vigente na data da abertura da sucessão.
As Alíquotas do ITCMD são fixadas livremente pelos Estados, respeitando o máximo fixado pelo Senado Federal por meio da Resolução n° 9/92 em 8%.
ICMS – Art. 155, I, "b", da CF
O ICMS imposto estadual, sucessor do antigo Imposto de Vendas e Consignações (IVC), foi instituído pela reforma tributária da EC n° 18/65 e representa cerca de 80% da arrecadação dos Estados. É gravame plurifásico, real e proporcional, tendo, predominantemente, um caráter fiscal.
O sujeito passivo do ICMS poderá ser, pessoas que pratiquem operações relativas à circulação de mercadorias, importadores de bens de qualquer natureza, prestadores de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e prestadores de serviços de comunicação.
A base nuclear do Fato Gerador é a circulação de mercadorias ou prestação de serviços interestadual ou intermunicipal de transporte e de comunicação, ainda que iniciados no exterior.
A Base de Cálculo pode ser o valor da operação, em se tratando de operação de circulação de mercadoria, o preço do serviço, em se tratando de transporte e de comunicação e o valor da mercadoria ou bem importado, constante em documento de importação, convertido em moeda nacional pela mesma taxa de câmbio utilizada para cálculo do imposto de importação, e acrescido de IPI, do IOF, do próprio Imposto de Importação e das despesas aduaneiras.
Quanto às Alíquotas, os Estados devem observar o que dispões o Senado Federal, que deverá fixar alíquotas mínimas ou máximas, por meio de resoluções e nos termos da CF.
IPVA – Art. 155, I, "c", da CF
O IPVA é imposto estadual, com disciplinamento na Constituição Federal. Por outro lado, não há menção a tal tributo no CTN, visto que seu nascimento data de 1985, com a promulgação da EC n° 27/85 à Constituição Federal de 1967, vindo a lume substituir a antiga TRU – Taxa Rodoviária Única.
Tem-se como Sujeito Passivo do IPVA o proprietário do veículo automotor, pode ser pessoa física ou pessoa jurídica,.
Competência Tributária
È  A competência tributária é o poder concedido pela Constituição Federal aos entes federativos, para eles criarem, instituírem e majorarem tributos.
È  Competência tributária não se confunde com competência para legislar sobre direito tributário, que é o poder concedido constitucionalmente para instituir leis que versem sobre os tributos já criados – sobre as relações jurídicas tributárias. Exemplo do exercício da competência para legislar sobre direito tributário: CTN.
       * A competência para legislar sobre matérias gerais atinentes à Direito Tributário é da União, que o deve fazer por meio de Lei Complementar (o CTN é uma lei ordinária, que foi recepcionado pela CF de 1967 com status de Lei Complementar e novamente recepcionada com o mesmo status pela CF/88).
È  A competência para legislar sobre direito tributário é de todos os entes federativos – art. 24, I e art. 30 da CF (competência concorrente) -, cabendo à União legislar sobre normas gerais e aos Estados, DF e Municípios legislar sobre normas específicas, atuando de forma suplementar ao que lhes for pertinente. Se a União não tratar da matéria geral, a competência dos Estados, DF e Municípios passa a ser supletiva (deixa de ser suplementar) – ex: IPVA – não existe uma lei federal a esse respeito, tendo, cada Estado, sua lei específica. Surgindo lei federal sobre a norma geral, a vigência da norma estadual fica suspensa (não ocorre a revogação, mas mera suspensão, tendo em vista a inexistência de hierarquia entre os entes federativos).
È  Quem cria o Tributo não é a Constituição, pois, esta, apenas outorga o poder para os entes federativos criarem – repartição da competência tributária.
È  A competência tributária é dos entes federativos e é uma verdadeira faculdade – cada ente decide sobre a criação ou não do tributo, com base em um juízo de oportunidade e conveniência política e econômica.
È  Características da competência tributária (criação, instituição e majoração de tributos):
O  Indelegável: A competência tributária tem natureza política e é intransferível. Quando a CF outorgou poder para um determinado ente federativo criar um tributo, só aquele ente poderá criá-lo. Ex: Os arts. 153, 155 e 156 da CF tratam das competências tributárias da União[1], Estados e DF[2], e dos Municípios, respectivamente.
     * As atribuições administrativas podem ser delegadas – funções de arrecadar, fiscalizar e executar leis - trata-se da capacidade ativa tributária (art. 7º do CTN).
     * Em concursos, a competência tributária tem sido tratada em seu sentido estrito – criar, instituir e majorar tributo -, malgrado o CTN a trate de forma ampla. Ela, portanto, é indelegável. 
    * O detentor da capacidade ativa tributária leva consigo as garantias e privilégios processuais, conforme estabelece o parágrafo 1º do art. 7º do CTN.
     * A delegação da capacidade ativa tributária pode ser revogada por ato unilateral do detentor de tal capacidade – art. 7º, § 2º do CTN.
o  Facultatividade: A competência tributária é facultativa, isto é, os entes federativos têm o poder de criar o tributo, cabendo a eles a decisão de criar ou não. Ex: IGF (Imposto sobre Grandes Fortunas) – existe previsão constitucional, contudo, a União ainda não criou o referido tributo.
     * Problema – Art. 11 da Lei Complementar nº 101(Lei de Responsabilidade Fiscal): Somente o ente que cria todos os tributos que lhes são de competência é considerado um bom gestor. Apesar de tal previsão, a faculdade conferida pela CF prevalece.
     * O parágrafo único do art. 11 da Lei Complementar nº 101 trata de sanção institucional imposta ao ente que não cobra todos os impostos de sua competência. Tal dispositivo é constitucional, pois, pelo entendimento consignado pelo STF, só é válido para os repasses voluntários; os repasses obrigatórios deverão ser efetuados, independentemente de o ente federativo instituir ou não todos os impostos de sua competência.
     * A lógica não é obrigar o ente a criar o imposto, mas a fazê-lo agir com responsabilidade. Se ele possui competência para criar imposto e não o faz, a presunção é de que não precisa da respectiva receita, sendo justa a recusa dos entes maiores de repassarem recursos eventualmente solicitados. O espírito da LFR é de que o ente deve instituir, prever e arrecadar todos os tributos economicamente viáveis de sua competência constitucional. Se não for viável tal instituição/arrecadação, não deve ser exigido – ex: Município que não tem prestadores de serviço não tem porque criar ISS, pois isto geraria mais gastos que receita.
     * O repasse de receitas obrigatórias (previstas no art. 153, § 5º, art. 157, art. 158 e art. 159 da CF) só não ocorrerá caso o ente federativo não esteja fazendo a aplicação adequada na saúde ou possuir dívida com o ente ou autarquia que deve efetuar o repasse (art. 160 da CF).
o  Incaducável: O ente federativo não perde o seu direito de criar o tributo, por mais que não o tenha exercido no momento da criação da CF/88.
o  Irrenunciável: O ente federativo deve aceitar a competência que lhe foi outorgada, malgrado ele não seja obrigado a exercê-la.
o  Inalterável: O fato de a constituição federal ter conferido a competência tributária para cada ente federativo criar tributos, o legislador infraconstitucional, quando cria, não pode alterar a característica do tributo. Ex: art. 156 da CF (IPTU) – a CF estabelece como critério material (fato gerador) o ser proprietário de imóvel urbano; o art. 32 do CTN trata de ser proprietário, possuidor ou ter domínio útil de imóvel urbano o art. 32 do CTN não foi recepcionado em sua totalidade pela CF, pois o legislador constituinte estipulou que o fato gerador do IPTU é apenas o ser proprietário (entende-se que, se o possuidor ou o detentor do domínio útil possuir animus domini, o IPTU é incidente, pois está dentro da ideia constitucional).
è  A criação dos tributos se faz por meio de lei ordinária, em regra. Contudo, existem quatro tributos que só podem ser criados por meio de lei complementar (CEGI): Contribuições Sociais Residuais (art. 195, § 4º da CF), Empréstimos Compulsórios (art. 148 da CF), IGF (art. 153, VII da CF) e Imposto Residual (art. 154, I da CF).
       * De acordo com o art. 62, § 2º da CF, é possível a criação de imposto por meio de Medida Provisória, desde que respeite dois requisitos: deve poder ser instituído por meio de lei ordinária (é vedada a criação por MP de matéria reservada a lei complementar) e deve ser convertida em lei até o final do exercício financeiro em que ela for editada.
       * Quanto ao último requisito da MP, existem cinco impostos que não precisam obedecê-lo: Imposto Extraordinário Guerra, II, IE, IOF e IPI. Os quatro primeiros têm cobrança imediata; o IPI tem que aguardar 90 dias (princípio da anterioridade nonagesimal).
è  A criação de tributos deve respeitar limites genéricos (o ente federativo deve observar toda a Constituição Federal) e específicos (art. 145, § 1º, art. 150, art. 151 e art. 152 da CF – princípios de direito tributário e imunidades tributárias).
è  A competência dos tributos vinculados pertence ao ente que efetivamente exerce a atividade com base na qual o fato gerador é definido, enquanto a competência dos tributos não vinculados é especificada pela CF. Diz-se que a primeira é competência comum, enquanto a segunda é competência privativa.
       * A competência residual para criar impostos é da União, enquanto a competência residual para criar taxas e contribuições de melhoria é dos Estados-membros (e o DF).
[1] Competência da União:  IPI, IE, IR, II, ITR, IOF e IGf.
[2] Competência dos Estados e DF: ICMS, IPVA e ITCMD.
[3] Competência dos Municípios: IPTU, ISS e ITBI.
DIREITO TRIBUTÁRIO – RESUMO PARA OAB 
O direito tributário é um ramo do direito público, pois tem a presença do Estado.
Essa relação se dá em razão da Lei.
CONCEITO: artigo 3º CTN: toda prestação pecuniária compulsória em moeda e todo valor que nela exprimir.
Não é admitido pagar tributos com bens móveis, SOMENTE EM DINHEIRO. Ex: carros, bois, vinho.
Advogado que deve ISS também não pode trabalhar para o Município para pagar o tributo.
Existe a DAÇÃO EM PAGAMENTO, que pode ser pago com bens IMÓVEIS.
Multa é diferente de tributo.
Multa : sanção de ato ilícito
Tributo: não é gerado em razão de fato ilícito
Se houver acréscimo patrimonial, mesmo que decorrente de atividade ilícita, paga-se tributos. Se não fosse cobrado tais tributos, estaríamos dando imunidades para bandidos.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: o direito tributário é EX LEGE, decorre da lei, tem fundamento legal.
Art 3º CTN - Atividade plenamente vinculada. Fiscalização. O fiscal não pode verificar um fato gerador e não promover o lançamento. Caso isso ocorra, ele responderá com seu patrimônio particular
A fiscalização não é atividade discricionária, mas sim VINCULADA. Não pode optar por lançar ou não. 
Art 4º CTN – a natureza jurídica do tributo é determinada pela natureza do fato gerador. Se qualifica o tributo em razão da natureza jurídica de seu fato gerador. Casa espécie tributária vai ter uma característica que vai permitir que se possa qualificá-la e classificá-la de acordo com sua natureza.
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
- Constituição federal
- Código Tributário Nacional. (formalmente é uma lei ordinária, mas foi recepcionado pela CF como lei complementar. 
O CTN é formalmente uma lei ordinária? SIM
O CTN é materialmente Lei complementar? SIM
O CTN é classificado como lei complementar, e só pode ser alterado mediante lei complementar.
TRIBUTO: todas as espécies tributárias. (impostos, taxas, contribuições de melhoria, contribuições especiais..)
IMPOSTOS: 145, I, CF; 16 CTN: se caracteriza por ser não vinculado. Não se recebe nada de imediato.
Comércio Exterior: II e IE: impostos de competência da União, tem a ver com a soberania nacional
Patrimônio: IPTU (imóveis zona urbana - Município), ITR (imóveis zona rural - União)
ITBI (venda e transmissão - Município), ITCMD (doação ou causa mortis - Estadual), IR (imposto de renda– União), IPI (produção – União), ICMS (operações - ESTADUAL), ISS (municipal).
ICMS: S (serviço de transporte interestadual e intermunicipal) e comunicação : tv por assinatura
ISS: – LEI COMPLEMENTAR 116, lista anexa
PROGRESSIVIDADE: aumenta na medida que aumentam os patamares, a renda. Ex: 1%, 2%, 3% (gradativo), impostos como IR, ITR, IPTU
PROPORCIONALIDADE: é proporcional a base de cálculo. Ex: 4%, imposto como ITBI.
SELETIVIDADE: ICMS e IPI, por exemplo selecionam os itens e serviços de acordo com sua essencialidade. Ex: itens da cesta básica, remédios etc, tem menos alíquota. São também propocionais.
TAXAS: 145, II CF: é vinculada, pois se paga taxa e recebe-se algo em troca de imediato. Ex: taxa pra tirar passaporte, recebe o passaporte.
A taxa nasce por dois motivos:
1)       Pode de polícia: decorrem de fiscalização. Ex: alvará, a adm vem até o estabelecimento, fiscaliza e concede o alvará.
2)       Serviços públicos, específicos e divisíveis: taxa de coleta de lixo, aqui não cabe iluminação pública, aqui não cabe segurança pública, pois não se tratam de serviços DIVISÍVEIS.
EX: custas judiciais. É público e divisível e particular.
PREÇO PÚBLICO E TARIFA, NÃO SÃO ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: 145, III,CF: obra pública + valorização imobiliária.Ex: construção de shopping Center, onde todas as áreas ao redor são valorizadas. Nesse caso não posso cobrar contribuição de melhoria, visto que o shopping é uma OBRA PRIVADA. Para o calculo da contribuição de melhoria, a obra tem que ser PÚBLICA. Obviamente vai refletir no IPTU, mas não pode cobrar contribuição de melhoria.
Quando se fala em OBRA PÚBLICA, já se presume que houve valorização imobiliária.
EX: construção de uma praça, valor total de 1 mil reais. A contribuição de melhoria não pode ultrapassar o “valor global”.
Existem limites totais e limites individuais para poder cobrar essa contribuição, visto que dependendo da distância, há maiores benefícios.
Ex: próximo a casa do cidadão, obra pública que desvaloriza o seu imóvel, não pagará nada pois não houve valorização imobiliária.
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS: 148, CF: UNIÃO FEDERAL + LEI COMPLEMENTAR
Empréstimo compulsório só é feito por lei complementar, feita pela UNIAO. Cobrado pela União
A união mediante lei complementar poderá instituir empréstimos compulsórios em duas hipóteses:
1)       Guerra externa ou sua iminência: inciso I: não respeita o princípio da anterioridade. Pede o empréstimo e pode exigi-lo imediatamente.
2)       Caráter de urgência: inciso II: tem que respeitar o princípio da anterioridade.
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS: 149, 195, 217 CF: todos são criados pela união federal, exceto:
a)       Contribuição de iluminação pública: criada por DF ou Municípios – 149-A CF
b)       Custeio do regime previdenciário dos servidores públicos: 149, § 2º CF
·         Não incidirão sobre receitas de exportação
As alíquotas se dividem em AD VALOREM e ESPECÍFICAS:
a)       Advalorem: incide sobre faturamento, receitas. Ex:  % sobre a receita - PIS, COFINS;
b)       Específicas: m²,kg, mg,  m³, unidades de medida.
A pessoa natural poderá ser equiparada a pessoa jurídica para fins de cobrança de contribuições de importação EC33
COSIP: iluminação pública.
ARTIGO 195 CF: seguridade social=aposentadoria. Para se aposentar, paga-se contribuições previdenciárias ao INSS. Para garantir: Saúde, assistência e previdência.
É uma contribuição federal, tem cota do empregado e cota do empregador.
Empregador:  sobre a folha, receita ou faturamento, PIS, COFINS, lucro CSLL (contribuição social sobre lucro líquido);
Empregado:  
Receitas sobre custo de prognósticos: MEGASENA, etc
Importador de bens e serviços do exterior paga contribuição
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA: 
Emprestimo compulsorio: somente união pode instituir
IOF: é competência da UNIAO. Ex: cheque especial, cartão de crédito fora do vencimento, troca de moeda
IGF: UNIÃO + LEI COMPLEMENTAR. Ainda não foi instituído.
Competência tributária é INDELEGÁVEL
COMPETÊNCIA RESIDUAL: é da união, mediante lei complementar. Cobrará o que sobra.
COMPETÊNCIA COMUM: todos podem cobrar. É cobrada pelo serviço de fiscalização divisível.Ex: taxa
IMUNIDADES: imunidade está na CF, é matéria constitucional, para tirar imunidade só através de emenda constitucional, e pode ser alvo de inconstitucionalidade, pois fere direitos fundamentais, ou seja, cláusulas pétreas.
Imunidade afasta a incidência somente do IMPOSTO.
Subjetiva: pessoas: fundações sem fins lucrativos
Objetivas: objetos: livros.
IMUNIDADE RECÍPROCA: União, Estados, municípios e DF, não podem cobrar impostos entre si. Pela CF é estendida também para as autarquias e fundações de direito público.
Sociedade de economia mista e empresas públicas NÃO TÊM IMUNIDADE RECÍPROCA.
Ex: banco do Brasil
IMUNIDADE DOS TEMPLOS DE QUALQUER CULTO: e de forma ampla, templos, terreiros, lar espírita. Todos que visam a religião em um todo têm essa imunidade.
Alguns aspectos particulares:
·         Cemitério da igreja
·         Estacionamento da igreja
·         Apartamentos alugados com finalidade de fazer frente ao tempo.
São imunes desde que o lucro seja revertido ao templo.
IMUNIDADE DAS ENTIDADES SINDICAIS: todos os sindicatos dos TRABALHADORES.
IMUNIDADE PARA INSTUTIÇÕES DE FIM SOCIAL: filantropia
IMUNIDADE SOBRE OS LIVROS: pode ser cd, e-book, áudio, periódicos, playboy, lista telefônica, álbum de figurinhas. Tem-se a idéia do “valor livro” não do material.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
1)       LEGALIDADE TRIBUTÁRIA: normalmente os tributos são instituídos em lei ordinária, mas há a exceção do empréstimo compulsório, tributos de competência residual da união e IGF, exigirão lei complementar.
LEI ORDINÁRIA = REGRA
LEI COMPLEMENTAR = EXCEÇÃO
ARTIGO 97 CTN – I. instituir, II. Majorar, III. Definir fato gerador. IV alíquota. V cominação de penalidades as ações o omissões contrárias ao seus dispositivos ou a ela exigidas.
Multa (cominações e penalidades) – lei ordinária
Normas gerais para definir:lei complementar
Instituir impostos: lei ordinária
EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: sua alíquota pode ser modificada, são impostos regulatórios flexíveis. 
II, IE, IPI e IOF – economia em inflação, aumenta as alíquotas, para evitar crise econômica. Impede que seja feito empréstimos em épocas de inflação.
ART 97: 
§2 – os tributos tem base de cálculo exemplo do IPTU, que é o valor do imóvel, todo ano há atualização dos valores dos imóveis feito pela prefeitura. Atualizar não é majorar. É possível atualizar por decretos.
É preciso de lei ordinária para instituir e majorar, porém por decreto posso atualizar a base de calculo do tributo, pois não é necessário lei ordinária para ATUALIZAR.
§1 - Se o prefeito tornar o imóvel mais oneroso, por meio de decreto a fim de burlar a lei ordinária, esse ato será ilegal e inconstitucional, pois feriu o princípio da legalidade.
Ex: se prefeito atualizou impostos mais onerosos que os oficiais, é ato ilegal.
2)       PRINCÍPIO DA IGUALDADE TRIBUTÁRIA: quem tem condições iguais, tem que ser tratado igual. 
Ex: IR
Não posso fazer distinção entre ocupação profissional e função pública.
Não se pode fazer diferenciação, se a pessoa fez acréscimo de patrimônio, ela terá que pagar 
Estrangeiros e brasileios podem ser tratados de forma diferente. Podem 
3)       PRINCÍPIO DA CAPACIDADE TRIBUTIVA: quando mais eu ganho, mais eu pago. Quanto mais a pessoa ganha, mais ela tem capacidade de contribuir.
Ex: IR
4)       PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE: a lei não pode ter atividade para trás. Por exemplo, uma lei que hoje é publicada, os seus efeitos serão para frente, só posso instituir imposto novo voltado a eventos posteriores a essa lei.
Art 106 do CTN
Ex: serviço hospitalar pagará base de calculo inferior ao que a lei determina. Todavia não se tem o que é “serviço hospitalar”. A lei nova vai retificar dizendo que aquela lei entendia por “serviço hospitalar” tais serviços. Nesse caso, vai se só uma lei interpretativa da anterior, então tem validade desde aquela primeira.
No direito penal: nova lei mais benéfica retroage, em benefício ao réu. 
Essa questão também será aplicada ao direito tributário na matéria de MULTAS.
Ex: em 2011 o desconto era de 5%. Em 2014 o contribuinte resolve pagar, (em 2014 o desconto era de 1%). O desconto é o da época do fato gerador, mas a multa é a da atualidade.
Ex: multa de 40%, veio lei 2 que baixou para 30% , nesse caso vai retroagir, tovadia, depois veio a lei3 que majorou a multa para 35%. No ultimo caso, não retroage. Se o ato ainda não transitou em julgado, vai sempre retroagir de forma favorável.
A retroatividade mais benéfica só atinge MULTA (sanção)
A retroatividade não atinge alíquota (não é sanção). A aliquota vai ser sempre a do fato gerador.
5)       PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE: para que não se dê de repente o imposto, para o contribuinte poder se organizar.
É uma garantia para o contribuinte.
A idéia é majorar em um ano (2014) para poder cobrar no ano seguinte (2015).
Ex: se majorar o iss no dia 01/11/2012 tem que respeitar a anterioridade, mas também o princípio da noventena, será cobrado só em janeiro de 2012.
Se o tributo for instituído em março, não vai ser cobrado em maio, pq tem que respeitar a anterioridade(1 ano)
II, IE e IOF: são desobedientes, quer dizer que não respeitam nenhum destes 02 princpipios, nem noventena, nem anterioridade
IPI: somente respeita os 90 dias
IR: somente respeita a anterioridade (ano)
Empréstimo compulsório: depende. Se for guerra PE desobediente, não respeita nada. Se referir-se a caráter urgente tem que respeitar os dois anterioridade e noventena.
Contribuições para seguridade social : noventena
6)       PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO
7)       LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO: não pode ter barreira dos produtos e serviços, salvo pedágio.
8)       PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA: união tem que tratar dos entes da federação de forma única e uniforme. Somente pode haver distinção em casos específicos. Ex: zona franca de Manaus.
9)       PROIBIÇÃO/VEDAÇÃO A ISENÇÃO HETERÔNIMA:  União federal só pode dar isenção de seus tributos, não pode dar isenção de tributos de competência de outros entes.
Não pode entrar na competência de outros entes. Não pode a união invadir a competência de outros entes, Assim como não pode cobrar, não pode isentar.
O presidente (BRASIL) pode dar isenção, representando o Brasil, para participar de tratados internacionais.
10)   PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAIS E MUNICÍPIOS DE INSTITUIR ISENÇÃO: aqui é pra outros entes da federação. No outro princípio se tratava só da união
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA E CREDITO TRIBUTÁRIO
1.       Hipótese de Incidência: hipótese contemplada na lei. Ex veículos automotores, tem que pagar lei.
2.       Fato gerador: quando adquire o automóvel.
3.       Obrigação tributária: incide em pagar o tributo.
4.       Credito tributário: ocorre com o lançamento tributário.
5.       Divida ativa: se o crédito não for pago, há inscrição em dívida ativa.
6.       Lei de execução fiscal: caso não pago o tributo de forma espontânea
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ->  LANÇAMENTO ->CRÉDITO TRIBUTÁRIO                         
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
Principal: ocorre sempre que ocorrer um desencaixe de valores, seja ela o próprio tributo, como também as multas
Toda obrigação principal PRECISA DE LEI.
Ex: auto de infração
Acessória: quando há um fazer, não fazer ou tolerar.
Pode ser localizada na legislação tributária (parecer, instruções normativas, etc)
Ex: entrega de declaração de IR, inscrição em cadastros estaduais e federais (CNPJ), emissão de nota fiscal
A não declaração de IR, faz com que uma obrigações acessória se torne principal.
SUJEITOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
Passivo:
 contribuinte: responsável pelo fato gerador
 responsáveis: caso o contribuinte não pague, este será responsabilizado a pagar, quem determina o responsável é a lei. Ex: tabelião quando contribuinte não paga ITBI.
Ex: locatário ficou de pagar o IPTU, este não paga, quem é responsável é o proprietário. Contrato de locação não pode ser oposto à fazenda pública.
Na execução fiscal esse contrato não tem validade.
CAPACIDADE TRIBUTÁRIA: 
A capacidade tributária não depende da capacidade civil, não importa se for deficiente, enfermo ou menor de idade, desde que tenha lucro/renda, paga imposto igual. 
CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: se dá através do lançamento. Se não for feito esse lançamento pode o fiscal responder pessoalmente.
Ex: auto de infração (lançamento de ofício)
O credito quando devidamente instituído só pode ser afastado por lei ou impugnação.
A natureza do lançamento tributário é de lançamento administrativo.
Quando um valor tributário estiver em moeda estrangeira. Essa conversão acontecerá no dia da ocorrência do fato gerador.
Ex: importação. No dia do desembarque/desembaraço aduaneiro. Nesse momento já cobra o II e o IOF.
Se em 2010 prestei um serviço, e nesse ano a alíquota era de 4%, se hoje eu quero fazer o pagamento a alíquota é de 7%.. O que vai valer par ao lançamento é a do dia da ocorrência do fato gerador.
ART 146 CTN: trata dos critérios jurídicos do lançamento. 
Ex: o contribuinte teria que pagar o valor X, com o passar do tempo, uma ação judicial mudou a posição do STF, mudando o pagamento de X, para X + Y. Nesse caso o contribuinte vai pagar X. Somente poderá cobrar X + Y se o fato gerador for posterior ao novo posicionamento jurídico.
ESPÉCIES DE LANÇAMENTO
DE OFÍCIO, DIRETO e UNILATERAL: IPTU e IPVA, se tudo estiver correto a autoridade vai efetuar o lançamento tributário. São feitos regularmente e tipicamente. ICMS (quando for atípico), auto de infração.Se dá em razão da participação fisco.
HOMOLOGAÇÃO: lançados por homologação. A maioria é feito por homologação. Aqui só tema participação do contribuinte Ex: IR, ICMS
DECLARAÇÃO: ITBI e ITCMD. Aqui participam as duas partes, contribuinte e fiscalização.
QUESTÃO 07 – C, por homologação
HIPÓTESES DE SUSPENSÃO, EXTINÇÃO E EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
1)       SUSPSENSÃO: o crédito fica parado.(art.151 CTN) Ex: impugnação, parcelamento, liminar suspendendo. Suspende o crédito tributário, os atos de expropriação (leilão, hasta púbica, penhora) dos créditos estão suspensos. O lançamento tributário vai ocorrer
Causas: 
Moratória: prorrogação, dilação no pagamento do tributo., ou parcelas, parcelamento. Pode ser geral ou individual.
Impugnação ou recursos administrativo: quem apresentou impugnação no prazo hábil e ainda não julgada pela aDM, tem direito a certidão positiva com efeito de negativa que o permite participar de forma ampla, inclusive em licitação.
Parcelamento: instituto da denúncia espontânea, a própria pessoa vai até a administração tributária, diz que deve e quer pagar, e paga. Isso faz com que a multa seja afastada. Para isso, não pode ser notificado.Se já foi notificado, não pode mais fazer a denuncia espontânea e vai pagar multa. 
Art 155-A: O parcelamento não afasta juros e multa.
2)       EXTINÇÃO: o tributo desaparece.  Principal causa é o pagamento.(157-164 CTN)
Pagamento:  em relação aos tributos, não se tem presunção de pagamento das dívidas pretéritas o pagamento das atuais, ao contrário do código civil.
Se for notificado: prazo de 30 dias. Para impugnar ou pagar.
Se não houver prazo, o prazo é sempre 30 dias após a notificação.
A administração pública pode oferecer desconto no pagamento antecipado das dívidas.
Para efetuar o desconto é necessário uma autorização legislativa.
O desconto  é uma renúncia de parte do pagamento pela administração pública.
161 – CTN, se não pagar no prazo, pagará juros de mora + multa
Quando a lei não fixar prazo, os juros serão calculados em 1% ao mês
O pagamento pode ser feito por cheque, ou vale postal.
Cheque só pode ser considerado meio de pagamento, na medida em que o dinheiro ingressar na conta do estado.
É possível o pagamento com “estampinlas” = selo.
Quem paga mal em direito tributário, tem direito a repetição.
Fazer o pagamento “a maior”, tem o direito a devolução. Tem 5 anos pra retornar.
Compensação: encontro de contas. Não pode compensar enquanto tramita ação judicial reconhecendo direitos de crédito.
Ex: sentença já deu direito, apelação já deu direito, tenho recurso especial em Brasília. Não posso usar esse dinheiro reconhecido em duas estâncias, tem que esperar o trânsito em julgado.
Transação: litígio. Permite que os procuradores façam acordos. Eles não podem fazer qualquer acordo.
Remissão: perdão. O governo estabelece perdão de dívidas até 10 mil reais, pra não gerar custo com cobranças
Prescrição: tem a ver com a AÇÃO; se opera quando não se ajuíza a execução no prazo hábil – AÇÃO
O parcelamento interrompe a prescrição. Quando for desenquadrado do parcelamento, inicia novamente o prazo.(art 206 CTN)
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE – se dá dentro do processo, no transcurso do processo
Devia ter pago em 2010 o tributo, em 2011 foi lançado. Imediatamente houve a execução fiscal. A execução começa a tomar seu rumo e buscar bens penhoráveis. Nesse caso, o juiz suspende o processo para em 1 ano a procuradoria encontrar bens. Vai ficar arquivado posteriormente, por 5 anos. Nesse tempo todo, passaram-se 5 anos, ocorre a prescrição pelo desinteresse do estado emcobrar.
Tem que ter 6 anos parado.
Se antes da prescrição eu movimento o processo, eu impeço a prescrição, pois houve andamento no processo.
Decadência: (173 CTN) - não é feito o LANÇAMENTO tributário no prazo hábil.  – ausência de lançamento no tempo determinado. O lançamento intempestivo.
Ex: ano de 2010 alguém deveria ter pago o tributo(ex, COFINS por homologação) e não pagou. Começa a contar o prazo em 01/01/11, até 01/01/2016 pode fazer o lançamento. Em 02/01/2016, opera a decadência.
Ex: se o contribuinte vai até a fazenda e informa que ele deve. Nesse ato, ele constituiu o crédito tributário. Não se pode falar em decadência.
Consignação em pagamento: dois membros da adm cobram a conta. Deposita em juízo e o juiz decidequem tem direito de cobrar.
Ex1: pagar lixo, só se pagar o cosip junto
Ex2: 2 entidades querem o pagamento, o juiz decide quem tem direito
Ex3: ITR ou IPTU, sempre deposita o maior valor, e se for o menor, o saldo pode levantar mediante alvará.
Conversão do depósito em renda: O valor pago vai ser voltado ao pagamento do tributo. Deposito um valor, perco a demanda, essa valor serve para pagar o tributo.
Pagamento após a homologação: pago após 
Decisões administrativas e judiciais: reconhecimento da inexistência do tributo
Dação em bens imóveis: artigo 156 CTN.
3)       EXCLUSÃO:  o tributo desaparece. Só duas hipóteses, ISENÇÃO DO PRÓPRIO CRÉDITO TRIBUTÁRIO e ANISTIA DAS PENALIDADES (art 175)§único: as obrigações acessórias perduram, mesmo que o principal tenha sido isento.
Ex: uma lei excluiu o crédito tributário – isenção
Uma lei excluiu uma penalidade – anistia
Anistia: vem de amnistia, amnésia. Tem relação com as penalidades.
Isenção: (176) ESTÁ ISENTO: uma das formas é o pagamento. Tem relação com o próprio crédito tributário. Pode se determinar em pequenas partes de território. Ex: zona franca de Manaus.
Isenção é para impostos.
A isenção tem tempo certo. Não Pode aparecer uma lei posterior revogando.
Se a isenção não tiver prazo, pode uma lei a qualquer momento revogá-lo.
Excepcionalmente pode ser dado pra taxa, mas é necessário lei.
Ex OAB: a lei da anistia só vale depois de sua publicação. Errado! A lei da anistia, por ter por objetivo o esquecimento. Ela esquece o que já foi feito. Não fatos posteriores.
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
ART 96 CTN - O direito tributário trabalha com leis (complementar, ordinária), decretos, atos administrativos
Os tratados internacionais para o direito tributário tem força de lei ordinária. Não vai revogar o CTN.
O decreto é servo da lei. Se decreto ferir lei, ele será inconstitucional ferindo o princípio da legalidade. (art. 99 CTN)
Normas complementares são os Atos Administrativos (art. 100 CTN)
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
É a oportunidade que as pessoas naturais e jurídicas tem de apresentar seus arquivos, documentos, papéis, livros, para a fiscalização tributária. 
Para o lançamento do crédito tributário.
Art 197 CTN
Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros:
        I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;
        II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras;
        III - as empresas de administração de bens;
        IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;
        V - os inventariantes;
        VI - os síndicos, comissários e liquidatários;
        VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.
        Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. (este parágrafo é direcionado à advocacia)
Se a receita federal requerer os registros de pessoa X, os tabeliãos são obrigados a entregar.
DÍVIDA ATIVA
Depois de feito o lançamento, depois do não pagamento em prazo legal ou em processo regular. O contribuinte devedor vai ser inscrito em divida ativa tributária – com aumento de 20%.
Termo de dívida ativa ( art. 102CTN)
Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.
        Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito.
        Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente:
        I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros;
        II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
        III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado;
        IV - a data em que foi inscrita;
        V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.
        Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição.
        Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada.
        Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída.
        Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.
CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA - CDA
É o documento que vai instrumentalizar a dívida.
CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO - CND
 Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido.
        Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requerimento na repartição.
CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO COM EFEITOS DE POSITIVA - CDEN
  Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.
PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO
O juiz recebe a inicial e manda citar: (prazo de 5 dias)
·         Pagar; ou
·         Oferecer bens.
Se o contribuinte não fizer nada ele não pagou e não ofereceu bens, poderá ter seus bens penhorados, sem ter direito de escolha/indicação de bens.
Nesse momento não pode propor Embargos, pois ainda não foi garantido o juízo.
Uma vez garantido o juízo, abre prazo de 30 dias, para oferecer os embargos.
Antes de garantir o juízo e estiver prescrição, ingressasse com exceção de pré- executividade ??
Se oferecer bens, haverá notificação de penhora (abre 30 dias para oferecer embargos à execução fiscal) – se não tem bens, não pode oferecer embargos, única solução é oferecer a exceção de pré executividade.
Artigo 16 – Lei de Execuções Fiscais 6.830/80
Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados:
        I - do depósito; (carimbo do banco)
        II - da juntada

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